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“A Ascensão dos Fantasmas” chegou quebrando tudo em RAGE 2

Para aqueles que acreditavam que as megalomanias de RAGE 2 haviam chegado ao fim, a Bethesda Softworks, junto a id Software e Avalanche Studios, lançaram a primeira de duas DLC´s. A Ascensão dos Fantasmas trouxe os mesmos combates insanos, corpos e explosões em sua tela e as quantidades incontáveis de munição descarregadas para matar seus inimigos durante as missões.

Como é costume na maioria dos jogos da Bethesda, ou melhor dizendo, “No velho estilo Fallout” você recebe uma transmissão de rádio, assim você segue até a sua fonte. Chegar no ponto o sinal está sendo transmitido, você percebe uma nova cidade surgida das cinzas. Overgrown City, não parece tão perigoso ao primeiro olhar, mas logo você entende o motivo de estar ali. Neste ponto, você está livre para escolher o que fazer a partir de agora, seguir pela linha da história principal ou realizar algumas missões paralelas.

É uma história a parte da história principal de RAGE 2, você não é necessariamente obrigado a jogar a DLC assim que ela é ativada, o jogo te da liberdade de decidir o que fazer. Uma dica, é jogá-lo após o termino da maioria das missões em RAGE 2, pois está DLC  não te dá um grande leque de habilidades e arsenal, ela acrescenta o que já foi ou será feito durante a linha principal da história.

A Ascensão dos Fantasmas tem toda uma campanha a parte do jogo principal, além de várias missões secundárias que preenchem espaços dentro do mundo aberto. Você encontrará um novo ponto de contato, novos retrato de personagens e ícones codificados. Santuários, os lares do membros da nova gangue, os fantasmas, refinarias de drogas, e antenas usadas para enviar mensagens e gotas de ar protegidas, são suas mais novas zonas de brincadeiras, nelas você vai realizar tudo o que é de costume aqui, atirar, explodir e matar. E como é a maioria de jogos em mundo aberto, as repetições e aborrecimentos são suas companheiras. Por sorte, tudo isto dura pouco mais de três horas, assim dada as devidas proporções a sensação de tédio pode passar despercebida.

Os novos inimigos, os fantasmas, são definitivamente mais difíceis de matar, se comparados aos demais que estavamos habituados em RAGE 2. O que de certa forma faz sentido, já que você tem que ter um repertório um pouco mais avançado de arsenal e habilidades para entrar de cabeça nesta DLC. Além dos membros da gangue dos fantasmas, algumas criaturas diferentes passam a aparecer, mas nada de grande relevencia, pelo menos até agora, pois nem o jogo se importa em explicar sobre eles. 

Como ja dito, a DLC é bem curta. Por tanto algumas propostas não conseguem se desenvolver. Diversos novos personagens não são desenvolvidos e você fica com a sensação de ter faltado algo mais em relação a eles. Infelizmente alguns momentos são bem curtos, de certo modo apressados, impedindo que o jogador sinta o peso de suas decições durante a gameplay. Overgrown City é de longe a coisa mais mal explorada dentro da DLC, toda sua extensão parece sem graça e sem vida em comparação com o resto do mundo criado para o jogo. Mas o final consegue superar as expectativas, e finalizar com um gostinho de quero mais, mesmo diante de alguns pontos negativos dentro da linha do história.

Essa expansão bebe do mesmo rio do jogo principal, falando em adrenalina, mas deixa a desejar, parecendo as vezes um jogo a parte, isolada da gameplay principal. Ainda é um jogo muito divertido, e se há possibilidade de você jogar está DLC, jogue-a. Entretanto o mercado irá receber alguns novos jogos,  como Borderlands 3 e DOOM Eternal e isto pode acabar com alguns planos futuros para possíveis DLC´s que estão para chegar.

O código Steam para a Deluxe Edition foi fornecido pelo editor para esta análise.

 

 

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NBA 2K20 | A cesta de três ponto no estouro do cronômetro

Os games de esportes são uma febre, sem dúvida. Esta época do ano, devido ao início das temporadas de competições estrangeiras, os lançamentos deste segmentos saem a todo vapor, com os esportes americanos não é diferente. NBA 2K a franquia de basquete virtual mais famosa do mundo está em sua 20º edição. NBA 2K20 chegou!

NBA 2K20 trouxe como proposta principal a simplificação de controles, em comparação as edições anteriores, também uma série de melhoria em seus recursos visuais, e nada mais justo que a última lista de transferências da liga de basquete americana. Além da tão esperada inclusão de uma lista da WNBA, a liga feminina. Entretanto pouco mudou do ano passado para cá, mecanicamente falando, é claro. Passes simples, dribles e arremessos ainda funcionam da maneira mais didática possível, e ainda podem ser realizados com mais “habilidade”, caso você conecte os passes a movimentos na alavanca analógica do controle.

Trazer a física, ao mesmo tempo que tenta equilibrar a liberdade artística dos movimentos do basquete com a I.A, em meio a trilhões de possibilidades de manipulação da ação dos jogadores em campo, nunca será tarefa fácil, e é característico do gênero esportivo, estar sempre na corda bamba da simplificação extrema de um jogo mais arcade gênero há muito se encontra na linha entre a simplificação no estilo arcade e um programa de simulação complicada. Alguns movimentos, por vezes podem ser confundidos com combos de jogos de luta, onde você necessita de uma série de botões apertados em sequências ou ao mesmo tempo, para que sua ação seja reconhecida. De fato, você pode muito bem não utilizar deste meio, mas seu leque de movimentos e finalizações para a cesta serão apenas um décimo de todo o potencial do jogo, o que por mais incrível que pareça, ainda o torna interessante.

A I.A, as vezes te faz parecer um bebê jogando sem entender muito bem dos controles, mas seu padrão de jogo é previsível e fácil de se adaptar, logo o multiplayer local e online, preenche esse vazio, o que torna estes jogos esportivos um marco. Infelizmente, os servidores estavam funcionando vagarosamente dias após o lançamento, com um número inaceitável de partidas que não conseguiam se conectar ou se desconectavam repentinamente no meio do jogo.

Felizmente a franquia MyCareer está de volta e melhor do que nunca, seguindo os passos de outros jogos de esporte. Aqui vivemos o sonho americano de jovens americanos, somos um universitário destinado a jogar na NBA, mas antes temos que trilhar nossa personalidade e criar nossas ambições principais, ser midiático ou se aquele atleta que pensa apenas em melhorar suas habilidades e determinado com a carreira, que está por vir. O conteúdo foi produzido pela SpringHill Entertainment, empresa de LeBron James, e logo percebemos os esforços para transformar este modo de jogo em um experiência quase cinematográfica, o elenco conta com Idris Elba, Rosario Dawson e Thomas Middleditch, cada um interpreta personagens-chave na história de seu personagem, apelidado de Che. Desde sua primeira partida até o tão sonhado Draft da NBA, temos uma gameplay de cinco horas.

O que não poderia faltar aqui é o clássico, MyTeam. Se você está familiarizado com os modos de jogo deste nicho, óbvio que você conhece a criação de equipes, onde os jogadores da liga aparecem como cartas e seu objetivo é criar a equipe dos sonhos. De fato, é uma experiência empolgante, e quem é fã de basquete não pode deixar de ter uma grande alegria em unir uma equipe, com os melhores de cada posição. Embora o conceito principal seja convincente e teoricamente inofensivo, qualquer um que tenha um pocuo mais de experiência na área, sabe que, no fundo, o ecossistema dentro de modos assim, evolui para um Pay-to-Win, e o MyTeam no NBA 2K20 não fica atrás. Desde o início, somos bombardeados com luzes e placas coloridas que nos levam até ganchos, alavancas e roletas para ganhar bônus no jogo. Um verdadeiro caça-níquel.

Além de todos os modos conhecidos ou familiarizados pelos jogadores, a WNBA está finalmente presente em um grande título de basquete! O basquete feminino que recebe o tratamento de AAA é um dos pontos inesperadamente mais brilhantes em NBA 2K20. As atletas foram recriadas meticulosamente na quadra virtual com tanto cuidado e nuances quanto seus colegas mais bem pagos, poderiam ser facilmente o melhor modo de jogo, se não possuísse os mesmos problemas do resto do jogo. Há esperança de que esses obstáculos possam ser superados em futuras atualizações, mas por enquanto é a única coisa que prejudicada o jogo como um todo.

NBA 2K20 é mais um grande simulador de basquete que por conta de sua alta demanda técnica acaba destruindo alguns pontos positivos de jogos de esporte, como o divertimento por divertimento, apenas. A jogabilidade evolutiva mas com uma curva de aprendizado longa e cansativa, com uma pitada de realismo a todo custo tende a cansar. Ao mesmo tempo que NBA 2K20 melhora em certos pontos e traz novidades pontuais, ele corta alguns conteúdos, e traz uma série de novos problemas por conta de sua evolução abrupta. Por trás de tudo isso, a diversão ainda é gratificante. Se você assim como milhões é fã de basquete, principalmente dos astros da NBA, NBA 2K20 é essencial para sua coleção.

OURO- Recomendável

Agradecimentos à 2K pelo envio do código para análise.

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StarLadder Berlin 2019 | Contará com 3 equipes brasileiras

A StarLadder Berlin Major 2019 de Counter-Strike Global Offensive começa nesta sexta-feira (23) e terá sua final no dia 08 de setembro. A competição contará pela primeira vez com a presença de três equipes brasileiras: MIBR, FURIA Esports e INTZ Esports.

A FURIA Esports e INTZ Esports, estarão etapa Challengers, e disputarão com outros 21 times para seguir adiante garantido vaga para a Legends Stage, podendo estar lado a lado com a MiBR. A premiação total da competição será de US$ 1 milhão ( aproximadamente R$ 4 milhões ), distribuídos para 16 equipes.

O StarLadder Major Berlin seguirá o formato já utilizado em outros majors. Onde a etapa New Challengers Stage (Etapa Novos Desafiantes), que acontecerá entre os dias 23 e 26 de agosto. Serão 16 equipes disputando em formato suíço. Os jogos serão em séries melhor de um (MD1), e os confrontos decisivos em disputas melhor de três (MD3).

A etapa seguinte, a New Legends Stage (Etapa Novas Lendas), será disputada entre os dias 28 de agosto e 1 de setembro, e terá o formato suíço. E a lógica idêntica a da Challengers Stage, séries MD3 para as decisivas e MD1 para as restantes. Oito equipes avançam para a última etapa da competição.

Confira os confrontos da primeira rodada, da Challenger Stage:

Round 1

Vitality x Syman – 7h
NRG x DreamEaters – 7h
G2 x TyLoo – 8h15
North x INTZ – 8h15
FURIA x HellRaisers – 9h30
mousesports x forZe – 9h30
AVANGAR x complexity – 10h45
CR4ZY x Grayhound Gaming – 10h45

As partidas poderão ser acompanhas ao vivo através da Steam.TV e dos canais oficiais da StarLadder na Twitch TV

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R6: Team Empire se consagra campeã do Six Major Raleigh

O Six Major Raleigh 2019 de Rainbow Six Siege já conhece sua equipe campeã: Team Empire que desbancou a equipe multicampeã da G2 Esports , formada por Pengu, e companhia. O Six Major Raleigh ocorreu entre os dias 12 e 18 de agosto, na Carolina do Norte, EUA.

A Team Empire garantiu a vaga na Grande Final após vencer a Team Secret, por 2×1 em mapas. Já a G2 Esports, venceu a equipe da forZe, e chegou a final sem perder nenhum mapa durante todo o campeonato. 

Na Grande Final a Team Empire tratou de colocar respeito nos europeus da G2 Esports, vencendo o primeiro mapa (Fronteira) e quebrando a invencibilidade da equipe logo de cara. no primeiro mapa. Entretanto a equipe de Pengu, Goga, Fabian, Kanto e UUNO, venceram o Café Dostoiévski, após um overtime, empatando a série em mapas por 1×1. Mas os russos não desanimaram e ficaram a frente no placar em mapas após executarem muito bem o mapa Clube.

A decisão ficou para o quarto mapa (Litoral), onde a Team Empire montou um estrutura sólida de defesa, não dando chances para os europeus da G2 Esports, mesmo eles tendo aberto três rounds de vantagem.

A Team Empire então se consagrou campeã, levando o título para equipe formada por, JoyStiCk, karzheka, Scyther, ShepparD e Dan, e um prêmio de $200,000 para a Rússia.

No total, 16 equipes disputaram o campeonato e a premiação total para toda a competição foi de 500 mil dólares americanos. Confira a classificação final:

POSIÇÃO EQUIPE PREMIAÇÃO
Team Empire $200,000
G2 $80,000
3º4º Team Secret; forZe $40,000
5º-8º FaZe; Team SoloMid; Spacestation; Giants $20,000
9º-12º MIBR; Rogue; Evil Geniuses; DarkZero $10,000
13º-16º Nora-Rengo; CYCLOPS; Ninjas in Pyjamas; Fnatic $5,000

*Fonte da tabela maisesport

 

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Wolfenstein: Youngblood | Vamos acabar com os nazistas?!

Wolfenstein: Youngblood é o resultado de uma colaboração entre a Arkane Studios, responsáveis pelo envolvente Dishonored, e a MachineGames, estúdio que desenvolve Wolfenstein desde meados de 2014.

Wolfenstein: Youngblood volta a suas raízes, porém não de maneira satisfatória, ao utilizar o que já foi refeito e aprovado em jogos anteriores, mas, pega-los e encaixar em uma estrutura de gameplay fatigado, não é cativante. Entretanto, aqui não encontra-se a obsessão de impulsionar algo “novo”, como fizeram incrivelmente bem em seus jogos anteriores. É uma aventura que sacrifica pormenores em favor de um design mais arrojado, onde a ação e sua relevância mal conseguem entrar em concordância.

Mas isto não diminui o excelente trabalho que as equipes de desenvolvimento tentaram fazer com a franquia. Expandir os horizontes de Wolfenstein e fazê-lo ser algo totalmente diferente e atrativo, com muitas adições ao jogo, foi de fato algo positivo. Este jogo é o objeto perfeito de testes para novas mecânicas e propostas para o futuro da série, a questão é que todas essas “novidades” não se encaixam com as mecânicas e sistemas dentro do jogo.

Falando em jogabilidade, Wolfenstein: Youngblood dá um show de qualidade, e se destaca junto a outros grandes FPS modernos, a desenvoltura em desenvolver um sistema retilíneo e consistente relacionada as armas e outros apetrechos que encontramos dentro do jogo é clara, um ponto muito positivo para validar o status de um excelente jogo para a franquia Wolfenstein, a MachineGames e Arkane demonstraram o domínio e capacidade em apresentar um ciclo de ação frenética do início ao fim de seu produto final. Infelizmente, alguns problemas de construção, acabam diminuindo sua experiência, que teria tudo para ser uma das melhores nos últimos tempos.

Como dito anteriormente, o que de fato diminui em muito a qualidade geral de Wolfenstein: Youngblood é relacionada à estrutura do jogo. Desocupar a cidade-luz de Paris dos nazista, é uma tarefa bastante divertida quando colocada no papel, entretanto, realizar algumas tarefas para auxiliar a resistência francesa é um tanto quanto cansativa e as vezes “sem sentido”.

Há pouquíssimos momentos marcantes dentro destas missões, até mesmo os diálogos das missões tanto principais quanto secundárias são facilmente esquecíveis. O que não deveria fazer qualquer diferença, já que seus antecessores, nunca tiveram de fato uma apresentação narrativa considerável, entretanto a questão aqui em Youngblood é que desde o começo, o jogo nos mostra um caminho novo para a franquia, nos apresenta uma série de novidades que ao decorrer da gameplay, acabam não tendo o peso que eles provavelmente teria, se a sua estrutura narrativa fosse aquilo que se propunha a ser.

Falar do modo cooperativo é quase que dar um prêmio de consolação. Por que de fato é um ponto positivo, assim como sua jogabilidade, a cooperação online que Youngblood oferece é muito elegante, um diferencial em relação aos jogos de tiro contemporâneos que utilizam o modo cooperativo apenas para preencher lacunas. Em Youngblood não temos esta modalidade como preenchedora, mas como uma referência para o decorrer do desenvolvimento do game. Já que tudo parece ter sido feito a partir deste ponto de partida. Infelizmente a IA, é um tanto quanto ineficaz, e incompetente, o que te faz querer uma companhia consciente para te auxiliar e para diminuir um pouco a repetitividade das missões, já que cada um tem uma maneira própria de realizar suas ações.

Durante o jogo, você percorre cenários incrivelmente bem detalhados, cuidadosamente planejados, infelizmente desprovidos de quaisquer pontos interessantes para a gameplay de fato. Nenhum cenário auxilia o jogador, apenas servem como cúpula de nazistas. De fato, os ambientes são de tirar o fôlego, cheios de passagens escondidas e verticalidade que encontramos em FPS como os da série Tom Clancy´s e Call of Duty, verticalidade esta que permite aos jogadores apresentar diferentes tipos de abordagem, e surpreender os inimigos. Outro ponto da verticalidade é implicar uma não-linearidade, apresentando flexibilidade para resolver seus problemas e terminar o jogo com táticas inovadoras, que outros jogos não poderiam oferecer.

Mas falando do que realmente deve ser falado. Os nazistas que você irá matar. Seus adversários aqui são facilmente reconhecíveis, o único defeito é que não existem balanceamento de nível dentro do jogo, dois nazista de mesma categoria podem ser altamente letais para a finalização de sua missão, ou podem ser facilmente derrotados de uma maneira nada gloriosa. A adição de alguns sistemas de RPG, como a barra de vida e nível, auxiliam na progressão assim como para mantê-lo em linha constante de evolução evidente. Alguns recursos, novas habilidades e upgrades em armas, acabam por não conversarem com a maneira que Wolfenstein tende a progredir.

VEREDITO: RECOMENDADO

Wolfenstein: Youngblood não é apenas uma experiência, é uma aventura, entretanto sem profundidade. Toda a jogabilidade, desde os tiroteios, os movimentos disponibilizados graças à verticalidade, são uma verdadeira obra de arte, o que faz Wolfenstein ser um jogo agradável, mas que não possui uma complexidade necessária para aquilo que o jogo se propunha a ser. Jogar Youngblood sozinho, não é uma tarefa difícil, mas o modo cooperativo traz uma abordagem nova, que é muito bem-vinda. Infelizmente com o decorrer da gameplay, e as missões repetitivas e vazias, acabam afastando o jogador de toda a atmosfera criada para o jogo. Youngblood não oferece o mesmo que seus antecessores, ele oferece mais, entretanto nem sempre, o “mais” é melhor, o que poderia vim a ser um novo ponto de partida para a série Wolfenstein ficou preso em um spin-off autônomo.

Agradecimentos à Bethesda pelo envio do código. O jogo foi revisado no PC.

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Review | Gato Roboto

Mesmo não sendo o primeiro do gênero, Metroid (1986) e Castlevania (1986) são um dos jogos mais reconhecidos quando falamos no sistema de mapa interconectado, com exploração, podendo ser de plataforma ou não. Conhecido como gênero metroidvania, inspirou vários outros jogos como, a sequência Castlevania: Symphony of the Night (1997), e alguns mais recentes como Ori and the Blind Forest (2015), Hollow Knight (2017) e Dead Cells (2018).

E Gato Roboto busca unir este gênero tão conhecido, com uma história um tanto quanto for a do convencional para jogos semelhantes, utilizando algumas concepções conhecidas e buscando inovar com a ajuda da tecnologia contemporânea.

“O cão é o melhor amigo do ser humano”, isso quando não estão em um planeta alienígena, cheio de perigos escondidos e ação frenética, nesse aspecto o gato vem para salvar o dia. A história é encantadora, e aborda o relacionamento entre ser humano e animal de uma maneira simples e convincente. Como todo bom animal de estimação o gatinho tem um nome, na verdade a gatinha, ela se chama Kiki, e é a protagonista em Gato Roboto. Assim que a nave em que Kiki e Gary cai em um planeta desconhecido, onde está localizada uma base de estudos tecnológicos, a gatinha tem a missão de completar toda a aventura que seria destinada a seu dono humano que ficou preso dentro da nave espacial. Quando Kiki passeia pelo novo mundo, e encontra um traje robótico, a felina ganha acesso a armas high tech e com poder de fogo capaz de ajuda-la na tarefa. Você aprende sobre o planeta alienígena no decorrer da gameplay, encontrando algumas gravações dos que ali trabalhavam anteriormente, e descobrindo novas localidades dentro do game.

Uma característica dos jogos metroidvanias é o fato de focarem no aspecto exploratório, algumas vezes nos deixando perdido entre uma cena e outra do mapa em busca de objetos e equipamentos, o que pode demandar um pouco de tempo e paciência para o jogador. Gato Roboto utiliza de uma fórmula conhecida, ele é linear com alguns pontos fora da curva, como Uncharted (2007), com pitadas frenéticas de ação, o jogo apresenta durante toda sua gameplay, uma energia própria, sem descanso. A todo momento você é apresentado a novos conceitos e novas informações que te levarão ao sucesso da missão, e na alternância entre gato e robô, que te faz criar novas estratégias a todo minuto para conseguir superar todas as adversidades que aparecem no caminho de Kiki. Por outro lado essa mesma velocidade que acabou se tornando o sinônimo de Gato Roboto, acaba tirando o brilho de outras mecânicas, que não conseguem aparecer devido ao frenesi de pulos e tiros. 

Gato Roboto é um jogo da atualidade que não se encaixa muito bem no presente, e isto é maravilhoso. Estamos cercados de jogos com volumes inacreditáveis de conteúdo, onde o jogo pretende te apresentar “n” propostas em um curto espaço de tempo, que no final não irá acrescentar em nada. Ele é um jogo para relaxar, sem nenhuma pretensão de ser o melhor do mundo ele encanta pela simplicidade e sua trilha sonora clássica de jogos do SNES, e seus mapas preto e branco básicos, mas bem elaborados. Cada espaço é único, muito bem explorado pelos desenvolvedores, que não tiveram a má fé de encher o cenário com objetos idênticos, apenas para acrescentar algo na tela, cada cena te instiga a explorar os espaços e buscar novos caminhos. 

VEREDITO:

Gato Roboto, melhora o jeito de jogar metroidvanias, além de apresentar uma gameplay limpa, e bem explorada. O segredo do jogo é realmente ser simples. Um passatempo divertido e satisfatório, que ousa na medida certa, mas se sustenta em aspectos já consagrados. Algumas explorações de fato não tem uma recompensa a altura, mas o “pulo do gato” é justamente o caminho que você faz, encontrado adversários e atirando ainda mais com seu traje mecânico. Qualquer um que esteja seja fã de Metroid certamente se sentirá em casa.

PONTOS POSITIVOS:

  • Gameplay simples e divertida.
  • Trilha sonora.
  • Mecânica.
  • Desing das cenas.

PONTOS NEGATIVOS:

  • Inimigos genéricos.
  • Gameplay curta.

RECOMENDADO!

 

 

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Review | Rage 2

Autoridade é uma força de guerra, que atua em um deserto apocalíptico, no ano de 2165, você é um(a) sobrevivente de nome Walker, e tem como missão, além de sobreviver neste mundo pesteado, formar alianças com outros sobreviventes para que juntos consigam mudar o rumo de suas vidas, neste período de pouca esperança.

O jogo é um acerto da id Software e da Avalanche Studio, as duas empresas conhecidas por jogos frenéticos e de ação desenfreada, nos entrega mais uma vez uma aventura com frenesi desencadeado, uma história anárquica e caótica. Tudo o que há de bom em séries famosas como Doom, Just Cause, e a adaptação de Mad Max para videogames, está presente em Rage 2.

A ambientação da história é um clássico dos filmes dos anos 80 e 90, a clássica vingança por aqueles que destruíram sua antiga vida, e te fizeram estar nas piores situações possíveis, se já não fosse suficiente estar em um ambiente hostil 24 horas por dia, normalmente. Os responsáveis por transformar cada segundo da existência de civis, no verdadeiro inferno são, nada mais que uma milícia denominada Autoridade que possui um exército de mutantes/robôs equipados com armas e equipamentos cyberpunks. Você então, está encarregado de se aventurar e espalhar as palavras da vingança por todos os cantos, e reunir aliados para a batalha.

O que há para ser adiantado aqui é que no geral esta história é curta, o que significa que, se você estiver esperando em Rage 2, uma história envolvente, você não encontrará isso aqui. O jogo está sustentado em momentos de ação, e de exploração. Ter uma história assim, não necessariamente é um ponto negativo, desde o início o jogo deixa claro seu propósito de divertir sem se importar como enredo, porém, mesmo a todo momento você recendo esta informação, o que te deixará nas mãos apenas das missões adicionais ou objetivos de exploração em grandes torres da Autoridade, fica uma sensação de dever cumprido, mas uma insatisfação imensa, por que sabemos que Rage 2 poderia ter nos oferecido algo melhor. Há muito o que explorar no mundo, mas nada realmente desafiador, nada que te faça pensar duas vezes antes de enfrentar qualquer coisa que se mova a sua frente, é uma oportunidade perdida, que o jogo tenta validar, mas infelizmente não consegue.

Basicamente os locais que você explorará serão praticamente os mesmos. Os acampamentos dos mutantes, servem apenas para dar um pouco de ação ao jogo, jogados de maneira aleatória, algumas possuem inimigos um pouco mais fortes, mas nada que você não derrote facilmente. Quando você aprende a desviar dos ataques a distância tudo se torna muito mais fácil. Alguns destes acampamentos por sua vez, possuem objetivos a mais do que simplesmente derrotar todos os que ali estão, algumas possuem objetivos a serem conquistados, ou destruídos. Em todo o percusso por terra, você pode dar de cara com alguns bandidos realizando emboscadas para viajantes desprevenidos.

De fato o mapa de Rage 2 é grande, e alguns pontos estão bem distantes um do outro, mesmo com seu veículo terrestre chegará um ponto em que você simplesmente já explorou tudo, e não precisa mais andar pelos mesmos caminhos, neste ponto aparece o girocóptero. Os fast travels são uma adição bacana, você pode facilmente revisitar áreas para recolher coisas que ficaram para trás no frenesi das batalhas, mas recebendo a liberdade de ignorar todos os lugares sem interesse e ir direto para o ponto principal da missão. Isso foi algo bem facilitador, já que a proposta do jogo é a ação, e com este gadget, você pode pular de momentos de ação direto para outros momentos de ação, sem ter que esperar alguns minutos para encontrá-los.

Rage 2 não é um jogo linear, mas bem que poderia ser, se pararmos para analisar que no decorrer da gameplay você pode se desvincilhar da história, e começar a explorar tudo, já que durante a Campanha Principal, o jogo não leva você a grande parte do mapa, a sensação do mundo aberto ser utilizado apenas para preencher o vazio da Campanha vem a tona em alguns momentos.

A mecânica de combate encontrada aqui é rápida, fluida, todos os armamentos são incríveis, poderíamos estar falando aqui de algum jogo focado no FPS, mas não, Rage 2 trabalha muito bem quando o assunto é ação e combate. Mesmo que o jogo te ofereça uma série de habilidades para serem usadas em combates, elas raramente precisam ser usadas de fato, tudo pode ser resolvido com o leque de armas disponíveis no inventário, e se você obtê-las antes de finalizar com a história, elas te darão uma vantagem gigantesca, é uma forma do jogo te premiar por explorar seu terreno de maneira arbitrária.

VEREDITO:

Rage 2, no final das contas não parece uma sequência, mas sim um reboot do jogo anterior, melhora tudo que foi apresentado no passado e oferece muito mais para o jogador. Infelizmente isto, não é suficiente fazer o jogo se destacar entre vários outros lançamentos. Seu mundo aberto por muitas vezes não vale o tempo investido, sua história pouco aproveitada para focar no mundo aberto, a imersão no cenário apocalíptico, é uma das coisas mais bem desenvolvidas além do seu combate bem estruturado.

O jogo funciona como um passa tempo, sentar e simplesmente jogar, sem querer ser surpreendido, o foco na diversão aqui foi alcançado com sucesso, o problema é quando o jogo quer ser algo mais.

PONTOS POSITIVOS:

  • Ambientação imersiva.
  • Atividades Secundárias.
  • Combate Fluido.

PONTOS NEGATIVOS:

  • Mundo aberto sem sentido.
  • História curta.
  • Curva de aprendizado da batalha é alta.

Revisado no PC. Agradecimentos à Bethesda pelo envio do código para análise.

 

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Review | Weedcraft Inc.

Weedcraft Inc. é um jogo desenvolvido pela Vile Monarch que explora os negócios, a produção, e a venda de ervas nos Estados Unidos, mas não qualquer erva. Aqui temos vários aspectos para serem aprofundados sobre tudo que está por trás do financeiro, da política e cultura que envolvem o complexo relacionamento dos EUA com essa planta problemática e promissora.

Weedcraft Inc. traz uma abordagem um tanto quanto colorida do mercado da maconha, entretanto  não deixa de lado suas questões éticas e moral, mesmo que tudo isso esteja um pouco fantasioso na ideia geral do game.  No jogo, somos Jhonny, que por ocasionalidade do destino, acaba se envolvendo no mercado da maconha, logo após abandonar a faculdade. Ou seja, temos um grande simulador mercadológico, com várias informações e processos legais e ilegais que podem ser utilizadas em sua gameplay a bel-prazer, o que o faz brilhar, por outro lado Weedcraft Inc. tropeça, quando tenta se aprofundar no relacionamento dos personagens, mas felizmente não atrapalha em nada a experiencia quando você já está dominando por completo toda a papelada e gestão de seu novo ramo.

É óbvio que a maconha  é o personagem principal aqui, você é apenas um intermediário que a fará mais conhecida do que nunca. Ela pode ser vista de várias formas no jogo, digo isso por que tratando de negócios você precisa adequar seu produto à clientela, dessa maneira a maconha que é comercializado por seu avatar possui várias formas e sabores. A medida que for entrando dinheiro em seu caixa, novas variedades podem ser desbloquear com nomes bem criativos – Fiquei em dúvida entre Granddaddy Purple e Space Queen sobre qual seria o melhor rótulo do produto – Cada um destes novos rótulos possuem seus próprios sabores e efeitos, que o tornam popular entre grupos sociais distintos, desde turistas até pacientes que precisam da erva para tratamento, todos eles são potenciais clientes, e para isso é preciso ter uma mentalidade muito bem estruturada sobre negócios, principalmente entre preço e qualidade.

O início de seu cultivo é bem simples, mas ao decorrer da gameplay começa a ganhar status de business, e uma cara um tanto quanto mais séria. A mecânica do jogo ganha complexidade a medida que você evolui junto a seu negócio. A parte divertida do game é tentar melhorar a qualidade da sua erva. Testar as combinações de nutrientes, encontrar o equilíbrio certo de nitrogênio, fósforo e potássio te faz parecer o Walter White da maconha. Temperatura e umidade são um ponto importante que não podem ser deixados de lado. Outro aspecto já citado é a identificação de um nicho de mercado, estabelecer um crescimento visando apenas um público, ou expandir desenfreadamente ocupando várias camadas sociais, é uma dúvida constante. As inúmeras possibilidades presentes em Weedcraft Inc. é o que te fará parar e refletir por algum tempo.

Depois que você consegue compreender toda a mecânica de Weedcraft Inc., suas necessidades são outras, ao invés de se preocupar com suas vendas, você precisa aperfeiçoar seu produto, fazendo com que a clientela continue fiel, e a contratação de funcionários se faz necessária, é a partir daqui que o jogo ganha um novo visual, e tudo parece andar um pouco devagar.

Um pequeno detalhe que para muitos pode passar despercebido, a trilha sonora. Desde o início de Weedcraft Inc., você é bombardeado por uma trilha sonora muito bem escolhida, desde músicas a sons in game, hip-hop e vocais instrumentais irão te acompanhar nessa jornada por um mercado marginalizado mesmo em locais onde seu uso é autorizado.

VEREDITO:

Weedcraft Inc. é um simulador de gerenciamento bem desenvolvido com uma arte elegante e sofisticada, recada a uma trilha sonora cativante. De forma geral, entrega o que propõe e um pouco mais que isso. Se seu estilo não combina com administrar coisas e a agitação que envolve este tipo de negócio, este jogo não é para você, sua inabilidade pode te mandar para a prisão. Porém o jogo te dá uma porta aberta caso você queira aprender um pouco mais sobre o ramo de negócios, mesmo que você não seja um expert. No entanto, seus personagens são claramente segurados pela mecânica envolvente do jogo, seus diálogos chegam a ser cansativos, além de tratarem certos aspectos da sociedade de forma não muito agradável. Suas discussões socio-culturais são de extrema importância para o cenário atual que vivemos, mas infelizmente sua tentativa de caricaturar a realidade acaba afastando um pouco o que seria proveitoso para a vida real.

PONTOS POSITIVOS:

  • Simulação desafiadora.
  • Gráficos condizentes com a proposta do jogo.
  • Trilha sonora.
  • Gameplay com curva de aprendizagem justa.

PONTOS NEGATIVOS:

  • Missões pouco instrutivas.
  • Erros na localização pt-br.
  • Diálogos cansativos e repetitivos.

Agradecimentos à Devolver Digital pelo envio do código.

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Review | Trials Rising

Já tivemos muitas experiencias com aventuras em motocicletas, e por incrível que pareça, Trials ainda continua a nos surpreender. A RedLynx consegue transformar, Trials Rising, que seria um jogo monótono e simples numa experiência diferenciada, com seus designs criativos e uma jogabilidade bem desenvolvida e escalonada.

Mesmo que entre 2014 e 2016 a desenvolvedora tomou algumas atitudes erradas em relação a seus jogos, como Trials Fusion (2014) e Trials of the Blood Dragon (2016). Eles passaram longe de serem jogos ruins, entretanto os mesmos não mereciam levar o nome Trials em seus títulos, os dois jogos mais recentes, ficaram abaixo das expectativas para a maioria dos fãs. Fusion chegou com uma ideia de inovar através de uma temática levemente futurística porém sem inspiração, e buscou referências rasas de alguns filmes, séries e claro jogos pra montar sua estrutura, mas infelizmente o resultado foi um background super sem sentido em meio a motocicletas tunadas e coloridas. Já Blood Dragon, até hoje é um enigma de como surgiu a ideia por trás do jogo, e de como seu desenvolvimento se prolongou sem nenhuma crítica ou qualquer problema relacionado a choque de ideias, se o jogo fosse lançado anos seguintes ou sem o título de Trials, com certeza se sairia melhor que em 2016.

Trials Rising definitivamente afasta qualquer fantasma que tínhamos dos jogos anteriores e nós leva de volta aos raios de luz de Trials HD e do grande Trials Evolution. De toda forma isso não significa que temos aqui em Rising todas as engrenagens girando as mil maravilhas, mas a maneira como o jogador é apresentado ao novo/antigo jeito de ser de Trials é um retrocesso satisfatório da série. Dessa forma temos uma gameplay limpa, sem muitas alegorias o que pode facilitar a compreensão e a curva de aprendizagem dos novos jogadores, e fazer com que os mais adeptos da série se sintam em casa.

De forma simples, os níveis de Trials Rising, são divertidos. Depois de compreender como funciona a gameplay em Rising, questões de aceleração, inclinação, tudo será resumido em memória muscular. A RedLynx sempre enfrentou problemas em buscar equilíbrio entre atender às necessidades de jogadores hardcore e conseguir apresentar a jogabilidade para os novatos. Um jogo como o Trials engloba uma ampla gama de conjuntos de controles e habilidades, e os desenvolvedores precisavam concentrar todo o esforço em preparar um novo sistema que atendesse a todos se quiserem continuar aumentando seu público. Desta vez, esse esforço foi recompensado e recebemos uma jogabilidade simplesmente limpa e bem didática, com as necessidades dos hardcores sendo voltadas para a complexidade das pistas.

A estratégia do novo sistema de progressão é interessante, em vez de simplesmente obter medalhas e avançar para o próximo estágio, o mapa em Trials Rising começa com locais pontuais e lentamente se completa com novas pistas, minijogos e tutoriais avançados à medida que o jogador sobe seu nível ao receber XP no final de cada estágio. É uma boa maneira de manter os jogadores envolvidos em uma mesma sequência de pistas sem a necessidade de completá-la sem erros. Mas não se engane, mesmo com esse novo sistema o caminho continua árduo para todos. Com esse sistema de avanço de estágio, o novo modelo de obtenção de itens fica ainda mais divertido. A cada nível que obter, peças de roupa variadas e adesivos para personalizar as motocicletas serão entregues a você. E sim, você ainda pode comprar itens dentro do jogo.

Mesmo que você nunca acabe nunca tocando no multiplayer online, co-op, no editor de pista ou qualquer uma das criações propostas pela RedLynx para a utilização do usuário, Trials Rising o manterá bastante ocupado desde sua compra. Alguns dos elementos fora de hora poderiam ser evitados, mas não é nada que prejudique uma última análise. Alguns outros aborrecimentos pontuais existem de fato, como os tempos de carregamento levemente lentos, ao entrar em níveis um pouco mais complexos que necessitam de um pouco mais de processamento. Dito isso, o RedLynx acertou as coisas importantes.

VEREDITO:

CATIVANTE

A maneira como as físicas das motocicletas são propostas em Rising agradará os mais céticos, os desenhos das pistas e o seu trajeto são muito interessantes, sem distanciar do mundo real. Trials Rising consegue ser envolvente, e desafiador, construindo sobre uma jogabilidade auto suficiente, além de corrigir problemas do passado. Seu editor de pistas continua pouco convidativo, e alguns obstáculos podem parecer depender muito mais da sorte do que simplesmente habilidade. Trials Rising não é uma reinvenção da franquia, é um convite para reviver tudo que já foi bom na série e perder algumas horinhas para se distrair.

PONTOS POSITIVOS:

  • Jogabilidade.
  • Novo sistema de avanço de estágio.
  • Customização do personagem e motocicleta.
  • Fases interessantes e convidativas.

PONTOS NEGATIVOS:

  • Modo multiplayer sem profundidade.
  • Editores de pistas pouco instrutivo.
  • Jogo um pouco curto.
  • Carregamento exagerado em certos estágios.

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Gameplay Games

Review | The Division 2

The Division 2 se passa no mesmo universo do seu antecessor. O Veneno Verde acabou com o Natal em Nova York, e agora Washington D.C é o próximo alvo. A sua missão como membro da Divisão é gerenciar a cidade para que ela não entre em colapso total.

Podemos dizer que The Division 2 é um exemplo a ser seguido. Depois de uma campanha um pouco fraca do jogo anterior, que sofreu muito inclusive com suas missões de preenchimento e conteúdo extra que nunca conseguiu a atenção que gostaria. Foi preciso uma série de erros para que aqui tivéssemos tudo para fazer com que essa sequência fosse digna, e poder ser um jogo superior. É claro que não é totalmente perfeito, mas poder contribuir de forma positiva para se destacar, depois de uma série de problemas, é muito bom jogar algo incrivelmente divertido.

Se olharmos o que The Division 2 nós traz, vemos que é mais do que veio antes, porém entendendo sua proposta e seus limites. É um shooter convincente, na terceira pessoa, focado no cooperativismo com quatro facções diferentes e desenvolvendo habilidades, e uma série de equipamentos que complementa sua gameplay. Mas é o fato de você se sentir parte de tudo o tempo todo, de você enxergar suas ações refletindo no que acontece na cidade, em vez de simplesmente deixar as coisas abertas sem profundidade que torna o mais recente mundo aberto da Ubisoft uma delícia para explorar e lutar. O mundo reage à sua ação e se desenvolve de acordo com tudo que você realiza. Há muito o que fazer aqui.

Seu objetivo é tecnicamente simples, recuperar o controle de Washington D.C., de três facções e ajudar os cidadãos que restaram a terem um pouco de paz nesse momento sombrio da sociedade, mas isso envolve recuperar os Pontos de Controle, acabar com as fortalezas inimigas e lentamente acumular armas e equipamentos. As habilidades são particularmente gratificantes, o que na verdade são gadgets para usar em combate. Eles variam de uma minas explosivas, drones, a escudos balísticos.

Quanto mais você se sente cercado pela ambientação de The Division 2, mais você percebe o quão longe você pode chegar aprimorando seu estilo de jogo, através de suas habilidades, assim como a maneira que você trabalha em equipe, dentro de um esquadrão. Sua gameplay solo pode funcionar, mas em questão de esquadrão misturar as habilidades para fazer mais com o time é a premissa do jogo. Algo como aconteceu em Ghost Recon; Widlands. O jogo faz com que você queira jogar como uma equipe nas maiorias das missões.

The Division 2 lida incrivelmente bem com o ritmo de suas missões principais, com momentos de ação e combates que constantemente fluem a história de uma forma que é surpreendentemente incrível. Suas missões principais se desenrolam através do mundo aberto, que está espetacular, com um design de nível que consegue transmitir toda a atmosfera mórbida e conceber um espetáculo visual. O fato de que o The Division 2 consegue fazer esse tipo de enredo linear dentro de uma estrutura de mundo aberto, se assemelha ao clássico Assassin’s Creed, um mundo aberto atraente é seriamente aplaudível, mesmo que a repetição de missões seja ainda um problema quando falamos de jogos com essa característica linear.

Se você considerar que uma cidade baldia pós-pandêmica pode ser considerada bonita, através de um trabalho incrível da equipe de design, é um pouco vergonhoso que isso tente se conectar com um enredo fraco. As várias interações com alguns personagens secundários, que deveriam dar mais profundidade ao caos instaurado na cidade, parece não se encaixar no contexto do jogo, não há realmente muita história para se falar, uma cidade que foi devastada tanto por doenças quanto por tumultos e combates, nenhum de seus bastidores é explorado de maneira apropriada.

A questão da interação dos personagens e a falta de profundidade emotiva com o que acontece na cidade, é praticamente a única coisa que impede que o The Division 2 seja um jogo completo, porque tudo o que ele tem para oferecer, está acontecendo desde o primeiro segundo de gameplay, do início ao fim do jogo. Você pode não estar preparado para as mudanças que acontecem no decorrer do jogo, mas acredite, vale a pena. Os inimigos não se importam com isso e vão tentar destruir tudo que você luta para proteger. E óbvio que aqui também há a Dark Zone do PvP para explorar, com vimos no original, mas desta vez são três. Entretanto um pouco diferente do que conhecemos antes. Ainda é extremo, é claro, mas é uma grande mudança de ritmo na área principal de Washington D.C..

VEREDITO:

As equipes da Ubisoft realmente conseguiram fazer de The Division 2 um shooter impressionante, e satisfatório. Porém devido ao seu imenso universo co-op, pode ser que Washington D.C. acabe para a maioria dos players, mas aproveitar e se divertir com tudo que a cidade tem para oferecer vai mante-lo ocupado por um bom tempo.

PONTOS POSITIVOS

  • As progressões dão resultados na cidade
  • Jogabilidade
  • Design de produção de alta qualidade

PONTOS NEGATIVOS

  • História pouco desenvolvida, assim como a interação com os NPC´s
  • Funciona melhor em co-op

SELO: OURO – RECOMENDÁVEL