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Pocket Review | Marvel’s Spider-Man: A Cidade Que Nunca Dorme

Escrito por Pedro Ladino

Marvel’s Spider-Man foi de longe um dos jogos mais divertidos de 2018. Sua história, ainda que simples, era cativante e se balançar por Nova York era incrível. Mas antes de seu lançamento, já havíamos sido informados de que teríamos uma pequena expansão, nomeada de A Cidade Que Nunca Dorme, dividida em 3 partes, e coloca pequena nisso. Mas será que o jogo precisava dessa expansão? Ou melhor, ela precisava ser paga?

Não preciso dizer que o texto contém spoilers do jogo base, né?

Pois bem, essa DLC, assim como diversas outras no cenário atual de games, claramente fazia parte do jogo inicial. E isso já fica claro ao terminados a sidequest da Black Cat no jogo normal, onde ela misteriosamente some, e o jogo basicamente joga na sua cara: CONTINUA NA DLC, COMPRE!

Lançada em Outubro, a primeira parte, nomeada de O Assalto, traz como estrela, a nossa querida Black Cat e, bom, não poderia ser mais decepcionante. Zero inspiradora, e com mecânicas chatas, a DLC acabou se demonstrando bem meia boca e deixou a maioria dos jogadores decepcionados. Mas, trazia um bom e previsível gancho. Os diálogos entre Spidey e Black Cat são bons e regados de sensualidade, como já conhecíamos das HQs. Porém o plot dessa primeira parte se demostrou pobre.

A segunda parte, Guerras Territoriais, chegou em Novembro, e trouxe os mesmos defeitos que a sua antecessora, incluindo a volta da Screwball. Uma personagem irritante, com desafios chatos e tediosos, o oposto do que Spider-Man apresentava. Além de uma batalha “final” contra o Hammerhead ridiculamente fácil. Porém, mesmo com uma história pouco inspiradora, também trouxe um excelente gancho, envolvendo a personagem Yuri Watanabe.

Então chegamos a terceira e última parte, Comando Silver, lançada em Dezembro, trazendo de volta a personagem Silver Sable, que havia ido embora no final da história principal. E foi surpreendentemente boa, mas MUITO curta. No entanto, ela trouxe uma boa finalização para o enredo inciado em O Assalto, e novos locais para o game, como o esgoto. Que poderá ser utilizado no futuro. ALÔ LAGARTO?

A relação, se é que podemos chamar disso, entre o Cabeça de Teia e a Silver Sable é muito boa. Com pequenas e divertidas interações, a personagem acaba sendo enriquecida e faz você querer saber mais sobre ela.

Além disso, a terceira parte prepara terreno para a quase certa  sequência de Spider-Man, tanto pela ida de Mary Jane à Simkária, quanto pela cena pós-créditos com Miles Morales vestindo a máscara. Falando nele, uma das piores coisas dessas DLCs foi que só soubemos coisas sobre o Miles através de chamadas telefônicas, nem mesmo jogamos com ele.

Outra coisa que ficará para um segundo jogo, é o plot de Yuri Watanabe, que havia sumido na segunda parte. A sidequest da personagem à reverte completamente, e se mostrou como uma boa oportunidade. Uma provável vilã?

Best Girl!

Veredito:

Decepcionante em 2/3 da sua história, A Cidade Que Nunca Dorme, tenta expandir o universo de Marvel’s Spider-Man e dá pistas sobre a provável sequência do jogo, mas não vale o preço cobrado e nem deveria ter sido lançado a parte do jogo base. E tomara que a Screwball não retorne.

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Sobre o Autor

Pedro Ladino

"Just when I thought I was out...they pull me back in."