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Love, Death & Robots Vol.2, a incompreensão da arte em sua pior forma

Desde o lançamento de seu primeiro volume, ‘Love, Death & Robots’ havia se tornado uma série querida pelos fãs apaixonados nas ideias e criações totalmente singulares da Netflix. Com isso, o anseio para seu segundo volume era estrondoso. Infelizmente, toda essa expectativa é quebrada, mas com classe.

Contando com apenas oito episódios, com sua duração mais longa de 18 minutos, é difícil explicar como essa temporada consegue decepcionar tanto, em comparação a  sua anterior. Mas uma coisa é clara, quase nada explorado aqui é memorável. Enquanto em sua última temporada tivemos ‘Os Três Robôs’, ‘A Testemunha’, ‘Boa Caçada’ e ‘Zima Blue’ – que são celebrados até hoje como uma das melhores produções da Netflix – nessa temporada temos apenas quatro episódios consideravelmente marcantes: ‘Esquadrão de extermínio’, ‘Snow no Deserto’, ‘A Grama Alta’ e ‘Pela Casa’. Os dois mais longos, e os dois mais visualmente bonitos e criativos.

Já os outros episódios, precisam de uma análise mais detalhada, mas todos têm sempre duas coisas em comum: Estilos visuais desagradáveis e em alguns pontos, psicologicamente repulsivo. E histórias que não se encaixam em uma narrativa nem um pouco sólida. Começando a falar por sua arte,  é um ponto extremamente delicado, já que muitos pensadores consideram a arte como algo que tem sua necessidade de incomodar – como diz o escultor Gormley: “(…) a arte que faz você se sentir cômodo provavelmente é artesanato, não arte” (ESTADÃO, 2008). Sim, a arte tem esse papel fundamental para passar uma mensagem, mas aqui não passa nada, vemos apenas estilos artísticos desproporcionais em momentos desnecessários e mal executados; a utilização exagerada de CGI e um simples vazio criativo. Se usarmos o exemplo do episódio da primeira temporada, ‘ZIMA BLUE’, entendemos o motivo de seus traços e animação, aqui é apenas algo jogado, qual o esforço da arte aqui? Um incômodo barato é a mesma coisa que uma diversão sem alma. Esse é o paradoxo do artista pretensioso.

Já no uso de CGI, isso fica claro no episódio ‘Gaiola de sobrevivência’, estrelado por Michael B. Jordan. Em momentos, você não consegue diferenciar se está vendo o ator na cena, ou se ele é um personagem virtual com gráficos de um videogame. Isso causa uma confusão mental totalmente desnecessária. E o episódio também não tem uma história nada convincente.

Felizmente, temos episódios que salvam o que foi quase perdido. Em história, temos ‘Snow no Deserto’, que lembra muito um universo de ‘Star Wars‘, caçadas intergalácticas e que realmente prende a atenção – e tem a fotografia mais bonita da temporada. ‘Esquadrão de extermínio’ é totalmente inspirado no universo revolucionário de Ridley Scott e Phillip K. Dick, ‘Blade Runner’, e traz uma discussão filosófica ao nível de sua maior referência (até visualmente temos semelhanças, como o mundo e a cena final de ‘Blade Runner 2049’).

 Já os episódios ‘Grama Alta’ e ‘Pela Casa’ conquistam por seu estilo de animação digno do nome de sua série. Vemos o uso de uma animação 3D que se parece com uma pintura em movimento, que ao mesmo tempo parece um stop-motion, é um mistério, igual a história apresentada aqui. Já em ‘Pela Casa’ vemos um claro stop-motion muito bem feito, cada detalhe e o uso da iluminação foi feito com maestria. Esses episódios mostram como a arte tem que ser usada, como ela funciona.

Em um geral, a transição entre polos no segundo volume de Love, Death & Robots é perceptível e triste, com uma primeira temporada tão promissora, é difícil não se decepcionar com o que apresentaram aqui. Talvez possa ter sido um corte de orçamento massivo, ou uma falta de atenção, ter perdido dez episódios talvez seja o que comprometeu a experimentação psicótica e harmônica que seus fãs queriam.

Nota final: 2/5 – Prata

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Amazon Prime Video | Documentário da P!nk e nova série de terror estão entre os lançamentos de maio

O Amazon Prime Video divulgou recentemente a sua lista de lançamentos para o mês de maio. O streaming contará com originais e outras produções. Confira abaixo:

01/05

Clube da Luta para Mulheres

Quando Anna Wyncomb (Malin Åkerman) é apresentada a um clube de luta clandestino só de mulheres com o objetivo de acabar com a confusão que virou sua vida, ela descobre que está muito mais conectada com a história do clube do que jamais poderia ter imaginado.

 

MIB: Homens de Preto – Internacional

Quando criança, Molly (Tessa Thompson) presenciou a abordagem de dois agentes do MIB aos seus pais, apagando a memória deles acerca da súbita aparição de um ser extraterrestre. Como estava escondida, a garota não foi atingida pela ação. Obcecada pelos mistérios do universo, ela cresceu com o sonho de ingressar no MIB. Após muita pesquisa, ela consegue descobrir a sede da agência e lá se candidata a uma vaga, sendo aceita por O (Emma Thompson). Ainda em experiência, e agora renomeada como agente M, ela é enviada a Londres para investigar algo estranho que tem ocorrido na agência local. É quando conhece o agente H (Chris Hemsworth), de grande renome pelos seus feitos no passado mas uma certa arrogância e displicência na execução do trabalho.

06/05

Depois a Louca Sou Eu

Desde a infância, Dani (Débora Falabella) lida com todo tipo de crise de ansiedade. Já adulta, ela recorre a terapias e medicações para conviver não só com Sílvia (Yara de Novaes), sua mãe superprotetora, mas todos os demais que a cercam. Baseado no livro de mesmo nome, escrito por Tati Bernardi.

07/05

The Boy From Medellín

O filme acompanha Balvin enquanto se prepara para a maior performance de sua carreira até o momento: um show esgotado em um estádio de sua cidade natal, em Medellín, Colômbia.

08/05

Pets – A Vida Secreta dos Bichos 2

Após lidar com a chegada de outro cãozinho, Max (Patton Oswalt) tem novos desafios: um bebê a caminho e uma viagem à fazenda. Ao lado de seu companheiro Duke (Eric Stonestreet), ele lida com as novidades e moradores do local. Enquanto isso, Gigi (Jenny Slate) e Bola de Neve (Kevin Hart) tentam salvar um tigre das mãos de um terrível dono de circo.

14/05

The Underground Railroad

A nova minissérie é baseada no livro The Underground Railroad: Os Caminhos Para a Liberdade, escrito pelo autor Colson Whitehead, vencedor do Prêmio Pulitzer. A história de The Underground Railroad segue Cora, uma escrava em uma plantação de algodão na Geórgia. A vida é um inferno para todos os escravos, mas especialmente ruim para Cora; uma rejeitada até mesmo entre seus companheiros africanos. Quando César, recém-chegado da Virgínia, conta a ela sobre a Ferrovia Subterrânea, eles decidem correr um risco terrível e fugir.

21/05

P!NK: All I Know So Far

O longa mostrará os bastidores da turnê “Beautiful Trauma World Tour”, além de uma apresentação que a artista fez no famoso Estádio de Wembley, no Reino Unido.

28/05

Panic

A história de Panic se passa em uma pequena cidade do estado do Texas, nos Estados Unidos, onde todo verão os estudantes do último ano do Ensino Médio participam de uma série de desafios e o vencedor ganha um prêmio – algo que acreditam ser a única chance para conseguirem ter uma vida melhor e escapar das circunstâncias de onde moram. Mas esse ano as regras mudaram: a quantidade de dinheiro do prêmio é maior e o jogo se tornou ainda mais perigoso. Os jogadores irão enfrentar cara a cara seus maiores e mais sombrios medos, e serão forçados a decidir até que ponto estão dispostos a correr riscos para ganhar.

Aqui no site, você também pode conferir os lançamentos da NetflixDisney Plus para este mês.

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Disney Plus | Confira os Lançamentos de Maio

Foi divulgado recentemente pela Disney a lista de títulos que serão lançados no mês de Maio em sua plataforma de streaming, com destaque para o lançamento de Cruella, filme estrelado por Emma Stone que contará a origem da vilã e para a nova animação de Star Wars, que será lançado em 4 de Maio – confira a lista completa:

04/05

  • Star Wars: The Bad Batch
  • Lego Star Wars: All-Stars
  • Lego Star Wars: As Aventuras dos Freemaker
  • Star Wars: Forças do Destino

07/05

  • Elefantes: Em Nome da Liberdade
  • Grandes Migrações
  • Derramamento de óleo do século
  • Ailo – A Jornada de uma Rena

14/05

  • Cruella – através do Premier Acess
  • Grand Canyon ao extremo
  • Marvel: Aventuras dos Super-Heróis – Temporada 4

28/05

  • Coleção Launchpad – Curta a Diversidade, com os seguintes curtas: The Little Prince(ss); American EidO; Jantar Está Servido; Seja um Tigre; Encarando Meus Segredos; O Último dos Chupa-Cabras.
  • Coop & Cami – Temporada 2
  • As Crônicas de Evermoore – minissérie
  • Desafio Impossível – Temporada 1
  • Dra. T: Clínica de Animais Exóticos
  • Expedição Marte
  • Marvel Rising: Initiation

Além dos títulos, a plataforma receberá novos episódios de Virando o Jogo dos Campeões, Big Shot: Treinador de Elite Por dentro da Pixar (Parte 4).

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Netflix | Lucifer, O Legado de Júpiter, Love, Death & Robots e mais novidades em maio

Uma prática usual na vida dos consumidores de conteúdo é aguardar as principais novidades que chegarão nas plataformas de streaming. São séries novas, retornos de outras e diversos filmes. Sendo assim, saiba o que a Netflix preparou para este mês de maio:

01/05

Death Note

O filme centra-se no universitário Light Yagami que decide livrar o mundo do mal com a ajuda de um caderno sobrenatural que mata qualquer pessoa cujo nome é escrito nele.

 

Death Note – O Último Nome

Light põe em prática um complexo esquema para afastar as suspeitas de que é o responsável pelas mortes. No percurso, ele conhece uma fã apaixonada e disposta a ajudá-lo.

Death Note: Iluminando um Novo Mundo

Com Light morto, a força-tarefa Death Note é reintegrada. O mundo está em alerta máximo, com novos assassinatos. Um investigador privado se junta ao grupo.

02/05

Operação Overlord

Uma tropa de paraquedistas americanos é lançada atrás das linhas inimigas para uma missão crucial. Mas, quando se aproximam do alvo, percebem que não é só uma simples operação militar e tem mais coisas acontecendo no lugar, ocupado por nazistas.

04/05

Selena: A Série (2° temporada)

Nos novos episódios, iremos ver que à medida em que a carreira da cantora ganha notoriedade, ela precisa encontrar formas de se manter fiel aos seus princípios, arranjar tempo para passar com quem ama e expandir os seus negócios.

Zé Coleta (2° temporada)

Hank é um garoto de seis anos e seu melhor amigo é um caminhão de lixo. Na companhia de animais especiais, eles exploram o mundo ao redor e vivem aventuras fantásticas!

05/05

Os Filhos de Sam: Loucura e Conspiração

O caso Filho de Sam se tornou uma obsessão para o jornalista Maury Terry, para quem os assassinatos estavam associados a uma seita satânica.

 

07/05

O Legado de Júpiter (1° temporada)

A primeira geração de super-heróis passa o bastão para os filhos, mas as tensões aumentam — e as regras antigas não se aplicam mais.

https://www.youtube.com/watch?v=78QltZcT7Ws

 

Garota de Fora (2° temporada)

Nanno está de volta para expor os problemas da escola e dos colegas — e, desta vez, ela não está sozinha.

 

Monstro

Um jovem estudante talentoso se vê envolvido em um roubo seguido de morte e luta para provar sua inocência contra um sistema judiciário que já o condena.

 

500 Mil Quilômetros

Depois de alcançar a marca de 500 mil quilômetros rodados, um caminhoneiro enfrenta a ameaça de perder o emprego para um novo estagiário.

08/05

The Bold Type (Temporadas 1 a 4)

Série inspirada na vida da executiva da revista Hearst, Joanna Coles, e oferece um olhar sobre os bastidores dos responsáveis de uma revista para mulheres chamada Scarlet.

10/05

Boi Neon

Iremar é um vaqueiro de curral que viaja pelo Nordeste trabalhando em vaquejadas. Seu maior sonho é largar tudo e começar uma nova carreira na moda como estilista no Polo de Confecções do Agreste.

 

11/05

Outlander (5° temporada)

Os Frasers se esforçam para prosperar dentro de uma sociedade em que, como Claire bem sabe, está marchando em direção à Revolução Americana.

Explicando…Dinheiro

Nós o gastamos, emprestamos e poupamos. Mas agora vamos falar sobre as armadilhas do dinheiro, como os cartões de crédito, os cassinos, os golpes e o crédito estudantil.

12/05

Família Upshaw

Nesta série de comédia, uma família cheia de histórias para contar tenta equilibrar os desafios e as alegrias do dia-a-dia.

https://www.youtube.com/watch?v=Rod29FKKKk0

 

Oxigênio

Uma mulher acorda em uma unidade criogênica totalmente sem memória. A reserva de oxigênio começa a se esgotar, e ela precisa se lembrar de quem é para sobreviver.

 

Peter Tatchell: Do Ódio ao Amor

Este documentário conta a história do ativista de direitos LGBTQIA+ Peter Tatchell e sua luta por justiça em meio a controvérsias e comoções políticas.

13/05

Amor, Casamento e Divórcio

A vida de três mulheres bem-sucedidas que trabalham em um programa de rádio vira de cabeça para baixo quando seus casamentos são ameaçados por segredos e reviravoltas.

Castlevania (4° temporada)

A série conta a história dos caçadores de vampiros Trevor Belmont, Sypha e Alucard, que, no começo do seriado, defendiam o condado de Valáquia do temível Drácula e do exército de demônios do lorde vampiro.

14/05

Love, Death & Robots (2° temporada)

De aventuras selvagens em planetas distantes a encontros perturbadores perto de casa: a antologia vencedora do Emmy está de volta com novas histórias instigantes.

https://www.youtube.com/watch?v=Gj2iCJkp6Ko

Eu Vi (3° temporada)

Uma mansão horripilante. Uma melodia sinistra. Um gato demoníaco. Mais pessoas comuns compartilham histórias assustadoras de seu passado — e a verdade é apavorante.

A Caminho do Céu

Existe vida nos pertences de quem já faleceu. Um jovem com síndrome de Asperger e seu tio ex-presidiário descobrem e relatam essas histórias para aqueles que ficaram.

 

A Mulher na Janela

Confinada pela agorafobia, uma psicóloga fica obcecada com seus novos vizinhos e quer resolver um crime violento que testemunhou de sua janela.

 

Ferry

Antes de construir um império das drogas, Ferry Bouman volta à sua cidade natal em uma missão de vingança que põe à prova sua lealdade — e encontra um amor que muda sua vida.

 

15/05

Sicario: Dia do Soldado

Para investigar cartéis mexicanos suspeitos de terrorismo, um agente federal pede a ajuda de um assassino. Mas essa guerra acaba virando uma batalha pessoal.

 

Irmã Dulce

A história de uma mulher que enfrentou todas as adversidades para dedicar a vida aos mais necessitados, deixando um legado que perdura até hoje.

 

Kuroko no Basket

Kuroko, Kagami e o resto do time enfrentam os adversários mais difíceis da região com um objetivo em mente: vencer o torneio de inverno.

https://www.youtube.com/watch?v=vChKfGQleqk

 

19/05

Quem Matou Sara? (2° temporada)

Para se vingar, Álex terá que revelar o lado mais sombrio da irmã e aceitar o fato de que nunca conheceu a verdadeira Sara.

The Last Days

Este documentário vencedor do Oscar conta a emocionante história de cinco judeus húngaros que resistiram ao terror do holocausto e do domínio de Hitler.

20/05

Special (2° temporada)

Afastado da mãe, Ryan continua explorando o mundo por conta própria, enfrentando todos os altos e baixos da vida e do amor.

21/05

Army of the Dead: Invasão em Las Vegas

Após uma invasão zumbi em Las Vegas, um grupo de mercenários se aventura pela zona de exclusão para realizar o maior assalto de todos os tempos.

O Vizinho (2° temporada)

Javi achava que já tinha dominado essa coisa de ser super-herói, mas ainda vai precisar enfrentar uma concorrência improvável e alguns visitantes extraterrestres.

Jurassic World: Acampamento Jurássico (3° temporada)

Os jovens na Ilha Nublar estão de volta para mais uma temporada em que, juntos, tentam fugir da ilha habitada por dinossauros.

 

22/05

Olá? Sou Eu!

Fracassada e infeliz, uma mulher sente que perdeu a alegria de viver — até dar de cara com uma versão mais jovem de si mesma, que aparece exigindo mudanças.

26/05

O Divino Baggio

Um relato dos 22 anos de carreira do craque italiano Roberto Baggio, incluindo a difícil estreia nos campos e os conflitos com alguns de seus treinadores.

 

Da África aos EUA: Uma Jornada Gastronômica

Arroz, quiabo, até mesmo o famoso macarrão com queijo. A culinária afro-americana teve (e tem) grande importância no cenário gastronômico dos Estados Unidos. Nesta minissérie, Stephen Satterfield analisa esse impacto.

Atentados em Londres

Este documentário conta a história dos atentados contra minorias em Londres, em 1999, e a corrida para encontrar o extremista de extrema-direita responsável pelas explosões.

27/05

Milagre Azul

Um grupo de crianças e o dono do orfanato onde moram se unem a um marinheiro rabugento para uma lucrativa competição de pesca esportiva, na tentativa de salvar a instituição.

Soy Rada: Serendipia

O humorista argentino Agustín Aristarán, conhecido como Soy Rada, está de volta para falar sobre família, filhos, magia e música.

Eden (1° temporada)

A história de robôs que cuidam da última criança humana.

https://www.youtube.com/watch?v=q3oekuh5Vyw

28/05

Lucifer (5B)

Lucifer protagoniza um retorno memorável à terra dos vivos para fazer as pazes com Chloe. E vem pegando fogo.

O Método Kominsky (3° temporada)

Um novo capítulo se abre para Sandy, que deve lidar com uma difícil perda, um problema financeiro, uma reunião importante e um grande impulso na carreira.

EncrenCão

A vida privilegiada de um cão mimado vira de cabeça para baixo quando ele se perde e precisa aprender a sobreviver nas ruas da cidade grande.

29/05

O Mito de Sísifo

Depois de um incidente estranho, um engenheiro descobre segredos perigosos e conhece uma mulher que veio do futuro procurar por ele.

31/05

Imóveis de Luxo em Família

Este reality show acompanha a família Kretz e sua imobiliária de luxo em Paris.

Isso é tudo, vigilantes. Próximo mês estará caprichado de produções para agradar todo o tipo de público e agora é se programar, pois maio está logo aí. Boa maratona para todos!

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Falcão e o Soldado Invernal, o legado perfeito do passado para o futuro

Uma coisa é inegável em toda a história da Marvel Studios, é que todo o universo do Capitão América é um dos melhores, vide que sua trilogia é a melhor de todo MCU. Com Falcão e o Soldado Invernal não foi diferente, a série com seis episódios dirigida por Kari Skogland atinge um novo patamar para o estúdio.

Quando WandaVision, a primeira série da Marvel na Disney+ terminou, foi bombardeada com críticas ao seu roteiro, direção inconstante e uma história muito mal explorada. Surgiu então o medo que a próxima fosse por esse caminho, e felizmente, ela provou fazer justamente o contrário; a qualidade, carinho e dedicação que se tem em cada ponto é de cair o queixo. Começando pela sua direção, que sabe regular muito bem o seu timing, seja com a ação, drama, comédia ou suspense. Se for comparar com algum filme da marca, seria com a de ‘Capitão América 2: O Soldado Invernal‘, o pináculo dos filmes do MCU e dos Irmãos Russo. Cada detalhe sobre o passado, sobre como transmitir o que se passa nos personagens e no mundo ali criado, é muito difícil comparar com outros, por tamanha qualidade.

Falcon and Winter Soldier episode 5 release date, cameo and trailer | Tom's Guide

Seu roteiro também consegue dar uma aula de como se executar com maestria. A forma na qual Malcolm Spellman consegue arquitetar sua escrita de forma tão natural, combina perfeitamente nas mãos de Skogland. As explorações das histórias do Capitão América são adaptadas de forma coesas e que instigam, a criação e redenção de John Walker, a dor de Isaiah Bradley, a motivação de Karli, e a atenção para a adaptação das personagens principais aqui são o puro diamante da casa de ideias. Até mesmo como conseguem reconstruir todo o Barão Zemo para uma versão extremamente fiel a sua persona dos graphics novels e a maior e melhor utilização da Sharon Carter, coisas que foram muito criticadas em ‘Capitão América: Guerra Civil‘, aqui acertam com precisão. Isso é algo que foi totalmente diferente ao Wandavision. Ao invés de criar uma falsa expectativa no público, e ter os dois pés para trás ao pensar em ser ousado e inovador, eles criam um início e fim que se completam com propriedade e com a próximas histórias perfeitamente definidas; diferente de uma série que desconstrói oito episódios em um e cria um final genérico incoerente com seu universo e com milhares de pontas soltas que se perderam do interesse com o tempo. A escrita dessa série é tão bem pensada, que não precisa usar de falsas expectativas para cativar seu público, ela apenas precisa do que já tem; e o que ela tem? O melhor. Também, a forma sútil na qual a série aborda temas mais pesados como racismo e política foram necessários e ditaram o rumo da história. Um dos únicos problemas do roteiro, e por vez da direção, é acabar sendo lento em alguns momentos (especificamente nos episódios um e cinco), e acabam perdendo o ritmo, que se recupera nos momentos finais, mas pode atrapalhar bastante para quem assiste.

Não precisa nem falar sobre seu elenco, Anthony Mackie e Sebastian Stan entregam suas melhores performances e criam uma química ótima, até melhor do que que Sebastian tinha com Chris Evans. Wyatt Russel rouba a cena em muitos momentos, tanto que, sua atuação em um dos maiores momentos de choque da série precisava de uma atuação boa, e ele entregou seu máximo. Daniel Bruhl, Emily VanCamp e Erin Kellyman também não ficam de fora, roubam a cena em todos os momentos em que aparecem.

Emily VanCamp teases the mystery of Sharon Carter on The Falcon and the Winter Soldier | EW.com

Uma das coisas que também se destacam são os detalhes técnicos, a fotografia é simplesmente maravilhosa, a Marvel é conhecida por não se importar tanto em seus filmes com isso, mas aqui é outra história; desde o trabalho nas cores até enquadramentos, cria uma estética única para a série. Sua trilha-sonora, cenografia (principalmente em suas cenas em Madripoor) e figurinos são tão bem trabalhos quanto em qualquer outra produção do MCU. Também, sua edição é simples, porém, deleitável.

Com tudo isso, Falcão e o Soldado Invernal é digno de palmas, com acertos tão brilhantes e poucos erros, pode se dizer que essa série é o que a Marvel precisa focar em seu futuro, pois é um dos suprassumos de toda a filmografia do estúdio. Explorar mais suas histórias, sem medo, e entender diferentes estilos de gênero para suas produções é o que cria esperança para um futuro tão brilhante quando foi iniciado aqui.

Nota final: 4.8/5

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As séries da Marvel são apenas boas, e isso é maravilhoso!

Esta publicação está sendo escrita logo após o segundo episódio da série da Marvel, Falcão e Soldado Invernal, mas não teremos spoilers desta série, mas sim de WandaVision. O que  falarei aqui é uma opinião a respeito das séries, assim como qualquer outra opinião ela pode ser mudada no futuro. Caso aconteça vocês saberão, ou não.

 

 

A primeira coisa a se falar é que as séries da Marvel são boas, de fato, assim como aquelas que foram canceladas pela Netflix, Demolidor, Jéssica Jones, Luke Cage, O Justiceiro e Punho de Ferro e Os Defensores (estes dois últimos nem tanto). Até por que se não fossem boas teriam sido canceladas na primeira oportunidade, sem segundas temporadas (algumas), e não após a Disney anunciar um serviço de streaming próprio. Certo?

Mas o que tenho a falar aqui não envolve só as séries, envolve os filmes da Marvel também, até pelo fato desses apêndices serem comercializados como Universo Cinematográfico da Marvel – MCU ou parte dele. A questão aqui é o simples fato das séries serem boas, mas não acrescentarem em nada o desenvolvimento dos personagens que já conhecemos das telonas. Quando falo de desenvolvimento, é literalmente o seu sentido completo, como crescimento, evolução, progresso, e não de informações sobre o personagem passado para nós. Porque isso é passado, o que passamos a conhecer mais, durante a série sobre determinado personagem nada mais é, aquilo que ele já passou. Poderíamos não saber a respeito, mas ele já sabia e tudo o que ele é naquele momento (presente da série), é resultado deste passado. Assim como todos os eventos que nos levaram a ser como somos hoje.

 

 

Pegando WandaVision como exemplo, já que a série foi finalizada e foi a primeira a ser lançada nesse novo modelo adotado pela Marvel, podemos dizer que a protagonista Wanda não evolui durante a série. “Como assim? Tudo que ela passou durante a série não a fez evoluir?” Correto, não evoluiu. Ao final de Vingadores Ultimado, Wanda termina seu pequeno arco em luto pelo seu namorado/marido/esposo Visão, até que começamos a série com ela enfrentando estas mesmas dificuldades, porém com o acréscimo de tentar gerir tudo aquilo que ela esta provocando, manipulação mental dos cidadãos da cidade e cárcere (além de toques na manipulação da realidade). “E como ela evoluiria na série?” Primeiramente, ela passaria pela fase de luto, compreenderia que seus poderes usados de forma não responsável podem causar um dano gigantesco. E como terminamos a série todos nós que assistimos a série sabemos, de luto pelos seus filhos que só existiam dentro da sua realidade criada dentro do domo, e pelo Visão que nunca retornou dos mortos de fato.

Então entra o questionamento, mas o Visão passou suas lembranças para o Visão Branco, a Wanda teve contato com Agatha outra bruxa e aprendeu novos truques (nas hqs ela é inclusive a professora de Wanda Maximoff nas artes mágicas), e ao final estava estudando com o livro pego desta bruxa. De fato temos essas questões que são facilmente explicadas. A primeira é que o Visão Branco era um projeto secreto dentro da S.W.O.R.D – E.S.P.A.D.A, e só quem o viu foram Wanda, Visão, Monica Rambeau, EMT e Darcy. Além do fato dele ter desaparecido após a conversa de Barco de Teseu com Visão original, o que nós leva a necessidade de uma explicação por parte destes personagens para o alto escalão de personagens do Universo Marvel. Se há explicação não há evolução.

 

 

Nós temos que entender que séries e filmes mesmo dividindo o mesmo universo, são produtos para mídias e públicos diferentes, claro que existem aqueles grupos em comum, mas não idênticos – veja o pequeno gráfico que montei para explicar melhor. Imagine a confusão que a Marvel causaria no público comum (público que é alvo da Marvel), podendo causar um desinteresse, ao apresentar uma Wanda completamente diferente em uma sequencia cinematográfica, entretanto é fácil mostrar que ela simplesmente agora tem um novo uniforme, como qualquer outra super-heroína que muda de uniforme ou de visual todo filme, e que ela agora tem um livrinho pra estudar. Bem simples, sem precisar resumir a temporada inteira os acontecimentos etc. Mas o ponto é que no final das contas ela se encontra no mesmo estado, com psicológico abalado, e agindo de forma emocional, do mesmo jeito em que terminou o último filme em que participou. Ou seja, nesse ponto de vista que compartilho, não houve evolução da personagem.

1 – Público fervoroso (As vezes estou nesse, ou no 3).
2 – Público importante para o streaming.
3- Público Importante para os cinemas.
4 – Público mais recente, que pode ou não ter começado a acompanhar o MCU recentemente.

 

Um outro exemplo, bastante engraçado, já que faremos um exercício de pensamento inverso, é falarmos de OVAs e filmes de animações japonesas, animes. Me desculpem aqueles que possuem um conhecimento maior em relação a este tipo de mídia, mas aqui vou falar de forma fácil e genérica para demonstrar o ponto da evolução da história.

Um OVA (Original Video Animation), ou filme baseado em animes, normalmente são lançados fora da plataforma original deste anime, geralmente são spin-offs, e não possuem relevância significativa com a história principal. Mas possuem um enredo que trabalha mais o passado de cada personagem, trabalha alguma informação nova, mas que ao voltar para o anime, demandará de explicações. Ou seja, considerando os filmes da Marvel como um anime, que possuem dentro de cada obra seu desenvolvimento de personagens e trama, as séries podem ser encaixadas como esses spin-offs que sim, agregam. Mas não interferem na história principal que é o que temos no cinema.

Se pararmos para analisar de forma fria, até mesmo alguns filmes funcionam desta maneira. Como é o caso do Incrível Hulk com Edward Norton no papel de Bruce Banner, os primeiros filmes de Thor e Capitão América. Todos eles foram implementados de formas independentes, com pequenos easter eggs que os fãs mais fervorosos puderam perceber, e só depois de estabelecidos de forma correta, passaram a ter uma importância maior na timeline do Universo Cinematográfico da Marvel – MCU.

Pode ser, que as séries conversem entre si de forma mais concreta no futuro, e que eles realmente interfiram nos cinemas (o que acho difícil), mas no momento, com o material que temos em mãos isso não está parecendo possível.

 

Contudo, eu não desmereço as séries, muito pelo contrário, quanto mais conteúdo melhor, até porque sem elas eu não estaria escrevendo esta matéria. Sou consumidor, e admiro este trabalho que a Marvel faz, com relação a entender o seu público alvo de cada mídia, o que a faz grandiosa. Esta publicação serve para responder algumas perguntas daqueles que tem medo ou dúvidas do futuro que a Marvel está montando. “Será que vou precisar assistir todas as séries?” “Será que tudo vai ficar diferente de uma hora pra outra?” A resposta é simples, e direta. Não! A Marvel, sabe o que faz e não vai sair mudando tudo que ela construiu em mais de 10 anos de trabalho duro nos cinemas. Pode ficar tranquilo!

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Por Trás de Seus Olhos (2021): Quando o roteiro manobra completamente ao seu bel prazer o telespectador

Já abro este texto com uma pequena confissão: Assisti-la não estava nos meus planos inicialmente. Sabe quando você entra na Netflix procurando algo específico, mas muda de ideia por algo mais atrativo? Foi esse o caso. O perfil da minissérie estava no topo e apenas com a sinopse puxou-me a atenção necessária para dar o famoso salto de fé.

Behind Her Eyes conta a história de Louise, uma mãe solteira que trabalha como secretária e está presa a sua rotina. Em uma noite, ela se envolve com David em um bar, um jovem bem-sucedido, que acaba se tornando seu novo chefe. Para complicar as coisas, ela conhece Adele, uma nova amiga na cidade, que é casada com David. Com o passar do tempo, Louise começa a ficar obcecada pelo casal, mas quando passa a conhecê-los melhor, descobre que eles escondem alguns terríveis segredos.

Mesmo com um ar clichê nessa sinopse, somos criaturas atraídas pelo mistério e suspense. Essa parte final de segredos existentes no casamento foi o gatilho mais que suficiente para embarcarmos nessa aventura. E será que valeu a pena?

[TEXTO COM SPOILERS]

Como já mencionado, os dois personagens principais se encontraram casualmente no bar e nasceu uma química muito boa que rendeu um beijo (com culpa, logo em seguida). A partir disso, tivemos uma sequência de eventos que aumentou a atração entre David e Louise, que não conseguiam mais controlar. Para piorar (ou melhorar, depende do ponto de vista de quem assiste), eis que Adele também casualmente se tornou amiga de Louise. É um contraponto na balança e Louise entrou nesse redemoinho (mesmo com os protestos de Sophie) sem saber das consequências, afinal ela só queria se divertir com o chefe e afastar a solidão de sua nova amiga. O que poderia dar errado?

O saldo positivo dessa minissérie foi a ambiguidade que o roteiro tratou os diálogos entre David e Adele. Como consequência, os telespectadores foram manobrados para qualquer direção ao gosto deste próprio roteiro. Desde a primeira conversa do casal, muitas dúvidas pairavam no ar sobre o casamento controlador do marido e passivo por parte da esposa. Temos como pano de fundo o incêndio que matou os pais de Adele, então fomos levados automaticamente por um caminho onde não seja de fato um acidente. A produção ganhou muito com essas sutilezas do roteiro e mesmo com o desenvolvimento lento, ficamos atentos a qualquer pista óbvia ou não sobre o que de fato aconteceu e acontece entre esses dois.

A amizade entre a amante e esposa possuía um ar bem orgânico, porém você passa a perceber que pode ter algo errado com a forma intensa que Adele quis levar esse relacionamento. Só que, de início, pensamos que é apenas a solidão de ficar em casa o dia todo e a resposta disso é o total apego nessa relação que iniciou-se num esbarrão na rua. Aqui o roteiro age de novo em nos manipular ao vermos o que apenas eles querem que vejamos no momento.

Outra figura essencial na trama é Rob, amigo de Adele. Sua presença mesmo que em flashback trouxe um grande peso na história através de seu diário contando as aventuras de ambos e é aqui que a minissérie entrou no campo do realismo fantástico para explicar os plots apresentados. Já tínhamos Louise com seus terrores noturnos e quando começaram a explorar projeções astrais, você pausa o episódio e se pergunta se está vendo a coisa certa. Está sim. Apesar do conceito não ser explorado com mais atenção, foi interessante como essa prática influenciou os eventos até seu Finale e apresentou um excelente plot twist para esclarecer toda essa relação destrutiva.

Só tenho elogios para o elenco. Eve Hewson (filha de Bono Vox), Tom Bateman e Robert Aramayo são os que mais convencem nas atuações. Até o mirim Tyler Howitt merece nota aqui. Já Simona Brown tem uma atuação mediana, mas nada que seja sofrível. Por Trás de Seus Olhos é uma adaptação de mesmo nome da autora Sarah Pinborough. Apesar do final ter sido um pouco diferente do que estamos habituados a assistir em algumas mídias, acredito que finalizou bem redondinho e sem deixar margem para uma possível segunda temporada. Por enquanto, a plataforma de streaming não se pronunciou sobre o seu futuro.

Se você chegou até aqui deve ser sinal que aticei um pouco a sua curiosidade sobre a minissérie. Caso não, deixo a minha última cartada. Assista o trailer abaixo:

Já falei muito, pessoal. Espero que tenham gostado e mais uma coisa: Tenham bons sonhos e encontrem a segunda porta.

Por Trás de Seus Olhos está disponível na Netflix desde fevereiro.

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The Boys: Mais Violência, Mais Sangue e Mais Insanidade em sua Segunda Temporada

We didn’t start the fire. It was always burning since the world’s been turning.

The Boys teve sua primeira temporada lançada ano passado e foi uma grande surpresa, tanto para quem conhecia os quadrinhos como para quem não conhecia – o lançamento, inclusive, fez com que as pessoas procurassem as HQ’s. Mês passado a Amazon Prime começou a exibir o segundo ano da série de forma semanal, ou seja, um episódio por semana após ter lançado três no mesmo dia. Acabou que a segunda temporada terminou recentemente e conseguiu ser melhor que sua antecessora, apresentando mais violência, mais sangue, mais insanidade e aumentando sua sátira a respeito das produções atuais do gênero.

The Boys”: segunda temporada ganha data de estreia e préviaO segundo ano da série começa do ponto de onde o primeiro terminou, Billy Bruto (Karl Urban) está desaparecido após encontrar sua esposa e o filho dela com Capitão Pátria (Antony Starr). Enquanto isso, Hughie está escondido com o restante do grupo e enquanto Bruto não retorna, eles procuram formas para acabar com a Vaught. No outro lado da moeda, Tempesta (Aya Cash) entra para o grupo dos Sete no lugar do falecido Translúcido e começa uma reviravolta na equipe.

Inicialmente a série apresenta uma sátira cirúrgica sobre os filmes atuais de super-heróis, mostrando uma produção da Vaught para os Sete intitulada ‘The Dawn of the Seven’ e em torno disso aborda diversos outros temas na mesma fórmula utilizando a medida certa para cada elemento. Porém, depois de alguns episódios, a série muda seu foco para a história e, enquanto o ano anterior focava mais na Luz-Estrela (Erin Moriarty), no Bruto e em Hughie, a segunda temporada decidiu explorar o desenvolvimento dos outros personagens:  Kimiko (Karen Fukuhara) , Francês (Tomer Kapon) e Leitinho (Laz Alonso) ganham mais espaço na trama e mais desenvolvimento para suas respectivas histórias e personalidades. Isso, sem deixar de lado os já citados anteriormente.

5º episódio da 2ª temporada de “The Boys” já está disponível no Amazon Prime Video – Categoria NerdDe qualquer forma, Antony Starr rouba a cena com sua excelente atuação como Capitão Pátria na maioria dos episódios e, em especial, no episódio final. Aya Cash se apresenta como uma excelente adição a série como Tempesta e sua trama carrega a temporada – por um lado, isso é ruim pois deixa algumas tramas secundárias de lado, por outro, dá espaço para desenvolvê-las de forma adequada nos anos seguintes. O interessante é ver como a sua trama é construída de forma gradual e objetiva, fazendo uma grande crítica a respeito do infeliz mundo atual que vivemos, cercado de intolerância e xenofobia mascarados em opiniões de pessoas influentes. O roteiro da segunda temporada está excepcional e prova que a série tem muito o que oferecer ainda.

Infelizmente nem tudo é perfeito: ao longo da temporada, a série apresentou alguns deslizes e falhou em alguns momentos, enquanto o último episódio da série acabou sendo corrido em diversos pontos e abriu mão do desenvolvimento para concluir logo o ano – de forma rápida e brusca. De qualquer forma, os defeitos são poucos se comparados com todas as qualidades que a segunda temporada de The Boys mostrou.

2ª temporada de The Boys bateu audiência da Netflix - Mix de SériesEntão, é bom?

A segunda temporada de The Boys superou a sua antecessora em diversos aspectos, tanto técnicos como de narrativa. Entretanto, apresentou algumas tramas secundárias que não prendem o telespectador enquanto outras são soltas no decorrer da temporada. Além disso essa temporada apresentou também uma conclusão rápida, como se tivesse sido feito às pressas. Por mais que tenha deixado um gancho interessante para o ano seguinte, senti falta de um maior desenvolvimento na narrativa de seu último episódio – poderia ter tido mais tempo de exibição ou apenas mais um episódio para concluir de forma adequada. Enfim, o segundo ano de The Boys foi muito bom e mal posso esperar para sua continuação.

Nota: 4.5/5

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A Crítica ao Real e a Sátira ao Virtual em Upload

Já imaginou viver em uma sociedade futurista onde o virtual coexiste com o mundo real? Bom, é inegável que estamos próximos desta realidade, tendo em vista que atualmente grande parte de nós é dependente da tecnologia. Enfim, imagina que após a sua morte você continua vivo através de um mundo online, com algumas semelhanças ao Habbo Hotel, que pode ser visitado através de realidade virtual – fazendo com que você permaneça vivo de forma online. Imaginou? Essa é a premissa de Upload, série original da Amazon criada por Greg Daniels (responsável também por The Office e Space Force).

Download Amazon Prime's new sci-fi comedy, Upload, this Friday ...Lançado esse ano no serviço de streaming, Upload acompanha a história de Nathan Brown (interpretado por Robbie AmellThe Flash e Code 8: Renegados), um programador que morre após sofrer um acidente de trânsito. Por conta disso, sua namorada acaba pagando o seu upload e ele é carregado para o servidor Lake View – um hotel de luxo no mundo virtual. Ao se encontrar em uma nova vida e sem algumas memórias do passado e de como sofreu o acidente, Nathan se juntará com o seu Anjo (interpretado por Andy Allo), que é uma espécie de ‘moderadora’ do mundo virtual, para descobrir a principal causa de sua morte enquanto precisa lidar com sua namorada possessiva, descobrir formas de como passar o tempo neste mundo virtual e conhecer novas pessoas.

Toda a premissa de Upload é bem semelhante com a de The Good Place, entretanto não apresenta a mesma qualidade. Por mais que a trama seja boa – mesmo com o plot óbvio que pode ser deduzido logo nos três primeiros episódios – não há um bom desenvolvimento de personagens. A série abre diversas lacunas e não explora quase nenhuma, com exceção do relacionamento de Nathan com sua Anjo e a relação dela com o seu pai para convencer com que ele aceite o upload.

Mesmo assim é interessante ver que cada episódio consegue manter sátiras cirúrgicas sobre o mundo virtual, seja por meio de um anúncio em plena Lake View, pelos famosos bugs que ocorrem em todos os jogos do gênero ou até mesmo com a presença de uma deep web, da mesma forma que consegue criticar o comportamento da sociedade no mundo real, mostrando em tela atitudes hipócritas que visam apenas fazer mídia de uma vida perfeita ou até mesmo mostrando a desigualdade social presente nela.

Upload review: Greg Daniels' new series merges Black Mirror with ...Diferente de seus trabalhos anteriores, Robbie Amell atua bem como Nathan e consegue a empatia do público, assim como consegue também dar uma personalidade ao seu personagem – mesmo que ele ainda sofra com o clichê que seu personagem em The Duff.

Por mais que haja certas falhas ao decorrer da série e falte desenvolvimento de algumas questões, Upload é uma crítica ao real e uma sátira do virtual que provou ser uma comédia bastante promissora. Vale a pena assistir, inclusive o término do primeiro ano deixa um enorme gancho para sua segunda temporada, que já está confirmada. A série apresenta 10 episódios, onde cada um destes tem em média 30 minutos de duração.

Nota: 3/5

Upload é ambientado em um futuro em que os seres humanos são capazes de “carregar” a si mesmos em sua escolha preferida de vida após a morte. Quando Nathan (Robbie Amell) encontra sua morte prematura, ele é recebido por Nora (Andy Allo) em sua versão do céu

 

Upload está disponível na Amazon Prime Video.

 

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Nossa rotina em isolamento social sendo representada com bom humor em Diário de um Confinado

Desde março, a população viu-se imersa numa espécie de confinamento até então inédita e sem precedentes. Uma nova rotina onde começamos a acompanhar o ambiente exterior apenas pelas janelas, iniciando um tutorial recorrente de cuidado reforçado sempre que for sair de casa. Quatro meses se passaram e ainda estamos vivenciando esse isolamento, tirando é claro vocês que estão precisando trabalhar em diversos setores e até na linha de frente como profissionais da saúde (já deixo aqui o meu sincero obrigado).

Diante de uma mistura de emoções que afloram em segundos, é preciso dar uma respirada, certo? Relaxar a mente e distrair-se com qualquer coisa que seja útil para nós. É nesse intuito que ganhamos o excelente Diário de um Confinado, nova série multiplataforma do Globoplay que narra as aventuras diárias do isolado Murilo Barros (Bruno Mazzeo) em seu apartamento no Rio de Janeiro. O resultado disso foi justamente uma boa dose de humor ao retratar de forma fiel situações que possamos nos identificar de prontidão.

Sabe a vizinha que sempre evitamos numa situação normal? Agora imagina tendo que aturá-la durante o isolamento social. Imaginou? Essa é a Adelaide, personagem da Débora Bloch. Sempre precavida, neurótica e tentando passar adiante o seu conhecimento sobre os principais métodos de higiene nessa pandemia ao Murilo. A vivência entre os dois gera momentos engraçados e aproxima ainda mais seus telespectadores que passaram por alguma situação parecida nos últimos meses. O mais interessante é que Débora é realmente vizinha de Bruno na vida real e por conta disso, foi possível contracenarem juntos. Foi a única atriz que fez isso. O resto do elenco foi tudo remoto.

Renata Sorrah interpreta a mãe de Murilo e como toda progenitora que se preze, mantém, mesmo que remotamente, toda a preocupação para que o filho não se infecte. Com isso, é bombardeado por sua mãe com notícias falsas compartilhadas em grupos de WhatsApp, leva esporro por andar sem máscara ou se desesperam sobre como jogar devidamente uma embalagem de pizza.

Diário de um Confinado foi elaborado pela diretora artística Joana Jabace junto com o próprio Mazzeo. Os dois são casados e cederam o apartamento para a realização das gravações. O primeiro desafio foi adaptar o apartamento e logo encontraram a solução em dar uma leve bagunçada em alguns cômodos com o acréscimo de novos objetos. Sem falar nas pausas dadas por causa dos filhos aparecendo nas cenas para dar aquela boa descontraída.

O outro desafio foi como gravar com o elenco recluso, mas isso foi tirado de letra. Arlete Salles, Fernanda Torres, Lázaro Ramos, Lúcio Mauro Filho, Marcos Caruso, Matheus Nachtergaele e Sorrah receberam kits de gravação por celular juntamente com a regra de escolher cômodos de suas casas para iniciarem suas cenas.

A série consegue conquistar o seu público ao mostrar situações do cotidiano que estamos aprendendo a lidar durante essa pandemia e quando nos identificamos com Murilo, isso quer dizer que a proposta foi alcançada com sucesso. Você ri e logo se identifica, pois não é ficção. É real. Estamos há quatro meses (e contando) imersos numa atmosfera que nunca imaginávamos presenciar. Criamos uma nova rotina para conciliar àquela que já tínhamos ou ao menos tentamos. Precisamos tentar. Até porque também temos o nosso Diário de um Confinado.

Gostou e quer assistir? Está disponível no Globoplay, a Rede Globo começou a exibir no sábado (4) e o Multishow ontem (6) com dois episódios seguidos exibidos todos os dias.