A Editora DarkSide anunciou nessa sexta-feira (22) mais um mangá para compor o seu catálogo: Deathco, de Atsushi Kaneko.
O anúncio foi feito através das redes sociais da editora.
Deathco é uma garota que é boa em matar… e nada mais. Ela trabalha para A Guida, uma liga internacional de assassinos que se fantasiam quando estão caçando seus alvos.
O mangá foi publicado na revista Comic Beam entre 2014 e 2018 e é concluído em 7 volumes. O lançamento está previsto ainda para o primeiro semestre de 2019, então mais detalhes, como preço e formato, serão divulgados em breve.
Esse é o segundo mangá de Atsushi Kaneko a ser publicado no Brasil. O primeiro foi Bambi, lançado pela editora Conrad e que acabou sendo cancelado.
A editora DarkSide Books divulgou hoje os detalhes da edição brasileira do mangá “A Menina do Outro Lado“, escrito e ilustrado por Nagabe. Como já esperado, o mangá terá capa dura e sairá no formato 14 x 21 cm,com o preço de R$ 54,90. O primeiro volume terá 176 páginas. O mangá tem data de lançamento para 27 de fevereiro.
Confira a capa da edição nacional:
Em um país dividido entre pessoas normais e seres amaldiçoados, Shiva é uma menininha que foi acolhida por uma estranha criatura meio animal e meio humana. Sensei, como é chamado, não pode ser tocado e vive fora da cidade.
Afastado do convívio com os demais e ciente dos perigos e maldições que os rodeiam, Sensei alerta Shiva para que ela não saia sozinha. Porém, quando a menininha decide reencontrar sua tia desaparecida, regras são quebradas — e a vida que eles conheciam é colocada em risco.
A Menina do Outro Lado (Totsukuni no Shoujo) está em publicação no Japão e conta com 6 volumes.
Edição matinal do Yorozuya, pois os japas não dormem e soltaram muitas coisas durante a madrugada. Sem enrolações, vamos para as notícias.
Vinland Saga ganha novo trailer e visual:
Foi divulgado nas redes sociais do anime de Vinland Saga, um novo trailer, agora animado, da adaptação do mangá de Makoto Yukimura. Confira:
Novo visual do anime.
Também foram divulgados os primeiros dubladores do anime: Shizuka Ishigami como Thorfinn criança, Yuto Uemura como Thorfinn adolescente e Kenichiro Matsuda como Thors.
A equipe do anime de Vinland Saga é composta por: Shuhei Yabuta (Inuyashiki) na direção, Hiroshi Seko (Mob Psycho 100) na composição de série, Takahiko Abiru no design de personagens, Bamboo nos cenários; e Yutaka Yamada na trilha sonora. A produção do anime está nas mãos do WitStudio (Attack on Titan) e ainda não tem data de lançamento.
KonoSuba: Kurenai Densetsu ganha seu primeiro teaser:
A Kadokawa divulgou o primeiro preview do filme KonoSuba: Kurenai Densetsu, que está sendo produzido pela J.C. Staff. Confira:
Pouco se sabe sobre a enredo o filme, mas tudo indica que a light novel “Kono Subarashii Sekai ni Bakuen wo!“, com foco na Megumin, seja a base da história.
Apesar de ser por um estúdio diferente, a equipe responsável pelo filme é a mesma das duas temporadas do anime.
Beastars ganha primeiro visual
Como dito no primeiro Yorozuya, o mangá Beastars irá ganhar uma adaptação em anime, pois bem, hoje foi divulgado o primeiro visual do anime, que você pode conferir abaixo:
Monogatari Series terá evento em comemoração aos 10 anos do anime:
Foi anunciado no site de Monogatari Series, um evento em comemoração aos 10 anos do anime. O “Monogatari Fes 10th Anniversary Story” acontecerá no dia 11 de maio, no Makuhari Messe, na cidade de Chiba.
Além disso, foi anunciado a data de estreia da versão televisiva de Zoku Owarimonogatari, que estreou nos cinemas no final do ano passado: 18 de maio, dividido em 6 episódios.
Capa do primeiro volume do BD/DVD.
Lembrando que o primeiro volume do Blu-ray/DVD de Zoku Owarimonogatari, tem previsão de lançamento para o dia 27 de fevereiro. Já o segundo, no dia 27 de março.
Por enquanto é isso, caso tenha mais notícias durante o dia, ficará para a terceira edição.
Sejam bem vindos ao primeiro Yorozuya (GintamaFag na área), um post diário (ou não) reunindo as principais notícias do dia sobre animes e mangás. Decidi fazer nesse formato, pois a maioria das notícias que saem, não possuem tantas informações assim. Pois bem, vamos então para as noticias.
Segunda Parte da Terceira temporada de Attack on Titan ganha trailer:
Foi divulgado no último domingo, o primeiro trailer do segundo cour da terceira temporada de Attack on Titan (Shingeki no Kyojin). O trailer dá uma amostra sobre o que podemos esperar dessa segunda metade, que terá foco na ação. Confira:
Attack on Titan S3 tem previsão de retorno para Abril de 2019.
Beastars ganhará uma adaptação em anime:
Parece que o informante da Panini está trabalhando bem, ein? Poucos dias após confirmar que lançará o mangá no Brasil, a obra Beastars, escrita e ilustrada por Paru Itagaki, ganhará uma adaptação em anime. O anúncio foi feito na mais recente edição da Shounen Champion, onde o mangá é publicado.
Em um mundo povoado por animais antropomórficos, herbívoros e carnívoros coexistem. Para os adolescentes da Escola Cherryton, a vida escolar é cheia de esperança, romance, desconfiança e incertezas. O personagem principal é Legosi, um Lobo, membro do clube de drama. Apenas de sua aparência assustadora, ele tem um coração bem gentil. Por boa parte de sua vida, ele sempre foi objetivo de medo e ódio pelos outros animais, e ele já se acostumou com esse estilo de vida. Mas logo, ele acaba se envolvendo mais com seus colegas de classe que tem suas próprias porções de inseguranças e tem suas vidas escolares mudando lentamente.
O estúdio responsável pela adaptação será o Orange, que ficou conhecido pelo excelente uso de CGI no anime Houseki no Kuni. A equipe ainda não foi anunciada e não há previsão de lançamento.
Astra Lost in Space tem adaptação em anime confirmado:
Durante a madrugada, os leitores de Astra Lost In Space, mangá escrito e ilustrado por Kenta Shinohara (Sket Dance), foram pegos de surpresa, quando o site sobre a adaptação animada do mangá foi ao ar, trazendo a confirmação sobre o anime, e as principais informações sobre o mesmo.
Confira o primeiro visual do anime:
Ano 2061, quando as viagens espaciais são agora possíveis e comercialmente viáveis, e os estudantes da Caird High School embarcam em seu Planeta Camp. Mas logo após o Grupo B5 chegar ao acampamento planetário, uma misteriosa e imprevisível esfera de luz enviou seus 9 membros para o espaço sideral, deixando-os a 5012 anos-luz de distância de seu planeta natal.
Com a descoberta de uma nave espacial não tripulada nas proximidades, os estudantes devem permanecer fortes, administrar seus recursos limitados e permanecer unidos na escuridão do espaço, para que todos possam sobreviver à sua longa e perigosa jornada de volta para casa a bordo do Astra.
Astra Lost in Space terá a direção de Masaomi Ando (Kuzu no Honkai), composição de série de Norimitsu Kaiho (Danganronpa 3: Kibou Hen) e design de personagens de Keiko Kurosawa (Asobi Asobase). A produção ficará nas mãos do estúdio Lerche, de Asobi Asobase e Assassination Classroom.
Ainda não há previsão para o lançamento, mas será ainda em 2019.
Mappa adaptará To the Abandoned Sacred Beasts para anime:
O estúdio Mappa (Banana Fish e Zombieland Saga) anunciou nessa terça-feira, a adaptação em anime do mangá To the Abandoned Sacred Beasts (Katsute Kami datta Kemonotachi e), de Maybe. O anime ainda não tem data para estrear, mas foi confirmado para 2019.
Foi divulgado o primeiro visual do anime, além dos designs dos protagonistas Nancy Schaal Bancroft (Ai Kakuma) e Hank (Katsuyuki Konishi):
Durante a demorada Guerra Civil entre Norte e Sul, um grande número de habitantes do norte usaram magia negra para criar Super Soldados monstruosos chamados de Encarnados. Agora, que a guerra chegou ao fim, essas Bestas Sagradas precisam aprender a conviver nessa pacífica sociedade, ou irão encarar a morte nas mãos de Caçadores de Bestas.
Nancy Schaal Bancroft, a filha de um Encarnado, decide se tornar uma caçadora. Mas, assim que ela alcança sua presa, ela descobre a dura verdade sobre a vida dessas Bestas Sagradas.
A staff do anime também foi anunciada: Jun Shishido (Hajime no Ippo Risign) na direção, Shigeru Murakoshi (Zombieland Saga) na composição de série, Daisuke Niinuma no design de personagens e diretor de animação chefe.
Tá bom, eu sei que estamos aqui para comentar sobre o animê e tudo mais, mas de verdade, deixa eu repassar uns números pra vocês antes, pode ser?
Segundo um relatório da National Vital Statistics dos Estados Unidos (semelhante ao IBGE), nascem no território do Tio Sam, em média, sessenta quintupletos (ou múltiplos maiores. Depois de cinco, não vale muito a pena separar os casos) por ano. Considerando todos os nascimentos, as chances estimadas estão em torno de um caso em cada sessenta milhões (1:60.000.000).
Com uma pesquisa rápida no Google, você descobre que as chances de ganhar na Mega-Sena, com uma aposta mínima, é de uma chance em 50.063.860.
Os pais dessas meninas podiam ter ganhado na loteria, mas preferiram gastar a sorte deles ao parir quintupletos. Mas sinceramente falando, se você soubesse que suas cinco filhas seriam tão bonitinhas assim, você não aceitaria esse negócio também? Ninguém pode te julgar.
Voltemos ao que interessa, porém, e falemos do negócio em si. Baseado num mangá por Negi Haruba, “Gotoubun no Hanayome” (lit. “As noivas quíntuplas“) está em publicação desde 2017 na Shounen Magazine, e foi licenciado nos Estados Unidos pela Kodansha no meio do ano passado. O autor não tem lá muitos trabalhos anteriores, mas tem uma ótima arte e parece conseguir se virar nos roteiros.
Falando em roteiros, existem algumas situações na ficção onde fica claro quando o autor está tentando ser autobiográfico e quando ele está tentando escrever uma obra de autorrealização. Mas sabe que olhando para QuiQui (Essa não é a abreviação oficial mas ninguém vai me impedir de usá-la), o cara provavelmente fez os dois ao mesmo tempo.
Digo, dá uma olhada na situação: Um cara solitário e pobre, mas que é muito inteligente e tem boas intenções. Esse é, com certeza, o maior self-insert da história.
Aí você olha pro outro lado e vê cinco garotas lindas e milionárias que estão desesperadamente necessitando da sua ajuda e estão dispostas a pagar para ter você na casa delas. Ok, colocando dessa forma isso soou estranho… Mas essa dubiedade até que ajuda o meu argumento: É ou não é um sonho frustrado sendo realizado na ficção?
Mais uma vez, a dubiedade defende meu argumento.
Algo que eu achei incrível, porém, é que mesmo sendo um pedaço de papelão com buraco no rosto para você encaixar o seu próprio, o protagonista – Futaro Uesugi – conseguiu se mostrar como uma pessoa de personalidade e que é gostável, não apenas por ser fácil de se identificar com, mas por ter suas próprias características e trejeitos.
E as garotas… Ah, o que falar dessas garotas, hein? Tem a Nakano, a Nakano, a Nakano, também a Nakano e por fim a Nakano… São todas boas garotas. É, elas são irmãs e eu me recuso a chamá-las pelo primeiro nome pois chamar cinco personagens da mesma forma é muito mais engraçado. E como sabemos, não tem muito o que falar individualmente de cada uma, sem causar a temida waifu war que é sempre o maior centro de atividade em animês harém. Então eu uso desse artifício para poder dizer sem medo que a Nakano é a melhor garota.
Piadas a parte, as garotas caem muito facilmente nos estereótipos mais comuns do gênero: Temos a Tsundere, a garota quieta, a Tomboy esportista, a garota alegre e hiperativa, e a garota que eu gosto de chamar como “A ‘normal‘ que claramente vai vencer pois está na capa da obra“. Apesar de serem irmãs gêmeas, a única coisa que as liga é o sobrenome e a burrice. E admito que o autor teve o talento de transformar essa incapacidade intelectual das personagens em charme. Somado com o character design que já é de ponta, cada protagonista se torna especial e notável.
Claro, dentro dos padrões de haréns.
A cara da sua waifu ao descobrir que ela será esquecida e trocada por outro daqui três meses.
E agora voltando às piadas, que deixamos de lado no parágrafo anterior, o show se trata de uma comédia romântica, e portanto, deve ter um aspecto cômico e um aspecto romântico. Podemos dissecar ambos e falar sobre um de cada vez.
A comédia é suave e singela. Não é aquele tipo escrachado de humor, onde situações absurdas ou punchlines acontecem a cada dez ou quinze segundos. É um humor mais elaborado, mais lento. Eles preparam uma piada por alguns minutos, deixam ela marinando até chegar no ponto, e conseguem soltar com um timing que até então foi impecável. Não é um animê onde você passa mais tempo rindo do que assistindo, mas que consegue ser divertido de forma mais “chique”.
De forma semelhante, o clima “romântico” da obra também fica só no ar o tempo inteiro, sem nunca se estabelecer por completo. Pelas primeiras cenas do show, fica claro que o protagonista irá se casar com uma das garotas (OH MEU DEUS COM QUAL DELAS SERÁ?), fazendo com que toda a duração do animê se torne uma versão nipônica de How I Met Your Mother. Eu acho, nunca assisti How I Met Your Mother. Mas é interessante acompanhar como Futaro se esforça para ganhar a confiança das irmãs, uma a uma, para que possa enfim tentar ensinar alguma coisa para elas. E em troca, ele acaba também aprendendo a lidar melhor com pessoas. Pode até não ser amoroso, mas é isso que relacionamentos são, e QuiQui coloca os pingos nos i’s nesse quesito.
Nas palavras de Ted Mosby: “É quase que insano a quantidade de coisas que aconteceram em apenas um dia e meio…” – How I Met Your Mother S09E20
Por fim, eu preciso dedicar um parágrafo inteiro para falar sobre o elenco de dublagem desse show. Com uma equipe praticamente inteira composta por profissionais AAA, chega até a ser suspeito. Minase Inori, Hanazawa Kana, Taketatsu Ayana, Sakura Ayane, Itou Miku e Matsuoka Yoshitsugu são quem dão as vozes para as seis personagens principais. Se você acompanha o cenário de dublagem japonês, você com certeza reconheceu praticamente todos esses nomes. E se não acompanha, com certeza reconhecerá as vozes quando ouvi-las. São gigantes da indústria trabalhando em conjunto para fazer uma animação legal.
Quando olhamos para esse elenco todo, sempre se levanta aquela suspeita. Afinal, não é nada incomum você ter haréns genéricos (como é o caso) onde a única função é vender bonequinhos e CDs de música. Consigo pensar em uns dez casos só de cabeça, onde a história é negligenciada pois eles sabem que ninguém se importa, afinal, eles só precisam vender os singles.
Mas isso não é uma preocupação, por enquanto, com QuiQui. Apesar de ter certeza que eles vão ganhar toneladas de dinheiro com os respectivos bonequinhos e CDs (inclusive confesso estar tentado), a trama parece estar se levando a sério o suficiente para ser aproveitável em si própria.
Assim, The Quintessential Quintuplets trouxe uma boa impressão, e começa a temporada com um confortável 7/10, me deixando bem ansioso por novos episódios.
Você pode assistir ao show na Crunchyroll, que traz novos episódios todas as quintas-feiras, com legendas em português.
Se tem uma coisa na indústria de animês que está mais saturada que o Reclame Aqui depois da Black Friday, com certeza é o gênero “isekai“. Eu sou um cara que gosta de clichês e que curte sempre as mesmas coisas repetidas vezes, mas mesmo pra mim… Putz mano, isekai já tá forçando a barra, não é mesmo?
Acontece que japonês é um povo estranho e não pensa assim, e continuamos com nossa leva sem fim de animês isekai sendo adaptados das mais diversas fontes. E como você pode imaginar, o que vamos falar hoje é justamente um isekai vindo de uma Light Novel.
Escrita por Yusagi Aneko, “Tate no Yusha no Nariagari” (lit. “A ascensão do herói do escudo“), como você pode suspeitar, fez relativo sucesso lá pela terra do sushi. Vendendo aproximadamente 3,3 milhões de cópias, recebeu adaptação em mangá, spin-offs e tudo que você tem direito.
Só quando foi licenciado nos Estados Unidos, pela One Peace Books, que sua “fama” cresceu no oeste. E eu uso as aspas pois a fama que Shield Hero tem no ocidente não é nada boa.
Você raramente vai me ver falando sobre assuntos polêmicos “da atualidade” pois do meu histórico, a maioria das pessoas que falam, não sabem do que estão falando. Eu incluso! Por isso, prefiro apenas omitir minha opinião sem embasamento (e queria que mais pessoas fizessem o mesmo). Mas quando o dever chama, acabamos precisando comentar. E é o caso aqui. A tal “infâmia” de Shield Hero se dá por conta de alguns temas delicados no ocidente.
Basta ler a sinopse, que você já identifica o primeiro: o protagonista, Naofumi Iwatani, é – falsamente – acusado de assédio sexual, e perde praticamente tudo que tinha recebido ao chegar no mundo alternativo. É um assunto complicado, ainda mais nos dias atuais, onde mais e mais alegações de assédio surgem na mídia. Foi um lançamento na hora errada, e no lugar errado.
Já o segundo não está tão escancarado, mas nota-se logo de início: como o autor e sua personagem principal lidam com o já famoso tropo de “escravidão num mundo alternativo“. Acho que não preciso entrar em detalhes sobre qual a causa da discórdia aqui, né?
Aquele momento que a personagem secundária é self-aware.
Da mesma forma que recentemente tivemos um surto da utilização da violência sexual como ferramenta de roteiro (Goblin Slayer, Sword Art Online Alicization, entre outros), vemos as alegações contra Shield Hero dividindo opiniões. Há quem diga que é apenas uma ficção e que esse tipo de ação só serve como engrenagens para girar a obra; e há quem diga que essas coisas são inaceitáveis, independente de qual o meio ou por qual motivo elas são empregadas.
Qualquer que seja sua opinião sobre o assunto, acontece que o autor já escreveu o negócio, e tal negócio já foi adaptado em animação, e cá estamos nós. Eu estava legitimamente surpreso com a qualidade da escrita nos primeiros momentos da obra. A reação das personagens aos acontecimentos eram muito reais e convincentes, dentro do pouco que nós conhecemos delas. Nos quarenta e tantos minutos iniciais da obra (que teve um primeiro episódio duplo), eu realmente me vi simpatizando com o pobre herói do escudo.
Mas… O resto dos episódios aconteceu. A história e o protagonista deram uma virada tão grande, tão rápidos, que eu quase fiquei zonzo. Do nada, tudo se tornou sombrio e forçado demais, parece que o autor se esforçou pra fazer com que o roteiro se tornasse o mais edgy possível. Forçou tanto, que acabou fazendo até com que sua personagem principal se descaracterizasse completamente. O pior é que logo depois, ele começa a mesclar as “duas personalidades” do cara, e o herói do escudo se torna um herói inconsistente, tentando ser edgy e fofo ao mesmo tempo. Simplesmente não dá.
Outro ponto a se levantar é sobre a construção de mundo. Não é incomum uma ambientação acabar sendo muito mais legal do que uma história (como eu vivia dizendo sobre Re:Zero). E o mundo de Shield Hero é um desses casos interessantes… Ao menos no papel.
Um reino com profecias antigas proclamando o fim dos tempos; problemas sociais e preconceitos conduzindo o subconsciente popular e corrompendo pessoas; uma sociedade matriarcal, onde a mulher é a autoridade maior. Mas quando vemos a realidade, temos apenas uma trama genérica sobre heróis que salvarão o mundo; uma sociedade escravocrata e que não tem nenhum desconforto com o seus preconceitos; e um reino matriarcal que é governado… Por um homem. São boas ideias, mas que ficam só no campo das ideias mesmo e nunca são executadas.
Ao menos a gente consegue salvar qualquer coisa através de memes, não é mesmo?
Quando olhamos para a parte técnica, porém, não há nada sobre o que reclamar. A animação está linda (pelo estúdio Kinema Citrus), a dublagem me deixou boquiaberto (meus destaques vão pro Kaito Ishikawa, Yoshitsugu Matsuoka e pra Asami Seto, o Herói do Escudo, o Herói da Espada e Raphtalia, respectivamente), as músicas fazem jus ao momento (por Fumiyuki Gou), e por mais conturbado que seja o material original, a direção fez o que pôde para torná-lo assistível (palmas para Takao Abo). É uma equipe e tanto trabalhando para tentar tirar leite de pedra.
A conclusão que se pode tirar é que se não parecesse tanto ser uma ficção de auto-realização vingativa, o show poderia ser melhor. Ele tem algumas ideias boas e algumas personagens interessantes, o único problema é que tudo isso é deixado em segundo plano, para dar foco a uma vingança forçada e que se esforça para parecer “adulta e sombria”, quando na verdade acaba tendo um efeito contrário, fazendo-a parecer boba e sem sentido.
Com o que temos pra hoje, a obra fica muito abaixo do que poderia ser, e embora ainda seja assistível, beira o medíocre e não traz muito divertimento. As primeiras impressões sobre o herói do escudo o deixam com uma nota de 4/10, e só podemos torcer para que o desenvolvimento da trama faça com que as partes boas sobreponham as partes ruins, que tiveram o foco até então.
Você pode assistir a The Rising of the Shield Hero pela Crunchyroll, que faz a transmissão simultânea com o Japão, com novos episódios todas as quartas-feiras.
Surpreendendo a todos que estavam presentes em sua palestra no Anime Friends 2018, a Editora Panini resolveu – finalmente! – se abrir para o mercado de Light Novels, e, sob o selo “Romance Panini Books“, anunciou diversos títulos. Dentre eles, “Sword Art Online: Aincrad“.
Completo em dois volumes, esse é o “material original” que deu origem ao animê que, com o perdão do clichê… ABALOU AS ESTRUTURAS da indústria com seu COLOSSAL SUCESSO. Mesmo achando que não preciso introduzir SAO para ninguém, não custa nada, não é?
Inicialmente publicado como uma webnovel, o arco inicial de SAO fez sua estreia em 2002. O autor, Reki Kawahara, escreveu uma cacetada de capítulos na internet, até conseguir que sua obra fosse publicada em 2009. Daí pra frente é história.
Mas a história que queremos contar hoje não é essa, mas sim sobre a edição nacional e como ela está, onde vive e do que se alimenta. Vou começar pelo conteúdo do livro, e depois falo sobre detalhes técnicos – como capa, tradução e revisão, qualidade do papel, e essas coisas de sommelier.
Comparação de tamanho, moeda de cinquenta centavos para padrão, vocês sabem como funciona.
Existem dois tipos de consumidor para esse produto, e para cada um deles, haverá uma experiência bem diferente. Existe o consumidor de primeira viagem – o cara que nunca assistiu ao animê de SAO e que estará conhecendo a obra e as personagens pela leitura – e o consumidor manjado – que já assistiu o animê e já sabe do que se trata. Eu me encaixo no segundo grupo, e vou dar início por ele.
Se você já conhece SAO e já assistiu o animê (que está disponível na Crunchyroll e na Netflix, aliás), a novel é incrivelmente melhor do que você poderia esperar. Claro, ninguém nunca espera muita coisa de Sword Art Online (inclusive isso vem fazendo a sua recente temporada, Alicization, ser até que decente), e essa expectativa baixa acaba servindo de impulso pra qualidade do livro.
Toda a história de Aincrad, do beta-test ao final do jogo, acontece dentro do livro um. O autor deixa todas as histórias paralelas (famosas “side quests” dos RPGs) para serem contadas no segundo tomo, fazendo com que o primeiro seja um condensado de apenas dois personagens: Kirito e Asuna.
Temos, então, praticamente duzentas páginas inteiramente dedicadas a explicação de como o relacionamento dos dois protagonistas veio a ser. Já que você já sabe de tudo que aconteceu, ter esse “flashback” sobre os acontecimentos do passado e entender de forma mais profunda de onde eles se conheceram e essas coisas românticas aí, acaba sendo uma expansão do universo.
Créditos da edição brasileira.
Só que a porca torce o rabo se você for um novo leitor. Os acontecimentos são jogados pra lá e pra cá, as personagens têm interações tortas, dramas nunca explicados e personalidades que não se encaixam com o pouco que vemos delas. A decisão de dividir o arco em “parte principal” e “todo o resto da história” foi, na minha opinião, um tiro no pé. Tanto que durante a adaptação em animê, resolveram colocar tudo em ordem cronológica.
Uma das partes mais importantes de uma Light Novel, muito mais do que sua história ou seu desenvolvimento, são as suas personagens. Light Novels são obras focadas em suas personagens. Quando você não gosta do protagonista, nem a história mais interessante do mundo pode salvar sua leitura.
A falta do “miolo” da trama faz com que as personagens pareçam rasas, sem motivações e incoerentes. Você conhece um Kirito egoísta no primeiro dia de jogo, e algumas páginas depois, encontra-o socializando tranquilamente com seus BFFs, e mais algumas páginas além, você o vê choramingando por “não ter o direito de ter amigos” ou algo emo desse jeito. Simplesmente não dá para entender o que se passa na cabeça do espadachim. E a culpa nem é sua. A culpa é do autor, que fez diversos desenvolvimentos para mudar a personagem, e simplesmente NÃO TE CONTOU.
O que pode ser concluído disso tudo é que, por mais contraditório que isso pareça, ser spoilado do livro, ao assistir ao animê, é a melhor forma de aproveitar a leitura.
Ednaldo Pereira – Ednaldo Pereira (E.P.)
Tenho alguns pontos a levantar sobre a tradução e revisão da obra, também. No geral, o primeiro volume foi bem consistente e apresentou pouquíssimos erros (contei apenas dois). Mas algumas decisões tomadas me deixaram com a pulga atrás da orelha.
A começar pelos honoríficos. A tradução optou por manter os honoríficos nos nomes das personagens (por exemplo, Kirito-kun, Asuna-sama, etc). Falando apenas por mim, sou contra deixá-los em qualquer tipo de obra e que são facilmente substituíveis por equivalentes no idioma que você está traduzindo, mas entendo quem gosta deles, e só peço uma consistência ao utilizá-los. A grande questão é que ao deixá-los, você está, essencialmente, não traduzindo uma parte do texto. Se você opta por deixá-los, é sua obrigação explicar ao leitor o que é isso, e o que diabos significa.
Em uma passagem, Kirito se sente incomodado ao ouvir uma personagem chamar Asuna de “Asuna-sama”. -sama é um honorífico que denota o maior grau de respeito, normalmente utilizado para com líderes religiosos e políticos. A reação do Kirito é normal, afinal, estranhar que uma garota comum seja chamada por -sama é o que qualquer um teria sentido. Mas em momento nenhum isso é explicado. Se você não sabe o que o honorífico significa, a passagem se torna inútil.
Outro ponto é sobre a utilização de termos em inglês. Imagino que no original em japonês, todos os termos que estou citando estavam, também, em inglês, por isso a escolha de mantê-los num idioma estrangeiro. Mas, de novo… Estamos falando de uma edição brasileira, que deveria estar em português. Nem todo mundo sabe inglês, e manter nomes e frases num idioma diferente do nosso acaba impedindo que certas pessoas leiam a obra completa.
Entendo que é preciso manter em inglês para trazer a “autenticidade” que o autor queria, visto que os termos estavam em inglês no original, mas ainda é fácil de mantê-los lá, mas sem prejudicar a leitura. A NewPOP tem um caso semelhante com Log Horizon, e eles souberam resolver o problema: lá, o termo em inglês é imediatamente seguido por sua tradução para o português. Não é tão difícil assim.
Em cima, SAO. Embaixo, Log Horizon. É uma solução simples…
Esses são pontos importantes de se levantar, não só por querer ser bom samaritano e defensor patriótico, mas também pelo próprio marketing que a editora está fazendo. Ao chamar as suas Light Novels como “Romances“, ela está tentando desvincular a imagem de “mangá” de suas novels, tentando fazer o livro ter um mercado mais amplo. E um mercado mais amplo (fora do ‘nicho Otaku‘) não faz a menor ideia de o que é um honorífico, e nem é obrigado a saber inglês. Se quiser manter esses elementos, o mínimo que deveria ser feito é adicionar uma nota de rodapé.
Mas tirando esses pontos, que são mais implicâncias pessoais do que qualquer coisa, a leitura foi bem fluida e teve poucos “truncamentos” e os diálogos pareciam naturais. A parte física do negócio também está de parabéns, pois o papel e a capa, ambos tem um bom toque e fazem a leitura passar rápido, e as ilustrações ficaram excelentes.
Fazendo as malas e empacotando tudo, dá pra dizer que pra quem já é fã da série, pegar esse livro é um excelente negócio. Só o que dói é o bolso, pois o preço está um pouco salgado. É um preço pagável, caso você esteja disposto a fazê-lo, mas com certeza é um preço muito acima do que Sword Art Online vale.
Desde que começou a ser publicado em 2016 na Shounen Jump, The Promised Neverland vem batendo recordes e mais recordes de vendas. Então, a chegada do anime era mais do que óbvia. Assim, em Janeiro de 2019, o anime enfim estreou.
Antes de começarmos, eu estou em dia com o mangá, então sei o que estar por vir em The Promised Neverland. O primeiro arco, que o anime adaptará ao longo de seus 12 episódios, é de longe o melhor do mangá, e onde, na minha opinião, a história deveria ter finalizado. Os arcos posteriores tiveram uma queda na qualidade, e o atual, é meio difícil prever o que pode acontecer, mas posso afirmar, que não chegará aos pés do primeiro. Não chegam a ser ruins, mas, né?
Enfim, que primeiro episódio excelente, não é mesmo?
Admito que quando escolheram o CloverWorks como estúdio, eu fiquei um tanto preocupado. Era um estúdio recém formado, que tinha acabado de ficar independente da A-1 Pictures, e com bastante projetos já anunciados.
Darling in the Franxx, que foi feito em parceria com a A-1 e Trigger, foi um pouco decepcionante em seu roteiro e o mais recente, Bunny Girl, não é lá essas coisas, nem de direção, nem de animação. E os outros animes que o estúdio apoia, como a terceira temporada de Fairy Tail, bem… é triste. Porém, fui surpreendido.
A direção e o storyboard conseguiram transmitir tudo aquilo que o mangá conseguiu quando foi publicado. A tensão, o sentimento de que “vai dar ruim”, percorre por todo o episódio. A sequência da Emma e Norman após saírem do orfanato é sensacional. A trilha sonora, assim como a abertura e encerramento, são de arrepiar.
A edição também está muito boa, destaque para a cena na cerca após o pique-esconde, quando um personagem decidia falar, havia um close na cara por 1 segundo e depois abria para o plano geral.
Protect
Sobre os personagens, ainda é muito cedo para falar sobre eles. Aos poucos eles serão desenvolvidos, mais especialmente o trio principal, Emma, Norman e Ray.
Emma é a nossa protagonista de shounen padrão, sempre bem animada, tentando levantar a moral; Norman é o cérebro da equipe, é de onde partirão as estratégias; e o Ray é frio e calculista, um mini-Sasuke. Terão várias revelações sobre o mundo em si, e ver como esses personagens vão reagir a isso, será bem interessante. A Isabella, já adianto, é uma boa personagem, que será bem explorada nesse arco. Se preparem para a enxurrada de teorias que surgirão pela Internet.
Os próximos episódios se focarão em batalhas mentais, enquanto as crianças tentam fugir. Não é impecável, tem bastante bullshit, mas é até que bem feito.
A direção de The Promised Neverland está nas mãos de Mamoru Kanbe, conhecido por Elfen Lied, que eu não assisti; Oono Toshiya é o responsável pela Composição de Série; Shimada Kazuaki pelo Design de Personagens; e Obata Takahiro na Trilha Sonora.
Se manter essa qualidade pelos próximos 12 episódios, podem ter certeza, The Promised Neverland será um dos melhores animes do ano.
The Promised Neverland está disponível pela Crunchyroll. Já o mangá, é publicado pela Editora Panini.
Não sei se temos tempo de vida o suficiente para chamar algo de “Tradição”, mas todos os anos, durante a ceia de ano novo da Torre, juntamos as maiores mentes do website para que haja uma digladiação gratuita entre seus membros. O objetivo? Tentar discutir sobre o ano que passou, e ver o que ele trouxe de bom e tentar esquecer o que ele trouxe de ruim.
Nós, os primos pobres que viemos visitar o Tio rico que mora no Centro, preparamos os nossos rankings pessoais dos Melhores Animes de 2018. Os três redatores trabalharam duro tentando não esganar uns aos outros, e você pode conferir o que cada um achou abaixo.
Também foram feitas indicações de Quadrinhos Nacionais e Internacionais, por nossos colegas mais prestigiados. Além dos Melhores Filmes de 2018.
Caramba, outro ano se passou e cá estamos mais uma vez, pestanejando e esperneando pra ver quem consegue se mostrar como o cara de pior gosto do site todo. Dois mil e dezoito foi um ano muito mais modesto, recatado e do lar, quando comparado com seu antecessor… Ao menos quando falamos de animês. Eu, particularmente, consegui curtir bem melhor as jóias que encontrei, e consegui relevar as pérolas que apareceram. Podemos dizer que foi um ano de superação, em todos os sentidos.
Mais uma vez, a maior parte do meu Top 10 foi coberto pelas postagens de “Primeiras Impressões“. Como sempre ressalto, os primeiros episódios são os mais importantes, pois são eles que fazem com que os últimos sejam assistidos. Se quiser conferir algumas das palavras precoces que eu balbuciei esse ano, basta clicar no hyperlink no nome da cada show (que tiver um, é claro). Pode te ajudar a entender quão mais fundo é o buraco que estamos. E eu já adianto: O buraco é beeeem fundo. E bem engraçado, também. Esse foi o ano das comédias e eu AMO COMÉDIAS.
Vamos comentar, começando de baixo pra cima: Em décimo lugar, Cells at Work! foi bem divertido e contou com um elenco de alto peso molecular (ai desculpa gente eu sou Químico eu preciso fazer essas piadas quando surge a oportunidade). Apesar de ser engraçado com suas piadas nerds bazonga xd, ele acaba tendo um conteúdo muito mais denso do que se espera de uma comédia, e as suas punchlines foram praticamente as mesmas por toda a duração. Ainda é um baita de um show e merece a posição no ranking.
A nona posição dispensa apresentações. A quinta parte de JoJo chegou e sinceramente? Eu quero ser um gangstar. Ainda estamos no começo da história, mas pelo menos ela está tomando algum rumo, diferente da parte quatro, né…
Para a oitava posição, a postagem do começo do ano já ajuda um bocado. Gostaria apenas de acrescentar que adorei o rumo da história, por mais surpreendente que isso possa parecer. O tema principal – graças a Deus – foi para o segundo plano, e um tema muito melhor (ou menos polêmico, caso prefira…) assumiu seu lugar. E mesmo com o gosto amargo na boca, o final conseguiu ser positivamente emocionante. After the Rain foi mais do que uma referência a Falamansa.
Já que estamos citando os melhores do ano, fiquem com o que eu julgo ser a minha melhor piada de 2018. De Holmes of Kyoto.
Grancrest War fica em sétimo, e preciso confessar que o show cresceu em mim muito mais do que eu jamais poderia imaginar, quando escrevi suas Primeiras Impressões… Não só por suas personagens, mas por chegar um momento onde as coisas se acalmaram e finalmente começamos a entender o que diabos estava acontecendo. As vezes… Nós Gotta go fast um pouco mais devagar.
Liderando a segunda metade da tabela, Clear Card não só foi a sequência que queríamos como foi a que merecíamos. Qualquer fã da garota mágica de Tomoeda deveria voltar a sua infância de TV Globinho e assistir essa continuação. Acabou em aberto? Acabou. Deixou todo mundo com raiva e com gostinho de quero mais? Deixou. Mas a jornada vale, e não é só pela nostalgia.
IRODUKU e Chio’s School Road, quinto e quarto lugares… Mantiveram sua excelente qualidade do início ao fim, e creio que os seus respectivos Primeiras Impressões possam responder por mim.
Inaugurando o pódio, Asobi Asobase foi a coisa mais idiota que eu vi no ano, e justamente por isso merece tantos elogios. Como vocês podem ver, boa parte do meu ranking foi preenchido por comédias… Eu adoro comédias, de todos os tipos e formas. Se você gosta de comédia, sinceramente, qualquer uma das que foram citadas aqui irá te apetecer, basta escolher seu tempero. E o tempero de Asobi Asobase é o pior de todos. E isso o torna um dos melhores. É o macarrão com feijão do ano. E embora eu deteste a combinação… Ah, vocês entenderam.
O mesmo vale para Magical Girl Ore. A postagem explica bem do que se trata, mas não faz jus à qualidade. Acredito cegamente que a obra concluída é no mínimo dez vezes pior (ou melhor, você que sabe) do que eu passei.
Mas, apesar de tudo… Quem realmente levou o caneco foi o dito cujo: O maldito animê com um dos piores nomes localizados que eu já vi, Bunny Girl. Achei simplesmente sensacional como o autor conseguiu fazer um drama adolescente ser tão interessante. Como comentei no Primeiras Impressões… Ele usa de um bode expiatório que hoje eu percebo ser duplo: É tanto pra trazer o sobrenatural pro mundano, como pra fazer o mundano se tornar mais interessante, graças ao sobrenatural.
O desgraçado é um gênio.
Redator: Pedro Ladino
Bom, como já citado pelo Vini, 2018 se mostrou um ano excelente para animes, é claro que tivemos algumas bombas, mas no geral, foi um ótimo ano. Minha lista terá ao todo 11 animes, pois eu realmente não conseguir tirar, ainda que o primeiro das menções honrosas realmente valia a pena estar lá.
Começando a lista com um dos animes mais educativos que eu já tive o prazer de assistir. Cells at Work! é simplesmente uma das surpresas do ano. É bem produzido, e possui um ótimo timing cômico, e consegue ser pesado quando precisa. O episódio 12, sendo mais específico, trouxe um tom totalmente inesperado para o anime, trazendo medo, agonia e incômodo.
Apesar de possuir uma produção feita com troco de pão, WotaKoi é uma ótima comédia romântica sobre otakus. O show de referências e as piadas são um show a parte. O timing cômico é excelente. Além de ter uma das melhores aberturas do ano.
Idols, e tudo relacionados a elas, nunca me chamaram a atenção, tanto pelo estilo, quanto pelas controvérsias relacionadas a esse mundo. Para um anime que não possuía nem sinopse quando estreou, Zombie Land Saga foi a maior surpresa do ano para a minha pessoa. Desde o primeiro ao último episódio, o anime conseguiu me tirar risadas o tempo todo. Mas não é só na comédia que o anime se sustenta, ele possui críticas à esse mundo, qualquer um que saiba um pouco sobre o quanto nojento é o cotidiano das Idols. As músicas são ótimas também e o Koutarou é o melhor personagem masculino do ano.
08 – Asobi Asobase – workshop of fun – (Assista em: Crunchyroll)
Ainda que algumas piadas não funcionem, as personagens e as situações de Asobi Asobase são o ponto alto do anime, as dubladoras mandaram muito bem, em especial Hina Kino, que interpretou a Hanako. A mudança na voz é bastante natural e as reações são ótimas.
E o melhor anime de drama do ano vai para… uma comédia? Ainda que seja um anime de comédia, a parte que mais me conquistou em Hinamatsuri foi a parte dramática estrelada pela personagem Anzu. Eu chorei assistindo, que personagem! As partes de comédia com a Hina são bem legais também, ainda que algumas piadas sejam previsíveis, mas o anime vale pela Anzu.
Homenagem a Ashita no Joe (que eu não assisti e nem li, ME DESCULPEM), e é fantástico. Mesmo com uma produção limitada, o anime conseguiu passar a sua mensagem de forma sensacional. Ainda que o Boxe mova a trama, Megalo Box não é necessariamente um anime de luta. A estética noventista de Megalo Box faz ele passar um tom de clássico, além de uma trilha sonora fenomenal, e que foi parar até no Spotify.
A primeira vista, conhecendo o Japão como ele é, After the Rain possui uma sinopse que faz qualquer um pensar: isso vai dar merda. Mas, graças a Deus, esse anime é MARAVILHOSO. Que personagens, que produção, até perdoo o WitStudio por ter “estragado” The Ancient Magus Bride, e por favor, que lancem o mangá por aqui.
E aqui está o motivo para que essa lista tenha 11 obras e não 10, como de costume. Minha lista já estava praticamente fechada quando, por motivos paralelos a Torre, eu comecei a assistir. Starlight já estava na minha lista fazia um tempo, mas por causa dos atrasos do Hidive em colocar legendas em PT-BR, eu acabei deixando de lado para assistir quando acabasse, no entanto, esqueci. E meu Deus, que anime ein? A mensagem que ele trás é ótima, como crítica ao show business. Além de possuir as melhores cenas de lutas do ano. BANANICE BEST GIRL.
Aqui um anime que eu nunca pensei que assistiria, até descobrir que poderia assistir individualmente cada série de Lupin III. Para um primeiro contato com a franquia, não poderia ter sido melhor. Essa nova parte trás mini-arcos de 4 episódios que se juntam no final, e é incrível. Lupin é um excelente personagem, que funciona mesmo você só sabendo o básico sobre ele: é um ladrão, o maior de todos. Assistam Lupin III!
Quando você começa o ano com uma obra de arte chamada Devilman Crybaby, pode apostar que o resto dele será sensacional. Produção, trilha sonora e porrada no coração, só assistam. Devilman Crybaby se tornou um clássico instantaneamente, Masaaki Yuasa, eu te amo. O final mais sincero possível.
E chegamos ao anime que eu considero o melhor de 2018. Até Outubro eu considerava Devilman Crybaby imbatível. Mas sempre podemos contar com a Trigger, não é mesmo? (shiu, fica quieto ai Darling in the Franxx)
A direção de Gridman é espetacular, a ausência de trilha sonora em diversas partes acaba trazendo uma imersão e agonia. E só Deus sabe o quanto eu gritei com as cenas de luta, enlouqueci criando teorias e perdi o folego com Gridman. E o final… incrível, somente isso.
00 – Sangatsu no Lion S2 (Assista em: Crunchyroll)
VOU ROUBAR MESMO. Sangatsu no Lion para mim é o anime da década, e que todos deveriam assistir. O anime começou em 2017, mas temporada se encerrou esse ano. O arco do bulliyng tratado nessa segunda temporada é pesadíssimo e me deixou passando mal, ao ponto de ter que pausar os episódios a cada cena filha da puta. O segundo arco é espetacular, e explora mais personagens do anime. Assistam Sangatsu no Lion, é sério.
10 – Darling in the Franxx (Assista em: Crunchyroll)
Apesar do final apressado e decepcionante, Darling in the Franxx fez jus ao seu sucesso inicial e apesar dos pesares ainda é uma obra interessante e aproveitável até o episódio 18.
A aguardada adaptação da novel de mesmo nome escrita por Akatsuki Kana foi um misto de decepções com expectativas elevadas com base nos livros, e deleite com com as maravilhas visuais e sonoras de encher os olhos. Violet Evergarden ganha um lugar nessa lista pela sua excelência técnica e fidelidade à essência da história original, apesar das mudanças.
Uma das grandes surpresas de 2018 e do estúdio David Production, foi o anime original Cells at Work que se excedeu pela excelente temática e execução na animação em CG. Cells at Work com seu leque de personas das células do corpo humano entregou uma temática genuína e refrescante, se tornando um clássico; aquele anime do corpo humano.
A intensidade do brilho não dita a duração ou a beleza da chama. Koi wa Ameagiri foi anunciado com uma sinopse controversa e de interesse dúbio, mas demonstrou sua beleza sem chamar muita atenção. Uma beleza memorável que marcou um grande romance de 2018.
6 – That Time I Got Reincarnated as a Slime (Assista em: Crunchyroll)
Desde Sword Art Online e Daimachi, o gênero isekai ficou saturado com dezenas de animes genéricos toda temporada. That Time I Got Reincarnated as a Slime seguindo a mesma nota de KonoSuba, torna o gênero interessante novamente ao colocar o protagonista na pele de uma singela amoeba, transformando o que antes seria um clichê inexpressivo em uma comédia de expectativas além da fantasias shounen.
Você tem que ter um QI muito baixo para entender Pop Team Epic. Com uma proposta de adaptar tiras de 4 painéis, a realização desse anime foi uma afronta à Deus. Pop Team Epic se destacou pela qualidade humorística absurda que personificou tudo que simboliza o humor memético da internet.
Sempre que uma nova série é anunciada há a certeza de qualidade está por vir. A parte 5 da adaptação de Lupin continua com o ascendentes nível de qualidade já estabelecidos nos filmes clássicos e especialmente no anime de 2015. Lupin III: Part 5 não é apenas um doce para os fãs de longa data como também uma porta de entrada para novos espectadores.
Juntando zumbis e idols, Zombieland Saga reformula o padrão imposto por Idolmasters e Love Live! e trás uma nova vida ao gênero. Zombieland Saga deu a luz a Kotarou Tatsumi (info do dublador aqui), o melhor personagem do ano que definiu o sucesso desse grupo de idols e desse anime.
Após 45 anos a obra prima de Go Nagai finalmente teve a adaptação que merecia através da Netflix, apresentando a obra para toda uma nova geração. Devilman Crybaby permanece fiel ao original da melhor forma possível além de apresentar diversas referências ao original e aos OVAs. Fiz um texto dedicado ao anime, onde me expresso melhor sobre ele.
A comemoração do aniversário de 50 anos de Ashita no Joe, fez jus ao nome de uma dos clássicos dos animes de boxe e se consagrou como um dos melhores do ano. Fazendo uma releitura de personagens e trazendo a história para um cenário mais moderno, Megalobox reviveu o espírito dos grandes personagens que Ashita no Joe nos apresentou pela primeira vez há 50 anos. Sem uma animação impecável, mas com uma proposta direta e impactante, um estilo mais simples e sujo e uma trilha sonora memorável, Megalobox marcou este ano se tornou apenas uma marca à ser seguida por animes do gênero, como também um eterno clássico.
E esses foram os animes que consideramos os melhores de 2018, e que 2019 seja tão promissor quanto.
Broly sempre foi um dos personagens mais queridos pelos fãs de Dragon Ball, mesmo não estando inserido no cânone oficial da série. Agora, 25 anos depois, o mais forte dos Saiyajin chega à franquia em um excelente filme, rodeado de porradaria.
A história é simples. Broly e seu pai, Paragas, são despejados para um planeta inabitável após uma crise de ciúmes do Rei Vegeta, ao descobrir que Broly possuía um poder do mesmo nível de seu filho, Vegeta. Durante esse tempo, a raça Saiyajin é eliminada por Freeza e vemos a ida de Goku ao Planeta Terra. E então, somos jogados aos tempos atuais, onde Goku e Vegeta estão treinando, após o término do Torneio do Poder.
Para aqueles, que como eu, não acompanharam Dragon Ball Super, não se preocupem. O filme apenas puxa algumas referências, e mostra alguns personagens, porém não é necessário ter conhecimento do anime. Isso porque, o filme joga alguns flashes e contextualiza os acontecimentos finais do anime. Posso até dizer, que ele necessita mais dos conhecimentos da Saga Z, do que de Super em si.
O filme utiliza os 30 minutos iniciais para montar o background, para os fãs, é um prato cheio. Somos apresentados, canonicamente, ao nome da mãe de Kakaroto, Gine, que já havia sido revelado no mangá Jaco; temos a ascensão de Freeza ao poder e a extinção dos Saiyajin alá Superman. Mas, talvez poderia ter tido uns 5 minutos a menos e dar mais foco a relação abusiva entre Broly e seu pai, Paragas.
As piadas do filme são ótimas, foi basicamente Akira Toriyama voltando as raízes. A dublagem do filme também está fenomenal, como já era de se esperar.
A animação é onde Dragon Ball Super: Broly se consagra. Já esperávamos que o filme teria uma animação mais fluida, por conta da mudança nos designs feitas por Naohiro Shintani, mas o que tivemos, foi algo além disso.
O diretor Tatsuya Nagamine, se aproveitou a liberdade que conquistou e se arriscou. As batalhas são excelentes, você sente cada soco. Há cenas em primeira pessoa e em câmera lenta. Movimentos de câmera que nunca veríamos no anime. O uso de CG, ainda que exagerado em algumas partes, se mostrou necessário. Afinal, o nível de poder se elevou tanto, ao ponto do cenário se tornar computação gráfica e se quebrar. E o uso de cores na reta final, é um show à parte.
O final da luta, no entanto, é um pouco broxante. Muito por conta de uma provável nova série animada de Dragon Ball. É nítido que eles tiveram que se segurar. E para finalizar, há dois momentos de fanservice desnecessários, ambos envolvendo a personagem Cheelai, que simplesmente não faz sentido estarem ali.
Sem medo de se arriscar, Dragon Ball Super: Broly é o maior festival de pancadaria da franquia desde Dragon Ball Z. Expande o lore da série e dá novos ares ao fenômeno mundial que é Dragon Ball.