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Análise | Battlefield 1

Escrito por Luan Oliveira

A Electronic Arts apostou forte em Battlefield 1, o novo shooter na primeira pessoa da DICE, e garante que este será o jogo mais inovador da franquia. O game está longe do foco dos seus concorrentes que buscam pensar como seria uma guerra futurista, com armas e gadgets hi-techs.

Battefield 1 surpreende ao trazer o amanhecer da guerra moderna, um regresso a clássica guerra que faz parte do imaginário de uma geração até os dias atuais.

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O que temos aqui é uma guerra mais rústica, antiquada e brutal e Battlefield 1 consegue aproveitar todos esses pontos e transformar sua experiencia em algo incrível.

O modo campanha do game tanto agradou como desagradou. Ao invés de contar uma única história, o estúdio optou por narrar vários pequenos contos. Desde um chofer inglês que se tornou condutor de blindados, até um mensageiro australiano que enfrenta Otomanos na sangrenta Batalha dos Dardanelos, ou se preferir uma assassina árabe responsável por pequenas missões de espionagem e lógico assassinatos, o enredo dos contos exploram diferentes “Histórias de Guerra”

O que mexeu com os jogadores foi o propósito dos contos funcionarem mais como um tutorial do que realmente uma campanha narrativa, o que ofusca qualquer potencial que as histórias teriam de nos emocionar e cativar, e elas realmente poderiam se não fossem jogadas ao relento.

Por outro lado a escolha por histórias independentes, pode ser considerado um acerto por parte do estúdio, mesmo as narrativas não sendo tão interessantes elas compensaram na tentativa de explicar que cada soldado encarou a guerra à sua própria maneira. Onde muitos simplesmente enlouqueciam nas trincheiras, outros entravam no conflito somente pelas glórias (medalhas), e existiam aqueles que lutavam pela família e entes queridos, além dos que eram forçados a participar, por meio de uma convocação.

A questão de oferecer experiências distintas. Ao contrário da maioria dos jogos de FPS, onde controla-se somente um personagem, em Battlefield 1 a campanha oportuniza a utilização de blindados, aviões, morteiros e metralhadoras. Vivencia-se uma guerra por completo. A excelente missão introdutória do game, consegue captar de maneira excepcional o drama dos envolvidos na guerra mudando constantemente nossa perspectiva de soldado para soldado, conforme eles vão perecendo em combate.

A campanha nos leva a diversos localidades históricas na França, Itália, Oriente Médio, etc. Cada um com suas características singulares. A tão famosa “Guerra de Trincheiras” também é apresentada e de forma bastante perspicaz.

E como não poderia deixar de ser, Battlefield 1 tem o mais bem elaborado sistema multiplayer para jogos de shooter dos últimos tempos. 

A Dice conseguiu criar uma experiência para muitos jogadores que certamente continuará divertida e interessante por muito tempo, assim como ainda é Battlefield 3 e 4. O estúdio implementou modos consistentes, divertidos e até muito bem balanceados, algo surpreendente, já que só teríamos um bom nivelamento com algumas semanas de jogatina.

A principal diferença entre Battlefield 4 e Battlefield 1, fica em sua ambientação, e nas armas que nós são oferecidas, além dos veículos e equipamentos que mudam completamente a dinâmica dos combates. Ao contrário do que acontece em Battlefield 4, em que a maioria das armas eram bastante semelhantes e algumas opções eram muito adversas das outras, em Battlefield 1 um dos maiores prazeres é experimentar e testar cada uma das poucas armas que temos, com pistolas, rifles, fuzis, e metralhadoras. Além disso, desta vez, ao contrário de liberação automática após a conquista de um determinado nível de experiência, os jogadores são premiados com moedas in-game. E com elas, é possível liberar uma arma, item, ou recurso, deixando a decisão de desbloquear primeiro aquele equipamento que mais agrada o jogador.

E as armas e jogabilidade ainda continuam do jeito que os players gostam, não deixando de lado sua precisão e características marcante da série, como dominar o recuo e conhecer o equipamento, aspectos fundamentais para um bom gameplay.

E não somente de armas vivem os guerrilheiros, o jogador tem que se adaptar a cada blindado que se locomovem em velocidades diferentes, e controlar dirigíveis que são logicamente diferentes de aviões. E por fim,  os cavalos, estes não são muito “manobráveis”, costumam funcionar apenas para a locomoção rápida até um ponto específico, muito em virtude da impossibilidade de acessar todos os locais. São bem legais no começo, por serem uma novidade, mas acabam ficando de lado com o tempo.

VEREDITO:

Os combates são ótimos e continuam cadenciados, mas não menos explosivos. Eles apenas contam com um pouco mais de estratégia. Jogadores que entram no multiplayer apenas com a intenção de “matar” não serão muito úteis aqui. Battlefield 1 é um jogo onde o trabalho em equipe será o diferencial para conquistar a vitória.

Battlefield 1 não é apenas uma grande adição à série, ele chega como uma explosão ensurdecedora que terá impacto por muitos anos. O que temos em mãos é uma obra de compromisso. Uma obra-prima para os amantes e os que ainda não conhecem a saga, o que acho difícil de encontrar, apoiado por uma jogabilidade fantástica e imersão incrível. Visualmente deslumbrante e divertido de jogar, A DICE enviou um clássico instantâneo para levantar a moral que faltava para os FPS do momento.

Análise e Nota Torre de Vigilancia

Battlefield 1 foi lançado dia 21 de outubro de 2016, para PlayStation 4, Xbox OnePC

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Sobre o Autor

Luan Oliveira

"Quando eu era jovem, eu tinha liberdade, mas não via isso. Eu tinha tempo, mas não sabia disso. E eu tinha amor, mas eu não sentia isso. Muitas décadas passaram antes que eu entendesse o significado destes três. E agora, no crepúsculo de minha vida, este entendimento passou a contentamento"

- Ezio Auditore