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Homem-Aranha | O Cabeça de Teia no mundo dos games

Ah, o Homem-Aranha! Um herói que certamente tem muita história para contar. O nosso amigão da vizinhança já passou vários problemas em sua humilde vida,que inclui: ser clonado várias vezes, perder sua amada, fazer pacto com o diabo e dentre outras coisas. Mas estamos aqui para falar de coisa boa, então depois do Guia de leitura do Homem-Aranha e As versões alternativas do Teioso a Torre de Vigilância orgulhosamente apresenta: Homem-Aranha | O Cabeça de Teia no mundo nos games!


Atari 2600- Spider-Man (1982)

Lançado oficialmente em 1982 para Atari 2600, em Spide-Man você tem apenas um único objetivo: não deixar ser atingido por bombas que aparecerão no caminho. Mas, como nada é um mar de rosas, no final de cada fase o jogador terá que enfrentar o maior inimigo do cabeça de teia: o temível Duende Verde! Caso queira dar uma jogada e lembrar um pouco do passado, existem emuladores por toda internet que podem ser baixados gratuitamente.

Plataformas: Atari 2600


Questprobe: Spider-Man (1984)

Antes mesmo do lançamento do primeiro jogo do Homem-Aranha para Atari, um pequeno desenvolvedor tinha uma brilhante ideia: ”por quê não desenvolver jogos no estilo de livros?” E assim nasceu Questprobe: Spider-Man, onde por meio de escolhas o jogador tinha que salvar o Clarim Diário do Sexteto Sinistro e assim J.J. Jameson continuar publicando seus jornais.

Plataformas: TRS-80, Apple 2, Commodore 16, Spectrum e CP500


The Amazing Spider-Man & Captain America in Dr. Doom’s Revenge (1989)

Nessa aventura em formato de história em quadrinhos, o amigão da vizinhança e o sentinela da liberdade têm a difícil missão de invadir o castelo do Doutor Destino para poder impedir que o soberano da Latvéria ataque Nova York usando bombas nucleares.

Plataformas: PC XT/AT


The Amazing Spider-Man (1990)

Com o sucesso do Game Boy na época, a Marvel não podia deixar de lado o seu maior trunfo. Desenvolvido pela Rareware, The Amazing Spider Man é um game bem simples porém fazia os jogadores na época ficarem totalmente envolvidos por ele. A trama conta a história de mutantes que sequestram a Mary Jane e ameaçam matá-la caso seus pedidos não forem aceitos.

Plataformas: Game Boy


The Amazing Spider-Man (1990)

Não contendo nenhum tipo de violência, The Amazing Spider Man para IBM PC, é um game bem simpático e amigável. Nessa aventura, o amigão da vizinhança tem que escapar de um labirinto construído pelo Mistério e ao mesmo resgatar o amor de sua vida, Mary Jane Watson.

Plataformas: IBM PC e Amiga


Spider Man: The Video Game (1991)

Lembra daquela época que você pegava o dinheiro da merenda para ir ao fliperama? Bem, Spider Man: The Video Game tinha justamente esse objetivo, fazer gastar o dinheiro do lanche com ele mesmo. Nessa aventura de até 4 jogadores, Homem-Aranha, Namor, Gata Negra e Gavião Arqueiro tem que enfrentar o Sexteto Sinistro antes que eles destruam Nova York.

Plataformas: Arcade


Spider-Man vs. The Kingpin (1991) 

Intitulado pelos fãs como: ”o jogo mais difícil do teioso já lançado”, nele o jogador tem a difícil missão de viver a vida do nosso querido Peter Parker, onde igual nas HQS, se a teia do lançador de teias acabar, você terá que comprar outro com o dinheiro que recebe do  Clarim Diário. Já como Homem-Aranha, Peter tem que investigar crimes envolvendo o Rei do Crime.

Plataformas: Sega Genesis, Game Gear Master System


The Amazing Spider-Man 2 (1992)

Continuação de The Amazing Spider Man, The Amazing Spider Man 2 trás desta vez Duende Macabro como principal antagonista, que comete um crime e coloca a culpa no nosso herói mascarado. Então, Homem-Aranha tem que ir atrás do vilão para que ele possa falar a verdade e se livrar de toda a culpa.

Plataformas: Game Boy


Spider-Man: Return of the Sinister Six (1993)

Com ótimos gráficos para a época, Spider-Man: Return of the Sinister Six traz novamente o cabeça de teia contra o Sexteto Sinistro, porém desta vez o nosso herói está sozinho nessa jornada, que prometia divertir e dificultar a vida dos jogadores.

Plataformas: NES, Game Gear, Master System


Spider-Man/X-Men in Arcades Revenge (1993)

 Em Spider-Man/X-Men in Arcades Revenge, Ciclope,Tempestade, Wolverine e Gambit são raptados pelo vilão Arcade, que prende os heróis em um parque de diversões assassino. Agora resta para o amigão da vizinhança salvar o dia dos Mutantes. Após uma determinada parte do game, o jogador tem o direito de escolher entre poder jogar com o Homem-Aranha ou com os X-Men.


The Amazing Spider-Man 3: Invasion of the Spider Slayers (1993)

Um jogo totalmente simples e praticamente com o único objetivo, o jogador apenas tem a missão de derrotar bandidos que pretendem invadir o Central Park para causar pânico na população.

Plataformas: Game Boy


Spider-Man/Venom: Maximum Carnage (1994)

Spider-Man: Separation Anxiety (1994) VERSÃO PARA SNES

Considerado por muito o jogo mais difícil do herói aracnídeo, nele o Homem-Aranha e o Venom tem que juntar forças para impedir que o Carnificina destrua Nova York.

Plataformas: Super NES, Genesis


Spider-Man Animated Series (1994)

Com a chegada da série animada do teioso, é claro que não poderia faltar um jogo para acompanhar. Praticamente todos os vilões do nosso herói aracnídeo conseguiram fugir da prisão e os mesmos vão atrás do Homem-Aranha em busca de vingança. Mas como todo herói tem amigos  super poderosos, o Quarteto Fantástico ajuda o cabeça de teia a derrotar seus inimigos.

Plataformas: Genesis e Super NES.


Spider-Man – Web of Fire  (1995)

Em Web of Fire, a cidade de Nova Yok está cercada de cabos elétricos, onde impede a entrada e saída dos cidadãos. Basta o Homem-Aranha investigar o por quê dessa rede e acabar uma vez por todas com esse plano maligno.

Plataformas: Sega 32X


Spider-Man (2000)

O ano de 2000 chegou com força total e junto com ele, o primeiro jogo totalmente 3D do escalador de paredes. Mesmo não sendo de mundo aberto, nele o jogador tem a total liberdade de se locomover entre um prédio e outro, usando suas teias. Vale lembrar que o game conta com a narração do Stan Lee; tanto em sua histórias e tanto em suas configurações 

Plataformas: : PlayStation, N64, IBM PC, Mac, Game Boy Color e Dreamcast


Spider-Man: Enter Electro (2001)

 Continuação direta  de Spider Man, nele o jogador tem que ir atrás de Electro para recuperar uma maleta que foi roubada dos laboratórios da Oscorp.  Stan Lee retorna como narrador e os trajes alternativos também estão de volta.

Plataformas: Playstation 


Spider-Man: Mysterio’s Menace (2001)

Primeiro jogo do herói para o Game Boy Advance, Mysterio’s Menace traz como antagonista o Mistério, que pretende controlar o teioso com suas ilusões. Resta ao jogador salvar a pele do Homem-Aranha e livrar Nova York das mãos do vilão.

Plataformas: Game Boy Advance, Playstation.


Spider Man: The game (2002)

Para comemorar a chegada do primeiro longa do cabeça de teia, Activision lançou um game baseado no mesmo.  A adaptação é relativamente fiel, tendo apenas algumas diferenças para ficar mais completa, como por exemplo a adição de alguns vilões que não estão presentes no filme.

Plataformas: Playstation 2, Nintendo Game Cube, XBox, Game Boy Advance e PC.


Spider-Man 2 (2004)

Com o sucesso de Spider-Man: The Game, Activision lançou um jogo baseado em Homem-Aranha 2, do Sam Raimi. Com algumas semelhanças ao seu antecessor, nele o herói tem que impedir que o Doutor Octopus destrua Nova York com um piscar de olhos. Como o filme é bastante limitado, a empresa teve que adicionar alguns inimigos à mais, como por exemplo a Gata Negra. 

Plataformas: Playstation 2, Game Cube, Xbox, PSP, PC


Ultimate Spider-Man (2005)

Com a chegada dos anos 2000, a Marvel lançou a linha Ultimate, onde tinha como principal objetivo modernizar todos os seus personagens. No jogo, você controla um jovem Peter Parker, que acabou de descobrir seus poderes e tem que lidá-los da melhor e pior forma possível.

Plataformas: Playstation 2, XBOX, PC, Game Boy, Nintendo DS e Game Cube.


 Spider-Man: Battle for New York (2006)

Exclusivo para consoles portáteis, em Battle for New York, o jogador tem a opção entre salvar a cidade ou destruí-la; ou seja, poderá jogar ou com o cabeça de teia ou com o Duente Verde. Além dessas duas opções, o game oferece um sistema onde você pode atualizar seus poderes, tanto com o mocinho e tanto com o vilão.

Plataformas: Nintendo DS e Game Boy Advence.

 


 

Spider-Man 3 (2007)

Baseado no longa de mesmo nome, em Spider-Man 3, o herói aracnídeo tem que investigar o sumiço do doutor Connors e ao mesmo tempo se livra do Simbionte Venom, que deixou sua vida de cabeça para baixo. Com o mesmo segmento dos seus antecessores, a Activision colocou alguns detalhes à mais, como a adição do vilão Escorpião.

Plataformas: Playstation 2, Playstation 3, XBOX 360, WII, PSP Nintendo DS.


 

Spider-Man: Web of Shadows (2008) VESÃO PARA O PLAYSTATION 3, XBOX 360 E PC

Spider-Man: Web of Shadows (2008)  VESÃO PARA O PLAYSTATION 2

Spider-Man: Web of Shadows (2008) VERSÃO PARA O NINTENDO DS

Com três versões diferentes, Spider-Man: Web of Shadows tem apenas um único enredo. Nele, o Homem-Aranha com a ajuda da S.H.I.E.L.D tem que descobrir o que está acontecendo com os cidadãos de Nova York, que estão sendo infectados por simbiontes e começaram um apocalipse desenfreado. Alguns heróis estão presentes no jogo, como pro exemplo: Wolverine, Luke Cage, Tempestade e a Viúva Negra.

Plataformas: Playstation 2, Playstation 3, XBOX 360, PC e Nintendo DS


Spider-Man: Shattered Dimensions (2010)

Imagine um jogo que o Homem-Aranha do passado, presente (sendo que o outro é do presente de uma realidade paralela) e futuro tem que trabalhar juntos para colocar a realidade em ordem novamente. Bem, essa é a proposta de Shattered Dimensions, onde um artefato nomeado de A Tábua da Ordem e do Caos é quebrado em quarto partes, e cada uma dessas partes foram para em uma realidade alternativa. Cabe a Madame Teia recrutar cada teioso para recuperar as peças e impedir que os vilões realizem seus desejos mais cruéis.

Plataformas: Playstation 3, XBOX 360, WII Nintendo DS.


Spider-Man: Edge of Time (2011)

Em um futuro distópico, Peter Parker é morto pelo Anti-Venom, cujo hóspede é Eddie Brock. Basta o  Miguel O’Hara voltar para o passado e impedir que o assassinato se concretize.

Plataformas: Playstation 3, XBOX 360 PC.


The Amazing Spider-Man (2012)

https://www.youtube.com/watch?v=4LMR6W5Q82k

The Amazing Spider-Man (2012) VERSÃO MOBILE

O jogo se passa alguns meses após os acontecimentos de O Espetacular Homem-Aranha, onde a Oscorp faz em segredo algumas experiencias com o sangue do Doutor Connors, que acaba resultado em seres monstruosos que fogem do laboratório onde estavam presos. Basta ao cabeça de teia paras esses mutantes antes que Nova York entre em caos total.

Plataformas: Playstation 3, XBOX 360, PC, Mobile, WII WIIU.


The Amazing Spider-Man 2 (2014)

 The Amazing Spider-Man 2 (2014) VERSÃO MOBILE

Passando simultaneamente com o filme, o jogo mostra Peter Parker em uma investigação com o objetivo de descobrir quem foi o assassino de seu tio, mas isso acaba o levando ao Rei do Crime; que não fica nada feliz com a história do rapaz.

Plataformas: Playstation 4, XBOX ONE, Playstation 3, XBOX 360, PC Mobile.


Spider-Man (2017)

Revelado durante a conferência da Sony na E3, Spider-Man será uma reformulação do universo do Aranha no mundo dos games, onde a Insomniac promete algo épico e empolgante para os fãs do herói. Apesar de não ter nenhuma ligação com os filme, o traje do cabeça de teia será uma mistura de todos os filmes do Homem-Aranha que já foram ao cinema, incluindo o mais recente do Tom Holland. Até o fechamento dessa matéria, não foi revelado nenhum detalhe da trama ou o vilão que atormentará a vida do cabeça de teia (rumores apontam que será o Senhor Negativo), apenas que o jogo será em mundo aberto.

Plataformas: Playstation 4. 


Menção Honrosa: Spider-Man: Friends or Foe (2007)

Em uma noite qualquer, todos os vilões do Homem-Aranha decidem atacá-lo, mas o feitiço virou contra o feiticeiro, e os malvados são sequestrados por uma raça alienígena no meio da batalha. Sem entender o que está acontecendo, o cabeça de teia recorre à S.H.I.E.L.D atrás de respostas. Com as cartas na mesa, Nick Fury explica que os aliens estão invadindo a terra para poder destruí-la. Basta ao nosso herói unir força com o Sexteto Sinistro para impedir que o planeta seja extinto.

Plataformas: Playstation 2, XBOX 360, PC PC.


Menção Honrosa: Ultimate Marvel VS Capcom 3 (2011)

Continuação direta de Marvel vs Capcom, no jogo Doutor Destino reúne os vilões mais poderosos do universo Marvel para juntar força com o Albert Wesker, que fez o mesmo no universo Marvel e pretendem reunir na Capcom, que pretendem unir os dois universos em um só. Agora, os universos estão na mão de ambos os heróis, que tem que dar um fim nesse plano antes que coisas mais terríveis aconteçam.


Menção Honrosa: Spider-Man Unlimited (2014)

Produzido pela Gameloft, um portal é aberto no meio de Nova York, onde vários vilões de diferentes terras se juntam para tentar destruir o Homem-Aranha. Mas o que eles não esperavam é que vários Homens-Aranhas de vários universos paralelos estão dispostos à ajudar o Peter nessa corrida.


Gostaram da lista Vigilantes? Bem, a nossa intenção é mostrar para vocês todos os games que o Homem-Aranha já teve em todos esses anos, desde o ATARI até o  Playstation 4. Espero que tenham gostado e nos vemos na próxima!

PS: Sempre antes que você jogar video-game, olhe para seu controle para não ver se não tem nenhuma aranha à espreita 0-0

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Análise | Final Fantasy XV

Todos esses anos de desenvolvimento conturbado que Final Fantasy teve, são rapidamente esquecíveis quando estamos com o jogo em mãos, o produto final é a maior e melhor experiência da franquia nos últimos anos.

Final Fantasy XV revela-se nos pequenos momentos. Mesmo não sendo estranho, é uma coisa surpreendente para dizer sobre um jogo estrelado por quatro jovens com penteados impossivelmente grandes levando espadas para as ruas em seu carro esportivo conversível. Mas mesmo com as suas grandes e explosivas sequências de ação que deixam impressionado é a sua narrativa arrebatadora que deixa quem está jogando perplexo.

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O mundo de Eos está realmente vivo, ou pelo menos é o que o jogo consegue nos entregar com muita perfeição, se assemelhando as estradas e caminhos do coração dos Estados Unidos, como também com algo totalmente estranho, e os heróis são nossos guias para este lugar sedutor. Depois de uma introdução surpreendente que sugere as adversidades que estão por vir, a história te empurra para trás, mostrando o começo, onde um jovem príncipe Noctis deixa a segurança da grande cidade de Insomnia capital do distante reino de Altissia. Ele está para e casar com Lunafreya, uma oráculo poderosa que ele nem se quer conhece completamente, apenas a viu algumas vezes durante toda a infância, uma união que é tão genuína quanto movido pela politicagem real. Enquanto Noctis segue seu caminho, aprendemos junto a ele que seu reino foi invadido pelo império Nifelheim.

É pura tolice acreditar que tudo em Final Fantasy vai ser apenas de cristais, reinos, chocobos ou similares, nas primeiras 10-20 horas, ele principalmente te deixa livre longe de um caminho pré-estabelecido, para possibilitar que o jogador absorva a sua realidade-fantasia, suas paisagens e explore, em seu próprio ritmo. Você não precisa ter assistido ao filme de longa-metragem ou à série de anime, muito menos ter jogado os anteriores para desfrutar do Final Fantasy XV, mas o quanto você vai entender da política e dos pontos mais finos de seu mundo, provavelmente dependerá disso. Uma breve cartilha de lore no tutorial do jogo e algumas montagens no jogo ajudam a preencher algumas das lacunas, mas elas dificilmente são suficientes para realmente explicar os eventos que definem a busca de Noctis em movimento ou até mesmo as motivações por trás do jogo.

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Além de deixar o jogador longe de linhas de narrativas brutas, Final Fantasy VX concentra sua atenção quase inteiramente em nossa banda de quatro desajustados, que fazem maravilhas para nivelar suas aparências com a realidade. Junto a Noctis estão três de seus melhores amigos e confidentes: Ignis, mestre estrategista e mestre chef; Gladiolus, o corpulento protetor do trono de Lucian; E Prompto, melhor amigo de Noctis e entusiasta da fotografia. Juntos, eles vão lutar contra monstros mortais, conversar sobre o tempo, dar encorajamento uns aos outros, louvar quando algo ocorrer como planejado, e se preocupar uns com os outros quando as coisas dão errado. É genuinamente refrescante jogar um jogo, especialmente um jogo de Final Fantasy, onde seus protagonistas desfrutam tão completamente de uma amizade palpável. Os diálogos entretanto são incrivelmente bobos e alguns passam a nem possuir profundidade nem ao menos um entrincheiramento com o enredo, mas quando levado até este mundo estranho, suas raízes de anime e sua justaposição de mechs, monstros, e cidades de inspiração europeus, tudo passa a se encaixar de uma maneira menos estranha.

Juntamente com a sua tripulação, você assumirá missões maiores, que vão desde a infiltração furtiva até o coração de uma guarnição Imperial, verificação de rastos em calabouços, até lutas espetaculares contra deuses e monstros. As missões secundárias menores e as caças intensificam as atividades que você completará para pontos de experiência extra e dinheiro, com missões tão simples quanto encontrar marcas de cachorro que te enviarão para fora do caminho de terra batida seguindo para florestas, pântanos e cavernas. Sem este grupo de heróis, Final Fantasy XV passaria por maus bocados, podendo correr o risco de ter toda sua estrutura desmoronada, pois eles acabam por se tornar sua bússola para guiá-lo através de sua história sem sentido, seu centro quando você se encontra lutando contra o contexto incompreensível, e sua âncora em combates colossais.

Tanto quanto seu design de mundo aberto é importante, o trabalho em equipe e companheirismo são a alma do sistema de combate do Final Fantasy XV, que retira todos aqueles medidores de tempo e ações por turnos e transforma tudo isso em um combate em tempo real, assim como tínhamos em God Of War, mas de uma maneira bem mais polida. É um pouco desajeitado às vezes, a câmera e o bloqueio de segmentação têm uma tendência a lutar contra você, mas quando ele funciona, é absolutamente incrível.

Combate não é apenas sobre a estratégia, é mais sobre como usar o espaço tridimensional a seu favor. Noctis é o único na equipe que tem acesso a um Warp Strike, uma habilidade poderosa que o deixa voar de um lado para outro pelo campo de batalha. Permanecer vivo requer que você se mova muito durante a ação, bloqueando e combatendo ataques e alterando as estratégias na hora, assim como o modo que você se posiciona para coordenar ataques com seus companheiros de equipe. Mesmo a Grade da Ascensão ( árvore de habilidades atualizáveis) está cheia de lembretes constantes de que ela não representa tudo sobre você; Seus amigos são tão importantes para sua busca, e você vai recorrer a eles com freqüência para ajudá-lo a superar seus desafios.

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Combates e quests não são novos para RPGs ou até mesmo Final Fantasy, mas Final Fantasy XV eleva-os, infundindo uma quantidade incrível de humanidade, mesmo nas mais mundanas das atividades. Como obter uma foto de grupo, que você pode salvar e postar na sua rede social de escolha. É incrível como o simples ato de classificar através de fotos no final de cada dia e escolher os que você mais gosta enche Final Fantasy XV com tanta vida; Você não está apenas jogando um jogo, você está forjando memórias com seus melhores amigos virtuais.

O tempo não é seu amigo aqui, ao menos que você possua muito tempo livre, para que possa realmente ter a chance de mergulhar em sua história e conhecer Noctis e seus amigos. Há as sugestões de algo mais profundo com cada um desses personagens, mas Final Fantasy XV gasta tanto tempo nos deixando desfrutar da estrada aberta que às vezes esquece que há outras pessoas envolvidas.

Durante a primeira metade do jogo, isso não é muito problema, pois é simplesmente uma alegria assumir as missões e lutar contra monstros, deixando a narrativa passar rápida e despercebida sobre você enquanto você dirige entre paradas de descanso. Uma vez que a história começa a assumir um tom mais representativo, no entanto, Final Fantasy XV é praticamente um jogo sobre trilhos, guiando você através de seus capítulos com um encontro após o outro até que chegue ao final. Esta metade facilmente derruba tudo que o jogo constrói em seu desenrolar como um mundo aberto, e estrutura baseada na liberdade explorativa, quase inteiramente para um punhado de eventos lineares, batalhas pontuais, e um calabouço longo que exige que você esqueça tudo o que você pensou. Há pontos em que algo tão diferente acontece que você vai se perguntar se ele pertencia originalmente a proposta do jogo. Elementos de história que nunca foram introduzidos até este ponto são agora dada súbita importação, reviravoltas são arremessadas para você sem explicação adequada, e o final tem o tipo de ambiguidade que não vimos na série desde Final Fantasy VII.

Mas mesmo quando a história não faz sentido, não há como negar que um jogo em seus momentos finais são muito empolgantes, mantendo você em seus dedos do pé com uma carga constante de surpresa. Estes capítulos finais são muito mais escuros e mais sombrios do que qualquer coisa que veio antes, testando a amizade dos nossos heróis até aos seus limites. Quando a sabedoria está passando por você mais rápido do que você pode acompanhar, é esta luta que irá guiá-lo até a conclusão, em grande parte ganhando o retorno emocional de sua jornada.

Então, novamente, a história por trás da fabricação de Final Fantasy XV é uma espécie de bagunça, e é impossível saber o quanto deste mistério de idéias é o resultado de sua história tumultuada como um spin-off que entrou desenvolvimento décadas atrás ou se isso era sempre o que deveria ser. É uma bagunça bonita, entretanto; Uma confusão fascinante, maravilhosa, emocionante, ousada e muitas vezes impenetrável, com ambição sem fim e sem medo de tentar pelo menos algo novo com convenções de gênero. Mesmo quando ele vacila, nunca é maçante, a humanidade de seus heróis e o calor de seu mundo brilhando até mesmo quando sua história deixa frio. E se isso não é Final Fantasy, eu não sei o que é.

VEREDITO:

Mesmo quando tropeça, o ambicioso mundo aberto de Final Fantasy XV, o combate de ritmo acelerado e a humanidade de suas quatro protagonistas tornam a aventura fascinante de se ver. Além disso o jogo traz uma premissa que remete às raízes da série. Com uma perspectiva completamente nova de maneira muito bem explorada, a Square Enix conseguiu entregar para os fãs o que todos estavam esperando.

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Final Fantasy XV foi lançado mundialmente no dia 29 de novembro de 2016 para as plataformas PlayStation 4 e Xbox One.

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Análise | Watch Dogs 2

A baía de São Francisco se espalha perante seus olhos, o sol brilha incansavelmente, o oceano reluz a atmosfera festiva da cidade, os suportes da ponte Golden Gate se estendendo em um céu de verão enrugado por nuvens e mais nuvens. Este é o seu playground em Watch Dogs 2, rico em profundidade e em detalhes, um mundo vívido e vibrante, e uma grande variedade de missões e missões diferentes. É um espetáculo, mas a grande pergunta que permanece na cabeça de muitos gamers é: Watch Dogs 2 é na verdade a aventura de mundo aberto, ultramoderna, que o original deveria ter sido?

Os subúrbios cinzentos de Chicago eram o pano de fundo perfeito para Aiden Pearce, em Watch Dogs. Em 2014 o primeiro jogo prometeu muito, o desempenho de Pearce e a inflexível falta de remorso estavam em desacordo com sua história, que era socialmente costurada para expor os perigos e problemas causados por consentir com aqueles acordos de usuário que a maioria de nós nunca lê. Enquanto a construção do mundo foi meticulosa, no final as ideias inovadoras de Watch Dogs foram lamentavelmente perdidas em um mar de novidades.

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De fora, a sequência veio para inverter isso. São Francisco é minuciosamente recriada com uma autenticidade que vai fazer aqueles familiarizados com a cidade se sentirem instantaneamente familiarizados com esta versão virtual. Enquanto Pearce, não passava de um homem que visava causar estragos na cidade – e sem finalidade explorar a privacidade pública em nome de um “bem maior” – em Watch Dogs 2, você executa suas missões com uma base de ideias, além de possuir uma base mais colaborativa.

Marcus Holloway – protagonista do game – é agressivamente cordial, o que é novamente uma decisão deliberada para desemaranhar a marca Watch Dogs de Pearce. Etiquetado para um crime que não cometeu, Holloway utiliza sua habilidade de hacker para limpar seu registro, atraindo a atenção – e o convite – de um grupo chamado DedSec, disposto a revelar as reais intenções de uma organização multimilionária que utiliza os dados de seus usuários para fins ilegais.

A história se move rapidamente da introdução do personagem até a inclusão a equipe, isso é proposital, porque Holloway completa a DedSec, fazendo parte de seu elenco eclético. Modesto sobre suas realizações, e desconfortável pelos elogios da equipe, apesar de seu status novato Holloway parece estar em casa com seus companheiros da DedSec. É a sua atitude alegre e fácil que faz com que você interaja com NPCs e se surpreenda com a profundidade de as conversas podem chegar.

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O enredo pode parecer familiar. Indignado com o uso indevido de dados de clientes e violações de privacidade, o pequeno grupo de hackers vigilantes, DedSec – sim, isso deve soar bem alto, como um sino caso você jogou o jogo anterior – busca recuperar “o que é nosso” infiltrando conglomerados para recuperar dados ou reapropriá-los para seus próprios meios. Cada vez que você completa uma missão de história, os frutos de seu trabalho – ou o estrago que você desencadeia – é resumidamente resumido em um boletim de notícias em formato pop-up, trazendo um lembrete grave e muitas vezes oportuna de que todas as ações têm consequências.

O jogo não é tímido com as referências. Você terá vislumbres em missões e reconhecerá pela área de atuação, como por exemplo, a gigante de pesquisas on-line Nudle – sim, exatamente o que você está pensando – ou até mesmo própria cede da Ubisoft. Tudo isso está espalhando no jogo, entre missões, conversas e interações.

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As missões da história são contadas principalmente no mesmo molde. Geralmente você viola compostos ou edifícios, hackeia computadores e, geralmente, há caras maus para atirar – se você não ligar para o stealth – ao longo do caminho. Falhar é decepcionante, raramente há pontos de verificação no meio da missão, então uma bola é suficiente para provocar um reinício agonizante, mesmo se você estiver fugindo no final. No entanto, uma vez que você adquiri um bom kit de gadgets, qualquer lugar, mesmo os mais densamente povoados podem ser derrubados sem derrubar um suor, com a ajuda de drones.

A maneira como você realiza suas missões, é a parte mais divertida em Watch Dogs 2 é como sua impressão digital, sua marca própria dentro do jogo. Você pode pular todas as armas de fogo, e partir para um combate corpo a corpo, pode deixar inimigos incapacitados com a sua arma de choque, ou rastejar entre pontos alternando entre agressão e stealth para derrubar os inimigos, ou como já dito, utilizando os drones sem nunca colocar o pé dentro do recinto. A maioria de suas ferramentas e gadgets são construídos para atordoar os inimigos, não assassiná-los – fora algumas armar de fogo que em nada acrescentam na jogabilidade. O que é justo, realmente. Sendo um ponto glorioso, já que o que você pretende é acabar com um registro criminal falso. E do que adianta matar as pessoas para fazê-lo?

Transformando caixas de força em tasers, evocando falsas guerras de gangues, ou inventando falsas informações em redes sociais – tudo está disponível para você. Cada edifício vem com seus próprios pontos fortes e fracos. Nem tudo funciona todas as vezes, também, por isso há incerteza suficiente para forçá-lo a montar estratégias, ou seguir o fluxo jogo em alguns momentos. Tudo muito bem equilibrado.

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Sua capacidade de controlar elementos eletrônicos em torno de você é alimentada por sua carga de Botnet, um medidor construível que encerrará ou diminuirá dependendo de seu uso. Como você pode esperar, algumas de suas atividades exigem mais poder do que outros, mas raramente você se encontrará em alguma situação que exija tanto poder do Botnet. Nas escassas vezes que será necessário recarregar a energia, é bem fácil e tranquilo, considerando a quantidade de civis e vilões ao seu redor. E também existe o Nethack – uma espécie de eagle vision do Assassin´s Creed – vantagem que permite que você explore o mundo em tons de cinza em busca de explorações úteis, também auxiliando na marcação dos inimigos e ajudando a rastrear cabos de alimentação de volta à sua fonte. É tentador jogar boa parte do game nestes tons de cinza, mas resista o quanto puder.

Às vezes, o próprio Holloway se move como um carrinho de compras, além dos elementos parkour serem lamentavelmente subutilizados. Mas onde as limitações de Marcus ocasionalmente prejudicam o progresso, é aqui que seus brinquedos entram em cena – como, por exemplo, seus drones e outros objetos que podem ser movidos remotamente – trazendo a variedade necessária para o divertimento de outra forma. Sem deixar o jogador atolado na mesmice.

VEREDITO:

Watch Dogs 2 é uma sequência sólida e satisfatória que resolve com êxito as fraquezas de seu antecessor, baseando-se nos pontos fortes do jogo original, enquanto polia aspectos que careciam de profundidade para oferecer uma experiência coerente e abrangente. Seu elenco diversificado e (principalmente) sua narrativa estimulante provocam o jogador de todas as maneiras, desde ânsia a um sossego imenso, e embora o humor da juventude urbana às vezes caia por terra, a maioria dos personagens sentem as conversas e reagem de forma convincente. A missão história só oferece horas e horas de combate e exploração, mas, ao contrário do original, ela faz com que você experimente mais uma vez… e desta vez, por todas as razões certas.

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No momento da análise ainda não tivemos a chance de explorar corretamente o que Watch Dogs 2 oferece por meio de multiplayer, como servidores encontram-se off-line e co-op com conexão irregular. 

Watch Dogs 2 está disponível para PlayStation 4Xbox One e PC. O jogo foi testado em um PlayStation 4. 

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Análise | Call of Duty: Infinite Warfare

Call of Duty: Infinite Warfare é um shooter desenvolvido pela Infinity Ward e distribuído pela Activision. É o décimo terceiro jogo da franquia Call Of Duty.

O desenvolvimento de Infinite Warfare começou em 2014. Foi o primeiro jogo da franquia que a empresa Infinity Ward fez em um ciclo de criação de três anos.

E com tanto tempo de criação, é difícil para e ver pela primeira vez um Call Of Duty que não se parece com um verdadeiro COD. Bem, é claro que temos várias horas de tiroteio, mas o novo cenário intergaláctico e ângulo narrativo, tornam Infinite Warfare em uma espécie de aceitação dos altos custos e sacrifícios da guerra (com robôs), ao invés da fuzilaria barulhenta e a diversão garantida.

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Este COD é uma verdadeira ficção científica. Sem meias palavras, temos um soldado futurista para combater uma infantaria, que compõe uma trama envolta em disparos de armas de energia, Inteligência Artificial sendo utilizada como recurso de guerra, e uma Terra que colonizou todo o sistema solar com assentamentos e bases na maioria dos principais planetas. O problema é que todos os povos que não pertencem à Terra se agruparam na Settlement Defense Front e, moldados pela dura vida de viver fora de sua realidade, preferiram declarar guerra aos que tornaram suas terras em campo de batalha.

O Settlement Defense Front aparece sendo intitulado como “resistência rebelde”, seu líder porém não se encaixa aos padrões estabelecidos, Kit Harington (Jon Snow \ Game Of Thrones), não está em uma das suas melhores performances, mas impressiona como líder dos “rebeldes” intergaláticos.

Se você já viu Battlestar Galactica, o início do game chega a ser muito familiar, tornando-o um rito de passagem para o que vem logo em seguida. O jogo mostra transições sem emenda, as missões começam e terminam ligando com pontes que ligam uma a outra, criando uma sensação muito mais perfeita para a ação sequenciada. Em vez de níveis com fases previsíveis, que começam tranquilas e ao decorrer do percusso vão dificultando, aqui é a falta de obviedade que da o efeito sobre o fluxo e o ritmo da ação.

Este pode ser considerado o mais aberto, quase não-linear Call of Duty até agora. Como capitão Reyes você preside sobre seu mapa, escolhendo entre objetivos narrativos principais e missões secundárias como bem entender. A boa notícia aqui é que os objetivos secundários valem o seu tempo, assim como os principais, com muitos momentos únicos e surpresas bem alocadas. Ser jogado dentro de uma astronave inimiga e matar militares e oficiais, e perseguições sobre a atmosfera de Júpiter, foram umas das mais incríveis sensações.

O tiroteio de COD, então, ocorre em outros planetas e luas. Através de corredores apertados e, ocasionalmente, entre manobras através dos espaços vazios entre espaçonaves. Em termos de locação este se encontra bem diferente dos antigos campos de batalha planos e sem emoção, além da não necessidade de manter as coisas interessantes e previsíveis, especialmente com a capacidade de escolher suas missões, como bem entender.

Reforçando o shooter, é usado frequentemente um sistema de controle do estilo de FPS dos outros Call Of Duty´s, para criar batalhas muito rápidas, e explosivas no espaço e sobre superfícies do planeta, que podem variar desde explosões simples e despropositadas até batalhas grandiosas com astronaves colossais com poder de fogo capaz de destroçar planetas com facilidade. A combinação destes dois estilos distintos mantém o ímpeto elevado e evita a fadiga.

Além da nova configuração e dinâmica, as caracterizações aqui são notavelmente diferentes. Há uma sensação mais suave à guerra. A batalha não é apresentada como heroica. É mais sobre a sobrevivência. As pessoas morrem por causa das escolhas do capitão Reyes e você pode quase ver essas decisões drenando sua felicidade e autoconfiança ao decorrer de cada missão. A ideia de que há um custo de suas ações é um tema muito presente aqui. Há um personagem que renunciou o seu comando porque ela não gostava da responsabilidade de ordenar as pessoas direto para seu destino final, escolhendo um posto mais baixo em troca de uma noite de sono mais tranquila. Em última análise, o final eleva essas decisões a um patamar muito sombrio, e há uma seção nos créditos que realmente consegue mexer com seus sentimentos, certamente está longe de algo que você esperaria de um grande jogo sobre a guerra e urros ensurdecedores.

A performance dos personagens são agradáveis, subestimados, e aterrado mas com um grande equilíbrio de representatividade. A mão direita de Reyes, é uma mulher e, em geral, a separação entre os sexos aqui não existe. Quase não se nota porque tudo parece tão natural, mas é digno de louvor simplesmente porque ele faz tudo sem esforço. Depois de tantas controvérsias passadas nos anteriores, Call of Duty: Infinite Warfare consegue fazer uma história sobre as pessoas em primeiro lugar, todo o resto em segundo plano.

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Como sempre o multiplayer é robusto e rápido, mantendo uma consistência para o eSports necessária. A ação on-line realmente se sente mais simplificada aqui, usando seis arquétipos de caráter chamado Rigs, construído em torno de uma série de armas especiais. Os mapas são apertados e cada um tem um “ponto de combate”, locais já imaginados e colocados de maneira muito óbvia para que as equipes possam se chocar e iniciar o embate. É quase evidente que este modo será corrigido daqui a algumas semanas, mas é claramente, consistentemente e um acréscimo considerável para a série.

A estrela real no online, no entanto, é Zombies. Situado em um parque temático dos anos 80, ele mistura uma horda frenética de mortos-vivos, e desafios ridículos, além de armas nada realistas. Ele abraça seus estilo disco dos anos de 1980 com entusiasmo, e cria um pouco de risadas em meio ao caos em voz alta, donzelas indefesas, mortos-vivos e palhaços. Sua corrida agitada é combustível para o puro pesadelo. Há uma infinidade de camadas e opções neste modo para desenterrar e explorar, e para mim é o melhor coisa que Call of Duty: Infinite Warfare trouxe.

E, embora nem todo mundo tenha a versão que inclui Modern Warfare Remastered, vale a pena mencionar, porque se você tem, ele acrescenta valor incomensurável para um pacote já bem aperfeiçoado. É uma atualização impressionante tanto para o jogador único quanto para os componentes multiplayer, adicionando uma camada rica de detalhes visuais novos sem comprometer um jogo que tudo mas moldou o gênero como é hoje. Se você nunca jogou, então você está em um mimo, e se você já sabe que você vai gostar de voltar.

VEREDITO:

É claramente um COD voltado para o entretenimento, consistente e emocionante em certos casos, é realmente o mais bonito, visualmente, jogo da série até hoje. Mas recordar todas missões verdadeiramente significantes no enredo é algo que demanda concentração e um certo esforço. Não é completamente uma reinvenção completa para a série, mas Infinite Warfare faz algumas mudanças refrescantes para entregar um shooter confiante e emocionante. É um jogo que você ao jogar, vai querer compartilhar com algum amigo ou conhecido sua experiência.

Análise Torre de Vigilancia Call Of Duty Infinity Warfare

Call of Duty: Infinite Warfare foi lançado no dia  4 de novembro de 2016, para PlayStation 4, Xbox One, PC.

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Análise | Battlefield 1

A Electronic Arts apostou forte em Battlefield 1, o novo shooter na primeira pessoa da DICE, e garante que este será o jogo mais inovador da franquia. O game está longe do foco dos seus concorrentes que buscam pensar como seria uma guerra futurista, com armas e gadgets hi-techs.

Battefield 1 surpreende ao trazer o amanhecer da guerra moderna, um regresso a clássica guerra que faz parte do imaginário de uma geração até os dias atuais.

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O que temos aqui é uma guerra mais rústica, antiquada e brutal e Battlefield 1 consegue aproveitar todos esses pontos e transformar sua experiencia em algo incrível.

O modo campanha do game tanto agradou como desagradou. Ao invés de contar uma única história, o estúdio optou por narrar vários pequenos contos. Desde um chofer inglês que se tornou condutor de blindados, até um mensageiro australiano que enfrenta Otomanos na sangrenta Batalha dos Dardanelos, ou se preferir uma assassina árabe responsável por pequenas missões de espionagem e lógico assassinatos, o enredo dos contos exploram diferentes “Histórias de Guerra”

O que mexeu com os jogadores foi o propósito dos contos funcionarem mais como um tutorial do que realmente uma campanha narrativa, o que ofusca qualquer potencial que as histórias teriam de nos emocionar e cativar, e elas realmente poderiam se não fossem jogadas ao relento.

Por outro lado a escolha por histórias independentes, pode ser considerado um acerto por parte do estúdio, mesmo as narrativas não sendo tão interessantes elas compensaram na tentativa de explicar que cada soldado encarou a guerra à sua própria maneira. Onde muitos simplesmente enlouqueciam nas trincheiras, outros entravam no conflito somente pelas glórias (medalhas), e existiam aqueles que lutavam pela família e entes queridos, além dos que eram forçados a participar, por meio de uma convocação.

A questão de oferecer experiências distintas. Ao contrário da maioria dos jogos de FPS, onde controla-se somente um personagem, em Battlefield 1 a campanha oportuniza a utilização de blindados, aviões, morteiros e metralhadoras. Vivencia-se uma guerra por completo. A excelente missão introdutória do game, consegue captar de maneira excepcional o drama dos envolvidos na guerra mudando constantemente nossa perspectiva de soldado para soldado, conforme eles vão perecendo em combate.

A campanha nos leva a diversos localidades históricas na França, Itália, Oriente Médio, etc. Cada um com suas características singulares. A tão famosa “Guerra de Trincheiras” também é apresentada e de forma bastante perspicaz.

E como não poderia deixar de ser, Battlefield 1 tem o mais bem elaborado sistema multiplayer para jogos de shooter dos últimos tempos. 

A Dice conseguiu criar uma experiência para muitos jogadores que certamente continuará divertida e interessante por muito tempo, assim como ainda é Battlefield 3 e 4. O estúdio implementou modos consistentes, divertidos e até muito bem balanceados, algo surpreendente, já que só teríamos um bom nivelamento com algumas semanas de jogatina.

A principal diferença entre Battlefield 4 e Battlefield 1, fica em sua ambientação, e nas armas que nós são oferecidas, além dos veículos e equipamentos que mudam completamente a dinâmica dos combates. Ao contrário do que acontece em Battlefield 4, em que a maioria das armas eram bastante semelhantes e algumas opções eram muito adversas das outras, em Battlefield 1 um dos maiores prazeres é experimentar e testar cada uma das poucas armas que temos, com pistolas, rifles, fuzis, e metralhadoras. Além disso, desta vez, ao contrário de liberação automática após a conquista de um determinado nível de experiência, os jogadores são premiados com moedas in-game. E com elas, é possível liberar uma arma, item, ou recurso, deixando a decisão de desbloquear primeiro aquele equipamento que mais agrada o jogador.

E as armas e jogabilidade ainda continuam do jeito que os players gostam, não deixando de lado sua precisão e características marcante da série, como dominar o recuo e conhecer o equipamento, aspectos fundamentais para um bom gameplay.

E não somente de armas vivem os guerrilheiros, o jogador tem que se adaptar a cada blindado que se locomovem em velocidades diferentes, e controlar dirigíveis que são logicamente diferentes de aviões. E por fim,  os cavalos, estes não são muito “manobráveis”, costumam funcionar apenas para a locomoção rápida até um ponto específico, muito em virtude da impossibilidade de acessar todos os locais. São bem legais no começo, por serem uma novidade, mas acabam ficando de lado com o tempo.

VEREDITO:

Os combates são ótimos e continuam cadenciados, mas não menos explosivos. Eles apenas contam com um pouco mais de estratégia. Jogadores que entram no multiplayer apenas com a intenção de “matar” não serão muito úteis aqui. Battlefield 1 é um jogo onde o trabalho em equipe será o diferencial para conquistar a vitória.

Battlefield 1 não é apenas uma grande adição à série, ele chega como uma explosão ensurdecedora que terá impacto por muitos anos. O que temos em mãos é uma obra de compromisso. Uma obra-prima para os amantes e os que ainda não conhecem a saga, o que acho difícil de encontrar, apoiado por uma jogabilidade fantástica e imersão incrível. Visualmente deslumbrante e divertido de jogar, A DICE enviou um clássico instantâneo para levantar a moral que faltava para os FPS do momento.

Análise e Nota Torre de Vigilancia

Battlefield 1 foi lançado dia 21 de outubro de 2016, para PlayStation 4, Xbox OnePC

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Análise | Lego Star Wars: O Despertar da Força

O sétimo episódio da franquia Star Wars foi um sucesso colossal nos cinemas, restaurando a energia da trilogia clássica para os fãs, e lógico que um sucesso como esse dificilmente ficaria longe das mãos dos gamers.

Lego Star Wars: O Despertar da Força é o mais novo jogo da franquia Lego da Warner Bros. produzida pela  TT Games e Lucasfilm, o game adapta a aventura que vimos na telona, com algumas partes adicionais e surpresas pelo caminho, reencenando as cenas do filme com a irreverência típica das séries Lego e leva para o mundo dos blocos de montar os personagens do filme.

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Nós já tivemos vários jogos Lego até este ponto, em todos eles basicamente temos uma fórmula a ser seguido, baseado no enredo de seu material de origem, como um filme ou um livro, combinando combate com puzzles e coleta de itens. Lego Star Wars por sua vez tem um esmero especial, tornando o jogo algo mais sofisticado. A maioria dos jogos Lego combinam as parcelas de dois ou três filmes para fornecer ação suficiente para que algumas horas de gameplay valham a pena. Entretanto, Lego Star Wars se preenche com pedaços de história de fundo que você não viu na telona. Você não está apenas junto com Rey e Finn e como eles acabam com a Primeira Ordem, você também está caçando rathtars com Han Solo e resgatando o almirante Ackbar com Poe. É incrivelmente inteligente a maneira como o jogo consegue sugá-lo para o universo ao mesmo tempo que lhe dar lazer suficiente para mantê-lo ocupado durante um longo período de tempo.

Cada minuto da campanha de aproximadamente oito horas é muito prazeroso, e necessitam de um nível de trabalho considerável para achar as soluções dos puzzles entre descobrir os personagens e suas habilidades únicas. Ao contrário de Lego Avengers, onde muitas vezes, encontrávamos aborrecidos, por conta de habilidades que nada acrescentavam na jogabilidade, aqui você vai precisar conhecer e analisar os usos das habilidades inerentes de cada personagem através de cada nível. Além disso, as habilidades são geralmente divertidas de usar, a agilidade da Rey por exemplo, cria alguns grandes momentos dentro do gameplay, enquanto a capacidade de BB-8 lhe permite mexer e manipular plataformas e outros objetos nesse mundo Lego. Jogando sozinho ou ao lado de um amigo, a experiencia continua muito divertida, com a exploração do cenário feito de forma mais dinâmica, mesmo com a tela dividida.

Porém mesmo com tudo isso, certos mecanismos de quebra-cabeças ainda são maçantes e usados com frequência. Como por exemplo, jogando como Finn e ter que alinhar a cabeça e torso de um Stormtrooper holográfico para abrir portas de salões da Primeira Ordem, rapidamente se transforma de um desafio enfadonho e nem um pouco inventivo.

Uma das mudanças recebidas de braços abertos é a possibilidade de construir itens de diversas formas. Aquele sistema construtivo onde combinávamos peças de Lego agora está de volta, mas agora com muito mais possibilidades de remontagem, o que dá um ar de liberdade na hora do jogador escolher a maneira como prosseguir no jogo.

O jogo é uma evolução clara de técnicas criativas em relação a outros jogos anteriores, mas mesmo esse belo trabalho de criação, não ficaria longe de alguns dos principais problemas que encontramos na maioria dos jogos lançados para a nova geração. A falta de conhecimento do verdadeiro poder de fogo dos consoles. Notamos uma queda significativa de frame-rate no decorrer da gameplay, mesmo rapidamente ajustado causa um certo incômodo ao jogador, um problema que em jogos Lego nunca foi considerado um grande vilão, mas em Lego Star Wars: O Despertar da Força é um que se apresenta constantemente, principalmente em momentos de grande importância para a continuidade da história.

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VEREDITO:

Lego Star Wars: O Despertar da Força é o mais divertido jogo da série Lego em anos. A história é grande se comparada aos outros, os níveis são densos com puzzles divertidos, mas que acabam por se repetir de forma demasiada, e encontrar todos os segredos em seus mais diferentes níveis é realmente divertido. O jogo agrada quem é fã da série de cinema e também os dos brinquedos Lego. O game também não faz feio no visual, apesar da dublagem um pouco arrastada e a queda de gráficos, mas isso não é um problema tão grande já que o público-alvo infantil é um pouco menos exigente neste sentido. Lego Star Wars: O Despertar da Força provou ser uma adaptação convincente de seu material de origem.

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Lego Star Wars: O Despertar da Força chega no dia 30 de junho no Brasil para PlayStation 4, Xbox One, Xbox 360, PS3 e PC.

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Análise | Mighty No. 9

Depois de uma das campanhas mais bem sucedidas realizadas pela Kickstarter. Mighty No. 9 chegou ao mercado como o sucessor espiritual de Mega Man. Desenvolvimento pela Comcept USA em conjunto com Inti Creates, e dirigido por Keiji Inafune. O game é focado em 2D, com uma mistura de 3D, obras de arte e animações. Os jogadores controlam Beck, um robôzinho capaz de correr, saltar, atirar contra os inimigos e absorver habilidades. (Lembram de alguém?)

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Com um propósito tão despretensioso Mighty No. 9 não deveria ser um problema. Um side-scroller modesto, com câmera focada em apenas uma direção, baseado na Unreal Engine 3 que apesar das suas origens humildes no projeto Kickstarter, não necessitaria grandes esforços por parte de Keiji Inafune e a sua equipa no Comcept. Como sucessor espiritual de Mega Man, esperávamos um 60fps constante, um desafio fácil e algo que chegaria perto do estilo original. Porém o que temos é um jogo muito inferior.

Mesmo se você nunca jogou um jogo da franquia Mega Man é imediatamente aparente que a Comcept tentou reproduzi-lo com um nome diferente. O personagem principal Beck é um robô entusiasmado com o novo mundo, que precisa perseguir vilões poderosos, que passaram pelo sistema por causa de um vírus de computador. Derrotá-los permite que Beck além de curá-los de seus circuitos danificados pelo vírus, absorva sua arma principal. Você ainda pode escolher a ordem em que pretende enfrentá-los.

Cada Boss tem uma fraqueza por um determinado tipo de arma, e você derrotá-lo, vai depender do seu aprendizado em padrões e exploração das mecânicas do jogo. O problema é que não há muito espetáculo nas redondas 5 horas de gameplay. Essas batalhas deveriam ser os momentos de destaque do jogo, mas você estará preso em um pequeno espaço, ensaiando padrões e esquivando de disparos. E de modo estranho, principalmente nos primeiros chefes você se sente um pouco desnorteado, pois eles levam a batalhas maçantes e longas, onde uma vez um chefe acaba com todas as suas vidas, você vai precisar passar por todo o nível novamente. Deixando assim as batalhas bem mais arcaicas que nostálgicas.

Visualmente, temos um contraste indesejado desde o início. A iluminação muda constantemente durante todo o gameplay, e temos algo que tenta recriar uma espécie de desenho animado de um sábado de manhã. A introdução de mais cor é sim bem vinda, mas o detalhe ao fundo é muito imperceptível composto por um 2D discreto, com geometria cortada e texturas de baixa resolução. Foi uma das grandes mudanças feita talvez pensando em todas as plataformas que o jogo alcançaria, que incluem além dos consoles de mesa, os portáteis.

VEREDITO:

Frustrante como um jogo e muito pior como uma sucessão de Mega Man, mais válido como uma imitação Mighty No. 9 encara uma dura realidade. É nada mais que um esqueleto dos clássicos Mega Man, com um conceito sólido simples e uma boa trilha sonora. Infelizmente, é afetado pelos problemas visuais, e opções que não funcionam, problemas que não deveria ter passado despercebidos. Que acabam por diminuir toda a experiência que o jogador pretende alcançar.

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Mighty No. 9 está disponível para Wii U, PC, PS3, PS4, Xbox 360, Xbox One e para os portáteis 3DS, PS Vita.

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Análise | DOOM

Após 13 anos e muita espera, a id Software junto com a Bethesda trouxeram Doom para os vídeo games da nova geração.

O jogo retorna, e traz aquilo que pretende ser o reboot completo da icônica série iniciada no longínquo ano de 1993, e, melhor ainda, pela mão da mesma produtora. Os jogadores mais antigos com certeza se lembram do jogo pela suas visitas aos confins de Marte, pela presença dos demônios malditos e a sua violência e doses generosas de sangue.

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Assim como uma história envolvente, o desenvolvimento de personagens nunca foi uma preocupação em Doom, e nisso a id Software, acertou. Você jamais encontrará um protagonista tão simples e genérico quanto esse, e isso para os fãs é algo para glorificar. A trama principal não dura muito e é contada por meio de diálogos e cenas bem construídas, em nenhum momento o gameplay é interrompido por cutscenes desnecessárias. O jogo simplesmente começa, não há nada que explique porque estamos ali, ou como fomos parar nesse lugar. Tudo o que sabemos é o de sempre, temos que matar todos os demônios que cruzarem o nosso caminho.

Os detalhes da história não estão jogados de forma aleatória no game, para descobrir um pouco mais sobre o que está acontecendo, você deve vasculhar os ambientes em busca de itens e informações, assim deixando o foco no enredo para segundo plano.  O foco aqui continua sendo o frenético ritmo do gameplay, carregado de sangue alien, suor e demônios grotescos.

E uma novidade que foi muito bem vinda, pela primeira vez na franquia, Doom chegou totalmente localizado, com vozes e legendas em português. Um trabalho de dublagem impecável, que contou com dubladores profissionais, conduzindo o jogo a um patamar cinematográfico.

O novo Doom mantém a insana jogabilidade que o consagrou como um dos melhores jogos shooter da década de 90. O sistema de combate é, definitivamente, um dos pontos mais altos de Doom, visto que há uma grande variedade de armas e as possibilidades de ação são praticamente infinitas.

Neste tipo de jogo, o gunplay é essencial. E nesse, Doom não foge às regras nem às suas raízes. As armas têm um peso e impacto crível, mas claro, mantendo a dose de fantasia. Por se tratar definitivamente de um shooter old-school, os armamentos não possuem assistência de zoom, ou botão de recarregar o pente. No entanto, você tem à sua disposição uma gama de finalizações, que podem ser realizadas para estripar, dilacerar e decapitar as crias do Inferno. Além de poder jogar com a clássica moto-serra, mesmo que ela possua um tempo de uso limitado, a nostalgia toma conta.

Esta diversidade de armas permite ao jogador escolher o equipamento que melhor se adapta ao seu estilo de jogo, entretanto nenhuma delas possuem verdadeiramente um diferencial significativo ou um nível específico.

Mesmo que não se tenha um leque variado de ambientes, e por muitas vezes tenhamos uma estranha sensação de déjà vu, Doom consegue capturar a essência do shooters horror, caprichando nas texturas, nas sombras e principalmente, na iluminação. Para melhorar um pouco a situação Doom oferece uma ferramenta que funciona basicamente como um criador de mapas, fazendo modificações robustas e criando fases cooperativas, o usuário compartilha com a comunidade seu mapa, e pode baixar projetos, feitos por outros jogadores.

Os efeitos visuais estão incríveis, tanto dentro quanto fora da base, como nas cavernas e nos corredores claustrofóbicos do Inferno. E para melhorar, a parte sonora de Doom é uma linha do tempo que nos leva ao passado, com seus efeitos de tiros rítmicos e impactantes, sendo conduzidos pela trilha sonora que se tornou uma das marcas registradas da franquia.

 

Em termos de criaturas, a diversidade é relativamente aceitável. À medida em que avançamos no jogo, vão aparecendo inimigos maiores, e mais feios. Rapidamente devemos nos adaptar e perceber qual a melhor forma de matar cada um dos diferentes tipos de demônios, caindo na questão da adaptação de armas, onde podemos realizar massacres com mais facilidade.

Durante a gameplay foi adotado uma novo sistema chamado Glory Kills, nele além de realizarmos massacres brutais, somos recompensados com health packs, que são de grande ajuda aqui, já que em Doom, não há lugar para descanso e recuperação de vida, ou seja desde o início do jogo somos condicionados a não fazer a travessia do mapa do ponto A ao ponto B da forma mais rápida possível, o ideal é mesmo abordar todos os inimigos cara-a-cara e sem receio.

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Em relação ao modo multi-player, não temos o que comemorar, pouco mudou desde a versão beta.

De longe vemos a diferença de potencial do modo single-player para este. O jogo é rápido, mas não frenético, acima de tudo é desequilibrado e nenhum pouco satisfatório. Neste quesito, Doom não se mantém fiel às origens, procurando beber muito daquilo que são os shooters modernos, o que torna este modo algo confuso e sem sentido diante de toda estrutura montada para o roots.

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VEREDITO:

Doom entrega tudo o que promete, mas pode decepcionar os fãs que esperavam os sustos de Doom 3, sendo uma bela homenagem aos 2 primeiros jogos da franquia. Como jogo singleplayer, faz jus ao título, além de nos transportar para uma era onde os shooters eram apenas sobre violência. Brutal e visceral, Doom é melhor representante old-school da nova geração. Sem perder a estética ou fugir da origem noventista que consagrou a franquia. O jogo traz uma campanha parruda e conteúdo de sobra para manter o usuário entretido, empenhado em destruir o Inferno.

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Doom está disponível nas plataformas; PlayStation 4, Xbox One, Microsoft Windows

 

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Análise | Uncharted 4: A Thief’s End

A franquia iniciada em 2007 com Uncharted: Drake’s Fortune, ganhou seu capítulo final. O quarto titulo e exclusivo do PlayStation 4, produzido pela Naughty Dog e publicado pela Sony Computer Entertainment. Uncharted 4: A Thief’s End ocorre cerca de três anos depois de seu antecessor, e traz o desfecho de uma das principais séries exclusivas de todos os tempos.

O jogo em si é um excelente ato final para as aventuras de Nathan Drake. De forma geral é o jogo mais aguardado para os Sonystas, e fãs da série em geral, o peso carregado pela desenvolvedora desde do anúncio do jogo, passando pelos problemas com a produção e até mesmo na entrega do produto, é imenso, os fãs queriam algo revolucionário, assim como foi a trilogia lançada para PlayStation 3. Poucos são os estúdios capazes de trabalhar sobre pressão direta dos consumidores e realizar um trabalho surpreendente, a Naughty Dog certamente pertence aos “poucos”.

 

De início damos de cara com Nathan Drake, mas este parece diferente, mesmo ainda sendo aquele aventureiro que nos acompanhamos nos jogos anteriores, seus trejeitos e aparência rementem a um ar mais maduro e experiente ao mesmo tempo em que vemos sua angustia de estar onde estar. Drake não está vivendo mais aquelas suas aventuras, sua vida agora se resume a rotina de vida comum junto a Elena, entretanto tudo vira de cabeça para baixo quando Sam, irmão mais velho de Nathan aparece. O motivo? Ele supostamente estava morto!

O motivo fica claro quando somos colocados frente a um pedido de ajuda. Nada mais que encontrar um tesouro pirata misterioso do século 17, que segundo lendas, dizem ter escapado com mais de £ 50 milhões em dinheiro e desapareceu em torno de Madagascar.

De forma geral a Naughty Dog é conhecida principalmente por seus jogos com potenciais gráficos elevadíssimos, de forma a extrair de forma concisa o potencial gráfico dos consoles com selo Sony. E com Uncharted 4 não poderia ser diferente, o jogo usa e abusa desse recurso, nos entregando cenas cinematográficas durante praticamente toda a gameplay. Claro que sofrendo algumas quedas de frame rate, mas nada que atrapalhe a experiência do jogador.

Logo de cara não me surpreendi com os gráficos do game, o jogo começa um pouco lento e sem nada que necessitasse de todo o poder de fogo do PlayStation 4. Entretanto quando mergulhamos de verdade na história, quando estamos diante dos estrondosos cenários exóticos e inexplorados por nós até então, pude ver a verdadeira integração de um trabalho de desenvolvimento com as capacidades gráficas do console.

O jogo quase que se mantêm fixo na casa dos 30 fps, e não há quebra de fluidez durante todo o gameplay. Os efeitos da chuva junto a vegetação, o comportamento da água, as animações dos personagens convergindo com suas interações com os objetos do cenário, assim como a quantidade absurda de detalhes contidos nas cenas tornam a experiência que já era boa, ainda melhor. Possuindo uma combinação primorosa entre as partes técnicas e estéticas o jogo é sem sombra de dúvidas, deslumbrante.

Mas não só de gráficos vivem os jogos da nova geração. Na jogabilidade é onde encontramos a verdadeira identidade de Uncharted 4 sendo o elemento mais importante da série desde seus primórdios.

Temos uma mudança forte aqui, nos jogos anteriores nas partes de combate, nos encontrávamos uma jogabilidade linear, onde era necessário caminhar seguindo etapas pré determinadas, caso quiséssemos progredir. Em Uncharted 4 ainda possuímos esses combates lineares, contudo eles foram colocados em momentos oportunos e conveniente. Fazendo, dessa forma existir níveis onde nos temos maior liberdade de movimento (algo que remete a Assassins Creed) mas nada grande o suficiente para ser denominado “mundo aberto”, mas algo que permite a exploração e inúmeras possibilidades.

Outra mudança válida encontrada no game é a questão do stealth. Nos jogos anteriores nos tínhamos esporadicamente momentos onde era necessário utilizar habilidades de forma sorrateira, aqui temos a liberdade de escolher a maneira como progrediremos no jogo, seja em silêncio sem chamar a atenção dos inimigos derrubando-os um a um, ou descarregando seu pente de balas nos adversários da forma mais bad-ass possível. Entretanto ainda encontramos limitações nessa “liberdade”, como por exemplo, a impossibilidade de avançar na área sem eliminar todos os adversários, seja de forma stealth ou não.

Contamos ainda com o multiplayer. Não é o carro chefe de Uncharted 4, mas é uma boa escolha de divertimento quando terminarem o modo história. Contamos com quatro modos, o conhecido Team Deathmatch, o Plunder (captura de bandeira), Command (captura de zonas) e o Ranked Team Deathmatch, onde temos cerca de oito mapas relacionados as áreas encontradas no modo história. Ainda contamos com a adição das Mysticals, que são poderes sobrenaturais e dos Sidekicks.

Além disso tudo o modo multiplayer também traz a possibilidade de fazermos microtransações utilizando os Uncharted Points, que podem ser adquiridos com dinheiro real, todavia, tudo o que pode ser desbloqueado através dos Uncharted Points pode ser ganho durante a gameplay.

VEREDITO:

Uncharted 4 é uma despedida a Nathan Drake, e como tal, emociona. Porém, não há garantias que este seja o último jogo da franquia. Tanto pelo fato de ser a mais lucrativa, quanto a ambiciosidade de se usar todos os poderes gráficos dos próximos consoles da Sony. 

Apesar de encontrarmos níveis de qualidade excelentesUncharted 4 tem seus defeitos. Em algumas ocasiões notamos atrasos no carregamento de algumas texturas, assim como no frame rate. No entanto considerando o jogo como um conjunto, é algo que não afeta a experiencia do jogador, mas algo que poderia ser evitado, levando em conta o histórico de desenvolvimento. O game funciona e vai agradar a grande massa consumidora. Contudo não causará o mesmo impacto que o primeiro ou o segundo capítulo causaram. Dessa forma, Uncharted 4 irá levá-lo através de uma viajem intensa e cheia de aventuras, onde todos os proprietário de PlayStation 4 tem a obrigação de participar.

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Análise | Dark Souls III

Dark Souls III chega no mercado como uma sequência de uma das séries mais importantes do cenário gamer. Você não pode, simplesmente amá-lo ou odiá-lo, sua relação com os jogos Souls é sempre uma linha tênue entre a sanidade e a loucura.

E é exatamente nesse ponto que o novo game acerta. Desenvolvido pela From Software e co-realizador por Hidetaka Miyazaki criador da série, e distribuído pela Nanco Bandai. O quarto jogo da série Souls, veio para suprir a carência que tivemos com Bloodborne. Não que o jogo seja ruim, longe disso, mas o próprio Miyazaki afirmou em entrevista, que as limitações encontradas no título fizeram com que ele desejasse voltar a Dark Souls. (Obrigado, Bloodborne!)

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Podemos começar falando que Dark Souls III, não só aprendeu muito bem o que ele deve fazer, como faz. Usando seus antecessores como base inspiratória, o jogo traz tudo que já conhecíamos e adorávamos na franquia, conseguindo manter uma identidade própria. Nunca tivemos um uso mais adequado para a frase “Aprenda com seus erros!”.

Desde o início, o game deixa claro que, o que temos em mãos, é um fruto do trabalho árduo dos produtores dedicados aos fãs. Em termos gerais, o jogo é uma reescrita do original, o jogador é mais uma vez um morto-vivo amaldiçoado, que agora ressuscitado tem como objetivo buscar a redenção.

Para isso teremos que os derrotar seres demoníacos em combate, tendo como principal objetivo encontrar os recém-ressuscitados senhores de Cinder. A maior parte da história é contada através de detalhes que vamos encontrando ao longo da gameplay. Exceto por parte da introdução, não temos cutscenes durante as quase 60/70 horas de jogo, ou sequer diálogos longos, nada para explicar de forma metódica o que está acontecendo. Deixando no ar um clima de suspense, característico da série.

Durante o jogo você explorará, castelos gigantescos, rodeados de aldeias, florestas, catedrais, pântanos doentes e catacumbas cheias de esqueleto e cidadelas congeladas. Muitos dos principais locais são visíveis à distância, deixando a experiência de contemplar uma área que você acabou de superar, a partir de um precipício satisfazer de uma maneira que nenhuma recompensa poderia.

Visualmente, este é o jogo mais bonito da saga, o que não é surpreendente considerando que é o primeiro criado de raiz para a nova geração de consoles. Mas mesmo comparando com Bloodborne, exclusivo para PS4 e dos mesmos produtores, Dark Souls III leva vantagem. O jogo parece ter melhor qualidade visual, e a experiência decorre de forma mais fluída do que em Bloodborne. Também ficamos surpreendidos com a quantidade de cor que algumas áreas do mundo mostram. A beleza dos cenários é de tirar a respiração, deixando muitas vezes o jogador distraídos com sua imponência.

O sistema próprio de combate que já conhecemos continua consideravelmente complexo, e incisivo. Assim como nos antecessores ele é constituído mais uma vez em torno dos bloqueios, rolamentos, backstabs, além do poder de dano extra causado por armas de duas mãos. No entanto, a grande novidade é a introdução dos Critical Arts. Estas opções permitem, por exemplo, elevar status da arma, equipar ataques, como o “spin” ou “rush in“. Que podem desferir poderosas estocadas, e quebrar até mesmo a guarda do inimigo. E, na melhor das hipóteses, os golpes também podem ser combinados com ataques especiais.

Além de ter ganho uma ótima melhoria, um dos pontos negativos do jogo aparecem na jogabilidade, ou melhor, durante ela. Considerando o tamanho do jogo e todas as suas propriedades, encontrar um probleminha dentre tantas coisas boas não é surpresa, durante alguns momentos em que lutávamos, podemos observar uma queda significativa no frame-rate do jogo. Nada de extraordinário, mas considerando o valor do jogo no mercado, é de se preocupar.

 

VEREDITO:

Dark Souls III tem muito de familiar e acomodamo-nos facilmente no seu estilo, sendo o típico jogo que atrai sua atenção, que frustra, que faz a gente agonizar, que impressiona e que nos faz raiva. É talvez o melhor título de toda a série Souls, polindo tudo aquilo que havia para ser polido e retirando o desnecessário. Sendo uma remodelação persuasiva do conjunto de recursos, ele acaba introduzindo novas mecânicas de combate, expandindo as opções à disposição, mas também relacionadas com a exploração, combate, e trilha sonora, deixando tudo no ponto.

Em suma Dark Souls III não foge muito daquilo que já foi visto nos títulos anteriores e limitou arestas, polindo assim a experiência do jogador ao mais alto nível.

Analise Dark Souls III