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Começa a pré-venda de Calafrios, de Junji Ito, pela Editora Pipoca & Nanquim

Para os fãs do horror japonês, a Pipoca & Nanquim tem novidade em pré-venda: Calafrios, do já conhecido Junji Ito. Além desse título, a a Editora fundada por Alexandre Callari, Bruno Zago e Daniel Lopes, lançou anteriormente outros materiais do autor, como A Sala de Aula Que Derreteu, Frankenstein, Tomie, Gyo, entre outros.

Confira a sinopse de Calafrios:

Uma edição em capa dura com a seleção dos contos favoritos do mestre do macabro, Junji Ito; aqueles que ele mais gostou de produzir ao longo de sua carreira de 35 anos trabalhando com mangás de horror!

Um disco misterioso que fascina de maneira sinistra todos que o ouvem; balões assassinos que têm o formato da cabeça de suas vítimas; uma modelo fotográfica que perturba a mente daqueles que a veem; uma casa tomada por gordura com dois moradores nojentos; um homem atormentado por sonhos que duram séculos… Essas são apenas algumas das tramas grotescamente inventivas reunidas nesta edição.

Publicada no Japão em 2015 pelo selo Asahi Comics, da editora Asahi Shimbun, e também conhecida em inglês como Shiver, esta coletânea reúne nove das histórias preferidas de Junji Ito, acompanhadas de extras que apresentam a concepção de cada uma delas, com páginas do caderno de rascunhos do autor, de onde saem todas as suas ideias, e textos contando como curiosidades banais de sua vida se transformaram em imagens de gelar a espinha! Ao final, o volume ainda traz um conto inédito, feito exclusivamente para esta publicação.”

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Calafrios tem os 10 contos favoritos e completos de Ito, em fartas 412 páginas, papel olén bold de alta gramatura e marca páginas exclusivo. Você pode adquirir a edição com preço reduzido AQUI. 

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Mangá Quadrinhos

MPEG: Nova editora estreia com dois títulos espanhóis

Uma nova editora está chegando ao mercado brasileiro: É a Editora MPEG, e hoje, tivemos o anúncio de seus primeiros títulos!

Exposta ao mundo pela primeira vez no final de novembro, a editora foi fundada por Gabriel de Vicente, mais conhecido como o responsável pelo perfil Aviso de Oferta, uma página com quase 40 mil seguidores no Twitter e que divulga promoções de mangás e novels.

O objetivo da MPEG é “promover uma maior diversidade de obras em nosso país“, e para isso, prometem ter um foco na publicação de shoujosnovels, mas também pretendem trazer outros gêneros e demografias.

Na noite de hoje (23), a editora promoveu uma live em seu canal no YouTube, discutindo sobre as dificuldades que uma nova editora encontra no mercado, e também fez o anúncio de seus dois primeiros títulos, ambos com previsão de lançamento para o segundo semestre de 2022! Os dois quadrinhos espanhóis (em estilo mangá) são fruto da parceria da MPEG com a Editora Planeta Cómic.

Confira os títulos:

"Alter Ego", de Ana C. Shanchez (Imagem fornecida pela Editora MPEG)
“Alter Ego”, de Ana C. Shanchez (Imagem fornecida pela Editora MPEG)

Título: “Alter Ego”, de Ana C. Shanchez

Sinopse:

Noel sempre foi apaixonada por sua melhor amiga Elena, mas nunca teve coragem de se declarar. Quando sua amiga começa a sair com um rapaz, o mundo de Noel desaba ao ver suas chances no amor acabar.

Uma noite, em um momento de desespero, Noel confessa seus sentimentos por Elena para uma desconhecida. Numa enorme coincidência, essa desconhecida era, na verdade, uma garota chamada June, a outra melhor amiga de Elena… E rival de Noel no amor! E o pior: Agora June sabe do segredo de Noel. Com a situação toda contra ela, como Noel conseguirá conquistar a garota de seus sonhos? (Tradução livre, segundo a editora espanhola)

"Reflejos del Futuro", de Ana C. Shanchez, Luis Montes, Blanca Mira e Laia López (Imagem fornecida pela Editora MPEG)
“Reflejos del Futuro”, de Ana C. Shanchez, Luis Montes, Blanca Mira e Laia López (Imagem fornecida pela Editora MPEG)

Título: “Reflejos del Futuro” (Título nacional ainda pendente), de Blanca Mira (Roteiro); Ana C. Shanchez, Luis Montes e Laia López (Arte)

Sinopse:

Uma minissérie de ficção científica distópica, em três capítulos, com a participação de diversos ilustradores.

Você pode conferir a gravação da live na íntegra, no YouTube da Editora MPEG. A Editora está presente também nas redes sociais, no Twitter, Facebook e Instagram.

Para ficar por dentro de novas notícias e anúncios da Editora MPEG, e do mundo dos mangás no geral, fique de olho aqui, na Torre de Vigilância!

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Cultura Japonesa Mangá

Lampião 2, mangá inspirado no famoso cangaceiro, está no Catarse

Está no ar a campanha de financiamento coletivo no Catarse para Lampião 2, o mangá inspirado no famoso cangaceiro que tem em sua equipe criativa Heitor Amatsu e Carlo. Depois do sucesso do primeiro volume, a sua continuação segue os mesmos passos, pois já alcançou e passou da meta de financiamento e ainda tem lenha de campanha para queimar.

Um dos elogios para o mangá Lampião é a nova roupagem ao sertão brasileiro. Uma mistura de mundo dark, magia e recheada de folclore e tradição tupiniquim, a obra dá um gás e apresenta para um novo publico uma das maiores lendas do Brasil.

No volume 2 seguimos Lampião e Juliana em direção a Mossoró. O cangaceiro e sua companheira de viagem estão em busca de suprimentos, pois Lampião sabe que o que o espera não é um caminho simples e desprovido de enfrentamentos. Os dois então se vêem envoltos por um mistério no meio do sertão. Um homem à beira da morte. Uma cidade que nega ajuda. O amor de um pai por sua filha. Lampião volume 2 promete ir ainda mais fundo no folclore e magia deste místico sertão brasileiro!

Lampião 2 terá 120 páginas e lombada quadrada. Para saber mais detalhes da campanha, conhercer as recompensas, valores e apoiar, clique AQUI.

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Vinland Saga: A segunda temporada do animê está em produção

Um dos mangás mais populares da atualidade, Vinland Saga foi adaptado para animê em 2019, pelo Estúdio Wit. Desde então, os fãs tem pedido por mais, e esse pedido finalmente se tornará realidade.

Em um evento que ocorreu ontem (07), para a comemoração de dois anos da adaptação em animê, foi anunciado que a segunda temporada do animê já está em produção. Embora ainda não tenha sido dada uma data para o início de sua exibição, nem detalhes técnicos como o estúdio que produzirá a animação, alguns nomes do elenco foram divulgados:

  • Shuhei Yabuta retornará como diretor da série, após dirigir a primeira temporada;
  • Takahiko Abiru continuará o trabalho que fez na primeira temporada como designer de personagens.

Além dos nomes, também foi liberado um novo visual para a segunda temporada, que mostra o protagonista, Thorfinn; um vídeo com uma retrospectiva do que aconteceu até então (com legendas em inglês disponíveis); e três imagens promocionais, desenhadas pelo diretor e designer já mencionados, e uma desenhada por Makoto Yukimura, o criador do mangá. Confira abaixo:

Novo Visual (Reprodução: Twitter Oficial, @V_SAGA_ANIME)

Ilustração pelo criador, Makoto Yukimura (Reprodução: Twitter Oficial, @V_SAGA_ANIME)
Ilustração pelo Designer de Personagens, Takahiko Abiru (Reprodução: Twitter Oficial, @V_SAGA_ANIME)
Ilustração pelo diretor, Shuhei Yabuta (Reprodução: Twitter Oficial, @V_SAGA_ANIME)

O autor do mangá, Makoto Yukimura, tweetou, em japonês e em inglês, uma mensagem de agradecimento e disse estar esperando pela nova temporada junto com os fãs:

Tradução-livre: “A segunda temporada do anime Vinland Saga está em produção. Eu estou muito contente de poder dar a notícia que os fãs estavam esperando. Também estou ansioso pela segunda temporada. Vamos esperar juntos por novas notícias.

“Vinland Saga” é um mangá com roteiro e arte por Makoto Yukimura, e está em publicação no Japão desde 2006, ainda em andamento com 24 volumes. No Brasil, o mangá é publicado pela Editora Panini, que lança a obra em dois formatos: O formato regular (desde 2014), e o formato 2-em-1 (desde 2020), e você pode encontrá-los na Amazon.

O animê foi lançado em 2019, e atualmente está disponível apenas na Amazon Prime Video, com legendas em português. O site dá a seguinte sinopse para o show:

Em torno do fim do primeiro milênio, os Vikings, a tribo mais poderosa, porém também bárbara, estavam se espalhando por toda parte. Thorfinn, filho do maior dos guerreiros, passou a infância no campo de batalha e vivia em busca de Vinlândia, a terra de seus devaneios. Esta é a saga de um guerreiro real em uma era turbulenta.

Via: Comic Natalie, Twitter Oficial

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Conheça “Chainsaw Man”, o mangá sobre um… adolescente motosserra!

Antes de eu entrar de cabeça no mundo otaku, sempre ouvia (e não entendia) quando me diziam que existem animes e mangás sobre literalmente qualquer assunto, por mais improvável que pareça.

Escrito e ilustrado por Tatsuki Fujimoto (Fire Punch), Chainsaw Man foi publicado no Japão pela Weekly Shōnen Jump entre 2018 e 2020, sendo a sua primeira parte concluída em 98 capítulos. Contando com 4.181.650 cópias vendidas no Japão durante o primeiro semestre de 2021 e ocupando o 5º lugar no pódio de vendas, o jovem motosserra ultrapassou títulos como Boku no Hero, Haikyuu!! e One Piece. Aqui no Brasil, a obra está sendo publicada pela editora Panini.

No mundo de Chainsaw Man, os demônios já fazem parte do dia-a-dia da humanidade. Estes, que são dos mais diversos tipos (tem demônio tomate, demônio katana, demônio pistola, demônio tubarão…), se alimentam dos seres humanos, também podendo possuí-los ou usá-los como desejarem. Por oferecerem tamanho risco para a população, os demônios são caçados, tanto por civis como pelo próprio Governo. Além da caça, o Governo também realiza “contratos” com alguns demônios, oferecendo algo em troca do uso das habilidades do infernal.

Demônio Tomate: o terror das saladas.

Nosso protagonista, Denji, é um jovem de apenas 16 anos que, por dever uma enorme quantia de dinheiro à Yakusa (dívida essa que foi herdada do seu pai), trabalha cortando árvores e caçando demônios, usando os ganhos para tentar abater o valor que deve aos mafiosos. Em razão dessa dívida, o pobre adolescente já vendeu um olho, um rim e até um testículo para arrecadar ainda mais dinheiro, e vive em condições completamente miseráveis.

Denji em frente ao túmulo de seu pai. No carro, o chefe dos Yakusa.

Você deve estar se perguntando: ok, mas onde que a motosserra entra nessa história toda? Tudo começa quando, ainda criança, Denji encontra um demônio com a aparência de um cachorrinho, tendo o diferencial de ter uma motosserra na cabeça. Como o cachorrinho-serra estava quase morrendo, o jovem lhe oferece um pouco de seu sangue, ação que salvaria o pequeno demônio. Contudo, o salvamento não foi de graça: em troca, Denji usaria as serras do cachorro para trabalhar e conseguir ganhar dinheiro. Começa, então, a grande amizade dos dois, sendo o demônio batizado de “Pochita“.

Denji e Pochita.

É em uma noite, porém, que a vida de Denji muda completamente. Chamado pela Yakusa para matar um demônio, o jovem é levado até um prédio abandonado, sendo encurralado em uma armadilha. Os mafiosos, que tinham como objetivo ficarem mais fortes, decidem realizar um contrato com um demônio e entregam Denji à ele. O infernal, que tinha como poder transformar as pessoas em zumbis, manda a sua horda esquartejar o adolescente, que é rapidamente morto e jogado em uma lixeira.

Nesse momento, como única opção de manter seu parceiro vivo, Pochita se une ao corpo de Denji, dando a ele seu coração em troca do jovem lhe mostrar seus sonhos. Com seu corpo totalmente regenerado, Denji agora possui uma pequena corda em seu peito, que, ao ser puxada, lhe dá os poderes do pequeno demônio. Saindo da lixeira cheio de raiva, o jovem puxa a corda, se transforma em motosserra e dizima todos os zumbis em uma cena extremamente violenta. Após o massacre, caçadores de demônios do Governo chegam ao local e encontram Denji, lhe fazendo uma proposta: se o garoto aceitar trabalhar como um caçador para o Governo, será tratado como um humano e recebera comida, abrigo e um salário; se recusar, será considerado como um demônio e, consequentemente, morto. Em uma escolha nem um pouco difícil para o protagonista, este vê no novo “emprego” uma maneira de finalmente ter uma vida descente e não passar mais necessidades.

Denji se transformando em Chainsaw Man.

Agora que Denji virou um caçador de demônios do Governo, somos apresentados a mais personagens importantes do mangá. A primeira que temos contato é Makima, a mulher que encontrou Denji após sua primeira transformação e que lhe fez a proposta de emprego. Logo de cara, vemos que o jovem se apaixona pela moça, tendo em vista que ela é a primeira pessoa que o trata “bem”. Ao longo da história, vemos que Makima esconde grandes segredos e mistérios, nos fazendo duvidar de que lado ela realmente está. Sem se importar muito com os sentimentos de Denji, e mesmo tendo consciência do que o rapaz nutre por ela, a personagem não liga de iludir e dar esperanças amorosas ao adolescente.

Makima.

Como não pode faltar, temos o personagem estilo Sasuke em Chainsaw Man também! Aki Hayakawa é um jovem caçador do governo que trabalha em uma unidade experimental, unidade essa que tem como integrantes pessoas que possuem algum poder derivado de demônios, como Denji. Sua maior motivação para se tornar um caçador foi a trágica morte de sua família, que foi assassinada pelo temido Demônio Pistola (demônio que é de grande importância na trama).

Denji muito animado ao lado de seu colega, Aki.

Uma integrante um tanto quanto “diferenciada” também faz parte da equipe experimental. Sendo uma possessa, ou seja, uma humana que foi possuída por um demônio, Power se torna parceira de Denji nas patrulhas e missões. Com o passar da história, vemos como a relação entre ela e o protagonista vai se desenvolvendo, e como ambos fazem para lidar com as evidentes diferenças.

Power, a humana que foi possuída pelo Demônio do Sangue.

O interessante de Chainsaw Man -além das serras, é claro- é que nosso protagonista não é daqueles personagens clássicos de shonen: Denji literalmente não tem grandes ambições. Em decorrência da sua vida miserável, seu objetivo se torna o que para muitos é apenas o básico do básico. Tendo 3 refeições diárias, um teto sobre sua cabeça, uma cama para dormir e podendo tomar banho todos os dias, o jovem está pra lá de feliz. Além disso, como toda pessoa adolescente, Denji também pensa -e muito- em sexo; sem nunca ter beijado e muito menos ter feito atos além, o jovem sonha em ter uma namorada, e em finalmente poder tocar em seios. Não posso negar que as repetidas piadas em torno do assunto “seios” se tornaram, pelo menos pra mim -uma jovem de 22 anos-, um tanto quanto cansativas. Por outro lado, consigo entender perfeitamente que, para alguém de 16 anos, sexualidade é realmente um tópico que não sai da cabeça, afinal também já tive essa idade.

Mesmo sendo um mangá publicado pela Shonen Jump, Chainsaw Man usa e abusa da violência, tanto gráfica como nos próprios diálogos. A situação de vida do protagonista, por si só, já é algo bem pesado, e a forma como ele inicialmente encara a vida nos mostra um adolescente que já perdeu quase que completamente a ambição e até mesmo a própria dignidade. Conforme a história se desenrola, novos personagens aparecem, novos demônios e muitas, mas muitas lutas. Carregado no senso de humor um tanto quanto ácido, o mangá consegue transitar de forma muito satisfatória entre os gêneros do humor, da ação, do drama e até mesmo do mistério, nos entregando uma obra viciante e que nos prende até o último capítulo.

Recentemente, foi anunciado que a obra ganhará uma adaptação em anime pelo estúdio MAPPA, mesmo estúdio que produziu Jujutsu Kaisen e Attack on Titan: Final Season. Sem uma data de estreia definida, temos pelo menos a data de lançamento do trailer oficial, que será em 27 de junho, no Japão.


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O destino de comédias-românticas com “As Quíntuplas”

Não faço segredo para ninguém que comédias-românticas são um dos meus gêneros prediletos. Eu adoro comédias no geral, e defendo que animê, como mídia, é perfeita para gerar humor. Juntar a mídia perfeita com um dos subgêneros mais bem sucedidos dela é como um pastelzinho com caldo de cana: Mesmo se der errado, ainda vai ter valido a pena.

Com autoria de Negi Haruba, “As Quíntuplas” (no original, “Gotoubun no Hanayome“) é um mangá de comédia-romântica, completo no Japão em 14 volumes, e que se transformou em, até o momento, duas temporadas de animê, com 24 episódios no total. E, é claro, foi a minha inspiração para essa postagem.

Quando a primeira temporada saiu, em 2019, eu comentei sobre ela no “Primeiras Impressões“, e o show acabou se tornando o meu animê predileto daquele ano – desbancando títulos como Kaguya-sama e Demon Slayer – e por um bom motivo: Foi uma das melhores comédias-românticas que eu já assisti, a ponto de me fazer sobreviver 2020 para assistir a segunda temporada. E ainda bem que eu consegui.

Captura de tela do episódio 7 de "The Quintessential Quintuplets 2"
Eu pensando no pastelzinho com caldo de cana enquanto escrevo o resto da postagem

Com o mangá recentemente lançado no Brasil, eu tive a oportunidade de consumir a mídia das duas formas: No original e na adaptação. E fico muito feliz em poder dizer que as duas são equivalentemente boas, com cada uma delas trazendo aspectos e características diferentes para uma mesma história, fazendo com que cada versão possa agradar um público diferente.

Fora as mudanças claras que existem na forma de consumir cada mídia (e isso, talvez, já pode servir como diferenciação de público. Eu, por exemplo, não tenho costume de ler mangá, então fiquei um pouco desconfortável com o livro em mãos), os dois grandes fatores em jogo são cor e som.

Isso pode parecer óbvio, mas a mera existência desses dois fatores faz com que o animê seja uma experiência completamente diferente. Quando tratamos das irmãs Nakano, nós sabemos que elas são quíntuplas idênticas. Logo, não deveria existir diferença na voz ou na cor dos cabelos entre as cinco garotas. Isso não é um problema no mangá, que é todo em preto-e-branco, e onde a voz não passa de um balão de fala. Quando elas “brincam” de trocar de lugar uma com a outra, a versão impressa torna a história muito mais acreditável, e levanta mistérios muito mais potentes, por nunca sabermos, de fato, quando alguma irmã está se passando por outra, ou qual delas é a responsável.

Por outro lado… O animê diferencia as garotas com cores de cabelos imaginárias, e nenhum produtor em sã consciência deixaria sua dubladora fazer cinco personagens num show semanal (que era a ideia inicial, como pode ser visto nesse comercial do mangá, que precede o animê), então temos também diferentes vozes. Como você pode imaginar, isso destrói completamente a brincadeira de adivinhação, fazendo com que o show acabe se tornando acidentalmente mais engraçado, de tão idiota que é a situação. E pra mim, que veio assistir uma comédia-romântica por conta do primeiro pedaço, isso é um ponto positivo.

Na esquerda, captura de tela do episódio 9 de "The Quintessential Quintuplets"; Na direita, foto de uma página do volume 4 de "As Quíntuplas"
Ok, o tamanho dos cabelos entrega um pouco… Mas a falta de cor já ajuda a confundir todas as cinco, não ajuda?

Aliás, já que toquei no assunto… Apesar de gostar muito de comédias-românticas, elas parecem ter um problema que é estrutural, impossível de fugir: Elas costumam virar um drama na segunda metade.
E isso não é exatamente um “problema“… Acaba sendo uma das características que fazem o gênero ser o que é, e, para muitos, pode ser o fator determinante entre gostar ou desgostar de uma obra.
Aí eu só posso falar por mim, mas tem vezes que essa virada de chave é muito repentina e/ou muito brusca pro meu gosto. Eu não me importo muito com o drama, mas eu simplesmente prefiro a comédia, então, quando o show faz um completo 180º e se torna um drama completo, isso me deixa um pouco decepcionado.

Talvez seja um “azar” meu, mas esses casos de troca violenta de ritmo parecem ser muito comuns, pelo menos nas coisas que eu assisto. Por causa disso, eu precisei aplaudir de pé a coragem que “As Quíntuplas” teve ao ser muito mais sutíl em sua abordagem dessa mudança, que, aparentemente, é obrigatória em todo e qualquer tipo de comédia-romântica.

Em sua segunda temporada, o animê entra na inevitável parte dramática, e ao perceber o caminho que estávamos indo, eu já revirei meus olhos em desgosto. Porém, vocês podem imaginar o tamanho do meu sorriso ao perceber que, embora o drama tivesse chegado, o humor havia se mantido. Num balanço quase inacreditável de cenas sérias e cenas absurdas, o show conseguiu ter quase dois arcos inteiros e consecutivos de histórias de novela, sem abandonar suas raízes como comédia, fazendo com que eu me mantivesse dando risadas mesmo quando o mundo estava literalmente em chamas.

É um caso exatamente oposto ao de outra comédia-romântica que eu já comentei aqui: Oregairu. Não me levem a mal, eu adoro Oregairu, e acredito ser um dos finais mais satisfatórios que eu já vi, mas… Logo no começo da sua segunda temporada, o show parece desistir de ser uma comédia e fica totalmente dedicado ao drama. Eu precisei parar de encarar as aventuras de Hachiman como uma comédia, e começar a encará-las como um drama. E como um drama, elas são excelentes.

Captura de tela do episódio 1 de "The Quintessential Quintuplets 2"
No momento, o drama é assistir elas serem vacinadas e eu não estar nem próximo de tomar a minha…

Como já comentado, a mágica desse gênero está em atrair tanto quem goste de drama (e precisa passar por um sofrido começo cômico), como quem gosta de comédias (e acaba sofrendo com os finais dramáticos de suas obras prediletas). Com um desenvolvimento que mescla os dois lados da moeda, Negi Haruba parece ter empatado seu cara-ou-coroa ao derrubá-la de lado, trazendo tanto gregos como troianos para sua obra, com essa decisão tão diferente que parece até esquisita.

E ninguém esperava por isso. Não só com “As Quíntuplas“, mas com todas as comédias-românticas que existem, os fãs não sabem como uma obra vai se direcionar. Quanto tempo ficaremos na parte “cômica“, até entrar o drama? A história vai virar uma novela? Se sim, vai virar “Amor de Mãe” ou “Ti Ti Ti“? São perguntas que só podem ser respondidas conforme a própria obra se encaminha para seu desfecho. Se eu não fosse químico e odiasse o uso errôneo desse exemplo, poderia dizer que toda comédia-romântica é um “Drama de Schrödinger“, e que talvez esse mistério seja o maior motivador de fãs do gênero.

Caso tenha ficado interessado em “As Quíntuplas“, e queira conferir por você mesmo, o mangá é licenciado no Brasil pela Editora Panini, e você pode encontrar os volumes já lançados na Amazon. Se preferir o animê, as duas temporadas estão disponíveis na plataforma de streaming Crunchyroll, sob o nome “The Quintessential Quintuplets“, e possuem legendas em português.

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NewPop abre a pré-venda de Patrulha Estelar Yamato

A editora NewPop começou a pré-venda de Patrulha Estelar Yamato, de Leiji Matsumoto, um clássico criado no Japão em 1973 e que foi concebido pelo produtor Yoshinobu Nishizaki, após muitas revisões e principalmente com a entrada de Leiji na produção, veio o sucesso e o reconhecimento.

O ano é 2199, a Terra está sofrendo com as invasões e ataques do Império Gamilas, o que força a humanidade a se refugiar em uma metrópole subterrânea, devido às armas de radiação. Mas a situação está rapidamente se deteriorando e dentro de um ano o planeta inteiro se tornará inabitável.

Em meio a isso, uma mensagem misteriosa vinda dos confins do universo é captada pela base de Marte, contendo o método para a produção do “motor de ondas” e instruções que usassem essa tecnologia de viagem espacial para ir até o planeta Iskandar, onde conseguiriam um dispositivo que eliminaria por completo toda a radiação dos gamilanos. Para essa missão é escolhido um antigo couraçado utilizado na guerra de 250 anos atrás, o Yamato. Assim, o Couraçado Espacial Yamato parte em rumo a uma galáxia distante para trazer à Terra, dentro de um ano, a única e última esperança da humanidade.

A série original deu origem a um mangá chamado Cosmoship Yamato, diversos filmes de animação, spin-offs e um filme live action. No Brasil ela foi exibida pela Rede Record e pela extinta TV Manchete, tudo na década de 80.

Patrulha Estelar Yamato tem formato 15 x 21 cm, 648 páginas e o valor de R$ 96,90. Se a compra for feita na pré-venda, o leitor garante um desconto de 20%.

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GYO, de Junji Ito, é publicado no Brasil pela Editora Devir

A editora Devir Brasil está lançando mais uma obra escrita e ilustrada pela lenda Junji Ito, o selo Tsuru, braço editorial de mangá da editora, começou a pré-venda de Gyo. Uma das histórias mais esperadas pelos fãs de Ito.

Gyo, que tem o título completo de Gyo Ugomeku Bukimi (na tradução livre: Peixe Estrbuchando de Medo), é um mangá de horror para o público adulto, onde conta a história e monstros meio máquina, meio peixe, que invadem o Japão, espalhando um fedor medonho e contagioso. Tadashi e sua namorada Kaori tentam sobreviver à invasão dos peixes que andam e, também, descobrir o motivo do ataque. A história se concentra nas situações desesperadoras e nas mudanças físicas e psicológicas dos dois protagonistas da trama.

Em 2007, Gyo foi incluída na Seleção Oficial do Festival Internacional de Quadrinhos de Angoulême. Em 2012, foi lançada uma animação original em vídeo de uma hora de duração baseada nesse mangá, dirigida por Takayuki Hirao.

Em uma entrevista, Junji Ito disse que Gyo foi inspirado no filme Tubarão de Steven Spielberg. “Ele capturou magistralmente a essência do medo na forma de um tubarão devorador de homens. Eu achei que ficaria ainda melhor registrar esse temor num tubarão devorador de homens que circula tanto na terra quanto na água”, disse Ito na ocasião.

Gyo tem formato 17 x 24 cm, 408 páginas e o preço de capa de R$ 78,00. Comprando no link abaixo você consegue um desconto de 15%.

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Cantinho do Caiô, Coletânea com tirinhas sobre animes e mangás, está no Catarse

O ilustrador e quadrinhista Caio de Oliveira, do famoso Cantinho do Caio, está com uma campanha de financiamento coletivo no Catarse onde reúne uma seleção especial de famosas tirinhas “otakas”. Cantinho do Caiô irá reunir as tirinhas que foram publicadas na páginas do Facebook Cantinho do Caio.

As tirinhas que brincam com ícones da cultura manga/anime como Dragon Ball, One-Punch Man, Fullmetal, Cavaleiros do Zodíaco entre outras. A coletânea vai reunir, por exemplo, a famosa paródia João de Santo Seiya, onde a vida protagonista do manga/anime se mistura com a famosa música Faroeste Caboclo da Legião Urbana.

Além das tirinhas publicadas durante os anos no Facebook, Cantinho do Caiô vai apresentar material inédito e meta estendida que irá beneficiar a todos os apoiadores.

Cantinho do Caiô terá 180 páginas e para saber mais sobre a campanha, recompensas e valores, clique AQUI.

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Confira os Detalhes de Rua 24, Quadrinho de Terror da Hipácia Caroline

A editora Sâmela Hidalgo, por meio do seu projeto Norte em Quadrinhos, estará apresentando informações de quadrinhos de artistas do Norte. Você pode conhecer mais sobre o projeto clicando AQUI. E a primeira indicação é Rua 24 quadrinho escrito e desenhado pela roraimense Hipácia Caroline.

Rua 24 é uma obra de suspense e terror, onde acompanhamos a protagonista B., que pela janela vê uma garota subindo a ladeira de costas com os pés para trás. Em uma cidadezinha do Japão. Então coisas sobrenaturais acontecem enquanto ela espera o marido e o filho voltarem para casa.

 

A autora Hipácia Caroline é ilustradora, Mangaká, professora de desenho pela Anir – Associação Nipobrasileira de Roraima, integrante do Coletivo Lavrado e atualmente estuda Artes Visuais na Universidade Federal de Roraima. Ela também é autora de Miipo e Curupira.

O Coletivo Lavrado é um grupo da capital Boa Vista/RR que produz quadrinhos independentes, mais informações clique AQUI.

Rua 24 é volume único e para adquirir essa e outras obras da Hipácia Caroline e conhecer mais sobre a sua carreira, acesse o site pessoal dela, clicando AQUI.