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Resenha | Viúva Veneno

Viúva Veneno é a  Escafandro de estreia de Milena Azevedo (Penpengusa, Contos Urbanos) na Ultimato do Bacon e trouxe mais uma vez a arte sensacional da Germana Viana (Gibi de Menininha #1 e #2; Ménage; Gibi de Menininha Apresenta). A HQ saiu recetemente do Catarse, e já se encontra disponível para compra na Amazon.

As histórias das Ladykillers pelo mundo são repletas de mulheres quase acima de qualquer suspeita, os muitos casos de mortes dentro da própria família fazia com que essas pobres moças fossem vistas com olhares piedosos. 

Interessante ver como as mulheres assassinas em série tem motivações e modus operandi totalmente diferente dos homens, o que, claro, não diminui em nada sua frieza e crueldade.

Assim como Mary Ann Cotton, a primeira Ladykiller britânica do século 19, os principais alvos de Madeleine foram seus maridos e filhos.

O caso de Madeleine Maria, nossa viúva veneno, se inicia na Belo Horizonte de 1937. Madeleine, vê uma oportunidade de adentrar na família Dutra, família dos patrões de sua mãe. Mas, a gravidez e o relacionamento com o primogênito da família não foi visto com bons olhos, fazendo com que Madeleine iniciasse uma nova jornada em busca de suas ambições, deixando maridos e filhos para trás, em um rastro mórbido. 

 “Os psiquiatras dizem que assassinos em série homens são caçadores. Já as mulheres assassinas são coletoras. Elas matam para ganhar benefícios.”

Madeleine traçou sua rota muito bem planejada e um tanto discreta, até conseguir o que queria, bastava agora poder desfrutar de seus adendos sem inconvenientes em seu caminho. Mas, a vida de uma Viúva Negra, a aranha, não é tão longa assim e logo ela também é enrolada nas próprias teias que teceu, sendo assim, o destino ainda teve suas peças a movimentar também contra a Viúva veneno.

Viúva Veneno tem 36 páginas coloridas, formato americano (17×25 cm), miolo em offset e capa cartão. Você pode adquirir clicando no link abaixo ☠️

 

 

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Leia Isto… antes que seja tarde, está no Catarse!

Leia Isto… antes que seja tarde! Mais uma da Escafandro, a revista pulp bimestral da Ultimato do Bacon Editora, que aterrissou no Catarse no dia 31 de março e já ultrapassou a faixa dos 100% em apenas 4 dias.

Essa é a estreia dos artistas César Filho (Por Onde Andei, Pilantrópicos) e Jean Lins (Contos de Griô; Dandara; Cachinhos Dourados) na editora, e sua estreia veio recheada de muito mistério, uma vez que “Leia Isto… antes que seja tarde!” trás muitas perguntas e é uma história para ser revisitada, como disseram os autores.

“Um garoto brinca com seu irmão no terreno baldio da vizinhança – o Areião – e enfrenta o grupo rival de garotos do bairro… nada além de crianças sendo crianças!

Mas por que, de repente, tudo parece uma trama mais sombria e misteriosa com bombas prestes a explodir, um detetive desorientado e um mundo que pode – ou não – ser apenas feito de papel, tinta e requadros?”

Em entrevista ao canal Sobrecapa, César conta que além da ficção, também tem muitas de suas memórias na história, o próprio Areião, cenário principal onde a história acontece, era um local onde ele os amigos também brincavam quando crianças.

Um fato interessante é que César quis estilos de ilustração variados, para que pudessem se adequar às suas necessidades narrativas, tarefa que foi cumprida com maestria por Jean Lins, o desafio foi proposto e ele aceitou prontamente. É possível ver desenhos mais adoráveis e fofos que lembram uma Graphic MSP e na página seguinte um traço que beira o estilo Sorrentino, mostrando como Jean precisou ser vários em um e por a prova toda sua habilidade.

Sobre os artistas:

CésarFilho

Quebrou o vaso da sala, empurrou a irmã na calçada, caiu de queixo no asfalto e criou a webcomic “Por Onde Andei”. Iniciou a página de tiras “Pilantrópicos”, ao lado de Leo Arcoverde. Além disso, segue postando ilustrações e tirinhas em sua página no Instagram.

Mora em Maceió, com seu cachorro Calvin.

https://www.instagram.com/ocesarfilho/

 

Jean Lins

Aprendeu a andar de bicicleta depois da terceira queda e um dia grampeou o próprio dedo.

Um dia teve uma síncope e decidiu viver fazendo quadrinhos e desenhos. Já produziu “Dandara”, uma história fictícia da fuga de dois irmãos escravizados desvendando mistérios ancestrais, “Contos de Griô”, uma coletânea de fábulas e contos africanos e “Cachinhos Dourados”, o primeiro curta da segunda edição do projeto “Oreo Faz de Contos”, desenvolvido pelo estúdio Eleven Dragons e disponível no Globoplay, que faz releituras de histórias clássicas, sempre tocando em temas importantes da sociedade.

https://www.instagram.com/_jeanlins

Essa campanha do Catarse trouxe nas recompensas a nova Box da com a arte inédita de Will ( Demetrius Dante e 1.000 Léguas Transamazônicas ), que é responsável por todo desing gráfico da editora. Essa box não vem numerada, nem com as capas das Escafandros anteriores nela, para que você possa escolher quais edições irá guardar nela. Lembrando que essa é uma impressão única, que fará parte apenas das recompensas do catarse.

Leia Isto… antes que seja tarde! Tem 36 páginas, formato americano (17×25 cm), miolo em offset e capa cartão

Para apoiar a campanha clique no banner abaixo

 

Não perca essa oportunidade! E confira a entrevista dos autores para o canal Sobrecapa abaixo 😉

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Resenha | Contos de honra e sangue – Primeiras impressões

Tive o enorme prazer de ler Contos de honra e sangue, de Wander Antunes (roteiro e arte), que está sendo lançado pela editora Ultimato do Bacon, e vim aqui dizer para vocês o que podem esperar dessa obra, que ainda está correndo no financiamento do Catarse. 

Contos de honra e sangue me ganhou inicialmente pelo seu tema: Honra. Não que eu pense que ela é algo tão valioso que valha a pena derramar sangue para alcançá-la ou protegê-la, mas é um motivo,  se assim posso dizer, pelo qual muito sangue já foi jorrado. O que poderia levar os homens a agirem como tolos e movimentar suas infundadas guerras, como a motivação da defesa de sua honra e vingança? E isso é o que encontramos aqui nesses 5 contos de, nem sempre tão gloriosos, combates pela honra.

Um outro ponto que me chamou muita atenção foi a arte de Wander, o quadrinho tem uma arte linda, toda em tons de rosa, amarelo, azul, que lembram as cores de um bonito entardecer. Não só o roteiro desta história, como também todos os desenhos e cores, pertencem ao trabalho de Wander, me fazendo pensar todo tempo enquanto lia na dedicação que teve com esse novo trabalho, que é um dos seus primeiros solo.

O que nos traz certo fascínio nesta história, também é algo que nos provoca ira, saber que o resultado dessas disputas sempre atingem, de certo modo, os que são considerados uma minoria, os que participam ou são afetados, por uma guerra que não os pertence.

“Eles, os inimigos, eram fáceis de se identificar: quase sempre pretos, quase sempre índios, quase sempre pobres.”

Por uma infeliz coincidência, isso me fez lembrar da guerra que está em vigência neste exato momento na Europa (Rússia x Ucrânia), não poderíamos dizer, a grosso modo, que essa é uma disputa sangrenta pela honra? Onde milhares de inocentes, civis e soldados, estão perecendo, ainda sem total compreensão do porquê, pela “honra” de outrem. 

Sem spoilers sobre o tiro final desta obra, posso dizer que facilmente podemos fazer um comparativo, uma alusão, à sociedade atual, e que sofrimento me causa admitir isso, como pode esse tema ser ainda atual? No fundo, não deixamos o DNA dos conquistadores, desbravadores e saqueadores, assim tão para trás. Trace uma linha temporal do início dos tempos até os dias de hoje e veja que, apesar de termos evoluído, mudado nossos discursos, nossas entrelinhas ainda dizem as mesmas coisas, ainda repetimos os erros do passado. 

“O corpo de um ditador a caminho de seu glorioso funeral precisa ser defendido da fúria de seus inimigos. Um envelhecido matador de dragões faz uma pausa na perseguição à última criatura em busca de aliados para o combate final. Dois cavalheiros defendem suas honras em um combate interminável. Um herói cansado da guerra volta para casa e descobre estar entrando em outro campo de batalha. Dois velhos que, destituídos de tudo, já nem sabem o que é honra, querem a recompensa oferecida pela cabeça de um inimigo do Estado.”

Sendo assim,  todas essas cinco histórias têm algo em comum, todas resultam em sangue! Com uma narrativa envolvente, Wander conseguiu fazer, dentro de suas linhas e traços repletos de ação, que o leitor tenha identificação com a história devido tamanha convicção e certeza de suas missões que os personagens apresentam. São contos curtos, que tem tudo aquilo que procuramos em uma história em quadrinhos: bom enredo e bela arte. 

Fiquei bem empolgada com Contos de honra e sangue e estou doida pra conferir esse material quando lançar. O quadrinho já atingiu sua meta de 100%, mas ainda faltam 18 dias de campanha, então, se você curtiu minhas primeiras impressões sobre ele, ainda dá tempo de correr e garantir a sua edição. Posso dizer com certeza, que é uma história que vale a pena e você vai adorar ter como parte da sua coleção.

Para apoiar essa campanha clique AQUI

Contos de honra e sangue tem 68 páginas coloridas, lombada quadrada e capa cartão, formato americano 17 x 25 cm 

 

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Contos de Honra e Sangue, de Wander Antunes, está no Catarse!

Mais um lançamento que tem se mostrado um sucesso desde o primeiro dia. A Editora Ultimato do Bacon tem feito os lançamentos de suas HQs através do financiamento coletivo pelo Catarse, e tem se tornado rotina atingir boa parte dessa meta já nas primeiras horas no ar.

Dessa vez não foi diferente,  Contos de Honra e Sangue, de Wander Antunes (Crônicas da Província,A Boa Sorte de Solano Dominguez e  Clara dos Anjos), teve sua estreia hoje e na primeira hora bateu 40% da meta estipulada. A HQ tem uma premissa muito interessante, trazendo 5 contos onde a Honra é o cerne que circunda todas essas histórias, mostrando todos os embates que nos levam a lutar por ela, por vezes até de forma sangrenta e fatal para defendê-la. 

Capa oficial

“Honra. Um dos valores humanos mais próximos e, ao mesmo tempo, mais distantes de nossa herança animal e irracional. Pela honra somos capazes de atrocidades e proezas inimagináveis, tal qual nosso instinto selvagem outrora nos impelia. No entanto, tal instinto selvagem arbitrava em função, basicamente, de nossa sobrevivência… ao passo que a conquista e defesa da honra muitas vezes é algo tão sutil, efêmero e banal que ninguém seria capaz de definir com exatidão qual é sua verdadeira razão de existir. Sangue. Literalmente, o fluído vital que nos permite funcionar. Metaforicamente, serve para muitos como chancela de origem, pertencimento, hereditariedade e… (des)honra.”

Confira uma prévia do que está por vir:

O corpo de um ditador a caminho de seu glorioso funeral precisa ser defendido da fúria de seus inimigos.
Um envelhecido matador de dragões faz uma pausa na perseguição à última criatura em busca de aliados para o combate final.
Dois cavalheiros defendem suas honras em um combate interminável.
Um herói cansado da guerra volta para casa e descobre estar entrando em outro campo de batalha.
Dois velhos que, destituídos de tudo, já nem sabem o que é honra, querem a recompensa oferecida pela cabeça de um inimigo do Estado.

Todo roteiro, arte e cores foram feitos por Wander Antunes. Wander  é contista e quadrinista. Após uma longa parceria com grandes desenhistas do Brasil, Argentina, México, Espanha e Bélgica, decidiu que além dos roteiros também se dedicaria aos desenhos.  Contos de Honra e Sangue é um de seus primeiros trabalhos solo.

Contos de Honra e Sangue terá 68 páginas coloridas, lombada quadrada e capa cartão, formato americano 17 x 25 cm . Os apoios com valores especiais limitados já esgotaram, mas ainda é possível aproveitar os combos com outras edições de seus interesses, com valores a partir de R$35,00 + Frete. Para saber mais e também aqdquirir o seu exemplar, clique no banner abaixo. Não deixe de apoiar! 😉