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Mundo Invernal de Chuck Dixon, o Mad Max na neve, chega às livrarias

Mundo Invernal é o próximo lançamento da Mythos Editora. Obra criada por Chuck Dixon e Jorge Zaffino, a série pós-apocalíptica de gelar a alma chega às livrarias em breve. Confira detalhes abaixo.

Um dos trabalhos mais influentes dos anos 1980: assim os críticos costumam definir esta história brutal de sobrevivência num futuro congelado por Chuck Dixon e Jorge Zaffino. O trabalho impressionante de Zaffino é considerado sua obra-prima, apresentada aqui pela primeira vez no Brasil. O volume contém também a continuação Mar Invernal, por Dixon e Zaffino, e novas histórias em cores, como La Niña, por Dixon e Butch Guice, em uma das melhores produções da carreira desses dois grandes criadores.

A série, lançada nos EUA pela IDW, narra as aventuras de um explorador amoral e uma garota órfã, formando uma estranha aliança para lutarem juntos pela sobrevivência. Após vinte anos sem ser republicada, a série retornou pela editora americana e novas histórias começaram a ser produzidas.

Há também uma história ilustrada por Tomas Giorello, The Stranded, lançada em 2015 e que dá continuidade à nova série iniciada em La Niña. Em 2015, Dixon lançou também um livro situado neste universo, chamado The Mechanic’s Song.

Mundo Invernal possui 244 páginas encadernadas em capa dura no formato 26 x 17 cm, com preço sugerido de R$ 72,90. Encontra-se em pré-venda na Amazon com 29% de desconto.

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Nova edição de Tex Graphic Novel chega às bancas e livrarias

Dando continuidade à coleção Tex Graphic Novel, a Mythos Editora está lançando mais um volume, com roteiro de Mauro Boselli e arte de Angelo Stano.

Drama no Deserto, terceiro volume da série Tex Graphic Novel, já está disponível nas bancas e livrarias de todo o país, contendo uma história fechada que também pode ser lida por não-leitores do personagem.

O assalto do bando de Earl Crane ao banco de Triumph, Novo México, culminou com o rapto de Debra Nelson, esposa do xerife Scott Nelson. Tex e Tigre salvam a vida do jovem xerife no Deserto Pintado e prometem libertar a mulher… A perseguição os levará ao misterioso Pueblo abandonado de Sombra Verde, local de lendas, espíritos e magia, onde cada um dos atores deste drama encontrará o seu próprio destino.

Por muitos anos, Tex ficou atado às amarras cronológicas e dos mesmos moldes de publicação, até que em 2015 foi lançada na Itália a história “O Herói e A Lenda” (L’eroe e La Leggenda), de Paolo Eleuteri Serpieri, dando início a uma série de graphic novels apelidadas de “Tex D’autore“, onde os autores estão livres para reinventarem o personagem da forma que bem entenderem, e sem precisarem necessariamente se ater à cronologia, podendo voltar ou avançar no tempo conforme suas vontades.

O roteiro de Drama no Deserto é de Mauro Boselli, figurinha carimbada nos quadrinhos Tex que já escreveu diversas histórias para a Sergio Bonelli Editore, também supervisionando tudo que é feito com o ranger. Angelo Stano, o artista desta edição, é famoso por seu trabalho no personagem Dylan Dog.

Na Itália há também um quarto volume publicado, Sfida Nel Montana.

Tex Graphic Novel: Drama no Deserto possui 52 páginas encadernadas em formato 27 x 21 cm, com preço de capa de R$ 29,90.

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O Sombra de Howard Chaykin retorna ao Brasil pela Mythos Editora

Após exatos 30 anos, O Sombra de Howard Chaykin será republicado no Brasil. Chegando às livrarias em um encadernado de luxo lançado pela Mythos Editora, a republicação também irá conter uma história inédita do personagem. Confira os detalhes abaixo!

Sangue e Sentença, a história que fez a carreira de Howard Chaykin, pela primeira vez no Brasil desde 1987, num único e luxuoso volume! Quando os amigos e operativos do Sombra começam a ser brutalmente assassinados, o herói é obrigado a voltar de uma aposentadoria, depois de décadas. Também na edição, em aventura totalmente inédita, o triunfal retorno de Chaykin ao personagem, quase 30 anos depois, na história Meia- Noite em Moscou!

A minissérie foi publicada originalmente no Brasil em 1987 pela editora Abril na revista do Batman, entre os números 2 e 5. Na época a revista compilava histórias do Homem-Morcego, do Questão e a série do Sombra de Howard Chaykin, que assina tanto roteiro quanto arte.

Pela Mythos Editora O Sombra foi publicado em três outros encadernados: O Fogo da Criação, A Revolução e O Sombra/Besouro Verde: Cavaleiros das Trevas. Outro material clássico de Howard Chaykin republicado pela editora foi American Flagg, um dos destaques de 2015.

O Sombra: Grandes Mestres – Howard Chaykin possui 252 páginas encadernadas em capa dura no formato 26 x 17 cm, com preço sugerido de R$ 84,90.

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Guia de Leitura #23 | Hellboy

Criado por Mike Mignola em 1993, Hellboy rapidamente tornou-se um fenômeno dos quadrinhos e da cultura pop. Tendo surgido inicialmente em uma história curta feita para a San Diego Comic-Con, o Garoto do Inferno é publicado nos Estados Unidos desde 1994 pela Dark Horse Comics, onde histórias cronológicas, flashbacks e spin-offs são produzidos massivamente. No Brasil, o personagem é publicado desde 1998 pela Mythos Editora, que segue com novidades até os dias de hoje. Este Guia tem como objetivo introduzir o personagem a novos leitores e estabelecer uma ordem correta de leitura para seus encadernados, contendo todas as informações básicas e intermediárias para um iniciante. Confira abaixo o Guia sobre Hellboy mais completo do Brasil!

Introdução ao universo

Hellboy, nascido nas profundezas do Inferno com o nome Anung un Rama, é filho do demônio Azzael com uma feiticeira humana, Sarah Hughes. Após ter sido invocado pelo monge louco Rasputin, em parceria com a Alemanha Nazista visando o projeto que viria a trazer o apocalipse à Terra, Ragnarok, o garoto demoníaco é salvo pelo Professor Trevor Bruttenholm e soldados aliados em 1944. Ensinando boa índole ao garoto, o apelidado Hellboy ganha status honorário de humano pelas Nações Unidas em 1952 e torna-se, na maioridade, um agente especial do B.P.D.P., o Bureau de Pesquisas & Defesa Paranormal, que trabalha na investigação de casos sobrenaturais que vão desde aparições de lobisomens e vampiros até fantasmas, demônios e principalmente nazistas.

Trabalhando para o B.P.D.P. Hellboy aprende mais sobre suas origens, seu passado e seus companheiros, interagindo com figuras como Abe Sapien, Liz Sherman, Roger e Johann Kraus. Entre as mais variadas histórias, que vão desde revisitações de contos mitológicos antigos até encontros retrofuturistas com cientistas loucos, a vida do Vermelhão é cheia de reviravoltas e novas descobertas. O propósito de Hellboy é servir como chave para a libertação do Ogdru Jahad, os Sete Deuses do Caos, por isso as alcunhas de Grande Fera e Destruidor do Mundo o acompanham em qualquer lugar que vá, atormentado pelos propósitos nefastos de sua existência. E o herói deve lidar com este fato, tendo de escolher entre servir ao seu destino estabelecido pelos demônios ou seguir sua criação humana ensinada por seu pai adotivo.

A Mão Direita da Perdição, poderes e companheiros

Hellboy possui alguns equipamentos e poderes que o ajudam em suas aventuras, especialmente quando precisa cair na porrada. Sua marca registrada é a Mão Direita da Perdição, um símbolo criado para ser algo como o Mjolnir é para o Thor, sendo que este fardo para o herói infernal possui o propósito de ser a chave da libertação do Ogdru Jahad. Além de sua mão direita, Hellboy também possui uma resistência sobre-humana, longevidade, força, regeneração celular acelerada, amplo conhecimento do sobrenatural e um tipo leve de invulnerabilidade, sempre carregando também sua pistola, já que foi treinado na arte do tiro pelo herói Tocha da Liberdade, tornando-o o investigador ideal para qualquer caso, dos intelectuais aos mais brutos.

Durante sua infância, Hellboy era fã de personagens fictícios ou históricos como Lagosta Johnson e o já citado Tocha da Liberdade. Entrando para o B.P.D.P., o herói fez amizade com figuras bem peculiares. Destacam-se: Abe Sapien, um ser similar ao tritão que possui habilidades telepáticas; Liz Sherman, espiã e pirocinética; Roger, o homúnculo criado por alquimia e Johann Kraus, um espírito ectoplasmático com habilidades psíquicas que habita uma roupa de contenção.

Mundo real: inspirações e como funciona sua publicação

Mignola criou o Hellboy através de uma mistura entre diversos estilos literários. A principal influência é a literatura pulp, onde destaca-se a forte inspiração em H.P. Lovecraft, utilizada especialmente nas criaturas do submundo. Unindo Lovecraft a alguns clássicos dos quadrinhos com principal inspiração em Jack Kirby, o autor também mistura mitos folclóricos de diversas regiões do mundo, especialmente da Europa, com monstros clássicos típicos do Expressionismo Alemão, e fecha o bem-bolado com uma pitada recorrente de steampunk e arquitetura gótica.

A publicação dos quadrinhos do Hellboy pode ser dividida em três tipos: histórias cronológicas, flashbacks e spin-offs. As histórias cronológicas, como o nome já diz, seguem um rumo definido e contínuo, que começou na história de origem do personagem e segue numa crescente de descobertas e acontecimentos situados no presente. Os famosos flashbacks são histórias situadas no passado de Hellboy, trabalhando no B.P.D.P. (ou não) ao longo de seus muitos anos de carreira, e os spin-offs são as séries dedicadas ao próprio B.P.D.P. e a outros personagens deste universo. Autores variados trabalham nas histórias de flashback e spin-offs, porém as histórias situadas no presente são majoritariamente escritas e desenhadas por Mignola, com apoio do artista Duncan Fegredo em alguns momentos.

Ordem de leitura

Como dito no parágrafo anterior, existem diversas ordens de leitura para os materiais do Hellboy. Abaixo, separamos os encadernados publicados no Brasil em ordem cronológica, em ordem de flashbacks e, por fim, na ordem correta e cronológica dos spin-offs. Através desta separação o leitor poderá conhecer a cronologia contínua do personagem e optar por desbravar outros momentos da história do Hellboy com gibis alternativos. É importante lembrar que, apesar de separadas, algumas das histórias tidas como flashbacks acrescentam algo à mitologia principal do personagem, e alguns dos spin-offs também são essenciais para a história principal deste universo. Sem mais delongas, vamos aos quadrinhos cronológicos situados no presente:

Flashbacks & Outras Histórias

Spin-offs

Livros

Curiosidades

Quando criou Hellboy, Mike Mignola pediu ajuda a John Byrne no que tange aos diálogos. Inseguro, ainda em início de carreira como argumentista, logo Mignola percebeu (com um toque óbvio de Byrne) que não precisava mais de ajuda para escrever, já que sua segunda história, O Despertar do Demônio, era uma pequena obra-prima por si só. Graças a esta parceria com Byrne, a origem do Hellboy está atrelada ao Tocha da Liberdade, que é uma criação do quadrinista e colaborador.

O personagem teve dois filmes live-action dirigidos por Guillermo del Toro e protagonizados por Ron Perlman, sendo eles Hellboy (2004) e Hellboy II: O Exército Dourado (2008). Apesar de serem sucessos leves de bilheteria, devido a diferenças criativas com Mignola, os boatos são de que um terceiro filme foi engavetado. Um reboot para maiores de 18 anos foi anunciado recentemente, dirigido por Neil Marshall e protagonizado por David Harbour. Existem também dois filmes animados, Espada das Tempestades (2006) e Sangue & Ferro (2007).

Por muitos anos Mignola não permitiu que outros profissionais tocassem em seu personagem. Com o passar do tempo, diversos nomes foram rigorosamente selecionados, dentre eles Richard Corben, Duncan Fegredo, Gabriel Bá, Fabio Moon, Alex Maleev, Paolo Rivera, John Arcudi, Scott Hampton, Kevin Nowlan e Chris Roberson. Hoje, após um longo período afastado das pranchetas, Mignola voltou a ilustrar as histórias do Hellboy situadas no presente.

Há poucas semanas foi anunciada uma bebida destilada que leva o personagem em seu rótulo. O nome da marvada é Hellboy Hell Water Cinnamon Whiskey.

E aí? Ficou interessado em acompanhar as histórias do Garoto do Inferno? Compre os encadernados através da Amazon, e fique ligado pois os lançamentos não param por aí, e conforme as novidades forem chegando, este Guia irá acompanhá-las. Boa leitura!

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Detective Comics Quadrinhos

Zenith – Volume Um | A primeira obra-prima de Grant Morrison

Em 1986 Alan Moore estava lançando nos Estados Unidos sua obra seminal Watchmen. Poucos anos antes, o mago inglês criava sua fagulha inicial da ideia que viria a se tornar a já citada série da DC Comics enquanto escrevia Miracleman (na época ainda chamado de Marvelman). Em 1987, motivado pelo sucesso dos super-heróis sérios da época, Grant Morrison criou sua resposta a Watchmen através de Zenith, que viria a utilizar conceitos similares aos das obras de Moore com um estilo muito mais fantasioso e divertido, pegada típica do autor quando trabalha com super-heróis. Sem deixar de lado, é claro, o caráter louco que tornou-se marca registrada do escocês.

Após uma série de histórias curtas dos Choques Futuristas, e tendo trabalhado na série Zoids pouco tempo antes, Morrison estava finalmente criando sua primeira aventura mais longa. Esta série, que teve início na prog 535 da 2000 AD (em agosto de 1987), conta com arte de Steve Yeowell e designs originais de Brendan McCarthy, e já era uma amostra dos roteiros megalomaníacos de Morrison que iriam se estender para suas outras histórias no futuro. Nela, Zenith é o personagem principal, e o único descendente de uma geração de superseres desenvolvidos pelo governo britânico após/durante a 2ª Guerra Mundial.

Ao invés de usar seus poderes (voar, resistência, força) para o bem da sociedade, o protagonista se aproveita do título de único super-herói em atividade para seguir carreira como pop star, até que se encontra envolvido em um confronto contra um ser de outra dimensão, que toma posse do corpo de um meta-humano nazista revivido por cientistas loucos para servir como receptáculo de uma entidade lovecraftiana.

Apesar de toda a bizarrice descrita acima, esta série – pelo menos as duas primeiras fases, compiladas no encadernado Zenith – Volume Um da Mythos Editora – é de fácil compreensão, sem muita complexidade no roteiro. Mesmo sendo descrita como a primeira de super-heróis da 2000 AD, o personagem que dá o nome à história não é nada heroico, e os coadjuvantes são mais interessantes e possuem melhores personalidades do que ele. O grupo Nuvem 9 (que se assemelha aos Minutemen de Watchmen), composto por heróis como Voltagem, Dragão Rubro e Mandala, marcou o retorno de uma Era Heróica após a Segunda Guerra, onde Maximan e Masterman (a contraparte nazista do herói britânico) lutaram e foram eliminados em um teste de bomba nuclear na cidade de Berlim.

Morrison brinca com a história real da existência dos super-heróis ao longo da Fase Um de Zenith. Ao situar o início da Era Heróica como o período da Guerra, o autor cria um paralelo com a realidade, onde os heróis surgiram na década de 30 e tornaram-se um hit durante o conflito, caindo num período de esquecimento em seguida (durante os anos 50) e sendo revividos na década de 60. A trajetória é muito parecida no mundo real e no mundo fictício de Zenith, onde com maestria a dupla criativa responsável pela série costura muitas tramas paralelas e cria uma cronologia única e muito bem estabelecida. Ao invés de Hiroshima, temos Berlim. Maximan é uma espécie de Superman britânico. E sobra ironia até para Fredric Wertham, o psiquiatra autor da Sedução dos Inocentes.

Como diz em seu livro Superdeuses, Morrison utiliza a série para, pela primeira vez, transportar-se para os quadrinhos. Anos mais tarde, o autor faria algo parecido com o King Mob da série Os Invisíveis, e de forma literal no encontro das páginas do Homem-Animal. Na persona de Zenith o autor insere todas as suas características mentais (e algumas físicas) da época, transportando sua personalidade para o protagonista da série. Ao fazer isto, cria também personalidades fantásticas que vieram a se tornar verdadeiras celebridades dos quadrinhos britânicos, como o já citado Peter St. John, o Mandala (um tipo de Doutor Manhattan de Zenith), e rega suas páginas com muitas referências da cultura pop da época, criando um apelo adicional único sem pesar a mão nas alusões literárias.

Enquanto Watchmen é uma espécie de literatura séria e rebuscada, Zenith foi criado como um escapismo jovial puro e simples. A arte de Steve Yeowell é um mangá ocidental de alto contraste, onde os designs de Brendan McCarthy criam vida com fluidez e simplicidade extremamente agradáveis.

Durante toda a introdutória Fase Um, a dupla criativa Morrison & Yeowell trabalha para estabelecer as características primordiais da série, como a existência dos Multiângulos e dos heróis, para descambar na Fase Dois onde são explorados alguns detalhes do passado de Zenith, da existência dos Lloigor e o conceito do Multiverso, aqui apelidado de Alterna. A utilização de Terras Paralelas rendeu para a série a alcunha de “Crise nas Infinitas Terras dos quadrinhos britânicos.”

A edição de luxo nacional da Mythos Editora compila as Fases Um e Dois na íntegra, com seus interlúdios e extras. Apesar de não ser um material inédito no Brasil, por já ter sido publicado em meados dos anos 2000 pela extinta Pandora Books, é a primeira vez que a série chega ao país de forma oficial em seu formato original, sem cortes e com nova tradução pelas mãos do gabaritado Érico Assis. E o tratamento gráfico dado ao encadernado é primoroso.

Talvez o Grant Morrison de Zenith seja mais acessível para os leitores que gostam de séries descompromissadas e com uma dose de nonsense divertido e empolgante, coisa que o autor extrapolou em suas histórias para a DC e Marvel e também nas continuações desta própria publicação. E deixando um gancho para as continuações, encarnadas nas Fases Três e Quatro (esta última inédita no Brasil, totalmente colorida e sendo publicada em breve pela Mythos), a empolgante história do cantor Zenith e todos que o cercam parece estar apenas começando, de uma forma tão excelente que nem parece o início da carreira de um roteirista, provando sua genialidade desde cedo.

Zenith – Volume Um possui 212 páginas encadernadas em capa dura no formato 26 x 19 cm, com preço de capa sugerido R$ 74,90.

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Quadrinhos

Mythos Editora lança Edição de Ouro do Hellboy

Está chegando às livrarias uma edição especial do Hellboy, a criação máxima de Mike Mignola. Hellboy: Edição de Ouro – Contos Bizarros compila dois volumes lançados há alguns anos pela Mythos Editora, agora em formato de luxo e acabamento gráfico especial. Confira os detalhes abaixo!

Em 1994, Mike Mignola lançou um projeto autoral muito inusitado e visualmente cativante. Mais de duas décadas após, o protagonista e seu criador desfrutam toda sorte de sucesso possível na indústria da cultura popular. Dos quadrinhos, Hellboy e seus então aliados do Bureau de Pesquisas e Defesa Paranormal já migraram para a literatura, cinema, desenhos animados, brinquedos e jogos eletrônicos. No período em que Mignola precisou se afastar para acompanhar a produção do primeiro longa-metragem do Hellboy, sua ausência foi “compensada” com a antologia especial que a Mythos Books agora reedita, pela primeira vez, em um único e sensacional volume. Nas 284 páginas desta luxuosa edição, alguns dos maiores roteiristas e artistas da nona arte exploram o Universo Hellboy em um genial leque de “contos bizarros”, levando o mais surreal dos heróis aonde o próprio Mignola ainda não havia ousado.

Os materiais compilados neste encadernado foram publicados pela primeira vez no Brasil em dois volumes com capa cartão nos anos de 2006 e 2007.

Este especial conta com roteiros de Akira Yoshida, Alex Maleev, Andi Watson, Bob Fingerman, Craig Thompson, Doug Petrie, Eric Powell, Evan Dorkin, Fabian Nicieza, Haden Blackman, J. H. Williams III, Jason Pearson, Jill Thompson, Jim Pascoe, Joe Casey, John Arcudi, John Cassaday, Kev Walker, Kia Asamiya, Mark Ricketts, Matt Hollingsworth, Randy Stradley, Ron Marz, Sara Ryan, Scott Morse, Tom Fassbender, Tom Sniegoski, Tommy Lee Edwards e Will Pfeifer! Arte de Alex Maleev, Andi Watson, Bob Fingerman, Craig Thompson, Don Cameron, Eric Powell, Eric Wight, Evan Dorkin, Gene Colan, J.H. Williams III, Jason Pearson, Jill Thompson, Jim Starlin, John Cassaday, Kev Walker, Kia Asamiya, Ovi Nedelcu, P. Craig Russell, Roger Langridge, Seung Kim, Simon Wilkins, Stefano Raffaele, Steve Lieber, Steve Parkhouse e Tommy Lee Edwards! E mais: 18 páginas com texto de Mike Mignola e arte de Guy Davis!

Hellboy: Edição de Ouro – Contos Bizarros contém 284 páginas encadernadas em capa dura no formato 33,6 x 22 cm, similar ao encadernado Conan: O Libertador. O preço de capa sugerido é R$ 169,90.

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Mythos republicará A Origem de Zagor em Edição Especial colorida

No mês de junho os fãs de Zagor no Brasil poderão reler a história de origem do personagem, que marcou sua estreia nas bancas brasileiras na década de 70. Em uma Edição Especial em Cores, chegará A Origem de Zagor, um compilado essencial para a coleção dos fãs e uma perfeita porta de entrada para o universo do Rei de Darkwood publicado pela Mythos Editora.

Zagor conta a Chico a triste história de seu passado, desde quando ele era menino e morava com o pai e a mãe numa cabana às margens do rio Clear Water e, num dia terrível, os Wilding foram atacados e mortos pelos índios abenakis, liderados por um branco, Salomon Kinsky. Jurando vingança, o futuro Rei de Darkwood não conseguia aplacar a sua sede de vingança, até que um dia se viu frente a frente com Kinsky, e esse encontro mudaria para sempre a sua vida.

Via: Tex Willer Blog

A história já foi publicada no Brasil em duas ocasiões, uma em 1978 pela Editora Vecchi e outra em 1989 pela Record. Em ambas as vezes a história foi lançada em preto e branco, tornando a edição especial da Mythos a primeira vez que este histórico arco é lançado em cores por aqui, dando início a uma possível nova coleção.

O material original italiano é composto pelas histórias “A origem de Zagor” (edição 55), “O Rei de Darkwood” (edição 56) e “A Lenda de Wandering Fitzy” (sétimo especial). O texto é de Guido NolittaMoreno Burattini e Maurizio Colombo, e a arte de Gallieno Ferri, que também assina a capa do especial.

A previsão de lançamento nas bancas é para o dia 28 de junho. Zagor Especial em Cores: A Origem de Zagor possui 168 páginas encadernadas no típico formatinho dos fumettis da editora.

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Detective Comics Quadrinhos

O Monstro de Alan Moore, John Wagner e Alan Grant

Uma saga que soma elementos de clássicos monstruosos da ficção, Monstro narra a história de Terry, o monstro, e Kenny Corman, sobrinho do monstro, enquanto eles embarcam numa espécie de road trip de sobrevivência buscando ajuda. A série foi criada pelo gênio dos quadrinhos Alan Moore e continuada por John Wagner e Alan Grant, uma verdadeira santíssima trindade dos quadrinhos ingleses, e chegou ao Brasil em 2017 com uma edição de luxo publicada pela Mythos Editora!

Em março de 1984 a revista semanal britânica Scream!, uma antologia de horror, estreava para os ingleses. Com ela algumas séries em quadrinhos como The Dracula File, Library of Death e The Thirteen Floor, essa última o provável maior sucesso da época, alcançaram o inconsciente popular ao longo das pouquíssimas 15 edições do título. O catálogo da revista também continha o trabalho criado por Alan Moore, em um período marcante da carreira do autor, e Heinzl, que foi assumido posteriormente por Wagner e Grant sob pseudônimo Rick Clark, com arte de Jesus Redondo. O já citado Monstro, assim como Thirteen Floor, foi continuado após o cancelamento da Scream! (devido a uma disputa interna com a IPC Magazines) na revista Eagle, casa do clássico personagem Dan Dare. E anos depois, seguindo o costume das suscetivas mudanças, a 2000 AD obteve os direitos deste clássico obscuro, republicando-o numa luxuosa compilação que serviu como base para o encadernado nacional.

Ao enterrar seu pai abusivo no quintal de sua velha casa, Kenny Corman decide investigar a causa da morte, dirigindo-se ao sótão da mansão. As primeiras quatro páginas desta história foram escritas por Moore, que deu somente o pontapé inicial para a série. Ao ser substituído pela dupla Wagner e Grant, o leitor descobre que o monstro vivendo no sótão é Terry, tio de Kenny, que possui uma deformidade física e a mentalidade de uma criança de no máximo três anos. Criado a vida toda em situação precária e sem sair do sótão, Terry torna-se um fardo para Kenny, após os cuidados do tio serem passados ao garoto de 12 anos por sua falecida mãe. Com um detalhe preocupante: seu temperamento explosivo o faz matar com facilidade qualquer pessoa que venha a incomodá-lo.

Monstro é uma aventura que soma elementos de Frankenstein com os quadrinhos de horror dos anos 50 publicados pela EC Comics, como Tales from the Crypt, The Vault of Horror e The Haunt of Fear. A descrição perfeita para esta aventura seria “um monstro gentil em fuga.” A dupla de roteiristas brinca com a dualidade entre a criação e a falta de conhecimento e contato social de Terry, que o tornam um monstro a ser temido pela sociedade, constantemente perseguido pelas entidades governamentais. O “Monstro de Bricester” é realmente uma criatura malvada, ou apenas mais uma vítima inocente? E a atitude de Kenny, que decidiu fugir para buscar ajuda por estar com medo da reação das pessoas, foi a mais correta a se tomar? Essas questões permeiam a história do início ao fim, enquanto o leitor analisa cada um dos acontecimentos.

Se Dr. Jekyll e Sr. Hyde receberam o pseudônimo de “o Médico e o Monstro“, Kenny Corman e Terry, apesar de serem entidades separadas, podem ser descritos como “o Garoto e o Monstro.” As viagens da dupla, deixando um rastro de destruição por onde passam e sendo constantemente perseguidos pelos oficiais do governo, é um tipo de road trip do desastre. Na época, Moore estava iniciando sua fantástica Saga do Monstro do Pântano, e a dupla sucessora assumiu com maestria as rédeas do título, rumando para um estilo de narrativa diferente do início, onde há uma transformação de horror para uma espécie de horror reflexivo e algumas vezes até bem humorado.

A busca por ajuda médica em que Kenneth e Terry estão submetidos é magistralmente ilustrada pelo espanhol Jesus Redondo, que substituiu o artista italiano Heinzl. Com um traço “sujo” que brinca muito com o claro e escuro, Redondo é dono de uma arte que passa profundidade, dramaticidade e possui semelhanças nas expressões e movimentos com outros grandes mestres da nona arte, que também seguem a apelidada linha latina.

O texto também faz questão de deixar clara a consciência infantil de Terry, deficiente não somente física como também mentalmente. As situações em que os protagonistas se metem (por vezes, convenientes ou até cômicas) criam um desenrolar para a história que traz um ar de algo inesperado, visto que a cada virada de página um plot twist pode explodir na face do leitor. E no desenrolar das desventuras, as proporções dos problemas crescem exponencialmente.

A ideia do horror das primeiras páginas de Moore é mantida ao longo da trama. Mas seria o horror, a impressão de repulsa, que choca o leitor ou o faz refletir sobre todos os acontecimentos? A perspectiva dos policiais também é mostrada, com destaque para o Inspetor Halley, criando mais uma camada de entendimento dos civis comuns, que é expandida com a introdução de outros personagens “normais“, como médicos, famílias viajantes ou velhinhas viúvas.

Com capítulos de apenas quatro páginas, a leitura flui de maneira ágil e com uma sucessão prazerosa de reviravoltas. Na reta final a aventura chega a tomar proporções mundiais, rumando para um desfecho totalmente inesperado e apesar de tanta dificuldade, extremamente comum, fechando um ciclo para a vida de Terry. Porém, mesmo após o término, diversos questionamentos ficam em aberto, com a incessante busca por um culpado na mente do leitor.

Seria o inconsequente garoto, que negligencia diversos acontecimentos e piora todas as situações? Os pais de Terry, que o criaram como uma aberração? O pai de Kenny, que judiava do pobre cunhado preso no sótão? Ou um conjunto de pessoas desinformadas, que elevaram uma deficiência para algo extremamente caótico? Encarar o Monstro como uma vítima é o correto a se fazer, ou a forma conscientemente violenta como ele age é algo naturalmente ruim? Um diagnóstico poderia provar que a agressividade é originária da deficiência mental de Terry ou de seu temperamento? Como seria sua análise psicológica?

Algumas interpretações, no final, variam na mente de cada um. Um dos atrativos da história é poder ser analisada por diferentes perspectivas, algo que torna bastante especial e muito relevante o Monstro de Moore, Wagner e Grant. Uma história que merece ser conhecida.

Monstro possui 176 páginas encadernadas em capa dura no formato 25,9 x 18,7 cm, com preço de capa R$ 64,90.

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Nos Domínios da Escuridão | Uma aventura canônica de Star Trek

Star Trek, a genial franquia criada por Gene Roddenberry em 1966, permanece um clássico da ficção-científica e do entretenimento, sendo reinventada constantemente com novos shows e produtos alternativos. Em 2009 a nova franquia cinematográfica dirigida por J. J. Abrams foi iniciada, contando atualmente com uma trilogia e uma série em quadrinhos produzida pela IDW desde 2011, que a Mythos Editora trouxe ao Brasil em um encadernado de luxo que respeita o legado e a mitologia deste universo e entrega histórias muito boas, ágeis e com ótimos diálogos.

A chamada Linha Temporal Kelvin, batizada assim pela CBS, refere-se à cronologia moderna de Star Trek, a linha do tempo que se passa em uma realidade alternativa à do seriado clássico. Kirk, McCoy, Spock, Uhura, Sulu, Chekov e tantos outros personagens existem nesta nova realidade com suas características típicas mantidas, porém com alguns detalhes alterados.

Em 2013 o filme Além da Escuridão estreou nos cinemas, recriando a história do clássico longa A Ira de Khan com diversas alterações, modernizando o conceito para uma nova geração. Nos Domínios da Escuridão, o encadernado lançado no Brasil em comemoração aos 50 anos da série e aqui resenhado, está situado logo após os acontecimentos do segundo filme, onde foram explorados os Klingons, a Seção 31 e a tensão na galáxia com relação aos Romulanos – utilizados no primeiro filme – e seus objetivos escusos.

As histórias apresentadas nesta compilação funcionam como continuações diretas do longa e respeitam não somente as características pré-estabelecidas desta linha temporal como também prestam diversas homenagens ao material clássico. O primeiro arco, focado no ritual vulcano do Pon Farr, é uma recriação do cultuado primeiro episódio da segunda temporada da série clássica, Tempo de Loucura, onde o ritual de acasalamento vulcano é explorado através das necessidades biológicas de Spock. Inserindo a ideia nos acontecimentos desta realidade, o texto de Mike Johnson (Superman, Supergirl) faz com maestria o difícil trabalho de costurar uma trama significativa para os personagens com os acontecimentos paralelos, que descambam em um arco de batalha – física e política – logo após a primeira aventura.

O Spock da Linha Kelvin, é importante ressaltar, não concluiu o ritual do Kolinahr, que visa expurgar todo e qualquer resquício de emoção da mente de um vulcano. Com isso, seu ritual do Pon Farr difere-se significativamente do realizado pelo Spock da Linha Clássica, mantendo as características mais emotivas e quase sexuais deste vulcano. Sua relação com Uhura é mantida, e a Carol Marcus, apresentada no segundo filme, também é utilizada como elenco de apoio.

Se não bastasse a referência direta a este clássico da franquia, em sequência uma história curta traz de volta os répteis humanoides Gorns, vilões conhecidos que surgiram no episódio Arena, décimo oitavo da primeira temporada da série original, onde Kirk protagoniza uma das lutas mais memoráveis (seja lá em qual sentido) de toda sua carreira. Sempre respeitando o cânone e modernizando os conceitos, ideias que se aplicam também às criaturas do universo.

Os desenhos ficam a cargo de Erfan Fajar e Claudia Balboni, que apesar da simplicidade narrativa, entregam uma fidelidade cinematográfica às feições de cada um dos personagens e detalhes dos cenários. Com os acontecimentos descambando para a trama maior, que engloba Klingons, Romulanos, a Seção 31 e a Federação, o grupo de Kirk se vê preso em uma guerra onde três lados lutam por motivos distintos, e a tripulação da Enterprise deve se adequar ao que for acontecendo para salvar quantas vidas estiverem ao seu alcance.

A Seção 31 é uma clássica organização que foge dos padrões éticos da Frota Estelar visando a defesa da Terra, e fora utilizada também como vilões centrais da história de Além da Escuridão. Com isso, todos os acontecimentos destas aventuras (que são canônicas e supervisionadas por Roberto Orci, consultor de tramas) fecham pontas soltas do longa de 2013, complementando a experiência como um universo expandido deve fazer como objetivo primário.

Nos Domínios da Escuridão apresenta o que há de melhor na nova franquia de Star Trek: ação, ótimos diálogos, caracterizações fidedignas ao material original e um visual deslumbrante, sem limitações orçamentárias típicas das séries mais antigas.

O bom material presente nesta compilação faz parte de uma longeva série publicada nos EUA há alguns anos, que com a ajuda do público consumidor brasileiro pode ser trazida pela editora Mythos através de encadernados, enchendo as livrarias com materiais essenciais para os trekkies de plantão, audaciosamente indo onde nenhum quadrinho jamais esteve.

Star Trek: Nos Domínos da Escuridão possui 208 páginas encadernadas em capa dura no formato 26,8 x 17,4 cm, com preço de capa de R$ 79,90.

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Mythos lança conclusão de Zenith inédita no Brasil

Encerrando a saga do super-herói criado por Grant Morrison e Steve Yeowell, a Mythos Editora está lançando o segundo volume de Zenith, com as duas Fases finais da série, sendo a última inédita no Brasil e totalmente colorida. Confira os detalhes abaixo!

Os Lloigor estão de volta e dessa vez eles pretendem tomar o controle de tudo. Para fazer isso, precisam alinhar universos alternativos e formar um cristal conhecido como “Omniedro”. Um Maximan de uma realidade alternativa reúne um exército de super-heróis de múltiplas Terras para enfrentar os deuses sombrios. Será que Zenith vai ser maduro o suficiente para levar a sério essa guerra pelo destino de todas as coisas?

Além disso, superseres do passado voltam para punir os Estados Unidos por atentarem contra suas vidas. Incubando-se no Sol, eles também querem ascender a um novo nível de existência mesmo que isso resulte na destruição da Terra. Zenith e St. John se veem enfrentando antigos conhecidos… e precisam escolher entre eles e o futuro da humanidade! Os criadores de Zenith, Grant Morrison (Homem-Animal) e Steve Yeowell (Os Invisíveis) apresentam uma história super-heroica épica, que atravessa o tempo e o espaço!

O final da saga rendeu ao título a alcunha de “Crise nas Infinitas Terras dos quadrinhos britânicos“, onde Morrison reúne todos os conceitos apresentados nas Fases anteriores e fecha as pontas soltas, com viagens dimensionais e conceitos que só o roteirista escocês é capaz de criar.

O Volume Um, compilando as Fases Um e Dois da série original, foi lançado há cerca de um mês.

Zenith – Volume Dois possui 252 páginas encadernadas em capa dura, formato 25,9 x 18,7 cm, com histórias em preto e branco e coloridas, e preço de capa R$ 84,90. Encontra-se em pré-venda no site da editora e na Amazon.