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Mais detalhes sobre Exterminador vs Batman são divulgados

Há alguns dias o Bleeding Cool anunciou Exterminador vs Batman. A minissérie que traria o confronto definitivo entre os dois personagens. A mesma fonte reportou que mais detalhes seriam divulgados em breve. Foi mais cedo do que pensávamos. As solicitações de abril da DC Comics confirmaram que a história não será uma minissérie, mas sim um arco. Exterminador #30 daria início ao aguardado confronto. Além disso, uma pequena sinopse foi divulgada. Ela traz detalhes interessantíssimos. Confira:

Capa de exterminador #30 por Lee Weeks

Exterminador vs Batman! Primeira parte. Batman descobre sobre um pacote com um teste de DNA. Ele descobre que não é o pai biológico de Damian Wayne. O Cavaleiro das Trevas direciona sua atenção ao Exterminador: O pai biológico de Damian. Será que ele realmente é o filho de Slade Wilson? Quem enviou o pacote e por qual motivo? O maior detetive e o maior mercenário do mundo irão se enfrentar nesse clássico instantâneo.

O arco durará 6 edições. O roteiro é de Christopher Priest e arte é de Carlos Pagulayan. Atualmente, Priest também é o roteirista da revista da Liga da Justiça. O confronto começará em abril. Para saber sobre tudo o que acontece na Editora das Lendas, fique ligado na Torre de Vigilância

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Tom King escreverá história entre Batman e Gladiador Dourado

Há algumas semanas o roteirista Tom King indicou que estaria escrevendo Gladiador Dourado. Ele também indicou que estaria escrevendo uma Crise. Com a divulgação das solicitações de abril, temos um pequeno vislumbre sobre a história com o viajante do tempo. Batman #45 trará os dois heróis viajando pelo tempo. Confira a capa da edição: 

Arte de Tony S. Daniel

“Os Viajantes. Primeira parte. Gladiador Dourado teve que ir para Gotham. Ele tentará convencer Batman e Mulher-Gato a viajar pelo tempo para resgatar ele mesmo! Parece que o jovem Gladiador voltou no tempo para sequestrar o seu eu do passado e resgatar o seu próprio passado. Ele precisa perseguir suas encarnações através da história do Batman para descobrir o que está acontecendo. O começo de uma nova história que plantará sementes para um novo épico em breve.”

Atualmente a revista do Batman está prestes a finalizar o arco Superfriends na edição 40. A conclusão será lançada semana que vem. Após isso, a revista iniciará um arco com a Hera Venenosa. Depois teremos Bruce e Selina em jornadas distintas discutindo sobre o casamento. Então, o título chegará ao arco com o Gladiador Dourado. O roteiro é de Tom King e a arte é de Tony S. Daniel. Para saber sobre tudo o que acontece na Editora das Lendas, fique ligado na Torre de Vigilância.

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Metal originalmente contaria com 10 Batmen malignos

Dark Nights: Metal é a atual mega saga da DC. Na trama, os heróis precisam enfrentar as ameaças vindas do Multiverso Sombrio. O quadrinho resgatou muitos personagens da editora e alguns conceitos. Um deles, é o Barbatos, criado por Grant Morrison em O Retorno de Bruce Wayne. A saga também conta com alguns crossovers e one-shots. Entre as histórias únicas, temos os 7 Batmen malignos. Em uma sessão de perguntas e respostas no Twitter, o roteirista Scott Snyder falou sobre algumas versões de Homens-Morcego que não foram para as páginas. Confira: 

“Existia um Batman do mal parecido com o Justiceiro. Nós não o usamos. Ele não era sombrio o suficiente. Entretanto, as ideias iniciais para o visual eram sinistras. Existia um mágico também, um Batman formado na arte das magias negras. Não tivemos espaço para eles.”

“Tivemos o Batman misturado com todos os seus vilões. Um Batman que teria crescido no Arkham depois de ser acusado pelo assassinato dos pais. Um Batman com o espírito sujo de Gotham. Foi louco e divertido criá-los.”

A próxima edição de Dark Nights: Metal a ser lançada, será a sexta. O tie-in chamado Wild Hunt, será escrito por Snyder e co-escrito por Morrison. O lançamento será em abril. A Nova Era de Heróis DC tem influência direta da saga. Para saber sobre tudo o que acontece na Editora das Lendas, fique ligado na Torre de Vigilância

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Exterminador vs Batman é a nova minissérie da DC Comics

A DC anunciou através do Bleeding Cool uma nova minissérie. Exterminador vs Batman mostrará o confronto entre o melhor mercenário e o melhor detetive do mundo. Os personagens já lutaram inúmeras vezes nas histórias em quadrinhos. A última vez em que os personagens se encontraram foi em Batman #28 durante a aclamada Guerra das Piadas e Charadas.

Exterminador vs Batman
Poster de Exterminador vs Batman

A minissérie será escrita por Christopher Priest, o atual roteirista de Exterminador. Contará com desenhos de Carlo Pagulayan e capas de Lee Weeks. O Bleeding Cool reporta que receberemos mais detalhes sobre o quadrinho em abril. Para saber sobre tudo o que acontece na Editora das Lendas, fique ligado na Torre de Vigilância.

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Canário Negro se torna a nova Ra’s Al Ghul em Gotham City Garage

Gotham City Garage é uma adaptação de uma linha de estátuas da DC que traz heroínas motociclistas. Na trama, as garotas se reúnem para ir atrás de Lex Luthor. Aqui, Luthor é um governador que transformou Gotham em uma utopia. Enquanto a cidade do Batman prospera, o resto do mundo está em ruínas. Na edição 20 lançada essa semana, Canário Negro matou Ra’s Al Ghul com a ajuda do Arqueiro Verde. Com isso, ela se tornou a líder da Liga das Sombras.

Gotham City Garage
Gotham City Garage: Canário Negro se torna a líder da Liga das Sombras.

“Faz dez anos que o governador Lex Luthor salvou o povo da devastação e transformou Gotham City na utopia moderna conhecida como O Jardim. Com o resto do mundo em ruínas, a cidade de Luthor prospera, mas não para todas as pessoas. Para manter a ordem, a tecnologia LEXES age brutalmente se algum cidadão sai da linha com o Morcego e seus asseclas. Quando a jovem Kara Gordon vira alvo das suspeitas dos superiores LEXES, ela vai parar na terra devastada. Lá encontra as rebeldes motorizadas.”

Você provavelmente está se perguntando como? Dinah lutava ao lado das heroínas. Um dia ela deixou a equipe para buscar mais reforços na luta contra Luthor. Ela acabou sendo acolhida por Ra’s Al Ghul e conheceu Oliver Queen. O último desafio dela para que se tornasse a mão do demônio, era matar Oliver. Entretanto, nós sabemos que Canário Negro e Arqueiro Verde são um casal, não importa qual seja o universo. Oliver se diz incapaz de matá-la, pois a ama. Dinah diz que essa era a distração que ela precisava e decapita Ra’s. Ela se torna a líder da Liga das Sombras. Gotham City Garage é um quadrinho digital da DC Comics escrito por Collin Kelley e Jackson Lanzing. Para saber sobre tudo o que acontece na Editora das Lendas, fique ligado na Torre de Vigilância.

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Superman voltará a usar a “cueca vermelha” em Action Comics #1000

Este ano o Superman completa 80 anos de sua primeira aparição em Action Comics #1. Para comemorar o aniversário do Homem do Amanhã, a DC anunciou uma edição comemorativa. Action Comics #1000 será um encadernado especial, com histórias de diversos autores e histórias nunca publicadas. Com o lançamento se aproximando, a editora divulgou as equipes criativas. Além disso, também foi divulgada capa da edição ilustrada por Jim Lee que revela o novo uniforme do herói. Ele voltou a usar cueca vermelha por cima das calças. Confira:

Action Comics #1000
Capa de Action Comics #1000 por Jim Lee

Primeiro, teremos duas histórias de 15 páginas. Uma será escrita por Peter Tomasi e Patrick Gleason, roteiristas atuais da revista do Superman. A outra será escrita por Dan Jurgens, o roteirista atual de Action Comics. A edição traz como destaque uma adaptação de uma história nunca publicada de Curt Swan. Marv Wolfman será responsável por essa adaptação. Outro destaque é a primeira história de Brian Bendis para a editora. Essa história será composta por 10 páginas.

O lendário Richard Donner se unirá a Geoff Johns para escrever uma pequena história com a arte do Olivier Coipel. Outras equipes criativas incluem: Paul Dini com Jose Luis-Garcia Lopez; Tom King com Clay Mann e Jordie Bellaire; Brad Meltzer com John Cassaday e Laura Martin; Louise Simonson com Jerry Ordway e Scott Snyder com Tim Sale. Mais equipes criativas serão anunciadas em breve.

Jim Lee falou um pouco sobre a edição:

“Action Comics #1000 representa um momento decisivo não apenas na história dos quadrinhos, mas do entretenimento e da cultura pop em geral. Não existe melhor forma de celebrar a popularidade do Superman do que dando um visual que combina o novo com o aspecto mais icônico do antigo uniforme.”

Dan DiDio, o editor da DC também falou sobre a edição:

“É uma joia de ouro da cultura pop e um testamento a Jerry Siegel e Joe Shuster. Sem Action Comics, sem as ideias criativas de Siegel e Shuster, o lugar dos super-heróis na literatura não seria o mesmo. Se é que eles existiriam.”

Action Comics #1000 será publicada no dia 18 de abril. Além de ser um encadernado especial, a história contará com várias capas variantes que devem ser reveladas em breve. Para saber sobre tudo o que acontece na Editora das Lendas, fique ligado na Torre de Vigilância.

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A polêmica em torno de Batman e Mulher-Maravilha

Hoje foi lançada a trigésima nona edição de Batman. A continuação do arco Superfriends trouxe uma história entre Batman e Mulher-Maravilha. Na trama, O Cavaleiro das Trevas e a Princesa Amazona passam 10 anos lutando contra monstros. O local da luta é uma dimensão onde o tempo não funciona normalmente. 3 horas aqui, são 10 anos lá. Até aí tudo bem, certo? Entretanto, o final da edição está causando polêmica entre os leitores. Bruce e Diana estão dentro de uma caverna e ela diz que ele não parece tão ruim sem as orelhas de morcego. O último quadro mostra os dois personagens prestes a se beijarem.

Batman e Mulher-Maravilha
Será que os pombinhos irão se beijar?

Se você acessa a Internet e é um fã da DC, sabe o quão comum é se deparar com fan-arts de Batman e Mulher-Maravilha como um casal. As pessoas apoiam os dois como casal, pois cresceram com a Liga da Justiça do Bruce Timm. Nessa série animada, a Princesa Amazona flerta com o Cavaleiro das Trevas. Por outro lado, você também deve saber que existem pessoas as quais detestam e abominam essa ideia. É uma verdadeira “guerra”. Embora a situação seja diferente no cinema, há anos a Mulher-Maravilha não recebe destaque nos quadrinhos. A fase escrita por Greg Rucka no Renascimento é um thriller psicológico interessante, mas tirando um ou dois momentos, não entrega cenas heroicas. No último ano, Batman lutou contra o Bane, Superman contra Sr Mxyzptlk e a Mulher-Maravilha estava em um hospício.

Então por um lado é compreensível os e as fãs odiarem esse final, mas por outro lado é incompreensível. Quem já leu os trabalhos do Tom King, sabe que ele não faz decisões polêmicas a toa. Uma das suas decisões polêmicas foi afirmar que Bruce Wayne já tentou suicídio após a morte dos pais. Ao final de tudo, essa decisão deixou a história Eu Sou Suicida muito mais imersiva e tocante. Acrescentou ainda mais camadas ao personagem. Talvez a decisão do autor em escrever esse final polêmico tenha uma justificativa. O arco se encerra na próxima edição. Além disso vamos fazer mais uma suposição:

Você passa 10 anos ao lado de alguém lutando, sem comida, sem outros seres ao seu redor, em algum momento você não se apaixonaria por essa pessoa? Somos humanos. Temos limitações morais e físicas. Pelo menos para mim está óbvio que King não tem intenção em transformá-los em um casal. Até porque isso não faz sentido para a própria narrativa e para o momento editorial. Afinal, Batman e Mulher-Gato vão se casar.

Além disso, vários leitores estão acusando King por plagiar Action Comics #761. Nesse quadrinho, Superman e Mulher-Maravilha lutam contra as hordas de Valhalla em um período de tempo maior: 10 mil anos. Eles até cogitam a ficar juntos, mas Clark diz que ama Lois e Diana o entende perfeitamente. Clark completa agradecendo: “Obrigado, Diana, por ser minha melhor amiga.”

Superman e Mulher-Maravilha
Action Comics #761

King disse que não fazia ideia de que esse plot já tinha sido utilizado antes. Vamos ser sinceros, ninguém sabia. A única história do Superman escrita pelo Joe Kelly que todo mundo conhece é Olho Por Olho. Enfim, seja lá qual for o fim dessa polêmica, só descobriremos daqui a duas semanas. Até lá se você quiser saber sobre tudo o que acontece na Editora das Lendas, fique ligado na Torre de Vigilância.

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Identidade do novo Rorschach será revelada em Doomsday Clock?

Doomsday Clock está revisitando a obra-prima de Alan Moore: Watchmen. Não apenas isso, o quadrinho está introduzindo novos elementos. Um deles é um novo homem usando a máscara de Rorschach. Ainda não sabemos quem está por trás do disfarce. As únicas informações que temos sobre ele são: Ele é negro, ama panquecas e é um pouco mais gentil em relação ao original. O desenhista Gary Frank divulgou um quadro da nova edição de Doomsday Clock pelo Twitter. Nele temos o vigilante tirando a sua máscara. Confira:

https://twitter.com/1moreGaryFrank/status/953361327128530946

Doomsday Clock é uma sequência de Watchmen dentro do Universo DC. O quadrinho começou a ser publicado em novembro. A próxima edição a ser publicada será a terceira. Após a quarta edição, a minissérie passará por um hiato. Ela durará 12 edições e é escrita por Geoff Johns e Gary Frank. Johns e Frank são parceiros de longa data nos quadrinhos. Entre seus trabalhos estão: Superman, Batman Terra Um, Shazam e Universo DC: Renascimento. Para saber o que você precisa ler antes de Doomsday Clock, clique aqui. Para saber sobre tudo o que acontece na Editora das Lendas, fique ligado na Torre de Vigilância

 

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Multiverso é a maior ode aos quadrinhos de super-heróis já escrita

Talvez esse texto não dê conta de tudo o que essa história representa, mas mesmo assim eu o escrevo. Grant Morrison é um autor brilhante. Ele não expõe ou explica, ele sente. Suas histórias são movidas por sentimentos, não pela lógica. Talvez por isso ele escreva brilhantemente os personagens da DC. Por causa do sentimento. Por causa da ideia de provar para os leitores que quadrinhos não são apenas quadrinhos. Tudo isso fica extremamente claro em Multiverso, uma “continuação” de Crise Final. Uma história anunciada em 2009, reescrita diversas vezes e finalmente publicada em 2014. Valeu a pena a espera, pois o escocês trouxe até nós uma obra repleta de vida. Preparem-se, embarquem na Thule para conhecer esta brilhante história.

A trama

A premissa de Multiverso é extremamente metalinguística e metafórica. Nix Uotan, o último monitor, ao lado do Senhor Cotoco, um macaco pirata, investigam sobre um quadrinho chamado Ultra Comics. Isso os leva até a Terra-7, até a Aristocracia, a qual captura Nix. Heróis de diferentes terras-paralelas são convocados ao Lar dos Heróis para se unirem e combater o mal que ameaça toda a existência. Uma trama simples repleta de camadas. A primeira delas é o fator metafórico do quadrinho. Com exceção do primeiro e do último, cada capítulo é focado em uma terra diferente.

Visitando mundos

Todos os capítulos se relacionam de alguma forma com cada era da indústria de quadrinhos. Sociedade dos Super-Heróis aborda a era pulp, para esse capítulo, temos os desenhos de Chris Sprouse de Tom Strong. O roteirista fala sobre a ascensão e a queda desse gênero. Em seguida, temos os Justos. Um universo onde os heróis estão entediados por não ter mais pelo que lutar. Talvez uma metáfora aos leitores cansados de tramas genéricas, ou ao excesso de futuros alternativos nos quadrinhos. A arte de Ben Oliver retrata perfeitamente o ego e o estilo dessa terra. Além disso, Morrison indica um romance entre Batman e Superman. Um certo desejo de muitas pessoas, inclusive do autor deste texto.

Logo depois, a Pax Americana. Uma paródia de Watchmen com personagens da Charlton Comics – personagens os quais Alan Moore usou como inspiração para sua obra. Pax retrata perfeitamente a última metade dos anos 80. Heróis desconstruídos e moralidades ambíguas. Um detalhe interessante sobre esse capítulo é a ausência de linearidade. É possível lê-la de trás para frente. Além disso, Frank Quitely faz um trabalho incrível com 12 ou até mais quadros por página. É incrível como consegue aprimorar a narrativa de 9 quadros e espelhada de Watchmen. Deixamos os tempos sombrios e vamos para As Aventuras no Mundo Trovão. Uma história do Capitão Marvel contra o Doutor Silvana. Uma trama absurda acompanhada dos traços cartunescos de Cameron Stewart. Uma excelente homenagem aos personagens da Fawcett e a inocência e descompromisso da Era de Prata.

Por último, o capítulo menos impressionante, mas ainda assim incrível: Superiores. Nesta terra os ícones da DC são nazistas. Morrison fez algo ainda mais ousado em relação a Mark Millar com o Superman. Torná-lo socialista é simples, torná-lo nazista é mais complicado. Basicamente uma inversão de certa parte da história da indústria. Inúmeros super-heróis foram criados para incentivar o combate ao nazismo. Então, por que não, uma terra onde aconteça o inverso? Além de criar splashpages sensacionais, Jim Lee imprime bem o caos, a violência e o poder. Não existe Superman mais imponente do que o de Lee. Essa figura imponente ele já demonstrava em Pelo Amanhã e agora acabou de ficar ainda mais imponente carregando o símbolo do nazismo.

Ultra Comics

Leia Multiverso, escravo.
Ultra Comics

A trama de Multiverso gira em torno de um quadrinho amaldiçoado chamado Ultra Comics. E é aqui onde começa a metalinguagem na obra. Ao decorrer das edições, temos sempre pelo menos um personagem lendo a obra. Alertando sobre como ela é perigosa. Morrison fez muito bem em plantar menções ao longo da trama, deixando todos os leitores com expectativas altíssimas para lê-lo. Pois é, um quadrinho criando expectativa sobre outro que está dentro desse. Brilhante.

Felizmente, quando chegado o momento, Ultra Comics consegue superar todas as expectativas e se torna inesquecível. A trama consiste na criação de um super-herói chamado Ultra. Ele tem um uniforme colorido, um sorriso radiante e uma personalidade completamente relacionável. Como um super-herói mesmo. A edição começa com o herói o alertando para não ler esta revista até o fim. Isso obviamente deixa o leitor ainda mais curioso, o que se se segue nas próximas páginas é maravilhoso. Acompanhamos todo o processo de criação do herói, mas o maravilhamento acaba por aí. Ele precisa enfrentar o pior desafio para um personagem fictício: O mundo real. Entre esse contraste de realidade e ficção, você se torna o Ultra. Acompanha os pensamentos dele como se fossem os seus. É uma metalinguagem fantástica. Além disso, me arrisco a dizer que Ultra Comics é a perfeita compilação da jornada dos heróis dos quadrinhos.

Ultra experiencia a Era de Ouro, completamente inocente, até a Era Moderna, mais ambígua. A arte de Doug Mahnke é simplesmente perfeita. O personagem já se torna icônico nos traços dele. O desenrolar da trama é excepcional, toda a atmosfera começa a se tornar mais sombria aos poucos. Lentamente, a luz do herói vai se apagando. Em certo ponto da história, o roteirista aborda até mesmo o esquecimento dos personagens na cultura pop. Isso choca o leitor de imediato. Ultra Comics é o ápice de Multiverso.

A Justiça Encarnada

Chegou a Liga que vale
Os protetores do Multiverso

A trama principal apresenta um pouco da ideia do título original: Multiversity. Uma mistura de Multiverso com diversidade. Isso não falta na história. Liderados pelo Superman da Terra-23, Morrison torna os personagens-chave da trama principal extremamente carismáticos. Destaque para o Velocista da Terra-36, um herói fã de quadrinhos, conquistando o leitor de imediato. E também para o Capitão Cenoura, um herói com a física dos desenhos animados. Fica claro a intenção do roteirista ao priorizar certos personagens dentre muitos. Se houver uma sequência, tramas e conceitos não sustentarão a próxima história. Então, é possível se familiarizar com esses personagens estranhos, desconhecidos, mas absolutamente memoráveis.

Além disso, Ivan Reis faz um trabalho excelente com o Lar dos Heróis. É um trabalho tão grandioso quanto o de Pérez em Crise nas Infinitas Terras. Ele consegue trazer cenas épicas e splashpages sob ângulos memoráveis. Além disso, a arte constantemente luta contra a diagramação aqui. Achatar e alargar os quadros é uma ótima forma de tornar a experiência da leitura ainda mais vívida. Afinal, quadrinhos não são apenas quadrinhos em Multiverso. Morrison ao mesmo tempo que faz uma crítica às mega sagas e eventos intermináveis, trata sua história desta forma, mas vai além. Muito além.

A Edição Definitiva e o veredito

Leia Multiverso, escravo
Edição definitiva de Multiverso pela Panini

A editora Panini fez um excelente trabalho em Multiverso. O encadernado foi publicado em capa dura com 481 páginas. A edição contém a história em papel couche, diversos extras, como capas variantes e esboços e um mapa do Multiverso tornando a leitura ainda mais imersiva. O formato que a história definitivamente merece. Quadrinho obrigatório na estante de qualquer DCnauta ou fã de heróis. Quadrinhos são uma arma poderosa, adentram as nossas mentes e Multiverso prova isso. Apenas Grant Morrison poderia fazer isso. É a maior ode aos quadrinhos de super-heróis já escrita.

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Sanctuary é o novo projeto de Tom King para a DC

Durante um painel da DC sobre trauma nos quadrinhos, Tom King anunciou um novo projeto: Sanctuary. A premissa é sobre um lugar em que os heróis podem lidar com os traumas resultantes da violência. Algo com o qual eles estão acostumados a lidar regularmente. Durante o painel, o roteirista explicou sobre o vindouro projeto:

“Todo quadrinho da DC Comics é cheio de violência. É divertido e eu gosto de ler isso, mas nós falamos das consequências disso? Tanto nos personagens quanto nos leitores? Me pediram para pensar e fazer algo sobre isso. E estamos. Estamos criando um tipo de centro psicológico para super-heróis. Será o lugar para todos os super-heróis que levam uma vida violenta. Batman luta toda a noite, cinco vezes por noite. Um lugar onde super-heróis têm espaço para admitir que essa violência traz consequências e problemas mentais para eles. Então, seus maiores heróis, os quais o inspiraram, podem dizer: “Sim, eu tenho problemas mentais. E estou trabalhando com pessoas que estão me ajudando a passar por isso. E não me esconderei disso.”

Tom King, o novo deus da DC. A teologia em pessoa. Futuro ganhador de Eisner por Sanctuary.
Tom King, atual roteirista de Batman.

King não disse quando Sanctuary será publicada. Há alguns dias, ele indicou que estaria escrevendo Gladiador Dourado. Não apenas isso, ele também indicou que estaria escrevendo uma Crise. King assinou um contrato de exclusividade com a DC há dois anos. Atualmente ele escreve a revista do Batman e a minissérie Senhor Milagre. Ele já ganhou um Eisner pelo primeiro anual do Cavaleiro das Trevas e por Visão, da Marvel. Esse mês a editora publicará um especial do Monstro do Pântano escrito por ele. Para saber sobre tudo o que acontece na Editora das Lendas, fique ligado na Torre de Vigilância.