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Anunciado o crossover entre Power Rangers e as Tartarugas Ninja nos quadrinhos

Teremos um robô gigante em Nova York? Foi anunciado pela BOOM! Studios e pela IDW, o crossover entre os Powers Rangers e as Tartarugas Ninja. A minissérie que vai marcar o encontro das franquias pela primeira vez nos quadrinhos, terá cinco edições. Confira a sinopse abaixo:

“Os Power Rangers chegam em Nova York para encontrar Tommy Oliver – o Ranger Verde – mas logo descobrem que ele juntou forças com o Destruidor. Enquanto os Rangers lidam com essa traição, eles são confrontados pelas Tartarugas Ninjas. Podem esses heróis achar uma forma de trabalhar juntos para derrotar os vilões e salvar o mundo da destruição total?”

Com roteiro de Ryan Parrott e desenhos de Simone di Meo, Mighty Morphin Power Rangers / Teenage Mutant Ninja Turtles começa a ser publicado em dezembro nos EUA.

 

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Tank Girl Um | A garota, o tanque e o seu mundo maluco estão de volta ao Brasil

Para a alegria de muitos, Tank Girl voltará a ser publicada no Brasil. A editora Alto Astral vai trazer as loucas aventuras da personagem criada pelos lendários Jamie Hewlett e Alan Martin. Aliás, será os primórdios da fase da dupla que vai compor o primeiro volume. Tank Girl Um irá reunir as primeiras histórias da garota, seu tanque e o famigerado canguru.

Criada em 1988, Tank Girl surgiu nas páginas da Deadline Magazine. Maltrapilha pilotando um tanque de guerra em um deserto futurista da Austrália, apesar de ter em suas histórias fortes referências da cultura pop britânica, suas histórias vão de missões para organizações passando por desventuras com o Booga, seu namorado, um canguru mutante. Jamie Hewlett e Alan Martin trabalharam com a personagem até meados dos anos 90. Depois disso, Tank Girl seguiu com HQs esporádicas, e Hewlett ficou envolvido com a criação do visual da banda Gorillaz enquanto Martin chegou a fazer algumas minisséries dela em 2007.

No Brasil, algumas histórias da Tank Girl foram publicadas pela extinta e clássica revista Animal durante a década de 90. O planejamento da Astral Cultural é que Tank Girl Um seja a percussora de uma série de edições remasterizadas que apresenta a personagem em ordem cronológica. A edição ainda contará com uma introdução inédita e ilustrada de Alan Martin e com um material totalmente raro da guria mais skinhead grossa, pinguça e pilota de tanque dos quadrinhos.

Tank Girl Um tem formato 26 X 18 cm, 144 páginas em P&B e já está em pré-venda nos principais sites.

 

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Conheça um Japão alternativo na série Okko: o Império do Pajão

Na série de quadrinhos Okko, o Pajão é um império situado no ano 1108. Gueixas, samurais, ronins, monges e até mesmo demônios e outras criaturas fantásticas compõem as figuras fabulosas que dão vida ao Pajão, e esta incrível homenagem à cultura japonesa imaginada pelo francês Hub (pseudônimo de Humbert Chabuel) se destaca não somente pela arte, como também pelo carisma único e inventividade de todas as suas criações.

A história é centrada em uma equipe. Okko, que dá nome à série, é um ronin que lidera o pequeno grupo de caçadores de demônios composto pelo próprio, por Noburo – um gigante misterioso que esconde sua face atrás de uma máscara rubra e aparentemente é imortal – e Noshin, um monge beberrão que pode invocar e comandar espíritos da natureza e fazer outros comandos mágicos. O trio viaja pelo Pajão, longe dos campos de batalha, perambulando pelos reinos e realizando as mais diversas missões e investigações.

A estrutura central de Okko se assemelha a uma grande e fértil aventura de RPG. O grupo se divide em um espadachim engenhoso, um berserker imparável e um tipo de mago movido a saquê. Os três ao longo de suas viagens interagem com outras figuras deslumbrantes, que marcam presença em cada um dos Ciclos da saga, tornando-se ou não personagens recorrentes, como é o caso do garoto Tikku, que narra toda a  história e conheceu o grupo de Okko ao solicitar que o trio colaborasse com o resgate de sua irmã, Pequena Carpa. Ao todo, Okko possui cinco Ciclos, e os dois primeiros (da Água e da Terra) já foram publicados no Brasil em dois álbuns.

O roteirista e ilustrador Hub dá asas à sua imaginação com pinceladas que vão formando este universo tão rico na mente do leitor. O autor explora o passado de cada um dos personagens de forma gradativa, enquanto traz características únicas do Pajão em cada uma de suas histórias.

O Ciclo da Água firma as bases e apresenta estas características, ligando-se diretamente ao título através do uso de figuras simbólicas do elemento em questão. São mostradas a fauna e flora, as deidades e tecnologias engenhosas, enquanto ao mesmo tempo os inimigos (demônios ou não) também possuem espaço de destaque nas páginas que desenrolam as tramas.

O Ciclo da Terra expande tudo que foi mostrado nas primeiras aventuras, enriquece o backstory do protagonista e aborda muito bem a vertente religiosa deste mundo, também se utilizando de figuras do elemento que dá nome ao Ciclo para dar continuidade às encrencas onde os heróis estão metidos. Hub possui um traço único e extremamente bem detalhado, e a união do mesmo com as belas cores feitas em parceria com Stéphane Pelayo ambientam perfeitamente o dia, a noite, as tardes e as mais variadas estações do ano. Todo o universo de Okko parece real, como uma versão do nosso Japão onde há mortos-vivos, yokais, castelos flutuantes e muito misticismo.

E além de todas as qualidades gráficas (de ilustração, criação e storytelling) citadas anteriormente, Hub também é capaz de brindar seus leitores com diálogos extremamente bem conduzidos que estabelecem cada um dos personagens. Os maneirismos, as tomadas de decisões, as falhas e os momentos de bravura colaboram para a construção dos heróis e vilões, e os dramas e momentos de descontração podem ser sentidos com naturalidade. Após a leitura do primeiro álbum e mergulhando-se nas páginas do segundo, todas as figuras ali presentes já são queridas e ao mesmo tempo enigmáticas sob determinada ótica.

A cultura pop francesa possui grande admiração pela cultura japonesa. Há diversos autores que trabalham para o mercado francês objetivando a criação de mangás produzidos na Europa, e apesar de a temática da obra de Hub soar perfeita para este gênero e estilo próprio dos quadrinhos, o autor entrega álbuns franco-belgas típicos com muitos quadros por página, texto refinado (com sacadas humorísticas bem pontuais) e expressões que nem sequer remetem às dos mangás. O mundo de Okko não tenta se disfarçar de mangá japonês produzido na França. Okko presta uma grande homenagem à mitologia japonesa, sem se aproximar do estilo narrativo dos quadrinhos do Japão. Essa é sua principal qualidade e o maior mérito do autor.

E enquanto durarem as longas viagens do grupo, além do tempo resgatando mulheres sequestradas (como no primeiro álbum) e investigando assassinatos repentinos (como no segundo), há uma infinidade de assuntos que podem ser inseridos e abordados no Império do Pajão, visto que cada Ciclo possui ligação direta com a trama central narrada por Tikku, e os elementos podem (e irão, aparentemente) ditar os rumos curiosos dos companheiros, que também apresentam evoluções de acordo com as técnicas que cada um domina.

A série Okko está sendo publicada no Brasil pela Mythos Editora em seu selo Gold Edition, que nasceu com o objetivo de apresentar o melhor dos quadrinhos europeus modernos aos leitores tupiniquins. Cada álbum possui cerca de 100 páginas encadernadas em capa dura e grand format (32 x 23 cm), e são apresentadas histórias fechadas com começo, meio e fim em cada um de seus volumes.

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Precisamos de mais Histórias de Amor com a cor Azul

“Só o amor pode salvar o mundo. Por que eu teria vergonha de amar?”

Sempre que eu via algum texto, foto ou algo referente à graphic novel Azul é a Cor Mais Quente, sempre pensava com meus botões “preciso ler isso.” e isso ocorreu durante anos. Pois bem, o dia da leitura chegou, e agora mudo minha frase para um questionamento: “porque, diabos, eu demorei tanto para ler isso?”.

A francesa Julie Maroh, que é ativista do movimento pelos direitos dos homossexuais, começou a escrever a história com 19 anos e levou cinco para concluir. Azul é a Cor Mais Quente foi publicado em 2010, e conta uma história de amor que todos nós gostaríamos de ter vivido. O romance tem encontro e desencontros, brigas, momentos íntimos, felicidade, tristeza, tem o fator de lutar pelo amor, de sair do porto seguro, tem o medo de dar errado, o medo de estar errado e tem a recompensa de quando as coisas vão bem. Ele fala sobre as crises adolescentes, o medo de encarar a sexualidade, de o que a sociedade pode pensar, de viver o que se quer de verdade. E sobre amadurecimento. Tudo que sonhamos encontrar em uma grande história de amor, inclusive nas que gostaríamos ou queremos viver está lá.

No livro conhecemos a simpática Clémentine, uma jovem que leva uma vida normal, com a correria de provas, seus amigos, pais que se preocupam que horas ela vai chegar em casa e namoro escolares. Mas a cinzenta vida da garota ganha uma cor. A azul. Quando ela vê uma bela menina com os cabelos dessa cor que no meio da multidão sorrir para Clémentine. O que vemos daí para frente é uma bela história de idas e vindas pelo verdadeiro amor. O amor que você sente pulsar dentro de ti.

Esse amor é despido de preconceitos. Sejam eles sexuais, raça, estéticos, financeiros e até mesmo moral. O que Clémentine e Emma passam para os leitores é que o amor pode e deve acontecer, não importando o tsunami de coisas contrárias que possam surgir. Muitas vezes deixamos de amar e se permitir ser amados por motivos banais. De como comentários mesquinhos e maldosos. Ou do fato de queremos somente seguir as cartilhas que impõem como corretas, acabam condenando vidas à romances errados. No caso das nossas protagonistas, tudo é mais complicado. Ainda mais em um mundo em que o preconceito é forte e dolorido.

Azul é a Cor Mais Quente é uma grande ciranda de emoções. Quando eu digo que o preconceito é forte, é uma das latentes da trama. Ele brota dos amigos, dos pais e da própria Clémentine. Essa é a primeira ciranda. Ao mesmo tempo que ela se sente bem quando se propõe a amar de verdade, ela sente vergonha. Se sente cometendo um ato falho. E quando ela decide que quer ficar com Emma, que também tem seus problemas. E tem mais uma ciranda. Emma é mais velha, tem um relacionamento longo com outra mulher, ela sente medo de por Clémentine ser muito jovem, isso ser apenas uma fase. A cada página as emoções vão consumindo as duas e o leitor.

Uma coisa que conversa muito bem com o leitor em Azul é a Cor Mais Quente são os gestos. O silêncio em alguns quadros, mas que são gritantes com os gestos e movimentos dos personagens são tocantes e valorizam demais a narrativa. Esse silêncio, juntamente com a palheta de cores engrandecem a obra. O mundo extremamente cinza se contrasta com o azul do amor. Todo momento azul é uma explosão de emoções para Clémentine, mas quando o azul sai de cena, o mundo desmorona.

Falei mais acima que Azul é a Cor Mais Quente é uma lição de amor que todos devemos aprender. E realmente é isso e além. Ele também fala da vida a dois em momentos difíceis e até de fidelidade. De amadurecer rápido, de crescer e assumir responsabilidades que não eram planejadas quando se é apenas uma criança. Lutar contra tudo e contra todos. Até se preocupar com o momento sócio-político que a França passava na época em que Nicolas Sarkozy ganhou as eleições. Mas sempre para viver o amor. Essa é a maior lição de Azul é a Cor Mais Quente, sempre pelo amor.

Azul é a Cor Mais Quente tem formato 25 x 17 cm, 160 páginas e o preço de R$ 44,90. A graphic novel chegou ao Brasil em 2013 pela editora Martins Fontes.

 

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Confira a prévia de Superman Smashes a Klan, e toda a incrível história por trás dela

A DC Comics liberou a prévia de Superman Smashes a Klan, a história é baseada em um programa de rádio da década de 1940 intitulado Adventures of Superman. Em uma série de episódios, o herói enfrenta o Clan of the Fiery Cross, grupo que atuava como substituto da Klu Klux Klan. Superman Smashes a Klan será uma minissérie em três partes. Confira a sinopse da primeira edição abaixo:

“O ano é 1946, e a família Lee se mudou da Chinatown de Metrópolis para o centro da movimentada cidade. Enquanto o Dr. Lee é recebido calorosamente em seu novo cargo no Departamento de Saúde de Metrópolis, seus dois filhos, Roberta e Tommy, estão mais empolgados em estar mais perto de seu famoso herói, o Super-Homem!

Enquanto Tommy se ajusta ao ritmo acelerado da cidade, Roberta se sente deslocada, enquanto tenta e não se encaixa nas crianças da vizinhança. Enquanto os Lees tentam se adaptar às suas novas vidas, um mal está se movimentando em Metrópolis: a Klu Klux Klan. Uma noite, a família Lee acorda e encontra uma cruz em chamas no gramado, eles pensam em deixar a cidade. Mas o Planeta Diário oferece uma recompensa por informações sobre a KKK, e seus dois principais repórteres, Lois Lane e Clark Kent, investigam a história.

Quando Tommy é sequestrado pela KKK, o Superman entra em ação – com a ajuda de Roberta! Mas o Super-Homem ainda é novo em seus poderes – ele nem imaginou como voar ainda, então ele tem que correr pela cidade. Superman e Roberta chegarão a Tommy a tempo?”

 

Como dito antes, a história é baseada em um conto de um programa de rádio. E a história real por trás dela mostra como o Superman REALMENTE ajudou a desmoralizar a Klu Klux Klan. Tudo começa quando um ex-membro do grupo racista começa a trabalhar para a Anti-Defamation League e com o produtor do programa de rádio. A união acabou resultando em 16 episódios do Homem de Aço enfrentando a KKK.

Durante os episódios, o programa revelava diversos segredos do grupo, expondo todo tipo de verdade. Em apenas algumas semanas, a Klu Klux Klan já não era mais tão levada a sério pelo público. Toda essa história real virou livro intitulado Superman Versus The Ku Klux Klan: The True Story of How The Iconic Superhero Battle The Men of Hate (“Superman Contra a Ku Klux Klan: A História Real de Como o Icônico Super-Herói Enfrentou os Homens do Ódio”, em tradução livre), escrito por Rick Bowers, que foi publicado em 2012. E em 2017, ele quase se tornou um filme.

Já o quadrinho Superman Smashes the Klan terá 80 páginas, começa a ser vendido em 16 de outubro nos EUA e será publicado pelo selo DC ZOOM, voltado para um público mais jovem.

 

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Em Solitário, o Homem Elefante recebe as bênçãos de uma deusa e vive sonhando

Já consagrado como um dos maiores autores modernos do mercado de quadrinhos da Europa, Christophe Chabouté entrega em Solitário o que se assemelha a uma junção de suas duas obras publicadas no Brasil anteriormente pela editora Pipoca e Nanquim, com a ambientação marítima e desoladora de Moby Dick e a sensibilidade humana de Um Pedaço de Madeira e Aço.

Tal qual a deusa mitológica do destino Dalia, a embarcação Dahlia possui em suas mãos o destino do solitário morador de um farol. E assim como a deusa, esta embarcação – com sua tripulação composta por apenas dois homens – é a responsável por fornecer bens materiais, essenciais para a sobrevivência de Solitário. E as semelhanças não se limitam a estes aspectos, visto que Dalia (filha de Dievas), é muito mais uma executora das vontades de Dievas do que tomadora de decisões. A Dahlia desta história executa as vontades de um pai falecido. Além do destino, o pai de Solitário garantiu que Dahlia seria a incumbida pela riqueza material que forneceria a vida ao isolado faroleiro que não tem seu nome revelado, nesta narrativa que também não possui recordatórios, desenvolvendo todo o álbum com sua arte magistral e nada além de poucos balões de fala ou páginas de impressos.

Ao longo das mais de 370 páginas que compõem o livro seu criador de forma inventiva estabelece a rotina de um personagem curioso, uma figura rejeitada pela sociedade de maneira já conhecida pelo inconsciente popular por histórias como a do Homem Elefante, que consagrou-se através do filme de 1980 dirigido por David Lynch. E o autor não sente a menor pressa para ambientar o leitor, já que através de seus traços característicos e exímio uso de chiaroscuro se utiliza de muitas páginas de pura contemplação através de transições de momento a momento e ação a ação quando em ambientes abertos ou centrado em figuras específicas, e também de aspecto a aspecto quando inserido em ambientes mais fechados, tornando tangível este local.

Notem que o céu de Chabouté quase sempre é aberto e extrapola os limites dos quadros, como é o céu sobre nossas cabeças. As gaivotas são livres para voarem para onde bem entenderem, criando um contraste doloroso quando em comparação com a figura central que vive em sua ilhota, perdido em sua rotina de descobrimentos e imaginando determinadas cenas ou frustrando-se por não conhecer (ou não entender) certos assuntos da vida. O mar em toda sua imensidão traz no balanço de suas ondas um universo de itens perdidos à porta de Solitário, que geram uma miscelânea de descobertas e ligações. E as novidades que descobre não significam nada para a magnitude do oceano, apenas para o sonhador enigmático.

Os enquadramentos tomados pelo autor são extremamente exitosos em garantir uma sensação de liberdade ou claustrofobia, enquanto o céu e o mar rompem as linhas dos quadros e a solidão do farol é retratada quase sempre com suas paredes limitando o ambiente. O autor também brinca com a maneira como Solitário mergulha em seus pensamentos, em cenas como as das páginas 66 e 123, onde a imaginação do protagonista começa a fluir das margens do quadro para o interior, entrando diretamente na vivência limitada em aprendizado e tomando forma somente após um quadro de transição.

A solidão nesta obra não soa forçada. Não é piegas, demasiada melosa ou impalpável. O farol em que vive o protagonista é um verdadeiro labirinto, pois dele aparentemente não há saída. Em seus quadrinhos conhecidos pelo público brasileiro até então, Chabouté abordou aspectos extremamente humanos, como a possessão e sede de vingança, os pequenos momentos que devem ser valorizados, amizades, amores e perdas. Esta parece ser a máxima de suas criações, a capacidade de transmitir sensações reais ao seu leitor. A rotina narrada em Solitário não é cansativa, monótona ou chata para quem a acompanha. A curiosidade até faz com que, nos momentos finais, haja certa apreensão em saber o que acontecerá a seguir.

E somente um verdadeiro mestre e estudioso da nona arte é capaz de unir tamanha imersão narrativa à uma poderosa lição. Não é o destino que o fará repetir os mesmos erros por toda sua vida, e a solidão pode ser apenas autoimposta. A realidade em que você está vivendo pode parecer confortável ou sua única opção, mas ela definitivamente pode não ser a melhor para sua vida. E as pessoas ao seu redor são capazes de desempenhar um papel importantíssimo para melhorar seus sentimentos.

A edição nacional está caprichadíssima, com encadernação em capa dura com soft touch e verniz aplicado apenas no título, no logotipo da editora e na janela do farol, dando um aspecto brilhante para a única fonte de luz natural que ilumina o ambiente escuro. A tradução do meu querido amigo Pedro Bouça é sempre um primor, e não encontrei erros de revisão.

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Conheça a origem e o visual de Jennika, a nova Tartaruga Ninja

Esse artigo contém spoilers

Agora as pizzarias de Nova York terão que trabalhar um bocado mais. As Tartarugas Ninja ganharam mais uma integrante. Sim, isso mesmo que você leu, estimado leitor. Donatello, Leonardo, Raphael e Michelangelo acabaram de ganhar reforço no time. E um reforço feminino! O seu nome é Jennika e ela usa faixa amarela.

Nas últimas edições dos quadrinhos das Tartarugas Ninja, Mestre Splinter agora é responsável pelo Clã do Pé e a vilã Karai (não façam piadas infames, por favor) decide recuperar a liderança do clã. Splinter decide deixar o comando e repassa para Karai, com a promessa que a paz iria reinar em Nova York. Mas ao descobrir que o Clã do Pé estava cuidando de um bando de órfãos, mas sem treiná-los para transformarem em ninjas, Karai quebra a sua promessa e começa uma nova guerra de gangues.

Durante essa batalha, Karai fere gravemente Jennika, uma discípula de Slipnter durante seu período no Clã do Pé. Sem tempo hábil para um atendimento médico especializado, os quelônios levam Jennika para o laboratório de Harold Lyja, onde usariam o soro mutagênico para salvar a vida da jovem. Quando começaram a injetar o soro, Metalhead aparece em cena e destrói o único lote da medicação. Na medida desesperada, Donatello faz uma transfusão de sangue do Leonardo para a jovem. Acaba salvando a sua vida e transforma a humana em uma nova mutante. Confira a página da transformação e as artes do visual de Jennika na galeria abaixo:

 

A HQ das Tartarugas Ninja é publicada nos EUA pela IDW Publishing. Na edição Número 95 acontece o surgimento da nova tartaruga, e a editora teve que realizar uma segunda impressão. Muito interessante a inclusão de uma personagem feminina no cenário das Tartarugas Ninja ainda mais sendo inclusa como uma protagonista (como promete a editora). Esperamos que mantenha Jennika ativa por muito tempo e que passe para outras mídias da franquia.

Essa série das Tartarugas Ninja é muito elogiada lá na gringa, e ficamos na torcida para que alguma editora se interesse e comece a lançá-la por aqui. A Editora Panini já trouxe algumas edições em formato de revista mensal, porém a mesma foi cancelada.

Conheça toda a trajetória das Tartarugas Ninja nos quadrinhos AQUI.

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DC Black Label | Coringa e o Questão vão ganhar histórias por Jeff Lemire

Foram anunciados dois lançamentos para o DC Black Label, o novo selo da Editora das Lendas, que agora, depois da extinção da Vertigo, vai abrigar todas as histórias com teor mais adulto do universo DC. A grande novidade agora é que as duas histórias serão assinadas por Jeff Lemire.

Joker: Killer Smile vai reeditar uma das duplas criativas mais badaladas e elogiadas do momento na indústria dos quadrinhos: Jeff Lemire e Andrea Sorrentino. Responsáveis pela aclamada Gideon Falls e na mensal Velho Logan (na fase mais elogiada), a dupla vai apresentar o Palhaço Príncipe do Crime, quando este tem um fatídico encontro com Ben Arnell, um jovem psiquiatra que promete mudar radicalmente o vilão.

Em entrevista ao site io9, Jeff Lemire disse que apesar de ser uma premissa que vimos acontecer, e falhar com a Arlequina, Ben Arnell quer desvendar a mente lunática e tentar “dar sentido” ao Coringa. “Ben é leitor de mentes de Arkham e Gotham e queremos explorar a mente do vilão. O Coringa não é um herói ou um anti-herói. Ele é a encarnação do mal e sempre tive problemas com pessoas que querem romantizá-lo”, explicou Lemire.

O autor ainda falou que Joker: Killer Smile será doentia e trágica. O lançamento está previsto para 30 de novembro.


A outra história escrita pelo Jeff Lemire será com um personagem querido por muitos do Universo DC: o Questão. Nessa edição, os desenhos serão de Denys Cowan e Bill Sienkiewicz. Com o título de The Question: The Deaths of Vic Sage, a trama vai contar sobre o mistério que envolve a própria origem do personagem, onde ele descobre que faz parte de um ciclo vicioso de reencarnação, que tem início no Velho Oeste.

The Question: The Deaths of Vic Sage tem lançamento previsto para 30 de novembro.

Para saber mais sobre o selo DC Black Label, clique AQUI.

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DestiNation #2 | Confira a entrevista com os autores Alessio Esteves e Lobo Loss

Durante o FIQ – Festival Internacional de Quadrinhos do ano passado, um dos destaques foi o lançamento de DestiNation. A HQ que mistura gêneros como faroeste, cyberpunk e misticismo chamou atenção, contando a história de Jeff Van Cypher, um mercenário cibernético, que tem um passado misterioso, em sua árdua caçada à Don Juan, um cyberxamã que destruiu a sua família. A Torre de Vigilância fez a sua resenha sobre DestiNation, para saber mais clique AQUI.

Agora chegamos na tão sonhada e prometida continuação. Começou a campanha de financiamento coletivo no Catarse para DestiNation #2 (que em dois dias já está quase em 20%). Agora teremos um foco maior no antagonista Don Juan. A nova edição promete expandir o universo com novos elementos e personagens, coisa que ficamos com gostinho de “quero mais” depois no primeiro número. Serão três histórias, novamente com roteiros de Alessio Esteves (Zikas, Despacho, Na Quebrada) e arte de Lobo Loss ( O Mundo de The Witcher – Old Dragon), confira os títulos e as sinopses abaixo:

  • Pássaro Azul – Uma caçada a bandidos dá errado e Van Cypher vai precisar da ajuda de um índio hacker para escapar;
  • Pé na estrada – A caminho de um novo serviço, motoqueiros tentam roubar o combustível de Smut, a montaria de Van Cypher;
  •  Na teia do Aranha – Um terrorista geneticamente modificado está atacando os trilhos da Kismet e Van Cypher é contratado para capturá-lo.

Para sabermos mais sobre DestiNation #2, batemos um papo com a dupla criadora, Alessio Esteves e Lobo Loss:

1- O que podemos esperar de DestiNation #2?

Lobo: Com certeza um aumento de escopo do que rolou no primeiro!
Alessio: Exato. São mais personagens, mais cenários… O mundo da HQ cresce como um todo.

2- DestiNation é uma grande salada de estilos. Temos o cyberpunk, faroeste, misticismo… quais as principais influências para compor essa “salada”?

Alessio: Vish… Da minha parte, de cara, cito o Universo Marvel 2099 e Transmetropolitan. Mas não dá para não falar de Read Dead Redemption, com suas dezenas de personagens únicos com passado e motivações detalhadas. Quando falamos de misticismo, as várias abordagens mágicas presentes na HQ têm muito de Mago, a Ascensão e Carlos Castañeda.
Lobo: Gosto muito de usar os enquadramentos de filmes de faroeste, fica bacana. Essa coisa de começar no close nos personagens e depois ir para o cenário. Mas no segundo volume tive a oportunidade de mostrar mais ambientes. O primeiro volume tem muitas histórias em locais fechados ou escuros. Agora temos florestas, cidades… Então tive que ver como misturar tudo isso na arte
Alessio: Sem contar que tudo que a gente leu, viveu, meio que entra na HQ de um jeito ou de outro.
Lobo: Aquelas coisas lá no fundo da mente que às vezes entram sem querer.
Alessio: Tem Batman, tem Akira…
Lobo: Nossa, quem gosta de Akira vai pirar lendo este volume!

3- Jeff Van Cypher é um personagem misterioso. Na primeira edição, alguns elementos do seu passado como sua esposa e filha foram levemente abordados. Teremos mais profundidade no passado dele em DestiNation #2?

Alessio: Ô se teremos, mas não rola falar mais por motivos de SPOILER. De qualquer maneira, estamos dando aos leitores as peças de um quebra-cabeça, que eles devem ir montando.

4- Já sabemos que teremos o antagonista Don Juan como um dos principais personagens desse segundo número de DestiNation. Quem seria esse vilão? O estilo dele se equiparia à quem?

Alessio: Mais que o principal vilão de DestiNation, queria reforçar que Don Juan é um antagonista, no sentido que ele é totalmente oposto ao Van Cypher em todos os aspectos.
Lobo: Para mim é difícil comparar o Don Juan a alguém, porque não consigo pensar em ninguém parecido.
Alessio: Verdade. O Van Cypher tem inspirações mais claras.
Lobo: Ele é meio Hellboy, meio Jonah Hex. Já o Don Juan não tem. Acho que podemos bater no peito e segurar essa bronca.
Alessio: Bora pro play!

5- O estilo de DestiNation é um dos pontos diferenciais da HQ. Os traços são lindos. Nas feiras vocês geralmente levam uma miniatura do Jeff Van Cypher. Existe algum planejamento para camisas ou mais miniaturas dessas para o futuro? Quem sabe até uma marca de bebida?

Alessio: Porra, nunca tinha pensado em marca de bebida! É uma boa!
Lobo: Eu sonho em ter uma parada dessas!
Alessio: Temos planos sim de camisetas e miniaturas, mas acreditamos que não é o momento ainda. Estamos focados em fazer a HQ.
Lobo: Tem que firmar a marca, juntar um público. Aí, com isso firme no meio da galera, rola pensar em produtos derivados.

7- Alguns dos personagens secundários do primeiro volume irão retornar agora?

Alessio: Estamos explorando o universo de DestiNation e achamos que é cedo para isso, mas vocês poderão ver que pelo menos um deles está ativo no cenário

8-Teremos algumas referências com pessoas reais ou situações reais?

Alessio: O Don Juan é uma referência bem direta ao mestre do Carlos Castañeda em seus livros sobre xamanismo. E começa nesta edição uma brincadeira envolvendo uma gangue e… Bom, melhor deixar galera ler pra sacar!

9- Ambos são pessoas muito ativas no mercado do quadrinho nacional, como vocês enxergam esse momento? Vejo muita gente falando que estamos em uma espécie de “Era de Ouro”, por causa da quantidade de artistas e produtos de alta qualidade que estão sendo lançados (seja via Catarse ou via Editoras mesmo), concordam com isso?

Alessio: Não gosto de falar em “Era de Ouro”, pois parece que estamos desmerecendo todo mundo que veio antes de nós. Até porque algumas tiragens de décadas atrás são impraticáveis hoje.
Lobo: O que rola hoje é que tem mais canais de divulgação, o que deixa o público mais próximo autor. Então o que rola hoje é muito mais visibilidade do material lançado, mais que quantidade e qualidade.

10- O Lobo é um exímio Mestre no RPG (segundo as boas e más línguas) e o Alessio também é um profundo jogador experiente. Qual a possibilidade de vermos DestiNation um dia como um RPG? 

Alessio: Como alguém que mestra RPG desde os 12 anos, achei a citação à minha pessoa nesta pergunta ofensiva.
Lobo: HAHAHAHAHAHA!! Mas a possibilidade é grande, muito grande.
Alessio: Só estamos esperando a HQ ter mais volumes para o cenário estar mais estabelecido.
Lobo: É muito mais fácil o cenário estar construído para montar o jogo, e evita spoilers.

11- Qual o próximo trabalho da dupla? Seja ele junto ou os individuais.

Alessio: Juntos, é DestiNation e só.
Lobo: É um casamento muito bom, está dando certo, deixa como está.
Alessio: Eu tô participando do VHS, uma coletânea independente de terror com pegada nos filmes de 1980 que entre em financiamento coletivo em breve, e mais dois projetos secretos, que não posso dar detalhes agora.
Lobo: Da minha parte, é mais da área de RPG. Vai sair um Bestiário (não-oficial) de Witcher para Old Dragon, tá rolando o streaming semanal de Vampire Bloodlines que rola no canal da Ethernalys e teremos em breve novidades para o Vampiro, a Máscara 5ª Edição. Sigam Lobo Loss nas redes aí que falo tudo por lá.

DestiNation #2 terá formato americano, 48 páginas em papel couché de sépia com detalhes coloridos e capa cartonada. Para saber mais sobre a campanha, valores e recompensas clique AQUI.

 

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Quarto volume de Paper Girls da editora Devir já está em pré-venda

Série vencedora do Prêmio Eisner e também do Prêmio Hugo, Paper Girls segue sendo publicada a todo vapor em terras brasileiras pela editora Devir. Em janeiro de 2019 o terceiro volume encadernado chegava às livrarias nacionais, e a pré-venda do quarto volume já começou. Confira detalhes abaixo!

Tiffany, Mac, KJ e a novata Erin trabalham como entregadoras de jornal para o The Cleveland Preserver na pequena Stony Stream. Durante a noite do Dia das Bruxas de 1988 a cidade foi invadida por jovens estranhos e guerreiros de armadura montando dinossauros alados e as quatro garotas pré-adolescentes acabam sendo arrastadas para a história mais importante de todos os tempos. Nesta edição, Tiffany e suas colegas são arremessadas da era pré-histórica direto para o ano 2000, onde elas finalmente conseguem algumas respostas para toda a loucura que estão vivendo.

Nesta angustiante versão do nosso passado, o bug do milênio acabou sendo um cataclismo pior do que os especialistas temiam e a única pessoa que pode salvar o futuro é uma garota de 12 anos de 1988.

Este encadernado reúne as edições 16 a 20 da revista mensal americana, de Brian K. Vaughan, o mesmo autor de Saga, Os Fugitivos, Y: O Último Homem e The Private Eye, e Cliff Chiang, ilustrador da elogiada fase da Mulher-Maravilha dos Novos 52.

A série já foi vencedora de três Prêmios Eisner (2016 e 2017) e indicada ao Prêmio Hugo em 2017. Em 2018 os cinco volumes de Paper Girls ficaram entre os 35 títulos mais vendidos nos EUA.

Paper Girls – Volume 4 possui 128 páginas encadernadas em capa cartão e formato 17 x 26 cm. O preço sugerido é R$ 50,00 e você pode clicar aqui para reservar sua edição na pré-venda com desconto e preço mais baixo garantido.