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Editora MPEG anuncia duas Light Novels para 2023

A Editora MPEG, que estreou recentemente no mercado brasileiro, anunciou hoje (23) seus dois primeiros títulos japoneses. As Light Novels entrarão para o catálogo da editora em 2023. Confira:

Asas de Remia

Capa (provisória) de "Asas de Remia"
Capa (provisória) de “Asas de Remia”

Título japonês: Remia no Tsubasa
UMA JORNADA AO SUBTERRÂNEO EM BUSCA DA SALVAÇÃO DO PLANETA!

  • Volume Único;
  • R$55,90;
  • Miolo a definir;
  • Capa Cartonada;
  • Escrito por Naoki Morishita;
  • Ilustrações por Yo Shimizu;
  • Lançamento em Abril/2023

Sinopse: O mundo terrestre estava cada vez menos verde. Uma raça chamada “humanos” que vive no submundo está prejudicando o funcionamento da natureza. Remia queria conhecer aquela raça chamada de “humanos” a todo custo, e lhe foi permitida descer ao submundo para encontrá-los, mas com a condição de retornar em três dias (via Sekai Editorial, adaptado).

The Tale of Cudlestate

Capa (provisória) de The Tale of Cudlestate
Capa (provisória) de The Tale of Cudlestate

Título japonês: Cudlestate Monogatari
“UMA SAGA ÉPICA MEDIEVAL DA GRANDE GUERRA ENTRE OS REINOS!”

  • Completo em 8 volumes;
  • R$55,90;
  • Miolo a definir;
  • Capa Cartonada;
  • Escrito por Naoki Morishita;
  • Título Provisório;
  • Lançamento em Junho/2023

Sinopse: “De jeito nenhum vou morrer neste inferno! Jamais!”. Dane e Carta, dois jovens, deixam sua vila anualmente no inverno para irem à capital em busca de trabalhos. Infelizmente, a eclosão da guerra entre a União e o Império faz com que a única de serviço disponível seja a de mercenários, levando-os ao epicentro de todo esse conflito épico e mortal em Cudlestate.

A Editora foi primeiramente anunciada no final de novembro de 2021, fundada por Gabriel de Vicente, mais conhecido como o responsável pelo perfil Aviso de Oferta, uma página com quase 50 mil seguidores no Twitter e que divulga promoções de mangás e novels.

O objetivo da MPEG é “promover uma maior diversidade de obras em nosso país“, e para isso, prometem ter um foco na publicação de shoujos e novels, mas também pretendem trazer outros gêneros e demografias.

As duas light novels de Naoki Morishita são os primeiros títulos japoneses da editora, assim como suas primeiras light novels.

Para ficar por dentro de mais notícias da Editora MPEG, assim como do mundo editorial no geral, fique de olho aqui, na Torre de Vigilância!

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Resenha | Fate/Zero é uma tragédia sem heróis

Lançado no Brasil pela editora NewPOP no longinquo ano de 2015, Fate/Zero é uma série completa em seis volumes, e que pode não ser a coisa mais nova ou mais popular no momento, mas como será reimpressa ainda esse mês, após alguns anos fora de estoque, achei um bom momento para comentar sobre ela. Isso, e o fato de que eu terminei de ler o negócio só semana passada, mas majoritariamente por causa das reimpressões.

Então vamos começar contando o que é Fate/Zero. Se você está aqui, muito provavelmente já ouviu falar da franquia Fate/, certo? Ela está em literalmente todos os lugares, é quase um negócio insuportável. Eu já fiz uma postagem contando como você pode entrar nesse universo (veja AQUI), e só passando o olho por lá, você vai ver que temos bastante coisa. Fate/Zero, embora seja uma prequel (isso é, uma história que se passa antes da história principal) de Fate/Stay Night, e seja melhor aproveitado dessa maneira, pode servir como uma porta para você adentrar esse vasto e sofrido mundo.

Escrito por ninguém menos que Gen Urobuchi – um dos autores japoneses mais conhecidos no nicho, principalmente por sua adoração por tragédias e incapacidade de escrever um final feliz – Fate/Zero é uma obra que deu todas as oportunidades para seu escritor fazer o que faz de melhor: Deixar todas as suas personagens sofrendo em um inferno cheio de desgraças.

Com ilustrações de Takashi Takeuchi, que, infelizmente, não aparecem no miolo dos livros

Como o título sugere, nessa Light Novel, não temos heróis. Temos apenas uma grande tragédia composta por uma infinidade de pequenas tragédias, cada uma com seu toque especial. Mas afinal, o que é um “herói“? O que é preciso para definirmos uma personagem como “herói“? É uma discussão complexa, mas acredito que aqui, nós passamos tão longe do conceito, que uma definição simples pode servir. Podemos dizer que um herói é alguém que faz coisas boas por bons motivos.

Colocando dessa forma, acabamos levantando outro questionamento: Histórias precisam de heróis? Eles são necessários para que uma trama persevere? Por um lado, uma história “sem heróis“, como é Fate/Zero, pode ganhar pontos ao ser – dentro dos limites da suspensão de descrença – um conto realista: Basta olhar para o mundo que você verá que não existem heróis na realidade. Ao menos, não o suficiente. A quantidade de “não-heróis” é astronomicamente maior. Então, as chances de você conseguir um herói ao fazer um pequeno recorte de pessoas é muito pequena. Uma história sem heróis é, em sua essência, um retrato do mundo.

Daí, entra uma questão pessoal, e que só posso falar por mim: Buscamos na ficção aquilo que não encontramos no mundo real, não é? Se eu quisesse uma tragédia, eu não estaria lendo light novels, eu estaria assistindo o jornal. Acaba sendo uma obra que não é para todo mundo, principalmente nessa época onde não tá fácil pra ninguém. Mas, sempre tem quem goste, né. Fica apenas como recado.

A parte interessante do livro, para mim, foi ver os diferentes tipos de personagens que tiveram suas vidas expostas, e como cada um deles poderia ser um candidato ao posto de “herói da história“. Em especial, quatro delas chegaram mais perto disso: Kiritsugu Emiya, Waver Velvet, Saber, e Kariya Matoh. De uma forma surpreendente, temos quatro pessoas absurdamente opostas.

Mas, como foi dito no começo da postagem, o autor da novel, Gen Urobuchi, não é conhecido por dar “felizes para sempre” à suas personagens. Nenhum dos quatro candidatos consegue alcançar essa vaga, todos terminando com um final trágico, o completo oposto do que seria digno de um herói.

Pelo menos ela tem uma motinha super irada

[spoiler]Começamos com o chamado “protagonista” da história: Kiritsugu Emiya. Ele será o primeiro pois, dentre os quatro listados, é o que precisamos mais forçar a barra para tentar justificar a quase classificação como herói. Afinal, Kiritsugu é um anti-herói, um clássico exemplo da famosa máxima erroneamente atribuída à Maquiavel: que “os fins justificam os meios“.
Esse é um esteriótipo de personagem bastante comum na ficção, mas que normalmente é acompanhado por uma outra personagem ou grupo, que está ali com a função de dar uns tapa na cara do “justiceiro” e tentar botar juízo na cabeça dele. Sem explicar que os fins não justificam os meios; e que ficar buscando por um milagre para resolver todos os problemas que você mesmo causou ao tentar resolver outros problemas é, francamente, um estilo de vida estúpido; Urobochi tenta nos convencer de que Kiritsugu deveria, mesmo, ser o herói da história. Claro que isso não cola com ninguém, e ficamos apenas com uma situação desconfortável por cinco volumes e meio, onde precisamos encarar os ideais do “Assassino de Magos” e fingir que estamos levando-o a sério, quando sabemos que personagens desse tipo nunca terão um final feliz.

Seguimos com Waver Velvet. Desde o princípio, ele é construído como uma personagem que tem as bases para ser um herói: Um jovem “comum” que recebe uma quantidade absurda de poderes e, com eles, uma carga igualmente grande de responsabilidades. A partir daí, a única coisa que falta para se alcançar o posto de herói seria coragem. É necessário coragem para dar o passo adiante, que definirá todo o resto do caminho.
Mas Waver não toma esse passo: Ele prefere se acovardar em sua própria mediocridade – aquela que ele tanto lutou para provar falsa – e acaba se contentando com se tornar uma mera sombra sob o manto de um herói, ao invés de se tornar um ele mesmo. Ao escolher passar a vida perseguindo um vulto inalcançável, ele descarta um possível grande futuro para ter um final trágico e sem esperanças.

Continuamos com a Saber. Você pode estar me olhando torto agora, pensando “mas a Saber É uma heroína!“, e eu preciso concordar com você. Sim, é claro que ela é um heroína. Acontece que, em Fate/Zero, ela não recebe o tratamento de uma heroína, muito pelo contrário.
Sendo uma pessoa majoritariamente boa e com boas intenções, o que Saber busca, na novel, é redenção. Quando nega essa redenção à ela, Urobochi está, na prática, dizendo que o “caminho de reinado” dela – que ela se esforçou para mostrar ser correto para os outros reis – é falho.
O fim trágico de Saber em Fate/Zero é, de certa forma, como o ponto mais baixo em um filme de super-herói, onde temos a segunda metade do filme para fazer o protagonista re-assumir seu papel de herói. Podemos usar “O Homem de Aço” como exemplo: Quando o Super Homem se deixa ser algemado e levado, estamos vendo o pior momento do antes chamado “símbolo de esperança“; mas temos todo o resto da história para que ele consiga “se redimir” com aqueles que decepcionou. O problema é que esse não é o fim da história de Saber, mas é o fim da light novel. A “conclusão” da saga de redenção e heroísmo de Saber acontece em Fate/Stay Night, fazendo com que ela termine não como uma heroína, mas sim, como uma casca vazia do que já foi uma heroína.

Não apenas a capa, como todo o sexto volume da obra serve para mostrar esse ponto: que Saber não está aqui para ter um final feliz

E encerramos nossa lista com Kariya Matoh. Possivelmente a personagem que é, ao mesmo tempo, mais parecido e mais diferente ao primeiro da lista, Kiritsugu. Os dois são pessoas com motivações nobres e que costumam fazer coisas estúpidas para alcançar esses objetivos, mas, enquanto Kiritsugu escolhe sacrificar outros em busca de um ganho coletivo, Kariya escolhe sacrificar a si próprio em busca de uma causa individual.
Ele tenta agir de forma heroica, mas mesmo com uma causa justa e lutando para provar que seu ponto de vista é o certo, ele acaba simplesmente jogando sua vida fora, num final trágico e melancólico. Kariya funciona, de certa forma, como um recado de que a linha entre coragem e burrice é tênue, e que o que faz um herói é saber em qual ponto dessa linha se deve parar. Num caso oposto ao de Waver, o problema de Kariya foi ter ido longe demais.[/spoiler]

Voltando agora aos detalhes da edição nacional, é preciso lembrar que Fate/Zero foi publicado pela NewPOP em 2015. Se você acompanha o mercado nacional há algum tempo, sabe o que isso significa: O livro tem uma quantidade maior do que se gostaria de erros de revisão. É um problema que a editora possuía no passado e que vem melhorando bastante, mas que, infelizmente, não é retro-ativo. As obras antigas ficarão, para sempre, com esses erros.
Durante a leitura, encontrei uma infinidade de problemas de revisão, e me vi corrigindo automaticamente algumas digitações incorretas no texto. Porém, nenhuma delas foi grave a ponto de tornar uma frase ilegível, ou de mudar o contexto de alguma cena. Acaba sendo apenas um inconveniente que atrapalha a leitura, mas não a prejudica.

Créditos do volume 6 da obra

No fim, seja para fãs de longa data da franquia ou para novas pessoas querendo ingressar nela, Fate/Zero é uma Light Novel que faz muito bem o seu papel de entregar uma história trágica e extremamente em sintonia com suas antecessoras.

Você pode comprar os volumes disponíveis da Light Novel na Amazon, enquanto se prepara para as reimpressões: Volume 1 | Volume 4 | Volume 5 | Volume 6.

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Sword Art Online – Fairy Dance: Light Novel já está em pré-venda

Dando continuidade a publicação das Light Novels da série, a Editora Panini anunciou que iria trazer o segundo e terceiro arcos de Sword Art Online, “Fairy Dance” e “Phantom Bullet”, respectivamente, para o Brasil. O primeiro volume de Fairy Dance já está disponível para Pré-venda na Amazon.

Lançado originalmente em 2009, o terceiro volume da obra de Reki Kawahara está com lançamento previsto para 26 de Junho, e na Amazon, você garante a pré-venda com preço mais baixo garantido.

Os dois primeiros volumes foram publicados em 2019, e nós fizemos uma resenha do primeiro volume, que você pode encontrar aqui.

Veja mais informações sobre a obra abaixo:

Capa brasileira de Sword Art Online vol. 3 – Fairy Dance

Nome: Sword Art Online  vol.3 – Fairy Dance
Sinopse: Kirito finalmente regressou ao mundo real após finalizar o MMORPG mortal Sword Art Online. Porém, sua companheira, Asuna, ainda não despertou. Quando Kirito vê uma misteriosa imagem dela no jogo Alfheim Online, ele embarca em uma nova e perigosa aventura virtual. Kirito mergulha no jogo em que os jogadores-fadas se emaranham: ALO! É o início do arco Fairy Dance, também de grande sucesso na internet!
Autor: Reki Kawahara
Ilustrações: abec
Volumes: Arco em dois volumes
Formato: 21 x 14,7 x 1,2 cm, 208 páginas
Preço de capa: R$ 39,90
Previsão de lançamento: 26/06/2020

Clique aqui para reservar sua edição na pré-venda com preço mais baixo garantido!

Lembrando que a Editora Panini também é a responsável pela publicação dos mangás da franquia SAO no Brasil, tendo publicado as adaptações do primeiro arco, Aincrad; do segundo arco, Fairy Dance; e do terceiro arco, Phantom Bullet.

A série possui uma adaptação em animê, que pode ser assistida na Crunchyroll (série completa) e na Netflix (Apenas as duas primeiras temporadas).

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Resenha | Napping Princess: A Minha História Que Eu Não Conhecia

Publicado pela Editora NewPOP em setembro de 2019, esse volume único, além de uma leitura divertida e leve, é também um exemplar importante para o mercado, por ser uma excelente porta de entrada para o mundo das Light Novels.

Mas vamos começar do começo, e apresentar a obra: “roteiro” do filme de mesmo nome, que saiu em 2017 e foi pré-indicado ao Oscar de animação, a novel foi escrita pelo diretor Kenji Kamiyama (que você talvez conheça por ter dirigido, também, Ghost in the Shell Stand Alone Complex).

A história segue Kokone Morikawa, uma garota “caipira” que vive no interior do Japão com seu pai, o mecânico Momotarou. Com apenas três dias para a cerimônia de abertura das Olimpíadas de Tóquio, o passado do pai de Kokone vem à tona da forma mais inesperada possível. Com isso, a garota se vê numa missão de salvá-lo de caras maus, tendo como arma apenas um tablet rachado e… As informações que ela consegue no mundo de seus sonhos.

O charme de uma Light Novel está em suas personagens, e o maior gosto de se ler uma série está em acompanhar o crescimento e desenvolvimento dos protagonistas. Por conta disso, livros em volume único acabam sendo meio perigosos pois podem não dar tempo o suficiente para que você se importe com a personagem em questão.
Esse é um problema que eu não encontrei em Napping Princess: em poucas páginas, você já acaba se interessando por Kokone, já que ela é uma personagem tão… Como posso dizer? Intensa. Seja a sua versão do mundo “real” ou dos “sonhos“, ela está sempre fazendo algo, buscando algo. Não há um único minuto sequer pra parar e respirar.
Quer dizer, a menos que você feche o livro. Esse é um dos lados bons de livros né? Você pode parar pra respirar, se quiser.

Como essa imagem do filme mostra… A menina não para!

Para falar da história, acho que já posso ligar com o segundo ponto lá do parágrafo de introdução, sobre essa novel ser uma boa iniciação em Light Novels. De forma grosseira, podemos dizer que uma LN está no meio do caminho entre um Mangá e um Livro, e por causa disso, acaba afastando pessoas de ambos os extremos, com medo da semelhança com o outro lado.
E o que eu acredito é que Napping Princess poderia ajudar a trazer pessoas que gostam de livros de ficção, mas nunca se aventuraram em Light Novels, por serem “muito animê“. A história, mesmo se passando no Japão e dependendo de diversos clichês comuns da mídia, não soa como uma coisa “otaku“, por ter uma ambientação muito mais global.
Em 2020, apesar das iniciativas de guerra e de doenças fatais estarem tendo o maior foco nesse começo de ano, em breve voltaremos nossa atenção ao Japão, por conta das Olimpíadas. É um contexto onde as pessoas param de encarar o país como um “antro de otaquices” e provavelmente lembrarão que se trata de um lugar como qualquer outro. Justamente aqui que nossa história se passa, com todos os holofotes do mundo voltados para a pequena ilha asiática. Dessa forma, conseguimos apresentar, superficialmente, aquilo que você pode esperar de uma obra mais comum do gênero.

Inclusive, esse livro é genial por conseguir atrair pessoas de dois lados opostos da ficção, que normalmente nunca se encontram: aquelas que gostam de fantasia, e aquelas que preferem uma história mais realista. Tendo “dois núcleos” absurdamente diferentes, você pode se interessar mais por um do que por outro, e se divertir na parte que te agradar mais. Eu, por exemplo, fiquei muito intrigado com o mundo de Heartland no ínicio, enquanto as aventuras de Kokone no mundo real não me interessaram muito. Mas com o passar dos capítulos, me vi interessado mais com os acontecimentos de Tóquio do que do mundo fantasioso.

O último ponto que tenho a levantar sobre isso é a ausência de ilustrações. Uma das marcas registradas de Light Novels são seus desenhos internos, a maioria das vezes em “estilo mangá” (ou, como meu pai gosta de dizer, “que parece uns mangázinho“). É mais uma das características que acabam afastando potenciais leitores por passar a impressão de que o material é “muito animê“. Tirando a – belíssima, por sinal – ilustração de capa, não temos mais nada dentro, além de palavras: o miolo é praticamente um livro comum.
Isso pode assustar quem vem do mundo dos mangás, mas para quem está partindo do mundo dos livros, pode ser a bênção que eles precisavam.

Com toda essa baboseira de lado, vamos para a parte importante e o provável motivo de você estar aqui: vamos ser sommelier de lombada. O livro é no “Formato Pocket“, que a editora insistentemente lembra que não é um formato pocket pois é publicado assim no Japão. Dessa forma, você pode colocá-lo lado a lado com seus exemplares de Fate/Zero, No Game No Life, Toradora ou Shakugan no Shana, apenas para citar alguns de mesmo tamanho. Também segue a tendência recente, de vir com miolo em papel Polén Soft e capa cartonada, e se encerra com 246 páginas, fazendo-o não ser muito grosso. Honestamente, um belo exemplar para a sua estante.

Nas questões técnicas, eu devo dizer que não encontrei problemas com a versão nacional. A tão temida revisão da NewPOP vem melhorando nos últimos tempos, e nesse livro, me lembro de encontrar apenas um único erro que passou por ela. A adaptação e tradução também foram bem interessantes, optando por deixar o texto o mais “brasileiro” possível (sem honoríficos, com nomes na ordem ocidental, etc.) e colocando notas de rodapé apenas para conversões monetárias (afinal, ninguém é obrigado a saber quanto que dez mil ienes valem, né?). Foram escolhas que ajudam ainda mais a deixar o livro amigável para quem for marinheiro de primeira viagem.

Créditos da versão nacional.

No geral, uma leitura que não pesou no bolso e nem na cabeça, e que conseguiu me entreter por toda a sua duração. Recomendo a leitura para quem já está acostumado com Light Novels e para quem não está.

Se ficou interessado, você pode ter uma dessa só para você: a Light Novel está disponível e com desconto na loja da Amazon.

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Editora NewPOP inicia pré-venda de “Fireworks: Luzes no Céu”

Anunciado no Ressaca Friends de 2018, a Light Novel em volume único “Fireworks: Luzes no Céu” acaba de entrar em Pré-venda na Amazon. A obra, de 2017, é baseada no filme de animação de mesmo nome, que por sua vez, é baseado numa série de TV japonesa dos anos 70.

A Editora NewPOP, que é conhecida por ser a maior fonte de Light Novels no país, traz mais um título para seu extenso catálogo de livros, e você pode conferir mais detalhes sobre a obra logo abaixo:

 

Nome: Fireworks: Luzes no Céu
Sinopse: Um fogo de artifício tem uma forma diferente dependendo do ângulo de que é visto? Norimichi vive numa cidade litorânea pacata do interior. No dia de um grande show de fogos de artifício, ele concorda em ir até o farol da cidade com seus amigos para ver os fogos “de lado”. Naquela noite, entretanto, Norimichi recebe um convite inusitado para fugir com Nazuna, a garota de sua classe de quem ele gosta. Os planos da dupla falham quando a mãe dela aparece e a leva embora. Com o coração apertado com a ideia de nunca mais ver Nazuna, Norimichi faz um pedido: se, pelo menos, ele pudesse tentar mais uma vez… Uma história extraordinária do amor de dois jovens que repetem o mesmo dia, na esperança de ficarem juntos.
Autor: Iwai Shunji
Ilustrações: Hitoshi One
Volumes: Concluído em volume único
Formato: 15 x 11 x 2 cm, 288 páginas
Preço: R$ 26,90
Previsão de lançamento: 24/02/2020

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Lembrando que também haverá a publicação da versão em mangá da obra, mas ainda não há previsão para o seu lançamento.

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Editora NewPOP abre pré-venda de duas light novels

A Editora NewPOP, conhecida por sua diversidade cultural e de mídia, mas principalmente por ser a principal fonte de Light Novels no país, abriu a pré-venda de duas novels que já estavam anunciadas: Napping Princess e Lu Over The Wall. Ambas são volumes únicos (one-shots), e podem ser um bom começo para quem está interessado nesse tipo de leitura. Confira os detalhes a seguir.

Napping Princess: A Minha História que eu Não Conhecia

 

Sinopse: Kokone Morikawa anda tendo sonhos estranhos ultimamente, sobre um reino chamado Heartland, onde ela é uma princesa chamada Ancien que possui talentos mágicos proibidos naquela sociedade que valoriza a tecnologia. Mas quando o mundo real e seus sonhos começam a se entrelaçar, ela se vê no meio de uma intriga em ambos os mundos e parte em busca de respostas, sobre seus sonhos, sobre seu pai e sobre si mesma. Do diretor Kenji Kamiyama, chega o romance que originou o anime de sucesso, pré-indicado para o Oscar na categoria de animação!

Autor: Kenji Kamiyama
Formato: 10,6 x 14,8 cm, 248 páginas – Papel Polén Soft – Capa Cartonada
Preço: R$ 26,90
Previsão de lançamento: 25/09

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Lu Over the Wall

 

Sinopse: Kai vive numa cidadezinha pesqueira com seu pai e seu avô supersticioso que sempre o alertava dos perigos da água e seus habitantes sereias. Por causa disso, sua família não trabalha mais no mar, nem sabem nadar, e são conhecidos como pescadores da terra. Um dia, desafiando as ordens do velho, Kai sai de barco com amigos da banda e acabam testemunhando atividade ilegais e sendo confrontados pelos criminosos. Nesse momento, surge Lu, uma sereia amigável e animada que afugenta os homens e ajuda os garotos. Logo Lu se une à banda, mas seus dias de paz e diversão são ameaçados quando ela é descoberta.

Formato: 12,8 x 18,2 cm, 272 páginas – Papel Polén Soft – Capa Cartonada
Autor:
Senya Mihagi e Masaaki Yuasa (História original)
Preço:
R$ 29,90
Previsão de lançamento: 25/09

Esse volume também se encontra com 15% de desconto na Pré-venda da Amazon, e garantia de menor preço! Clique aqui para reservar o seu!

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NewPOP anuncia lançamento de Devilman e outros títulos

Durante uma transmissão na sua página do Facebook, a Editora NewPOP anunciou três novos títulos para compor o seu catálogo.

São eles:

Little Knight

De autoria de Ai Nimoda, o mangá é um Yaoi, e completo em 1 volume.

Com previsão de lançamento para o Anime Friends, em julho.

Devilman

Demônios existem e seu poder está além do que os humanos podem entender. Na verdade, eles são tão fortes que os humanos não têm chance contra eles em uma luta. A única coisa forte o suficiente para derrotar um demônio é outro demônio e é através dessa lógica que Ryo Asuka pensa em um plano para que seu amigo de bom coração, Akira Fudo, fosse possuído por um demônio. Se uma pessoa é pura de coração, então ele pode ser capaz de controlar o demônio que o possui e, assim, adquirir poder igual a um demônio. Depois de um incidente em um clube, o plano funciona e Akira é possuído pelo poderoso demônio conhecido como Amon. Agora, Akira é o único defensor da justiça da humanidade contra a ameaça oculta dos demônios que atormentam a humanidade desde o início dos tempos.

Será uma edição em capa dura, completa em 2 volumes.

Cutie Honey

A história conta sobre uma andróide chamada Honey Kisaragi, que pode se transformar na heroína bem-dotada de cabelo vermelho chamada Cutey Honey. Ela luta contra uma associação de vilões que ameaçam o mundo ou ela mesma. Algo famoso sobre suas transformações é que ela perde toda a sua roupa quando muda de uma forma para outra. Ela também foi a primeira protagonista mulher em uma série de ação.

O formato será semelhante ao de Devilman, completo em 1 volume.

Ambos são de autoria de Go Nagai e ainda não possuem data de lançamento.

Ainda não há uma previsão de lançamento.

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Sword Art Online: Aincrad – Livro 1

Surpreendendo a todos que estavam presentes em sua palestra no Anime Friends 2018, a Editora Panini resolveu – finalmente! – se abrir para o mercado de Light Novels, e, sob o selo “Romance Panini Books“, anunciou diversos títulos. Dentre eles, “Sword Art Online: Aincrad“.

Completo em dois volumes, esse é o “material original” que deu origem ao animê que, com o perdão do clichê… ABALOU AS ESTRUTURAS da indústria com seu COLOSSAL SUCESSO. Mesmo achando que não preciso introduzir SAO para ninguém, não custa nada, não é?

Inicialmente publicado como uma webnovel, o arco inicial de SAO fez sua estreia em 2002. O autor, Reki Kawahara, escreveu uma cacetada de capítulos na internet, até conseguir que sua obra fosse publicada em 2009. Daí pra frente é história.

Mas a história que queremos contar hoje não é essa, mas sim sobre a edição nacional e como ela está, onde vive e do que se alimenta. Vou começar pelo conteúdo do livro, e depois falo sobre detalhes técnicos – como capa, tradução e revisão, qualidade do papel, e essas coisas de sommelier.

Comparação de tamanho, moeda de cinquenta centavos para padrão, vocês sabem como funciona.

Existem dois tipos de consumidor para esse produto, e para cada um deles, haverá uma experiência bem diferente. Existe o consumidor de primeira viagem – o cara que nunca assistiu ao animê de SAO e que estará conhecendo a obra e as personagens pela leitura – e o consumidor manjado – que já assistiu o animê e já sabe do que se trata. Eu me encaixo no segundo grupo, e vou dar início por ele.

Se você já conhece SAO e já assistiu o animê (que está disponível na Crunchyroll e na Netflix, aliás), a novel é incrivelmente melhor do que você poderia esperar. Claro, ninguém nunca espera muita coisa de Sword Art Online (inclusive isso vem fazendo a sua recente temporada, Alicization, ser até que decente), e essa expectativa baixa acaba servindo de impulso pra qualidade do livro.

Toda a história de Aincrad, do beta-test ao final do jogo, acontece dentro do livro um. O autor deixa todas as histórias paralelas (famosas “side quests” dos RPGs) para serem contadas no segundo tomo, fazendo com que o primeiro seja um condensado de apenas dois personagens: Kirito e Asuna.

Temos, então, praticamente duzentas páginas inteiramente dedicadas a explicação de como o relacionamento dos dois protagonistas veio a ser. Já que você já sabe de tudo que aconteceu, ter esse “flashback” sobre os acontecimentos do passado e entender de forma mais profunda de onde eles se conheceram e essas coisas românticas aí, acaba sendo uma expansão do universo.

Créditos da edição brasileira.

Só que a porca torce o rabo se você for um novo leitor. Os acontecimentos são jogados pra lá e pra cá, as personagens têm interações tortas, dramas nunca explicados e personalidades que não se encaixam com o pouco que vemos delas. A decisão de dividir o arco em “parte principal” e “todo o resto da história” foi, na minha opinião, um tiro no pé. Tanto que durante a adaptação em animê, resolveram colocar tudo em ordem cronológica.

Uma das partes mais importantes de uma Light Novel, muito mais do que sua história ou seu desenvolvimento, são as suas personagens. Light Novels são obras focadas em suas personagens. Quando você não gosta do protagonista, nem a história mais interessante do mundo pode salvar sua leitura.

A falta do “miolo” da trama faz com que as personagens pareçam rasas, sem motivações e incoerentes. Você conhece um Kirito egoísta no primeiro dia de jogo, e algumas páginas depois, encontra-o socializando tranquilamente com seus BFFs, e mais algumas páginas além, você o vê choramingando por “não ter o direito de ter amigos” ou algo emo desse jeito. Simplesmente não dá para entender o que se passa na cabeça do espadachim. E a culpa nem é sua. A culpa é do autor, que fez diversos desenvolvimentos para mudar a personagem, e simplesmente NÃO TE CONTOU.

O que pode ser concluído disso tudo é que, por mais contraditório que isso pareça, ser spoilado do livro, ao assistir ao animê, é a melhor forma de aproveitar a leitura.

Ednaldo Pereira – Ednaldo Pereira (E.P.)

Tenho alguns pontos a levantar sobre a tradução e revisão da obra, também. No geral, o primeiro volume foi bem consistente e apresentou pouquíssimos erros (contei apenas dois). Mas algumas decisões tomadas me deixaram com a pulga atrás da orelha.

A começar pelos honoríficos. A tradução optou por manter os honoríficos nos nomes das personagens (por exemplo, Kirito-kun, Asuna-sama, etc). Falando apenas por mim, sou contra deixá-los em qualquer tipo de obra e que são facilmente substituíveis por equivalentes no idioma que você está traduzindo, mas entendo quem gosta deles, e só peço uma consistência ao utilizá-los. A grande questão é que ao deixá-los, você está, essencialmente, não traduzindo uma parte do texto. Se você opta por deixá-los, é sua obrigação explicar ao leitor o que é isso, e o que diabos significa.

Em uma passagem, Kirito se sente incomodado ao ouvir uma personagem chamar Asuna de “Asuna-sama”. -sama é um honorífico que denota o maior grau de respeito, normalmente utilizado para com líderes religiosos e políticos. A reação do Kirito é normal, afinal, estranhar que uma garota comum seja chamada por -sama é o que qualquer um teria sentido. Mas em momento nenhum isso é explicado. Se você não sabe o que o honorífico significa, a passagem se torna inútil.

Outro ponto é sobre a utilização de termos em inglês. Imagino que no original em japonês, todos os termos que estou citando estavam, também, em inglês, por isso a escolha de mantê-los num idioma estrangeiro. Mas, de novo… Estamos falando de uma edição brasileira, que deveria estar em português. Nem todo mundo sabe inglês, e manter nomes e frases num idioma diferente do nosso acaba impedindo que certas pessoas leiam a obra completa.

Entendo que é preciso manter em inglês para trazer a “autenticidade” que o autor queria, visto que os termos estavam em inglês no original, mas ainda é fácil de mantê-los lá, mas sem prejudicar a leitura. A NewPOP tem um caso semelhante com Log Horizon, e eles souberam resolver o problema: lá, o termo em inglês é imediatamente seguido por sua tradução para o português. Não é tão difícil assim.

Em cima, SAO. Embaixo, Log Horizon. É uma solução simples…

Esses são pontos importantes de se levantar, não só por querer ser bom samaritano e defensor patriótico, mas também pelo próprio marketing que a editora está fazendo. Ao chamar as suas Light Novels como “Romances“, ela está tentando desvincular a imagem de “mangá” de suas novels, tentando fazer o livro ter um mercado mais amplo. E um mercado mais amplo (fora do ‘nicho Otaku‘) não faz a menor ideia de o que é um honorífico, e nem é obrigado a saber inglês. Se quiser manter esses elementos, o mínimo que deveria ser feito é adicionar uma nota de rodapé.

Mas tirando esses pontos, que são mais implicâncias pessoais do que qualquer coisa, a leitura foi bem fluida e teve poucos “truncamentos” e os diálogos pareciam naturais. A parte física do negócio também está de parabéns, pois o papel e a capa, ambos tem um bom toque e fazem a leitura passar rápido, e as ilustrações ficaram excelentes.

Fazendo as malas e empacotando tudo, dá pra dizer que pra quem já é fã da série, pegar esse livro é um excelente negócio. Só o que dói é o bolso, pois o preço está um pouco salgado. É um preço pagável, caso você esteja disposto a fazê-lo, mas com certeza é um preço muito acima do que Sword Art Online vale.

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Light Novel de Sword Art Online tem capa e preço divulgados

Anunciado no último Anime Friends, a Light Novel de Sword Art Online teve os seus primeiros detalhes divulgados, em um Checklist de Dezembro da Editora Panini, publicado no site Planeta Gibi.

O Checklist traz consigo as capas dos dois primeiros volumes de Sword Art Online, que compõem o primeiro arco da obra: Aincrad.

Confira:

Conforme a imagem mostra, a Light Novel virá no formato 13,7 cm x 20 cm e custará R$ 39,90. Além disso, podemos perceber que a linha de Light Novels da Panini terá o nome de “Romance“.

Sword Art Online começou a ser publicado em 2009 e possui 20 volumes até o momento, com o lançamento do 21º programado para Dezembro no Japão. A franquia ainda possui um anime, cuja a terceira temporada, Sword Art Online: Alicization, está em exibição no Brasil pela Crunchyroll.

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Log Horizon retorna em setembro pela NewPOP Editora

Após um ano e meio ausente das livrarias do Brasil, a série de light novels Log Horizon retornará no mês de setembro em mais um lançamento da NewPOP Editora. Confira detalhes abaixo.

O RPG Online Elder Tale é jogado por milhões de pessoas no mundo todo, no entanto, durante o lançamento de seu décimo segundo pacote de expansão, “Desbravamento da Noosfera”, trinta mil jogadores japoneses são teleportados para o mundo de Elder Tale. Retirados da sua vida normal, o que antes era seu hobby, agora é a dura realidade que eles precisam enfrentar. Em meio à confusão, Shiroe e seus amigos Naotsugu e Akatsuki se unem para desafiar esse novo mundo.

Neste quarto volume, intitulado “Fim do Jogo (Parte 2)“, as aventuras ganharão continuidade: a tensão entre os jogadores e NPC’s aumentará, e o aprendizado obtido nas dungeons pelo grupo de aventureiros sofrerá grandes mudanças.

O terceiro volume da série foi publicado no Brasil em março de 2017, e a mesma entrou em hiato desde então devido a complicações legais que aconteceram no Japão. Com o atraso, a editora NewPOP enfrentou algumas dificuldades para encaixar a série novamente em sua agenda, e aparentemente tudo deverá voltar aos trilhos a partir de agora.

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Log Horizon é uma das séries de light novels publicadas pela editora NewPOP, que também lança Re:Zero, No Game No Life, Toradora! e já finalizou Fate/Zero. A adaptação em mangá também é licenciada pela editora, e o único volume disponível já foi lançado simultaneamente com o primeiro da série de novels. A criação e roteiro são de Mamare Touno, e as ilustrações são de Kazuhiro Hara.

Log Horizon Vol. 4: Fim do Jogo (Parte 2) possui 328 páginas encadernadas em formato 18,2 x 12,9 cm, e o preço de capa sugerido é R$ 29,90. Clique aqui para comprar sua edição na pré-venda com preço mais baixo garantido.