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Review | Resident Evil 2

Ele está entre nós! Jogamos Resident Evil 2 e como um dos jogos mais esperados desse ano, eu já inicio esse texto dizendo que o jogo conseguiu cumprir tudo o que prometeu e ainda conseguiu surpreender quem aguardava pelo seu lançamento.

O game, que foi um remake do que foi lançado em 1998, nos trouxe muito mais do que uma reprodução da obra antiga para os consoles atuais, ele nos trouxe um novo jogo, e que por incrível que pareça superou o seu antecessor.

Leon na delegacia

Por ser um remake, o jogo foi produzido do zero, ou seja, não se manteve nada do original como geralmente fazem os remasters (que geralmente só melhoram a qualidade gráfica). Mas mesmo sendo um jogo novo, todas as características do seu antecessor estavam presentes, agradando também os fãs da franquia mais antigos.

Dentre as diferenças que pudemos analisar entre os jogos, está a jogabilidade em 3ª pessoa e com mira, que foi introduzida na franquia a partir de Resident Evil 4. já que nos jogos anteriores era apresentado um esquema de diferentes câmeras onde à medida que o jogador passava pelos lugares, o jeito como ele via o personagem mudava (o que ajudava mais ainda no horror in game).

Claire Redfield

O esquema adaptativo de dificuldade presente desde Resident Evil 4 também está presente no jogo. Se você vai bem, o jogo continua mandando zumbis, já que você está conseguindo mata-los “normalmente”, mas se você está morrendo muito, o jogo vai facilitando e reduzindo a quantidade de inimigos.

Os puzzles presentes no jogo mudaram, ou seja, não adianta ter as soluções do jogo anterior por que elas não funcionarão novamente. Isso é um ponto extremamente positivo, já que assim antigos jogadores da franquia, aproveitam ainda mais a experiência e a imersão proposta.

O enredo também foi modificado e inimigos novos foram inseridos na história, formando realmente um novo jogo e mais uma vez conseguindo permitir que tanto players antigos quanto novos, consigam ter a mesma imersão.

Mas afinal, vamos àquela pergunta que muitos fãs devem estar se fazendo: “o jogo se manteve um survival horror?” Sim! Apesar de terem implementados elementos que tornaram a franquia a partir do quarto jogo, um gênero mais voltado para ação, como a mudança de câmera e a inserção de mira, os elementos de survival horror ainda estão totalmente presentes em Resident Evil 2. Você continuará tendo que economizar sua munição e regular o que você carrega em sua mochila, além de ser obrigado a sair correndo de medo de alguns lugares.

Ah! e falando em mochila, ela também sofreu algumas alterações. Agora itens podem ser combinados a outros que estiverem no chão, ou seja, se você estiver com a mochila cheia, e achar uma planta de cura no chão, mesmo sem espaço você consegue combina-la à outra planta que está guardada no inventário.

Novos itens também foram adicionados ao jogo, nesse remake você pode lacrar janelas com placas de madeira que encontra pelo caminho para impedir surpresas e jump scares futuros. As armas podem ser aprimoradas no decorrer do jogo, mas o jogador precisa ter a consciência de que alguns aprimoramentos aumentam o uso do espaço na mochila, ou seja quanto maior o aprimoramento, mais espaço a sua arma vai precisar.

O mapa também se tornou mais interativo, os lugares onde você visitou ficam em vermelho e se o player explorou todo o lugar (pegou todos os itens e afins) ele muda para a cor azul mostrando que a região está 100% explorada. Isso se torna extremamente útil já que assim você acaba não perdendo muito tempo em uma região por medo de ter deixado algo para trás e aproveita mais o que deve ser aproveitado.

O padrão de salvamento criado no primeiro jogo onde é mostrado quantas vezes você salvou num intuito mais competitivo também está presente, e dependendo da dificuldade escolhida, se escolher jogar no mais difícil por exemplo, você pode precisar daquelas famosas fitas de salvamento.

Mister X está de volta!

Portas não são mais sinônimos de lugar seguro, os zumbis conseguem abri-las após um tempo, inclusive nas salas onde possuem máquinas de escrever (as áreas de salvamento do jogo), não somente os zumbis, mas também o próprio Mister X, sai por aí batendo as portas à sua procura, sim, ele está de volta e nas duas campanhas (tanto na da Claire quanto na do Leon) e está mais assustador do que nunca.

As roupas dos personagens, mesmo estando atualizadas para épocas atuais podem ser alteradas depois de desbloqueadas. Isso mesmo! Quem quiser jogar com as skins clássicas podem ficar tranquilos, elas estão disponíveis no game e sem precisar pagar nada a mais para usar.

A dinâmica do jogo é extremamente precisa e satisfatória, sempre que o player consegue terminar algum enigma ou passar por alguma parte difícil. Se você achou que o tiro em terceira pessoa tiraria parte da experiência, fique tranquilo, isso não aconteceu. Dependendo da arma utilizada, apenas um tiro na cabeça não é o suficiente para eliminar um inimigo comum, esse esquema provavelmente veio por ser mais fácil acertar um inimigo na cabeça devido a existência da mira. A quantidade de tiros na cabeça do inimigo necessária para mata-lo também é imprevisível, enquanto alguns zumbis normais podem morrer com dois tiros na cabeça, outros levam três, caem e se levantam novamente.

Enfim chegamos ao nosso veredito e responderemos a pergunta que não quer calar “Mas e aí, o jogo vale a pena?” : Sim! O jogo vale muito a pena para você que é fã da franquia, para você que não é e só quer conhecer, e também para você que apenas quer cag*#r de medo e atirar em zumbis pelo caminho.

Nota: 9,8

Agradecimentos à Capcom pelo envio do código, o game foi testado em um PlayStation 4.

O jogo estará disponível a partir de sexta feira (25/01/2019) para PlayStation 4, Xbox One, e PC.

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Pocket Review | Marvel’s Spider-Man: A Cidade Que Nunca Dorme

Marvel’s Spider-Man foi de longe um dos jogos mais divertidos de 2018. Sua história, ainda que simples, era cativante e se balançar por Nova York era incrível. Mas antes de seu lançamento, já havíamos sido informados de que teríamos uma pequena expansão, nomeada de A Cidade Que Nunca Dorme, dividida em 3 partes, e coloca pequena nisso. Mas será que o jogo precisava dessa expansão? Ou melhor, ela precisava ser paga?

Não preciso dizer que o texto contém spoilers do jogo base, né?

Pois bem, essa DLC, assim como diversas outras no cenário atual de games, claramente fazia parte do jogo inicial. E isso já fica claro ao terminados a sidequest da Black Cat no jogo normal, onde ela misteriosamente some, e o jogo basicamente joga na sua cara: CONTINUA NA DLC, COMPRE!

Lançada em Outubro, a primeira parte, nomeada de O Assalto, traz como estrela, a nossa querida Black Cat e, bom, não poderia ser mais decepcionante. Zero inspiradora, e com mecânicas chatas, a DLC acabou se demonstrando bem meia boca e deixou a maioria dos jogadores decepcionados. Mas, trazia um bom e previsível gancho. Os diálogos entre Spidey e Black Cat são bons e regados de sensualidade, como já conhecíamos das HQs. Porém o plot dessa primeira parte se demostrou pobre.

A segunda parte, Guerras Territoriais, chegou em Novembro, e trouxe os mesmos defeitos que a sua antecessora, incluindo a volta da Screwball. Uma personagem irritante, com desafios chatos e tediosos, o oposto do que Spider-Man apresentava. Além de uma batalha “final” contra o Hammerhead ridiculamente fácil. Porém, mesmo com uma história pouco inspiradora, também trouxe um excelente gancho, envolvendo a personagem Yuri Watanabe.

Então chegamos a terceira e última parte, Comando Silver, lançada em Dezembro, trazendo de volta a personagem Silver Sable, que havia ido embora no final da história principal. E foi surpreendentemente boa, mas MUITO curta. No entanto, ela trouxe uma boa finalização para o enredo inciado em O Assalto, e novos locais para o game, como o esgoto. Que poderá ser utilizado no futuro. ALÔ LAGARTO?

A relação, se é que podemos chamar disso, entre o Cabeça de Teia e a Silver Sable é muito boa. Com pequenas e divertidas interações, a personagem acaba sendo enriquecida e faz você querer saber mais sobre ela.

Além disso, a terceira parte prepara terreno para a quase certa  sequência de Spider-Man, tanto pela ida de Mary Jane à Simkária, quanto pela cena pós-créditos com Miles Morales vestindo a máscara. Falando nele, uma das piores coisas dessas DLCs foi que só soubemos coisas sobre o Miles através de chamadas telefônicas, nem mesmo jogamos com ele.

Outra coisa que ficará para um segundo jogo, é o plot de Yuri Watanabe, que havia sumido na segunda parte. A sidequest da personagem à reverte completamente, e se mostrou como uma boa oportunidade. Uma provável vilã?

Best Girl!

Veredito:

Decepcionante em 2/3 da sua história, A Cidade Que Nunca Dorme, tenta expandir o universo de Marvel’s Spider-Man e dá pistas sobre a provável sequência do jogo, mas não vale o preço cobrado e nem deveria ter sido lançado a parte do jogo base. E tomara que a Screwball não retorne.

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Review | Fallout 76

Sobrevivência sempre foi o principal tema nos jogos de Fallout. Tudo do lado de fora dos Vaults é enferrujado, quebrado e deteriorado. Mas você acaba se acostumando com a sujeira, se acostumando com as tranqueiras que encontra, e gradualmente se torna um sobrevivente. Infelizmente, Fallout 76 é tão desgastado quanto o seu próprio mundo. Embora haja vislumbres dos antigos Fallout, como buscas irônicas sobre a burocracia do velho mundo e genuinamente relatos sobre o impacto da automação na classe trabalhadora, Fallout 76 não tem o coração e o dinamismo de jogos anteriores da série da Bethesda.

Em Fallout 76 você será apresentado a robôs com profundidade emocional de uma torradeira. Mesmo o personagem robótico principal, que seria a “pessoa” mais próxima a você, com quem a interação deveria ser “natural” não agrada. Uma Miss Nanny modificada chamada Rose, que raramente é tridimensional, tirando a única parte da sua história trágica de criação. E é assim que Fallout 76, não entrega seu potencial, em grande parte ele nem chega perto de ser realizado. Embora os NPCs robóticos pudessem ter sido a grande revelação aqui, as automações que você encontra são vendedores, guardas ou apenas recepcionistas ornamentais. Você se sente verdadeiramente sozinho.

Digamos que não muito sozinho. A crescente comunidade do Fallout 76 brilha tanto quanto o flash de câmeras polaroids ou de uma nuvem de cogumelo. O multiplayer aqui serve para preencher o vazio, as vezes você é recheado por aquela explosão de alegria quando encontra outro sobrevivente no deserto, mesmo depois de horas e horas jogando a novidade do multiplayer. Ajudar alguém a realizar a missão dá a você aquela sensação de solidariedade e isso é, sem dúvida, uma das melhores coisas sobre o Fallout 76.

Independentemente de você estar jogando sozinho ou com amigos, você provavelmente terá uma sensação de déjà-vu. Appalachia é construída usando o mesmo Mecanismo de criação do Fallout 4 e de Skyrim, então a maioria de seus arredores parece estranhamente semelhante à viagem de 2015 para o Wasteland. As texturas levam alguns segundos extras para carregar, mesmo quando você está perto, em terceira pessoa, ou quando seu personagem parece ter sido construído com um manequim de luxo e seus inimigos parecem não possuir articulações. Mesmo depois do beta, ainda podemos encontrar alguns problemas como, os inimigos fazerem pose para combate e deslizarem em direção a você como se estivessem sobre um piso rolante, pedaços de rocha e folhas ficando verde néon quando elas não carregam por inteiro. E não tem como não comparar com o esmero das produções de 2018 como God of War, Homem-Aranha e Red Dead Redemption 2 fazendo ondas com seus gráficos excelentes, podemos até falar de Horizon Zero Dawn em 2017, assim decretando que o Creation Engine simplesmente não está à altura dos grandes.

Mas claro que há locações muito bem trabalhadas no jogo. The Mire e Cranberry Bog, são as duas áreas mais bonitas, e são diferentes de qualquer coisa que você já viu em Fallout, incrivelmente exuberantes, radiantes de vida e criaturas estranhas. The Mire é um pântano de árvores frondosas e trepadeiras sencientes que contaminaram a fauna local, com grama tão alta e espessa que, em parte, obscurece sua visão quando se esgueira. Cranberry Bog é um simples, porém fantástico local extraterreno, árvores bulbosas, com troncos que parecem barrigas salientes, brotando do chão e a terra é um vermelho violento como sangue, são locais angustiantes, que transmitem o clima perfeito de exploração como Fallout deve ser. Seguindo de mãos dadas com as mutações que você pode desenvolver, além dos novos medidores de fome e sede, essas áreas mostram que o mundo que você conheceu se foi e que você está lutando pela sobrevivência.

Falando em luta, as criaturas são uma adição fantástica a Appalachia. Forçando você a criar estratégias na hora, já que basicamente elas aparecem de surpresa durante a gameplay, é quase como jogar um simulador de observação de pássaros, mas em vez de pássaros são monstros radioativos e no final eles querem te matar. A sensação de satisfação vem quando eles estão mortos e você passa por seus corpos sem medo. Algumas aparições são tão raras quanto Meotwo no Pokemon Go. Esta versão apocalíptica da observação extrema de pássaros definitivamente incentiva você a voltar para caçar essas criaturas, se você tiver paciência.

A esquisitice da ficção científica em Fallout é famosa, como procedimentos burocráticos hilariantemente frustrantes ainda sendo reforçados por robôs apesar de seus escritórios serem escombros em torno deles, uma sociedade secreta de vigilantes liderados por uma dublê / atriz, os eventos públicos que simplesmente como um desfile há muito tempo perdido ou ajudar um prefeito robótico a pegar garrafas de cerveja em local completamente destruído. Além disso, na maioria dos cantos e recantos há cartas de pessoas mortas há muito tempo, holotapes deixados pelas primeiras pessoas para tentar fazer de Appalachia uma casa, esqueletos deixados em poses simplesmente perturbadoras. Você sente que os lugares estavam vivos uma vez. Mas não mais. Corpos mortos de invasores, colonos e socorristas estão espalhados em cabanas e acampamentos, um lembrete doloroso de que você chegou tarde demais para ajudar.

Sem NPCs, a conexão emocional que faz com toda a sobrevivência valer a pena está seriamente ausente. Cada quest de enredo principal que você escolhe tem uma conclusão inevitável: você é a última esperança. Seja a Irmandade do Aço, os Respondentes, o Estado Livre, ou até mesmo os Raiders formalmente hostis, sempre é para você ajudar a reconstruir ou descobrir o que aconteceu com algum grupo. Isso é emocionalmente exaustivo. Não ajuda, sem NPCs, adicionar peso emocional ao que você está fazendo é quase impossível. Tudo bem, que em Fallout 4, toda aquela ladainha poderia ser apenas uma busca, mas pelo menos você sentia que estava fazendo a busca por alguém, que alguém se importava se você conseguisse voltar. É difícil fazer um holotape pré-gravado soar como se importasse.

VEREDITO:

Fallout 76 tem algumas peculiaridades novas, mas elas servem principalmente para mostrar como o restante do jogo está desatualizado. O que acontece é que em Fallout 76 você não quer apenas sobreviver, você quer viver. Com suas questões temperamentais, questões técnicas e mecanismo fora de moda, o Fallout 76 não tem a vida que fez do pós-apocalipse um farol de esperança nos jogos anteriores. No entanto, quando ele entra em um novo território, às vezes literalmente como no caso de The Mire ou Cranberry Bog, ou apresenta novos inimigos, você vê algumas das faíscas que fazem o Fallout ser Fallout.

Vale a pena lembrar que como Fallout 76 é um MMO, há a possibilidade real de que assim como em Elder Scrolls Online o Fallout 76 de hoje será muito diferente do Fallout 76 do próximo ano, então, caso ele não seja seu jogo ideal, espere a poeira radioativa abaixar, e confira novamente, o jogo com certeza irá continuar crescendo e se adaptando.

PONTOS POSITIVOS:

  • Novas criaturas intrigantes para lutar.
  • História fascinante de Appalachia.
  • Novas regiões ampliam o que o pós-apocalipse pode ser.

PONTOS NEGATIVOS:

  • Numerosos problemas técnicos.
  • Mecanismo gráfico desatualizado.
  • A maioria das missões sem profundidade.
  • Falta de profundidade emocional para os (poucos) robôs NPC.

 

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Review | Tetris Effect

Quem nunca quando criança, possuiu um Brick Game, aquele mini videogame que possuía “9999 games em 1”, e todos eles eram variações de Tetris, incluindo corrida. Mas você não se importava com isso, pois era divertido, desafiador e, de certa forma, prazeroso.

Como você se sentiria, anos depois, jogando uma versão de Tetris, em seu PlayStation 4, como se estivesse em uma balada, rodeado por efeitos?

Bom, é isso que temos em Tetris Effect.

Desenvolvido pela Enhance Games, Tetris Effect traz o famoso jogo de bloquinhos, com um visual todo remodelado e estonteante. O game foi anunciado de surpresa na conferência da Sony na E3 2018, durante o “bloco” dedicado ao PlayStation VR (apesar de não ser obrigatório o uso do mesmo).

Não há muito o que falar sobre a jogabilidade de Tetris Effect em si, afinal, é Tetris. Conforme os jogadores vão avançando nas fases, a velocidade com que as peças vão caindo, aumenta, induzindo ao erro. Prepare-se para dar muito rage com o jogo (experiência pessoal). Apesar de frustante, é divertido.

Para contornar isso, temos a habilidade da “Zona” (virou Kuroko no Basket agora???), onde podemos parar o tempo e encaixar as peças com perfeição. Ele também dá a possibilidade de continuar de onde o jogador parou. Mas, é claro, isso não ser usado com muita frequência.

Tetris Effect possui dois modos até o momento. São eles:

Modo Jornada uma espécie de “campanha” do jogo. São mais de 30 fases diferentes, com as mais variadas estéticas e temas. Cada fase é única, e possui uma trilha sonora própria, que vai aumentando de acordo com a velocidade das peças.

E o Modo Effect, que são os desafios do jogo, como Countdown, Purify, Mistery e Marathon.

Novos modos serão adicionados com o tempo, segundo a desenvolvedora. Será que podemos esperar um modo multiplayer vindo ai? Ou fases feitas pelos jogadores.

A Trilha Sonora de Tetris Effect é um show à parte, é simplesmente empolgante e aumenta a imersão do jogador. Algumas das fases, possuem interação com a trilha, então ao encaixar uma peça, os acordes da música vão se formando.

Mais do que só uma dose de nostalgia, Tetris Effect traz a volta de um clássico, remodelado, com uma trilha sonora impecável. Além de causar raiva e prazer no jogador.

Tetris Effect está disponível para PlayStation 4 e PlayStation VR. Agradecimentos à Enhance Games pelo envio do código.

PONTOS POSITIVOS: Cenários variados, Trilha Sonora empolgante.

PONTOS NEGATIVOS: Poucas fases.

Nota: 9.0

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Review | Call of Duty: Black Ops 4

Mais um ano, mais um Call of Duty chega às lojas. Seguindo a já tradicional troca de franquias, a série Black Ops chega em seu quarto título, trazendo como novidade, o famigerado Battle Royale. Desenvolvido novamente pela Treyarch, Call of Duty: Black Ops 4 foi lançado no último dia 12 de outubro. Mas será que vale a pena?

Sai o Modo Campanha, entra o Battle Royale

Vamos começar pelo que todo mundo quer saber: o modo Blackout, presta?

Muitos torceram o nariz quando disseram que Black Ops 4 não teria a presença de um Modo Campanha, como todos os jogos anteriores. E quando anunciaram que o jogo teria um Modo Battle Royale, a comunidade se revoltou. Mas parece que isso não se reverteu nas vendas, afinal, Call of Duty: Black Ops 4 faturou mais de U$500 milhões em seu primeiro final de semana.

O estouro de PlayerUnknown’s Battlegrounds, seguido pela explosão de popularidade de Fortnite, fizeram com que o gênero Battle Royale se tornasse uma febre entre os gamers e desenvolvedoras, todo mundo quer um Battle Royale em seu jogo, ainda que grande parte do público não suporte ver jogos do tipo fazendo sucesso.

O Mapa de Blackout.

O modo Blackout traz um gigantesco mapa, que reúne lugares conhecidos da série Black Ops em um só lugar. Como a maioria dos jogos desse estilo, o mapa traz suporte para até 100 jogadores, quando o servidor decide funcionar, e ganha quem sobreviver por último. Caso tenha jogado PUBG, o esquema é o mesmo. O jogador deve catar armas, miras, grips, granadas, coletes, entre outros. Todos os itens são encontrados por todo o mapa e o player deve escolher as melhores configurações para a sua arma. Há opções de partidas Solo, Duo e em Squad de até 4 pessoas.

No entanto, apesar dos mapas aguentarem até 100 pessoas, raramente, pelo menos nessa semana inicial do jogo, as partidas serão preenchidas com a total quantidade. Ao que parece, mesmo que muita gente esteja jogando Black Ops 4, a maioria das pessoas decidiram partir para os outros modos de jogo. Parece que Blackout ainda não caiu no gosto dos fãs de Call of Duty.

Mas o que faz Blackout se destacar no meio de todos esses jogos do mesmo gênero que surgiram recentemente?

A resposta é simples: é Call of Duty.

É praticamente o mesmo jogo, somente aperfeiçoado com a jogabilidade de um Battle Royale, tudo o que você conhece na franquia, está presente aqui. Os gráficos do modo Blackout são bem inferiores aos dos demais modos do jogo, provavelmente para que a visão dos jogadores fique mais “embaçada”, e causar uma imersão maior. Mas isso é um achismo meu.

Os modos Multiplayer são os já conhecidos pelos fãs da franquia, Free For All, Team Deathmatch, Heist, entre outros. Não tem muito o que falar sobre eles, tirando o fato de que a cura automática não está mais presente, agora temos um botão específico para ele, e também não há Jetpacks ou andar pela parede. Há 10 tipos de especialistas, cada um possuindo uma habilidade especial. Escolha aquele que te agrade e que possa ajudar a sua equipe.

Os jogadores casuais não irão ligar tanto para a parte de customização de Classes e Scorestreaks, mas aqueles que já estão acostumados com a franquia, podem esperar um prato cheio.

Também temos a possibilidade de jogar em splitscreen, algo que não havia sido anunciado anteriormente e só foi descoberto no dia do lançamento.

O modo Zombies também está de volta, completando 10 anos de existência, e agora com uma estética diferenciada, trazendo uma espécie de Gladiadores Romanos, e talvez seja o que mais se assemelha a um modo Campanha em Black Ops 4, tendo uma lore em volta dele. Há três tipos de jogos disponíveis até o momento: IX, Voyage of Despair e Blood of the Dead. Se você procura uma diversão, Zombies é para você.

Falando novamente do Modo Campanha, a falta do mesmo é um buraco que Blackout não conseguiu preencher. Apesar de não possuírem uma história tão inspiradora, ela chamava novos jogadores, ao utilizar atores conhecidos do público em geral, e era uma opção para aquele jogador que não possui vontade de jogar online.

A jogabilidade em Call of Duty: Black Ops 4 em um modo geral, não apresenta tanta diferença se comparada aos seus antecessores, tirando alguns detalhes já citados acima. É algo bom, mas ao mesmo tempo ruim, pois dá um sinal de comodidade, ainda que Blackout tenha vindo para dar um novo ar a franquia.

VEREDITO:

Apesar de Blackout ser uma ótima adição à franquia, ele não consegue suprir a necessidade de um Modo Campanha, ainda mais quando se tem um jogo que custa tão caro no Brasil. Se eu tivesse que sugerir algo, seria que, o modo deveria ser de graça. Ou quem sabe, um jogo separado. Para os fãs de Multiplayer, onde a Activision realmente quer se focar agora, Call of Duty: Black Ops 4, é um prato cheio.

NOTA: 8.5

A análise foi feita a partir de uma versão do PlayStation 4, e agradeço a Activision pelo envio do código. Call of Duty: Black Ops 4 também está disponível para Xbox One e PC (via Battle.Net).

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Review | Assassin’s Creed Odyssey

Se você está cansado de jogos de mundo abeto, definitivamente Assassin’s Creed Odyssey não é um jogo pra você. A Ubisoft realmente não estava brincando quando falou que seu mais novo jogo seria uma verdadeira Odisseia (desculpem o trocadilho). Não só a história inspirada na tragédia grega, mas no vasto mapa e na jornada de destrinchar todos as pequenas lacunas que se encontram no grande mundo aberto.

Em Assassin’s Creed Odyssey, você escolherá entre dois personagens, Alexios e Kassandra. Decidir com qual desses dois assassinos jogar é basicamente sua primeira missão no jogo, além de ter que adaptar-se ao uso do novo modo de exploração. Fazer escolhas, reagir a acontecimentos, tudo isso te fará mergulhar no conteúdo da história principal, e até mesmo nas missões secundárias e eventos que aparecerão durante toda sua gameplay.

Não se preocupe porque os diálogos são padronizados, ou seja, independente de qual personagem você escolha os diálogos serão sempre os mesmos, o que interferirá na história como já mencionado são suas ações. E acredite, este jogo tem mais reviravoltas que uma montanha-russa da Disney, cada escolha pode ter uma consequência, que pode chegar mais longe do que você imagina.

Há uma riqueza nos diálogos, que eu ouso dizer que só vimos igual na trilogia de Ezio. Embora todos os jogos sejam cheios de adrenalina e missões, em Assassin’s Creed Origins, as missões secundárias pareciam um pouco com “preenchedor de espaço”, missões que não acrescentavam em nada na história, mas aqui eles acertaram. Foi uma subida de degraus muito importante para a saga Assassin’s Creed.

O jogo te confunde em relação ao que é a linha de missões principais e missões secundárias, isso por conta de todas as suas missões são entregues com o mesmo peso de consequências. Às vezes é realmente difícil descobrir se você se deparou com uma conquista lateral particularmente longa ou seguiu um arco de história principal.

As grandes peregrinações de uma ilha grega para outra, estão longe de serem monótonas. Você viajará entre paisagens deslumbrantes, desde florestas, até edifícios de mármore branco na costa grega, com golfinhos e baleias coroando as ondas ao lado de seu barco. Por esses motivos, é fácil se apaixonar pela história e por esse par de assassinos.

Nessa beleza de Odyssey, é muito fácil se distrair com cada pequeno detalhe encontrado no mapa durante suas missões. A maneira como você criará sua jornada é uma experiência inteiramente única, o fato de suas escolhas serem tão abundantes, as consequências podem ser drásticas, e o mundo tão vasto, que ao participar de tudo isso você já se sente parte de uma comunidade.

E agora, o combate, precisamos conversar sobre o combate. Origins marcou um grande passo em direção a uma maneira mais RPG de fazer as coisas, nivelar seu personagem, trocar armas para adicionar nuances ao combate, e uma infinidade de outros novos recursos, mas Odyssey leva a décima potência. É resolvido algumas das peculiaridades do sistema de Origins, e outros são simplificados. Há algumas habilidades que foram trazidas e mantidas de Origins, outras melhoradas, e uma infinidade de habilidades novas implantadas, que podem ser niveladas e ativadas. E o que é ainda melhor é que você pode redefinir suas habilidades a qualquer momento por algumas centenas de dracmas, a moeda grega do jogo, ou seja, se as coisas não estão funcionando para você, você pode tentar de novo.

É esse tipo de refinamento que está presente em todo o Odyssey, mas é particularmente óbvio no combate. Falando em melhorias, podemos cravar que o desenvolvimento de Origins e Odyssey funcionou, já foi divulgado que as equipes responsáveis por ambos os jogos trabalharam em paralelo, com a equipe Odyssey aprendendo tudo o que a equipe Origins criou e depois aprimorando-a. E isso não resultou apenas no jogo sendo vendido apenas um ano após o lançamento do Origins, mas também significava que as equipes não estavam apenas jogando o sistema de combate no lixo e começando de novo, ou pensando em melhorias apenas para “rebootar” tudo. Odyssey parece uma evolução em todos os sentidos sobre Origins, mas ele usa como uma base central para se tornar um verdadeiro RPG.

Você precisará manter ajustes e trocar seus itens, porque o combate vai continuar testando você constantemente. Você não só terá que lutar contra espartanos e atenienses, mas também contra caçadores de recompensas, e mercenários que virão atrás de você, se você começar a roubar, saquear ou você sabe, assassinar. O sistema de salvamento é um tanto quando inconsistente, não ajuda muito, há momentos que é necessário um autosave, mas ele não é incorporado no momento, e a depender de seu resultado na missão, você pode perder um bom progresso no game. E por ser um jogo bem detalhado e muito “recheado”, seus tempos de carregamento são muito longos.

Levando em consideração que essas são as únicas coisas que chamaram atenção de forma negativa em toda a gameplay, realmente Assassin’s Creed Odyssey clama por elogios.

VEREDITO:

No final das contas toda sua jornada é sobre escolhas. As pessoas que você decide deixar que sigam suas vidas normais, os relacionamentos com outros personagens, as linhas de história que você segue. É um mundo e uma história extremamente “abertos”, bem feitos, com cenas extremamente bem feitas. Depois de quase 60 horas, ainda tenho muito para ver na Grécia da Odyssey, e é bem gratificante continuar explorando esse mundo. Além de aperfeiçoar tudo o que Origins fez e aprimorar de uma forma que você nunca imaginou Assassin’s Creed Odyssey pode ser muito bem o jogo definitivo da saga.

PONTOS NEGATIVOS:

  • Carregamentos lentos.
  • Sistema de salvamentos.

PONTOS POSITIVOS:

  • História Envolvente
  • Personagens
  • Aprimoramento de tudo que funcionou, e melhoramento do que não funcionou em Origins.
  • Mundo aberto bem detalhado.

NOTA FINAL: 9,5

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Review | Shadow of the Tomb Raider

Desenvolvido pela Eidos Montreal em colaboração com a Crystal Dynamics, Shadow of the Tomb Raider traz uma Lara bem diferente daquela de alguns anos atrás. Sua evolução como personagem é nítida em cada diálogo e ações da protagonista. O fechamento da trilogia do reboot de Lara Croft é complicado. É ao mesmo tempo o mais bem realizado até agora, mas também carrega o peso de seus antecessores.

O que você precisa saber basicamente é que Lara acidentalmente coloca um apocalipse maia em ação depois de enfrentar a Trinity pela posse de um artefato místico. E isso faz com que nossa protagonista seja colocada em uma cadeia de eventos com ritmos conturbados e uma estranha mistura de fatos. O principal fator que vemos em Shadow of the Tomb Raider é o ritmo enfraquecido do roteiro, seus arcos são estabelecidos sem um background, e as vezes vagam no limbo sem serem citados por muito tempo

Jonah é seu único vínculo com a humanidade de Lara, um amigo íntimo, cujo relacionamento é um prazer testemunhar, pois de algum modo a relação dos dois é brilhante, se compararmos com o restante das interações durante o jogo. Deveria ter sido o foco principal do jogo, mas, em vez disso, foi jogado para escanteio, resultando em várias cenas sem profundidade que não acrescentam em nada tanto para a história, quanto para a personagem.

 

Além de alguns locais feitos exclusivamente para que aconteçam a progressão da história, a maior parte do seu tempo será gasto nas cavernas e na cidade principal, são sem dúvida a parte mais interessante de todo o universo de Tomb Raider, e em Shadow, eles não são diferentes. A cidade é inteligentemente projetada e movimentada como a vida real, com os cidadãos realizando suas rotinas diárias, e Lara sendo uma estranha em terras estranha e seus ocupantes reagem de acordo. Por sua vez, as cavernas trazem puzzles, alguns muito bem elaborados, enquanto outros não passam de perda de tempo, mas nada que diminua a experiência da gameplay. Nenhum deles é tão complexo que você precise de uma folha de papel para anotar informações ou muita raiva para resolvê-los, mas nenhum deles é tão fácil que te faça se sentir estranho.

O combate também reflete a evolução de Lara, agora sujeita a flechas feitas com o veneno de aranhas e sendo pendurada em árvores. Você pode entrar na briga com armas de fogo, mas não vai se divertir muito assim, a verdadeira emoção é se utilizar das suas habilidades do modo stealth, se camuflando e se protegendo de ser vista e em seguida derrubar inimigos um a um.

Não há dúvida de que Tomb Raider influenciou Uncharted no passado, e agora Uncharted está retribuindo o favor. E isso é muito bom, mostra que quando se tem alguma coisa boa no mercado que dá certo, outros jogos do gênero procuram melhorar da mesma maneira, implementando o que deu certo, mas sem copiar. O ritmo do jogo, cenas de Lara criança, cena de desastres com o terreno desmoronando ao seu redor, se você jogou Uncharted, tudo isso não é novidade, mas a maneira como foi aplicada dar um peso maior em toda a gameplay.

VEREDITO:
Shadow of the Tomb Raider é uma aventura de ação agradável na maior parte do tempo, mas frequentemente é vítima de uma narrativa aleatória e de um ritmo estrutural que impede que o final da trilogia seja realmente genúino.

PONTOS POSITIVOS:

  • Aulas de sobrevicência com a Lara.
  • Cenário grandioso.
  • Aventureiro e divertido.

PONTOS NEGATIVOS:

  • Mecânica pouco desenvolvida, comparada com os antecessores.
  • Personagens sem profundidade, exceto Lara e Jonah.

NOTA: 8,5

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Review | Marvel’s Spider-Man

Você se lembra da cena de abertura do filme Amazing Spider-Man 2? Há muitas divergências quanto a sua qualidade como filme, mas a cena inicial onde ele utiliza a cidade de Nova York como um grande playground, é com certeza muito boa. E aquela sensação de liberdade é exatamente o que você encontrará em Marvel’s Spider-Man. Um jogo que vem numa época de hiato de alguns dos principais jogos de super-heróis, com uma história inédita que mescla a vida pessoal de Peter com as suas obrigações diárias de combate ao crime organizado na Grande Maçã. Podemos afirmar de antemão que a Insomniac, a Sony Interactive Entertainment e a Marvel acertaram bonito.

O seu modelo de mundo aberto já é bem conhecido, mas com uma história principal que cruza distritos cheios de desafios, missões secundárias e colecionáveis, acaba sendo agradável, mesmo que já vivenciamos várias e várias vezes esse sistema. A jogabilidade é tão suave que é facilmente aprendida, e sua curva de aprendizado é tão curta que em pouco tempo, parece que já temos mais de 10 horas de gameplay. O combate é uma satisfação hipnótica, enquanto o seu balanço na teia é sempre divertido. E diversão é a palavra-chave, a luta, o balanço na teia, até mesmo os personagens e a história em certos pontos, é tudo muito divertido de se jogar.

A versão do Homem-Aranha que somos apresentado é um personagem mais antigo, já com alguns anos de carreira. Portanto, sem história de origem. Isso significa que você é jogado quase em um clímax inicial, enquanto o tutorial de sugere sem esforço suas ações. Em poucos segundos, você se sente como se sempre tivesse sido o Homem-Aranha.

A história central é cheia de surpresas e descobertas, Peter Parker não apenas persegue bandidos, mas realmente faz jus ao título de “amigão da vizinhança”. Os crimes surgem e as coisas acontecem para mantê-lo ocupado em uma Nova York tão viva, movimentada e cheia de gente. É impressionante o nível de cuidado que a equipe de desenvolvimento dedicou a cidade como um todo, durante todo o jogo, você poderá presenciar pequenos eventos aleatórios, como acidentes automobilísticos, assaltos, assaltos a lojas e outros crimes comuns, tudo isso para ajudar a criar um maior realismo à cidade e às pessoas que nela participam. Durante toda a gameplay, vários vilões clássicos do Spider aparecem, entre eles Wilson Fisk, Otto Octavius, Shocker e Black Cat.

Falando em gráficos, você não precisa ter um PS4 Pro, para aproveitar Marvel’s Spider-Man de forma satisfatória. Nova York se estende em detalhes formidavelmente nítidos até onde a vista alcança, com um sol alaranjado da tarde, digno de filmes vencedores de Oscar em fotografia. É raro ver algo tão grande e detalhado parecer consistentemente tão bom e vivo, com os momentos finais do modo história em particular, algumas das coisas mais espetaculares que eu vi em jogos no últimos tempos

Conforme a história de Marvel’s Spider-Man avança, o jogo cresce em escala, mas de uma maneira administrável. Os colecionáveis, desafios e missões secundárias que aparecem, desempenham seu papel de preencher lacunas muito bem. Por que além disso você ganha várias moedas ao final de cada missão que você pode usar para comprar novos gadgets, habilidades, dando-lhe mais uma aplicação prática do que apenas o preenchimento puro da jogabilidade. Dominar os novos equipamentos e habilidades que você desbloqueia permite que o jogo continue a crescer.

É bem equilibrado em termos de escala, crescimento e viabilidade, embora o trabalho diurno de Parker como cientista ser um pouco exaustivo, sendo repleto de circuitos elétricos e quebra-cabeças de espectrógrafos que, apesar de divertidos o suficiente, que diferente das missões secundárias, parecem uma tentativa de dar algum propósito de jogabilidade além das cenas jogáveis.

Uma coisa que é difícil de ignorar, não sendo necessariamente uma coisa ruim, é o quanto o jogo apresenta coisas que já vimos na série Batman Arkham. Não é apenas as mecânicas, mas também os conceitos dos jogos de Arkham. De certa forma isso pode ser interpretado de várias maneiras. Qual o problema de “copiar” algo que funciona tão bem? Mas também pode vim o questionamento, “Eles não conseguem criar sua própria jogabilidade?”. No que diz respeito a jogos de introdução, é uma ótima escolha e isso não é um problema, mas ainda parece um pouco estranho. Os quick time events, são um desafio a parte, quando aparecem, têm uma ponderação estranha. Eles são tão lentos que quase os tornam mais difíceis.

Embora estejamos em negativos, falar da dublagem é obrigação. Todas as partes principais são dubladas e tocadas com profundidade e carisma. Tanto em português, quanto em inglês Peter Parker, é instantaneamente simpático e uma adição valiosa ao universo do Homem-Aranha. Ele é envolvente, super-heroico, mas humano, e há risadas reais em certos pontos, isso se encaixa perfeitamente no fato de que, sob a máscara, ele é apenas um cara normal do Queens.

VEREDITO:

Marvel’s Spider-Man é uma aventura extremamente divertida, cheia de grandes personagens e momentos, e apenas uma das melhores realizações de videogame de super-herói até hoje. A Insomniac é um estúdio com quase 25 anos de experiência em produzir aventuras de ação tátil e bacanas que são ótimas para se jogar, e ver que a experiência voltada para um jogo licenciado criou uma experiência impressionante, polida e trabalhada.

Pros:

  • Sensação de liberdade e controle.
  • Mundo aberto de Nova York, detalhamento e cidade viva.
  • Personagens simpáticos e ótimos desempenhos.

Contras:

  • Praticamente Spider-Man Arkham.
  • Estrutura familiar de mundo aberto.

NOTA FINAL: 9,5

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Review | The Awesome Adventures of Captain Spirit

Com cerca de 3 meses para o lançamento de Life is Strange 2, a Square Enix lançou nas plataformas de forma gratuita, o jogo  The Awesome Adventures of Captain Spirit, a experiência narrativa totalmente nova, funciona como introdução ao novo jogo da franquia Life is Strange. Desde o anúncio, a desenvolvedora Dontnod manteve muito segredo a respeito da história. Tudo que sabíamos é que a história seria focada em Chris, uma criança de 9 anos que quer ser um super-herói.

O início do jogo é um mistério, assim como o que foi liberado sobre ele, inicialmente não temos muitas informações sobre o que está acontecendo de fato com Chris. No entanto, no decorrer da gameplay as coisas começam a criar forma, mas para isso você deve ser curioso e explorar e olhar cada detalhe, cada objeto interativo no cenário.

The Awesome Adventures of Captain Spirit segue a mesma linha de Life is Strange, o game também possui diálogos e algumas cutscenes que auxiliam um pouco o andar do roteiro, pois a trama vai sendo contada com suas interações com o ambiente. Portanto, explore o cenário com muita calma. O jogo permite que você conclua tudo em pouquíssimo tempo, seguindo apenas o que for sugerido, entretanto isso faz com que você perca detalhes importantes para entender o que acontece com Chris e sua família.

 

Nosso personagem principal tem 9 anos de idade. Ou seja, não é de se esperar que uma criança criada nas circunstâncias em que Chris cresceu viva andando pela cidade sozinho. Portanto não se espante quando descobrir que The Awesome Adventures of Captain Spirit se ambienta dentro de uma casa. Mas isso não quer dizer que o jogo não é bem ambientado, muito pelo contrário, ele consegue transmitir e entregar aquilo que se propõe. O jogador pode explorar todos os cômodos e itens, além de poder para explorar o quintal, a garagem e a casa na arvore.

Essa ambientação “pequena” é proposital, é ela que permite que dois personagens centrais tenham uma interações muito mais além do que se espera deles, uma relação altamente complexa.

Os gráficos se mantém parecidos com Life is Strange, ainda com animações um pouco travadas, mas com certas melhorias pontuais, como o sincronismo labial e a dublagem excepcional. Mas o que mais chama atenção é sem dúvida a trilha sonora de Sufjan Stevens , se você não lembra ele foi indicado ao Oscar por “Me Chame Pelo Seu Nome”.

O máximo que ocorrerá nos poucos momentos de escolha, serão os diálogos, apesar de ter “segredos” e tudo mais, a história é totalmente linear. A forma como você irá descobrir as coisas, e por onde você escolher explorar primeiro é o que fará sua experiência ser diferente dos seus amigos e demais jogadores.

VEREDITO:

The Awesome Adventures of Captain Spirit é um jogo para aliviar a tensão pré Life Is Strange 2. Porém sua cena final fará você aumentar muito mais seu hype para a sequência. Ou seja se você não curtiu, ou ainda não jogou Life Is Strange, Captain Spirit não tocará no seu interior, nem mudará nada em sua vida. E paciência deve ser sua virtude ou tudo que o jogo propõe irá por água a baixo.

Pontos Positivos:

  • É grátis!
  • Personagens bem desenvolvidos.
  • Interação com o cenário.
  • História instigante.
  • Jogabilidade simples e conhecida.
  • Trilha Sonora.
  • Dublagem.

Pontos Negativos:

  • Jogo de nicho.
  • Pouca evolução nos gráficos.

 

O jogo está disponível para as plataformas Microsoft WindowsPlayStation 4 e Xbox One.

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Gameplay Games

Indicação | The Legends of Heroes: Trails in the Sky

Sabemos que nós brasileiros, não somos muito acostumados a jogar JRPGs. Uma prova disso é que só recentemente, um game da série Persona fez um certo “sucesso” entre os gamers brasileiros. Claro que eu não estou contando o público otaku.

Muitos jogos do gênero acabam passando despercebidos pelos jogadores, tanto pela falta de localização para o Ocidente, quanto pela falta de costume.

E um deles é justamente a meta-série The Legends of Heroes, mais especificamente, a saga Trails (ou Kiseki).

Eu nunca tinha ouvido falar da série, conheci enquanto eu olhava o Twitter e vi um pessoal comentando sobre Trails of the Cold Steel II, que havia sido recentemente lançado para os computadores. Decidi me intrometer na conversa e pedir algumas informações, e foi assim que eu cheguei em Trails in the Sky, sexto game da franquia, o primeiro da série Trails.

Lançado originalmente no Japão para PC em 2004 e no PSP em 2006, The Legends of Heroes: Trails in the Sky foi desenvolvido pela Nihon Falcom. O game chegou aos computadores ocidentais em 2014, pela XSEED Games, e é a versão que joguei.

Apesar de ser o sexto game da franquia, não é necessário ter conhecimento prévio dos games anteriores (até onde eu sei).

No game, controlamos a personagem Estelle Bright, que junto ao seu meio-irmão Joshua, sai em busca de seu pai, Cassius Bright, que está desaparecido. Durante a jornada, outros personagens entram para a nossa equipe, e o enredo vai se desenrolando. Após encontrar algumas respostas, Estelle e Joshua decidem andar pelo Reino de Liberl, afim de treinar e se tornarem Bracers, assim como seu pai.

No início parece ser um enredo bem simples, mas quando você menos esperar, estará envolvido em uma trama de conspiração, com inúmeros plot twists e personagens carismáticos. O game termina em aberto, com um final de te deixar boquiaberto, e que fará você partir para o segundo game assim que possível.

Além do enredo principal, o jogo também possui side quests, que te ajudam a evoluir e liberar alguns itens. Elas consistem em achar itens perdidos, derrotar monstros nas rotas, escolta, entre outras. Algumas delas você acaba fazendo sem nem notar, com o decorrer do jogo.

A jogabilidade principal é bem simples, comum dos jogos JRPGs de combate em turno, com ataques físicos, magias (Arts) e especiais (Crafts/S-Crafts). O jogo possui um sistemas de Orbs, que aumentam os status dos seus personagens e descolam novas magias e especiais para eles. No entanto, eu sou burro demais para entender esse sistema.

Outro grande destaque, obviamente é a trilha sonora, parece que japonês nasceu para criar músicas incríveis e emblemáticas. A trilha do game ficou a cargo de Hayato Sonoda, Wataru Ishibashi, Takahide Murayama e Yukihiro Jindo.

Trails in the Sky é o primeiro game de uma trilogia, que conta com Trails in the Sky SC e Trails in the Sky – The 3rd.

Além da trilogia, temos outros games da série Trails/Kiseki, mas como eu ainda estou jogando o segundo jogo, eu não sei se são realmente uma continuação, mas são eles: Zero no Kiseki (2010) e Ao no Kiseki (2011), que ainda não chegaram no Ocidente, Trails of Cold Steel (2013), Trails of Cold Steel II (2014) e Trails of Cold Steel III (2017), esse último ainda não chegou ao Ocidente. O quarto, e último jogo da série Trails of Cold Steel, está prevista para chegar no final do ano no Japão.