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Editora NewPOP abre pré-venda de duas light novels

A Editora NewPOP, conhecida por sua diversidade cultural e de mídia, mas principalmente por ser a principal fonte de Light Novels no país, abriu a pré-venda de duas novels que já estavam anunciadas: Napping Princess e Lu Over The Wall. Ambas são volumes únicos (one-shots), e podem ser um bom começo para quem está interessado nesse tipo de leitura. Confira os detalhes a seguir.

Napping Princess: A Minha História que eu Não Conhecia

 

Sinopse: Kokone Morikawa anda tendo sonhos estranhos ultimamente, sobre um reino chamado Heartland, onde ela é uma princesa chamada Ancien que possui talentos mágicos proibidos naquela sociedade que valoriza a tecnologia. Mas quando o mundo real e seus sonhos começam a se entrelaçar, ela se vê no meio de uma intriga em ambos os mundos e parte em busca de respostas, sobre seus sonhos, sobre seu pai e sobre si mesma. Do diretor Kenji Kamiyama, chega o romance que originou o anime de sucesso, pré-indicado para o Oscar na categoria de animação!

Autor: Kenji Kamiyama
Formato: 10,6 x 14,8 cm, 248 páginas – Papel Polén Soft – Capa Cartonada
Preço: R$ 26,90
Previsão de lançamento: 25/09

A pré-venda da Amazon está com 15% de desconto! Clique aqui para ir até o site e garantir o seu!

 

 

Lu Over the Wall

 

Sinopse: Kai vive numa cidadezinha pesqueira com seu pai e seu avô supersticioso que sempre o alertava dos perigos da água e seus habitantes sereias. Por causa disso, sua família não trabalha mais no mar, nem sabem nadar, e são conhecidos como pescadores da terra. Um dia, desafiando as ordens do velho, Kai sai de barco com amigos da banda e acabam testemunhando atividade ilegais e sendo confrontados pelos criminosos. Nesse momento, surge Lu, uma sereia amigável e animada que afugenta os homens e ajuda os garotos. Logo Lu se une à banda, mas seus dias de paz e diversão são ameaçados quando ela é descoberta.

Formato: 12,8 x 18,2 cm, 272 páginas – Papel Polén Soft – Capa Cartonada
Autor:
Senya Mihagi e Masaaki Yuasa (História original)
Preço:
R$ 29,90
Previsão de lançamento: 25/09

Esse volume também se encontra com 15% de desconto na Pré-venda da Amazon, e garantia de menor preço! Clique aqui para reservar o seu!

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Oito animês com temática LGBT para você assistir hoje

Sem nenhum motivo particular em mente, a nossa equipe resolveu fazer uma coletânea de obras de animação japonesa que abordam, de uma forma ou de outra, uma “temática LGBT“.

Todos os títulos escolhidos podem (e devem) ser assistidos legalmente, com legendas em português, via algum site de streaming (que gentilmente te indicaremos), e você pode aproveitá-los hoje mesmo. Afinal, nunca se sabe o dia de amanhã, não é?

SARAZANMAI

Sarazanmai

Assista em: Crunchyroll

Número de Episódios: 11

Ano: 2019

Sinopse:

Um dia, em Asakusa, três estudantes do fundamental – Kazuki Yasaka, Toi Kuji e Enta Jinnai – conhecem Keppi, um misterioso kappa que rouba suas jóias místicas e os transforma em kappas. Para voltar para sua forma original, eles precisam enfrentar kappas zumbis e roubar as jóias místicas deles. Ao mesmo tempo, algo estranho está acontecendo na delegacia onde trabalham Reo Niiboshi e Mabu Akutsu. Esta é a história de três garotos que não conseguem se conectar com alguém que lhes é importante, e estão aprendendo o verdadeiro significado dessas conexões. (Via: Crunchyroll)

CITRUS

citrus

Assista em: Crunchyroll

Número de Episódios: 12

Ano: 2018

Sinopse:

Quando a mãe de Yuzu, uma gyaru colegial que nunca se apaixonou, resolve se casar novamente, ela é transferida para um colégio feminino. Yuzu fica mais que chateada de não poder encontrar um namorado lá. Até que, no primeiro dia de aula, ela conhece Mei, a belíssima morena que comanda o conselho de classe, nas piores circunstâncias possíveis. E para piorar, ela descobre também que Mei é sua meia-irmã, e que ambas viverão sob o mesmo teto! (Via: Crunchyroll)

 

GIVEN

given

Assista em: Crunchyroll

Número de Episódios: 9 (Em andamento, completo em 11)

Ano: 2019

Sinopse:

Por algum motivo, a guitarra que ele amava tocar e o basquete que ele adorava jogar perderam a graça. Essa era a vida de Ritsuka Uenoyama até encontrar Mafuyu Sato. Ritsuka tinha começado a perder seu amor pela música, mas ao ouvir Mafuyu cantar pela primeira vez, a canção ressoou em seu coração e a distância entre os dois começou a encurtar. (Via: Crunchyroll)

 

LOVE STAGE!!

Love Stage!!

Assista em: Crunchyroll

Número de Episódios: 10

Ano: 2014

Sinopse:

Seu pai é um renomado cantor, sua mãe uma famosa atriz, seu irmão mais velho é o líder da superpopular banda de rock CRUSHERZ e ele… bem, ele é só um otaku comum. A única aspiração de Izumi Sena é se tornar um mangaka e, para isso, ele se dedica muito! No entanto, ele recebe o convite para participar de uma comemoração aos 10 anos de um comercial de TV que ele fez quando criança ao lado do hoje famoso Ryouma Ichijou, que só aceitou participar com a condição de que o elenco original fosse chamado. Já Izumi não quer participar porque, para isso, ele teria que se vestir de garota. (Via: Crunchyroll)

 

SUPER LOVERS

SUPER LOVERS

Assista em: Crunchyroll

Número de Episódios: 20 (2×10)

Ano: 2016

Sinopse:

Enganado pela notícia da morte de sua mãe, o adolescente Kaido Haru conhece um menino que insiste em dizer que é seu irmão. Haru faz de tudo para domar o arisco e teimoso Ren, mas parece haver um segredo por trás do nascimento do menino. E logo quando Ren começa a se apegar a Haru, a tragédia acontece… Cinco anos depois, Haru reencontra Ren, crescido em Tóquio, mas… (Via: Crunchyroll)

 

BLOOM INTO YOU

Assista em: Hidive

Número de Episódios: 13

Ano: 2018

Sinopse:

Yuu sempre sonhara em receber uma confisão de amor, mas ao não sente nada ao finalmente receber uma de um garoto. Confusa, ela começa seu primeiro ano no ensino médio e conhece Touko. Será que o coração de Yuu finalmente acelerará? (Tradução livre, via: Hidive)

 

FROM THE NEW WORLD

From The New World

Assista em: Crunchyroll; Hidive

Número de Episódios: 25

Ano: 2012

Sinopse:

Nascida numa utopia futurística, Saki e seus amigos vivem em uma comunidade pacata onde a tecnologia é obsoleta. Porém, quando Saki descobre um artefato perdido, a fachada se quebra, e eles encaram verdades estarrecedoras sobre a sua até então “perfeita cidade”. (Tradução livre, via: Hidive)

 

YURI!!! ON ICE

Yuri!!! on ICE

Assista em: Crunchyroll

Número de Episódios: 12

Ano: 2016

Sinopse:

Yuri Katsuki carregava a esperança de todo o Japão no Grande Prêmio de Patinação Artística, mas sofreu uma derrota esmagadora nas finais. Ele volta à sua terra natal em Kyushu e se esconde na casa de seus pais, indeciso entre continuar patinando e se aposentar de vez. É então que Viktor Nikiforov, pentacampeão mundial na categoria, aparece de repente com seu colega de treino, Yuri Plisetsky, um jovem atleta prestes a superar seus veteranos. É assim que os dois Yuri e o campeão russo partem para competir num Grande Prêmio como o mundo jamais viu! (Via: Crunchyroll)


Esperamos que você possa aproveitar esses shows e celebrar a liberdade de expressão e de amor que deve ser sempre um dos pilares de nossa cultura 💕

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A dublagem da Crunchyroll: Recovery of a MMO Junkie

No nosso segundo episódio dessa série de postagens sobre as dublagens nacionais de animês da Crunchyroll, podemos pular a introdução cheia de ladainhas e ir direto ao assunto, que dessa vez, é um outro tipo de comédia: Recovery of a MMO Junkie.

Caso não tenha visto, a primeira postagem foi sobre a versão brasileira de KonoSuba, que você pode ler clicando aqui.

MMO Junkie é, convenhamos, muito mais family-friendly que KonoSuba. Por ser uma comédia-romântica, ter maior parte do elenco com adultos, e explicar muito bem a sua própria ambientação, o animê se torna muito mais fácil de ser engolido.

Com isso, vejo MMO Junkie como uma boa escolha para a dublagem: é brando o bastante para agradar gregos, e específico o suficiente para agradar troianos. E como comentei na primeira postagem, acredito que a receptividade de um show seja um ponto essencial para o sucesso de sua versão nacional.

Fazendo a ponte aérea, saímos do Rio e vamos para São Paulo, onde o animê foi dublado: no estúdio Unidub, que trabalhou em Dragon Ball Super, Grand Chase e Bob Esponja (entre outros diversos títulos). A direção foi feita por Úrsula Bezerra, ninguém mais, ninguém menos que Naruto Uzumaki e Son Goku (criança) em pessoa.

No elenco, nomes já conhecidos (ou melhor, vozes familiares) da Imprensa Especializada(TM):

  • Priscila Franco como Morioka Moriko (Eternizada como Saber em Fate/Stay Night [2006], mas que provavelmente é mais lembrada como Sharon Carter do MCU);
  • Michel Di Fiori como Sakurai Yuta (O Neji de Naruto, e o Genos de One Punch Man);
  • Fábio Lucindo como Hayashi (Que deu a voz ao Jin de Grand Chase, Shaoran de Sakura Card Captors e… Troy Bolton de Highschool Musical);
  • Michelle Giudice como Lily (Já experiente em animês, dublou Mitsuha de Your Name e Serena de Pokémon XY);
  • Caio Guarnieri como Homare Kowai (O dono dos vocais do Kouga de Pégaso em CdZ Omega, e do Kevin de Steven Universo).

Vou começar pelas reclamações, para não acharem que sou parcial. Meu único problema com a dublagem foi uma simples escolha de direção, que atrapalhou o meu divertimento por todos os episódios: o uso de honoríficos.

Eu sei que eu vivo reclamando disso, mas há momentos onde dá para aturar. Em legendas, por exemplo, eu até entendo quem goste delas. Afinal, você está ouvindo a personagem falar aquilo; já em mangás e novels, eu acredito que seu uso exija, no mínimo, uma nota de tradução; agora, numa dublagem? Onde as personagens estão falando português?

Vamos lá, de novo: para quem não sabe, honoríficos são partículas comuns no idioma japonês, que são adicionadas após nomes de pessoas, para indicar, de certa forma, a relação entre os indivíduos envolvidos no diálogo. Existem honoríficos que demonstram respeito, que demonstram amizade, que demonstram hierarquia… Até não utilizar um honorífico tem um significado. Acontece que isso é algo exclusivo do idioma nipônico. Isso não existe em português. E se você precisar traduzir esses significados descritos no último parágrafo, existem diversas formas de se fazer isso, com expressões que são nativas e naturais para a nossa língua.

O uso dos honoríficos torna a dublagem extremamente alienígena, por causa desses termos japoneses completamente diferentes de todo o resto que é falado. Acima de tudo, dublar uma obra tem como função trazer aquilo para a ambientação nacional. Mesmo que o show se passe no Japão, nós estamos nos dando ao trabalho de regravar todas as vozes de todos os episódios, para deixá-los em português, não estamos? Então qual o sentido de deixar expressões puramente japonesas no produto final?

E o que me deixou mais desconfortável nisso tudo, foi como o uso de honoríficos pareceu aumentar, do nada, já na metade do show. Personagens que se chamavam apenas pelo nome passaram a adicionar os honoríficos, sem razão alguma. Enquanto houve um ou dois casos nos primeiros episódios, ouvi pelo menos quinze nos últimos.

Eu quando acesso alguma rede social.

Porém, acho justo darmos o crédito quando assim é necessário, e todos os outros aspectos da dublagem merecem recomendações positivas. O elenco foi escolhido muito bem, tendo vozes que combinam com as personagens, e que conseguem bater de frente com os gigantes que fizeram a versão japonesa. Em especial, a atuação da Priscila Franco no papel principal foi monumental: a interpretação das cenas mais “exageradas” (típicas de animê, e que podem ser difíceis de fazer parecer naturais) ficou tão boa, que eu senti, pela primeira vez, que esse tipo de reação pode dar certo no nosso idioma.

A adaptação e direção também estão de parabéns, que exceto pelo que já foi discutido, fizeram um show ambientado no Japão passar uma impressão costumeira para os brasileiros, sem parecer careta (o que é muito importante!). Além disso, não vi muitos problemas de sincronia, volume ou desinformação, carimbando assim, uma excelente dublagem.

Recovery of a MMO Junkieestá disponível dublado e legendado na Crunchyroll, e o primeiro episódio da versão nacional pode ser visto gratuitamente no canal do YouTube da Crunchyroll Brasil (que eu já linkei ali em cima, aliás!).

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A dublagem da Crunchyroll: KonoSuba

Tenho certeza que se você perguntar para alguém que curte animês hoje, sobre como ele conheceu a mídia e se envolveu pela primeira vez nela, as chances dele responder “assisti um animê dublado na minha infância” é de pelo menos 70%.

Para muitos, a dublagem de Dragon Ball (e suas respectivas sequências), Yu Yu Hakusho, Sailor Moon, Cavaleiros do Zodíaco ou Sakura Card Captors – entre outros títulos – foram a porta de entrada para o mundo da animação japonesa, muito antes de sabermos que se tratavam disso. Por conta desse histórico, acabamos por arraigar o conceito de que animês dublados são entry-level, e que devem ter como função a de introduzir esse universo para alguém sem nenhuma experiência prévia.

Sendo isso verdade ou não, é o que grande parte das pessoas acredita, e de certo modo funciona assim mesmo (quem nunca falou do Narutinho dublado que atire a primeira pedra). Por isso, quando soube da iniciativa da Crunchyroll Brasil de dublar para o português alguns animês de seu catálogo, imaginei que eles escolheriam títulos “seguros” que pudessem ser mostrados até para a sua mãe. E embora alguns dos felizardos se encaixem nessa descrição (Orange e The Ancient Magus Bride, por exemplo)… KonoSuba com certeza não é um deles.

Longe de mim ser elitista (muito pelo contrário), mas como comentei anos atrás, quando falei sobre o “Choque Cultural” de um iniciante em animês, tem certas coisas que você precisa estar preparado mentalmente para encarar. Chega um momento que isso tudo não passa de algo normal, mas pra quem está começando, pode assustar. E KonoSuba assusta os despreparados.

Essa montagem é boa demais para eu desperdiçar num post de três anos atrás.

Mas talvez isso seja exatamente o que faça com que KonoSuba seja um candidato ideal para ser dublado. Se a palavra-chave é “acessibilidade” (isso é, estar em português torna a obra mais acessível), dar uma opção de algo que mostra que o buraco é bem mais fundo para mais pessoas pode ser considerado uma jogada de marketing genial. Se isso tudo foi pensado ou não, deixo em aberto.

De qualquer maneira, podemos largar o achismo de lado e falar sobre fatos. Começando pelos culpados e pelo local do crime: KonoSuba foi dublado pelo Estúdio Som de Vera Cruz, no Rio de Janeiro; Também dublados lá, tivemos Black Clover, Re:Zero, Free!, Interview With Monster Girls, Orange e The Ancient Magus Bride; Quem dirigiu o elenco foi Leonardo Santhos, que estará presente no Anime Friends Rio 2019 como convidado da Crunchyroll, e é incrivelmente ativo e receptivo nas redes sociais.

Nos papéis principais, temos:

  • Erick Bourgleux como Kazuma (Conhecido como a voz de Aang, o avatar e Omi de Duelo Xiaolin);
  • Natali Pazete como Aqua (A voz da famosa YouTuber Virtual, Any Malu);
  • Isabella Simi como Megumin (Que cedeu vocais para a protagonista da recente adaptação hollywoodiana de Alita: Anjo de Combate);
  • Natália Alves como Darkness (A “Cara” de Luke Cage, e a “Tanya” de Supergirl).

Agora que as fichas estão na mesa, acabamos sempre caindo na mesma história toda santa vez: querer comparar a dublagem nacional com a original, seja lá de qual idioma ela seja.

Os japoneses são uma potência quando o assunto é dublagem, tendo sob sua bandeira uma lista gigantesca de atores de voz dignos de nota. Eu mesmo sou um fã que acompanha de perto o trabalho de alguns deles. Por causa disso, os comentários comparativos surgem sem falhar uma única vez, normalmente em defesa dos asiáticos.

Meu único pitaco no assunto é o seguinte: Isso acaba sendo questão de costume, e não culpo quem diz que prefere o original. É a velha história de que a primeira impressão é a que fica. Quer um exemplo? Eu não tinha assistido KonoSuba antes, vi pela primeira vez com a dublagem da Crunchyroll. E após dar uma ouvida no áudio japonês, digo que o Kazuma do Erick Bourgleux é até mais agradável do que o do Jun Fukushima, o dublador japonês do garoto.

Acostumado ou não com o idioma da dublagem, o trabalho que foi feito pelo Som de Vera Cruz está excelente, num nível geral. A escolha das vozes foi feliz (já comentei como adorei a voz do Kazuma), a adaptação e localização das conversas e das piadas (PRINCIPALMENTE DAS PIADAS!) foi feita no capricho, e tudo parecia muito natural.

Se eu fosse reclamar, seria do lipsync. Para quem não sabe, é adaptar o áudio de forma que ele “se encaixe” nos movimentos labiais do ator (ou no caso, da personagem). Eu senti com muito mais frequência do que gostaria que as personagens estavam falando pelos cotovelos. Quem mais sofreu com isso foi a Megumin. Até entendo que por conta da natureza da personagem (que adora fazer longos discursos sem nenhum nexo) o lipsync seja complicado, mas nas cenas de conjuração de magia com a garota, o assincronismo fica evidente demais.

A experiência geral, porém, é extremamente positiva, e fiquei muito feliz com o que assisti. O show em si já é de uma qualidade tremenda (de novo, para quem gosta de comédias idiotas e está psicologicamente preparado para ela), então poder vê-lo em meu idioma materno foi apenas um mimo a mais. Deixo meus parabéns para a equipe da Crunchyroll Brasil, por dar pique nesse projeto audacioso, e a todos do Estúdio Som de Vera Cruz, pelo trabalho bem feito.

Você pode assistir tanto a versão dublada como a original de KonoSuba na Crunchyroll, assim como outros títulos também disponíveis em português.

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Primeiras Impressões | Demon Slayer: Kimetsu no Yaiba e Hitoribocchi

Mais uma temporada de animes se inicia e estou aqui mais uma vez para dar minhas primeiras impressões sobre as estreias da Primavera 2019. Nessa temporada, irei juntar alguns animes e fazer em um texto só. Meus colegas de equipe farão como eles quiserem.

Já adianto, essa temporada está bem fraca. Pra esse primeiro post, trouxe dois animes distintos: uma das grandes promessas e uma maravilhosa surpresa. Vamos lá!

Demon Slayer: Kimetsu no Yaiba

Um dos grandes destaques da temporada. Além de ser um mangá da Shounen Jump, que divide opiniões pra falar a verdade, ele está sendo produzido pelo estúdio Ufotable, bastante conhecido pelos fãs da franquia Fate/.

Uma sinopse rápida:

Após ter sua família morta por um Oni e ter sua irmã transformada em um, Tanjiro sai em uma jornada para tentar reverter a transformação e encontrar o responsável pelos eventos.

Bom, nesse primeiro episódio, o anime começou com o pé direito, eu diria, mas com algumas ressalvas. Há quem ame ou odeie o estilo de animação da Ufotable, mas não dá pra negar que funciona quando o assunto é fazer cenas de ação.
O uso de CG em algumas cenas me incomodaram, pois nenhuma delas precisava ter computação gráfica, eram cenas simples como o Tanjiro se virando ou andando. Sem falar no pombo, que ficou feio, mas aí sou eu fazendo nitpicking.

Sobre Tanjiro e Nezuko, nossos protagonistas, é muito cedo pra falar, foi só o primeiro capítulo. Mas o que deu pra perceber é que Tanjiro encarna o espírito do protagonista de shounen sem nem titubear.

Em termos de direção e composição de série, o anime é simplesmente copia e cola do mangá. É tudo igual, os caras não inovaram em nada, é basicamente o mangá em movimento.

Há bastante diálogos internos que não se encaixaram, são basicamente monólogos no meio das cenas e que quebram o ritmo. Falando em ritmo, o de Kimetsu no Yaiba é muito acelerado e não sabe a hora de parar e terminar o episódio, pareceu 2 episódios em 1.

No geral, promete ser um ótimo anime de lutinha pra acompanhar, e estou torcendo para que a animação dos poderes da abertura, sejam a mesma do anime em si. Aliás, baita abertura.

Foram confirmados 26 episódios para o anime, mas não foi dito se será 2 cours ou split-cour. O anime está disponível na Crunchyroll.


Hitoribocchi no Marumaruseikatsu

Cara… o que falar dessa MARAVILHA?

Não sou muito chegado em animes totalmente moe sem muito foco em narrativa, o máximo que devo ter aguentado foi Yuru Camp, lançado em 2018, mas Hitori Bocchi me pegou em cheio.

A história segue Bocchi, uma menina tímida que tem que criar laços com toda sua turma do Ensino Médio, por conta de uma promessa feita com sua única amiga de infância. É baseado em um 4-koma e produzido pelo estúdio C2C.

Eu obviamente me identifiquei com a Bocchi, mas ao contrário dela, as pessoas que vinham até mim (por bem ou por mal), então não adiantou nada no meu caso. As situações em que a Bocchi acaba parando, para conseguir ser amiga da Nako são hilárias e, de certa forma, idiotas, mas acabam funcionando por conta da direção. O timing cômico é excelente, e consegue dividir bem atenção com os momentos dramáticos.

Em questão de animação, o anime é bom naquilo que se propõe, não precisa de muito para funcionar.

Os problemas de relacionamento no Japão (e no resto do mundo) são bem conhecidos por suas extremidades, você pode ir do céu ao inferno. Não irei comentar muito, pois vem de uma visão ocidental, e o anime nem toca TANTO nesse assunto, pelo menos no primeiro episódio.

A trilha sonora contém SAMBA, só isso é o suficiente.

Hitoribocchi no Marumaruseikatsu terá 12 episódios e também está disponível na Crunchyroll.


Iria ter um terceiro anime nesse post, Mayonaka no Occult Koumuin, mas é muito chato e acabei dormindo. Tem na Crunchyroll pra quem quiser ver.
É isto, em breve volto com mais animes!
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GRANBLUE FANTASY: The Animation é o ápice de uma adaptação de videogame

Sei que o título pode parecer sensacionalista – e se pararmos para analisar, esse post inteiro vai ser sobre como realmente é de um sensacionalismo descarado – mas é uma afirmação que eu gostaria de defender e só desistirei por cima do meu cadáver. Não que seja muito difícil.

Granblue Fantasy, um mobile game (popularmente conhecido como “mobage”) da gigante nipônica Cygames, completará cinco anos de vida no próximo dia 10 de março, e as festividades dentro do jogo só estão por começar. Aproveitando o momento, dedicarei uma postagem a sua adaptação em animê, que aconteceu em meados de 2017 e foi uma surpresa enorme para todos os envolvidos, uma enxurrada de dinheiro para os produtores, e uma lição não só de direção, como também de marketing.

Quando olhamos para o histórico de adaptações de jogos, sejam elas americanas ou japonesas, em quaisquer mídias que sejam… Não temos uma boa impressão. Aberrações como os filmes de Mortal Kombat e de Tekken são o que surgem na mente, e claro que com um passado assim, fica fácil duvidar de entradas futuras no gênero. Mas nem tudo é um Super Mario Bros. (1993) no mundo dos videogames, e a animação de Granblue Fantasy conseguiu mostrar que com grana e com jeito, se adapta o jogo do sujeito.

Aquela velha história: Eu sou fã e quero service

Questões que precisam ser muito bem pensadas quando passamos uma história de um videogame para um seriado são, entre outras: Como adaptar mecânicas do jogo para uma história “real”; Como deixar o desenvolvimento da trama mais dinâmico e verossímil; E como agradar os fãs que esperam ver suas personagens prediletas do jogo, mesmo elas não fazendo parte da trama principal. Isso tudo, enquanto se preocupam com os assuntos já comuns para um animê: direção, coreografia, animação, OST… É um saldo de trabalho extra que se faz necessário para garantir o sucesso do projeto.

Dissecando cada um dos pontos, começo pelo que eu acredito ser a essência da falha de qualquer adaptação de jogo: as suas malditas mecânicas e como transformá-las. Granblue Fantasy é um jogo relativamente complexo, e que possui cinco anos de conteúdo sendo adicionado com uma frequência semanal. Onde eu quero chegar é que: seria muito fácil de estragar o negócio, se você tentasse. Tem muita coisa que você poderia tentar trazer que ficaria simplesmente bizarro dentro de um universo animado, e por mais incrível que isso possa parecer, o mérito da animação em questão foi justamente… A inação.

Às vezes, a melhor forma de fazer alguma coisa é se ater ao básico. Não é preciso “frufrulizar” o negócio para ele ser consistente. Ao se manter longe de suas famosas extravagâncias, a animação conseguiu trazer sua essência mostrando apenas o essencial. Um exemplo perfeito disso? A mecânica de “evocações”, que é um conceito-chave do jogo, e que é over-the-top demais para uma animação que quer ser levada a sério. Para mostrar o seu efeito ingame (que é de fortalecer seus aliados ou enfraquecer os inimigos), não foi preciso trazer o fim do mundo ao evocar o Deus-Dragão da destruição.

Tá certo que evocaram o tal deus da destruição no primeiro episódio, mas depois? Uma luzinha e uma mão no peito tá mais que de bom tamanho.

Partimos pro segundo ponto, para analisarmos como fazer a história funcionar. Se você já jogou um mobage na sua vida (ou qualquer JRPG, pra ser sincero), sabe como eles são repletos de cenas fragmentadas, encontros aleatórios destruindo conversas e uma introdução fraca e genérica que claramente não foi feita com muito esforço pois o objetivo do jogo é ser um moneygrab instantâneo e não um mundo rico em ambientação. É normal que, só depois de se estabilizarem com relativo sucesso, que esse tipo de jogo comece a investir, de fato, em sua produção.

Granblue Fantasy não foge disso, e tem em seus primeiros capítulos uma trama tão aguada que parece caldo de cana de rodoviária. Mas é a introdução da história, e se você quer fazer uma adaptação do jogo, é preciso passar por ela. O que fazer, então? Você pode apenas cortar as partes irrelevantes e todos os encontros aleatórios (ou não, vai que você queira que monstros apareçam a cada três frases? Tem doido pra tudo) e deixar a história ainda sem graça, mas um pouco menos irritante… Ou você pode aproveitar essa chance para dar um empenho tão grande quanto o atual para uma parte antiga do seu trabalho.

Ao reescrever as partes iniciais, a animação conseguiu não mudar os principais pontos de roteiro, mas deixar tudo mais claro, mais lógico e com mais emoção. No show, eles foram capazes de destrinchar a personalidade das protagonistas, encaixar acontecimentos em momentos mais oportunos, e fazer com que encontros se tornassem mais naturais. É o reboot que arruma a maioria dos problemas causados pela falta de interesse da obra original.

Tem como não adorar essa garota?

Acredito eu, porém, que apesar de tudo já comentado, um detalhe menor mas que pode causar a maior quantidade de discórdia entre sua audiência é a falta de “secundários”. Tendo exatamente 546 personagens jogáveis no momento em que escrevo esta postagem (considerando versões alternativas e colaborações), fora os incontáveis NPCs que povoam os céus, é literalmente impossível agradar todas as pessoas que estão esperançosas de ver sua personagem predileta animada nas telinhas. E para piorar, fora de eventos específicos ou episódios especiais, a maioria dessas pessoas nunca nem dá as caras na história principal (que é o que você vai adaptar). Como lidar com essa situação, sem causar o apocalipse na internet?

Se tivéssemos tempo, dinheiro e dedicação o suficiente, seria fácil fazer um animê que fique vinte anos no ar (acredita que One piece estreou em 1999? Puta merda bicho), e adapte todas as histórias que já aconteceram no jogo. Mas como esse não é o caso, e você tem míseros três meses de exibição semanal para trabalhar, é preciso um planejamento extra para isso.

Dentro do próprio jogo, existem votações mensais de personagens prediletas, então saber quem são as mais populares foi fácil. Eles só precisavam de uma desculpa para colocá-las na animação, e estaríamos prontos. É aí que o parágrafo anterior ganha um brilho extra: já que já estamos mudando a história um pouco, qual o problema de uma ou duas mudanças a mais? De uma forma que pareceu natural e orgânica, as personagens marcantes do jogo foram inseridas dentro do mundo, e interagiram ou ganharam screentime sem parecer terem sido forçadas. Muito pelo contrário, conseguiram trazer personalidade e vida à ambientação, deixando cada ilha muito mais rica.

Mas é ÓBVIO que a maioria das personagens mais populares seriam todas garotas, o que você estava esperando?

Olhando todos esses fatores juntos, percebemos que a direção do animê (feita por Yuuki Itou) trouxe muito conhecimento de causa e conseguiu transformar um material mediano (para não dizer medíocre) em um show genuinamente interessante, não só para os fãs do jogo, como para quem está conhecendo a franquia por ele. E os números comprovam que não sou só eu quem acha isso, vendendo uma média de 57 mil cópias por volume (ficando em nono lugar no ranking de vendas de Blurays da história registrada!).

E lembra daquela lição de Marketing? Tenho certeza que adicionar códigos para itens exclusivos dentro do jogo não tem relação nenhuma com o magnificente sucesso de vendas da série.

A série completa pode ser assistida na plataforma de Streaming Crunchyroll, e uma segunda temporada já está em produção. E se tiver interesse, o jogo se encontra disponível em inglês para PC, Android e iOS.

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Yorozuya #2: Vinland Saga está entre nós!

Edição matinal do Yorozuya, pois os japas não dormem e soltaram muitas coisas durante a madrugada. Sem enrolações, vamos para as notícias.

  • Vinland Saga ganha novo trailer e visual:

Foi divulgado nas redes sociais do anime de Vinland Saga, um novo trailer, agora animado, da adaptação do mangá de Makoto Yukimura. Confira:

Novo visual do anime.

Também foram divulgados os primeiros dubladores do anime: Shizuka Ishigami como Thorfinn criança, Yuto Uemura como Thorfinn adolescente e Kenichiro Matsuda como Thors.

 

A equipe do anime de Vinland Saga é composta por: Shuhei Yabuta (Inuyashiki) na direção, Hiroshi Seko (Mob Psycho 100) na composição de série, Takahiko Abiru no design de personagens, Bamboo nos cenários; e Yutaka Yamada na trilha sonora. A produção do anime está nas mãos do WitStudio (Attack on Titan) e ainda não tem data de lançamento.


  • KonoSuba: Kurenai Densetsu ganha seu primeiro teaser:

A Kadokawa divulgou o primeiro preview do filme KonoSuba: Kurenai Densetsu, que está sendo produzido pela J.C. Staff. Confira:

Pouco se sabe sobre a enredo o filme, mas tudo indica que a light novel “Kono Subarashii Sekai ni Bakuen wo!“, com foco na Megumin, seja a base da história.

Apesar de ser por um estúdio diferente, a equipe responsável pelo filme é a mesma das duas temporadas do anime.


  • Beastars ganha primeiro visual

Como dito no primeiro Yorozuya, o mangá Beastars irá ganhar uma adaptação em anime, pois bem, hoje foi divulgado o primeiro visual do anime, que você pode conferir abaixo:


  • Monogatari Series terá evento em comemoração aos 10 anos do anime:

Foi anunciado no site de Monogatari Series, um evento em comemoração aos 10 anos do anime. O “Monogatari Fes 10th Anniversary Story” acontecerá no dia 11 de maio, no Makuhari Messe, na cidade de Chiba.

Além disso, foi anunciado a data de estreia da versão televisiva de Zoku Owarimonogatari, que estreou nos cinemas no final do ano passado: 18 de maio, dividido em 6 episódios.

Capa do primeiro volume do BD/DVD.

Lembrando que o primeiro volume do Blu-ray/DVD de Zoku Owarimonogatari, tem previsão de lançamento para o dia 27 de fevereiro. Já o segundo, no dia 27 de março.


Por enquanto é isso, caso tenha mais notícias durante o dia, ficará para a terceira edição.

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Yorozuya #1: Titãs, Furries e Astronautas

Sejam bem vindos ao primeiro Yorozuya (GintamaFag na área), um post diário (ou não) reunindo as principais notícias do dia sobre animes e mangás. Decidi fazer nesse formato, pois a maioria das notícias que saem, não possuem tantas informações assim. Pois bem, vamos então para as noticias.

  • Segunda Parte da Terceira temporada de Attack on Titan ganha trailer:

Foi divulgado no último domingo, o primeiro trailer do segundo cour da terceira temporada de Attack on Titan (Shingeki no Kyojin). O trailer dá uma amostra sobre o que podemos esperar dessa segunda metade, que terá foco na ação. Confira:

Attack on Titan S3 tem previsão de retorno para Abril de 2019.


  • Beastars ganhará uma adaptação em anime:

Parece que o informante da Panini está trabalhando bem, ein? Poucos dias após confirmar que lançará o mangá no Brasil, a obra Beastars, escrita e ilustrada por Paru Itagaki, ganhará uma adaptação em anime. O anúncio foi feito na mais recente edição da Shounen Champion, onde o mangá é publicado.

Em um mundo povoado por animais antropomórficos, herbívoros e carnívoros coexistem. Para os adolescentes da Escola Cherryton, a vida escolar é cheia de esperança, romance, desconfiança e incertezas. O personagem principal é Legosi, um Lobo, membro do clube de drama. Apenas de sua aparência assustadora, ele tem um coração bem gentil. Por boa parte de sua vida, ele sempre foi objetivo de medo e ódio pelos outros animais, e ele já se acostumou com esse estilo de vida. Mas logo, ele acaba se envolvendo mais com seus colegas de classe que tem suas próprias porções de inseguranças e tem suas vidas escolares mudando lentamente.

O estúdio responsável pela adaptação será o Orange, que ficou conhecido pelo excelente uso de CGI no anime Houseki no Kuni. A equipe ainda não foi anunciada e não há previsão de lançamento.

  • Astra Lost in Space tem adaptação em anime confirmado:

Durante a madrugada, os leitores de Astra Lost In Space, mangá escrito e ilustrado por Kenta Shinohara (Sket Dance), foram pegos de surpresa, quando o site sobre a adaptação animada do mangá foi ao ar, trazendo a confirmação sobre o anime, e as principais informações sobre o mesmo.

Confira o primeiro visual do anime:

Ano 2061, quando as viagens espaciais são agora possíveis e comercialmente viáveis, e os estudantes da Caird High School embarcam em seu Planeta Camp. Mas logo após o Grupo B5 chegar ao acampamento planetário, uma misteriosa e imprevisível esfera de luz enviou seus 9 membros para o espaço sideral, deixando-os a 5012 anos-luz de distância de seu planeta natal.

Com a descoberta de uma nave espacial não tripulada nas proximidades, os estudantes devem permanecer fortes, administrar seus recursos limitados e permanecer unidos na escuridão do espaço, para que todos possam sobreviver à sua longa e perigosa jornada de volta para casa a bordo do Astra.

Astra Lost in Space terá a direção de Masaomi Ando (Kuzu no Honkai), composição de série de Norimitsu Kaiho (Danganronpa 3: Kibou Hen) e design de personagens de Keiko Kurosawa (Asobi Asobase). A produção ficará nas mãos do estúdio Lerche, de Asobi Asobase e Assassination Classroom.

Ainda não há previsão para o lançamento, mas será ainda em 2019.


  • Mappa adaptará To the Abandoned Sacred Beasts para anime:

O estúdio Mappa (Banana Fish e Zombieland Saga) anunciou nessa terça-feira, a adaptação em anime do mangá To the Abandoned Sacred Beasts (Katsute Kami datta Kemonotachi e), de Maybe. O anime ainda não tem data para estrear, mas foi confirmado para 2019.

Foi divulgado o primeiro visual do anime, além dos designs dos protagonistas Nancy Schaal Bancroft (Ai Kakuma) e Hank (Katsuyuki Konishi):

 

Durante a demorada Guerra Civil entre Norte e Sul, um grande número de habitantes do norte usaram magia negra para criar Super Soldados monstruosos chamados de Encarnados. Agora, que a guerra chegou ao fim, essas Bestas Sagradas precisam aprender a conviver nessa pacífica sociedade, ou irão encarar a morte nas mãos de Caçadores de Bestas.

Nancy Schaal Bancroft, a filha de um Encarnado, decide se tornar uma caçadora. Mas, assim que ela alcança sua presa, ela descobre a dura verdade sobre a vida dessas Bestas Sagradas.

A staff do anime também foi anunciada: Jun Shishido (Hajime no Ippo Risign) na direção, Shigeru Murakoshi (Zombieland Saga) na composição de série, Daisuke Niinuma no design de personagens e diretor de animação chefe.


E por hoje é só pessoal!

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Primeiras Impressões | The Quintessential Quintuplets

Tá bom, eu sei que estamos aqui para comentar sobre o animê e tudo mais, mas de verdade, deixa eu repassar uns números pra vocês antes, pode ser?

Segundo um relatório da National Vital Statistics dos Estados Unidos (semelhante ao IBGE), nascem no território do Tio Sam, em média, sessenta quintupletos (ou múltiplos maiores. Depois de cinco, não vale muito a pena separar os casos) por ano. Considerando todos os nascimentos, as chances estimadas estão em torno de um caso em cada sessenta milhões (1:60.000.000).

Com uma pesquisa rápida no Google, você descobre que as chances de ganhar na Mega-Sena, com uma aposta mínima, é de uma chance em 50.063.860.
Os pais dessas meninas podiam ter ganhado na loteria, mas preferiram gastar a sorte deles ao parir quintupletos. Mas sinceramente falando, se você soubesse que suas cinco filhas seriam tão bonitinhas assim, você não aceitaria esse negócio também? Ninguém pode te julgar.

Voltemos ao que interessa, porém, e falemos do negócio em si. Baseado num mangá por Negi Haruba, “Gotoubun no Hanayome” (lit. “As noivas quíntuplas“) está em publicação desde 2017 na Shounen Magazine, e foi licenciado nos Estados Unidos pela Kodansha no meio do ano passado. O autor não tem lá muitos trabalhos anteriores, mas tem uma ótima arte e parece conseguir se virar nos roteiros.

Falando em roteiros, existem algumas situações na ficção onde fica claro quando o autor está tentando ser autobiográfico e quando ele está tentando escrever uma obra de autorrealização. Mas sabe que olhando para QuiQui (Essa não é a abreviação oficial mas ninguém vai me impedir de usá-la), o cara provavelmente fez os dois ao mesmo tempo.

Digo, dá uma olhada na situação: Um cara solitário e pobre, mas que é muito inteligente e tem boas intenções. Esse é, com certeza, o maior self-insert da história.
Aí você olha pro outro lado e vê cinco garotas lindas e milionárias que estão desesperadamente necessitando da sua ajuda e estão dispostas a pagar para ter você na casa delas. Ok, colocando dessa forma isso soou estranho… Mas essa dubiedade até que ajuda o meu argumento: É ou não é um sonho frustrado sendo realizado na ficção?

Mais uma vez, a dubiedade defende meu argumento.

Algo que eu achei incrível, porém, é que mesmo sendo um pedaço de papelão com buraco no rosto para você encaixar o seu próprio, o protagonista – Futaro Uesugi – conseguiu se mostrar como uma pessoa de personalidade e que é gostável, não apenas por ser fácil de se identificar com, mas por ter suas próprias características e trejeitos.

E as garotas… Ah, o que falar dessas garotas, hein? Tem a Nakano, a Nakano, a Nakano, também a Nakano e por fim a Nakano… São todas boas garotas. É, elas são irmãs e eu me recuso a chamá-las pelo primeiro nome pois chamar cinco personagens da mesma forma é muito mais engraçado. E como sabemos, não tem muito o que falar individualmente de cada uma, sem causar a temida waifu war que é sempre o maior centro de atividade em animês harém. Então eu uso desse artifício para poder dizer sem medo que a Nakano é a melhor garota.

Piadas a parte, as garotas caem muito facilmente nos estereótipos mais comuns do gênero: Temos a Tsundere, a garota quieta, a Tomboy esportista, a garota alegre e hiperativa, e a garota que eu gosto de chamar como “A ‘normalque claramente vai vencer pois está na capa da obra“. Apesar de serem irmãs gêmeas, a única coisa que as liga é o sobrenome e a burrice. E admito que o autor teve o talento de transformar essa incapacidade intelectual das personagens em charme. Somado com o character design que já é de ponta, cada protagonista se torna especial e notável.
Claro, dentro dos padrões de haréns.

A cara da sua waifu ao descobrir que ela será esquecida e trocada por outro daqui três meses.

E agora voltando às piadas, que deixamos de lado no parágrafo anterior, o show se trata de uma comédia romântica, e portanto, deve ter um aspecto cômico e um aspecto romântico. Podemos dissecar ambos e falar sobre um de cada vez.
A comédia é suave e singela. Não é aquele tipo escrachado de humor, onde situações absurdas ou punchlines acontecem a cada dez ou quinze segundos. É um humor mais elaborado, mais lento. Eles preparam uma piada por alguns minutos, deixam ela marinando até chegar no ponto, e conseguem soltar com um timing que até então foi impecável. Não é um animê onde você passa mais tempo rindo do que assistindo, mas que consegue ser divertido de forma mais “chique”.

De forma semelhante, o clima “romântico” da obra também fica só no ar o tempo inteiro, sem nunca se estabelecer por completo. Pelas primeiras cenas do show, fica claro que o protagonista irá se casar com uma das garotas (OH MEU DEUS COM QUAL DELAS SERÁ?), fazendo com que toda a duração do animê se torne uma versão nipônica de How I Met Your Mother. Eu acho, nunca assisti How I Met Your Mother. Mas é interessante acompanhar como Futaro se esforça para ganhar a confiança das irmãs, uma a uma, para que possa enfim tentar ensinar alguma coisa para elas. E em troca, ele acaba também aprendendo a lidar melhor com pessoas. Pode até não ser amoroso, mas é isso que relacionamentos são, e QuiQui coloca os pingos nos i’s nesse quesito.

Nas palavras de Ted Mosby: “É quase que insano a quantidade de coisas que aconteceram em apenas um dia e meio…” – How I Met Your Mother S09E20

Por fim, eu preciso dedicar um parágrafo inteiro para falar sobre o elenco de dublagem desse show. Com uma equipe praticamente inteira composta por profissionais AAA, chega até a ser suspeito. Minase Inori, Hanazawa Kana, Taketatsu Ayana, Sakura Ayane, Itou Miku e Matsuoka Yoshitsugu são quem dão as vozes para as seis personagens principais. Se você acompanha o cenário de dublagem japonês, você com certeza reconheceu praticamente todos esses nomes. E se não acompanha, com certeza reconhecerá as vozes quando ouvi-las. São gigantes da indústria trabalhando em conjunto para fazer uma animação legal.

Quando olhamos para esse elenco todo, sempre se levanta aquela suspeita. Afinal, não é nada incomum você ter haréns genéricos (como é o caso) onde a única função é vender bonequinhos e CDs de música. Consigo pensar em uns dez casos só de cabeça, onde a história é negligenciada pois eles sabem que ninguém se importa, afinal, eles só precisam vender os singles.

Mas isso não é uma preocupação, por enquanto, com QuiQui. Apesar de ter certeza que eles vão ganhar toneladas de dinheiro com os respectivos bonequinhos e CDs (inclusive confesso estar tentado), a trama parece estar se levando a sério o suficiente para ser aproveitável em si própria.

Assim, The Quintessential Quintuplets trouxe uma boa impressão, e começa a temporada com um confortável 7/10, me deixando bem ansioso por novos episódios.

Você pode assistir ao show na Crunchyroll, que traz novos episódios todas as quintas-feiras, com legendas em português.

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Primeiras Impressões | The Rising of the Shield Hero

Se tem uma coisa na indústria de animês que está mais saturada que o Reclame Aqui depois da Black Friday, com certeza é o gênero “isekai“. Eu sou um cara que gosta de clichês e que curte sempre as mesmas coisas repetidas vezes, mas mesmo pra mim… Putz mano, isekai já tá forçando a barra, não é mesmo?

Acontece que japonês é um povo estranho e não pensa assim, e continuamos com nossa leva sem fim de animês isekai sendo adaptados das mais diversas fontes. E como você pode imaginar, o que vamos falar hoje é justamente um isekai vindo de uma Light Novel.

Escrita por Yusagi Aneko, “Tate no Yusha no Nariagari” (lit. “A ascensão do herói do escudo“), como você pode suspeitar, fez relativo sucesso lá pela terra do sushi. Vendendo aproximadamente 3,3 milhões de cópias, recebeu adaptação em mangá, spin-offs e tudo que você tem direito.
Só quando foi licenciado nos Estados Unidos, pela One Peace Books, que sua “fama” cresceu no oeste. E eu uso as aspas pois a fama que Shield Hero tem no ocidente não é nada boa.

Você raramente vai me ver falando sobre assuntos polêmicos “da atualidade” pois do meu histórico, a maioria das pessoas que falam, não sabem do que estão falando. Eu incluso! Por isso, prefiro apenas omitir minha opinião sem embasamento (e queria que mais pessoas fizessem o mesmo). Mas quando o dever chama, acabamos precisando comentar. E é o caso aqui. A tal “infâmia” de Shield Hero se dá por conta de alguns temas delicados no ocidente.

Basta ler a sinopse, que você já identifica o primeiro: o protagonista, Naofumi Iwatani, é – falsamente – acusado de assédio sexual, e perde praticamente tudo que tinha recebido ao chegar no mundo alternativo. É um assunto complicado, ainda mais nos dias atuais, onde mais e mais alegações de assédio surgem na mídia. Foi um lançamento na hora errada, e no lugar errado.
Já o segundo não está tão escancarado, mas nota-se logo de início: como o autor e sua personagem principal lidam com o já famoso tropo de “escravidão num mundo alternativo“. Acho que não preciso entrar em detalhes sobre qual a causa da discórdia aqui, né?

Aquele momento que a personagem secundária é self-aware.

Da mesma forma que recentemente tivemos um surto da utilização da violência sexual como ferramenta de roteiro (Goblin Slayer, Sword Art Online Alicization, entre outros), vemos as alegações contra Shield Hero dividindo opiniões. Há quem diga que é apenas uma ficção e que esse tipo de ação só serve como engrenagens para girar a obra; e há quem diga que essas coisas são inaceitáveis, independente de qual o meio ou por qual motivo elas são empregadas.

Qualquer que seja sua opinião sobre o assunto, acontece que o autor já escreveu o negócio, e tal negócio já foi adaptado em animação, e cá estamos nós. Eu estava legitimamente surpreso com a qualidade da escrita nos primeiros momentos da obra. A reação das personagens aos acontecimentos eram muito reais e convincentes, dentro do pouco que nós conhecemos delas. Nos quarenta e tantos minutos iniciais da obra (que teve um primeiro episódio duplo), eu realmente me vi simpatizando com o pobre herói do escudo.

Mas… O resto dos episódios aconteceu. A história e o protagonista deram uma virada tão grande, tão rápidos, que eu quase fiquei zonzo. Do nada, tudo se tornou sombrio e forçado demais, parece que o autor se esforçou pra fazer com que o roteiro se tornasse o mais edgy possível. Forçou tanto, que acabou fazendo até com que sua personagem principal se descaracterizasse completamente. O pior é que logo depois, ele começa a mesclar as “duas personalidades” do cara, e o herói do escudo se torna um herói inconsistente, tentando ser edgy e fofo ao mesmo tempo. Simplesmente não dá.

Outro ponto a se levantar é sobre a construção de mundo. Não é incomum uma ambientação acabar sendo muito mais legal do que uma história (como eu vivia dizendo sobre Re:Zero). E o mundo de Shield Hero é um desses casos interessantes… Ao menos no papel.
Um reino com profecias antigas proclamando o fim dos tempos; problemas sociais e preconceitos conduzindo o subconsciente popular e corrompendo pessoas; uma sociedade matriarcal, onde a mulher é a autoridade maior. Mas quando vemos a realidade, temos apenas uma trama genérica sobre heróis que salvarão o mundo; uma sociedade escravocrata e que não tem nenhum desconforto com o seus preconceitos; e um reino matriarcal que é governado… Por um homem. São boas ideias, mas que ficam só no campo das ideias mesmo e nunca são executadas.

Ao menos a gente consegue salvar qualquer coisa através de memes, não é mesmo?

Quando olhamos para a parte técnica, porém, não há nada sobre o que reclamar. A animação está linda (pelo estúdio Kinema Citrus), a dublagem me deixou boquiaberto (meus destaques vão pro Kaito Ishikawa, Yoshitsugu Matsuoka e pra Asami Seto, o Herói do Escudo, o Herói da Espada e Raphtalia, respectivamente), as músicas fazem jus ao momento (por Fumiyuki Gou), e por mais conturbado que seja o material original, a direção fez o que pôde para torná-lo assistível (palmas para Takao Abo). É uma equipe e tanto trabalhando para tentar tirar leite de pedra.

A conclusão que se pode tirar é que se não parecesse tanto ser uma ficção de auto-realização vingativa, o show poderia ser melhor. Ele tem algumas ideias boas e algumas personagens interessantes, o único problema é que tudo isso é deixado em segundo plano, para dar foco a uma vingança forçada e que se esforça para parecer “adulta e sombria”, quando na verdade acaba tendo um efeito contrário, fazendo-a parecer boba e sem sentido.

Com o que temos pra hoje, a obra fica muito abaixo do que poderia ser, e embora ainda seja assistível, beira o medíocre e não traz muito divertimento. As primeiras impressões sobre o herói do escudo o deixam com uma nota de 4/10, e só podemos torcer para que o desenvolvimento da trama faça com que as partes boas sobreponham as partes ruins, que tiveram o foco até então.

Você pode assistir a The Rising of the Shield Hero pela Crunchyroll, que faz a transmissão simultânea com o Japão, com novos episódios todas as quartas-feiras.