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Retorno de Succession é síntese do que a série sempre foi

Humor e drama andam de mãos dadas em Succession. O sucesso estrondoso do streaming faz por merecer a audiência e a repercussão. Após três temporadas finalizadas, a série ainda se mantém fiel aquilo que a fez chegar aos holofotes, e sem perder a qualidade e as particularidades técnicas que a tornaram incomparável e única no meio de tantas produções televisivas. Sua principal virtude recai na forma como ela enxerga a elite econômica americana. Isto é, um retrato irônico sobre uma família que possui tudo do ponto de vista financeiro e, ao mesmo tempo, nada na perspectiva familiar e afetiva – e talvez um dos seus apelos seja justamente rir daqueles que estão acima (em termos de concentração de renda e poder), como se fosse uma catarse temporária para nós, espectadores, rodeados por uma dinâmica de tensão de classes.

Rir e chorar, aliás, ditam os ritmos do primeiro episódio, que serve como abertura para já anunciada quarta e última temporada. Em poucos minutos, a série consegue criar tensão sobre um negócio particular complicado, que envolve uma transação de bilhões de dólares; humor na festa de aniversário de Logan (Brian Cox) rodeada de pessoas interesseiras que se esforçam para conseguir o mínimo de apreço e apenas recebem desprezo; estranhamento pelo fiasco da campanha presidencial de Connor; dramaticidade a partir do conflito amoroso entre Shiv e Tom; além do constrangimento decorrente da situação enfrentada por Greg. Assim, são cenas que geram emoções contraditórias: preocupação, atenção, alegria, tristeza – e isto é síntese do que a série sempre foi. Um amálgama de emoções que nos fazem odiar e amar todos os personagens, torcer contra alguns, mas depois torcer para outros. É uma experiência audiovisual inteligente e capaz de nos fazer enxergar uma família por diferentes perspectivas e, desse modo, nos tornar ativos a cada episódio: para quem estamos torcendo, afinal?

Numa das cenas de abertura do episódio, os convidados cantam parabéns para Logan, este que sai da sala esbravejando: “put* que o pariu…”. Já é popularmente conhecida a insatisfação geral de Logan pela vida e as pessoas ao seu redor. Embora seja um dos personagens mais cruéis, sinto uma sinceridade rara exalando nele; como se fosse o único realmente consciente do interesse que move o cotidiano corporativo. O diálogo entre ele e seu segurança num simpático e humilde restaurante demonstram uma preocupação honesta sobre o destino e a finitude das coisas. De certo modo, é um momento particular que enxergamos as outras camadas da sua personalidade, nos afeiçoando brevemente – para logo depois o próprio criticar e colocar pra baixo a sua equipe de suporte inteira.

Ao fim da terceira temporada, os personagens se separaram em dois pequenos grupos. Shiv (Sarah Snook), Roy (Kieran Culkin) e Kendall (Jeremy Strong) fizeram uma tentativa frustrada de tomar as rédeas da corporação presidida pelo seu pai, enquanto Logan ficou com Tom, este que traiu a confiança da esposa para conseguir o mínimo apreço e finalmente conquistar seu espaço dentro da empresa. Como prometido, portanto, a quarta temporada será marcada pelo conflito entre esses dois grupos, ambos ambicionando poder, influência e dinheiro. Nesse episódio especificamente, os filhos finalmente conquistam a primeira vitória contra as tentativas do pai, que subestimou a coragem destes. A repercussão desse embate, contudo, só poderá ser vista no próximo episódio.

Antes de entrar na cena mais dramática, devo mencionar o quão engraçado foi descobrir os resultados da campanha presidencial do Connor (Alan Ruck). O filho mais velho de Logan é um coadjuvante na trama principal, mas guarda para si uma missão: tornar-se presidente dos EUA. Porém, seus gastos milionários na campanha quase não surtiram efeito, atingindo a marca impressionante de 1% nas pesquisas. E sua dúvida é se um investimento adicional de 100 milhões de dólares seja suficiente para que sua campanha não perca décimos e não seja considerada um fracasso (como se 1% não fosse cômico suficiente). Greg (Nicholas Braun) também passa por uma situação engraçada ao praticar relações sexuais com a parceira num dos quartos de Logan, onde Tom afirma que existem câmeras instaladas. Greg, então, fica preocupado e começa a questionar Logan durante o ponto mais crítico da negociação. Logo, enquanto todos estão preocupados com o desfecho do acordo, Greg fica completamente deslocado da seriedade e tensão do ambiente, resultando em cenas constrangedoras – e hilárias.

Para finalizar a análise do episódio, é preciso comentar sobre a relação entre Shiv e Tom. Após diversos momentos críticos em episódios variados, o casamento parece ter chegado no seu limite emocional. Cansados de manter algo desgastado e sem sentido, o diálogo que serve como desfecho do episódio é um dos mais sentimentais da série por representar o fim do amor a partir da consciência de dois adultos maduros que compreendem que aquilo ali acabou, por mais duro que seja. A cena com ambos deitados de mãos dadas é, desde já, uma das imagens mais marcantes e tristes do ano.

Tom, particularmente, possui um retrato melancólico. Enquanto este despreza as pessoas sem poder aquisitivo, algo que fica marcado nas piadas referentes à companheira de Greg, suas brincadeiras e gozações acobertam uma vida artificialmente construída pelo interesse, um casamento infeliz, além de relações de trabalho frágeis. É um personagem habilmente construído e atuado com excelência por Matthew Macfadyen, que traz consigo trejeitos quase infantis como alguém que não possui habilidades sociais suficientes para dizer aquilo que sente, apenas arrota arrogância para disfarçar a insegurança.

Portanto, Tom não é  retratado exclusivamente como um pobre coitado, mas também como um vilão oportunista e manipulador, indiferente em como as atitudes irão respingar em seus relacionamentos. Essa ambiguidade envolta dele, e de todos os outros, é uma das razões para a série se destacar em meio a tantas produções.

Succession volta aos domingos preenchendo uma lacuna possível de ser alcançada por raríssimas obras que tenham algo a dizer, mas principalmente mostrar – e isso ela tem de sobra. Chega com a proposta de combater uma associação socialmente construída entre poder aquisitivo e valores pessoais, como se o bilionário fosse exemplo de perfeição em carne e osso, uma idealização altamente difundida nesses tempos sombrios de coaching. Mesmo com a crueldade e perversidade de alguns personagens, a série é capaz de extrair sentimentalismo e sinceridade das relações de seus protagonistas, e destacar como estão perdidos tentando aprender uma lição fundamental: nem tudo se compra.

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Vigilante: Conheça as versões do personagem

Quadrinhos podem ser complicados. Diante tantos personagens, tantas versões e visões diferentes, muitas vezes acabamos nos confundindo com tantas informações, vindas da internet, streaming ou até mesmo dos quadrinhos. Este artigo visa esclarecer algumas dúvidas, e pontuar certos aspectos da alcunha do Vigilante. Pra não restar mais dúvidas, vamos lá?

Vigilante (Greg Saunders)

Apesar de dividir o mesmo nome, o Vigilante “cowboy” não é o mesmo personagem da série do Pacificador, e ele está na lista justamente para esclarecer alguns pontos. Criado por Mort Weisinger e Mort Meskin, o Vigilante (Greg Saunders) fez a sua estreia no longínquo ano de 1941, na revista Action Comics #42. Mas, pelo menos aqui no Brasil, o “Superman de Chapéu” ganhou popularidade nas manhãs do SBT, no desenho Liga da Justiça: Sem Limites, exibido aqui pela primeira vez em 2005.

Greg integrou uma das equipes mais populares da época, conhecida como Os Sete Soldados da Vitória, e que foram os predecessores da Sociedade da Justiça da América. Ele esteve no grupo com outros clássicos membros da Editora das Lendas, como o Arqueiro Verde, Listrado, Sideral, Cavaleiro Andante, Vingador Escarlate e Wing. Greg se tornou o Vigilante para fazer justiça, após o assassinato de seu pai. Ele não possui nenhum tipo de poder, além da sua excelente mira e seu talento para a música.

O personagem, infelizmente, tem um escasso material para quem quiser se aprofundar mais em sua mitologia. É possível encontrar alguma coisa em inglês nos sebos da vida como essa ótima minissérie com 4 edições.

Ao passar dos anos, Os Sete Soldados da Vitória foram perdendo seu espaço, sendo ofuscados por outras equipes e personagens, tendo pequenas homenagens e aparições diversas nas mídias.


Vigilante (Adrian Chase)

Após ter sua família assassinada, o promotor de Justiça, Adrian Chase, enolouquece, e cruza a linha da justiça, buscando vingança e os criminosos responsáveis pela sua perda. Os anos 80 tiveram um grande boom de personagens violentos, não só nos quadrinhos, quanto nos cinemas. Essa versão mais sombria do personagem, foi criada por Marv Wolfman e George Pérez, e ele fez a sua primeira aparição como Vigilante em New Teen Titans Annual #2.

Chase acabou ganhando seu prórpio título uns meses mais tarde, em 1983. Contando com 50 edições, o personagem viveu o ápice e o declínio daquela fórmula oitentista, e acabou perecendo, vítima de seus próprios erros, em um final pra lá de depressivo. Após uma sucessão de erros, incluindo matar policiais inocentes por acidente, Adrian decide dar um fim à sua vida, na última página do quadrinho.


Vigilante (Pacificador)

Indo totalmente na contra mão da versão oitentista, o Vigilante de James Gunn, decidiu seguir uma pegada mais leve e bem-humorada. A releitura casou bem, tanto com o teor da série, quanto com o ator, Freddie Stroma. O personagem chega a ofuscar o protagonista de John Cena em certos episódios. É possível que, em um futuro próximo, vejamos mais dele, inclusive, eu não me surpreenderia se ele ganhasse uma série própria. Na série, é pouco explorado o passado dessa versão do Vigilante, mas, ao que tudo indica, eles mantiveram o passado trágico do personagem.


Vigilante (Donald Fairchild)

O DC Renascimento nos apresentou uma outra versão do Vigilante. Donald Fairchild, um ex-jogador de basquete, busca justiça, quando tem sua esposa assassinada. Infelizmente, o título fracassou logo de início, sendo cancelado logo após sua terceira edição.


Vigilante (Dorian Chase)

O irmão de Adrian, Dorian, também vestiu o uniforme do Vigilante. Essa versão é pouco conhecida, justamente por ser pouco expressiva mas não menos interessante. Ele apareceu pela primeira vez em Nightwing Vol.2 #133, se tornando um parceiro temporário de Dick Grayson em busca de justiça. Obviamente, as visões diferentes de justiça uma hora se colidiram. Dorian, chegou a ganhar seu próprio título em 2009 pelas mãos de Marv Wolfman, com 12 edições.


Vigilante (Arrow)

Aqui como o vilão Prometheus, Adrian Chase teve seus momentos como vilão principal na série da CW, estreando na quinta temporada de Arrow. Em contrapartida, a série teve seu próprio Vigilante, conhecido como Vincent Sobel, um ex-policial, que havia adquirido poderes de regeneração. Confuso, não?


Vigilante (Cinema)

Voltando a Greg Saunders (Sanders, para a versão cinematográfica), o Vigilante foi um dos primeiros heróis a irem para o cinema em formato de série. Interpretado por Ralph Byrd, e dirigido por Wallace Fox, The Vigilante: Fighting Hero of the West, foi produzido e distribuido pela Columbia Pictures, no ano de 1947, e conta com 15 episódios.


Vigilante (Batman: Os Bravos e os Destemidos)

Outra versão de Greg Saunders que deu as caras, foi a do desenho Batman: Os Bravos e Destemidos. Sua aparição se dá o episódio 3 da terceira temporada, Night of the Batmen!, que foi ao ar em 2011. Além de ser um exímio pistoleiro, Greg é um excelente músico. Confira um dos trechos do episódio com a música “Gray and Blue”.

https://www.youtube.com/watch?v=-eJM4GiuoKQ


Vigilantes (Quadrinhos)

Também tivemos outros personagens, menos expressivos, que vestiram a alcunha do Vigilante.

Alan Wells: Apareceu em Vigilante #20, operando como uma espécie de impostor, mais violento e totalmente sem códigos morais. Ele foi morto posteriormente pelo verdadeiro Vigilante na edição #27.

Dave Winston: Um dos amigos do Vigilante, ele foi um combatente mais compassivo com os criminosos, mas que foi morto pelo Pacificador na edição #23 do título. A morte de Dave foi um dos pilares que marcaram a vida de Adrian Chase.

Justin Powell: Justin se torna um Vigilante, após presenciar um assassinato. Sua run foi lançada em 2005, e conta com apenas 6 edições.

Patricia Trayce: Operando em Gotham City, a detetive é treinada pelo próprio Exterminador e trilha seu próprio caminho contra o crime como a Vigilante III. Ela apareceu pela primeira vez em Deathstroke the Terminator #6. Sua última aparição foi em Superman: The Man of Steel #120, em 2002.

Ufa! Quantas versões para um mesmo nome, não é? Espero que tenham curtido a nossa lista sobre o Vigilante! Até a próxima!

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Serial-Nerd Séries

Arremesso Final e a Construção Esportiva e Cultural do Mito Chicago Bulls

 “Que horas são? É hora do jogo!”

Imagina que você é dirigente de um time pentacampeão? Imagina que você é dirigente de um time que tem simplesmente o melhor jogador de todos os tempos? Imagina que você é dirigente de um time que se torna um marco máximo do esporte e da cultura mundial? Agora imagina que você decide desmontar esse time e avisa para o seu técnico no início da temporada? Essa foi a ideia do gerente geral do Chicago Bulls, Jerry Krause.

Partindo do principio do desmanche, Arremesso Final, Last Dance no original, a série documental sobre o lendário time da década de 90 do Chicago Bulls, apresenta um dos pilares daquela década. Um pilar que envolveu esporte, cultura pop, marketing esportivo, polêmicas, recordes e Michael Jordan. Com direção de Jason Herir, a série é uma co-produção da ESPN com a Netflix  tem como dois pontos que devem ser muito destacados: a qualidade jornalística e por não esconder, digamos, nenhum “podre” de ninguém. Nem do ídolo Michael Jordan.


Ao longo de dez episódios somos bombardeados em uma incessante viagem em tempos distintos. A linha temporal é contada de forma não linear, mas de muito fácil entendimento. E sim, temos mais de um documentário dentro de Arremesso Final. A série fala sobre a fabulosa última temporada do lendário time do Bulls, com todos os seus conflitos, mazelas, dores, alegrias etc. Ela fala de como esse mesmo time foi importante para a globalização do NBA. A série fala sobre Michael Jordan.

Destrinchando com maestria a vida do maior jogador de basquete de todos os tempos. Arremesso Final destila toda trajetória de como ele foi eleito cinco vezes o jogador mais valioso da NBA, de como foi o maior pontuador em um único jogo (com 69 pontos) e cestinha máximo durante 10 temporadas. Acompanhamos um menino Michael Jordan, que saiu de terceira opção do Draft de 1984, para lenda máxima do esporte. Mas não somente no basquete. Jordan foi, ou ainda é, um ícone da cultura. Da moda. Da perseverança. Momentos de sua carreira dão excelentes cases de sucesso em palestras motivacionais que se espalham por aí. Ele criou tendências influenciando não somente uma geração de atletas, mas também na moda com os tênis Air Jordan. Protagonizou a super produção da Warner Bros., Space Jam – O Jogo do Século e se tornou uma das personalidades mais famosas e importantes de todos os tempos.

Scottie Pippen, o técnico Phil Jackson e Michael Jordan.

Mas as suas polêmicas e jeito duro também são mencionados durante Arremesso Final. De como apesar de muito querido por boa parte dos jogadores, ele era uma pessoa altamente competitiva. A ponto de magoar seus companheiros de equipe em assédios morais em treinamentos e jogos. Momentos de vulnerabilidade a perda do pai e o vício por jogos são contados minuciosamente. E a série não esconde isso. O próprio Jordan, em depoimentos sinceros ao longo dos episódios, relata cada um deles. Inclusive depoimentos rancorosos. Que aos 57 anos, o atleta ainda os guarda. Como no momento em que ele chama Scottie Pippen de egoísta, por este forçar sua saída do Chicago Bulls por receber um salário menor. São momentos que poderiam desconstruir o mito. Mas muito pelo contrário, só fortalecem. Impossível não terminar a série gostando ainda mais dele. Querendo consumir mais leituras ou filmes sobre ele. Ou simplesmente assistir um jogo do Chicago Bulls daqueles gloriosos anos.

Arremesso final tem sua dose dramática que se eleva em diversos momentos. O décimo e último episódio é o melhor. Quando relata sobre a sofrida série de seis jogos finais contra o Utah Jazz, onde os jogos finais são apresentados como um épico do estilo Senhor dos Anéis – O Retorno do Rei. Onde todos os personagens estão já exauridos, praticamente se arrastando, tirando forças sabe-se lá de onde, e mesmo assim estão indo para um último objetivo maior, para uma última e melhor dança. É praticamente impossível não ficar nervoso com a construção que a direção deu ao último episódio. Mesmo sabendo da história, é como estar dentro daquele estádio lotado.

Mas Arremesso Final constrói bem todo épico mitológico do Chicago Bulls pelos seus campeonatos. Ele vai cutucando cada mazela de seus jogadores. Sem nenhum pudor de falar da insatisfação de Scottie Pippen, das loucuras de Dennis Rodman e da obsessão de Michael Jordan com o topo e a vitória sempre. Muitas vezes vemos a narrativa da série, transformar “personagens” em vilões. E de uma hora para outra se tornarem heróis. É uma série que agrada quem gosta de basquete e viveu a Bulls-Mania e também agrada e prende quem não gosta do esporte. Os depoimentos dos jogadores, do técnico Phil Jackson, de adversários, os ex-presidentes Barack Obama e Bill Clinton, familiares e de profissionais da imprensa esportiva abrilhantam a série. O que só eleva ainda mais o Chicago Bulls daquela época.


Arremesso Final, é obviamente uma série que conta a vida e carreira de Michael Jordan. Mas ela constrói é como o time chega ao ponto de se tornar um marco cultural e esportivo. Vamos lembrar que era uma década em que a internet dava seus primeiros passos. Não existiam os celulares poderosos, as redes sociais nem nada do tipo que pudesse compartilhar com outros países e se tornar viral uma imagem de time vencedor. O que esse Chicago Bulls fez foi entrar para a história pelo basquetebol. Michael Jordan, apesar de ser uma personalidade midiática, não tinha um aparato como Instagram para se promover. Suas clicadas e curtidas não eram com atrizes famosas ou festas badaladas. E sim com suas enterradas, performances e determinação nas quadras.

Arremesso Final é uma das séries documentais mais bem produzida de 2020. Uma série que não tem medo de desconstruir um mito, assim como ela não tem medo de elevar para um patamar maior. Para quem não teve a oportunidade de assistir nada daquele Chicago Bulls, é uma excelente chance. Para quem teve chance der assistir, quando chegava aqui no Brasil, assim como esse que lhe escreve, é uma chuva de lembranças. De boas lembranças.

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Cinema Séries

República Tcheca, Nova Zelândia e Reino Unido autorizam a retomada e o início das filmagens de filmes e séries

Foi revelado através do The Hollywood Reporter, que a República Tcheca, Nova Zelândia e Reino Unido autorizaram a retomada e o início das gravações de filmes e séries. A paralisação, foi devido a pandemia do coronavírus.

De acordo com o mandato dos governos locais, as produções terão que seguir inúmeras diretrizes, como por exemplo: higienização constante, não será permitido o compartilhamento de bolsas de maquiagens entre atores, contato apenas com os membros que tenham um papel mais ”fundamental” nos bastidores, comidas embaladas e talheres descartáveis, testes contastes nos atores e membros da equipe. 

Com isso, The Falcon and the Winter Soldier (República Tcheca), Carnival Row (Reública Tcheca), Avatar 4 (Nova Zelândia), O Senhor dos Anéis (Nova Zelândia) e The Batman (Reino Unido) já podem retornar as suas gravações. Entretanto, ainda não houve nenhum pronunciamento por parte da Disney e Amazon  a respeito de quando suas produções irão voltar a normalidade. Já, a Warner informou que as gravações de The Batman não irão voltar imediatamente.

Coronavírus: China volta a decretar fechamento de cinemas | VEJA

Nós, da Torre de Vigilância, recomendamos que você fique em casa (se possível) e mantenha suas mãos e moradia máximo higienizados possível. Estaremos atualizando o nosso site normalmente diariamente.

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Games Séries

Diablo | Netflix estaria interessada em série do game

Depois de adaptar Castlevania, e confirmar sua 2º temporada a Netflix demonstrou interesse em lançar para a plataforma de streaming, com apoio da Blizzard, uma série baseada nos games Diablo.

De acordo com o Comic Book e rumores publicados no Revenge of the Fans , o roteirista do reboot de HellboyAndrew Cosby, estaria escalado para escrever a série de Diablo.

O primeiro game da franquia, foi lançado em 1996, desenvolvida pela Blizzard Entertainment, e até hoje conquista mais fãs. O mais recente game, foi Diablo III  lançado em 2012, com Reaper of Souls, sendo o primeiro pacote de expansão de Diablo III, foi lançado para PC e Mac em 25 de março de 2014.

Mais informações a respeito da adaptação de Diablo, devem ser anunciadas em breve.

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Karl Urban confirma negociações para voltar ao papel do Juiz Dredd

Dois meses atrás a EW anunciou com exclusividade que a produtora independente IM Global e a Rebellion estão produzindo uma série de TV do Juiz Dredd intitulada Judge Dredd: Mega-City One. Após um longo período sem novidades sobre a produção, o ator Karl Urban, que deu vida ao personagem no filme de 2012, confirmou ter conversado sobre retornar ao papel do personagem principal.

A declaração de Urban foi dada em uma convenção oficial de Star Trek em Las Vegas. O ator disse: “Eu estou tendo conversas com eles [os produtores] sobre isso. Eu disse a eles que, se eles escreverem o material e derem ao Dredd algo para fazer, e derem a ele uma função, eu estarei lá. Eu adoraria estar.

Há cerca de um mês o produtor da série, Jason Kingsley, evitou respostas diretas sobre o assunto, dizendo somente que conhece Urban “o suficiente para ter uma conversa com ele.

Saiba tudo sobre a série do Juiz Dredd clicando aqui!

Além da novidade com relação ao personagem principal, existem rumores de que a Netflix poderia ser a casa do seriado, porém a negociação ainda não foi concluída. Outros possíveis destinos para a série incluem a Amazon e HBO.

Situada na cidade apocalíptica da costa leste dos EUA, Mega-City Um, a série será focada em um grupo de Juízes, policias futuristas do século 22 que possuem o poder de juízes, júris e executores, enquanto eles lidam com as dificuldades e loucuras desta época. Dredd, o incorruptível e mais temido Juiz de Mega-City Um, surgiu nos quadrinhos em 1977, criado por John Wagner e Carlos Ezquerra. No Brasil suas histórias são publicadas pela Mythos Editora.

Quer conhecer mais sobre o personagem? Confira o Guia de Leitura do Juiz Dredd clicando aqui!

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Tudo sobre a série de TV do Juiz Dredd

Há algum tempo a EW anunciou com exclusividade que a produtora independente IM Global, ao lado da Rebellion, está produzindo uma série de TV do Juiz Dredd intitulada Judge Dredd: Mega-City One. Confira abaixo todos os detalhes que já foram divulgados sobre o seriado, incluindo dicas de leitura sugestionadas pela própria Rebellion e as entrevistas completas de todos os produtores!

Na cidade apocalíptica da costa leste dos EUA, Mega-City Um, a série será focada em um grupo de Juízes, policias futuristas do século 22 que possuem o poder de juízes, júris e executores, enquanto eles lidam com as dificuldades e loucuras desta época. Esta foi a breve sinopse divulgada com o anúncio da série.

Dredd surgiu nos quadrinhos em 1977. Criado por John Wagner e Carlos Ezquerra, o incorruptível e mais temido Juiz de Mega-City Um é publicado semanalmente na revista britânica 2000 AD, tendo dois filmes protagonizados por ele, um de 1995 onde o Bom Juiz foi vivido por Sylvester Stallone, e outro mais recente, de 2012, com Karl Urban no papel principal. O filme moderno, apesar de ter sido um fracasso de bilheteria, arrebatou uma quantidade de fãs e boas críticas considerável graças ao tom fiel ao material original, o que possibilitou que os produtores da Rebellion fossem atrás de outra adaptação live-action.

Veja o primeiro pôster divulgado:

O presidente da IM Global Television, Mark Stern (Battlestar Gallactica, Helix, Defiance) e Stuart Ford, CEO da IM Global Television, estão diretamente ligados à produção. Os donos da Rebellion, Jason e Chris Kingsley, também estão envolvidos.

Essa é uma das propriedades intelectuais de ficção-científica que ficam mais e mais relevantes conforme o tempo passa“, disse Stern. “Não é somente um mundo muito rico com diversas críticas sociais, como também é divertido pra inferno! Como um fã dos quadrinhos e de ambos os filmes, é um sonho tornando-se realidade poder trabalhar com Jason e Chris nesta adaptação para a TV.

Estamos muito empolgados para começar essa jornada e ter mais de Mega-City Um nas telas“, disseram Jason e Chris. “Graças aos fãs que pressionaram-nos nas redes sociais, e muito trabalho e entusiasmo, estamos mirando em uma produção com grande orçamento que irá satisfazer tanto a audiência composta por fãs quanto pelo público geral.

Há poucos dias os produtores também manifestaram interesse em convocar Karl Urban para repetir o papel principal, graças a sua impecável interpretação no longa de 2012, extremamente fidedigna ao material original. O produtor Brian Jenkins disse em entrevista: “Tivemos muitas conversas sobre isso, sobre todo o tipo de coisa. Ele [Urban] é um ator em tempo integral muito ocupado. Então eu imagino que nós teremos algumas conversas bem longas e complicadas, e veremos onde isso vai dar. É muito cedo para dizer, mas se pudermos usá-lo e ele estiver disponível para nós, então eu acho que seria algo absolutamente brilhante. Sempre existe a chance de que ele esteja ocupado, ou que sua agenda de filmes não permita – basicamente, neste momento nós ainda não sabemos.

Urban compartilhou o anúncio do seriado em seu perfil no Twitter logo após a divulgação, causando alvoroço entre os fãs.

Logo após o anúncio, o canal oficial da 2000 AD no YouTube também liberou um vídeo comemorativo, onde os apresentadores sugeriram os melhores quadrinhos de introdução ao universo do Juiz. No vídeo, ambos dizem que o seriado deve estrear somente daqui a dois anos e sugerem as histórias: América, Juiz Morte, Apocalypse War, Dia do Caos, Origens, e a série Complete Case Files. É importante ressaltar que boa parte destas sugestões já foram (ou serão) publicadas no Brasil pela Mythos Editora, além de outros materiais altamente recomendados.

Se você está interessado em conhecer mais sobre o universo do Juiz Dredd, confira o Guia de Leitura do personagem clicando aqui.

Outro detalhe interessante a se notar é como, no pôster, diz-se que Mega-City Um possui 400 milhões de habitantes. No filme de 2012, Dredd dá início ao longa fazendo uma narração em off onde diz que Mega-City possui 800 milhões de habitantes. Caso o seriado esteja situado no mesmo universo (é pouco provável), podemos deduzir que a Guerra do Apocalipse aconteceu em algum momento da história, aniquilando 50% da cidade, como nos quadrinhos. Porém, graças ao visual futurista presente na imagem, definitivamente as chances da série estar situada no mesmo universo do filme são praticamente nulas.

Se Judge Dredd: Mega-City One vier a estrear em meados de 2019, com certeza será uma das produções mais aguardadas do ano. A proposta de utilizar um orçamento altíssimo para criar um visual deslumbrante chama muito a atenção, e a dúvida sobre a entrega de tamanha qualidade permeia a cabeça de todos.

Não deixe de acompanhar a Torre de Vigilância para ficar ligado em todas as novidades sobre o Juiz Dredd, na TV e nos quadrinhos!