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Primeiras Impressões: RErieD: Derrida, who leaps through time

Enquanto sofríamos com o péssimo Steins;Gate 0, Satou Takuya, diretor do anime de 2011, estava trabalhando em um anime original, nomeado de RErideD: Derrida, who leaps through time, que também tem como tema, viagem no tempo. É com ele que iremos começar a cobertura da Temporada de Outono 2018, ainda que bem adiantada.

Além de Takuya na direção, tem na staff de RErideD, o compositor de série Konuta Kenji, que trabalhou em… PERA

OH BOY, ESTAMOS FODIDOS

Abe Yoshitoshi, de Serial Experiments Lain, é o responsável pelo Character Design Original, e Watanabe Kouji pela animação. A produção está a cargo do recém-formado Geek Toys, é o primeiro anime feito pelo estúdio.

Apesar de estrear somente no dia 03 de Outubro, RErideD teve a exibição de seus 4 primeiros episódios em um evento no Japão, e com isso a Crunchyroll os trouxe para o seu catálogo no mesmo dia.

A história de RErideD se passa no ano de 2050 e temos como protagonista, o cientista Derrida Yvain, que é um dos responsáveis pela criação dos “Automatas DZ”. Após descobrirem uma falha na programação, Derrida e seu companheiro Nathan e decidem reportar para seu chefe, na companhia Rebuild. Após isso, Derrida e Nathan são atacados, e ao conseguir fugir, Derrida entra em uma cápsula de criogenia e acorda 10 anos no futuro, em um mundo devastado pela guerra, e então decide procurar Mage, filha de Nathan, e protege-la a todo custo.

Sim, um anime de viagem no tempo, com elementos pós-apocalípticos. Graças a Deus a gente não tem tantos animes com esse tema. Mas olha só, temos o diretor de Steins;Gate comandando o projeto. Não tem como dar errado, não é mesmo? Bem…

Olha só, LOLIS!

A direção de Satou Takuya é a coisa menos problemática de RErideD. O problema do anime em si, está em seu roteiro. A história é genérica, já vimos isso diversas vezes em outras mídias. Até o final do quarto episódio, eu, que sou burro igual uma porta, conseguia saber pra onde a história estava sendo levada. Mas admito, que não esperava a utilização de tal “plot twist” tão cedo no anime.

Então fica aqui a dica mais genérica possível: PRESTE ATENÇÃO NOS DETALHES. Mais especificamente, no primeiro episódio, é ele quem vai ditar as revelações do anime.

E o harém vai se formando

Os personagens até o momento são bastante unidimensionais, você não se importa e nem liga para nenhum deles, não há ligação entre personagem/telespectador. Então não tem muito o que comentar sobre eles por agora.

Aliás, AMGE, sério? Vocês não poderiam pensar em um anagrama melhor?

Eu sei como é…

Outro grande ponto negativo ao meu ver, é a montagem. Algumas cenas possuem cortes estranhos, em especial a do congelamento de Derrida. Onde claramente ele se deita na cápsula de criogenia (o que já não faz nenhum sentido), e no frame seguinte ele simplesmente já está amarrado.

Apesar do Geek Toys ser um estúdio novato, a animação está bem consistente, sendo o episódio 3 o mais fraco nessa questão. O uso de CG está aceitável, é feio em algumas partes, mas não incomoda tanto, como em outros animes. O som do anime tem algumas… esquisitices???? Ainda não consegui definir se é proposital ou falta de orçamento.

Hum…

Considerações Finais:

Apesar de boa direção e animação consistente, RErideD possui uma história genérica e já manjada  e terá que se apoiar em plot twists se quiser manter um público.

De qualquer forma, é VIAGEM NO TEMPO, quem não gosta de VIAGEM NO TEMPO? O trouxa aqui vai acompanhar.

Nota para os 4 primeiros episódios: 5/10

Curiosidade: Jacques Derrida foi um filósofo que inventou o conceito de “desconstrução”. Em RErideD, o protagonista se chama Derrida, e seu pai, Jacques. O que isso significa? Não faço ideia e não me esforçarei para descobrir.

Como eu citei acima, RErideD teve os 4 primeiros episódios disponibilizados de uma vez na Crunchyroll. Até onde eu sei, o anime terá ao todo 12 episódios.

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Log Horizon retorna em setembro pela NewPOP Editora

Após um ano e meio ausente das livrarias do Brasil, a série de light novels Log Horizon retornará no mês de setembro em mais um lançamento da NewPOP Editora. Confira detalhes abaixo.

O RPG Online Elder Tale é jogado por milhões de pessoas no mundo todo, no entanto, durante o lançamento de seu décimo segundo pacote de expansão, “Desbravamento da Noosfera”, trinta mil jogadores japoneses são teleportados para o mundo de Elder Tale. Retirados da sua vida normal, o que antes era seu hobby, agora é a dura realidade que eles precisam enfrentar. Em meio à confusão, Shiroe e seus amigos Naotsugu e Akatsuki se unem para desafiar esse novo mundo.

Neste quarto volume, intitulado “Fim do Jogo (Parte 2)“, as aventuras ganharão continuidade: a tensão entre os jogadores e NPC’s aumentará, e o aprendizado obtido nas dungeons pelo grupo de aventureiros sofrerá grandes mudanças.

O terceiro volume da série foi publicado no Brasil em março de 2017, e a mesma entrou em hiato desde então devido a complicações legais que aconteceram no Japão. Com o atraso, a editora NewPOP enfrentou algumas dificuldades para encaixar a série novamente em sua agenda, e aparentemente tudo deverá voltar aos trilhos a partir de agora.

Ainda não sabe o que são light novels? Clique aqui e descubra!

Log Horizon é uma das séries de light novels publicadas pela editora NewPOP, que também lança Re:Zero, No Game No Life, Toradora! e já finalizou Fate/Zero. A adaptação em mangá também é licenciada pela editora, e o único volume disponível já foi lançado simultaneamente com o primeiro da série de novels. A criação e roteiro são de Mamare Touno, e as ilustrações são de Kazuhiro Hara.

Log Horizon Vol. 4: Fim do Jogo (Parte 2) possui 328 páginas encadernadas em formato 18,2 x 12,9 cm, e o preço de capa sugerido é R$ 29,90. Clique aqui para comprar sua edição na pré-venda com preço mais baixo garantido.

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Anime

Crunchyroll anuncia maratona de animes dublados na Twitch

A Crunchyroll anunciou que, no próximo domingo (26), realizará uma maratona de animes dublados em seu canal de Twitch. Serão exibidos os animes Free! Iwatobi Swim Club e Youjo Senki (Saga of Tanya the Evil), com dublagens em português brasileiro.

Será uma oportunidade única para conferir gratuitamente as dublagens de ambos os animes, visto que já estão disponíveis do catálogo da plataforma para usuários Premium.

Free!

A maratona começará ao 12:00 com um pré-show estrelado por Bia Purin e Malu Arantes, apresentadoras da Crunchyroll TV. A exibição dos doze episódios de Free! começa às 13:00, e terá cinco horas de duração, seguida da exibição de Youjo Senki, às 18:00.

Por motivos de licenciamento, esta maratona poderá ser assistida apenas por usuários do Brasil, Portugal, Angola e Moçambique.

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Cultura Japonesa Entretenimento

Crunchyroll TV anuncia sua grade de programação diária

A Crunchyroll TV anunciou sua nova grade de programação no canal Rede Brasil, e dessa vez será diariamente, a partir de 6 de agosto, com os programas indo ao ar às 22h, no horário de Brasília. Cada bloco terá duração de 30 minutos e continuará sendo apresentado por Bia Purin e Malu Arantes.

Confira a grade de programação:

  • Segundas: Black Clover (dublado)
  • Terças: Re:ZERO (dublado)
  • Quartas: Black Clover (dublado)
  • Quintas: Bungo Stray Dogs (dublado)
  • Sextas: Black Clover (dublado)
  • Sábados: Kobayashi-san Chi no Maid Dragon (dublado) e Mob Psycho 100 (dublado)
  • Domingos: Nanbaka (legendado), How to Keep a Mummy (legendado) e Ojisan to Marshmallow (legendado)

A Rede Brasil está disponível nas seguintes operadoras:

  • Claro – Canal 13
  • GVT TV – Canal 248
  • NET (SP) – Canal 13
  • OI TV – Canal 10
  • Sky – Canal 17
  • VIVO TV – Canal 237

As versões dubladas de Re:ZERO, Bungo Stray Dogs, Kobayashi-san Chi no Maid Dragon e Mob Psycho 100 entrarão no catálogo do Crunchyroll no dia seguinte, para usuários Premium. Já Black Clover entrará todo Sábado.

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Primeiras Impressões | Holmes of Kyoto

Quem não gosta de um conto de detetive? Faz sucesso há anos, tem que ser bom! E claro que, como tudo que faz sucesso (e as vezes até coisas que não fazem), tem que vir algum japonês transformar o negócio em alguma coisa estranha. É o caso de Holmes of Kyoto.

Pois bem… Elementar, meu Caro Watson… Só que dessa vez o Watson é uma garota de 16 anos ressentida com a vida e que não ajuda em nada nos casos. E o próprio Holmes também é um jovem adulto ressentido com a vida. Sério, tá todo mundo depressivo nesse show, bicho?

O animê vem baseado em uma obra já antiga: o material original é uma Novel com início de publicação em 2015 por Mai Mochizuki. Se considerarmos que Sherlock Holmes é de 1887, dá pra chamar de velho né? De qualquer maneira, a novel de Mochizuki também foi adaptada em versão mangá em 2016, com um design muito mais próximo do que vemos na animação. Não que isso importe muito para o caso em questão.

Assim como uma obra de investigação faz, Holmes of Kyoto mostra algo para te enganar no começo, te dar pistas falsas e te convencer de que sabe o que está acontecendo. Quando na verdade, você está sambando na mão do assassino o tempo inteiro.

Mas o que exatamente é pura lábia no animê? Elementar, pois: o primeiro episódio te faz acreditar que teremos uma temporada inteira de Trato Feito Quioto, dentro da loja de antiguidades que nos é apresentada. E sinceramente? Acho que isso seria muito bom. Quem não gosta de Trato Feito? É um dos melhores programas da TV fechada atual.

Infelizmente não é isso que acontece. A partir do segundo episódio, temos uma série de “casos” que precisam ser resolvidos pelo protagonista (que aliás nem se chama Holmes de verdade, mas achei uma boa sacada o motivo do apelido), e todos surgem tão repentinamente quanto acabam. Em momento algum nós somos apresentados aos motivos que fazem esses casos serem levados especificamente para o Yashigara (que é o nome real do Holmes, aliás). E nunca nos é explicado como que essas pessoas conseguem se sustentar, tendo em vista que todos os casos até então foram resolvidos na base da “troca de favores” e eles aparentemente ignoram a existência da loja por longos períodos de tempo.

Quem fez melhor?

Mesmo com uma trama aparentemente episódica que serve mais para mostrar a vasta gama de trívias de rodapé de livro que o protagonista leu, as personagens conseguem ser interessantes. Digo, as duas personagens que apareceram por mais de cinco minutos na tela. Temos o mocinho, que abertamente admite ser uma pessoa ruim; e temos a mocinha, que é totalmente uma adolescente gótica da cidade grande que se mudou pro interior. São pequenos traços de personalidade, sim, mas que são bem explorados e conseguem te definir como são as pessoas que estamos lidando.

Acontece que mesmo com um elenco legal, as investigações não são tão divertidas como deveriam ser. Passamos quinze minutos gastando tempo com alguma coisa que parece ser relevante, para no final o caso ser resolvido com alguma coisa nunca antes mencionada, literalmente tirada da cartola do protagonista. Não existe nenhuma forma de você chegar na mesma conclusão que o caso toma. O mistério deixa de ser divertido e se torna frustrante. Você passa a pensar: “Que coisa minúscula e idiota vai ser a chave para resolver esse caso?“. Você precisa ignorar todas as pistas reais que são dadas (e que ocupam 80% do episódio sendo mostradas) e apontar para a coisa mais não-relacionada que aconteceu.

Na parte técnica, temos uma animação razoável. Não é ruim, e tem até algumas cenas bonitas, mas peca em algumas outras. Cortesia do estúdio Seven com direção de animação de Yosuke Ito. Sobre músicas… Eu sinceramente nem percebi se tinha algo tocando no fundo ou não. Acredito que é um sinal negativo para a OST. Mas ao menos a dublagem é bem bacaninha, com Kaito Ishikawa no papel do mocinho e Miyu Tomita no papel da assistente-peso-de-papel.

Eu assistindo aos casos sendo desvendados magicamente.

No final das contas, não é mistério nenhum que eu não fui muito com a cara do show. Mas é claro que você pode acabar gostando. Afinal, nem todo mundo gosta das mesmas coisas, e não precisa ser um xeroque rolmes pra saber disso. Pra mim, ao menos, a nota inicial para o animê é de 4/10. Pode melhorar, com certeza, se decidir ser mais racional, mas por enquanto…

Você pode conferir por si mesmo assistindo ao show, que está disponível na Crunchyroll com novos episódios lançados todas as segundas-feiras.

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Primeiras Impressões | Chio’s School Road

A gente tenta postar no horário, mas no caminho do painel de controle acontecem coisas bizarras, e nós acabamos quase sempre nos atrasando. Parece que sempre que vou escrever sobre japonês, surgem umas coisas estranhas… O que era de se esperar. E hoje, temos o animê mais idiota e mais vergonhoso que eu vi nos últimos tempos. E justamente por isso, ele é sensacional.

Se fosse para definir Chio’s School Road em uma só frase, seria “eu mesmo”. Apesar de todos os absurdos e da enorme falta de seriedade em qualquer coisa (que já falo sobre), a maior qualidade da série é ser extremamente relatável e te conquistar por proximidade e intimidade.

Mas calma, vamos primeiro conhecer o que estamos lidando. A obra vem de um mangá, com autoria de um cara que é conhecido por… Desenhar Hentais: Tadataka Kawasaki (eu sei que vocês iam perguntar). A única obra que não precisa de faixas de censura dele é justamente essa, e isso já diz muito mais do que precisávamos saber sobre o assunto…

Voltando ao que importa, que é o animê em questão… O show promete ser algo extremamente simples: uma garota indo pra escola. O que poderia dar errado? Simplesmente por conhecermos a mídia em que estamos, a única resposta possível é “tudo”.
As coisas sempre dão errado, o tempo todo. Mas a melhor parte é que são pequenas coisas, acontecimentos do dia-a-dia que você, eu e todos nós passamos também. A diferença é que a Chio faz tudo que nós sempre sonhamos e nunca pudemos (ou melhor, nunca tivemos a coragem de) fazer. Isso torna esses pequenos imprevistos em cenas de repercussão astronômica, que por beirar a insanidade, acabam cruzando a linha do cômico.

Não só os acontecimentos como as personagens têm o seu humor próprio. Começamos de garotas terríveis cientes de sua própria maldade, passamos por lésbicas psicopatas, e chegamos até ex-membros de gangue em recuperação. O elenco é tão diverso que é impossível não gerar uma situação cômica pelo simples encontro dessas figuras.

Claro, não é um show para qualquer um. É preciso gostar de absurdo e ser aquele tipo de pessoa que morre de rir com uma foto de um atum. Também existem algumas barreiras culturais, com piadas que fazem mais sentido em japonês e/ou para a cultura oriental (você sabe como é o corte ideal de um Atum inteiro? Pois eu também não sabia). Mesmo assim, ainda há algum aproveitamento para todos, basta desligar seu cérebro e se divertir por alguns minutos. Ou só assistir, se você for como eu que já está com o cérebro desligado há alguns anos.

De verdade, a obra me conquistou desde o primeiro episódio, mas pode demorar um pouco mais para cair no gosto de pessoas menos imbecis que eu. Se o começo não te prender, dê uma chance para o segundo.

Pessoas que batem bem da cabeça tentando entender o que diabos está acontecendo.

Na parte técnica, o estúdio Diomedea está cuidando da animação, que está ótima e propositalmente simples, para realçar todos os efeitos necessários; a música é essencial, com uma OST adequada para a obra (simples, mas absurda), abertura e encerramento de excelente nível, e efeitos sonoros dignos de vídeo-cassetadas do Faustão (e isso é um elogio!); uma dublagem perfeita, com a protagonista Chio (CV: Naomi Oozora) tendo a voz ideal para as ações que ela toma…
Resumindo, é uma baita duma produção, dentro de seus méritos.

O comedômetro quebrou e foi substituído por outro, mas as notas continuam: 8/10 é mais do que merecido e Chio’s School Road tem um futuro brilhante pela frente. Completamente nonsense, mas brilhante.

O anime está disponível na Crunchyroll, com legendas em Português (ou inglês, se preferir) e novos episódios são lançados todas as sextas-feiras.

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Re:Zero: Começando uma Vida em Outro Mundo – Livro 4

Se você achou que eu tinha desistido de Re:Zero, achou quase certo! Infelizmente por motivos contratuais sou obrigado a dizer apenas a verdade e contar pra vocês que eu vou continuar lendo independente do rumo que o livrinho tomar. Além dos japoneses, eu também sou um pouco estranho.

Para você que está totalmente perdido e caiu aqui de paraquedas, essa é a Re:Zenha (ai meu deus) do quarto volume de “Re:Zero: Começando uma Vida em Outro Mundo“, Light Novel publicada no Brasil pela editora NewPOP e que atualmente conta com cinco (5) volumes publicados. Estamos um pouco atrasados mas vamos chegar lá. Os volumes anteriores foram cobertos (todos sem spoilers de seu respectivo conteúdo) aqui: 1 | 2 | 3

Viemos do terceiro tomo com uma promessa: que agora, finalmente ganharíamos a nossa merecida recompensa por ter aturado Subaru por quase mil páginas; que iríamos receber mais desenvolvimento de mundo, informações faltantes para entendermos onde estamos e para onde vamos.

Podemos dizer que, de certa forma, a promessa foi cumprida. Mas assim como um serelepe gênio da lâmpada, o autor usa da pior interpretação possível das palavras que usamos para nossos desejos: o mundo foi desenvolvido e descobrimos que ele é terrível; e que o único caminho para qual rumamos tem destino o caos, logo ao lado do desespero sem fim, esquina com a agonia eterna.

Queria começar pelo world-building, mas pra isso preciso passar pelas novas personagens, então… Uma enxurrada de pessoas novas, com todos os tipos de aparência, posição social e ganha-pão, mas com uma coisa em comum: terem personas terríveis. Menos o Al, o Al é gente boa.

Se o Al, por baixo da máscara, não for ESTE HOMEM, eu ficarei bravo.

Tá bom, tá bom, posso estar forçando um pouco a barra. Algumas delas não são TÃO ruins assim. Aliás, deixar claro que quando eu digo “ruim”, não estou querendo dizer “mal escrita” ou “pessimamente desenvolvida“, mas sim “coração ruim“, pessoas que têm a alma maldosa mesmo. Porém, isso já era uma característica esperada: quando o maior ponto de exaltação de sua heroína é, justamente, a sua gentileza e seu coração bom, é normal imaginar que seus arredores serão cobertos por tudo quanto existe de ruindade no mundo, para fazê-la se destacar. E Re:Zero faz justamente isso.

Cada um tem sua peculiaridade, e claro, algumas coisas boas para poderem ter salvação, pelo menos. Ao menos, é o que eu gostaria de pensar. É muito triste imaginar que existem tantas pessoas inteiramente ruins em um lugar só, então espero que esses pequenos detalhes que foram trabalhados pelo autor sejam sinais de que no fundo, cada uma dessas personagens sejam boas. Embora admita que algumas não tem salvação…

A grande questão é que, mesmo com o esforço colossal de fazer todo mundo parecer ruim para elevar a bondade da Emilia para níveis Hollywoodianos, uma única pessoa é o suficiente para isso, e não é nenhuma das novas personagens… Meu Deus do céu Subaru, como você consegue?

Eu venho falando mal do nosso amigo protagonista desde os primórdios da criação, e fico feliz de saber que minha expectativa nunca é falha. Ele realmente sempre faz tudo errado, o tempo todo. Ele se esforça de uma forma colossal para conseguir obter o pior resultado possível em suas ações. O cara precisa morrer de duas a quatro vezes ao dia pra entender o que diabos ele tá fazendo de errado. E isso, como você lerá, se torna um problema (gritante) neste volume.

Só que chega desse blá-blá-blá e vamos ao que interessa: World-building. Levou só quatro volumes, mas finalmente começamos a entender o motivo da história inteira acontecer. Não, não tô falando sobre como o Subaru foi isekai-zado, mas logo depois disso. Afinal, tudo começou com o roubo da insígnia, não é?

A sucessão real foi o assunto principal do volume (se excluirmos a teimosia do Subaru, que sempre é o número um), e rapaz, não é que dessa vez o autor acertou em cheio? Conseguiu nos dar um panorama geral da situação, mostrar muito bem quem está envolvido e por quais motivos, e ainda teve a audácia de meter uma meta-piada de quebra de quarta parede no meio da sala do trono do castelo. Eu faço críticas a rodo sem dó nem piedade, mas quando elogios são merecidos, eu não faço descaso. Nesse quesito (e convenhamos, só nesse), tá de parabéns.

Não apenas a sucessão real, mas também aprendemos muito sobre a capital, seus habitantes, suas ordens e grupos, e até mesmo sobre o mundo de Subaru. Confesso que fiquei realmente chocado (ainda é cedo pra dizer se positiva ou negativamente) com as surpresas que envolvem o “mundo real“. Além disso, temos a oportunidade de conhecer mais sobre política, magia e história do mundo alternativo. Foi extremamente produtivo nesse aspecto.

Aos poucos, vão sendo reveladas as peças necessárias para montar o grande quebra-cabeça do mundo de Re:Zero. Afinal, convenhamos: não estamos lendo essa novel por causa de seu protagonista cativante, né? O grande atrativo é o seu mundo rico e cheio de mistérios. O charme está em justamente não ter muitos mistérios de verdade, mas ser um grande mistério por nós não o conhecermos, e irmos descobrindo-o uma parte de cada vez.

Eu sobre a história de Re:Zero, mesmo depois de quatro volumes lidos…

De novo mais uma vez novamente tivemos a edição impecável da NewPOP que já conhecemos. Papel, capa, ilustrações, acabamento, etc etc etc. Eu já cansei de falar sobre a qualidade não só das Novels como de todos os produtos da editora.

Inclusive, dessa vez gostaria de deixar um elogio a mais: a adaptação que a equipe escolheu para os “sotaques” dos personagens. No volume, fomos apresentados a diversos personagens, como citado, mas dois em especial são bem marcantes (por diversos motivos): Priscilla e Al. A garota se encaixa no esteriótipo de “dama chique”, e fala como tal no original; enquanto o homem é a própria definição de “tiozão de anime“, e usaria uma camiseta havaiana se não estivéssemos em outro mundo. Como isso foi localizado para o papel? A garota fala em segunda pessoa como em novelas de época; o homem fala com gírias dos anos 80 e parece ter saído da TV Manchete.

Sério, ficou muito bom, e adorei a escolha. Não sei se foi ideia do Thiago Nojiri (o tradutor) ou foi sugerido a ele por outrem, mas dou os parabéns a equipe pela excelente localização. Não só nisso, como nas “frases antiquadas” da Emília e nas piadas do Subaru.

Agora voltamos a programação normal e damos o nosso já costumeiro puxão de orelha sobre a revisão. Confesso que deu uma melhorada nesse volume, nada muito gritante como no anterior, mas ainda assim, diversos erros bobos, principalmente nos capítulos finais. Depois de notar esse padrão pela quarta vez, fica impossível de negar que o prazo é o culpado. O começo é revisado com calma, e quando a água bate na bunda e a data de entrega aperta, a revisão afrouxa. Tem que ver isso aí, Júnior.

No geral, foi tanto o melhor como o pior volume da série até aqui, dependendo de que parte do livro você pegar pra ver. O que isso significa? De verdade, nem eu sei mais. Acho que dá pra recomendar mais do que o último.

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Primeiras Impressões | Asobi Asobase e Cells at Work

Cá estamos nós para mais um post de primeiras impressões dos animes da temporada de Verão 2018. Dessa vez, trago à vocês dois animes, que estão no meu TOP 5 da temporada: Asobi Asobase e Cells at Work.

Até o momento dessa postagem, ambos os animes estão em seu terceiro episódio, então já é o suficiente para serem indicados. O fato é que, nenhum dos dois animes traz uma discussão complexa, ou tramas pesadas, então ficaria muito difícil fazer um post separado para os dois. Então na tentativa de me poupar tempo e criatividade, que já é escassa, decidi juntar os dois em um post só.

Pois bem, vamos lá!

Asobi Asobase  é uma comédia sobre três garotas, Hanako, Kasumi e Olivia, que possuem um “Clube de Passatempeiros” em sua escola. O anime é produzido pelo estúdio Lerche e é dirigido por Seiji Keishi, ambos trabalharam na adaptação do mangá Assassination Classroom.

Sim, é uma sinopse bastante vaga mas, garanto a vocês, é um anime extremamente bizarro. A começar pela sua abertura que é totalmente diferente do tema do anime.

As três protagonistas são bem exóticas, e isso eu coloco na conta das suas dubladoras. As vozes que elas criaram para as personagens funcionam perfeitamente, em especial a da Hanako, que é dublada por Hina Kino. Rika Nagae e  Konomi  Kohara também fazem um excelente trabalho como Olivia e Kasumi, respectivamente. Vale dizer que as três dubladoras são relativamente novatas.

As piadas de Asobi Asobase são excelentes, algumas são leves ou pesadas, ou trazem um tom dramático muito bem dosado. Mas sem dúvida, a melhor parte do anime para mim, são as caretas das personagens, que me fazem rir igual um imbecil.

Destaque também para o encerramento bizarríssimo.

Agora vamos para Cells at Work, um anime sobre… células… trabalhando em um… corpo humano?

É isso mesmo. Cells at Work (ou Hataraku Saibou), é um anime que se passa em um corpo humano e traz o dia a dia de trabalho das células dentro do dele. É produzido pela David Production e dirigido Kenichi Suzuki que foi diretor de série das 3 primeiras partes de JoJo’s Bizarre Adventure, que também é do mesmo estúdio.

Cells at Work é um anime de comédia, que funciona muito bem. No entanto, ele possui bastante cenas de ação, já que temos células combatendo bactérias, e isso faz ele ser bem sangrento, mas de uma maneira leve. Além disso, é um anime bastante educativo.

Alô, Polícia Federal!

Os personagens são bem interessantes, ainda que unidimensionais , afinal, são células, e cada uma tem diferentes funções, que acabam sendo repetitivas, mas quem sabe o anime acabe “desenvolvendo” as personalidades delas. Uma dessas coisas repetitivas, é o fato da Glóbulo Vermelha ficar se perdendo, é uma jogada para apresentar os lugares do corpo humano, mas pode acabar ficando chato. Mas de resto, é um ótimo anime. Estou esperando um episódio sobre rinite para ver se me ajuda.

Asobi Asobase e Cells at Work estão disponíveis no Brasil via Crunchyroll.

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Primeiro trailer de Dragon Ball Super: Broly é divulgado na SDCC 2018

Durante a San Diego Comic-Con 2018, a Toei Animation divulgou um vídeo promocional inédito do filme Dragon Ball Super: Broly. Confira.

Dragon Ball Super: Broly estreia nos cinemas do Ocidente em janeiro de 2019.

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Crunchyroll.pt anuncia novos animes dublados

A Crunchyroll.pt anunciou hoje mais quatro novos animes que serão dublados pelo serviço de Streaming.

São eles:

  • Free! Iwatobi Swim Club

Haruka Nanase é apaixonado pela água e fanático por natação. No fundamental, ele venceu uma prova de revezamento com seus três amigos Rin Matsuoka, Nagisa Hazuki, e Makoto Tachibana. Após esta vitória, cada um dos quatro amigos seguiu seu próprio caminho, mas se reencontraram ao virar colegas de colegial. Contudo, Rin não quer saber de fazer as coisas voltarem a ser o que eram – seu único objetivo de vida é provar que é um nadador melhor que Haruka. Após esse amargo reencontro Haruka, Nagisa, e Makoto foram o Clube de Natação do Colégio Iwatobi, mas precisam de um quarto membro para participar do próximo torneio. Eis que Nagisa recruta Rei Ryuugazaki, ex-membro da equipe de atletismo. À medida que a competição se aproxima, os quatro forjam laços firmes e treinam intensamente para vencer e resolver a rixa entre Haruka e Rin de uma vez por todas.

  • Youjo Senki

Junho de 1923. Uma jovem garota loira de olhos azuis, Tanya Degurechaff, estuda no último nível na Academia Militar Imperial e treina na terceira linha de patrulha do distrito militar do norte, o Norden Theater, como parte de seu serviço para as forças armadas. Na transição, Tanya é apontada para tarefas de observação, mas um ataque surpresa força Tanya a entrar em combate com as tropas de magos da Federação. Tanya está em menor número e não resistirá até a chegada de reforços, mas não pode fugir, sob pena de ser condenada ao crime de deserção.

  • Kobayashi-san Chi no Maid Dragon

A Srta. Kobayashi é uma funcionária comum que leva uma vida bem banal e mora sozinha em um pequeno apartamento – até que ela salva a vida de um dragão fêmea em apuros. Esse dragão, chamado Tohru, é capaz de se transformar numa adorável garota humana (com chifres e um longo rabo) que fará de tudo para retribuir seu gesto, queira a Srta. Kobayashi ou não! Com esse persistente e amoroso dragão como colega de apartamento, tudo fica mais difícil, e a vida normal da Srta. Kobayashi está prestes a ir pelos ares!

  • Mob Pyscho 100

Kageyama Shigeo, o “Mob”, é um garoto que não leva muito jeito pra se expressar, mas que é um poderoso telepata. Decidido a levar uma vida normal, Mob suprime seus poderes extrasensoriais, mas quando suas emoções atingem um pico de 100%, algo terrível lhe acontece! Rodeado de falsos telepatas, espíritos do mal e misteriosas organizações, como Mob reagirá? Que decisões ele vai tomar? Baseado numa história original de ONE, a sensação do mundo das webcomics que criou One-Punch Man, vem aí um anime produzido pelo estúdio Bones!

As versões dubladas de Youjo Senki e Free! Iwatobi Swim Club chegarão ao catálogo da Crunchyroll já no dia 1º de agostoKobayashi-san Chi no Maid Dragon e Mob Psycho 100 ainda não possuem uma previsão de estreia.

Kobayashi-san Chi no Maid Dragon e Youjo Senki foram dublados pelo estúdio Wan Macher e Mob Psycho 100 pelo UniDub. Já Free! Iwatobi Swim Club, ficou a cargo do Som de Vera Cruz.

Vale lembrar que o serviço de streaming também exibirá os animes dublados de Black Clover, Re:ZERO e Bungou Stray Dogs no canal Rede Brasil, dentro do bloco Crunchyroll TV. Os animes estarão disponíveis no site após as vossas exibições.