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Gold Edition | Segundo volume de Okko está em pré-venda

Com seu primeiro volume lançado no Brasil em junho de 2018, a série Okko, publicada na França pela editora Delcourt, finalmente ganhará continuação em lançamento da Mythos Editora. Confira detalhes abaixo!

É inverno de 1109, ano oficial no calendário do Império do Pajão. Okko e seus fiéis companheiros — o misterioso mascarado Noburo, o monge Noshin e o jovem Tikku — chegam na Cidade da Pólvora. Enquanto buscam por um guia para ajudá-los a cruzar a periculosa cordilheira dos sete monastérios, eles encontram uma talentosa guerreira: Ceifa-Vento. Okko e seus companheiros buscam as Bibliotecas Secretas do Oitavo Monastério no Teto do Mundo, mas o caminho é perigoso e os poderes ancestrais da Terra demandam um sacrifício de sangue quando são despertos.

Escrita e desenhada por Humbert Chabuel (HUB), a série Okko é dividida em ciclos, totalizando cinco ciclos (com duas histórias em cada ciclo) que correspondem a cinco volumes nacionais (sendo O Ciclo da Terra o segundo volume).

Apresentando um império místico chamado Pajão, esta série vai fundo na mitologia japonesa para criar uma aventura de resgate que homenageia do início ao fim toda a riqueza cultural do país, com katanas, samurais, deuses e magias. O protagonista, Okko, é um ronin habilidoso que lidera um grupo de caçadores de demônios.

Okko: O Ciclo da Terra possui 108 páginas encadernadas em capa dura e formato 31,8 x 23 cm. O preço sugerido é R$ 89,90. Clique aqui para garantir sua edição na pré-venda da Amazon com preço mais baixo garantido ou visite a Loja Mythos.

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Lançado pela Mythos o Prelúdio para Morrer, novo encadernado de luxo de Dylan Dog

Já está disponível o mais novo encadernado de luxo capa dura de Dylan Dog, personagem de sucesso da italiana Sergio Bonelli Editore publicado no Brasil pela Mythos Editora em mais de uma revista, com lançamentos mensais. Confira detalhes!

Quem é Laís, a belíssima e misteriosa modelo por quem Dylan Dog se apaixona na inauguração de uma mostra fotográfica, e que parece ter desaparecido de repente? Para seguir as pistas da moça, o Investigador do Pesadelo deverá escavar num mistério sórdido que o levará diante de uma verdade horrenda e imprevisível.

Uma história sombria como a noite, em que o lendário mestre do terror italiano Dario Argento interpreta as atmosferas do personagem de Tiziano Sclavi segundo o seu estilo onírico e profundamente inquietante. Nos pincéis, o principal desenhista das atmosferas góticas, o grande Corrado Roi.

Com o selo Prime Edition (destinado às publicações luxuosas da editora Mythos), Prelúdio para Morrer é uma história fechada tal qual sua antecessora, Mater Dolorosa. Dylan Dog retornou pela Mythos Editora em duas séries publicadas em formato italiano: a clássica, chamada apenas de Dylan Dog, e a Dylan Dog Nova Série, que traz aventuras mais modernas do personagem após sua reformulação com a aposentadoria de Bloch. A Nova Série foi comentada em detalhes aqui.

O intuito da coleção deluxe do personagem é apresentar histórias fechadas desenhadas por grandes nomes do quadrinho italiano. O formato, maior que o padrão Bonelli, serve para dar destaque aos quadros e valorizar os desenhos.

Dylan Dog: Prelúdio Para Morrer possui 108 páginas encadernadas em capa dura e formato de graphic novel. O preço de capa sugerido é R$ 69,90. Garanta sua edição na Amazon clicando aqui.

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Whopi e Wendigo, quarto encadernado de Mágico Vento, chega às lojas e livrarias

Em outubro de 2017 a Mythos Editora começou a publicar a coleção Deluxe colorida de Mágico Vento, uma das séries mais consagradas da italiana Sergio Bonelli Editore. Com um lançamento em 2017 e outros dois em 2018, está chegando às livrarias o quarto volume da coleção. Confira detalhes abaixo!

A misteriosa jovem índia que chegou ao forte junto com a esposa do major Eccles é Whopi, filha do espírito do Bisonte Branco. Porém, a violência cega dos homens a faz ser dominada pelo bisonte louco. Mágico Vento deverá aplacar a alma enfurecida de Whopi quebrando a maldição que a brutalidade dos soldados desencadeou. O urro do Wendigo, um gigantesco predador de carne humana, rasga o céu nas terras dos ojibways e espalha o terror. A fome do monstro cresce com o aumento das suas vítimas, e Mágico Vento se verá mais próximo da morte como jamais lhe aconteceu antes.

A série foi criada em 1997 por Gianfranco Manfredi, um dos maiores nomes dos quadrinhos italianos, e foi publicada até 2010 totalizando 131 edições. No Brasil a editora Mythos lançou todos números, e a nova coleção Deluxe republica a saga desde o início, com o diferencial das cores. Cada encadernado compila duas aventuras originais.

Na Itália foram colorizadas as primeiras 25 edições da série, tornando possível a publicação em cerca de 12 encadernados seguindo os mesmos moldes. A arte deste volume é de Corrado Mastantuono e Pasquale Frisenda.

Mágico Vento Deluxe – Volume 4 já está disponível na Amazon, comic shops e na Loja da editora Mythos. O encadernado possui 204 páginas encadernadas em capa dura e o preço sugerido é R$ 76,90Clique aqui para comprar sua edição!

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Hellboy Day | Confira todos os anúncios e novidades da Mythos Editora

Com sede estabelecida na loja Comic Boom! em São Paulo, a Mythos Editora comemorou hoje o Hellboy Day, evento mundial dedicado especialmente ao Garoto do Inferno. Na situação, foram esclarecidas algumas dúvidas e novidades acerca da publicação nacional de Hellboy, e houve também a distribuição de brindes. Confira detalhes abaixo!

Nova coleção: Hellboy Omnibus

A Mythos lançará a coleção Hellboy Omnibus, encadernados de mais de 300 páginas em capa cartão, visando atrair novos leitores para o personagem. O formato será idêntico ao original da Dark Horse Comics: histórias essenciais em ordem cronológica organizadas pelo próprio Mike Mignola, com extras no final, retirados diretamente do caderno de esboços do autor. O primeiro volume reúne: Sementes da Destruição, O Despertar do Demônio, Os Lobos de Santo Agostinho, O Caixão Acorrentado e Quase Um Deus.

A coleção principal é composta por quatro volumes, e há também dois volumes de histórias curtas (não ligadas diretamente à cronologia principal). O preço de capa sugerido para a edição nacional é R$ 99,90. O formato será igual ao original, 17 x 26 cm, em papel couché. A pré-venda começa no dia 28 de março (com 35% de desconto) e a previsão de lançamento é para o dia 10 de abril.

Caso a coleção emplaque, a editora também lançará as aventuras do B.P.D.P. no mesmo formato.

A continuação da coleção Edição Histórica

A coleção que publica Hellboy atualmente no Brasil, intitulada Edição Histórica, continuará existindo paralelamente aos Omnibus. O volume 11, “A Noiva do Demônio“, será lançado pela editora, encerrando a coleção.

Haverá reimpressão de materiais esgotados desta série, preenchendo lacunas de catálogo, mas estas serão feitas sem periodicidade específica. Um possível volume 12 pode vir a existir, compilando Hellboy no México, mas isso é algo a ser discutido somente no futuro.

B.P.D.P. Origens & Hellboy e o B.P.D.P.

A série B.P.D.P. Origens, que possui um volume publicado (1946-1947), será continuada com as histórias 1948 e Vampiro. Entretanto, virá em capa dura. O primeiro volume foi lançado em capa cartão, e teve baixas vendas. Desta forma, pode vir a ganhar reimpressão em capa dura, resultado em uma alteração no valor.

Hellboy e o B.P.D.P., que teve os volumes de 1953 e 1954 lançados, ganhará mais uma edição. E como já foi mencionado, caso a nova coleção Omnibus tenha boas vendas, é possível que todo o B.P.D.P. seja lançado no mesmo formato.

Spin-offs: outros personagens

Ideias de publicar séries de personagens independentes porém derivados da série principal do Hellboy, como Abe Sapien, estão no momento descartadas. A editora irá focar seus planos em formar novos leitores para a série principal, e só então, a depender dos bons resultados, trará material alternativo.

Hellboy em prosa: mais livros

Sim, após o lançamento do livro Estranhas Missões, a Mythos dará continuidade à coleção e lançará mais um livro. Não foi revelado qual será, entretanto, deve seguir o mesmo padrão do primeiro. Hellboy possui um longo catálogo de literatura, com obras lançadas no exterior, e material não deve faltar.


Aparentemente, a vida útil de Hellboy no Brasil está ganhando mais fôlego. O novo filme do personagem, com estreia marcada para o dia 16 de maio, pode trazer novos leitores e a disponibilidade de material é essencial para atender a demanda. Caso as novidades despertem interesse dos fãs, todos os leitores de HQs do Brasil sairão ganhando.

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Hellboy Day! O novo filme do Hellboy e as referências aos quadrinhos

O novo filme do Hellboy, criação máxima do quadrinista Mike Mignola, chegará em breve aos cinemas, onze anos após a última adaptação cinematográfica do Garoto do Inferno, situada em universo que possui tom de “contos de fadas” pelas mãos do diretor Guillermo del Toro. Quais serão as expectativas com relação ao novo filme, denominado como um remake do personagem?

A nova película é dirigida por Neil Marshall com roteiro de Andrew Cosby. David Harbour assume o papel do protagonista, substituindo Ron Perlman, e o elenco também conta com Milla Jovovich (no papel de Nimue), Ian McShane (Trevor Bruttenholm), Sasha Lane (Alice Monaghan), Daniel Dae Kim (Ben Daimio) e Thomas Haden Church (Lagosta Johnson). E com tantos personagens, com base no que foi apresentado até o momento em dois trailers, quais serão as principais semelhanças com os quadrinhos?

Abaixo, listaremos alguns pontos que remetem diretamente aos gibis do Hellboy, publicados nos EUA pela Dark Horse Comics e trazidos ao Brasil pela Mythos Editora. Vale lembrar que a semelhança pode ser puramente visual ou situacional, entretanto, todas podem vir a deixar um fã do personagem cada vez mais feliz. Também é importante ressaltar que o texto abaixo pode conter spoilers.

Você pode conferir todos os detalhes acerca do universo do Hellboy em nosso Guia de Leitura completo, clicando aqui.

A origem de Hellboy

O filme deverá reapresentar a origem  do HB. Trazido à Terra pelas mãos de um grupo de cientistas nazistas liderados por Rasputin, o experimento trouxe o Garoto a este plano por engano. Nos quadrinhos, Hellboy foi invocado pelo Mago Louco, porém surgiu próximo às tropas americanas. O filme, com base no que foi apresentado nos trailers, retomará este momento tão icônico da saga do personagem, mostrada em detalhes no arco Sementes da Destruição e retomada por Astaroth em Hellboy no Inferno.

Trevor Bruttenholm

Pai adotivo de Hellboy, Trevor é o cientista responsável por acolher o recém-invocado Hellboy após o experimento de Rasputin. Um pai amável, Bruttenholm é responsável pela boa índole humana presente na personalidade do garoto. No filme, será vivido por Ian McShane, e a relação do herói com seu pai será levemente conturbada. Trevor aparenta ser bem mais áspero no longa em comparação com sua persona nos quadrinhos. O filme será uma adaptação dos arcos O Clamor das Trevas, Caçada Selvagem e Tormenta e Fúria. Neste momento da cronologia do Hellboy nos quadrinhos, Trevor já está morto há bastante tempo, e esta será uma das mudanças do filme.

B.P.D.P

O Bureau de Pesquisa e Defesa Paranormal (B.P.D.P.) é a organização para qual Hellboy prestou serviços durante muito tempo de sua vida. Fundada na década de 40 por Trevor Bruttenholm, a organização atua no combate e na pesquisa de fenômenos estranhos. A importância do B.P.D.P. para a mitologia de Hellboy é sem precedentes, e a organização privada é tão famosa que possui histórias em quadrinhos próprias. HB decidiu demitir-se do B.P.D.P. após os eventos da história O Verme Vencedor, passando por um momento de viagens pela África logo em seguida. Diversos agentes do Bureau conquistaram os fãs, destacando-se Abe Sapien, Liz Sherman, Roger e Johann Krauss, boa parte deles presentes nos dois primeiros filmes do personagem. O que nos leva aos próximos assuntos:

Ben Daimio e Alice Monaghan

No filme, Sasha Lane e Daniel Dae Kim viverão os personagens Alice Monaghan e Ben Daimio, respectivamente. Ao que tudo indica, ambos serão agentes do B.P.D.P. que ajudarão Hellboy nesta aventura. Nos quadrinhos, Alice foi salva quando bebê, após ter sido sequestrada por fadas. Apesar disso, Alice continuou a conviver com as criaturas mágicas enquanto crescia, e isso afetou sua vida de forma que ela quase não envelheceu mesmo após 50 anos. As ações de Hellboy envolvidas no resgate de Alice na história O Corpo vieram a afetar o futuro de forma grandiosa na trilogia Clamor das Trevas, Caçada Selvagem e Tormenta e Fúria. Alice é também interesse amoroso do herói nos quadrinhos, e no filme ela será uma agente do B.P.D.P. que ganhou alguns poderes mágicos após o sequestro.

Ben Daimio é outro agente do Bureau. Considerado morto pela Marinha dos Estados Unidos, Daimio sofre de uma maldição que o transforma em uma criatura similar a um jaguar. O incidente que deixou a cicatriz em seu rosto (durante uma missão na Bolívia) também o matou, mas após três dias, quando levado para a autópsia, Ben retornou ao plano consciente após ter tido visões de um espírito de jaguar que disse que sua nova vida havia começado. Nos quadrinhos, o personagem já está morto – desta vez, definitivamente.

Os vilões

O filme contará com uma verdadeira galeria de criaturas e inimigos do Hellboy. Os personagens listados abaixo marcaram presença em diversas histórias e arcos do herói nos quadrinhos, destacando-se: Hellboy no México, Clamor das Trevas, Caçada Selvagem, Tormenta e Fúria, O Corpo e O Despertar do Demônio.

Caçada Selvagem

Caçada Selvagem é um dos principais arcos do Hellboy. Nele, o herói se envolve com os chamados Caçadores Indômitos para participar de uma busca e extermínio de gigantes que retornaram às terras inglesas. É revelado que até mesmo Trevor Bruttenholm fez parte do grupo, e o chefe do pelotão utiliza o elmo de veado representando Herne, o deus das caçadas. Visando impedir que Hellboy ocupasse o trono da Inglaterra (por ser descendendo direto do Rei Arthur), o grupo trai o herói, tentando assassiná-lo.

Tanto nos quadrinhos como no filme, a convocação de Hellboy vem por parte do Clube Osíris, que possui história ligada a Irmandade Heliópica de Rá.

Gigantes

Após os eventos descritos acima, Hellboy se depara com gigantes reais. Ao lutar contra eles, o herói é tomado por uma fúria interminável, que o faz cometer um massacre e desmembrar os monstros com uma espada. Possesso, Hellboy começa a liberar seu lado “destruidor de mundos”, o chamado Anung Un Rama, após entrar em êxtase causada pelo derramamento de sangue. Entretanto, ele consegue retomar os sentidos. O evento acaba por marcá-lo profundamente.

Gruagach/Grom

Tendo estreado pela primeira vez na história O Corpo, e sendo uma figura diretamente ligada às origens de Alice Monaghan, Gruagach é peça central de parte da mitologia do universo de Hellboy. Um antigo guerreiro capaz de se metamorfosear em outras criaturas, após cair em desgraça gerada por engano ao se apaixonar, Gruagach foi o bebê que substituiu Alice quando ela foi raptada. Descoberto por Hellboy, que o tratou de forma cruel, o monstrinho se fundiu ao monstro Grom e assumiu a forma pela qual ficou reconhecido nos quadrinhos e estará presente no filme (um suídeo ambulante). Gruagach foi responsável pelos eventos que desencadearam a morte de Hellboy (na trilogia já citada neste post, de Clamor das Trevas à Tormenta e Fúria), tendo invocado Nimue.

Nimue

A principal antagonista do filme, Nimue (Milla Jovovich) desempenha papel importantíssimo na mitologia dos quadrinhos. A Rainha de Sangue, invocada por Gruagach e outras criaturas, foi a maior bruxa que existiu na Inglaterra. Nimue está ligada diretamente às Lendas Arthurianas, que desempenham papel crucial no passado de Hellboy. Tornou-se insana após perder o controle sob influência dos Ogdru Jahad, a entidade cósmica que é a vilania suprema dos quadrinhos. A feiticeira foi invocada (esta estava presa em um caixote, tendo sido desmembrada) após Hellboy banir Hecate, a antiga líder das bruxas, da existência. Nimue serviu de receptáculo para os Ogdru Jahad, e ao final do arco Tormenta e Fúria, arrancou o coração de Hellboy, matando-o.

Baba Yaga

Outra figura central da mitologia de Hellboy, Baba Yaga é uma bruxa do folclore russo, que vive dentro de uma casa com pernas de galinha. Na história que leva seu nome, Hellboy encontrou Baba Yaga (que estava sequestrando crianças) e foi o responsável por atirar em seu olho esquerdo, tornando-a caolha. Ela retornou posteriormente no arco O Despertar do Demônio, e teve papel de destaque na história O Clamor das Trevas. Entretanto, sua presença sempre esteve ligada a algumas histórias, seja em menção ou epílogos. A personagem é, talvez, a bruxa mais conhecida pelos fãs do personagem, se destacando no universo do HB.

Hellboy no México

Uma das cenas do trailer destaca Camazotz, um lutador com aspecto de morcego que Hellboy enfrentou enquanto esteve no México em 1956. Nesta aventura, Hellboy se envolve com luchadores em uma história completamente descompromissada, cheia de bebedeiras, cenas sem noção e a espetacular arte de Richard Corben. A luta com Camazotz é o momento-chave da história, que fez tanto sucesso (e foi tão bem-quista pelos autores), que posteriormente Mike Mignola e Corben inseriram HB novamente numa aventura mexicana. Camazotz é revelado como um dos irmãos luchadores (o mais novo) que havia desaparecido, e acabou morrendo pelas mãos do vermelhão – após este ter descoberto a forma monstruosa de Camazotz -, retornando então à forma humana.

Excalibur

Os trailers apresentados ao público até então também trazem outros elementos dos quadrinhos, tal qual a espada Excalibur (sim!) e Hellboy como destruidor do mundo após assumir sua sina demoníaca. Nas HQs, a espada Excalibur está ligada a todo o passado da mãe humana de Hellboy, a bruxa Sarah Hughes, descendente do Rei Arthur por parte de Mordred, o filho bastardo de Arthur com Morgana Le Fay. No arco Caçada Selvagem, toda a linhagem histórica da família humana de Hellboy é peça central da trama, e a decisão de assumir o posto de rei paira sobre a cabeça do herói durante um bom tempo. Como rei, Hellboy poderia liderar o exército de Arthur contra as forças do mal de Nimue.


E as inspirações para o filme não aparentam ser somente essas! A equipe criativa por trás do novo longa foi fundo nas pesquisas para montar um roteiro que una diversos pontos-chave da mitologia do Garoto do Inferno, podendo ter mais surpresas na manga esperando para o dia da estreia, que está marcada no Brasil para 16 de maio de 2019.  O herói da infância de Hellboy, Lagosta Johnson (vivido por Thomas Haden Church), ainda não foi mostrado nos trailers e clipes, por exemplo. E então, ansiosos?

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Papo de Saloon | Tex Willer, a nova revista de Tex

Sei muito bem o que você está pensando: OUTRA revista Tex? Não basta as histórias inéditas sendo publicadas nas bancas, vêm aí mais republicações de clássicos? Pois saiba que a nova Tex Willer não é nada do que você espera: aqui os leitores terão um vislumbre expandido da juventude do maior herói de faroeste dos quadrinhos. Sim, estamos voltando à fase “Procurado: Vivo ou Morto”!

A vida de Tex é cheia de redenções. Um dos mais famosos foras-da-lei em sua juventude, a primeira história do ranger abre com Tex e seu cavalo – ainda sem nome na época, e depois apelidado Dinamite -, um outlaw com gorda recompensa por sua cabeça. Histórias futuras viriam a mostrar como Tex tornou-se procurado pela justiça. Se vingando dos assassinos de seu pai e posteriormente dos assassinos de seu irmão Sam, a cabeça de Tex foi posta a prêmio e assim permaneceu por algum tempo.

O herói sempre teve um grande senso de justiça e honra. Apesar de procurado, Tex manteve grandes amizades com alguns homens brancos e índios, que tinham noção de sua boa índole. Entretanto, boa parte deste período da vida de Tex permanece inexplorada nos quadrinhos. Recentemente a Tex Graphic Novel (série semestral feita em formato maior e colorida) voltou ao passado do herói, pelas mãos do roteirista e editor Mauro Boselli, e foi comentada na Torre de Vigilância há algumas semanas.

Mas e os momentos que permanecem inéditos? Como já foi dito, a vida de Tex não é completamente conhecida. E a partir deste ponto surgiu a ideia de Davide Bonelli (atual chefia da Sergio Bonelli Editore) e Boselli, de criarem uma nova revista que explora o passado do ranger, e resgata também uma característica vital do início de sua publicação nos anos 40: um senso de continuidade e aventuras seriadas, que são contadas ao longo de várias revistas, em capítulos.

O lançamento da revista Tex Willer fez parte da comemoração de 70 anos de Tex. E curiosamente, a Mythos Editora está trazendo esta publicação ao Brasil pouquíssimo tempo após seu início na Itália. Com um acabamento similar às revistas italianas (abandonando o famoso formatinho brasileiro), em altura e com papel offwhite que remete diretamente ao original, Tex Willer recebeu o subtítulo “As aventuras de Tex quando jovem“, perfeitamente apropriado para a publicação.

E a história contada aqui, ligando os leitores à aventura do Totem Misterioso, é conduzida por Mauro Boselli com arte do veterano Roberto De Angelis (de Nathan Never). Boselli, em seu prefácio, promete que os fãs conhecerão todos os detalhes de coisas como o relacionamento de Tex e diversos xerifes, do jovem Kit Carson, de suas boas relações com índios (tal qual o já conhecido Cochise) e diversas outras figurinhas carimbadas da mitologia texiana.

Roberto De Angelis traz um visual clássico porém com características claramente modernizadas ao traço da aventura, trabalhando muito bem os tons de preto. Tex já é Tex desde sempre: justo, inventivo, um herói como poucos. E aqui nada difere em relação aos seus problemas comumente enfrentados, exceto o fato da justiça o perseguir. Porém, bandidos seguem sendo castigados por suas mãos.

A característica de “novidade” está presente nesta série, já que o objetivo é audaciosamente ir onde nenhum roteirista jamais esteve. Ou seja, é um ótimo ponto de partida para novos leitores! Apesar do ar imaturo de Tex, seus feitos chamam a atenção de leitores veteranos e também podem vir a encantar os recém-chegados, que buscam uma boa nova revista seriada para acompanhar nas bancas.

E o fator “série” não é um ponto negativo, pelo menos do meu ponto de vista. Certas aventuras funcionam melhor se contadas aos poucos, e sendo aqui a meta “remeter ao clássico”, nada mais justo do que fisgar o leitor com revistas baratas (Tex Willer chega custando R$ 14,90) e de rápida leitura. Mas a quantidade de desdobramentos e reviravoltas não deixa a desejar em comparação às grandes histórias: Boselli sabe criar um elenco de personagens convincentes, capazes de pôr em xeque a astúcia do ranger mais querido da nona arte.

Com duas edições publicadas até o momento (nos meses de janeiro e fevereiro de 2019), Tex Willer segue sua publicação mensalmente, com previsão de lançamento de um novo volume no vigésimo dia de cada mês. Cada edição é padronizada com um preview da próxima história na quarta capa da revista, e no interior, suas 64 páginas contam com o prefácio e a história propriamente dita.

Até onde irá a publicação desta série, não se sabe. Porém, é interessante notar como a editora italiana, casa de Tex, é capaz de criar novos materiais para o personagem sem prejudicar o cânone estabelecido. Somente as maiores figuras da história dos quadrinhos possuem esta maleabilidade cronológica, e definitivamente, o ranger é um dos grandes destaques mundiais neste sentido.

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Fantasia medieval! Dragonero chega às bancas em lançamento da editora Mythos

Um dos maiores sucessos da italiana Sergio Bonelli Editore, Dragonero finalmente tem, em fevereiro de 2019, sua estreia no Brasil em publicação da Mythos Editora. Conheça mais detalhes desta famosa série abaixo!

Fora das terras civilizadas do Erondar, além da ciclópica barreira do Valo, que separa o Império da Terra dos Dragões, a Antiga Interdição, que sela e aprisiona os abominosos em seu mundo escuro, está para ser quebrada. O mago Alben sabe o que deve fazer para evitar essa catástofre. Ele convocará a oficial Myrva, a monja guerreira Ecuba e Ian Aranill, ex-oficial do Império, além do orc Gmor, amigo leal de Ian. Alben sabe que eles deverão enfrentar as forças maléficas evocadas por Shiverata, seu antigo inimigo, e as hordas dos algentes, os únicos seres sencientes que habitam a Terra dos Dragões. E sabe que Ian, membro da família dos Varliedartos, os Matadores de Dragões, é o único que poderá encarar a última terrível ameaça que deverão enfrentar.

Junte-se a esses cinco heróis para fazer uma incrível viagem através de uma terra de maravilhas, prodígios, fantasia e horrores mortais.

Criado em 2007 por Luca Enoch e Stefano Vietti, com arte de Giuseppe Matteoni, Dragonero estreou na revista Romanzi a Fumetti e, graças ao sucesso, ganhou uma série que é campeã de vendas de 2013 até os dias atuais. Esta edição especial lançada pela Mythos compila as histórias originais, antes do título receber uma revista regular. Clique aqui para conferir uma prévia da revista!

Dragonero: O Caçador de Dragões possui 292 páginas encadernadas em formato 16 x 21 cm com papel off white. A Mythos, através de seu blog Mythológico, publicou uma sequência de postagens em três partes intitulada Conhecendo Dragonero, onde todos os detalhes deste lançamento foram esmiuçados.

O preço de capa sugerido é R$ 34,90. Garanta sua edição na pré-venda da Amazon clicando aqui!

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Hellboy: A Capela de Moloch e O Vigarista ganham nova edição pela Mythos Editora

alguns meses a Mythos Editora deu continuidade à coleção Edição Histórica do Hellboy com o lançamento do nono volume, Krampusnacht e Outras Histórias. Iniciando 2019 a editora traz o décimo volume da coleção, relançando com novo acabamento gráfico as histórias A Capela de Moloch e O Vigarista, sendo esta última ganhadora do prêmio Eisner. Confira detalhes abaixo!

No décimo volume de Hellboy Edição Histórica, a Mythos Books atende a um pedido frequente dos leitores: o relançamento das fantásticas aventuras O Vigarista e A Capela de Moloch – publicadas pela primeira vez em 2009. Explorando o passado fascinante de seu genial personagem, Mike Mignola trabalha novamente com dois dos maiores artistas do ramo: Duncan Fegredo (Hellboy Edição Gigante) e o lendário Richard Corben (Hellboy: Makoma, Hellboy no México). Fegredo desfila todo o seu talento – e surpreende com uma belíssima técnica de nanquim aguado – em O Circo da Meia-Noite, enquanto Corben exibe sua habitual maestria na macabra trama de O Vigarista, a minissérie contemplada com o Prêmio Eisner, o “Oscar” dos quadrinhos, em 2009.

A Capela de Moloch tem como grande destaque o próprio Mignola. Afinal, após três anos assinando apenas os roteiros, enfim o criador voltava a ilustrar os quadrinhos de sua maior criação. Como atração adicional, este volume apresenta mais uma história inédita no Brasil. Produzida originalmente para a Konami – a bilionária corporação japonesa de brinquedos, jogos eletrônicos e animes –, Aqueles que Desbravam o Oceano conta com o roteiro de Mike Mignola e Joshua Dysart (Rei Conan Volume 2, B.P.D.P. Origens: 1946-1947) e a rebuscada arte de Jason Shawn Alexander (Abe Sapien: Os Afogados).

Em 2017 e 2018 os volumes 7, 8 e 9 da Edição Histórica, Paragens Exóticas e A Feiticeira Troll e Krampusnacht deram continuidade à coleção que por anos possuiu apenas 6 volumes. A ideia da editora Mythos é compilar nesta série todas as aventuras terrenas de Hellboy, prévias ao arco composto por Caçada SelvagemClamor das Trevas e Tormenta e Fúria, culminando em sua morte. A Coleção Histórica do personagem é a porta de entrada perfeita para o universo do Garoto do Inferno.

Quer saber tudo sobre o personagem e qual a ordem de leitura correta dos encadernados? Leia nosso Guia de Leitura do Hellboy clicando AQUI.

Hellboy: Edição Histórica Volume 10 – O Vigarista e Outras Histórias possui 212 páginas encadernadas em capa dura no formato 26 x 17 cm, com preço sugerido de R$ 84,90Clique aqui para comprar sua edição!

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Os 10 melhores quadrinhos republicados no Brasil em 2018

O ano que ficou pra trás foi marcado por muitas mudanças – positivas e negativas – no cenário de quadrinhos do Brasil. Como pôde ser observado na nossa listagem dos “Melhores quadrinhos estrangeiros publicados no Brasil em 2018“, apenas com títulos inéditos o mercado trouxe diversas obras maravilhosas. Mas não somente de novidades vivem as editoras.

Esta listagem tem como objetivo elencar, com base exclusivamente na opinião pessoal do redator que vos relata, os dez melhores quadrinhos republicados no Brasil no ano passado.

Os critério utilizados para seleção foram: deve ser uma obra que já foi publicada no Brasil, e não estão sendo contadas as reimpressões. Devem ser verdadeiros relançamentos, ou seja, a editora também deve ser diferente da primeira a trazer determinado gibi ao país no passado. Sem mais delongas, confira a listagem completa abaixo!

Bone: O Vale ou Equinócio Vernal

A obra-prima do genial Jeff Smith finalmente está recebendo o tratamento que merece no Brasil. Bone, um épico de fantasia dos quadrinhos norte-americanos (e de todos os tempos, vale dizer) teve duas outras tentativas de publicação no Brasil, uma pela editora Via Lettera e outra pela HQM Editora, ambas não levando a obra até o fim. Agora, a editora Todavia publicará, em três volumes (coloridos, com tradução de Érico Assis) toda a saga de Bone, Phoney Bone e Smiley Bone, e todos os outros personagens fantásticos desta aventura.

Bone, resumidamente, narra as aventuras dos três Bones após serem expulsos de sua vila e chegando a um misterioso vale fantástico. A trama se desenvolve em um épico de fantasia que não deve nada a Senhor dos Anéis e outras grandes obras. Uma leitura essencial para a vida.

Sláine: O Deus Guerreiro

Uma das mais famosas criações do roteirista Pat Mills (de Juiz Dredd, Guerreiros A.B.C., Marshall Law e Réquiem) Sláine já foi publicado no Brasil em algumas circunstâncias. A minissérie O Deus Guerreiro (The Horned God no original) é sua saga mais famosa de todos os tempos. Não é pra menos: esta história conta com os inspiradíssimos desenhos de Simon Bisley. A primeira publicação da série se deu no Brasil pela extinta Pandora Books, e em 2018 a Mythos Editora relançou a obra completa em uma edição de luxo.

Sláine é um bárbaro celta. Suas histórias são repletas de ação e mitologia céltica em perfeita harmonia, e O Deus Guerreiro é provavelmente o ápice da criatividade de Mills com o personagem (que depois ainda teve sagas fantásticas nas mãos de outros artistas como Clint Langley e Simon Davis). Narra a história de Sláine unindo as tribos de Tir Nan Og e se tornando o Rei dos Reis. A arte de Bisley também está em seu auge.

Tekkon Kinkreet

Provavelmente a obra mais famosa do mangaká Taiyo Matsumoto, Tekkon Kinkreet retornou ao Brasil em lançamento da editora Devir através do selo Tsuru. Publicada pela primeira vez no Brasil pela editora Conrad (com nome Preto & Branco), esta série é situada numa cidade de “ferro” e “concreto” (significado em japonês de Tekkon Kinkreet), onde vivem personagens também implacáveis e indomáveis.

Kuro (o preto) e Shiro (o branco) são órfãos. Para sobreviver, eles têm de roubar, lutar e se esconder em um mundo sombrio, solitário e corrupto, onde a própria cidade os afaga ou os despreza, como se fosse um ser vivo. Matsumoto é muito consagrado por sua fabulosa arte, porém a história narrada em Tekkon Kinkreet leva o leitor a momentos de angústia e felicidade em extremos opostos, bem como possui cenas verdadeiramente emocionantes. Esta obra possui uma adaptação cinematográfica e já venceu o Prêmio Eisner de Melhor Edição Internacional em 2008.

Fun Home: Uma tragicomédia em família

A obra-prima da autora Alison Bechdel, Fun Home já havia sido publicada no Brasil pela editora Conrad. Nesta autobiografia de sua vida e de sua família (em especial de seu falecido pai), Alison narra todo o conturbado relacionamento desta estranha casa. Seu pai, um homem cheio de segredos e gostos diferentes; ela, uma garota que descobre sua homossexualidade; o negócio da família, uma casa funerária.

E aos poucos Alison aborda cada mínimo detalhe de seu relacionamento com o pai, que faleceu poucas semanas após ela ter revelado ser gay. Sua morte, envolta em mistérios (pode ou não ter sido um suicídio), é o gatilho para que a autora se abra neste quadrinho excepcional. A nova edição de Fun Home foi trazida ao Brasil pela editora Todavia.

Cinco por Infinito

A mais famosa obra do gênio espanhol Esteban Maroto retornou ao Brasil após 45 anos desde sua primeira publicação pela editora Ebal que, em 1973, encerrou a série com seus 20 tomos. E além da republicação, agora em uma belíssima edição de luxo (um verdadeiro totem) pela editora Pipoca & Nanquim, o encadernado definitivo de Cinco por Infinito também possui um capítulo inédito da saga!

Antecedendo obras como Star Wars e 2001: Uma Odisseia no Espaço, com o clima sci-fi dos anos 60 de seriados como Star Trek e Perdidos no Espaço, Cinco por Infinito é um dos quadrinhos de ficção científica mais aclamados da história. Narra a jornada de cinco heróis terráqueos, Exploradores do Espaço, solucionando problemas pelo universo, perpetuando conhecimento de diferentes culturas e buscando a paz universal.

O Corvo – Edição Definitiva

O expurgo dos demônios internos de James O’Barr, que tornou-se um cult do quadrinho underground norte-americano (ganhando até mesmo um famoso filme live-action protagonizado por Brandon Lee, que morreu nas filmagens), O Corvo é simplesmente fenomenal. A noiva de O’Barr foi morta por um motorista bêbado, e a melhor forma que o autor encontrou para tirar de dentro de si toda a raiva e frustração contidas foi através da produção deste gibi.

O Corvo narra a vida de Eric Draven, que retorna para perseguir seus assassinos depois que estes interromperam uma vida de sonhos ao lado de sua amada Shelly. A publicação nos EUA foi independente a partir de 1981, e este ícone pós-punk já havia sido lançado no Brasil pela Pandora Books e retornou com uma Edição Definitiva da editora DarkSide.

Blood: Uma História de Sangue

Da parceria de J. M. Dematteis (roteirista) e Kent Williams (ilustrador) surgiu uma das mais cultuadas séries publicadas nos EUA através do selo Marvel Epic. Blood foi uma minissérie tão contundente (trazida ao Brasil pela primeira vez pela editora Abril) que alguns anos após sua publicação original, houve uma republicação pelo selo Vertigo da DC Comics. Ou seja, esta história foi impressa com os dois selos adultos mais famosos do quadrinho mainstream norte-americano! Com poético texto de Dematteis e estupenda arte de Kent Williams, Uma História de Sangue é definitivamente um dos destaques do ano passado, que retornou às livrarias pela editora Pipoca & Nanquim.

Um rapaz encontrado ainda bebê, num rio, e criado em um Monastério, descobre que não é a mão divina que escreve os livros que regem sua doutrina, mas sim a de seu mentor. Ele se sente traído e foge, mas não sem antes assassinar o homem, em um acesso de fúria. Sem rumo certo, ele dá início a uma jornada de autoconhecimento, até se deparar com uma tribo de vampiros em uma floresta que, contra a sua vontade, o transforma em um deles. Nesse dia nasce Blood, o vampiro…

Como uma luva de veludo moldada em ferro

A editora Nemo vem fazendo um trabalho espetacular com as obras de Daniel Clowes. Após Paciência e a republicação de Ghost World em 2017, em 2018 foi a vez da editora trazer de volta às livrarias do Brasil uma das obras mais famosas do autor, Como uma luva de veludo moldada em ferro, publicada no país há exatos 16 anos pela Conrad.

A sinopse: Ao tentar desvendar os mistérios por trás de um _snuff film_ – gênero em que as mortes filmadas são reais –, Clay Loudermilk se vê envolvido com um elenco cada vez mais bizarro de personagens, incluindo uma dupla sádica de policiais que entalha um estranho símbolo no seu calcanhar; uma suburbana de meia-idade e libidinosa, cujo encontro sexual com uma misteriosa criatura das águas gerou uma filha mutante grotescamente disforme, mas não menos libidinosa; um cão sem qualquer orifício (que tem de ser alimentado via injeções); duas vítimas sinistras de implantes capilares terrivelmente malfeitos; um carismático líder de culto, no melhor estilo Charles Manson, que planeja sequestrar um famoso colunista de autoajuda e muito mais!

Dampyr – Volume 1

Um ótimo personagem da italiana Sergio Bonelli Editore, criado por Mauro Boselli e Maurizio Colombo, Harlan Draka é o protagonista da série Dampyr. A trama explora o mundo dos Mestres da Noite, superpredadores que se alimentam de seres humanos. Porém, o nascimento de Draka, filho de uma humana com uma dessas criaturas, gera o único inimigo natural de tais ameaças: um Dampyr. Draka cresce para tornar-se o caçador dos Mestres da Noite, e conta com aliados como o soldado Kurjak e a vampira Tesla.

As aventuras, que muitas vezes são situadas em Praga porém rodam todo o mundo, já haviam sido publicadas no Brasil pela Mythos Editora, que trouxe os 12 primeiros números da revista original. A Editora 85 assumiu as rédeas da série há algum tempo, dando continuidade de onde a Mythos havia parado, porém agora também está relançando as primeiras edições, com novo – e ótimo – acabamento gráfico. Dampyr é uma grata surpresa originada da mente de um dos maiores gênios da Itália, e o cuidado editorial da 85 tem se provado excelente.

Marada: A Mulher-Lobo

O selo Marvel Epic mais uma vez está sendo mencionado neste TOP 10, agora com uma famosa obra de Chris Claremont (sim, o roteirista que definiu os X-Men para todo o sempre) e do fabuloso artista John Bolton (de Sandman e Os Livros da Magia). Marada: A Mulher-Lobo também já havia sido publicada no Brasil pela editora Globo através do selo Graphic Globo, em 1989. A obra retorna ao Brasil pela editora Pipoca & Nanquim republicando o que já havia sido lançado pela editora anterior, e também entregando material inédito!

Marada é uma fantasia medieval (gênero espada e feitiçaria) protagonizada pela mais poderosa guerreira que o Império Romano já conheceu. Entretanto, Marada jaz alquebrada, derrotada, entregue e indefesa. A história então, focada nos aliados da heroína de cabelos prateados, narra o que pode ter acontecido com a incrível espadachim. Recheada de feitiçaria, barbarismo, guerras e traição, hoje os direitos de publicação desta saga estupenda estão com a editora Titan Books, e o sucesso motivou a editora P&N a trazer mais uma obra de Claremont e Bolton, o inédito Dragão Negro.


Encerramos aqui este TOP 10 de melhores quadrinhos republicados no Brasil em 2018. Concorda com a lista? Discorda de algum título escolhido e possui sugestões, críticas ou elogios? Sinta-se a vontade para trocar uma ideia nos comentários logo abaixo, e torceremos juntos para que em 2019 outras maravilhas da nona arte há muito esquecidas pelo mercado retornem pelas editoras que vêm desbravando o cenário brasileiro!

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Papo de Saloon | Tex Graphic Novel: Justiça em Corpus Christi

No finalzinho do ano que ficou pra trás, a Mythos Editora brindou as bancas e livrarias do Brasil com a nova edição da série Tex Graphic Novel. Uma das linhas autorais que mais admiro nos quadrinhos do ranger Tex Willer, esta série de graphic novels já foi tema de um artigo da Torre de Vigilância, onde o conceito da coleção foi apresentado. E o mais recente lançamento, Justiça em Corpus Christi, é a primeira história com senso cronológico dentro deste selo de aventuras lindamente ilustradas!

Serpieri, Mario Alberti, Angelo Stano, Gianfranco Manfredi, Giulio De Vita, Stefano Andreucci, Corrado Mastantuono e Mauro Boselli. Estes são os grandiosos nomes por trás dos seis volumes de Tex Graphic Novel lançados no Brasil até o momento. E Boselli é o nome que se repete mais vezes: os roteiros de quatro, das seis aventuras, são deste que é um dos maiores nomes responsáveis por Tex Willer de todos os tempos, não somente como roteirista mas também como editor.

As aventuras contadas neste selo autoral não possuem amarras cronológicas. Os autores podem ir e vir nas vidas de todos os personagens de Tex como bem entenderem, e esta liberdade permite que as histórias contadas se situem em momentos bem específicos da jornada do herói. No volume cinco, O Vingador, Boselli levou os leitores à trama de vingança de Tex, indo atrás dos assassinos de seu pai, culminando na tramoia que o tornou injustamente um fora da lei. Esta história se passa antes das origens inicias contadas há muitos anos na revista mensal de Tex. Justiça em Corpus Christi se situa logo após os acontecimentos desta história, sendo o primeiro caso de continuidade deste selo moderno!

O irmão de Tex, Sam, ainda vive. Após Tex completar sua vingança (que até então havia sido parcial, pois os facínoras que foram mortos por ele há algum tempo eram apenas uma parcela de um grupo maior), e com a parceria do ranger Jim Callahan, o mandante Bronson finalmente teve o que merecia. E com as manipulações feitas para incriminar injustamente Tex por roubo de gado, o herói parte em busca de uma forma para limpar seu nome.

Willer age como um justiceiro, indo atrás de uma enorme quadrilha de pistoleiros que é protegida pelo xerife de Corpus Christi. As ações de Tex e Callahan, feitas no volume anterior com relação aos mexicanos, reverbera na aventura narrada aqui. E o herói conta, quase literalmente, apenas com o apoio do ranger Callahan. A amizade dos dois torna-se aos poucos algo muito especial, e a jornada do grupo montado em busca de justiça é, pra dizer o mínimo, muito empolgante.

No decorrer, os heróis agem com astúcia para encurralar aos poucos cada um dos salafrários que regem Corpus Christi. Sam, irmão de Tex, possui um envolvimento direto com Harris, a dona de um pequeno rancho atacado pelos pistoleiros chefiados por Zeb Mason com apoio do xerife Donahue. E todas estas serpentes do Satanás, ótimos vilões, tentam piamente tirar vantagem de cada movimento e possível deslize de Tex, Callahan, Dan Bannion (outro ranger) e Sam Willer. Como toda boa história da Sergio Bonelli Editore, eles chegam bem perto de conseguir algum sucesso. Mas rapidamente nossos heróis os levam a sete palmos debaixo da terra.

Como todas as histórias mostradas nesta série de GN, Justiça em Corpus Christi foge um pouco do politicamente correto das aventuras mensais (ou especiais) do ranger. Isso acaba por se tornar uma faca de dois gumes, pois pode desagradar os fãs mais puritanos, mas também atrai novos leitores. Entretanto, O Vingador e Corpus Christi são exatamente situados em momentos da vida de Tex onde o “incorreto” reinava. E Boselli trabalha com maestria o lado justiceiro do personagem.

Corrado Mastantuono, o artista desta edição, é famoso por seu trabalho em Nick Raider Magico Vento, além dos trabalhos feitos para a Disney. Como os cinco volumes anteriores, um chamariz incrível desta edição é a belíssima arte, valorizada pelo formato magazine da revista e também pelas cores de Matteo Vattani. Mastantuono segue um pouco a linha de Stefano Andreucci (do volume anterior), porém não emula completamente o desenho deste artista, tornando a continuação algo também original.

O jovem Tex de Mastantuono é um dos mais esguios apresentados até então, e a ambientação da cidade e dos arredores (com longas passagens pelo deserto) é também digna de nota. E as 48 páginas deste volume correm muito bem graças a narrativa fluida do ilustrador. Esta não é sua primeira história do Tex, então é perceptível que já há reconhecimento por parte do mesmo. Em Tex 583 e 584, por exemplo (Missouri! e I due guerriglieri), Corrado trabalhou com Boselli num arco. Esta era sua segunda história de Tex, primeira para a série normal.

E os méritos de roteiro e arte também são expansíveis para a edição nacional. A Mythos segue publicando os volumes desta coleção em formato magazine (28 x 20,2 cm), com capa cartão e preço de capa acessível – R$ 32,90. A tradução, como sempre, é do veterano Júlio Schneider, e fica o pedido dos leitores para que a editora lance o próximo volume, Cinnamon Wells, com roteiro de Chuck Dixon (já entrevistado pela Torre, clique aqui para conferir) e arte de Mario Alberti.