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El Camino é um presente para os fãs de Breaking Bad

Em 29 de Setembro de 2013, Breaking Bad chegou ao seu fim de forma excepcional através de Felina, onde vimos o desfecho de Walter White e a libertação de Jesse Pinkman. Agora, seis anos depois, a Netflix teve a iniciativa de produzir El Camino – um longa que mostra o que houve com Pinkman após o final do episódio e que finalmente nos mostra um desfecho digno para o personagem.

É inegável dizer que Breaking Bad é uma das melhores séries já produzidas, com o desenvolvimento impecável de todos os personagens centrais da trama e uma conclusão satisfatória. Quando a Netflix anunciou que um filme da série estava a caminho, continuando do ponto em que terminou, muitos fãs ficaram receosos com o que estava por vir – afinal, com um desfecho perfeito, não era necessário. Depois de tanta espera e medo, o longa finalmente foi lançado no serviço de streaming e comprovou que o medo era desnecessário – El Camino se mostrou como um revival digno da série e um presente para os fãs matarem as saudades e o vazio que Breaking Bad deixou.

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Como dito acima, a trama se inicia logo após o término do último episódio e acompanhamos Jesse fugindo do cativeiro no qual era mantido em um El Camino. Após isso Pinkman decide reencontrar velhos amigos e recomeçar sua vida, deixando todo o passado para trás. O longa se desenrola através de intercalações entre o passado e o presente, onde temos Pinkman fugindo da polícia e correndo atrás de dinheiro para poder recomeçar e flashbacks com personagens queridos da série.

Grande parte dos flashbacks se tornam desnecessários por ocuparem um grande tempo de tela, fazendo com que a resolução final seja feita em menos de 20 minutos. A maior parte deles mostra Jesse com Todd durante seu aprisionamento pelos neonazistas, enrolando um pouco o desenrolar da trama. Talvez esse seja o único defeito do longa, afinal, o roteiro funciona bem e tem a mesma qualidade que a de um episódio da série mesmo com esse excesso.

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Vince Gilligan trabalha no longa da mesma forma que trabalhou na série, mantendo a mesma qualidade de fotografia e desenvolvendo um arco de redenção para o personagem de Aaron Paul. O longa não tem pretensão nenhuma superar a série ou apresentar algo novo para ter uma continuação, muito pelo contrário, o objetivo aqui é presentear os fãs com um episódio bônus de duas horas e um final ‘feliz’ na vida de um dos personagens que mais sofreu perdas durante a série – e esse papel, o filme cumpre muito bem.

No fim das contas, El Camino é isso: um presente para os fãs de Breaking Bad e uma conclusão digna para Jesse Pinkman. Sem plot twists nem grandes reviravoltas, apenas um revival de uma das melhores séries já feitas até os dias atuais e uma simples homenagem aos personagens.

Após fugir do cativeiro, onde foi mantido quando sequestrado, dramaticamente, Jesse Pinkman inicia uma jornada em busca da própria liberdade, mas antes precisa se reconciliar com o passado para, só então, ter seu futuro garantido.

El Camino: A Breaking Bad Film está disponível na Netflix.

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A Beleza do Caos em Borderlands 3

Uma das franquias de FPS mais famosas e pioneira no estilo de looter shooter, que mistura elementos de RPG com FPS, está de volta! Borderlands 3 chegou prometendo ser o maior e o mais caótico jogo da saga até então. Será que ele conseguiu cumprir a promessa?

Borderlands 3 é sim o maior jogo da franquia até então, com um mapa maior e mais detalhado do que já foi apresentado em outros jogos da série. Além de ser o mais caótico, com batalhas frenéticas e bem coloridas. Entretanto, o jogo é mais do mesmo ao repetir a fórmula já apresentada nos títulos anteriores.

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A trama de Borderlands 3 é simples e bem semelhante aos anteriores. Lilith, uma caçadora que era jogável no primeiro título da saga, te convoca para seu bando de saqueadores com a missão de encontrar um mapa que mostra a localização de todos os vaults da galáxia. O único problema é que o seu bando não é o único atrás desse mapa: os novos vilões do jogo, os irmãos CalypsoTyreen e Troy, que apresentam o estereótipo de influencers digitais, também estão atrás dele com sua legião de seguidores. De longe, eles são os vilões mais chatos e maçantes de toda a franquia e se compararmos com o Handsome Jack (vilão de Borderlands 2), só agrava mais esse quadro.

Os novos Vault Hunters da franquia são Amara, Zane, FL4K e Moze. Uma adição bem proveitosa do título foi a possibilidade de combinar diferentes habilidades ao personagem escolhido, ao invés de uma só. Essa adição amplia mais ainda o conceito de RPG da franquia e faz com que você imagine como diferentes combinações poderiam funcionar. A minha gameplay foi com a personagem Moze, uma atiradora que apresenta um Mecha como habilidade, e eu pude escolher diferentes armas para compor o titã.

O mapa é o maior apresentado até então: dessa vez você não explora somente o planeta de Pandora – centro de toda a franquia, mas também diversos outros planetas. Além disso, encontramos também velhos personagens da franquia espalhados pelos mapas. A campanha aqui apresentada também é maior que os anteriores, não só em missões principais como também em secundárias. Para realizar 100% do jogo, a gameplay durou cerca de 71 horas. Enquanto em Borderlands 2 levou apenas 37 horas. Então sim, o jogo é o maior até então.

O sistema de cooperação continua a mesma coisa, sendo possível jogar online ou em tela dividida. Os gráficos continuam cartoonizados porém melhorados pela Unreal Engine 4, apresentando mais detalhes tanto no cenário como na caracterização das armas e dos personagens. A jogabilidade sofreu algumas melhorias também, principalmente na movimentação do personagem, que se tornou mais fluída com a possibilidade de escalar objetos com salto duplo e de deslizar após correr e na IA, que se tornou mais inteligente em alguns aspectos – entretanto, continua com picos de burrice quando, por exemplo, o inimigo corre em sua direção mesmo sofrendo dano e ficando parado aleatoriamente.

Ainda sobre a jogabilidade, os combates se tornaram mais caóticos que os títulos anteriores, com intensos tiroteios e explosões – isso tudo com bastante cor, o que torna o caos algo belo de se ver. Porém isso acaba sendo um problema: no Xbox One, o jogo apresentou queda de fps em diversos momentos devido ao excesso de informações na tela com longos travamentos que só passavam quando o combate terminava. Não tenho dúvidas que em breve isso será corrigido com alguma atualização, mas enquanto isso, é um ponto negativo.

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Em suma Borderlands 3 nos mostra a beleza do caos através de combates explosivos e coloridos, sendo o maior jogo da franquia até então. Entranto, sofre com a repetição da fórmula de seus antecessores – com poucas novidades em sua gameplay, o jogo se torna mais do mesmo que foi apresentado até então. Mas deixando um pouco isso de lado, o jogo continua sendo um ótimo presente para os fãs da franquia ao apresentar a maior campanha da saga e ao mostrar personagens queridos dos jogos anteriores. É um excelente jogo, apesar de suas repetições.

  • Positivo: campanha divertida; exploração e nível de detalhe dos mapas; gráficos; personagens jogáveis; melhorias na jogabilidade e no combate; customização e variedade das armas.
  • Negativo: vilões sem graça e sem nenhum carisma; pouca novidade em sua gameplay, sendo uma repetição da fórmula dos jogos anteriores; quedas bruscas de fps durante os combates.
  • Veredito: Recomendável.

O jogo foi rodado no Xbox One. Agradecimentos a Gearbox e a 2K pelo envio do código para a avaliação do título.

https://www.youtube.com/watch?v=Av5Eyx3bGtM

O jogo de tiro original está de volta, com milhões de armas e uma aventura cheia de destruição! Impeça que os fanáticos Gêmeos Calypso unam os clãs de bandidos e tomem o poder supremo da galáxia. Seja um dos quatro novos Vault Hunters e testemunhe a evolução de Borderlands!

Borderlands 3 já está disponível para Xbox One, Playstation 4 e PC.

 

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Call of Duty: Modern Warfare | Primeiras Impressões

Depois de inúmeros lançamentos um tanto como decepcionantes da franquia Call of Duty, que foram seguidas por diversas tentativas de retomar o glorioso passado da saga, a Infinity Ward decidiu arriscar em um reboot de Modern Warfare – trilogia aclamada pelos fãs. Neste final de semana, a empresa liberou a beta do Multiplayer para os jogadores conferirem um pouco o que está por vir. E será que dessa vez a franquia irá acertar? Ou será mais uma decepção para os jogadores de FPS?

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Pelo pouco do Multiplayer que foi apresentado aqui, a resposta é sim. Call of Duty retornou aos acertos de uma forma sensacional, sendo um alívio após diversos títulos torturantes. No beta, fomos apresentados ao básico do modo online: modos já conhecidos pelos fãs de longa data e algumas novidades.

Dentre os modos apresentados, tivemos a presença dos clássicos Team Deathmatch, Domination e Headquarters. Além disso, um dos novos modos presentes no jogo foi apresentado: Ground War.

É impossível não falar desse modo sem compará-lo com Battlefield: aqui, temos um grande mapa com objetivos para você dominar e veículos terrestres disponíveis para sua locomoção. O melhor de Battlefield com a jogabilidade de Call of Duty, resultando em uma inovação bem-vinda para a franquia. Outra novidade presente no jogo é a possibilidade de jogar as partidas contra jogadores tanto do Xbox One como do Playstation 4 e do PC.

Durante os quatro dias de beta, no Xbox One, não houve instabilidade dos servidores nem bugs durante a jogatina – sendo excelentes pontos positivos. Além disso, os gráficos estão excelentes e a jogabilidade está mais fluida e dinâmica do que a dos títulos anteriores.

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O beta de Call of Duty: Modern Warfare serviu para confirmar que um grande jogo está por vir e que a franquia finalmente irá se recuperar dos fracassos e das decepções que persistem a série desde Call of Duty: Ghosts, lançado em 2013. Finalmente, perceberam que não se vive só de sequências desnecessárias do tão aclamado Black Ops, e decidiram investir no que os jogadores realmente queriam.

Call of Duty: Modern Warfare será lançado em 25 de Outubro para Xbox One, Playstation 4 e PC. A pré-venda já está disponível.

 

 

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Gears 5 é a renovação que a franquia precisava

Em 2006, fomos apresentados a Marcus Fênix e sua luta contra os Locusts em Gears of War – um dos primeiros jogos exclusivos lançados para o atual console da Microsoft na época, o Xbox 360. Acompanhamos Fênix até o terceiro título da franquia, Gears of War 3, que encerrou a trilogia em 2011 e mostrou como os soldados da CGO derrotaram os Locusts. Depois disso, voltamos um pouco ao passado em Gears of War: Judgment e vimos Baird e seu esquadrão em eventos que sucederam o primeiro jogo da saga (e que dividiram a opinião dos fãs).

Após alguns anos sem nenhuma novidade para a franquia, a Microsoft decidiu revivê-la lançando Gears of War 4 para o Xbox One com o objetivo de abrir uma nova trilogia após os acontecimentos do terceiro jogo – repetindo a mesma fórmula de sempre, o jogo foi completamente desnecessário ao abrir uma nova trama após a saga dos Gears ter tido um final conclusivo. Entretanto, Gears 5 chegou para continuar a trama de seu antecessor e provou que o que a série precisava mesmo era de uma renovação.

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Tirando o foco dos Fênix, a trama gira em torno de Kait Diaz e começa logo após o término de Gears of War 4. Durante toda a campanha acompanhamos Kait em sua jornada para descobrir a origem da sua família e o seu parentesco com os Locusts.  Esse é um breve resumo para não dar muitos spoilers, pois a campanha é o ponto forte do jogo – diferente de seu antecessor, Gears 5 apresenta uma trama boa que prende o jogador a cada ato que se passa.

Em sua gameplay, o novo jogo da franquia retorna com a mesma fórmula de third person shooter apresentada nos seus antecessores. Entretanto, há diversas novidades que renovam não só a jogabilidade como também trazem um novo ar para a franquia. Há alterações simples, como mudanças no HUD e no combate, onde agora o jogador possui uma faca para o combate corpo a corpo, podendo matar os inimigos em stealth e alterações bem drásticas, como a interação com os robôs que acompanham o esquadrão. Presente desde o primeiro jogo, Jack agora pode ser controlado no modo cooperativo e o jogador pode dar ordem para ele usar suas habilidades durante o combate, que vão desde cegar os inimigos com flashs até controlar a mente deles a seu favor. Além disso, você comanda ele para abrir portas, pegar armas e munição e até mesmo colecionáveis. Conforme você progride no jogo, você recebe habilidades novas para Jack e componentes para upar as já desbloqueadas.

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A maior novidade do jogo é a presença de um mundo aberto em cada ato. Sim, isso mesmo, Gears 5 apresenta um mundo aberto. Bem pequeno, mas é algo inovador na franquia. Todo ato do jogo tem um cenário diferente, e esse cenário é um mini mundo aberto onde o jogador vai até as missões em um veículo, que na campanha chamam de bote. No mapa temos algumas missões secundárias em locais abandonados para o jogador explorar e encontrar novas peças para o drone, além de melhorias e complementar a história com subtramas. É uma adição muito bem vinda a franquia e que funcionou bem, sem parecer forçado e que aumenta a vida do modo campanha.

Quanto ao multiplayer, é o que já conhecemos: temos o modo casual com os mesmos modos que os jogos anteriores e o modo Horda, onde você e mais três amigos lutam contra diversas ondas de inimigos. Entretanto, há um novo modo chamado de Fuga – semelhante ao Horda, você e mais três amigos precisam fugir da colmeia dos locusts e sobreviver procurando armas e não ficando no gás venenoso (semelhante ao círculo presente nos battle royales). No multiplayer, podemos jogar com alguns personagens de Halo: Reach e também com Sarah Connor e o T-800, de Terminator: Dark Fate.

Os gráficos estão superiores aos do Gears of War 4 e o design da armadura dos Gears estão surreais. Cada detalhe pode ser visto, desde um simples arranhão até a falta de pintura em alguma parte, é uma arte à parte.

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Infelizmente, nem tudo é perfeito. Durante a jogatina, que foi iniciada no dia 6 de Setembro, o jogo apresentou diversos bugs. Eram bugs que estragavam a jogatina, me fazendo reiniciar o jogo no console pois meu personagem ficava preso ou continuava morto mesmo depois de ter retornado ao ponto de controle anterior. Além disso, o modo cooperativo também apresentou diversos bugs, onde o segundo jogador não conseguia se mexer ou simplesmente se tornava invisível, com somente a arma visível. Ainda hoje alguns bugs acontecem, então resta esperar uma atualização para a correção deles.

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Gears 5 prova ser a renovação que a franquia precisava. Após utilizar a mesma fórmula por cinco jogos seguidos, tornando a experiência maçante e mais do mesmo, inclusive com uma sequência (na época) desnecessária, a Microsoft trouxe um sopro de ar fresco para a saga com um mundo aberto interessante de se explorar, uma trama imersiva e bem construída, um multiplayer divertido e modos cooperativos que nunca perdem a graça. É um presente para os fãs de Gears of War que com certeza vale a pena ser jogado.

  • Positivo: história, jogabilidade, gráficos, mundo aberto, a interação/customização do Jack, multiplayer.
  • Negativo: bugs que atrapalham a jogatina.
  • Veredito: Recomendável

Nota: 4/5

Gears 5 está disponível para Xbox One e para PC. Os assinantes da Game Pass Ultimate possuem acesso ao jogo tanto para o console como para os computadores.

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A alucinação coletiva em Midsommar: O Mal Não Espera a Noite

Produzido pela A24 e dirigido/escrito por Ari Aster – diretor do excelente Hereditário, Midsommar: O Mal Não Espera a Noite é mais uma revolução do gênero terror feita pelo diretor. O segundo longa de Aster é difícil de se digerir inicialmente, talvez pelas sequências que não apresentam um sentido inicial ou pelo choque que o filme causa em sua primeira exibição, entretanto com o passar das horas, o objetivo do diretor se torna claro e o filme fica mais nítido.

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Em Midsommar acompanhamos Dani Astor (Florence Pugh), que em meio a todos seus problemas psicológicos se vê lidando com um novo trauma: o suicídio de sua irmã e a morte de seus pais e seu namorado, Christian (Jack Reynor), que não rompe sua relação com ela por medo do que ela poderá fazer. Em meio a esse momento delicado, o casal viaja com um grupo de amigos para o vilarejo de Peele (Vilhelm Blomgren), na Suécia, para vivenciar as tradições (um tanto quanto peculiares) da comunidade para comemorar o solstício de verão. Conforme as comemorações vão passando e eventos bizarros vão acontecendo, o pessoal começa a estranhar e a se perguntar o que de fato está acontecendo.

A trama é bem construída ao decorrer do filme, deixando algumas coisas em aberto para sua interpretação pessoal. É interessante notar o quanto a personagem de Florence, Dani, se fortalece em meio a cultura em que está sendo apresentada – de uma pessoa emocionalmente instável, com inúmeras crises de pânico e traumas, a uma pessoa forte que se sente vingada por enfrentar todos os seus problemas, que sorri no fim de tudo. E comentando brevemente sobre o elenco, os destaques do longa são o casal protagonista, interpretado por Florence Pugh e Jack Reynor – ambos conseguem transmitir com precisão seus sentimentos, seus medos e suas angústias de acordo com os eventos que vão acontecendo. O elenco secundário está excelente também.

Tecnicamente falando, Midsommar é um filme belo. A direção de Ari Aster é impecável e a fotografia é algo lindo de se ver: a paleta de cores em cada cômodo, representando desde a escuridão de um apartamento até o colorido de flores em conjunto com as vestimentas utilizadas pelas pessoas do vilarejo e pelo clima ensolarado da Suíça, além dos planos utilizados para representar as passagens entre diferentes cômodos, tornam o filme uma alucinação. E a imersão, em conjunto com o choque causado a cada rito de passagem define Midsommar como uma alucinação coletiva na sala do cinema.

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Um ponto negativo é que o diretor tenta abordar diversos assuntos e não consegue desenvolver todos da mesma forma, deixando algumas lacunas incompletas ao decorrer do filme e diversas dúvidas ao telespectador (assuntos esses que eu não posso comentar sem dar spoilers). Talvez esse seja um dos únicos defeitos do filme: ser ambicioso demais e não conseguir concluir totalmente as subtramas.

De certa forma, o objetivo de Ari Aster foi concluido com sucesso: deixar o telespectador em choque e sem reação durante a exibição do filme, fazendo com que ele ria de nervoso em diversos momentos e que ele fique tenso com o que está acontecendo. Por conta de toda a situação que o filme se desenvolve, com cores que remetem ”paz” mas com momentos que certamente é o oposto, o choque vem mais forte.

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Midsommar: O Mal Não Espera a Noite é uma alucinação coletiva pelo simples fato de chocar o público com cenas fortes, em uma paisagem um tanto como paradisíaca e que é semelhante daquelas vistas em folhetos de igrejas. Além da imersão que o filme trás ao telespectador. Focando mais no terror psicológico, o longa consegue deixar o público atento ao que está acontecendo com uma trama boa, uma direção bem executada e uma fotografia excelente. No final das contas, Midssomar é mais uma evolução do gênero ao deixar de lado os clássicos jumpscares do gênero e focando no terror psicológico e misturar brevemente com a fórmula clássica de um bom slasher, isso em conjunto com sua fotografia e sua ambientação tornam o filme algo único – podendo ser definido como uma jogada genial de Ari Aster.

 

Nota: 3/5

Um jovem casal atravessa a Suécia para visitar um grupo de amigos e participar de um festival local de verão. Ao invés das férias tranquilas com a qual sonhavam, os dois vão se deparar com rituais violentos e bizarros de uma adoração pagã.

Midsommar: O Mal Não Espera a Noite estreia nos cinemas brasileiros dia 19 de Setembro.

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Breaking Bad e o episódio da mosca

Breaking Bad continua sendo para muitos uma das melhores séries já feitas, finalizada há seis anos atrás. BrBa é um exemplo de como executar uma trama, desenvolver personagens e criar um final que deixa todos os telespectadores satisfeitos – por conta disso, se tornou uma série incrível do início ao fim. Entretanto, há um episódio que divide a opinião dos fãs: 3×10 – ‘Fly‘.

O episódio em questão gira em torno de uma mosca que invade o laboratório onde Walter e Jesse produzem o famoso cristal azul, além dos métodos que eles usam para expulsar o inseto e voltar para a produção. Esse breve resumo faz parecer que é um episódio chato e massante, inclusive eu mesmo tive essa impressão quando assisti a série pela primeira vez (lá pra 2014). Porém após rever o episódio hoje e ter uma interpretação completamente diferente da que eu tive anteriormente, descobri que esse é um dos melhores episódios e um dos mais geniais de todas as temporadas. Demorou alguns anos para que eu decidisse maratonar Breaking Bad novamente, mas finalmente maratonei e entrei para o time dos que amam o episódio da mosca.

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Em 2010, durante a terceira temporada da série, a produção estava com pouco orçamento para fazer o episódio e por conta disso ‘Fly’ se passa apenas no laboratório, com os protagonistas da série e uma mosca. Se passando em apenas uma locação do início ao fim e explorando de forma excepcional a relação entre Walter White e Jesse Pinkman (que naquele momento estava, como em todo o decorrer da série, bem tensa), o décimo episódio da terceira temporada é um dos mais geniais já feitos e o mais injustiçado.

É até entendível o porque algumas pessoas não gostam dele: em uma temporada que estava bem agitada e num ponto onde faltavam apenas três episódios para sua conclusão, ‘Fly’ acaba sendo um balde de água fria jogada na cara do telespectados. Um episódio calmo, simples e sem nenhum plot twist. Entretanto, ele é fundamental para a saga de Heisenberg.

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Esse episódio é essencial no desenvolvimento de ambos os personagens, afinal, durante todo o confronto com a mosca vemos os dois conversando e interagindo, além de vermos também Walter desabafando sobre querer ter morrido antes de sua esposa descobrir a verdade e quase revelando sobre Jane para Jesse, assim como Pinkman cuidando de seu ex-professor após ter lhe dado um calmante para ele poder descansar e esquecer um pouco a obsessão de matar o inseto. Aqui, observamos que mesmo com suas brigas, ambos se preocupam verdadeiramente um com o outro.

Além do desenvolvimento, da trama e de sua execução, não podemos deixar de elogiar os detalhes técnicos da produção. A direção de Rian Johnson aqui – diferente de seu trabalho em Star Wars: The Last Jedi, que sinceramente deixou e muito a desejar – está espetacular. Sua ideia de fotografia onde a câmera segue o ponto de vista da mosca é algo único, isso em conjunto com a paleta de cores já conhecida da série.

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O fato do episódio conseguir contar uma história com tão poucos recursos, ao se passar em apenas uma locação, e conseguir desenvolver os dois personagens principais de uma forma absurda nos 50 minutos de exibição, em conjunto com a direção de Johnson, torna ‘Fly’ um dos episódios mais geniais de Breaking Bad, do início ao fim. Breaking Bad é minha série favorita, não que ela tenha algum valor sentimental pra mim ou que tenha me ensinado alguma coisa, mas foi a série que mais me prendeu para chegar ao seu desfecho, que é memorável, único e o melhor final para um seriado que eu já assisti (aprende, Game of Thrones).

Se você ainda não assistiu Breaking Bad, assista. Se você assistiu e odeia o episódio da mosca, assista 3×10 ‘Fly’ novamente, com outros olhos, e veja o quão genial esse episódio é.

 

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El Camino: Filme de Breaking Bad ganha teaser e data de lançamento

Foi divulgado hoje (24/08) pela Netflix o primeiro teaser e a data de lançamento do filme de Breaking Bad. El Camino: A Breaking Bad Movie será lançado no serviço de streaming em 11 de Outubro. Confira o teaser abaixo:

Além do teaser, foi divulgado também o pôster do longa:

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A trama vai acompanhar Jesse Pinkman em um Chevrolet El Camino roubado fugindo dos seus inimigos, da lei e do seu passado, acompanhando o personagem logo depois do final da série original.

El Camino: A Breaking Bad Movie será lançado dia 11 de Outubro na Netflix.

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Dead By Daylight ganhará uma expansão de Stranger Things – confira a gameplay

Mais uma DLC está chegando para Dead By Daylight, e desta vez a expansão será baseada em Stranger Things – sucesso da Netflix que atualmente está em sua terceira temporada. O novo complemento do jogo trará Steve e Nancy como sobreviventes, o Demogorgon como assassino e um novo mapa baseado no Laboratório de Hawkins.

Foi divulgado recentemente um vídeo de aproximadamente 40 minutos, onde podemos conferir a gameplay da expansão junto com comentários dos desenvolvedores. Confira:

Não é a primeira vez que acontece um crossover entre Stranger Things e algum jogo. Nesse ano mesmo, Fortnite apresentou um evento durante o lançamento da terceira temporada com skins da série.

Quando Will (Noah Schnapp), um menino de doze anos, desaparece misteriosamente, o xerife Jim Hopper (David Harbour) inicia uma operação para encontrá-lo. Enquanto isso, Mike (Finn Wolfhard), Dustin (Gaten Matarazzo) e Lucas (Caleb McLaughlin), melhores amigos do garoto, decidem procurar Will por conta própria. Mas as investigações acabam os levando a experimentos secretos do governo e a uma peculiar menina perdida na floresta.

A DLC de Stranger Things chegará em Setembro. Dead By Daylight está disponível para PC, Xbox One e Playstation 4. As três temporadas de Stranger Things estão disponíveis na Netflix.

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Metal Wolf Chaos XD: Mecha e patriotismo um pouco fora de seu tempo

Lançado originalmente em 2004 e somente no Japão, Metal Wolf Chaos XD é um jogo desenvolvido pela FromSoftware e exclusivo, na época, para Xbox. Por conta de ter sido lançado apenas no Oriente, era considerado um jogo raro e bem difícil de se achar. Finalmente, 15 anos depois, a FromSoftware e a Devolver Digital trouxeram o jogo para o ocidente em versões de Xbox One, Playstation 4 e PC. Vale ressaltar que a versão lançada aqui no ocidente é a mesma que foi lançada em 2004 com pequenas melhorias em seus gráficos e na sua resolução – agora disponível em 1080p e 4k.

 A história basicamente é uma paródia do alto nível de patriotismo americano, sendo bem divertida e até mesmo interessante em vários pontos. Na trama acompanhamos Michael Wilson, o presidente americano, que sofreu um golpe de seu vice-presidente. Após ver seu país caindo em uma crise tanto política como econômica, ele decide vestir um mecha e vai combater todas as forças que estão controlando o território – derrotando soldados, destruindo pontos de controle e todo o armamento do exército inimigo. Ou seja, o presidente americano é a última esperança do país. Toda a trama é desenvolvida através de um alívio cômico extremamente bem executado e que acaba prendendo o jogador e tornando a experiência bastante divertida.

E é justamente nisso que o jogo se resume: você controla seu mecha, que possui diversas armas embutidas e diversas opções de customização, com o objetivo de cumprir missões que se resumem em derrotar inimigos e destruir locais importantes indicados no mapa. Falando assim o jogo parece ser totalmente divertido (o que de fato é, afinal, sempre é bom poder controlar um mecha e detonar tudo em um jogo) porém acaba sendo enjoativo quando toda a gameplay se baseia somente nisso. As missões são longas e a dificuldade delas é muito desnivelada e todos esses fatos somados tornam sua jogatina massante com o passar das horas.

Além disso, como dito acima, o jogo não se trata de um remake ou um remaster do original – e sim é a mesma versão de 2004, com atualizações em sua resolução e em seu HUD. Ou seja, mesmo com essas pequenas diferenças, o jogo ainda apresenta gráficos e uma jogabilidade da década passada que acabam tornando Metal Wolf Chaos XD bem ultrapassado. Talvez, se tivessem feito um remake da mesma forma que a Capcom fez com Resident Evil 2, a experiência teria sido melhor.

Mesmo com tudo isso, com sua jogabilidade enjoativa e seus gráficos ultrapassados, Metal Wolf Chaos XD é um jogo divertido que conseguiu me entreter durante as sete horas de jogatina. Afinal, como fã de mechas e explosões, um jogo assim é sempre bem-vindo. Provavelmente o pessoal que teve a oportunidade de jogar na época ou que sempre quis jogar irá se divertir bem mais do que eu.

  • Positivo: é divertido, nostálgico e há várias opções para customizar seu mecha e suas armas.
  • Negativo: gameplay enjoativa; gráficos e jogabilidade ultrapassados.
  • Veredito: jogável.

Nota: 2.5/5

Metal Wolf Chaos XD está disponível para Xbox One, Playstation 4 e para PC. Obrigado pelo código para esta review, Devolver Digital.

 

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Game XP 2019 | O maior gamepark do mundo foi um grande sucesso, mais uma vez

A Game XP 2019, o maior gamepark do mundo, ocorreu no Rio de Janeiro durante os dias 25 e 28 de Julho. A Torre de Vigilância esteve presente cobrindo o evento e aqui está um breve resumo de tudo o que vimos por lá:

Durante os quatro dias de evento, presenciamos diversas partidas de campeonatos de E-Sports na Gameplay Arena 1 e na Oi Arena, você pode conferir um breve resumo sobre cada campeonato que acompanhamos clicando aqui. Também jogamos alguns jogos novos no mercado, como o novo Ghost Recon Breakpoint e o Roller Champions, ambos no stand da Ubisoft. Além disso, conferimos o novo Iron Man VR no stand da Playstation.

Na área externa tivemos a Medieval Street, uma mini rua simulando a arquitetura medieval com diversas lojas e atrações e a Beer Garden, uma área para os amantes de cerveja.

Quanto aos brinquedos distribuidos pelo parque, a maior surpresa desse ano foi a Galaxy Rush – uma montanha russa em VR onde fomos transportados para uma nave espacial. Também não posso deixar de citar o DinoMundi, uma experiência em realidade virtual onde você se vê em um parque de dinossauros. Sem dúvida alguma, experiências únicas e fantásticas. Fortnite esteve presente em grande peso esse ano com um LaserTag, um MegaDrop e com seu ônibus azul.

Com o teleférico de The Boys e a Roda Gigante da Oi, pudemos ter uma vista sensacional de todo o parque. Crash Team Racing esteve presente com uma pista de Kart temática e bem divertida de pilotar e a Ubisoft montou um palco enorme para os fãs de Just Dance se divertirem dançando as músicas mais populares do momento. Por fim, tivemos também a Gamezone – uma área voltada para os fãs de arcade e consoles atuais. No final de cada dia, tivemos atrações musicais no palco Gênesis.

O evento sofreu uma expansão de 60% comparada ao ano anterior, portanto ainda não soube lidar com as inúmeras filas para as atrações e esse talvez tenha sido o único problema do evento (afinal, eram filas de 4/5 horas para uma atração que durava em média de 2 a 3 min). Entretanto, foi uma experiência única estar na Game XP – que provou que de fato é o maior gamepark do mundo e foi um sucesso, mais uma vez.

Confira em vídeo como foi a Game XP 2019:

https://www.facebook.com/TorreVigilancia/videos/388365285208592/

A Game XP 2020 já foi confirmada e irá ocorrer em Julho do ano que vem. Então, até ano que vem, Game XP!