Categorias
Cinema

Eu sou a vingança! Robert Pattinson está imponente no primeiro trailer de The Batman

A Warner Bros. Pictures liberou durante o DC Fandome, o primeiro  trailer de The Batman, que está incrível!

Matt Reeves revelou que o filme irá mostrar a origem de CharadaMulher-Gato e do Pinguim, que ainda não será o chefão do crime de Gotham.

A nova Gotham será moderna e usará CGI para que o público não reconheça os locais das filmagens, afirmou Reeves.

Outra novidade, é que a população de Gotham terá medo do herói, uma vez que ele estará no seu segundo ano como vigilante.

The Batman será um filme policial que irá explorar o lado detetive de Bruce Wayne. Na trama, uma série de assassinatos estão acontecendo em Gotham ao mesmo tempo que a polícia da cidade está passando por um processo de corrupção. Bruce terá que investigar ambos os casos que estão ligados com o nome de sua família.

Para futuras informações a respeito de The Batman, fique ligado aqui, na Torre de Vigilância.

Categorias
Colunas Gameplay

Mortal Shell, o “Soulslike Indie” que complementou o Gênero

Lançado no dia 18 de agosto Mortal Shell surpreendeu bastante, mesmo até por ser um jogo indie, e que foi produzido apenas por 15 pessoas. Sua qualidade gráfica e até a complexidade de sua história e mecânicas do jogo são um show à parte. É claro que o jogo têm seus defeitos, mas acumula um saldo bastante positivo no contexto geral, vamos lá?

Pra quem acompanha o nosso canal da Twitch, provavelmente participou do gameplay que fizemos jogando Mortal Shell no mesmo do dia do seu lançamento. E assim como a gente, foi descobrindo as mecânicas do jogo, juntamente com sua história.

Logo no início, tivemos algumas opções de configurações importantes como: escolher se a mira do personagem continuaria em outro depois do adversário ser derrotado, segurar o botão de ação ao invés de apertar pra pular certos textos, enfim, opções de mudanças que à primeira vista nem são grandes coisas assim, mas ajudam bastante dentro do gameplay.

Visual do personagem sem carcaça.

Em seu tutorial, além de todas as dúvidas sobre “o que é” o nosso personagem, fomos apresentados à uma novidade exclusiva do jogo, a habilidade de endurecer. Essa habilidade, faz total diferença no decorrer da luta, e se faz necessária dentro do que o jogo foi criado, mesclando assim, novas maneiras de batalhar.

Enquanto jogava, a primeira mudança em relação à jogabilidade que percebi foi o peso do personagem, ele é extremamente mais pesado do que o personagem de Dark Souls por exemplo, que já é um pouco mais pesado do que o de Bloodborne ou Nioh. Claro que isso é compensado por algumas habilidades (como a de endurecer) e mecânicas que o jogo trás, mas inicialmente quem tem o costume de jogar um bom Souslike, com certeza vai estranhar.

Outra diferença que achei genial dentro do jogo, obrigando o player a ter uma experiência mais personalizada é como se dá o melhoramento de suas skills. Como todo jogo Souslike, temos aquela fórmula de “farmar” que se resume em: matar monstros, acumular Tars (as Almas do Dark Souls), ir em algum ponto para troca-los por melhorias de habilidades, e se caso morrermos com esses pontos eles são zerados, mas recuperados se encontrarmos o último lugar que morremos. E onde estaria a diferença do Mortal Shell dentro dessa mecânica?

Possuindo uma Carcaça

A resposta está na capacidade de incorporação de carcaças (acho que daí o nome Shell), antes de responder vamos apresentar essa mecânica. Logo no início do jogo encontramos uma carcaça de um cavaleiro que possuímos em seguida, a partir desse momento conseguimos ver uma mudança no HP do personagem e na Stamina, além disso, em meio à algumas lutas, percebemos que ao morrer na primeira vez “desencarnamos” da carcaça e se conseguimos entrar nela novamente recuperamos totalmente o HP, como se fosse uma vida extra. Mas como nem tudo são flores, só podemos usar essa habilidade uma vez a cada “respawn”, ou seja temos apenas uma vida extra para cada vez que somos ressurgidos no jogo.

Certo… Mas o que isso tem a ver com as Skills? Bom, lembra que falei acima que vimos uma mudança no HP e Stamina do personagem quando incorporamos uma carcaça? Então, no jogo encontramos várias carcaças pra incorporar, e cada uma possui habilidades peculiares como se transformar em fumaça ao esquivar, ter mais agilidade, ter mais resistência, e principalmente todas têm níveis de Stamina e HP diferentes umas das outras não deixando isso ser alterado durante a gameplay.

Mas porque então “farmamos” no jogo, se não conseguimos alterar os atributos do personagem? a resposta está nas habilidades características de cada carcaça. Existem, de acordo com a característica dos corpos que incorporamos, habilidades únicas, como falei acima. Dentro dessas habilidades é possível desbloquear outras como a capacidade de se curar à medida que envenena algum adversário, parar no ar como se fosse pedra e ao cair causar um impacto em todos ao redor, enfim, os atributos servem para nos dar principalmente mais opções na hora do combate.

Outro detalhe importante do jogo, é que antes da gente conseguir usar os pontos nas carcaças para liberar habilidades novas, precisamos usar geralmente 500 pontos (equivale a matar de 7 a 10 personagens normais) para descobrirmos a identidade dessa carcaça. É uma experiencia muito bacana ir descobrindo quem foi a pessoa que hoje você consegue controlar o corpo, e adquirimos mais informações a cada habilidade liberada.

O jogo gosta tanto desse ar de segredo ou desconhecido que até mesmo os itens são uma incógnita, precisamos usa-los uma primeira vez para saber o que eles fazem, não há informações até provarmos cada um. Isso dá um tom de realidade, mas também dificulta bastante já que existem itens que, por causa dos efeitos colaterais nos fazem mal.

Variedade de armas também existe dentro do Mortal Shell, não usamos só espada, e isso conseguimos observar quando encontramos a primeira “base”, se é que podemos chamar assim, onde está a NPC que melhora as habilidades e também é o lugar onde mudamos de carcaça no jogo. As informações sobre outras armas ficam no andar de cima dessa “base”.

Ao jogar, até mesmo na nossa transmissão da Twitch, conseguimos notar alguns bugs de espaço, o que claro é possível ser melhorado com atualizações, fora isso o jogo está bem polido e bem bonito. A movimentação do personagem, principalmente sua esquiva, também pode ser considerado um ponto negativo, já que a mesma é bem mecanizada e às vezes acabamos pulando muito para esquivar de ataques simples, o que não teria muita necessidade.

Com todas as diferenças apresentadas dentro do jogo, ele se torna um complemento muito importante para o gênero Soulslike, já que não é somente mais um jogo do gênero, e sim um jogo que respeita o gênero mas trás algo completamente diferente para nós jogadores.

NOTA: OURO

Agradecemos à Cold Symmetry e à Playstack pela cópia digital do jogo.

O jogo foi testado em um PS4 Slim e está disponível para Xbox One, PS4 e PC (Por meio da Epic Games Store).

Categorias
Detective Comics Quadrinhos

Você perdoaria Caravaggio?

Após um espaço de quase cinco anos a contar do lançamento da primeira parte no Brasil, a Veneta traz o segundo e derradeiro tomo da saga contada pelo veterano quadrinista Milo Manara a respeito de seu compatriota Michelangelo Merisi de Caravaggio, pintor renascentista cuja obra garantiu sua imortalidade em museus e igrejas desde o século XVI. Neste segundo volume, Caravaggio se empenha em suas pinturas em busca de seu perdão espiritual. Em maioria focadas em temas religiosos, essas podem ser um deleite para os que apreciam, mas dificilmente entregam o calvário de seu autor para concluí-las.

Para surpresa de quem já teve contato com a bibliografia de Manara, aqui sua mais famosa característica quase não é vista. O autor é conhecido por transformar inclusive seus roteiros adaptados em contos eróticos (Gulliveriana) e pornográficos (A Metamorfose de Lucius), mas aqui sua marca está em segundo ou terceiro plano, sendo apenas a nudez presente e ainda assim de forma pontual. O foco está na mente perturbada de Michelangelo Merisi de Caravaggio e seu comportamento explosivo que lhe devolve como frutos mais e mais problemas em sua vida.

Inclusive este foco maior no âmbito psicólogo e menor no físico pode ser considerado raro quando trata-se de uma obra “solo” de Manara. Em sua extensa carreira, suas obras onde a mente dos personagens é melhor explorada quase sempre acontece quando outro artista faz o roteiro e ele cuida apenas da arte. Quando trabalha sozinho, o quadrinista já várias vezes caiu em sua própria armadilha de valorizar somente o prazer e fetiche do erotismo, resultando em roteiro de histórias medianas e até fracas como em Clic, Kama Sutra e Encontro Fatal, este último talvez seu trabalho mais chocante. Em Verão Índio, El Gaúcho, Viagem a Tulum e Borgia temos uma faceta totalmente diferente, mas muito por estas terem roteiros assinados por Hugo Pratt, Federico Fellini e Alejandro Jodorowski. Em Caravaggio, Manara consegue um êxito no roteiro que poucas vezes conseguiu sozinho, a vasta bibliografia sobre o pintor rebelde descrita ao fim da publicação claramente ajudou nesta construção.

Em um estilo de traço usado desde Borgia, sua série anterior, temos uma progressão na arte de Manara que pouco se vê ou até se espera de alguém já nesta fase de sua carreira. Note-se que, quando a publicação de Borgia teve início, posteriormente resultando em quatro partes, Manara já era um sexagenário e por uma expectativa um tanto pejorativa que naturalmente que o ser humano faz, espera-se que o desempenho de uma pessoa em diversas áreas, inclusive na ilustração, esteja em uma descendente com o avanço da idade.

Não é o caso aqui. Seu traço só evoluiu desde então e em Caravaggio visualmente podemos contemplar o, por enquanto, auge de sua carreira nesse aspecto, pois mesmo após uma breve observação nas páginas pode fazer pensar que este possa ser a conquista do topo de sua escalada como artista, não se pode duvidar que o autor ainda possa extrair mais de si mesmo. Aqui suas cores são densas e vivas, ganhando maior profundidade e expressão, assim como Caravaggio fazia em suas telas. Como o período histórico deste título é o mesmo de Borgia, é possível ver referências em comum nos dois trabalhos, como se Caravaggio fosse uma sequência de Borgia dentro de um “Manaraverso”.

Neste período, o interessante é ver como a transição da Idade Média para a Idade Moderna não é muito diferente do que se vê hoje no alto patamar da sociedade. A hipocrisia sempre esteve presente com líderes religiosos que sequer cumprem os Dez Mandamentos Bíblicos, que recriminam manteúdas e meretrizes mas de certa forma as aceitam como modelos para obras de arte com cenário angelical. Caravaggio está oscilando neste limiar, e isso é o que mais o perturba.

Chega a dar angústia acompanhar o sofrimento do pintor em seus últimos anos de vida. Seu talento na pintura era diretamente proporcional ao de conseguir desafetos, por isso viveu como nômade entre várias cidades-Estado da hoje República Italiana, necessariamente fugindo de seus problemas e não teve seu trabalho reconhecido em vida como pensou que deveria, deteriorando cada vez mais sua condição mental.
Caravaggio – O Perdão é o quarto título de Manara publicado pela Veneta. Da extensa obra do autor, uma grande parte já foi publicada no Brasil, algumas inclusive em mais de uma edição e/ou editora. Porém, justamente outra história sua que tem o meio artístico como tema principal teve apenas uma tímida publicação por aqui e parece ter caído no esquecimento. Trata-se de Rever as Estrelas, uma narrativa da série Giuseppe Bergman que foi publicada no Brasil somente uma vez na revista Heavy Metal nº22 em 1998. Nesta obra, Bergmann segue os passos de uma mulher obcecada por quadros retratados em um livro. Não satisfeita, esta recria a cada momento poses e cenários das vênus presentes em cada uma delas. Assim como todo o material da saga de Giuseppe Bergman, esta história merece ser republicada em uma nova edição por aqui. 

A obra de Caravaggio ganhou toda posteridade da História humana. Inclusive no Brasil seus quadros foram tema de uma disputada exposição no Museu de Arte de São Paulo em 2012 alavancando para o recorde de 556 mil o número de visitantes do museu naquele ano, marca só superada em 2019 com mais de 729 mil. Os números mostram que, mesmo que não precisasse pedir, Caravaggio já foi perdoado há muito tempo. Manara “apenas” fez sua parte para ajudar nesse propósito.

 

Caravaggio – O Perdão
Milo Manara (roteiro e arte)
Michele Vartuli (tradução)
Lilian Mistunaga (letras)
Andréa Bruno (revisão)
64 páginas
31 x 24 cm
R$94,90
Capa Dura
Veneta
Data de publicação: 03/2020

Categorias
Anime Cultura Japonesa

Funimation confirma vinda ao Brasil para o final do ano

Após muitos boatos e alguns vazamentos, a Funimation anunciou oficialmente em seu site (que não pode ser acessado por nós brasileiros), que estará iniciando suas atividades no Brasil e México no final do ano.

O primeiro anime anunciado foi Tokyo Ghoul:re, adaptação da sequência do mangá Tokyo Ghoul, escrito e ilustrado por Sui Ishida. Um trailer mostrando a dublagem em espanhol foi disponibilizado. Segundo vazamentos, uma versão com dublagem em português já está em andamento.

Outros vazamentos também indicam que veremos Attack on Titan e My Hero Academia dublados em português, além do primeiro anime de Tokyo Ghoul.

Mais informações serão divulgadas durante os próximos meses.

Categorias
Quadrinhos

Morre Dennis O’Neil, um dos maiores roteiristas de Batman

A nona arte despede-se de mais um grande nome. Apesar de ter sido noticiado hoje, Dennis O’Neil faleceu durante a noite do dia 11 de junho, aos 81 anos, por causas naturais.

O roteirista é amplamente conhecido por seu trabalho nas revistas Batman e Detective Comics. O’Neil foi o responsável por moldar o Cavaleiro das Trevas como conhecemos hoje. Personagens icônicos da mitologia do Morcego, tais quais: Ra’s e Talia al Ghul, foram introduzidos por ele. Além disso, ele explorou questões sociais dentro de quadrinhos de super-heróis, através das histórias do Arqueiro Verde com Lanterna Verde.

Além da sua imensa contribuição para a DC Comics, ele também trabalhou para a Marvel Comics. O’Neil foi roteirista das revistas Homem-Aranha, Homem de Ferro, Demolidor. Assim como esteve envolvido na criação de conceitos para Transformers, tal qual o nome do personagem Optimus Prime.

Nós, da Torre de Vigilância, enviamos nossos pêsames para a família de O’Neil e expressamos nossa gratidão por toda a contribuição dele para a nona arte, descanse em paz.

Categorias
Cinema

Star Wars Episódio IX: Duel of the Fates e o que poderia ter sido

Star Wars Episódio IX: Duel of the Fates seria dirigido e roteirizado por Colin Trevorrow. Seu roteiro foi rejeitado. E o filme acabou mudando de nome para Ascensão Skywalker com direção de J.J. Abrams. Mas o que ele teria sido? Confira abaixo artes conceituais e descrições das mesmas do roteiro rejeitado de Trevorrow.

Depois que fica claro que a Primeira Ordem está perdendo a Batalha de Coruscant, Hux usa um sabre de luz vermelho para cometer seppuku.

Bisc Kova, um traidor da Resistência, é executado com uma guilhotina, com uma lâmina de um sabre de luz, em Coruscant.

Rey com seu sabre de luz duplo, um híbrido do seu bastão com o sabre de luz de Skywalker, em um Destroyer Estelar. O sabre de Rey também funciona como um bumerangue.

Primeira Ordem toma o controle de Coruscant.

Tor Valum, criatura antiga Sith.

Kylo enfrenta Vader durante a sequência na caverna, sendo guiado e treinado por Tor Valum.

Rey e Luke treinam em Koralev.

Rey e seus amigos chegam em Bonadan, onde Poe morou com seu avô.

Poe e Rey pilotam pelas águas de Bonadan, perseguidos pelos Cavaleiros de Ren na Knife-9.

Rose, Finn, 3PO e R2 tentam ativar o transmissor em Coruscant para transmitir o holograma de Leia pela galáxia.

R2 e 3PO caminham pelas ruas de Coruscant.

Finn clama para os cidadãos de Coruscant revidarem ao ataque.

Rey enfrenta um monstro fora da floresta de Mortis.

No Subterrâneo de Coruscant, cidadãos pintam e consertam velhas armas de batalha.

Stormtroopers e cidadãos de Coruscant se encontram em torno de velhos maquinários da Primeira Ordem.

Stormtroopers se preparam para batalha contra os cidadãos de Coruscant.

Na Batalha de Coruscant, R2 é ferido. R2 recebe um dano na sua cabeça. Emoção que nunca vimos antes em 3P0. Finn está sem palavras. Chewie carrega R2 nas suas costas.

Rey e Kylo lutam no templo de Mortis. Kylo usa uma nova máscara.

Luke bloqueia o sabre de luz de Kylo.

Leia grava um holograma em BB-8.

Um disfarçado BB-8 se infiltra no estaleiro da Primeira Ordem na lua de Kuat.

O anel orbital que entrega minério para o estaleiro de Kuat.

Stormtroopers caminham por uma vila de trabalhadores imigrantes em Kuat.

Rey, Finn e Poe lutam dentro do Destroyer Estelar Eclipse.

Rey e seus amigos explodem o anel orbital e roubam o Destroyer Estelar Eclipse da doca de ancoragem de Kuat.

Em Moraband, os Wommels tratam de um Kylo quase morto.

Leia na base da Resistência em Korilev.

Kylo ganha uma nova máscara feita de uma armadura mandaloriana.

Com os Cavaleiros de Ren perseguindo-os, Poe coloca a Falcon na velocidade da luz, e termina fazendo um pouso forçado com Rey no planeta gelado de Wavett.

Rey e seus amigos, presos em Wavett, sentam em volta de uma fogueira.

O estacionamento de naves em Bonadan.

Rey e seus amigos navegam por Bonadan.

Chewie segura um Cavaleiro de Ren pelo pescoço, ergue-o no ar, e o joga no céu como um pombo de barro.

Kylo chega ao templo Sith de Remnicore.

Kylo e seu droide navegam por Remnicore.

Kylo suga a a força vital de uma árvore, depois de ser ensinado por Tor Valum.

Nova nave da Resistência.

Finn é capturado e forçado a trabalhar em um campo de Coruscant.

TIE fighters perseguem a Falcon pela cidadela de Coruscant.

BB-8 caminha sob o fogo cruzado.

Stormtroopers lutam contra cidadãos de Coruscant.

Kylo dentro de uma caverna em Remnicore, descrita por Tor Valum como uma vingança na força.

Rey chega ao templo de Mortis.

Rey e Kylo se enfrentam no templo de Mortis.

Rey está estendida sob uma pedra ainda machucada. A luz completa o espaço em torno dela. Partículas de energia surgem. Ela se ergue com essa energia. A luz preenche a tela até nós chegarmos a um lugar além do que nós conhecemos: o Plano Astral. Yoda, Luke e Obi-Wan surgem diante dela. Rey: “Isso é a morte?” Obi-Wan: “Nesse lugar, não há essa coisa de morte.” Yoda revela a Rey que ela teve sucesso onde eles falharam. Luke: “Você escolheu abraçar tanto o lado sombrio como a luz. Encontrar o balanço entre eles.”
Eles oferecem a Rey uma escolha de ficar no conforto do Plano Astral ou retornar para o mundo dos vivos onde ela experenciará tanto o amor quanto a perda. Os espíritos desaparecem. Obi-Wan: “Você é uma Jedi, Rey Solana, mas não será a última”.

Finn lê uma história para jovens crianças e elas perguntam se ele pensa que Rey realmente se foi. Finn acredita que ela está viva por causa da força. Poe e Chewie estão voando para encontraram um localizador em um planeta. Rey está viva, no planeta Wavett, e retira a Falcon da água congelada com a força.

Em Modesta, BB-8 vê um rosto familiar.

Na cena final, Rey chega para treinar uma nova geração de Jedi.

Fiquem ligados em novas informações sobre o universo de Star Wars aqui na Torre de Vigilância.

Categorias
Anime

Anunciado sequência do anime de Inuyasha com supervisão da autora

Anunciado que o popular anime Inuyasha ganhará uma sequência, intitulada Inuyasha – Hanyo no Yashahime, com a supervisão direta de Rumiko Takahashi, criadora do mangá.

A direção será de Teruo Sato com roteiro de Katsuyuki Sumisawa, direção de animação de Yoshihito Hishinuma e trilha sonora de Kaoru Wada. O estúdio SUNRISE assumirá o projeto do anime.

Confira abaixo o primeiro pôster como o visual do anime e os designs dos personagens principais.

Confira os designs dos personagens principais de Hanyo no Yashahime.

Inuyasha – Hanyo no Yashahime vai se passar no mesmo universo do mangá de Rumiko Takahashi, e acompanhará as aventuras das filhas de Inuyasha e Sesshomaru.

Nesse momento atual, ainda não foi anunciado qual formato terá o anime, podendo ser uma série de TV ou uma série de filmes.

Categorias
Séries

Katherine Langford ergue a Excalibur em novas imagens da adaptação de Cursed

Na mitologia, o Rei Arthur ergue a espada Excalibur, entregue a ele pela Dama do Lago, Nimue, uma entidade com ligações com o Mago Merlin. Em Cursed, obra criada por Frank Miller e Thomas Wheeler, Nimue é quem ergue a Excalibur para enfrentar as forças do mal.

Wheeler e Miller serão os Produtores Executivos da série da Netflix, que adapta a obra. Katherine Langford será Nimue, a protagonista. A revista Entertainment Weekly revelou as primeiras imagens. Confira.

A série de Cursed mostrará o encontro de Nimue com Arthur (Devon Terrell), em uma terra governada pelo Rei Uther Pendragon, que aterroriza o reino, mandando paladinos vermelhos crucificarem moradores do vilarejo como hereges.

A obra de Frank Miller e Thomas Wheeler, Cursed – A Lenda do Lago, foi lançada no Brasil pela Editora Harper Collins, e pode ser adquirida no link abaixo na Amazon Brasil.

Categorias
Séries

Marvel Studios está desenvolvendo projeto dos Guerreiros Secretos

Segundo informações do thegww.com, a Marvel Studios está produzindo uma adaptação em live-action dos Guerreiros Secretos, grupo liderado por Daisy Johnson/Tremor e Nick Fury nos quadrinhos.

Ainda não se sabe se será uma série para o Disney+ ou um filme para os cinemas. Kevin Feige assumirá o cargo de Produtor Executivo. A Marvel Studios ainda procura por um roteirista.

A personagem Daisy Johnson, interpretada por Chloe Bennet, pode ser vista atualmente em 2 projetos: 1 em live-action, Agents of Shield, que está indo pra sua sétima e última temporada, e 1 em animação, com a série Marvel’s Rising: Secret Warriors.

O projeto pode seguir 3 linhas: o run de 2009 dos quadrinhos, a série de animação ou ser uma sequência de Agents of Shield, aproveitando a atriz Chloe Bennet, que também dubla a personagem na animação.

Categorias
Tela Quente

Rey: A jornada de ninguém, à Palpatine e à Skywalker

O que torna uma personagem interessante? A resposta é conflito porque nós somos comovidos pelos atos grandiosos, mas por dilemas e a superação deles. Há quatro tipos de conflito na ficção: Indivíduo contra indivíduo, sociedade, natureza e ele mesmo. Apesar da não predominância de desafios externos, há diversos internos para Rey, a protagonista da última trilogia de Star Wars. Tais quais: A sensação de abandono, insegurança, a necessidade de aprovação, pertencimento e a busca por identidade. Logo, através deste longuíssimo artigo, nós discutiremos a jornada de Rey, de ninguém, à Palpatine e à Skywalker.

“A Força desperta…”

Você já se apaixonou por uma pessoa sem ver o rosto dela? Porque eu já.

A introdução de Rey é brilhante. Composta por quase nenhum diálogo, a contextualização do seu cotidiano é perfeita. Porque o entendimento é imediato: Ela é uma catadora sobrevivente solitária, ganhando um quarto de porção por dia. Apesar da solidão e tristeza, o tema composto por John Williams é ingênuo e pacífico. Os desejos da personagem são expostos visualmente, seja pelos números riscados em um AT-AT, ou a maneira como observa as naves que deixam Jakku. Entretanto, só será verbalizado quando ela é atraída para a aventura por BB8: “Eu sei tudo sobre espera. Pela minha família. Eles voltarão. Um dia.” A partir dessa fala, a esperança dela é compreendida por nós, mesmo com uma trágica realidade por trás.

Quando o planeta é deixado por ela em prol da missão, Rey ascende socialmente: Ela faz amizade com Finn, um stormtrooper desertor, e uma breve figura paterna é descoberta em Han Solo. Durante a cena do compressor, outra característica é exposta: A necessidade de aprovação, nesse caso, de Solo. Assim como um auto desprezo: “Eu sou apenas uma catadora.” Há também um senso de deslumbramento constante na personagem, não apenas quando avista um planeta repleto de verde, contrário ao seu planeta desértico. Assim como quando as histórias sobre a Força, os Jedi, os Sith Luke Skywalker são confirmadas. Novas possibilidades estão abertas a ela, através da proposta de emprego por Han e a missão da busca pelo mapa. Conforme apresentado pelo filme, ela é extremamente habilidosa como catadora, piloto e até mesmo, mecânica. Por que ela não aceitaria a oferta?

Ela ama verde <3

Porque na filosofia de Rey, se, após a missão, ela não voltar para Jakku, não estará lá para o retorno de seus pais. Ao mesmo tempo em que o desejo é fruto de um otimismo, é um fator de um repulsão. Caso ela retorne, não crescerá como pessoa, ou descobrirá quem ela é. Através disso, a personagem será forçada ao afastamento de uma realidade anterior e lançada diretamente a uma nova. A protagonista é atraída pela própria voz, ao desconhecido. Quando ela é chamada pelo sabre de luz dos Skywalker, as visões mostram a ela um inevitável pedaço do seu passado: O seu abandono.

Mesmo com a explicação de Maz Kanata sobre a Força, Rey está assustada. Assim como toda jornada de herói, há a negação ao chamado à aventura. Todavia, a decisão não é apenas fruto da sua vontade. Maz diz: “Você já sabe a verdade. Quem quer que esteja esperando em Jakku, não retornará.” A partir desse momento, é compreendido a negação da personagem pela verdade, uma caraterística constante nos próximos filmes. A promessa foi uma mentira contada por ela mesma a fim do ocultamento traumático e as consequências disso. Por isso, a música da personagem é triste e ao mesmo tempo, feliz, a representação sonora do otimismo como instrumento de negação. Ou seja, Rey não acredita no próprio potencial.

Tristeza, apenas tristeza

Perdida, ela foge para a floresta, mas é capturada por Kylo Ren. Durante a cena de interrogação, ela é menosprezada pelo vilão: “Você. Uma catadora.” Assim como tem suas fraquezas reveladas por ele: “Você é tão solitária. Tem medo de sair […] e Han Solo, você o vê como o pai que nunca teve.” Kylo está certo de que ela não resistirá, assim como ocorrido com Poe no início do filme. Entretanto, a tortura mental é resistida e a Força é utilizada pela primeira vez por ela. Ela inesperadamente “devolve na mesma moeda”: “Você tem medo de que nunca será forte como o Darth Vader.”

A perseguição da Millenium Falcon em Jakku, mostra inicialmente, Rey sem noção de direção, mas no decorrer da cena, ela aprende como pilotar a nave até dominá-la. Logo, se o fácil aprendizado da personagem é perigoso, com a Força, será ainda mais. É o que acontece quando ela convence um stormtrooper a libertá-la através de um truque Jedi da mente. Ela não sabe se irá funcionar, mas o faz mesmo assim e obtém sucesso na terceira tentativa. Agora, livre, e com a noção de algo em seu interior, ela não é mais uma catadora, mas uma força a ser temida.

Kylo Ren comete um erro.

Como Kylo disse: “Ela está testando seus poderes. Quanto mais demorarmos para encontrá-la, mais poderosa ela se tornará.” Chame Rey de Mary Sue, eu não ligo, mas é honestamente incrível e empoderador, ver uma mulher escapando com seus próprios recursos porque ela é uma sobrevivente, enquanto os homens tentam resgatá-la, no caso de Finn e Han, ou sequestrá-la, no caso de Kylo. Mesmo com as habilidades utilizadas, ainda não há compreensão sobre elas.

 

Mais tarde, no segundo e último confronto em uma floresta, o sabre dos Skywalker é chamado por Kylo, mas só atende o chamado de Rey, ainda incerta, mas seguidora de um instinto. Ela o ataca, mas foge, assim como em Takadona, até ser levada à beira da morte, em que o inimigo declara a si mesmo como um professor. Os conselhos de Maz finalmente são seguidos por ela: Os olhos dela são fechados e a Força desperta nela por definitivo. A sensação de superioridade masculina do vilão cai por terra ao ser superado por uma simples catadora, a qual via-se da mesma forma há algumas horas, mas agora, com a sensação de que há muito mais a ela do que uma vida em um planeta deserto.

Kylo Ren comete um erro 2

A vitória é ainda maior quando Rey é enviada para Ahch-To, vê a ilha em seus sonhos e encontra Luke Skywalker. É um momento de extrema importância para o personagem: As lendas, as histórias tornam-se real e ela é parte delas agora. Não há mais uma realidade anterior para retornar. Como Maz disse: “O pertencimento que você busca não está atrás de você, mas à frente.” A resposta é assumida por Rey: “Luke.” Talvez ela esteja errada e o sucesso seja uma ilusão.

“… a última Jedi…”

Admita: A sua reação foi a mesma.

Quando ocorrem discussões sobre a trilogia sequela, costumo apontar que esses filmes são propositalmente metalinguísticos por serem uma análise da memória coletiva de Star Wars. Se O Despertar da Força é a afirmação da saga como um fenômeno, através de Rey, uma fã das histórias assistidas por nós, Os Últimos Jedi irá além e questionará essa admiração através de uma quebra das expectativas, a qual é comum com todas as personagens durante a narrativa, mas mais centralizadas na nossa protagonista, com um arco dramático simultâneo a outros dois personagens: Luke Skywalker e Kylo Ren.

Durante a primeira cena dela, há uma sensação de vitória e sucesso, um otimismo, mas o encontro com o velho Jedi é filmado de uma maneira diferente: É mais impessoal, com um distanciamento maior e até mesmo uma trilha sonora decrescente. Mesmo assim, a personagem não está preparada para a rejeição dele. É como se o sucesso de alguns minutos atrás, perdessem o significado. Entretanto, o seu fracasso, não apenas com ela mesma, mas com Leia e a Resistência, é negado. Ela persistirá e o seguirá, até cair de joelhos, cansada, decepcionada e confusa com o não cumprimento de expectativas.

Achou que seria fácil? Achou errado.

Novamente, a heroína é chamada ao desconhecido, dessa vez, até uma árvore com a incisão de luz sobre os textos Jedi, é possível a argumentação de que isso é a representação de seu futuro, já que eles são utilizados no nono filme. Luke finalmente aproxima-se e pergunta sobre o propósito dela. Uma motivação ideológica é dada: “A Resistência me enviou.” É como se uma adolescente tentasse esconder os seus sentimentos. Logo após, a motivação pessoal finalmente é admitida: “Algo dentro de mim, sempre esteve lá e agora despertou. E eu estou com medo. Eu não sei o que é e o que fazer com isso.” Logo, o maior desejo de Rey é um guia para a autodescoberta na Força.

Luke é apenas desenvolvido como um personagem por causa do passado e indiretamente, por causa de Rey. Apesar de ter concordado em ensiná-la (Depois de uma chantagem emocional do R2D2), há a necessidade da provação sobre o fim dos Jedi. Logo, duas lições relacionadas a esse ponto de vista são ensinadas para a personagem. Se pudesse descrever Rey em um adjetivo, provavelmente seria ingênua. De acordo com o dicionário: “Que possui inocência e simplicidade; que não possui malícia.”

Ensine a garota, Luke. Ensine-a agora.

Em decorrência disso, a visão de Rey em relação aos Jedi, à Força, são básicas e talvez, romantizadas. Durante a primeira lição, essa simplicidade é demonstrada quando é dito: “É um poder que ajuda os Jedi a controlarem mentes e fazer coisas flutuarem.” Algo o qual Luke imediatamente discorda devido aos seus anos de experiência. Não é sobre levantar pedras, a Força não é um super-poder e não pertence aos Jedi. Pela primeira vez, Rey está conectada ao seu interior espiritualmente, em paz e liberdade: A ilha, a vida, a morte, a luz, a escuridão, os ciclos dessas relações finalmente apresentados a ela. Mas ela é tentada pelo lado sombrio, ao não conter-se diante do desejo e necessidade. O passado ainda vive em seus pensamentos.

Enquanto a primeira foi sobre a democratização da Força, a segunda é sobre a desconstrução da romantização da Ordem Jedi. Luke os aponta como um legado de fracasso, mas há discordância por Rey: “A galáxia talvez precise de uma lenda” e o acréscimo de seu desejo: “Eu preciso de alguém que me mostre o meu lugar nisso tudo.” Ela até mesmo o lembra de Vader. Ironicamente, há uma crença absoluta na ideia de que Kylo é o culpado: “Kylo falhou com você. Eu não irei.” A sua necessidade de aprovação faz-se presente novamente e Luke, diferente de Han, está espantado com a determinação da jovem. Todavia, se uma há de conhecer a verdade, deve conhecer todos os aspectos sobre ela. O que leva ao outro lado do arco dramático compartilhado: Ren.

É um filme muito bonito.

De acordo com os sofistas, a verdade é um conceito relativo: O que é para um, pode não ser para outro. No roteiro por Rian Johnson, há duas verdades sobre o mesmo acontecimento: A de Luke, a de Kylo e a ouvinte, em conflito com uma resposta definitiva: Rey. Como os dois lados são necessários, a díade é criada com o propósito narrativo da desconstrução da simplicidade na mente dela e a construção de ambiguidade. Mesmo com ódio dela por ele, a inevitável conexão, a cada cena, os tornam mais íntimos.

Queira ou não, o vilão é o responsável pela mudança de visão de mundo da protagonista. Conforme dito pela atriz Daisy Ridley no documentário The Director and The Jedi: “Luke realmente deveria estar estimulando, mas é Kylo quem o faz.” Novamente, a necessidade de uma família em decorrência do seu abandono é apontado como uma fraqueza, apesar da negação dela. Além disso, há uma resistência em acreditar no ponto de vista dele sobre Luke. Na filosofia dele: “Deixe o passado morrer. Mate-o se for necessário. É a única forma de tornar-se quem você está destinada a ser.” (Ele está errado no final)

Movida pela confusão e necessidade, Rey adentra ao desconhecido novamente, agora, em busca de respostas. Se a árvore era a representação de seu futuro, a caverna é o passado. Durante uma sequência psicodélica, com múltiplas versões suas enfileiradas, ela é chamada por uma voz feminina e levada até o espelho, até o fim, sem pânico, ou medo, como se ela esperasse por um destino. “Meus pais. Deixe-me vê-los.” – ela solicita, mas só lhe é concedida a própria reflexão.  Ela precisa descobrir quem ela é, por ela mesma. Sem a compreensão disso, ela está devastada, sem respostas e tão sozinha quanto a sua infância em Jakku. Logo, em seu momento de desespero, a única possibilidade de confissão é com o “monstro”.

Como descrito por Johnson no áudio-comentário do filme quando Ben e ela tocam as mãos: “A noção de que ela vê essa oportunidade nele e talvez, algo além disso.” A partir desse momento, a segunda verdade é finalmente revelada a ela e confrontada contra Luke. Se antes havia ódio pelo aprendiz de Snoke, agora há a compaixão, mas ela ainda precisa da verdade. Neste momento, quando ele nega-se a aceitar o sabre novamente, é perceptível a ela: Se Luke não é a esperança da Resistência, talvez Ben seja. Um Skywalker de sangue por outro. Ela é novamente guiada por esperança, assim como quando chegou na ilha e o último Jedi é deixado com uma lição a ser refletida: Não é tarde demais para ele.

Pega logo isso, Luke. O braço dela está doendo.

 

Apesar do perigo, da incerteza, ao dirigir-se até uma armadilha, os ideais de Rey são prevalecentes, assim como suas expectativas devido ao seu coração otimista e a visão do futuro dele: “Ben, quando nós tocamos mãos, eu vi o seu futuro. Apenas uma parte dele, mas sólido e claro. Você não ajoelhará-se perante ao Snoke. Você mudará. Eu o ajudarei.” Entretanto, a crença dele é contrária, devido às respostas possuídas sobre os pais dela. Rey imediatamente recua quando ele diz: “Eu vi quem são seus pais”, pela resolução ter sido negada por ela. Através disso, há uma obviedade não dita sobre o término dessa sequência.

A expectativa dela sobre a redenção dele é fortalecida quando Snoke é morto e os dois unem-se contra inimigos. Após o final da violenta e enérgica colaboração, a preocupação imediata dela é com os resistentes. A fim de manipulá-la emocionalmente, Rey é forçada por Kylo a revelar a “verdade” negada por ela sobre os pais dela: “Eles eram ninguém.” O trauma do abandono e a quebra da ilusão de uma predestinação, ou de um lugar nesta história. Ela é menosprezada novamente por ele, dessa vez, não chamada de catadora, e sim, nada. Aliás, também há decepção com a escolha dele.

“Um novo império? Ben, meu compromisso é com a frota, é com a Resistência.”

Pela primeira vez no filme, Rey não estende a mão esperando que alguém a pegue. As suas vulnerabilidades não são interferentes aos seus ideais, os quais permanecem mesmos durante o todo filme, enquanto os de Luke e Kylo, indiretamente influenciados por ela, são invertidos e enquanto eles lutam contra os seus demônios, as pedras são levitadas por ela em Crait e a sua visão ingênua é afirmada não como um equívoco, ou uma fraqueza, mas como o caminho certo.

Se antes a crença era de que eles eram a esperança, agora é finalmente descoberto: Rey é a esperança e o pertencimento realmente não estava atrás, mas à frente: Em Finn, Poe, BB8, Rose, Chewie, a Resistência e principalmente, Leia, a única personagem que pega a mão dela como um guia para um futuro mais brilhante e esperançoso: “Nós temos tudo o que precisamos.” – a general diz para a garota segurando o sabre partido em duas metades, Mas de alguma forma, Palpatine retornou.

“… para ascender como uma Skywalker.”

"Correção, Luke. É sobre levitar pedras."

Apesar dos motivos errados para um retcon relacionado à linhagem (Ela é poderosa por causa dele, ur dur), a personagem da Rey não foi arruinada, ou profanada, ou destruída em A Ascensão Skywalker. Muito pelo contrário. Visto que os desafios internos ainda estão ligados ao seu cerne: Família, o medo da solidão e o encontro do coletivo e principalmente, a busca por identidade. Além disso, é a melhor performance da Daisy Ridley no papel e é impressionante como a linguagem corporal é uma excelente transmissora da evolução da nossa heroína.

Se antes era tão incerta sobre a levitação de pedras, agora é uma tarefa fácil. Rey é reintroduzida conforme foi vista pela última vez: Com tudo o que ela precisa. O pertencimento foi encontrado na Resistência, tal qual uma figura materna/mestre: Leia. A zona de conforto foi encontrada pela personagem, ela finalmente está perto de conseguir tudo o que mais desejava. Entretanto, dentro de uma história, conforto nunca é duradouro para uma protagonista. Logo, conflito é necessário e as questões internas devem vir à tona.

Ela precisa de um abraço. Eu também.

 

Através da cena do treinamento, a base dramática perfeita é solidificada por três emoções. Primeiro, a insegurança, presente quando ela acredita que é impossível comunicar-se com as vozes dos antigos Jedi. Segundo, o medo, proveniente de visões sobre um futuro sombrio e eventos traumáticos do passado. Terceiro, a sua raiva, enquanto ela destrói o droid de treinamento, ela também deixa uma árvore cair em BB8. Pode parecer bobo, mas é eficiente para a construção de que Rey não é apenas um perigo para a Primeira Ordem, mas para os amados por ela também.

A necessidade de aprovação também é um elemento compartilhado com os dois filmes: Se no VII, era Han, no VIII, Luke, agora, no IX é Leia, quando é dito por ela: “Eu não quero ir sem a sua benção, mas eu irei. É o que você faria.” Não apenas isso, há indícios do retorno de um auto desprezo por conta do fracasso como por exemplo quando ainda é sentida a necessidade de merecimento sobre o sabre Skywalker, mesmo que o objeto tenha chamado por ela há muito tempo. É importante lembrar que ela também é assumidora do papel o qual seria desempenhado por Luke: A esperança de uma rebelião. Logo, é totalmente coerente a vontade dela em finalizar a jornada do Mestre Jedi para encontrar Exegol sozinha, para não deixar os amigos dela saírem feridos.

“The Sacred Jedi Texts!”

Contudo, A Ascensão Skywalker é um filme sobre coletividade e eles escolhem acompanhá-la na missão. Cabe ressaltar que o trio é a melhor decisão tomada em relação à história e as interações entre ela, Poe e Finn são muito bem escritas. Antes de deixarem Aj Kloss, Leia, ciente das inseguranças da sua aprendiz e das suas reais origens, aconselha: “Rey, nunca tenha medo de quem você é.” Algo não compreendido pela Jedi inicialmente.

Quando é testemunhado por ela o festival de Aki Aki, é afirmado: “Eu nunca vi nada como isso.” Mesmo estando um ano fora de seu planeta, esses momentos simples ainda são encantadores para Rey. No primeiro filme, foi Takodana, com uma paisagem esverdeada. Em Os Últimos Jedi, gotas de chuva e aqui, uma celebração. Ainda durante essa cena, há um set up importantíssimo para o final da história. É questionado a ela o seu nome e após isso, o nome da sua família. É tão sútil como a trilha por Williams e a atuação de Ridley são novamente transmissores de um otimismo como esconderijo de uma tristeza. “Eu não tenho um. Sou apenas a Rey.” – é respondido por ela com um sorriso forçado. Ela não se sente ela mesma.

“Ok, Rey, como você disfarça tristeza na frente de uma senhora?”

Como mencionado anteriormente, raiva é uma das três principais emoções a serem lidadas por ela nesse filme. No fim de Os Últimos Jedi, os destinos de Rey e Kylo Ren divergem completamente. Enquanto ela olha para o futuro, ele continua estagnado, falhando em matar o passado. As consequências emocionais desse ato de separação são transmitidas pela raiva dela. Sob um certo ponto de vista, a ideia de trazer o capacete de volta, é uma metáfora visual mais eficiente às sensações da protagonista do que as do antagonista. Porque é uma retomada da ideia inicial dela por ele: Um monstro. Tal qual visto em suas visões, a maligna proposta de Kylo ainda está viva na mente dela, tal qual o trauma do abandono.

No documentário The Skywalker Legacy, Chris Terrio diz: “E se a sua alma gêmea na Força fosse o seu inimigo? Circunstâncias o colocam um contra o outro, mas a Força os une. Eles entendem um ao outro sob o ponto de vista e mesmo assim, destino os fez inimigos.” Ao mesmo tempo em que ela é atraída pela conexão, no instante em que avista a nave dele, ela imediatamente o ataca. É importante lembrar que ela é pressionada por ele ao lado sombrio, para descobrir a verdade sobre ela mesma, ou pelo menos, aquilo a verdade dele sobre ela. Quando é informada de que Chewie está dentro de um dos transportes, ela imediatamente tenta puxá-lo,  mas Ren opõe-se a ela e a competição torna-se tragédia, quando raiva é materializada através de um raio.

“Poder! Poder ilimitado!”

Mesmo que não tenha sido exatamente a responsável por isso, como o seu melhor amigo Finn aponta, ela culpa a si mesma. Ela comenta sobre as visões do trono do Sith em que ela está sentada ao lado do Líder Supremo. Apesar de não ser exposto no filme, é interessante como ela desesperadamente ansiava por um destino, mas aceitou o fato de não possuir um. Agora, o desejo anterior é realizado, mas parcialmente. Porque não há uma grandeza positiva como resultado final, apenas uma negativa. Ela está destinada para o mal, mas ainda não sabe o porquê, ou de onde ela veio.

Assim como o passado não está quite com a galáxia, também não está com Rey. Durante a missão, a nave procurada por ela é a mesma em que seus pais partiram e algo horrível foi feito com o uso da adaga Sith. Entretanto, esses objetos serão re-significados: O primeiro, o lugar em que eles morreram e o segundo, como eles morreram. Ela já descobriu, mas a negação sobre o passado, tornará a admissão mais difícil. Novamente, ela será pressionada a enxergar as coisas como são: Os pais delas foram assassinados e ela é uma Palpatine de sangue.

Eu amo braços.

Durante toda a sua vida, Rey mentiu para ela mesma sobre ter sido abandonada, mas sempre sentiu que foi. Agora, a descoberta de que ela não foi deixada como lixo, mas protegida e todo o amor o qual poderia ter recebido, foi tomado dela pelo próprio avô, pelo próprio sangue. Conforme visto nos episódios anteriores, família sempre foi a vulnerabilidade dela. Logo, a reação dela , a essa retirada de seu desejo, a torna irreconhecível: “Ele matou meu pai e minha mãe. Eu encontrarei Palpatine e o destruirei.” Pela primeira vez, o lado pessoal da heroína fala muito mais do que o ideológico. É tudo sobre vingança agora, mas não é perceptível a ela. Se ela não fizer isso sozinha, os amigos dela sairão machucados.

Em Kef Bir, Rey separa-se do grupo. Nem mesmo a maré alta a impede de adentrar na Estrela Morte. A personagem parece ter regressado aos seu estágio inicial: Sozinha, escalando escombros imperiais. A heroína é chamada ao desconhecido novamente. Antes, pelo o sabre dos Skywalker, agora, o localizador Sith. A personagem já foi de encontro à escuridão em Ahch-To (Há espelhos também), mas não amedrontada como agora, com a materialização da sua visão sombria: A Imperadora Palpatine, a qual compartilha das palavras de Leia: “Não tenha medo de quem você é.” É isso quem ela é?

Não obstante, ela é ainda mais pressionada por Kylo: “Olhe para você. Queria provar à minha mãe que era uma Jedi, mas acabou provando outra coisa.” O discurso dele não é interessante à Rey, o localizador nas mãos dele sim e ele tira isso dela. Ela é consumida pela raiva absoluta e um duelo é iniciado. Rey está cada vez mais distante de quem ela é. A cada golpe contra Kylo, há raiva, fúria e talvez ódio por todos os atos dele contra ela. É interessante como o cansaço dela é visível à medida que a batalha torna-se mais intensa e os movimentos, mais lentos e desordenados. Pela primeira vez, derrota parece próxima.

Mas a interferência de Leia não apenas a salva, como também o faz com Ben. Infelizmente, não é perceptível a ela o ato de sua mentora e no momento mais crítico e sombrio, Rey esfaqueia o seu nêmesis. É como se Leia fosse assassinada pela própria aprendiz e nesse momento a verdade recai: Ela tornou-se o que ela nunca foi. Arrependida, ela cura aquele que provocou muita dor a ela, porque ela é compassiva. Ironicamente, o ato é remetente a uma cena anterior do filme, em que uma serpente ferida é curada por ela. Ainda mais irônico, é o fato dela ter chamado o neto de Vader de “cobra assassina” em Os Últimos Jedi.

A sorte dele é que ela é uma garota bacana.

Após um momento de puro instinto como uma sombra, Rey exila-se em Ahch-To. Alguns disseram que Episódio IX não é uma sequência do anterior, mas esta cena prova ao contrário. Porque há um lindo complemento na relação entre ela e Luke. Se no filme anterior, os atos dela são inspiradores para uma auto reflexão sobre os medos dele, agora ele fará o mesmo por ela. É como poesia, rima. Yoda disse: “Ben Solo você perdeu. Perder Rey não devemos.” Ele finalmente torna-se o que ela esperava dele: Um mentor.

“Passe a ela tudo o que você aprendeu […] o maior professor o fracasso é.” Ambos já estiveram no mesmo lugar por medo, mas do que Rey tem medo? Dela mesma, da escuridão dentro dela, de como pessoas ao redor dela estão em risco, mas principalmente por ser uma Palpatine, uma herdeira do mal definitivo. Entretanto, o espírito, o coração, é o que Leia viu nela. Durante a vida dele, Luke viu o sobrinho com o sangue Skywalker ir para o lado sombrio. Logo, resta apenas uma lição, a mais importante para a decisão da heroína no final: “Algumas coisas são mais fortes do que sangue.”

Eu chorei muito.

Se Rey não se considerava merecedora do sabre a ponto de até mesmo jogá-lo longe (tal qual Luke), agora, o sabre de Leia também será concedido a ela e a jornada dela para se tornar uma Jedi será finalizada ao lado dos seus mestres, metaforicamente. A missão é obviamente aceita porque ela jamais mediu esforços para ajudar os outros. Agora, o futuro dos Jedi, não como uma ordem, mas como um conceito de heroísmo, está em suas mãos. Quando chegou à ilha, estava dentro de um caça Tie, ao deixá-la, pilota um X-Wing, um dos seus sonhos de infância. A mensagem é clara: A pureza é a vencedora. Não é mais sobre vingança, é sobre confrontar o medo.

Não há mais volta quando o trono dos Sith está à sua frente. O objeto de sua visão é real, assim como o homem responsável por todas as desgraças ocorridas em sua vida, mas não há mais chances de ser tentada ao lado sombrio porque ela já ressurgiu das suas inseguranças e erros. “Tudo o que você quer é que eu odeie, mas eu não irei. Nem mesmo você.” Apesar de Palpatine tentar usar o trauma contra ela, ele não consegue porque já foi usado contra ela tantas vezes. Só resta finalmente a consideração pelo sacrifício dos que a geraram: “Meus pais eram fortes. Eles me salvaram de você.”

Isso, garota!

Assim como Snoke subestimou Kylo, o Imperador subestima Rey ao acreditar que ela abraçará a linhagem sanguínea. Entretanto, ele desconhece o verdadeiro poder dela: Os seus simples atos de bondade. Graças a eles, os seus desejos e expectativas do último filme são validadas no ato final: Não apenas Luke serve como uma guia, mas Ben Solo retorna à luz para salvá-la. As vozes do Jedi são finalmente ouvidas por Rey e nada mais parece impossível.

É a carta de amor à coletividade. Se ela era solitária, agora há a descoberta de que ela nunca esteve sozinha, na Força. Porque eles ouvem o chamado dela por ajuda. Estes são os últimos passos para tornar-se uma Jedi. Os dois sabres Skywalker são empunhados por ela e com a ajuda daqueles que vieram antes, ela deflete os raios do seu avô contra ele mesmo, contra o ódio dele. É defesa, não ataque, como uma verdadeira Jedi.

Ela é todos os Jedi, otário.

Quando Rey morre aliviada por ter salvado os seus amigos e é ressuscitada por Ben, é um ato de retribuição. Se analisarmos, Episódio IX é também sobre como a compaixão de Rey movimenta a história e outros personagens: Ela cura uma serpente e isto inspira BB-8 a religar D-O. Porque Rey oferece a ele conforto, ele encontra algo em comum com Finn: Saudades dela. Por causa disso, o droid ajuda a Resistência com informações sobre a frota. Quando Kylo é curado por Rey, ele não entende o porquê. Entretanto, na última cena entre os dois, ele finalmente entende o que ele deve fazer e tem a força para fazer: Uma vida por outra. A conclusão da díade é através do ciclo de vida e morte. Gentileza gera gentileza.

É irônico e satisfatório ver a queda do último Destroyer da frota de Palpatine cair em Jakku. Porque ele é a razão para ela ter vivido toda a infância e adolescência dela naquele lugar, mas ele será esquecido como areia no deserto. Enquanto isso, Rey reencontra-se com a família dela: Finn , Poe, a Resistência. Ela essencialmente sempre volta para casa. Contudo, ainda resta algo importante. Durante a trilogia, Rey é chamada por tantos nomes: Catadora, a garota, nada e Palpatine. Kylo Ren e o Imperador assumem conhecê-la, a sua verdadeira natureza. Entretanto, como dito por ela: “Ninguém me conhece.” Não é sobre a aceitação do que é dito para ela, mas como ela sente-se sobre ela mesma.

Ela foi chamada pelo sabre Skywalker, mas sempre tentou retorná-los aos mestres dela devido à insegurança, apesar de merecê-lo. No início do filme, ela diz: “Eu serei digna do sabre do seu irmão. Um dia.” No fim, ela é digna do sobrenome. Ela escolhe o sabre de luz dela, composto por parte dos bastões dela, dourado, brilhante como ela.

Ela faz o destino dela.

Assim como os seus pais escolheram serem ninguém, ela também escolhe a identidade dela, com a permissão de Luke e Leia : “Rey Skywalker.” – ela diz confiante. Se antes olhava para naves esperando pela volta dos seus pais, agora, ela olha para o nascer dos dois sóis, uma imagem icônica da saga, tão alta quanto eles, para o futuro.  Porque o pertencimento buscado realmente estava à frente dela.