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Cinema

James Gunn diz que não aceitaria dirigir um filme dos Vingadores

Em seu perfil na rede social Instagram, James Gunn afirmou que não possui quaisquer tipo de interesse em dirigir um filme dos Vingadores.

”Eles nunca me pediram para dirigir um filme dos Vingadores. Mas, se pedissem, eu recusaria”.

James Gunn ingressou no mundo da sétima arte em 1997, como produtor da comédia Tromeo and Juliet. De lá para cá, ele estava fazendo o seu nome em Hollywood, sendo considerado por muitos, um dos melhores cineastas do ramo.

Vingadores: Ultimato | James Gunn é confirmado como produtor executivo

O universo cinematográfico da Marvel iniciou-se em 2008 através do filme Homem de Ferro, protagonizado por Robert Downey Jr. com direção de Jon Favreau. Atualmente, o MCU é composto por 23 filmes, 6 curtas metragens e 11 seriados.

Para futuras informações a respeito da Marvel Studios, fique ligado aqui, na Torre de Vigilância.

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Cinema

Homem-Aranha pode ser um dos personagens mais importantes do próximo filme dos Vingadores

De acordo com o MCU Cosmic, o próximo filme dos Vingadores deve contar com a participação do Homem-Aranha.

O site também afirma, que o heróis pode ser um dos personagens mais importantes para a trama do longa.

Até o momento, sabe-se que muito provavelmente, a sequência de Capitã Marvel dará início aos Novos Vingadores no MCU.

Why some Marvel Cinematic Universe movies are not on Disney Plus ...

O universo cinematográfico da Marvel iniciou-se em 2008 através do filme Homem de Ferro, protagonizado por Robert Downey Jr. com direção de Jon Favreau. Atualmente, o MCU é composto por 23 filmes, 6 curtas metragens e 11 seriados.

Para futuras informações a respeito da Marvel Studios, fique ligado aqui, na Torre de Vigilância.

*Créditos na imagem da capa (MCU Direct).

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Cinema

Marvel Studios está supostamente desenvolvendo Ultimatum para ser o seu próximo grande evento

Segundo o MCU Cosmic, a Marvel Studios está supostamente nos estágios iniciais do desenvolvimento de Ultimatum para ser o seu próximo grande evento.

O site afirma que “as sementes” começarão a serem “plantadas” já em The Falcon and the Winter Soldier, uma vez que a série deve ter referências claras a respeito de Ultimatum.

Também é destacado, que o suposto projeto será um pouco diferente dos quadrinhos, uma vez que a sua trama deve-se adequar as necessidades do MCU.

Ultimatum foi um evento nos quadrinhos que reuniu os Vingadores, X-Men e Quarteto Fantástico, tendo Namor como um dos principais protagonistas da história. Na trama, Magneto enlouqueceu após a Feiticeira Escarlate e Mercúrio morreram, visto que Doutor Destino foi o responsável pelo pontapé inicial do evento.

O universo cinematográfico da Marvel iniciou-se em 2008 através do filme Homem de Ferro, protagonizado por Robert Downey Jr. com direção de Jon Favreau. Atualmente, o MCU é composto por 23 filmes, 6 curtas metragens e 11 seriados.

Para futuras informações a respeito da Marvel Studios, fique ligado aqui, na Torre de Vigilância.

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Entretenimento Música

Dua Lipa viaja no tempo com o já clássico, porém futurista “Future Nostalgia”

“Eu viajei bastante no tempo com este álbum. Quis trazer algo que lembra a minha infância e, ao mesmo tempo, torná-la bem atual. Lembro-me de ouvir músicas do Moloko e Jamiroquai, que faziam você querer dançar a qualquer hora do dia. Eu queria recriar essa sensação.” – Dua Lipa sobre Future Nostalgia a Apple Music.

 

Alguns bons filmes de aventura e ficção científica possuem dois elementos bem interessantes: viagem no tempo e criação e criação de novos seres através de experiências de laboratório. Exemplos como as franquias de Jurassic Park, De Volta Para o Futuro, ou o último filme dos Vingadores, Ultimato estão aí para provar uma receita que, quando bem feita, dá certo. E claro, independente da mídia consumida. Como é o caso da Dua Lipa em seu segundo álbum de estúdio “Future Nostalgia” que mistura os dois elementos já citados de forma majestosa.

O enredo aventureiro Dua, viaja entre os anos 70, 80 e 90 ao decorrer do disco de forma coesa, interessante e principalmente, única. É um passeio que vai desde o synth-pop oitentista em “Cool” e “Physical”, a pegada disco com o primeiro single e smash hit mundial “Don’t Start Now” e em “Levitating”, o som funk feito por um constante baixo remetente ao funk em “Pretty Please”, e até mesmo há ácida e divertida “Good In Bed” que lembra o pop britânico dos anos 2000 alá Lilly Allen. Lipa exibe sua bagagem musical de forma rica.  Essa jornada entre as sonoridade nos traz consequentemente a outro elemento de uma boa aventura, a criação através de outros seres.

Se ao longo dessa viagem do tempo, alguém coletasse características de grandes nomes da cultura dance e misturasse tudo dentro de um laboratório, a nova criatura que surgiria, seria a persona artística que Dua Lipa assumiu no álbum. A presença de Nile Rodgers, Madonna, Kilye Minogue, Eurythmics, Daft Punk e outros são sentidas durante o percurso temporal que o disco nos proporciona. É definitivamente, a personificação do legado e impacto que esses deixaram.

O conteúdo lírico, de fato, não trás nada de inovador ou diferentão do que se espera de uma música pop. São apenas letras sobre relacionamentos e suas fases, e está tudo bem. A proposta do disco não é fazer algo proposital, político ou complexo demais. O seu conceito está ligado diretamente a estética visual e suas diferentes sonoridades. É um álbum que é feito pras pessoas dançarem e se divertirem, mesmo que por esse atual momento, apenas em casa. Entretanto, há canções que evidenciem o empoderamento feminino de Dua Lipa, como é visto na auto intitulada “Future Nostalgia” e “Boys Will Be Boys”, respectivamente, a primeira e última música do disco.

“Não importa o que eu você faça
Eu vou conseguir sem você
Eu sei que você não está acostumado
Com uma fêmea alfa”

Imagem

Se em seu primeiro álbum lançado há 3 anos, Dua Lipa não entregou nada além de uma coletânea de hits pensados para tocar em lojas de departamento, em “Future Nostalgia” a britânica de 24 anos se redime e entrega o que já pode ser considerado um dos melhores álbuns do ano. Longe de se render a indústria e cair em uma repetição da fórmula que a levou ao estrelato, o seu segundo projeto é um trabalho pop em mais sua pura essência que homenageia a disco music dos anos 70, o synth-pop da década de 80 e a cultura clubber noventista. E em algumas faixas, há um olhar especial para as década de 60 e 2000.

Future Nostalgia” é uma viagem no tempo que respeita e orgulha-se do passado, conversa com o presente, mas não deixa de olhar para o futuro. É uma mistura muito bem executada que pode fazer com que o álbum entre para o hall de clássicos da cultura pop, assim como os bons filmes de aventura e ficção científica entraram. E se realmente entrar, que bom. Já que clássicos não envelhecem e este disco merece ser tocado exaustivamente nas pistas de dança ao redor do mundo depois que todo esse caos passar.

Nota: 5/5

 

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Cinema

Salas de cinema da China fecham novamente

O governo chinês anunciou através de um decreto, que todas as salas de cinema que haviam sido reabertas que fossem fechadas novamente em Xangai

A Variety informa que as autoridades locais estão indo pessoalmente nos cinemas para ordenam o encerramento do local por tempo indeterminado e sem explicações adicionais.

Quadrilogia Vingadores, Avatar, Interestelar, A Origem, Jojo Rabbit, saga Harry Potter, Sonic: O Filme e Jumanji: Próximo Nível seriam exibidos no país.

 

Anteriormente, os cinemas da China aviam sido fechados com o intuito de não ajudar na propagação o coronavírus.

Para futuras informações a respeito de cinema, fique ligado aqui, na Torre de Vigilância.

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Séries

Hulk pode aparecer na série da Mulher-Hulk e personagem deve se tornar uma vingadora no futuro do MCU

Foi divulgada uma nova chamada de elenco para a Mulher-Hulk através do site The Illuminerdi, no qual possui detalhes interessantes a respeito da produção.

Ao que tudo indica, o Hulk pode dar as caras na série, uma vez que na trama da produção, Jennifer Walters irá receber uma transfusão de sangue do seu primo Bruce Banner.

Já, outro detalhe interessante, é que a personagem irá se unir aos Vingadores em um futuro próximo do MCU. No momento, a Marvel Studios está escalando atrizes com idades entre 25 e 34 anos de qualquer etnia para viver a heroína.

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Mulher-Hulk foi um membro dos Vingadores, Quarteto Fantástico, Heróis de Aluguel, Defensores, Força Fantástica e S.H.I.E.L.D.. Como um advogada altamente qualificada, ela serviu como consultora jurídica para vários super-heróis em numerosas ocasiões.

Para futuras informações a respeito de Mulher-Hulk, fique ligado aqui, na Torre de Vigilância.

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Quadrinhos Torre Entrevista

Torre Entrevista – Mike Mckone

Depois de um período sabático, as entrevistas voltaram à Torre! Para tal reinício escolhemos Mike Mckone, artista britânico já radicado nos Estados Unidos há anos que teve sua segunda passagem pelo Brasil durante a Comic Con Experience 2019. Desde sua última visita em 2015, no Festival Internacional de Quadrinhos de Belo Horizonte e também na CCXP, Mckone passou por mudanças em sua carreira, gradualmente indo de artista de páginas internas para hoje ilustrar quase que exclusivamente capas, além de desenvolver seu estilo em aquarela. Seu retorno ao evento, inclusive, mostra por essas novas escolhas que, de sua forma ao mesmo tempo tímida e atenciosa, o artista explicou para nós a respeito.


Recentemente você fez alguns headshots que me lembram aquelas Caixas de Canto (Corner Box, no original) da Marvel Comics dos anos 70 aos 90. Como é revisitar algo que era do passado agora no presente da editora?

Foi por isso que aceitei a tarefa. Porque sou grande fã do John Byrne e adorava ver os headshots dele nas caixas de canto. Então foi um desafio legal tentar condensar o que exatamente cada personagem é visualmente em pequenos headshots. Na verdade, não foram pequenas. [As ilustrações] foram bem grandes. É um baita desafio em não colocar muito da sua marca nos personagens que você está desenhando e apenas fazer uma versão “pura” dos componentes da Marvel. Foi bem agradável.

Capa de Marvel Legacy nº 6 – The Defenders. IMAGEM: ebay.com

Nos últimos anos você desenvolveu a técnica de aquarela para fazer commissions, mas voce tem planos para trabalhar assim em capas e páginas internas?

Não! Leva muito tempo. Aquarela também não tem uma boa resolução quando se escaneia então não fica no mesmo nível em material publicado. Cores digitais funcionam muito melhor. Se eu escolhesse fotografar os originais ao invés de os digitalizar talvez fosse possível, mas não tenho planos pra isso agora. Estou muito ocupado.

Hera Venenosa em aquarela por Mckone. IMAGEM: comicartfans.com

Você é um dos co-criadores de Academia dos Vingadores. Assim como em Jovens Titãs, estes são super-heróis “parcialmente desenvolvidos” porque eles estão em processo de descobrimento deles mesmos sobre suas habilidades, atitudes e etc. Para um desenhista e também co-criador, o quão confortável você se sente com personagens que pode criar mais? Por desenvolver seus poderes, técnicas e etc. ?

Eu gostava muito! Não faço isso mais porque parei de desenhar páginas internas, então a última vez que fiz isso foi em Academia dos Vingadores cerca de dez anos atrás. Gostei de dar meus pitacos nas histórias e de fazer mais parte do processo criativo. Quando se faz as capas quase não se tem a oportunidade de fazer o design dos personagens, eles já vêm com seus respectivos modelos prontos para você. Isso é uma parte do trabalho que sinto falta, mas agora tenho a chance de fazer o design das minhas próprias criações sem pedir permissão ou esperar que seja aprovado e aproveito isso muito mais.

Relembrando aquela capa de Iron Man nº1 que você fez com o Jason Keith nas cores. O quanto os coloristas das suas capas o influenciaram na composição de suas aquarelas?

Eu não sei bem como ou quanto influenciaram. São trabalhos de coloristas que gosto, e acabo talvez aprendendo por osmose. Aprendo com eles, mas não penso que cores digitais me influenciam tanto. Acho que os que eu admirava quando mais jovem, como Jon J Muth e George Pratt esses me influenciaram na aquarela muito mais. Adoro o trabalho de Jason Keith, fizemos também juntos Vingadores – Guerra Sem Fim além dessa capa em particular e foi muito bom. Deixei o traço bem claro, assim ele pôde adicionar textura e volume. Então nos consideramos ambos artistas daquela capa. Não foi só [da parte de Jason Keith] coloração.

Capa de Invincible Iron Man nº 1, de Mike Mckone e Jason Keith. IMAGEM: comic-odyssey.com

E ela [Riri Williams] é uma personagem jovem! Como os Jovens Titãs e Academia dos Vingadores. Você se sente mais confortável mexendo com super-heróis mais jovens?

Na verdade, não. Estou velho já! É mais fácil desenhar o Batman, Wolverine… então fazer adolescentes é bem difícil pra mim. É um desafio e espero estar indo bem pois não é fácil mas particularmente divertido.

Por fazer aquarela só em commissions, qual a diferença para você em desenvolver essa técnica somente desenhando para fãs?

Apenas fazendo e ver o que acontece. É um processo de produção diferente fazer em eventos. Se faz o melhor que pode em um espaço de tempo mais bem curto que no estúdio, onde se tem mais cuidado e é meticuloso. Então, acho que em breve vou tentar experimentar mais com guache e tinta acrílica mas eu tenho que me adaptar ao cronograma. Não tenho planos, vamos ver.

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Cinema

Próximo filme dos Vingadores será composto por personagens inéditos e heróis já apresentados nos cinemas

Segundo Kevin Feige, o CEO da Marvel Studios, o próximo filme dos Vingadores será composto por personagens inéditos e heróis já apresentados nos cinemas.

“Vai ser um time muito diferente do anterior. Vingadores: Ultimato foi sobre isso. Vai ser uma nova encarnação da equipe com pessoas que você já conhece e pessoas que ainda vai conhecer”

Atualmente, os Vingadores são uma das equipes de heróis mais lucrativas do mundo, tendo quatro filmes produzidos pela Marvel Studios além de dezenas de produtos licenciados. A primeira aparição do grupo foi em The Avengers #1 (Setembro de 1963), com roteiro de Stan Lee e arte de Jack Kirby.

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O universo cinematográfico da Marvel iniciou-se em 2008 através do filme Homem de Ferro, protagonizado por Robert Downey Jr. com direção de Jon Favreau. Atualmente, o MCU é composto por 23 filmes, seis curtas metragens e onze seriados.

Para futuras informações a respeito da Marvel nos cinemas, fique ligado aqui, na Torre de Vigilância.

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Consoles Games PC

Avante Vingadores! Assista ao primeiro e incrível gameplay de Avengers

Após dois longos anos sem quaisquer novidade a respeito do game Avengers, a Square Enix revelou durante a sua apresentação na E3 2019, o primeiro gameplay do jogo, que está incrível!

Avengers terá uma experiência narrativa cinematográfica com suporte para um jogador e cooperação de até quatro jogadores.

Será possível jogar com o Homem de Ferro, Capitão América, Thor, Hulk, Viúva Negra e Hank Pym, além de outros super-heróis da Marvel Comics. Ainda será possível criar um personagem totalmente inédito, além de poder combinar os poderes dos heróis mais poderosos do mundo.

Atualmente, os Vingadores são uma das equipes de heróis mais lucrativas do mundo, tendo quatro filmes produzidos pela Marvel Studios além de dezenas de produtos licenciados. A primeira aparição do grupo foi em The Avengers #1 (Setembro de 1963), com roteiro de Stan Lee e arte de Jack Kirby.

Avengers chega em 15 de Maio de 2020 para PlayStation 4, Xbox One, Stadia e PC.

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Colunas Tela Quente

Vingadores: Ultimato | O Trio Trágico

Desconstruir super-heróis é algo fascinante para mim. Pois ao contrário dos pensamentos majoritários, não se trata de torná-los depressivos ou sombrios. Mas sim, desmembrar as suas características para encontrar a essência daquilo que torna o que eles são. Quadrinhos como: O Cavaleiro das Trevas e Reino do Amanhã e filmes como: Logan e Batman vs Superman são ótimos exemplos de como quebrar personagens e reconstruí-los. É surpreendentemente exatamente o que acontece em Vingadores: Ultimato, dirigido por Anthony e Joe Russo.

Ainda que apresente viagens no tempo, fan services, um grande confronto final e as costumeiras piadas fora de hora, Vingadores: Ultimato é a Marvel Studios como eu nunca a vi: Quebrada. Realmente quebrada. Esse é um filme sobre personagens e como eles tentam seguir em frente, lidando com seus erros e fracassos. Não é tão profundo ou complexo, mas ainda sim, é interessante comentar, em específico, sobre o trio trágico: Homem de Ferro, Capitão América e Thor.

SPOILERS A SEGUIR!

 

THOR: O DEUS DOS FRACASSOS


Você caiu no conto do Thor Vingativo. Eu também.

Independentemente da qualidade de seus filmes, Thor, é sem dúvidas, o personagem mais trágico da franquia. Conforme o decorrer dos filmes, o personagem acumula inúmeras perdas: Sua mãe, seu pai, seu martelo, seu irmão adotivo, sua irmã e seu lar. Mas não apenas isso, como herói, finalmente fracassa em escala universal. Não sendo o bastante, pensa ter reparado o seu erro durante os primeiros 20 minutos de filme, cortando a cabeça de Thanos. Quando na verdade, ele falhou, de novo.

Isso leva os roteiristas Christopher Markus e Stephen Mcfeely a quebrarem o personagem por completo. O filme realiza um salto temporal de 5 anos e apresenta Thor como um alcoólatra, sem sua escultura física divina. Ele desistiu. Ele simplesmente desistiu. Talvez a postura do Deus do Trovão (Agora, o Deus dos Fracassos) tenha incomodado a muitos fãs, eu incluso. A forma como o filme trata o seu estado melancólico algumas vezes, beira ao ridículo e provoca algumas risadas desnecessárias.

“THOR TRISTE.” – leia com a voz do Hulk em Ragnarok (2017)

Por outro lado, existem cenas as quais aproveitam o potencial do conceito. Quando a narrativa retorna para O Mundo Sombrio (2013), horas antes do assassinato de Frigga, Thor abre o seu coração magoado para sua mãe, a qual afirma: Fracassos o tornam como qualquer um. Ela é responsável por humanizá-lo e fazê-lo enxergar isso. Como ela diz: “Você está aqui para mudar o seu futuro, não meu.” Após o diálogo, há uma cena extremamente simbólica: Thor consegue segurar o Mjolnir. Mesmo com seus fracassos e falhas, ele ainda é digno.

Ao final do filme, cansado de profecias e predestinações, Thor abdica do trono de Asgard e como ele mesmo explica: Passou tempo demais tentando corresponder às expectativas de outras pessoas. Isso é muito bonito e pode ser interpretado como um meta comentário para a situação de seus filmes em que sempre esperava-se um épico, devido ao seu material-base, mas como a abordagem inicial não havia funcionado, Marvel precisou reformular o personagem a partir de Ragnarok, ignorando tudo o que os fãs esperam sobre ele e agora esse arco de revitalização se conclui em Ultimato. Decepcionante para alguns (E eu compreendo), mas uma mensagem bonita e coerente para o personagem estabelecido nos últimos três filmes.

Como um viking.

Thor deixa de ser Deus e se torna homem.

 

CAPITÃO AMÉRICA: O SENTINELA DA PERSISTÊNCIA


Deus, que homem!

Enquanto isso, Capitão América, segue um caminho mais comum. Ele é o meu personagem favorito do filme e da franquia. Sua trajetória ao decorrer desses filmes, tentando se adequar uma época a qual ele não pertence, é tão fascinante e trágica para mim. Desde O Soldado Invernal, os Russo provam o quão bem eles entendem Steve Rogers e sua dinâmica complicada com o mundo contemporâneo. Ele não é um homem procurando por uma vida normal, pois o momento em que poderia ter experimentado algo assim, passou. Rogers tem medo que a guerra tenha um fim e perca o seu propósito.

5 anos após Guerra Infinita, Ultimato traz o personagem como um coordenador de um grupo de auto-ajuda para pessoas incapazes de seguir em frente após o genocídio imparcial do Titã Louco. Mas a ironia cruel é: Ele não apenas se sente incapaz, mas não quer superar. É interessante notar como os outros Vingadores parecem diferentes enquanto Steve, continua o mesmo.

Pare! se você chorar, eu choro.

Em um dos melhores diálogos de Vingadores: Ultimato, o personagem diz à Natasha: “Eu vivo dizendo para que as pessoas superem. Alguns conseguem. Mas nós não.” Rogers não suporta o estado de normalidade, ele precisa de um confronto. Um confronto em que eles vençam. Pois como ele mesmo afirma antes da execução do salto temporal: “Esta é a luta de nossas vidas.” Ele só irá parar quando eles puserem um fim a isso. De uma vez por todas.

Mas no decorrer da missão, infiltrado em uma base na S.H.I.E.L.D, ele encontra o amor de sua vida, Peggy Carter, do outro lado da janela, há uma distância entre os dois, a mesma entre o tempo o qual foi congelado e perdeu o encontro prometido. É o passado batendo à porta e lembrando a ele: Talvez seja melhor não superar. Talvez você deva persistir.

[Insira sua legenda triste aqui]

É uma característica a qual casa perfeitamente com o otimismo transmitido pelo Capitão América. Em uma das minhas cenas favoritas da história dos filmes baseados em HQs, as tropas de Thanos estão vindo e o Sentinela da Liberdade está no chão, com seu escudo quebrado. Com muita dificuldade, ele consegue se levantar. Ele está disposto a enfrentá-los sozinho. Provando que ele pode fazer o dia todo. Ele só terá seu fim quando a guerra também tiver.

Ao final de Vingadores: Ultimato, Steve precisa voltar no tempo e devolver as Joias do Infinito. Ele demora a reaparecer, mas logo após, lá está ele, admirando a paisagem. A câmera o revela envelhecido, pronto para passar o escudo adiante. A sua guerra acabou. Ele finalmente experimentou o que tanto almejava: Uma vida simples. Durante cena final do filme (A mais bonita) em que It’s been a Long, Long Time começa a tocar, ele finalmente tem sua dança com Peggy Carter.

“Oh, Capitão. Meu Capitão.”

Steve não é mais um vingador, ele é alguém que não precisa mais superar.

 

O ALTRUÍSTA PATERNO HOMEM DE FERRO


[Insira seu comentário sobre amá-lo mil milhões ou três mil aqui]

Já o Homem de Ferro, é o personagem com a maior responsabilidade moral em Vingadores: Ultimato. Ele é o profeta o qual não impediu a concretização da profecia. No decorrer dos filmes, Stark cometeu inúmeros erros em decorrência das suas paranoias e seu medos, com o intuito de proteger o mundo de uma ameaça maior a qual ele acreditava estar por vir. Em Guerra Infinita (2018), ele finalmente confronta o demônio o qual atormentava: Thanos. Porém é derrotado e credita 100% da responsabilidade para si, como sempre. O responsável pelos eventos precedentes da aguardada derrotada, foi ele mesmo.

É tudo sobre Tony Stark. Se ele morre, se ele vive. Se é essencial para a missão, para o macguffin e para o clímax, ou não. Se ele deve salvar o mundo, ou já fez bastante por ele. Até mesmo quando não é sobre um ato altruísta, é sobre Stark. Em Ultimato, 60 meses após o estalo, o filme apresenta uma vida perfeita para o personagem. Ele conseguiu tudo o que sonhou: Uma casa no campo e uma família. O arco do Homem de Ferro se fecha nesse exato momento, ou pelo menos é o que aparenta.

Ninguém:
Irmãos Russo: Hora de fazer Stark sofrer.

No momento em que os Vingadores pedem por sua ajuda, Tony imediatamente nega. Ele não está disposto a perder o que ainda lhe resta, sua vida estável. O que leva o espectador, mais uma vez, acompanhar uma jornada do personagem, indo do egoísmo para o altruísmo. Sendo sincero, quando assisti ao filme pela primeira vez, eu pensei: Ele passou por isso em todos os filmes. Por que fazer de novo?

Mas após assistir novamente, eu percebi, há um fator a mais nesse jogo: A paternidade. Para mim, esse aspecto, ao lado da ansiedade por conclusão, carregam o arco do Vingador Dourado na obra. Veja: O que o motiva a aceitar a missão é lembrar do fato de que ele perdeu Peter Parker no espaço. Claro, não é só isso, mas você entendeu. A paternidade é um tema central para o personagem nessa narrativa.

É como Batman perdendo pela primeira vez um Robin.

Ao tentar recuperar o Tesseract nas instalações da S.H.I.E.L.D, ele encontra Howard Stark, seu pai. O roteiro traça uma dinâmica interessante entre os dois, discutindo os temas propostos através de algo simples: O medo de Howard em se tornar um pai. Isso conversa indiretamente com a principal preocupação do Homem de Ferro nesse filme: Sua família. Não apenas isso, mas quando seu pai diz: “Digamos que eu nunca deixei que o bem maior agisse sobre mim.” ele percebe que o mesmo erro não pode ser cometido duas vezes.

Isso se relaciona diretamente com a jornada do egoísmo para o altruísmo. Durante o ato final, o Thanos do passado vem ao presente (Loucura) para impedir que os Vingadores frustrem o seu plano. As pessoas já foram trazidas de voltas pelo estalo de dedos realizado por Hulk, resta apenas um confronto para que a vitória não se transforme em derrota novamente.

Melhor armadura. Tente mudar minha opinião.

Em determinado momento de Guerra Infinita, Doutor Estranho afirma que dentre os 14,000,605 futuros, apenas nesse existe uma possibilidade de vitória. Vingadores: Ultimato apresenta o único jeito. Quando Thanos consegue a manopla, ele realiza o estalo dizendo: “Eu sou inevitável.” Porém logo após, a câmera corta para Stark com as seis joias em mãos, usando a mesma frase dita ao final de seu primeiro filme: “E…eu sou…o Homem de Ferro.” O vilão é finalmente derrotado, a profecia, desfeita, mas com um custo: A morte de seu profeta, o maior protetor da Terra.

Quando Pepper diz: “Você pode descansar agora”, é o momento em o porquê desse sacrifício ser diferente dos outros é compreendido. Sim, esse é o único em que resulta em sua morte, mas essa não é a questão. O ato altruísta de Tony Stark em Ultimato pode ser considerado egoísta, no bom sentido, pois não era apenas sobre vingar o planeta, era antes de tudo, pessoal.

Descanse agora, Homem de Lata.

Com Thanos retornando ao pó, ele finalmente pode acordar de um longo pesadelo e descansar em paz.

“Parte da jornada é o fim.”

Vingadores: Ultimato está em exibição nos cinemas. Confira a crítica aqui.