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Liga da Justiça ganha colecionáveis pela Medicom

Medicom soltou as primeiras imagens da linha MAFEX dos personagens Batman, Superman e Flash, do longa Liga da Justiça.

Confira as imagens do Batman abaixo:

 

A figura terá mais de 20 pontos de articulação e virá com: 5 pares de mãos intercambiáveis, 1 base transparente, 2 cabeças intercambiáveis, 2 batrangues, 1 cartucho de fumaça e uma arma  . A action figure já  já pode ser adquirida por meio de  pré-venda, com estimativa de chegada para Janeiro de 2018.

Confira as imagens do Superman logo abaixo:

O boneco  terá mais de 20 pontos de articulação e virá com: 5 pares de mãos intercambiáveis, 1 base transparente e 3 cabeças intercambiáveis. A action figure já  já pode ser adquirida por meio de  pré-venda, com estimativa de chegada para Março de 2018.

Confira as imagens do Flash abaixo:

 

Com mais de 20 pontos de articulações, ele virá com: 5 pares de mãos intercambiáveis, 1 base transparente e 2 cabeças intercambiáveis (sendo uma do ator Erza Miller). A sua pré venda se iniciará em breve e seu lançamento será em 2018.

Liga da Justiça estreia em 16 de Novembro em todos os cinemas do país.

 

 

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Quadrinhos

Doomsday Clock | Nova capa variante é baseada no Rorschach

Depois de divulgarem as duas primeiras capas de Doomsday Clock #1, esperada saga que vai colocar o Superman frente a frente com o Dr. Manhattan, foi liberada a (bela) arte da terceira variante da publicação. E ela tem o foco em um dos personagens favoritos de Watchmen, o vigilante Rorschach.

A arte de Gary Frank apresenta os traços inconfundíveis da máscara de Rorschach misturados com os símbolos da Trindade da DC Comics: Superman, Mulher-Maravilha e Batman. Ao divulgar a nova capa, uma dúvida surgiu entre os fãs: será um indício que veremos o anti-herói no Renascimento?

Já se sabe que Dr. Manhattan e que Ozymandias, que deve ser a identidade do misterioso Oz, são figuras certas para participarem do Renascimento, e obviamente, esperto e estimado leitor, uma capa com os traços do Rorschach NÃO É EVIDÊNCIA NENHUMA da participação do personagem. É até natural ele ser usado em materiais de marketing graças a sua popularidade alcançada no clássico de Alan Moore e Dave Gibbons.

Mas a ponta de esperança fica nas palavras do próprio Geoff Johns, que escreve Doomsday Clock, durante a San Diego Comic-Con no mês passado: “Isso vai muito além do Dr. Manhattan. É uma coisa única na vida e nós vamos buscar fazer a melhor história que podemos contar, e é isso que ela exige”.

“Mas o Rorschach morreu em Watchmen, seu mané!”, pode você falar para mim.

Sim. Morreu. E o Comediante também.

Vamos lembrar que Doomsday Clock vai colocar em evidência o Dr. Manhattan, um personagem que além de controlar viagens interdimensionais e temporais tem o dom da Reconstrução Molecular, onde ele não se limita a fazer em si mesmo, mas frequentemente ele “desmonta” e “monta” objetos e pessoas.

Lembrando que tudo não passa de TEORIA. Só saberemos mesmo quando Doomsday Clock for lançada em novembro. Até lá segura a ansiedade e se benze contra as maldições lançadas pelo bruxo Moore!

 

 

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Quadrinhos

O medo domina as crianças em nova prévia de Superman

Depois de tirar férias com a família comemorando o 4 de julho, é hora do Superman voltar ao trabalho. As crianças de Metropolis estão desaparecendo e um garoto foi consumido pelo medo, isso levará O Homem de Aço à Tropa dos Lanternas Amarelos. Confira a prévia da edição 29 da revista do Último Filho de Krypton, o início do arco A Minute Longer:

“A Minute Longer primeira parte. Peter J. Tomasi e Patrick Gleason se uniram ao co-roteirista Keith Champagne em uma história que os leva de volta ao tempo em que escreviam Lanterna Verde e questiona: “O que assusta o Superman?”

O Renascimento já está sendo publicado no Brasil pela editora Panini. Você pode conferir a análise de Filho do Superman, primeiro arco da nova fase do Homem do Amanhãaqui. Para saber tudo o que acontece na Editora das Lendas, fique ligado na Torre de Vigilância.

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Quadrinhos

Panini republicará Superman: Entre a Foice e o Martelo

“E se o foguete que atravessou o universo com um bebê a bordo, caísse em uma fazenda coletiva da União Soviética ao invés da pacata Kansas…”

A Editora Panini confirmou que vai publicar um encadernado com os três volumes de Superman – Entre a Foice e o Martelo ainda em 2017. O anúncio caiu como uma bomba de felicidade para os leitores que há tempos esperam a republicação da minissérie escrita por Mark Millar em 2003.

“A ideia da história me passou pela cabeça na época que eu li Superman #300 quando anda era apenas uma criança” disse Millar na época do lançamento. “Era uma história imaginária onde o que aconteceria se o foguete do Superman tivesse caído em águas neutras entre EUA e a URSS e ambos os lados estavam correndo para reivindicar o bebê.”

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A trama, muito mais do que conhecida, mostra um Superman criado na extinta União Soviética, doutrinado pelos ideais comunistas e que assume o poder máximo do partido com a morte de Stalin. Os Estados Unidos, com medo de serem dominados, contratam Lex Luthor, que é considerado o maior gênio do planeta para matar o Homem de Aço. Ambientado na Terra 30, Entre a Foice e o Martelo foi publicado pelo selo Túnel do Tempo e mostra as versões dos personagens da DC Comics como, por exemplo, Jimmy Olsen, como um espião da CIA, Lois Lane esposa Luthor, Batman é um radical anarquista que se opõe ao regime do Superman… aliás temos aqui um grande confronto entre os dois heróis.

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O regime comunista do Superman se torna perfeito depois que ele começa a usar seus poderes para ajudar as pessoas do seu país, a característica nobre do personagem sempre presente, mas dessa vez, não com os valores políticos americanos, e acaba se tornando exemplo a ser seguido por todas as nações mundiais, o que acaba acontecendo, com exceção dos Estados Unidos e do Chile.

A visão apresentada por  Mark Millar sobre comunismo e capitalismo exercido pelos americanos, revela os pontos positivos e negativos de cada modelo econômico deixando que o leitor pense sobre a nova versão geopolítica do mundo aplicada na história. Algo que reflete na política mundial, com as falácias e embates de Donald Trump e Kim Jong-Un, que a cada dia que passa flertam com uma nova Guerra Mundial. E por que não trazer uma “ponta” disso para o momento partidário aqui no Brasil.

Com tantas ideias de Direita e Esquerda, que pessoas defendem com unhas e dentes, assim como são defendidos também os “ídolos” construídos por redes sociais de cada, mas quando olhamos bem de perto percebemos altos e baixos em ambas. Entre a Foice e o Martelo é uma obra que rompe o tempo, e a ideia que ela propõe a torna bem atual em alguns momentos.

Millar fez uma importante pesquisa sobre história para escrever a obra. Os fatos, lugares, figuras históricas e principalmente não entregou uma União Soviética caricata, mas ao mesmo, de fácil entendimento para o leitor que seja mais leigo no assunto.

TERRA-30

E a falta de poder mundial dos Estados Unidos é muito explorada na história também,  quando Lex Luthor entra em cena para combater o Superman que é considerado uma ameaça. Os sucessivos fracassos acabam alimentando obsessão do cientista ao decorrer dos anos, o que afeta sua vida particular com sua esposa Lois Lane. As inúmeras tentativas de Luthor e dos EUA em se mostrarem uma nação forte, reflete a realidade de como o país lida em diversos pontos da política mundial, sempre indo contra aqueles que são considerados ameaças aos americanos. Mas uma bela sacada de Millar. A disputa entre o Homem do Amanhã e a Maior Mente da Terra, tem sua reviravolta quando Brainiac se envolve na história de forma magistral.

Entre a Foice e o Martelo tem tudo que uma boa história em quadrinhos precisa: um enredo forte, personagens bem construídos, uma mistura bem feita entre realidade/ficção e não perde o fato de ser história em quadrinhos. O final, surpreendente, lembra ao leitor que estamos lendo um gibi.

Superman – Entre a Foice e o Martelo, foi indicada para o Prêmio Eisner em 2004 e têm na sua equipe criativa, além de Mark Millar, artes de Dave Johnhon e Kilian Plunkett.

 

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Consoles Games PC

Injustice 2 | Confira as intros e falas do Bizarro

Apresentado no final do gameplay da Estelar, Bizarro foi anunciado como uma skin paga do Supeman com algumas diferenças em seu ataque especial. De quebra, o canal oficial do IGN soltou todas as intros e falas do personagem, que você pode conferir logo abaixo:

Injustice 2 se passa logo após Gods Among Us, onde Batman e seus seguidores tentam manter a paz na sociedade novamente, enquanto o regime do Superman volta aos poucos a vida.

Até o momento, foram confirmados mais de 20 personagens jogáveis! Para mais informações do game clique aqui.

Injustice 2 já está disponível para Playstation 4, XBOX ONE PC.

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Quadrinhos

Frank Miller e John Romita Jr. anunciam Superman: Ano Um

Durante o painel DC Master Class na San Diego Comic-Con 2017, o famoso e atualmente controverso roteirista/artista Frank Miller apareceu de surpresa para anunciar que se juntará mais uma vez ao artista John Romita Jr. para produzir uma história. Trata-se de Superman: Ano Um.

Tem a ver com revisitar a origem de um certo personagem da DC Comics“, disse Miller. “Tem a ver com revisitar um certo personagem que usa óculos na sua identidade civil.

Em entrevista, Miller comentou que vê nesta história a oportunidade de criar sua “marca significativa” em um dos personagens mais ricos da ficção, pois já explorou em O Cavaleiro das Trevas basicamente todos os personagens relevantes do universo DC. O autor também comentou que a origem será abordada a partir do momento que Jonathan Kent descobre o pequeno Kal-El, quando sua nave caiu na Terra.

Durante a New York Comic-Con do ano passado, Frank Miller já havia comentado que tinha planos de escrever uma história definitiva para o Superman, explorando principalmente a origem judaica do personagem. Já na CCXP – Comic-Con Experience 2016, o escritor falou mais sobre essa ideia e ainda incluiu a Mulher-Maravilha e o Bruce Wayne como participantes da história.

Miller é a mente criativa por trás de clássicos como Batman: Ano Um, O Cavaleiro das Trevas, Sin City e Os 300 de Esparta, além de ter redefinido o Demolidor durante sua longa fase no personagem, e com a origem O Homem Sem Medo. Esta origem do Demolidor foi criada em parceria com John Romita Jr., que há alguns anos trabalha para a DC Comics (com Superman, Batman e outras séries), e durante muitos anos foi um dos principais artistas da Marvel, tendo ilustrado histórias do Homem-Aranha, Capitão América e muitos outros.

Não foi divulgada a trama completa nem a data de lançamento de Superman: Year One. A única coisa confirmada, além da equipe criativa, é que a graphic novel terá 100 páginas.

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Quadrinhos

SDCC 2017 | Geoff Johns fala sobre sua carreira e Doomsday Clock

Anunciado há alguns meses, Doomsday Clock trará o primeiro encontro entre Superman e Doutor Manhattan. Durante seu painel na SDCC 2017, Geoff Johns falou sobre sua carreira, sobre quadrinhos e sobre o seu próximo projeto:

O painel começou com o co-editor Dan DiDio perguntando a Johns qual o seu interesse pessoal nos quadrinhos.

“Quando estávamos falando de Doomsday Clock, fui convencido de que a primeira edição tinha que sair na quinta-feira antes do feriado de Ação de Graças.” Respondeu Johns. Essa é uma data especial para ele, pois ele se lembra o quão estava animado quando criança para comprar novos quadrinhos e lê-los no feriado.

Johns disse que o primeiro quadrinho que o impactou foi uma edição de Batman e os Renegados quando a equipe descobre a identidade do Batman, e ficam tristes quando descobrem o trágico motivo de Bruce Wayne ter se tornado o Cruzado de Capa. DiDio perguntou qual foi o primeiro herói o qual ele se conectou.

“O Flash. A verdade é que eu o tinha visto no desenho dos Super Amigos e o achava legal.”

Johns disse à plateia que ele tende a gostar mais dos personagens moralmente inequívocos do espectro, tipo o Superman. DiDio perguntou o motivo de Johns nunca ter escrito uma fase pelo Batman.

“Eu quero escrever uma fase pelo Batman com certeza, porque eu amo o personagem.” – respondeu. Ele ainda não escreveu uma fase na revista do herói pois gosta de focar nos personagens que necessitam de uma pequena ajuda.

DiDio perguntou quando Johns percebeu que ele era um roteirista profissional.

“Provavelmente no dia que eu assinei um contrato com a DC. Eu gosto da Marvel, mas amo a DC. Eu gosto do Hulk. Se pudéssemos comprar os direitos do Hulk, seria legal. O dia que eu assinei um contrato com a DC Comics, me fez sentir segurança de saber que eu escreveria para a editora pelos próximos anos. Estarei escrevendo DC a todo tempo.”

Ao falar de Richard Donner, diretor de Superman: O Filme, Geoff Johns não poupou elogios:

“Ele continua sendo uma inspiração. É realmente inspirador que as pessoas lembraram pela sua bondade. Ele é um homem tão bom e trabalhando com ele, percebi que ele tem as peculiaridades que todos temos, mas é realmente um ser humano maravilhoso.” Johns revelou que ele e a diretora Patty Jenkins (Mulher-Maravilha) almoçaram com Donner.

Johns lembrou do conselho que lhe foi dado por Donner: “Se existe uma escolha entre a lógica e o coração, escolha o coração.”

Quando perguntado sobre suas influências para histórias em quadrinhos, John listou: Homem-Animal e Patrulha do Destino de Grant Morrison, Flash de Mark Waid, quase tudo que Marv Wolfman já fez, John Orstrander que de acordo com ele é um roteirista subestimado. “Ele escrevia os personagens que ninguém escreveria. Foi aí que percebi que não existem personagens ruins.”

Johns disse para DiDio que se ele não fosse exclusivo da DC, provavelmente continuaria a ser freelancer. “Neste ponto, Dan veio até mim e disse: “Todo mundo disse para mim e para Mike McKone, que vocês são idiotas por trabalhar com os Jovens Titãs e que irão falhar.” Dan disse: “Você está errado.”

DiDio acrescentou: “Só posso dizer que eles estavam errados porque vi seus lançamentos.  Eu lembro destas discussões até hoje.” perguntou se Geoff Johns faria algo diferente se estivesse escrevendo os Lanternas Verdes do Renascimento. Ele respondeu que não. “Você não quer apaziguar, você quer escrever a história na qual acredita.”

Johns revelou que não queria chamar a atual fase da DC de Renascimento. Essa palavra significava tanto para ele por ter escrito Lanterna Verde: Renascimento e Flash: Renascimento. “Quanto mais eu falava sobre o significado que a palavra Renascimento tinha para mim, mais eu percebi que cairia como uma luva. Eu queria escrever uma edição que trouxesse de volta o coração do Universo DC e fizesse as pessoas chorarem quando Wally West saltasse da Força de Aceleração.”

DiDio perguntou se o one-shot foi o quadrinho mais emocionante já escrito por Johns. “Foi, pois o quadrinho inteiro é sobre o quanto eu amo o Universo DC e como eu queria aqueles aspectos de volta. Houve muitas coisas boas durante os Novos 52, mas houve muitas coisas que foram perdidas.”

Falando em Universo DC: Renascimento, Johns disse: “Eu estava esperando por reações positivas e que as pessoas entendessem a história que eu estava tentando contar, mas eu estava tranquilo quanto às reações.”

Ele disse que enquanto as conexões com Watchmen fizeram as pessoas discutirem, ele queria que a verdadeira discussão fosse o centro emocional entre Barry Allen e Wally West.

“Eu queria que as pessoas testemunhassem o retorno do coração e da esperança, e vissem estes personagens como os mesmos personagens que elas conhecem e amam. Estou realmente feliz com o momento em que foi lançado. Wally West era o personagem que as pessoas estavam falando.”

Johns também falou sobre as últimas páginas do one-shot:

“Se tem alguém que pode mexer com o universo de um jeito tão drástico, este alguém é o Doutor Manhattan.”

Enfim, foram mostrados alguns painéis de Doomsday Clock, próximo projeto de Geoff Johns:

“É um sinal de: O fim está próximo. É o primeiro painel de Doomsday Clock.”

Quando questionado quem seria esta mulher loira, Geoff Johns respondeu: “Vamos apenas dizer que é uma nova personagem e ela está na prisão.”

“Talvez ela não esteja na prisão.”

“Desespero. Eu conheço a cena. Eu sei o contexto dela.”

Geoff Johns também teceu elogios ao desenhista Gary Frank: “Eu e meu parceiro do crime Gary Frank, ele adora contar histórias, é tudo sobre a emoção em contar histórias.”

Johns disse que Doomsday Clock é um trabalho arriscado para ambos. Diferentemente do que foi anunciado há alguns meses, o quadrinho terá 12 edições assim como Watchmen de Alan Moore e Dave Gibbons e se passará um ano após o Universo DC agora, quando a última edição for lançada, todos os personagens serão afetados de acordo com o roteirista. Ele deixou claro que Doomsday Clock se passa depois da próxima mega saga da editora: Dark Nights: Metal.

“Quando você faz algo grande como o Doutor Manhattan, você realmente quer contar a história. Eu quero abraçá-la de uma forma gigantesca.”

Mais dois painéis foram mostrados. Quando questionado sobre o raio-x da caveira, Geoff Johns respondeu: “É alguém que está doente.”

“Superman é a história.” Declarou.

O símbolo do Doutor Manhattan foi mostrado e logo depois, uma imagem da Liga da Justiça em Marte com a famosa frase: “Quem Vigia os Vigilantes?”

Em resposta aos leitores que acreditam que Watchmen não deve ser tocado, Johns disse: “Eu estou tentando contar a melhor história possível. Ele disse que a história celebra toda a história do Universo DC.”

O painel terminou com Geoff Johns dizendo: “Eu adoraria que o homem mais inteligente do mundo conhecesse o homem mais inteligente do outro. O homem mais inteligente do universo DC é Lex Luthor. E é tudo o que direi.” O “outro” a qual ele se refere provavelmente é Adrian Veidt, o Ozymandias de Watchmen. Johns disse que existem possibilidades dele falar sobre isso na próxima convenção em que ele participar. 

Doomsday Clock será lançado em novembro. O Renascimento já está sendo publicado no Brasil pela editora Panini. Para mais informações sobre o que acontece na Editora das Lendas, fique ligado na Torre de Vigilância

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Quadrinhos

Panini anuncia primeiro volume de Novo Super-man

Dando continuidade ao lançamento de encadernados do Renascimento, a nova fase da DC, a editora Panini anunciou através de seu hotsite que o título Novo Super-Man será publicado em encadernado. Confira a capa e o release divulgado pela editora: 

“A China é hoje uma das maiores potências do planeta e, como tal, não poderia ficar pra trás no que diz respeito a seus super-heróis, certo? Certíssimo! É por isso que, em agosto, chega às bancas o encadernado Novo Super-Man vol. 1, apresentando aquele que promete ser o maior campeão da justiça chinês de todos os tempos! Bom, talvez nem tanto…

Nessa edição especial, o roteirista Gene Luen Yang (Superman) e o desenhista Viktor Bogdanovic (Batman: Arkham Knight) introduzem ao Universo DC o jovem Kong Kenan, um estudante chinês não muito exemplar que, após um ato impensado de heroísmo, acaba sendo escolhido pelo enigmático Ministério da Autoconfiança para ser o Superman de seu país. A partir daí, uma trama repleta de mistérios e ação — e também de bom humor — se desenvolve, em um dos títulos mais elogiados da atual fase da Editora das Lendas.”

O primeiro volume chega às bancas em agosto ao preço de R$21,90. O encadernado compila as edições 1 à 6 da revista em 140 páginas. O formato é capa cartão, papel LWC e lombada quadrada. Para mais informações sobre os lançamentos da Panini, fique ligado na Torre de Vigilância.

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Detective Comics

O Filho do Superman | Heroísmo e simplicidade na medida certa

Com a morte do Superman dos Novos 52, o universo DC precisava de um novo símbolo de esperança. O Superman do universo pós-crise, que retornou em Convergência, saiu do anonimato e assumiu as cores azul e vermelho novamente. Clark agora é pai e precisa ensinar a seu filho Jon como usar seus poderes. Esta é a trama de O Filho do Superman, o primeiro arco da revista do Superman no Renascimento DC

Depois do excelente trabalho feito em Batman e Robin, Peter J.Tomasi escreve mais uma relação entre pai e filho. E, realmente, não existe ninguém mais qualificado para tal tarefa. Tomasi, além de escrever bons diálogos entre e pai e filho, também compreende a essência do Superman. A evolução de Jon como personagem é notável e o jeito como ele é trabalhado cativa o leitor.

É claro que ele não faz isso sozinho. Seu colaborador de longa data, Patrick Gleason, traz traços cartunescos que combinam perfeitamente com o tom da narrativa. As expressões faciais e seu jogo de sombras são o grande destaque aqui. As cores vibrantes de John Kalisz complementam perfeitamente o trabalho de Gleason. O melhor uso delas é na segunda edição. Outros artistas como Jorge Jimenez e Doug Mahnke também fazem um bom trabalho aqui.

Página de Superman #2 e o perfeito uso das cores de Kalisz e do jogo de sombras de Gleason

O Erradicador, vilão surgido em Action Comics Anual 2 de 1989, retorna aqui para extrair o lado humano de Jon. Ainda que seja um bom antagonista com boas motivações, ele é a parte menos atrativa da obra, mas é deveras empolgante ver o Superman levando a batalha para a Lua a fim de usar a extensão de toda a sua força. Uma das maiores surpresas do arco envolve uma medida tomada por Lois Lane para proteger seu filho.

O Filho do Superman é um ótimo início para a revista do Homem de Aço. É simples, divertida, heroica e inspiradora. Coloca o herói em um novo status sem alterar a sua essência e introduz um personagem muito carismático: O seu filho. É tudo o que um quadrinho do Superman tem que ser.

O arco foi publicado no Brasil pela editora Panini nas edições 1 à 3 da revista mensal do Superman entre abril e junho de 2017.

 

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Detective Comics Quadrinhos

Cavaleiro das Trevas | O Batman definitivo de Frank Miller

Para muitos, Batman: O Cavaleiro das Trevas se trata de uma simples história sobre um duelo entre os dois maiores ícones da DC Comics. E se eu te disser que não? E se eu te disser que ela vai muito além disso?

“Eu quero que você se lembre, Clark, em todos os anos que estão por vir, em seus momentos mais íntimos, eu quero que você se lembre da minha mão na sua garganta, eu quero que você se lembre do único homem que te derrotou.”

Vindo de uma família pobre de operários irlandeses, Frank Miller se mudou para o violento bairro de Hell’s Kitchen em Nova York ainda em sua adolescência, para tentar a vida como artista. No início, Miller trabalhou em títulos genéricos na Gold Key Comics. Até que, em 1979 teve a chance de mostrar seu talento a Jim Shooter, na época editor-chefe da Marvel Comics. Em pouco tempo, assumiu o título do Demolidor, que vinha de uma constante queda nas vendas, mas isso a gente deixa pra outro dia.

O jovem Frank Miller na San Diego Comic Con (direita) em 1982 e sua estreia no título do Demolidor na edição 158 de 1979

Em Batman: O Cavaleiro das TrevasFrank Miller consagrou o Batman que conhecemos hoje. Psicótico, violento e sombrio, características que já estavam sendo apresentadas alguns anos antes por Denny O’NeilNeal Adams na década de 70. Policiais não eram mais os mocinhos e você não podia confiar em seus pais, o morcego entrava na Era Moderna dos quadrinhos, onde o mundo não era mais o mesmo, e todos eram passíveis de corrupção.

Batman #244 (O Demônio vive outra vez) escrita por Denny O’Neil e desenhada por Neal Adams, já retratava um Batman mais adulto e sombrio.

Antes de tudo, é preciso entender o contexto e a época em que a história é baseada. O ano era 1986, a Era do novo conservadorismo de Ronald Reagan nos Estados Unidos e a tensão nuclear da Guerra Fria regiam o mundo. Era uma época sombria de incertezas. A energia nuclear poderia ser a nossa salvação ou nossa destruição. Muitos heróis e vilões criados durante o início dos anos 60 receberam seus poderes advindos da radiação.

Bruce Banner ganha seus poderes através da radiação gama em Hulk #1. A radiação era o assunto nos quadrinhos durante a Guerra Fria.

Desemprego, violência, inflação, decadência… eram coisas que incomodavam a mente tempestuosa de Miller na época.

Na história, ambientada em um futuro distópico e autoritário, Bruce Wayne está aposentado há 10 anos de suas atividades como vigilante, após a trágica morte de seu parceiro, Robin (Jason Todd) e de diversas pressões governamentais, que tornara qualquer atividade de mascarados ilegais. O Batman não existe mais e o mundo vive em decadência, a mercê das gangues e da corrupção. Mas agora, com 55 anos, ele se vê obrigado a reviver velhos hábitos e vestir novamente o manto do protetor de Gotham:

”O momento chegou. Em seu íntimo você sabe, pois eu sou sua alma. Não há como escapar de mim. Você é frágil, você é pequeno…Você é menos que nada, uma carcaça vazia, um trapo que não pode me conter. Ardentemente eu queimo sua pele e assim brilho cada vez mais belo e feroz. Você não pode me deter, nem mesmo com o vinho ou o peso da idade! Você não tem como me deter, e mesmo assim ainda tenta, ainda foge.” Em uma de suas alucinações, vemos o morcego retomar o controle de Bruce Wayne.

Considerado um fora da lei, ele age como um agente anti-governo para proteger o povo. Para muitos, chega a ser um personagem com tendências fascistas, já que ele atua como juiz, júri e executor, passando por cima de qualquer burocracia ou legislação. O traço de Miller casa perfeitamente com a narrativa, dando um tom ”sujo” e decadente a história. Não podemos esquecer da arte-final magistral de Klaus Janson e as cores de Lynn Varley que complementam a obra e toda sua atmosfera.

Um detalhe interessante em algumas das páginas da Graphic Novel é seu formato 4×4. Uma grade de 16 quadros com textos e diálogos torna a leitura mais densa e pode assustar alguns leitores inexperientes logo de cara. A inspiração de Miller para o personagem veio de uma figura carimbada dos filmes de ação. Clint Eastwood, de Impacto Fulminante de 1983, onde o policial Harry Callahan é forçado a voltar a ativa e botar ordem na casa com sua Magnum 357. Um clássico do cinema Brucutu!

Cavaleiro das Trevas foi um marco no mercado também. Visto antes como um produto infantil, os quadrinhos ganharam notoriedade e atenção da mídia da época. O impacto da obra e o boca-a-boca fizeram com que o título tivesse 4 reimpressões seguidas, coisa que não acontecia há pelo menos 30 anos.

Entrevista de Frank Miller a badalada Revista Rolling Stone em Janeiro de 1986.

Logo na primeira parte da trama, somos apresentados ao reabilitado ex-promotor público e criminoso, Harvey Dent (Duas Caras). Através de uma cirurgia plástica, Harvey tem sua face reconstruída e aparentemente arrependido de seus crimes, deseja ser reintroduzido a sociedade. Mas se tratando de vilões do Batman, nada termina com um final feliz e Harvey acaba ressurgindo ainda pior e mais obssessivo com o número 2 e sua dualidade (bem e mal). Os diálogos poéticos de Miller trazem uma profundidade ímpar as páginas.

Fato curioso, é que percebemos que o Morcego é tão perturbado quanto os vilões que combate, e tudo que ele vê é um reflexo.

Também somos apresentados a Carrie Kelley, a carismática sidekick que, com uma fantasia caseira de Robin e inspirada pelos atos do Morcego decide fazer a diferença no mundo e lutar contra aquilo que acha errado. Essa é uma característica muito marcante de Frank Miller e seus personagens. O “American Way of Life” de fazer as coisas. Lutar por aquilo em que acredita, liberdade, direitos à vida e a busca pela felicidade. A relação paternal e hierarquica entre os dois personagens ao decorrer da trama é outro ponto alto do gibi.

Não faltam críticas ácidas às políticas brandas de punição e aos Direitos Humanos. Os diálogos televisivos mostram sempre a dualidade das opiniões em relação a violência. De um lado, a hipocrisia dos intelectuais, do outro, Lana Lang, a ‘advogada do Diabo’, defendendo os atos ilegítimos do Morcego.

Até onde vão os direitos de um criminoso? Tema muito debatido até hoje, principalmente nas Redes Sociais.

Nem a mídia escapa. Em seu prefácio, publicado aqui no Brasil na edição definitiva, Miller faz duras críticas aos meios de comunicação, e a parcialidade dos mesmos.

“O Cavaleiro das Trevas é, obviamente, uma história do Batman. Em grande parte, procurei usar a escalada da criminalidade no mundo ao meu redor para retratar um mundo que precisava de um gênio obsessivo, hercúleo e razoavelmente maníaco para por as coisas em ordem. Mas isso era apenas metade do serviço. Eu não guardei meu veneno mais poderoso pro Coringa ou pro Duas-Caras, mas para as insípidas e apelativas figuras da mídia que cobriam de forma tão pobre os gigantescos conflitos daquela época. O que essas pessoas insignificantes fariam se gigantes andassem sobre a Terra? Que tratamento elas dariam a um herói poderoso, exigente e inclemente?”

As autoridades sempre se esquivam quando questionadas sobre a escalada da violência em Gotham. Um jogo de Volleyball de responsabilidades, que passa do Presidente, ao Governador, do Prefeito ao Comissário.

O Dr. Bartholomew Wolper representa os direitos humanos. Cumpre o papel de sempre defender vilões, e sempre atribuir a culpa a terceiros e ao próprio Batman pela violência em Gotham.

Batman passa a sentir prazer na tortura que inflige aos criminosos. Miller nos faz sentir empatia por um personagem sádico e violento, ao mesmo tempo que nos apresenta adversários tão violentos quanto. Seria uma forma de justificar  os seus métodos. Fogo contra fogo.

“Foi difícil carregar 120 quilos de sociopata até o topo das Torres de Gotham… o ponto mais alto da cidade. Mas os gritos compensaram”.

Alguém está armando a Gangue Mutante em Gotham. Ao interrogar um dos membros da sádica gangue de jovens, Batman chega ao General do Exército, que se suicida ao saber que foi descoberto. Impossível não associar ao famoso escândalo Caso Irã-Contras, episódio onde os EUA facilitara a venda de armas aos Iranianos em troca de reféns estadunidenses, sequestrados pelo Hezbollah e o Exército dos Guardiões da Revolução Islâmica. Oliver North, na época membro do  Conselho de Segurança Nacional, usara o dinheiro das armas para financiar os Contras na Nicarágua em uma campanha rebelde anticomunista.

O Coronel Oliver North na capa da revista Time (esquerda) O General do exército se suicida ao ser descoberto (direita) O quadro representa a morte da moral e da ética.

Os jovens integrantes da Gangue Mutante se resumem simplemente a brutalidade. Não se importam com dinheiro, apenas chocar a sociedade.

“Mulher explode no Metrô. Imagens no noticiário às onze.” A violência nas estações de metro nos anos 80 retratada em ‘Cavaleiro das Trevas.

As gangues eram o assunto do momento, inclusive na música e no cinema.

Em seu primeiro confronto contra o Líder Mutante, Batman acaba percebendo que não é páreo para o vigor e a selvageria da juventude. Outro ponto interessante que marcou e influenciou o personagem em seus anos seguintes nos quadrinhos: a necessidade constante de sempre estar se testando diante de inimigos mais fortes.

A juventude em Cavaleiro das Trevas é retratada como uma massa sem direção, a procura de um líder. Ela clama por um líder. Um tópico bem atual hoje em dia também. Isso é exemplificado na épica luta contra os Mutantes, onde, após humilhar o Líder Mutante em uma poça de lama, ganha a liderança dos jovens, sedentos por brutalidade.

“Isso não é uma poça de lama! É uma mesa de operação, e eu sou o cirurgião!”

O Líder Mutante é humilhado na frente de todos os seus soldados, brutalmente espancado. Uma vitória moral.

Os Mutantes agora não existem mais e têm um novo líder.

”Gotham City pertence ao Batman!” Os Mutantes foram extintos. Os remanescentes da antiga gangue foram presos, e a maioria se juntou a nova gangue: Os Filhos do Batman.

Ainda falando de vilões, Brüno, uma vilã com suásticas nazistas tatuadas nos seios e glúteos, aterroriza Gotham a serviço do Coringa.

Brüno teve seu visual inspirado em um vilão de sucesso da época: Ivan Drago de Rocky IV (1985).

A volta de Batman a ativa trouxe não só os holofotes da mídia para si, mas também de um antigo inimigo: O Coringa, há 10 anos no Asilo Arkham sem um objetivo, agora desperto, planeja uma aparição na TV junto ao seu médico, o Dr. Bartholomew Wolper.

O Coringa planeja algo grande para sua aparição na TV.

The David Endochrine Show vs Late Show With David Letterman: uma paródia ao icônico apresentador, responsável por difundir formatos de Talk Shows.

O Palhaço do Crime está no ápice de sua insanidade. Mata todos no estúdio, centenas de pessoas inocentes. Agora, ele quer que o Batman o cace, como um jogo de gato e rato, como nos velhos tempos. Mas agora é diferente. O morcego se sente responsável por todas aquelas vidas ceifadas. Decidido de vez a acabar com o Coringa, parte com tudo pra cima do Palhaço. Desta vez não haverá prisioneiros.

Carrie Kelley fica chocada com a pilha de mortos deixada pelo Coringa na Feira da Amizade. Pelo menos 16 escoteiros.

“Pretendo contar os mortos, um a um. Vou pôr todos na lista, Coringa. A lista das pessoas que eu assassinei, por ter deixado você viver[…] Consegue ver, Coringa? Eu sinto como estivesse escrito em meu rosto. Passei noites em claro planejando, visualizando a cena. Noites sem fim. Considerando todos os métodos possíveis, saboreando cada momento imaginário. Desde o começo eu sabia, que não há nada errado em você que eu não possa resolver com minhas mãos.”

A luta contra o Coringa é sangrenta e implacável. Ela se estende por toda a Feira, passando pela casa de espelhos até ter seu desfecho no Túnel do Amor. Miller não poderia ter escolhido lugar melhor para terminar. No último instante, a moral do Morcego prevalece.

“Vozes me chamando de assassino. Eu gostaria de ser.”

Ele desiste da ideia de matar o Coringa, mas o aleija, deixando o vilão paralítico do pescoço pra baixo e um pouco decepcionado.

“Eu estou desapontado com você, querido. O momento era tão perfeito, e você não teve coragem. Uma pressãozinha a mais e eu teria…”

Em um último ato de vilania, ele termina de quebrar o próprio pescoço. Este é o fim do Palhaço do Crime. Batman agora precisa fugir da polícia o quanto antes, mas não sem antes de um último adeus. Digno.

Na útlima parte, temos a cereja do bolo, ou pelo menos o momento mais lembrado pelos fãs. Batman x Superman.

Mesmo impedindo a bomba nuclear, o Superman não consegue impedir o blackout total, gerado pelo pulso eletromagnético da explosão. Antes, sufocando pelo calor angustiante, agora a cidade perece com a ausência de energia elétrica e luz solar, esta última bloqueada pela fuligem das cinzas da bomba. Pessoas estão morrendo de frio e de fome, o caos é instaurado e o sentimento de egoísmo toma conta dos corações dos cidadãos de Gotham, que querem a qualquer custo sobreviver. Mesmo que para isso tenham que matar seus vizinhos.

“Não existe desculpa pro que fizemos. Não estávamos loucos. Simplesmente viramos um bando de animais egoístas”.

Batman e sua nova Gangue, os Filhos do Batman, botam ordem ao caos, não só combatendo aqueles que se negam a ajudar, mas inspirando os cidadãos a despertar o seu bom senso. Dentre todas as cidades afundadas em desordem e desespero, Gotham é a única que consegue se manter no controle.

“Hoje nós somos a lei. Hoje, eu sou a lei”.

Isso enfurece o presidente, que agora com a opinião publica contra suas políticas, aciona o Superman para dar cabo, de uma vez por todas no Vigilante de Gotham. Presidente este que atua diante as câmeras, um falso otimismo em meio ao pânico nacional. Uma alfinetada de Miller ao presidente Ronald Reagan, que foi ator em sua juventude.

“Nada que não possamos resolver, pessoal. Nós ainda somos a América e eu ainda sou o presidente.”

É interessante frisar que este Superman submisso ao presidente não é o mesmo Superman que estamos acostumados. Há sempre aquele papo de “Frank Miller descaracterizou o meu Superman”. É bom lembrar que este universo é pertencente a Terra-31. Essa é a beleza do Multiverso da DC Comics e as variadas versões de seus personagens. Voltando…

A luta contra o Escoteiro é curta e épica. Contando com apenas meia dúzia de páginas, cheia de simbolismos, e com diálogos magistrais e poéticos, nos apresenta uma analogia do Povo contra o Estado. Um Estado este ausente e omisso, que não garante nem protege nenhum dos direitos básicos, e manipula a opinião pública a seu favor. Todos falharam, é a nossa vez de tentar.

”Naquele momento víamos o fogo do Liberalismo acabar com a época calma e conservadora dos anos 80.”

-Mark Waid

A surra no Azulão dói. Mas não é uma dor física. O Superman toma uma surra moral, um choque de realidade.

“Você traiu a todos nós, Clark. Deu a eles o poder que devia ter sido nosso!”

Um ataque cardíaco coloca fim a luta. O Batman está morto, ou quase isso. Depois de forjar a própria morte,  e com um exército secreto no subterrâneo, o Morcego é um fantasma, que agirá pelas sombras secretamente onde o Estado falhar, para proteger e guiar a população. Fascista para alguns, herói para outros, o Batman de Frank Miller sempre vai dividir opiniões nos campos ideológicos.

Em 2012 e 2013, Batman: O Cavaleiro das Trevas ganhou uma adaptação animada. Não tem todo o background dos quadrinhos, mas mesmo assim é um ótimo entretenimento.

Em 2015 foi lançado um prequel da história, The Dark Knight Returns: The Last Crusade. Confira nossa crítica aqui.

Resumir Batman: O Cavaleiro das Trevas a uma simples porradaria entre Batman e Superman ou ao “Roteirismo” deveria ser um crime. Ela é muito mais que isso. É uma história atemporal, de relevância histórica, com uma narrativa desafiadora que até hoje influencia os autores e personagens de quadrinhos. É, sem dúvidas, um material indispensável em qualquer coleção e independente de qualquer orientação política.

“A good life. Good enough.”

Minha tattoo.