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Torre elege os melhores filmes de 2018

Escrito por Daniel Estorari

2018 foi um ano marcante para o cinema. Presenciamos inúmeras experiências de tirar o folego; rimos, choramos, aplaudimos, gritamos e o principal, nos divertimos. Tudo isso, graças à magia do mundo da sétima arte, pois sem sua existência, muitas histórias magníficas e inspiradoras nunca veriam a luz do dia.

Pensando nisso, alguns redatores da Torre de Vigilância reuniram suas opiniões pessoais sobre os longas-metragens mais marcantes desse ano que já está por acabar. A seguir, você poderá ler cada uma delas, redigidas com muito carinho, de fã para fã.


João Guilherme Fidélis (redator e colunista)

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Apesar de ser um grande fã dos espetáculos caóticos proporcionados por Michael Bay, Bumblebee foi o primeiro filme de Transformers a tocar o meu coração, desde a película dirigida por Bay, em 2007. Este é um filme, simples, focado e centrado em nada mais, nada menos, do que em seus personagens. Todos eles funcionam. Desde o agente Burns interpretado por John Cena, até os maléficos Decepticons. Entretanto, a alma da obra, reside na excelente química entre Charlie Watson (Hailee Steinfeld) e o robô amarelo. O primeiro contato entre os dois, é o momento em que o encanto retorna e permanece dentro da espectador, mesmo após o término da sessão.

O melhor filme de ação do ano. Não há espaço para discordâncias. Não consigo pensar em um blockbuster tão bem coordenado e escrito este ano, senão Missão Impossível: Efeito Fallout. O filme não apenas conta com uma excelente direção, como explora a moralidade de Ethan Hunt (Tom Cruise) de maneira inteligente e traz um excelente antagonista interpretado por Henry Cavill. O roteiro força seus personagens a fazerem escolhas difíceis e é preenchido por diversos plot-twists, daqueles que arrancam um sorriso genuíno do rosto. O cinema pipoca em sua melhor forma.

Confesso que quando O Primeiro Homem foi anunciado, o que me chamou atenção foi o responsável pela direção: Damien Chazelle. Um dos maiores diretores de sua geração. Trouxe duas histórias sobre sonhos, executadas em tonalidades diferentes: Whiplash e La La Land. Aqui, ele revisita a chegada de Neil Armstrong à Lua, sob um olhar mais íntimo, cinzento e intenso. Ryan Gosling e Claire Foy traduzem perfeitamente a proposta do cineasta, o qual entrega um dos melhores, senão o melhor, filme do ano.


Carlos Eduardo Rici (colunista)

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Infiltrado na Klan
O novo filme de Spike Lee se provou em pouco tempo de exibição um filme mais do que necessário para nossa atual sociedade. A acidez do longa somado
a uma ótima história nos brinda com um impactante e inteligente filme.

 

Pantera Negra

O diretor Ryan Coogler, unido a um elenco de peso, trouxe neste ano o que eu considero o melhor filme de heróis que vi nas telonas em 2018. É incrível como mesmo seguindo uma fórmula, Coogler consegue trabalhar de uma maneira séria e bem feita temas importantes pra nossa sociedade, além de saber criar ótimos planos e extrair performances excelentes de seu elenco.

 

Ilha de Cachorros

Wes Anderson voltou ao stop-motion em Ilha de Cachorros, que assim como seus outros filmes, é grandioso em estética e simples em história. Mas não se engane, a simplicidade e acessibilidade de Ilha de Cachorros só torna o filme melhor e mais belo, uma das melhores animações do ano.

 

Você Nunca Esteve Realmente Aqui
A diretora Lynne Ramsey retornou em 2018 com o que talvez seja o longa mais esquizofrênico que tive o prazer de ver neste ano. O filme é uma viagem dentro da loucura do protagonista, sabendo utilizar violência ao seu favor, sem beleza alguma, Ramsey cria um filme forte e faz Joaquin Phoenix entregar uma sensacional atuação.

 

Roma
É de um consenso geral que Alfonso Cuarón é um dos maiores diretores da nossa geração, e em Roma ele só deixa isto mais claro. Apesar de não ser um filme tão acessível, se você conseguir apreciar a obra por completo, vai ver que Roma é uma obra-prima cinematográfica, o cinema em seu estado mais puro, o que não encontramos todos os dias.


Tassio L. Stark (redator)

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Guerra Infinita – por ser a primeira parte da culminação preparada pelo mcu de forma tão cuidadosa desde 2008 e que superou as expectativas de todas as formas. Um filme para ser lembrado.

Jogo Perigoso – Tenso do início ao fim, onde a trama prega peças não só na mente da personagem como também no telespectador. A sensação de alguém te observando no escuro torna uma bela experiência junto com a adrenalina de vê-la sair daquela situação.

Um Lugar Silencioso – Primeiro filme com essa temática do silêncio que me deparei e gostei bastante. Dá uma agonia o silêncio que ajuda o telespectador a adentrar na trama.


Tiago Bacelar (redator)

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2018 foi um bom ano no cinema. Reunimos as joias do infinito para combater Thanos em Guerra Infinita; entramos com Margot Robbie na vida conturbada de uma patinadora em Eu, Tonya; voltamos no tempo para assistir do show do Queen no Live Aid em Bohemian Rhapsody; sofremos na pele de uma mãe desesperada em Três anúncios de um crime; fomos contagiados por um mundo fantástico de referências em Jogador Número 1; ficamos assustados pelo terror de Um Lugar Silencioso; conhecemos animais muito especiais na Ilha dos Cachorros; mergulhamos no fundo do oceano para ver um herói virar Rei em Aquaman; e nos emocionamos com a bonita relação entre a humana Charlie e o famoso Autobot amarelo em Bumblebee.


Daniel Estorari (redator e colunista)

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Diversas películas marcaram os meus doze meses, mas o que mais me fez ficar espantado e impressionado comigo mesmo, foram as obras que conseguiram arrancar lágrimas da minha alma, e é justamente delas que eu mencionarei a seguir.

Vingadores: Guerra Infinita

Você pode não achar a Marvel Studios a melhor empresa do mundo, mas o que não pode ser negado, é como o estúdio sabe trabalhar em cima de suas fórmulas e construir um belíssimo universo cinematográfico por 10 anos. Guerra Infinita é um lindo presente do estúdio para seus fãs, dando-lhes um vilão e trama fora do convencional, mas que se apoiam totalmente em cima das clássicas histórias cósmicas da Marvel Comics. Tudo é conduzido de maneira sutil e delicada até o seu emocionante final, que mesmo sabendo que determinados personagens voltarão a vida, ouvir: ”Por Favor senhor Stark, eu não quero morrer” não foi nada fácil.

Homem-Aranha no Aranhaverso

Tive a oportunidade de assistir essa linda animação dois meses antes da sua estreia no Brasil. Se eu fosse elogiar essa fábula, provavelmente a coluna teria mais de três mil palavras, portanto, direi apenas o necessário.  Homem-Aranha no Aranhaverso é esplêndido, a Sony Pictures Animation criou uma história simples em cima de um desenho recheado de referências ao universo do amigão da vizinhança, que transita desde as personalidades de Tobey Maguire e Andrew Garfield, até Tom Holland. O mais emprisionante, é que o desenho é um fã de si mesmo, não se esquecendo de tudo aquilo que já foi construído para o Homem-Aranha em todas as mídias.

Aquaman

Warner Bros. Pictures, uma empresa que costuma errar pouco em seus filmes originais, mas que tropeça muito quando produz películas em parceria com a DC Comics; mas dessa vez, ela conseguiu se redimir. Aquaman possui uma história clichê, mas isso não é uma observação negativa, já que sua trama é divertida e bem anedótica. Arthur Cury junto de Mera e Orm, carregam o filme nas costas, ao lado de seu lindo cenário subaquático, que é de deixar qualquer pessoa boquiaberta. Quem diria que um dia, um super-herói que era humilhado por seus pseudos fãs, ganharia um longa-metragem tão épico e avassalador quanto esse?

Bohemian Rhapsody

O famoso ”filme do Queen” é a melhor cinebiografia que eu já assistir. Sintetizando de maneira breve, após o término de Rhapsody, eu comecei a refletir sobre minha vida, sendo que eu uso até hoje algumas atitudes de Freddie como espelho. A união, relacionamentos, intrigas e vitórias, são tudo mais mágicos ao decorrer que a trama avança até cena do Live Aid, que pessoalmente, cai nos prantos só de ver como a atuação de Rami Malek estava condizente com as músicas que estavam sendo tocadas.

Me Chame Pelo Seu Nome

OK, eu sei que essa película estreou no final de 2017 nos Estados Unidos, mas vale a menção, pois chegou no início de 2018 nos cinemas nacionais, sem contar, que é basicamente o filme da minha vida ao lado de alguns outros. Me Chame Pelo Seu Nome é maravilhosamente lindo e triste, que mexe 100% com o emocional. A história é tão perfeita, que em determinado ponto, ela desvincula a mente do telespectador dessa realidade, e a transporta para outro mundo além dos paradigmas convencionais. Sua duração é equivalente ao nosso cotidiano, ou seja, cumprida e massante, mas necessária. Essa obra prima me deu milhões de lições, mas a principal, foi que nem tudo são flores e que não devemos desistir de procurar o amor de nossas vidas. Gostaria de aproveitar a oportunidade, para dizer: Me Chame Pelo Seu Nome, eu te amo.


2019 está prometendo ser tão promissor quanto 2018, já que está aparentando ser uma das melhoras épocas para lançamentos cinematográficos. Sem sombras de dúvidas, ao seu final, terá outra lista como essa. 

Espero que tenham gostado, até a próxima e lembrem-se, assistir filmes é mais que um hobbie.

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Daniel Estorari

With great powers...