KonoSuba é um dos animês recentes que eu mais tenho apreço. A maneira como ele pega o gênero Isekai (yikes) e transforma todos os seus clichês em ótimas piadas é algo que me fascinou desde o seu começo lá em 2016.
Desde o final da segunda temporada em 2017, os fãs esperam por uma nova adaptação de KonoSuba, e ficaram ainda mais ansiosos quando o filme foi anunciado. Mas isso trazia uma dúvida: um filme original ou uma continuação do animê? Pois bem, em 2019, KonoSuba: Lenda do Carmesim foi lançado, chegando à Crunchyroll em 25 de março de 2020. O filme adapta o volume 5 da light novel, sendo uma continuação direta do animê, que terminou no volume 4.
Como é uma continuação direta, o filme não é recomendado como uma porta de entrada para a série. Muito do humor e relacionamento entre os personagens se perde caso você não tenha visto as duas temporadas do animê. Ainda mais se você não está acostumado com o tom do mesmo.
Não sou leitor da light novel, então não sei o que mudaram ou adicionaram no filme, não cabe a mim dizer se foi uma ótima adaptação ou não. Mas o filme é espetacular.
Nele, Kasuma e seus companheiros tem a missão de ir na Vila dos Demônios Carmesim, após Yunyun, amiga de Megumin, dizer que a vila está sendo atacada pelo Rei Demônio, o grande vilão de KonoSuba, e que o filho de Kasuma com ela será o responsável por derrotá-lo. Após alguns pingos nos is, o grupo de aventureiros decide ir para a Terra Natal de Megumin.
O roteiro é simples, mas funciona.
Todo humor de KonoSuba é elevado nesse filme, desde as personalidades dos nossos protagonistas, quanto ao absurdo que é aquele mundo. Megumin é a estrela do filme. A maga explosiva ganha bastante destaque e mais do seu background é apresentado, e em decorrência disso, Yunyun, que no anime era apenas uma piada de rival recorrente, também é mais explorada. A relação entre as duas era apenas superficial durante o animê, mas aqui é melhor explicada.
O filme não traz nada de novo ou extraordinário, que irá mudar a indústria da animação. É apenas uma nova aventura, que dá continuação ao animê. É algo simples.
Apesar de ser ótimo, o filme me deu a confirmação de que KonoSuba funciona melhor em formato de animê para TV. O longa tem 1h30 min. e tive a impressão dele ter ficado bastante corrido. Talvez seja por eu já ter me acostumado a assistir KonoSuba em animê, mas o filme simplesmente não para.
Aqua e Darkness acabaram ficando escondidas nesse filme, mas era algo que eu já esperava. A hora delas ainda deve chegar. Mais sobre os aliados do Rei Demônio foi apresentado, mas sem muito aprofundamento. E como foram apenas 5 novels adaptadas, eu não acho que isso será explorado tão cedo em animê. A light novel, no entanto, já está rumando para seu final.
Agora, assunto sério. Quando o filme saiu nos cinemas americanos, alguns críticos acusaram-no de ser transfóbico. E sim, tem piadas sobre isso no filme e a resolução dele vem por causa disso. É algo bem ofensivo e que deveria ser extinguido. Infelizmente é esperar demais do Japão. Não sou a pessoa certa para opinar sobre isso, mas foi ofensivo, sim.
Diferentemente das duas temporadas do animê, que foram produzidas pelo Studio Deen, o filme foi produzido pelo J.C. Staff, que ganhou uma má fama nos últimos anos pela má produção de seus animês, devido a quantidade de projetos que o estúdio pega. No entanto, mesmo com a mudança de casa, toda a equipe de produção do animê retornou para o filme, incluindo o diretor Kanasaki Takaomi. E tenho que falar, a animação do filme está impecável.
Um dos charmes de KonoSuba são as caretas e reações dos personagens e isso que foi mantido aqui, e ainda teve espaço para show de luzes e magias, além de cenas de lutas. Vários cenários possuem mais detalhes, claramente houve um grande investimento por parte da produção.
KonoSuba: Lenda do Carmesim é o retorno que os fãs esperavam. O filme traz novamente o humor absurdo do animê e o expande ainda mais com uma animação primorosa e ótimos efeitos, apesar de ser corrido.
Nota: 8.5/10
O filme e as duas temporadas do animê estão disponíveis na Crunchyroll. As duas temporadas possuem dublagem em português.
Tenho certeza que se você perguntar para alguém que curte animês hoje, sobre como ele conheceu a mídia e se envolveu pela primeira vez nela, as chances dele responder “assisti um animê dublado na minha infância” é de pelo menos 70%.
Para muitos, a dublagem de Dragon Ball (e suas respectivas sequências), Yu Yu Hakusho, Sailor Moon, Cavaleiros do Zodíaco ou Sakura Card Captors – entre outros títulos – foram a porta de entrada para o mundo da animação japonesa, muito antes de sabermos que se tratavam disso. Por conta desse histórico, acabamos por arraigar o conceito de que animês dublados são entry-level, e que devem ter como função a de introduzir esse universo para alguém sem nenhuma experiência prévia.
Sendo isso verdade ou não, é o que grande parte das pessoas acredita, e de certo modo funciona assim mesmo (quem nunca falou do Narutinho dublado que atire a primeira pedra). Por isso, quando soube da iniciativa da Crunchyroll Brasil de dublar para o português alguns animês de seu catálogo, imaginei que eles escolheriam títulos “seguros” que pudessem ser mostrados até para a sua mãe. E embora alguns dos felizardos se encaixem nessa descrição (Orange e The Ancient Magus Bride, por exemplo)… KonoSuba com certeza não é um deles.
Longe de mim ser elitista (muito pelo contrário), mas como comentei anos atrás, quando falei sobre o “Choque Cultural” de um iniciante em animês, tem certas coisas que você precisa estar preparadomentalmente para encarar. Chega um momento que isso tudo não passa de algo normal, mas pra quem está começando, pode assustar. E KonoSuba assusta os despreparados.
Essa montagem é boa demais para eu desperdiçar num post de três anos atrás.
Mas talvez isso seja exatamente o que faça com que KonoSuba seja um candidato ideal para ser dublado. Se a palavra-chave é “acessibilidade” (isso é, estar em português torna a obra mais acessível), dar uma opção de algo que mostra que o buraco é bem mais fundo para mais pessoas pode ser considerado uma jogada de marketing genial. Se isso tudo foi pensado ou não, deixo em aberto.
De qualquer maneira, podemos largar o achismo de lado e falar sobre fatos. Começando pelos culpados e pelo local do crime: KonoSuba foi dublado pelo Estúdio Som de Vera Cruz, no Rio de Janeiro; Também dublados lá, tivemos Black Clover, Re:Zero, Free!, Interview With Monster Girls, Orange e The Ancient Magus Bride; Quem dirigiu o elenco foi Leonardo Santhos, que estará presente no Anime Friends Rio 2019 como convidado da Crunchyroll, e é incrivelmente ativo e receptivo nas redes sociais.
Nos papéis principais, temos:
Erick Bourgleux como Kazuma (Conhecido como a voz de Aang, o avatar e Omi de Duelo Xiaolin);
Natali Pazete como Aqua (A voz da famosa YouTuber Virtual, Any Malu);
Isabella Simi como Megumin (Que cedeu vocais para a protagonista da recente adaptação hollywoodiana de Alita: Anjo de Combate);
Natália Alves como Darkness (A “Cara” de Luke Cage, e a “Tanya” de Supergirl).
Agora que as fichas estão na mesa, acabamos sempre caindo na mesma história toda santa vez: querer comparar a dublagem nacional com a original, seja lá de qual idioma ela seja.
Os japoneses são uma potência quando o assunto é dublagem, tendo sob sua bandeira uma lista gigantesca de atoresde voz dignos de nota. Eu mesmo sou um fã que acompanha de perto o trabalho de alguns deles. Por causa disso, os comentários comparativos surgem sem falhar uma única vez, normalmente em defesa dos asiáticos.
Meu único pitaco no assunto é o seguinte: Isso acaba sendo questão de costume, e não culpo quem diz que prefere o original. É a velha história de que a primeira impressão é a que fica. Quer um exemplo? Eu não tinha assistido KonoSuba antes, vi pela primeira vez com a dublagem da Crunchyroll. E após dar uma ouvida no áudio japonês, digo que o Kazuma do Erick Bourgleux é até mais agradável do que o do Jun Fukushima, o dublador japonês do garoto.
Acostumado ou não com o idioma da dublagem, o trabalho que foi feito pelo Som de Vera Cruz está excelente, num nível geral. A escolha das vozes foi feliz (já comentei como adorei a voz do Kazuma), a adaptação e localização das conversas e das piadas (PRINCIPALMENTE DAS PIADAS!) foi feita no capricho, e tudo parecia muito natural.
Se eu fosse reclamar, seria do lipsync. Para quem não sabe, é adaptar o áudio de forma que ele “se encaixe” nos movimentos labiais do ator (ou no caso, da personagem). Eu senti com muito mais frequência do que gostaria que as personagens estavam falando pelos cotovelos. Quem mais sofreu com isso foi a Megumin. Até entendo que por conta da natureza da personagem (que adora fazer longos discursos sem nenhum nexo) o lipsync seja complicado, mas nas cenas de conjuração de magia com a garota, o assincronismo fica evidente demais.
A experiência geral, porém, é extremamente positiva, e fiquei muito feliz com o que assisti. O show em si já é de uma qualidade tremenda (de novo, para quem gosta de comédias idiotas e está psicologicamente preparado para ela), então poder vê-lo em meu idioma materno foi apenas um mimo a mais. Deixo meus parabéns para a equipe da Crunchyroll Brasil, por dar pique nesse projeto audacioso, e a todos do Estúdio Som de Vera Cruz, pelo trabalho bem feito.
Você pode assistir tanto a versão dublada como a original de KonoSuba na Crunchyroll, assim como outros títulos também disponíveis em português.
Edição matinal do Yorozuya, pois os japas não dormem e soltaram muitas coisas durante a madrugada. Sem enrolações, vamos para as notícias.
Vinland Saga ganha novo trailer e visual:
Foi divulgado nas redes sociais do anime de Vinland Saga, um novo trailer, agora animado, da adaptação do mangá de Makoto Yukimura. Confira:
Novo visual do anime.
Também foram divulgados os primeiros dubladores do anime: Shizuka Ishigami como Thorfinn criança, Yuto Uemura como Thorfinn adolescente e Kenichiro Matsuda como Thors.
A equipe do anime de Vinland Saga é composta por: Shuhei Yabuta (Inuyashiki) na direção, Hiroshi Seko (Mob Psycho 100) na composição de série, Takahiko Abiru no design de personagens, Bamboo nos cenários; e Yutaka Yamada na trilha sonora. A produção do anime está nas mãos do WitStudio (Attack on Titan) e ainda não tem data de lançamento.
KonoSuba: Kurenai Densetsu ganha seu primeiro teaser:
A Kadokawa divulgou o primeiro preview do filme KonoSuba: Kurenai Densetsu, que está sendo produzido pela J.C. Staff. Confira:
Pouco se sabe sobre a enredo o filme, mas tudo indica que a light novel “Kono Subarashii Sekai ni Bakuen wo!“, com foco na Megumin, seja a base da história.
Apesar de ser por um estúdio diferente, a equipe responsável pelo filme é a mesma das duas temporadas do anime.
Beastars ganha primeiro visual
Como dito no primeiro Yorozuya, o mangá Beastars irá ganhar uma adaptação em anime, pois bem, hoje foi divulgado o primeiro visual do anime, que você pode conferir abaixo:
Monogatari Series terá evento em comemoração aos 10 anos do anime:
Foi anunciado no site de Monogatari Series, um evento em comemoração aos 10 anos do anime. O “Monogatari Fes 10th Anniversary Story” acontecerá no dia 11 de maio, no Makuhari Messe, na cidade de Chiba.
Além disso, foi anunciado a data de estreia da versão televisiva de Zoku Owarimonogatari, que estreou nos cinemas no final do ano passado: 18 de maio, dividido em 6 episódios.
Capa do primeiro volume do BD/DVD.
Lembrando que o primeiro volume do Blu-ray/DVD de Zoku Owarimonogatari, tem previsão de lançamento para o dia 27 de fevereiro. Já o segundo, no dia 27 de março.
Por enquanto é isso, caso tenha mais notícias durante o dia, ficará para a terceira edição.
Mais um ano se passou, e mais de 200 animes estrearam. Fica muito difícil escolher o que assistir, ainda mais com cada bomba que aparece durante as quatro temporadas do ano.*cof cof Black Clover cof cof*
Para tentar ajudar os nossos leitores a escolherem algo para assistir, reunimos os três otakus fedidos da Torre de Vigilância, e os forçamos a montar o seu ranque pessoal dos seus dez desenhos japoneses prediletos do ano.
Confira abaixo:
3-Gatsu no Lion
Redator: Pedro Ladino
10 – Ao no Exorcist: Kyoto Saga – Talvez tenha sido uma decepção para a maioria das pessoas, mas como leitor do mangá, eu sei a importância desse arco para o futuro da série. E também sei que ele isolado pode ser um “porre”, mas Ao no Exorcist foi um dos meus primeiros animes e tenho um grande carinho por ele. E teve música do UVERworld na abertura, quer mais alguma coisa? :p
9 – KonoSuba S2 – Continuou com aquele humor galhofa, desligue o cérebro e seja feliz.
8 – Made in Abyss – Uma das surpresas do ano, e mesmo que eu não tenha curtido tanto, foi melhor que muita coisa que saiu.
7 – Boku no Hero Academia S2 – Nem sei o que falar desse aqui, o Studio BONES continua mandando muito bem na adaptação do mangá, e estou ansioso para a terceira temporada.
6 – Shoujo Shuumatsu Ryokou – Acho que pode ser considerado o anime surpresa da Fall Season, um slice of life sensacional e relaxante, mas que quando queria passar algo mais extremo, conseguia.
5 – Gamers! – Meu anime “amorzão” do ano. Tem texto no site sobre ele, mas resumindo: é uma baita surpresa e uma ótima comédia romântica.
4 – Tsurezure Children – Melhor anime da Summer Season, com 12 minutos em cada episódio conseguiu me fazer rir bastante e me deixar bastante feliz enquanto era exibido.
3 – Gintama. e Gintama. Porori-hen – Só porque maratonei tudo esse ano mesmo :p , se tornou um dos meus animes favoritos, e mesmo não sendo as melhores temporadas da obra, estão aqui representando todo o anime. E que venha a última temporada.
2 – Mahoutsukai no Yome (The Ancient Magus Bride) – O maior hype de 2017, e que, para a surpresa de muitos, conseguiu ser real. Simplesmente mágico, Wit Studio vem mostrando que não é só o “estúdio de Shingeki no Kyojin”.
1 – 3-Gatsu no Lion S02 – Esse aqui realmente não tem o que falar, é uma obra-prima dos animes e essa segunda temporada tem dado cada porrada que meu amigo… Que venha o segundo cour.
Menções honrosas: Just Because!, Kujira no Kora wa Sajou ni Utau e Net-juu no Susume.
Shouwa Genroku Rakugo Shinjū S2
Redator: Luis Alex Butkeivicz
10 – Fate/Stay Night Heaven’s Feel Part 1 – A nova entrada na série Fate trás consigo a última rota até então não adaptada do Fate/Stay Night original. Heaven’s Feel será lançado em três partes, mas quanto ao primeiro filme posso afirmar que o mesmo tem êxito em reviver o interesse dos fãs da série na timeline original, algo que não ocorria desde Unlimited Blade Works.
9 – Gamers! – Acredito que tenha sido uma das maiores surpresas do ano, especialmente por quebrar em partes a expectativa de muitos durante sua exibição. Gamers! por si só surpreendeu por ser uma comédia romântica focada em personagens gamers, além da temática de desentendimentos que era recorrente em todos os episódios. O show sucedeu em tirar várias risadas e entregar uma história de amor não muito convencional. Se tratando de Gamers!, entrei pelas referências à jogos e acabei ficando pelo incrível drama multilateral de jovens apaixonados que não sabem se expressar direito.
8 – Kobayashi’s Dragon Maid– Foi certamente um dos pontos altos da temporada de inverno de 2017. Embora tenha começado a assistir apenas como uma forma de ocupar meu tempo, Kobayashi-san acabou se tornando uma incrível experiência me lembrando da sensação de acordar cedo e apenas relaxar assistindo anime enquanto toma café da manhã.
7 – Konosuba S2 – Reconhecendo que a maioria dos shows mencionados nesta lista são de fato continuações, a segunda temporada de Konosuba adentra esta lista com mérito ao trazer de volta o mesmo humor e sátira da primeira temporada, mas também trazendo consigo novos elementos e personagens para o enredo. Konosuba é certamente uma das grande obras do gênero isekai, embora o mesmo já esteva saturado, Konosuba se mantém de pé o satirizar sua própria comédia e personagens de forma que, acho difícil não acabar amando este show.
6 – Kuzu no Honkai – Diante de diversas obras abordando a temática de amor e relacionamentos como um slice of life, focando exclusivamente no desenvolvimento amoroso, Kuzu no Honkai me surpreendeu no início deste ano ao entregar uma história plausível sobre a forma como relacionamentos funcionam e como pessoas lidam com eles. A história se prejudica um pouco devido ao seu elemento de narração que pode ficar um pouco respetivo, porém ela sucede em apresentar um drama através dos diversos personagens.
Kuzu no Honkai é, acima de tudo, uma história de mentirosos. De pessoas incapazes de aceitar seus sentimentos, incapazes de encarar a verdade ou de deixar alguém para trás. Certamente é merecedora desse lugar na lista não apenas pela qualidade da história, como o realismo das relações em que se baseiam.
5 – Boku no Hero Academia S2 – Acredito que não seja necessário citar o hype e qualidade de Boku no Hero Academia, e sua segunda temporada foi ainda melhor. Agora adaptando o Arco do Torneio e do Assassino de Heróis, o anime adapta o mangá com êxito entregando diversos momentos de arrepiar. Definitivamente merecedor de um dos melhores shonens da atualidade, mas não o primeiro lugar dessa lista.
4 – 3-gatsu no Lion S2 – Entre as diversas histórias que fizeram seu lugar na minha lista de 2017, esta é uma que também fez um lugar no meu coração. Embora as palavras que tenha não sejam o suficiente para expressar a qualidade de 3-Gatsu no Lion, acredito que assim como o primeiro lugar da minha lista é um show que fala por si próprio, com suas próprias palavras. Um drama, uma comédia, uma história que através de personagens bem construídos e uma narrativa consistente cria uma sensação de realismo naquele mundo. Certamente encontrarei as palavras para falar sobre esse incrível obra e sua predecessora, mas por hora, resta apenas minha recomendação
3 – Kizumonogatari Part 3– Sou incapaz de falar sobre a série Monogatari e seu lugar nesta lista sem falar sobre o esplendor de Kizumonogatari, e a forma majestosa que sua adaptação entrega o início da história de Koyomi Araragi. O último filme da trilogia que constitui a adaptação da novel de Kizumonogatari é o resultado do extenso desenvolvimento do primeiro filme, e ação intensa do segundo que culminaram em uma obra prima. Uma história de sangue, uma história de cicatrizes que, mais tarde neste mesmo ano chegou ao seu fim.
2 – Owarimonogatari S2 – Com o fim da adaptação de Owarimonogatari, fomos deixados apenas com as memórias destes 8 anos dourados que lembraremos com imensa nostalgia. No meu último ano do colegial pude ver a história de Koyomi Araragi chegar ao fim. O último ano de Araragi foi marcado por garotas bizarras e esquisitices, marcado por sangue e tragédia, marcado por compaixão e alegria.
Quando eu pensar nos meus anos do colegial, eu irei lembrar desta história. Uma história que tem um lugar especial no meu coração. Trailer.
1 – Shouwa Genroku Rakugo Shinjū S2– Uma obra que me surpreendeu pelo enredo maturo, embora que já esperado de um jōsei, e que despertou um grande interesse no próprio Rakugo. Shouwa Genroku não apenas entrega uma história emocionante com personagens trágicos, como orquestra com maestria uma narrativa entrelinhas percebida ao assistir a série pela segunda vez.
Através de uma direção impecável, o show consegue apresentar diversas histórias ao mesmo tempo ao espectador, de forma que, todas se conectam brilhantemente.
Não tenho muitas palavras sobre esse show, mas acredito que isso se deve ao fato de que ele fala por si próprio. Para mim não é apenas um dos melhores shows de 2017 como um dos melhores anime de todos os tempos, junto da sua primeira temporada.
Comentário do Redator: Dois mil e dezessete foi um ano interessante para os animes, tanto profissionalmente quanto pessoalmente. Tivemos diversas mudanças e permanências descobertas pelo “público”, fazendo as pessoas olharem para seus desenhos com outros olhos.
Tretas industriais a parte, o conteúdo dos animes foi excepcional e trouxe diversas pedras preciosas para a superfície. Alguns diamantes, e algumas pérolas. Apesar dos excelentes títulos, tivemos também alguns péssimos para balancear. Afinal, não poderia ser anime se não fosse ruim. Sabe como é, Japonês é um povo estranho.
A maioria dos que conseguiram uma posição no meu ranque, foram cobertos pelas Primeiras Impressões – quase todas – escritas por mim. Os primeiros três episódios são os mais importantes pois, se eles forem ruins, os seguintes nunca serão assistidos. Então acho que vale a pena dar uma conferida nos posts (que estão linkados no próprio ranque) para ter uma noção de qual jaca você estará metendo o pé.
Destaques para Koi to Uso (9º Lugar) e Akashic Records (4º Lugar), que tiveram um desenvolvimento que foi de encontro às suas impressões iniciais: O primeiro começou forte e desandou um pouco, enquanto o segundo começou cambaleante e conseguiu se firmar no longo prazo. De resto, os títulos conseguiram seguir o que minha intuição previu, e você pode confiar nas postagens. Se você souber o que está assistindo, é claro.
Porém, o caneco vai para uma continuação: Shingeki no Bahamut (Rage of Bahamut) foi o show que mais me surpreendeu esse ano. A cada semana eu dizia pra mim mesmo que “é impossível eles se superarem depois dessa, simplesmente não dá”… E dava! E deu! Toda semana eles me surpreendiam mais e mais. Foi surpreendente do início ao fim, mas em momento nenhum deixou o seu lado carismático e caricato de lado. Conseguiu ser melhor do que a sua primeira temporada (Shingeki no Bahamut: Genesis), que já tinha sido ótima.