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Hitman 3 é o tiro certeiro que precisávamos

Finalmente, temos o fechamento do ciclo, graças a IO Interactive, desenvolvedora que em 2016 deu os primeiros passos dessa nova jornada.  Hitman 3 junto a seus antecessores estão presente entre os melhores títulos da franquia, iniciada em 2000, com Hitman: Codeman 47. E claro, estão também entre os melhores jogos stealth de todos os tempos.

Hitman 3 foi anunciado em 11 de junho de 2020, durante o evento de revelação do PlayStation 5. Segundo os desenvolvedores este título seria algo mais sério, mais maduro e sombrio, que todos os jogos de Hitman. Além de ter sido lançado para uma plataforma Nintendo (Nintendo Switch), após 18 anos, o último jogo da franquia a ser lançado para uma plataforma da empresa foi uma versão de Hitman 2: Silent Assassin para o GameCube em 2003.

Como os jogos anteriores, Hitman 3 é um jogo furtivo jogado de uma perspectiva de terceira pessoa, receita clássica para um bom jogo. Controlando o Agente 47 nós temos que viajar para várias localidades do mundo, para salvar a própria pele. E de que outra forma faríamos isso, se não fosse matando todos os assassinos contratados para dar fim em nós, não é mesmo? Temos aqui novas localidades, como Dubai, Dartmoor, Berlim, Chongqing, Cárpatos na Romênia, e Mendoza na Argentina. Todos esses novos cenários e locações agregam e muito em toda a composição cinematográfica que o jogo permite ter, além de não se desvencilhar de todos os acontecimentos dos jogos anteriores, servindo e nos entregando pontes perfeitas no enredo. E para deixar isso ainda mais claro, aqueles que possuírem Hitman (2016) ou Hitman 2 (2018) podem optar por importar mapas, níveis e seu progresso para Hitman 3.

Hitman 3 apresenta compatibilidade com PlayStation VR na versão para PlayStation 4, com suporte para PlayStation 5 por compatibilidade e ao contrário de Hitman 2, não há espaço para multiplayer, com o modo Sniper Assassin direcionado para um único jogador, e a remoção do modo Ghost Mode.

Desde o início, nós podemos observar o esmero que o roteiro recebeu nesse encerramento da franquia, Hitman 3 só existe graças a seus dois antecessores, e por isso eles estão tão presente aqui. Parece estranho, mas quantas vezes nós sentimos que realmente estamos jogando uma sequencia de fatos, ou simplesmente aprendendo novas mecânicas e colocando em prática dentro de uma história completamente avulsa a realidade que acreditamos existir ali? A sensação de imersão verdadeiramente dita, momentos de frustação com alguns acontecimentos e a espera emotiva por momentos que te fazem ranger o dente de raiva ou soltar todo o ar do seus pulmões de forma a aliviar toda a tensão.

Mas é claro que eu estou falando isso pelo fato de ter de escrever essa análise e perceber as nuances durante toda a minha diversão. Você não precisa se preocupar muito com isso, cada nível ainda funciona bem por conta própria e pode ser tratado como uma simples fase que é necessário ser vencida, com pouca consideração ao enredo geral e fazendo o que o Agente 47 sabe fazer melhor, matar.  Todos os níveis continuam com a boa qualidade e inteligência de

resolução da série. Além dos desenvolvedores terem caprichado nos detalhes para criar locais impressionantes, e cada um com sua peculiaridade. Dubai, assim como na vida real, é o polo da elite árabe e europeia, e caso você, assim como eu, notar os ótimos saques que o roteiro da, e os recepcionar, passará por uma incrível experiência de imersão.

As verdadeiras diferenças que temos em Hitman 3 sobre os jogos anteriores, são bem assertivos, adiciona uma nova experiência sem abalar o que já temos estruturado. Soube que a adição que mais altera essa sensação de tranquilidade é o PS VR, mas como escrevi este análise baseada na minha experiência em um PC, não tenho o que acrescentar, apenas dizer que se você tem a possibilidade de fazer, faça, e jogo em VR. Não interessa se seja bom ou ruim, o importante é usar todos os recursos presentes no jogo.

Algo que me chamou muita atenção em Hitman 3 é o fato da repetição das fases, mesmo existentes, não serem tão chatas como em outros jogos do gênero. Aquele momento terrível de ter que fazer o mesmo percurso, eliminando os mesmos adversários até chegar no seu ponto de definição. Existe? Sim! Mas vai depender de sua vontade, caso você queira tentar um caminho diferente dentro das inúmeras possibilidades que o jogo te oferece, você dificilmente vai sentir essa repetição. Todo esse leque de oportunidades está presente na singularidade de cada local, um belo momento para a construção de mundo, deixando você imerso a cada movimento diferente de um NPC que em sua cabeça estava programado para fazer apenas determinada ação. É muito comum se perder do seu intuito principal, porque é interessante testar as várias maneiras de eliminar os adversários e descobrir mais sobre o lugar que você está atuando. E como um bom jogo de possibilidades, temos um final ‘ideal’ para cada um dos seis níveis, definido pela história, cabe a você busca-lo.

Como falei sobre a falta de informações sobre o modo com VR, ainda assim, existem inúmeros motivos pelos quais recomendar Hitman 3 é quase que um ato natural. Temos aqui um ótimo final para a trilogia que acompanhamos desde 2016, com uma conclusão que vai agradar a muitos fãs e aqueles que caíram de paraquedas. Sua experiência será divertida, não importa o seu nível de gameplay, ou envolvimento com a história principal.

PLATINA- OBRIGATÓRIO

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DOOM Eternal: The Ancient Gods – Parte Um é a primeira dose de adrenalina que você precisa

DOOM Eternal chegou ao mercado de jogos no início do ano com os dois pés na porta, trazendo tudo que a franquia já havia entregado em jogos anteriores e mais um pouco, ou seja, apenas melhorias, e nós fizemos uma análise dessa beleza. Agora é a vez de DOOM Eternal: The Ancient Gods – Parte Um te deixar com os dedos mais castigados, e sua cabeça a ponto de explodir com tamanha adrenalina.

Aqui temos uma das melhores expansões da atualidade, é mais conteúdo de DOOM Eternal em seu mais puro gameplay frenético e desgastante, onde o cansaço não vem acompanhado de chateação e irritação, mas por você não aguentar acompanhar o ritmo do jogo.

Pode ser que muitos fiquem com um pé atrás, devido ao “parte um” presente no título dessa DLC. Mas é bom adiantar que isso não é um problema, DOOM Eternal: The Ancient Gods – Parte Um não é uma campanha curta, tem por volta de 7h~8h de puro frenesi, com três novas missões para trabalhar, e cada uma delas repleta de conteúdo novos, desde ambientes a monstros horrendos, além de uma pequena narrativa que da um gancho entre as três missões, nada que seja muito complexo, e o que o jogo não está disposto a trabalhar, por não ser seu foco principal. Como todos sabem, existe sim uma história em DOOM Eternal, ou apenas uma desculpa para massacrar as legiões do inferno, e o caso é praticamente o mesmo aqui na primeira parte da expansão.

Não é preciso comentar a respeito da jogabilidade, visto que tudo que acontece em DOOM Eternal está presente na DLC, batalhas com hordas intensas e rápidas caindo em sua motosserra, prontas para serem destroçadas. O que vai te fazer quere jogar esta DLC são os novos locais, que dão o pontapé inicial que você precisa.

Mas tenho que admitir, em relação ao nível de dificuldade do jogo, caso você esteja caindo de paraquedas em DOOM Eternal: The Ancient Gods – Parte Um, e não possui uma pequena carga emocional e conhecimento básico de como se portar em DOOM, as coisas podem ficar um pouco feias para você nas primeiras horas, girando em torno de morrer repetidas vezes. Porém isso é o próprio cartão de visitas de DOOM, mostrando que nem todos conseguem fazer o que se tem de fazer.

No entanto, temos a nossa disposição as mesmas armas que já conhecíamos em DOOM Eternal, uma pequena tristeza, porque temos novos locais e novos inimigos para matar, mas esse gostinho de novidade fica apenas nesse sentido, por que até na trilha sonora tivemos uma caída. Após uma série de problemas envolvendo a id Software e Mick Gordon, o compositor optou por não retornar a trilha sonora, deixando um conjunto de faixas genéricas que de longe passam a sensação que gostaríamos de ter ao jogar DOOM.

VEREDITO:
DOOM Eternal: The Ancient Gods – Parte Um é como uma fase bônus do jogo que mais gostamos,  aquela sensação de novidade e de pertencimento por já conhecer o funcionamento do ambiente e estar familiarizado com todos ao seu redor. Não temos nada que o distancie do jogo base, ao invés disso, ele aumenta o ciclo de diversão em novos ambientes e contra novos inimigos. E o que podemos dizer é apenas “Nós traga a Parte Dois!”

NOTA: OURO Recomendável

PONTOS POSITIVOS:

  • MAIS DE DOOM ETERNAL
  • COMBATE E JOGABILIDADE
  • MUITO CONTEÚDO PARA UMA DLC
  • NOVOS LOCAIS
  • NOVOS INIMIGOS

PONTOS NEGATIVOS:

  • PICOS DE DIFICULDADES ANORMAIS
  • TRILHA SONORA
  • NÃO POSSUIR NOVAS ARMAS

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Necronator: Dead Wrong trás uma campanha completa e agradável

Necronator: Dead Wrong é desenvolvido pela empresa Toge Productions e distribuído pela Modern Wolf. O jogo une alguns conceitos estratégicos em tempo real, construção de  construção de decks de cartas e um tower attack, onde temos que avançar no mapa adversário, com um exército de mortos-vivos.

Em Necronator: Dead Wrong devemos guiar um exército crescente de condenados mortos-vivos em um ataque as propriedades humanas, saqueando aldeias e esmagando os líderes oponentes, para isso é preciso montar seu baralho pensando na melhor tática. A gameplay apresenta uma curva de aprendizagem bem básica, logo no início somos apresentados as mecânicas principais e a medida que vão se fazendo necessárias, novos mecanismos de jogabilidade são apresentados, para que suas forças sejam competentes o suficiente para sobrecarregar as defesas dos adversários humanos, derrubando todas as construções que encontram-se no caminho de suas hordas.

Durante as batalhas temos as waves de minions que são direcionadas para avançar no campo e tentar conquistar os portal adversário, mas só isto não é o suficiente, é necessário unir seu poder de ataque com as cartas presentes em seu baralho, que são liberadas na medida em que são atingidos seus pontos, que funcionam como mana. Mesmo que as batalhas funcionem de forma tranquila e não complexa, ainda é exigido um grau de atenção, para lançar as tropas corretamente, abrir o caminho certo, no momento certo e gastando recursos de maneira inteligente.

Necronator: Dead Wrong apresenta um humor descontraído, tanto por conta de das histórias e diálogos, quanto por parte das animações. E tudo isso é possível entender graças à localização feita inteiramente pela Agência Masamune.

A beleza das cores presentes no jogo são um ponto alto, mesmo jogando por algumas horas o visual não cansa, e ajuda na imersão dentro do universo proposto. Para servir de auxílio, a trilha sonora é de grande valia. Mesmo que seja visível um pequeno downgrade de qualidade gráfica e sonora durante as batalhas, não diminui em nada a solidez do jogo.

CONCLUSÃO:

Para aqueles que curtem jogos no estilo tower defense, com alguma pitada de deck builders, com certeza Necronator: Dead Wrong será uma ótima diversão. E até mesmo para nunca teve a oportunidade de jogar algo nesse estilo, este jogo é uma porta de entrada para iniciar neste mundo. 

É sem dúvida um excelente passatempo, uma diversão para qualquer momento do dia.

PONTOS POSITIVOS:

  • Gráficos elegantes.
  • Jogabilidade prazerosa.
  • Áudio imersivo.

PONTOS NEGATIVOS:

  • Campanha curta.
  • Jogo pouco desenvolvido.

Necronator: Dead Wrong foi lançado oficialmente no dia 30 de junho para PC. Agradecimentos à Modern Wolf e a Agência Masamune pelo envio do código.

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Samurai Shodown chegou ao PC com suas lutas estratégicas

Samurai Shodown está disponível no PC, mesmo com uma chegada não tão imponente quanto sua reentrada nos consoles, ele oferece os mesmos confrontos metódicos que os fãs desfrutavam, além de seus contadores punitivos. 

Samurai Shodown, é uma série de jogos de luta da SNK, baseada em espadas, jatos de sangue e uma atmosfera tensa. Esses elementos chegaram ao PC através da Epic Games Store, com quase um ano de diferença entre o lançamento no console. E não espere que este tempo de espera fez o jogo ganhar aprimoramentos, este é exatamente o mesmo Samurai Shodown que já havíamos recebido nas outras plataformas, mas com todos os seus DLCs incluídos. Mas é impressionante que mesmo o jogo possuindo a mesma jogabilidade apresentada no console, ele é um ótimo jogo para PC, infelizmente esperamos quase um ano para descobrir isto.

O Samurai Shodown original encantou o público nos anos 90, e sempre atraiu olhares por sua dificuldade aceitavelmente razoável, além de todo o cenário que remete ao Japão Feudal. Os personagens são um tanto quanto inflexíveis, e alguns erros básicos podem custar sua derrota na partida. Aqui somos apresentados a uma gama pequena de personagens, são 24 ao todo, contando com a DLC, e emprega quatro ataques com os botões principais, além de possuírem movimentos especiais, que são relativamente fáceis de executar durante os duelos. Samurai Shodown mostra que os jogos de luta não precisam se concentrar em espetáculos confusos de impactos durante as batalhas, o jogador precisa compreender o que está sendo realizado na tela, para poder criar estratégias contra seu adversário.

Samurai Shodown tem um ritmo de jogo mais antigo, se diferenciando dos visuais agitados e pouco compreensíveis dos jogos atuais, como  dito anteriormente. As lutas podem até ser rápidas, isso vai depender dos personagens escolhidos, mas, em sua grande maioria as lutas são bem mais consistentes e cautelosas. O foco em Samurai Shodown é a punição do adversário, o jogo concentra suas energias para fazer com que o jogador foque em sua defesa e crie uma estratégia que vença o adversário, assim como roteiro de cenas de lutas orientais nos cinemas. Ao golpear o adversário é necessário um cuidado ainda maior, pois não é muito comum encaixar um combo muito poderoso como em outros jogos do gênero, além de ser o momento ideal para um contra ataque, pois você estará com todas as suas guardas baixas, e caso o adversário entenda como funciona esta brecha, você certamente será punido.

Samurai Shodown possui uma curva de aprendizagem muito baixa, ele é bem simples de ser compreendido, mas para os mais experientes, ele não é chato, apresentando alguns elementos que podem encaixar com uma técnica mais avançada de gameplay. Apesar de ser um jogo baseado na defesa, Samurai Shodown não permite que você se esconda em entre um muro, já que há movimentos capazes de quebrar sua postura defensiva, deixando o inimigo momentaneamente aberto para receber um ataque. 

Infelizmente, Samurai Shodown sofre com seu tempos de carregamento. No PC, não importa qual o status de seu hardware, entre Menus, sua tela irá travar uma disputa impossível de ganhar contra o tempo.

VEREDITO: 

Samurai Shodown pode ter sido deixado de lado desde seu lançamento para consoles, mas este retorno ao mercado pode trazer de volta alguns jogadores, e fãs de jogos de luta, para o game. É um gênero que sempre evolui, porém para alguns, estas evoluções acabam com a experiencia de um verdadeiro jogo de luta. Samurai Shodown reergue seus pilares e traz uma vivência difícil de enxergar em jogos das atuais gerações. 

PONTOS POSITIVOS:

  • Combates estratégicos.
  • Estilo de arte japonês, bastante atraente.

PONTOS NEGATIVOS:

  • Carregamento longos.
  • Personagens com pouco acabamento final.
  • A diferença de tempo entre os lançamentos no console e PC.

PRATA – CONSIDERÁVEL

Agradecimentos à SNK pelo envio do código. A nossa review feita no XONE pode ser encontrada aqui.

Samurai Shodown já está disponível para PS4Xbox One, Nintendo Switch e PC.

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Doom Eternal chegou pra te fazer correr, gritar e atirar freneticamente

Doom Eternal é o mais novo jogo eletrônico de tiro em primeira pessoa desenvolvido pela id Software e publicado pela Bethesda Softworks. A sequencia do reboot de 2016 é uma grande montanha russa de emoções destrutivas. O jogo se destaca em momentos de pura adrenalina, onde você precisa decidir entre correr e atirar, ou correr e atirar depois, enquanto uma horda de seres infernais aparecem em sua tela preparados para ficarem ensopados de sangue, com ajuda de uma variedade de armas, projetadas especialmente para a destruição dos demônios.

Doom Eternal é muito parecido com seus antecessores, durante a gameplay dificilmente você não irá levantar um canto da boca com um sorriso de satisfação, enquanto acontece toda a violência exagerada que você conhece de Doom, ou que acabou de conhecer. É uma exposição gratuita a repulsa sanguinária, totalmente desnecessária mas indescritivelmente agradável.

O problema com esse show de horrores satisfatórios é que acaba, mas acaba muito rápido, ou pelo menos é o que parece. Não estou falando do final do game em si, mas o final da sequência de tiros e correria, de diálogos desnecessários do “elenco de apoio” e do barulho dos demônios correndo em sua direção. A desaceleração ao final de cada etapa é um balde de água fria quando você está em seu melhor momento de frenesi. Mesmo com esse detalhe, podemos afirmar que Doom Eternal é um clássico moderno, com algumas ressalvas, que o distancia de alguns shooters mais famosos e principalmente de seus antecessores. Mas nada que o diminua em frente a outras grandes franquias.

Definitivamente, o combate em Doom Eternal é incrível, todos os momentos de explosões e tiros em demônios é fantástico. Felizmente, estes momentos compõem a grande da gameplay do jogo. Doom Eternal não é tão focado quanto o seu antecessor, e às vezes fica preso em novas mecânicas e adições desnecessárias. Mas eles não comprometem a experiência principal. Doom Eternal é uma versão maior e mais completa que Doom (2016) e, na em sua maioria muito mais divertido. Você enfrentará alguns chefes com características tradicionais. Mesmo que a desenvolvedora tenha tido um grande esforço para adaptá-los a uma nova fórmula, você vai notar um desdobramento familiar ao longo das batalhas, claro que os gráficos te oferecem grandes atualizações visuais no combate e do ponto de vista da jogabilidade.

Doom Eternal pede que você trabalhe duro por poucas recompensas dentro do jogo, mas está longe de ser uma aventura insuficiente, pois você será recompensado pela história e pela gameplay que o jogo te oferece, além das horas de diversão sem prudência alguma, e da satisfação de vencer os demônios mais desafiadores.

 

Praticamente todos os aspectos do seu personagem podem ser aprimorados e, felizmente, existem várias possibilidades de fazê-lo dentro do jogo. Dentro de cada nível, você pode encontrar uma variedade de itens, o mais interessante é que eles aparecem de forma natural, durante a matança, sem a necessidade real de uma exploração a fundo do cenário. Uma alternativa aceitável quando notamos que a verdadeira intenção do jogo.

Essas novas adições de Doom Eternal transformam você em um exército de um homem só, mas o combate passa a ser mais estratégico. Cada ação, tem uma reação por parte dos demônios, agora eles não mais ficarão assistindo você exterminar cada um deles sem uma resposta a altura. Matar de formas diferentes podem te conceder alguns itens a mais desde kits de saúde a munição para que não falte durante o extermínio. Cada jogador pode interpretar isso de maneiras diferentes, podendo até chegar no ponto de entender isto como um modus operandi ou um manual de regras de como matar seus adversários, criando um ciclo tedioso de ações repetidas, o que mais lentamente pode vir a se transforma em uma ação instintiva.

Um ponto importante a ser mencionado, é que os demônios agora têm pontos fracos. E existem várias maneiras de explorá-los durante a batalha.

Durante a batalha temos uma enorme quantidade de informações visuais, facilmente algo irá passar despercebido, mas é certo afirmar que cada luta parece perfeita, o ritmo e a intensidade estão intactos. Dominar todas as armas e aprimorar completamente o seu traje levará um bom tempo, mas conquistar a campanha principal não é ruim, mesmo que não tenha encontrado tudo que estava escondido nos cenários. A cada fim de campanha você sente a necessidade de jogar novamente, mas desta vez buscando novos desafios. Assim, selecionando uma dificuldade maior. E Doom Eternal encoraja você a fazer isto, em nenhum momento o jogo que faz perder a cabeça como em jogos no estilo Dark Souls, aprender e  utilizar as armas que o jogo disponibiliza é prazeroso.

 

Doom Eternal eleva a experiência de matança em várias maneiras, com novas adições na medida certa para manter as coisas atualizadas em cada nível, sem que tudo pareça desproporcional, com um design de nível meticuloso. A campanha é satisfatória, sem muitos exageros e sem enxugar demais o conteúdo. Se Doom (2016) parecia algo muito bem finalizado, Doom Eternal é a prova que tudo pode ser melhorado, se respeitado suas necessidades enquanto franquia. A trilha sonora em constante evolução nos envolve na atmosfera da retalhação de demônios. Todas as opções de gameplay disponibilizadas, faz com que todos os tipos de jogadores sejam bem recepcionados.

Doom Eternal reinventa sua própria história sem abandonar seus pilares clássicos. Ele tem toda a diversão sangrenta e cheia de adrenalina que esperamos de um jogo Doom, além de adicionar vários novos elementos de RPG que nem sabíamos que precisávamos.

SELO PLATINA – Obrigatório!

Pontos Positivos:

  • Combate rápido e frenético.
  • Gráficos impressionantes.
  • Arenas de demônios mais naturais e desafiadoras
  • Níveis com evolução gradativa
  • Curva de aprendizagem suave.

Pontos Negativos:

  • Cortes podem quebrar a empolgação durante a gameplay.

Agradecimentos à Bethesda pelo envio do código.

Doom Eternal foi lançado em 20 de março de 2020 para Google Stadia, Microsoft Windows, PlayStation 4 e Xbox One, com previsão de lançamento para Nintendo Switch ainda para este ano. No dia do lançamento desta análise, não tive a oportunidade de experimentar o Battlemode, e o novo modo multijogador slayer versus demons.

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R6 Pro League XI – Rodada 1

A primeira partida da temporada XI da ESL Pro League de Rainbow Six Siege, foi entre as equipes da Black Dragons e a line-up recém chegada da Challenger League, a Elevate, o mapa escolhido foi o Fronteira.

A equipe da Black Dragons conseguiu um ótimo início de partida, começando pela defesa os jogadores fizeram tudo o que se tem que fazer, a obtenção de informações dos atacantes, e eliminações a favor, mesmo com alguns pequenos erros, a equipe conseguiu deixar a Elevate fora da zona de conforto, sem muitas surpresas.

Porém no ataque a equipe dos dragões não conseguiu segurar muito bem a vantagem, e assim a Elevate começou a colocar em prática suas táticas, e tudo estava indo muito bem para eles. Até que a Black Dragons na rodada 11, eliminou 4 jogadores da Elevate, Soulz (Echo) portanto, estava sozinho para defender uma situação de plant do desativador, contra 4 adversários (Buck, Nomad, IQ, e Hibana), round perfeito para a BD conseguir alcançar o match point, entretanto Soulz realizou um clutch incrível. Assim quem alcançou o match point foi a Elevate.

 

Mesmo com o match point nas mãos, a Elevate acabou sedendo para a Black Dragons, e a partida terminou empatada em 6×6. Assim as duas equipes saíram com 1 ponto.

O segundo jogo da ESL Pro League de Rainbow Six Siege foi entre os atuais Top 1 e Top2 da temporada passada, respectivamente NiP e FaZe Clan, o mapa escolhido para a partida foi Club House.
As duas equipes estavam sumidas de competições oficiais, visto que já estavam classificadas para o Invitational 2020. Assim ninguém sabia o que esperar da partida entre as duas equipes. A FaZe conseguiu fechar a primeira metade em 4×2, jogando na defesa, apresentando táticas sólidas, entretanto bem simples, com marcações avançadas e a busca de informação dos adversários. O jogo deu continuidade de maneira lenta, com algumas jogadas pontuais, até que no match point da FaZe a equipe não conseguiu invadir o bomb do arsenal, que foi muito bem defendido pela NiP, principalmente por Pino e seu Maestro, conseguindo um triple kill.

Esta jogada poderia ter quebrado o ritmo da FaZe Clan, entretanto a equipe conseguiu finalizar o round, trocando a posição do plant do desativador, realizando uma cobertura muito bem trabalhada e garantindo a vitória em 7×5 e os 3 pontos.

O terceiro confronto aconteceu entre a Team Liquid e INTZ, a TL manteve seus jogadores, sem nenhuma novidade. Por parte da INZT, Alem4o estava estreando em Pro Leagues, porém o mesmo já havia disputado com a equipe o Qualify para o Invitational 2020. O mapa de escolha para a partida também foi o Club House.

A partida foi muito favorável para os jogadores da INTZ, com suas miras afiadas e teamplays bem encaixadas, conseguiram terminar a fase de defesa com 4×2 no placar.

E assim, sem maiores surpresas, a equipe conseguiu encaixar um ataque bem sólido, deixando escapar apenas um round, e fechando o mapa em 7×4.
A última disputa, era uma das mais esperadas, MIBR e Team One já haviam protagonizado grandes partidas, e promovido grande burburinho nas redes sociais, assim os torcedores aderiram como um clássico, as disputas entre as equipes. O mapa da vez foi o Kafé Dostoyevsky.
E como todos haviam imaginado a partida foi bem disputada até o final, com rounds sendo ganhos em pequenos detalhes. A vitória da MIBR por 7×5 se deu em um clutch protagonizado por Bullet que com um timing perfeito cravou a conquista do round e os 3 pontos para a equipe.

Com o final desta primeira rodada, as equipes da FaZe, INTZ e MIBR estão empatadas na liderança da tabela.
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Como foi a vitória da FunPlus Phoenix na final do Mundial de League of Legends?



Para os amantes de League of Legends, o dia 10 de novembro de 2019 era um dos dias mais aguardados do ano. A final do Mundial de League of Legends 2019, título disputado entre FunPlus Phoenix, e G2 Esports

Todo o hype envolvendo esta última partida foi sendo construído desde a fase de grupos, com disputas apaixonantes, e jogadas incríveis por jogadores de ambos os times. Mesmo a G2 tendo amargurado uma segunda colocação na fase de grupos, seus confrontos nas fases seguintes foram suficiente para encantar os torcedores, e fazê-los acreditar que este ano, Perkz, Caps e companhia terminariam a temporada campeões. Até porque, a G2 vinha como atual campeã do Mid-Season Invitational 2019 (MSI 2019) disputado em maio deste ano, no Vietnam e Taiwan.

Já por parte da FunPlus Phoenix, tínhamos os holofotes no Mid Laner, Doinb, dono de uma carismática personalidade, e estilo de jogo que desestabilizou grandes nomes da rota do meio durante o Mundial. O jogador passou por diversas equipes, mas sempre mantendo seu estilo dentro e fora de jogo. Com passagens na segunda divisão chinesa, Doinb acumulou fama por suas habilidades, o que proporcionou a ida para a tão sonhada LPL, divisão de elite da China. Além do Mid Laner coreano, outro grande nome dentro da equipe é Tian, que joga na Selva, para muitos, o melhor jogador em sua posição.

 

Fonte: https://www.gazetaesportiva.com/esports/veja-fotos-do-titulo-da-fpx-no-mundial-de-lol/#foto=5

 

JOGO 1

G2 Esports

BANS: Pantheon; Qyana; Xayah; Blitz; Braum

PICKS: Ryze (Top); Elise (Selva); Pyke (Meio); Varus (BotLane); Tahm Kench (Suporte)

 

FunPlus Phoenix

BANS: Syndra; Gragas; Kai´sa; Rek´sai; Olaf

PICKS: Gangplank (Top); Lee Sin (Selva); Nautilus (Meio); Sivir (BotLane); Thresh (Suporte)

 

Caps teve a oportunidade de abrir a série com seu Pyke, ja que a equipe da FPX havia banido sua característica Syndra. Dessa forma a G2, não priorizou a rota do meio, de certa forma dando liberdade para o Nautilus de Doinb rodar pelo mapa. Assim, o primeiro jogo teve ritmo ditado pela equipe chinesa, com Tian e seu Lee Sin conquistando os objetivos e os primeiros dragões da partida, ganhando a selva da Elise de Jankos, e conseguindo o timing perfeito nas lutas de meio e fim de jogo. Porém a G2 respondia de forma considerável, conquistando barricadas e derrubando torres, conseguindo até ultrapassar a FunPlus Phoenix em ouro. Entretanto, os inúmeros ganks que Wunder sofreu no top, acabou retirando-o da partida, e o Ryze em pouco conseguia ajudar sua equipe. Mesmo com toda a pressão, os europeus conseguiam manter o Nexus em pé, graças a ajuda do Arauto, auxiliando Perkz de Varus a se fortalecer. E também, após uma chama de Barão realizada pela FunPlus Phoenix que logo conquistou o bônus, onde a G2 levou um dos Inibidores e quase venceu a luta que daria a vitória a equipe no jogo, impedidos apenas por Tian e a Sivir de Lwx. Assim, a equipe chinesa teve tempo suficiente para criar uma janela de oportunidade dentro da partida, onde conquistaram o Dragão Ancião e mais um Barão com uma diferença de pouco mais de 1 minuto, e assim encaminhou a vitória aos 40 minutos.

 

Fonte: https://www.maisesports.com.br/lol-coletiva-imprensa-doinb-fpx-mundial-2019/

 

JOGO 2

G2 Esports

BANS: Renekton; Nautilus ; Qyana; Gangplank; Kayle

PICKS: Akali (Top); Elise (Selva); Tristana (Meio); Yasuo (BotLane); Gragas (Suporte)

 

FunPlus Phoenix

BANS: Pantheon; Syndra; Xayah; Olaf; Rek´sai

PICKS: Kled (Top); Lee Sin (Selva); Ryse(Meio); Kai´sa (BotLane); Galio (Suporte)

 

A equipe chinesa, FunPlus Phoenix, veio para o segundo confronto bem confiante, criando jogadas e buscando os primeiros abates, ganhando uma pressão de early game bem forte a seu favor, a G2 não conseguia reagir, o início foi avassalador por parte da FPX. Quando os europeus encontraram uma brecha para conquistar o bônus do Dragão Infernal e assim voltar para a partida, a resposta veio logo em seguida, a equipe chinesa não pensou duas vezes e iniciou uma teamfight, a Bot Lane europeia estava muito atrás, e não resistiram a investida chinesa. Perkz com seu Yasuo não conseguiu desenvolver bem sua jogadas, assim a Kai´sa de Lwx ficou muito forte. Logo aos 20 minutos, a FPX conquistou o primeiro Barão, e mantinha uma distância de 7000 de ouro de seus adversários. O primeiro ace da equipe, foi tão cedo na partida que não foi possível finaliza-la. Mesmo assim, a FunPlus Phoenix não deixou a G2 crescer na partida, fechando o cerco a cada oportunidade que os europeus pensavam em aproveitar, ganhando ainda mais, pouco a pouco até o desfecho final. Após o segundo ace, a FPX fechou a partida em 23min, com um incrível placar de 20 em abates por parte deles contra 4 da G2.

 

Fonte: https://www.gazetaesportiva.com/esports/veja-fotos-do-titulo-da-fpx-no-mundial-de-lol/#foto=11

 

JOGO 3

G2 Esports

BANS: Pantheon; Qyana; Rakan; Rumble; Akali

PICKS: Ryze (Top); Jarvan IV (Selva); Veigar (Meio); Ezreal (BotLane); Nautilus (Suporte)

 

FunPlus Phoenix

BANS: Syndra; Gragas; Kai´sa; Olaf; Rek´sai

PICKS: Gangplank (Top); Lee Sin (Selva); Galio (Meio); Xayah (BotLane); Thresh (Suporte)

 

Para quem esperava um jogo mais cadenciado por parte da equipe chinesa, se enganou. A FunPlus Phoenix, dominou os europeus, aplicando sua pressão de early game, assim como os outros dois jogos anteriores, e a G2 pouco fez para evitar esta situação. O mais prejudicado foi Perkz, a equipe chinesa conquistou a primeira barricada da partida, sem permitir que o Ezreal farmasse seu primeiro minion. A FPX, não queria permitir que o jogo se estendesse para o late game, visto que a G2, possuía três campeões que precisavam escalar na partida para começar a criar situações prejudiciais aos jogadores da equipe chinesa, como o Ryze com Wunder, o Veigar de Caps e o próprio Ezreal, que mesmo com toda a dificuldade inicial conseguiu se reerguer, mas não o suficiente. Assim, a FunPlus Phoenix acelerou a partida, criando janelas de oportunidades que os permitiriam conquistar bônus importantíssimos para o decorrer da partida, e que os auxiliaram a manter o ritmo que estavam empregando desde o início. Mesmo com a contestação da G2, aos 23 minutos, a equipe chinesa finalizou o Barão, e conseguiu escapar do cerco dos europeus. Logo em seguida uma sequencia de fatores ajudaram na finalização da partida. Tian de Lee Sin avançou na selva adversária e encontrou Caps, que estava ganhando vantagem na partida. Crisp ainda conseguiu acertar a corrente do Thresh em Wunder, na continuação do lance de Tian, e assim destruindo as esperanças da equipe da G2.

Os europeus, mesmos sofrendo no early game, achavam que conseguiriam segurar o ímpeto da equipe chinesa, mas uma sucessão de erros dentro da selva, acabaram favorecendo a  FunPlus Phoenix, que saiu vencedora da terceira e última partida do Mundial de League of Legends 2019!

 

Fonte: https://br.lolesports.com/noticias/fpx-e-campea-do-mundial-2019

 

A vitória da FunPlus Phoenix, leva o segundo título seguida para a também dá força à LPL.

Fiquem ligados! O Mundial 2020 será na China, com a Grande Final na cidade de Xangai!

 

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“A Ascensão dos Fantasmas” chegou quebrando tudo em RAGE 2

Para aqueles que acreditavam que as megalomanias de RAGE 2 haviam chegado ao fim, a Bethesda Softworks, junto a id Software e Avalanche Studios, lançaram a primeira de duas DLC´s. A Ascensão dos Fantasmas trouxe os mesmos combates insanos, corpos e explosões em sua tela e as quantidades incontáveis de munição descarregadas para matar seus inimigos durante as missões.

Como é costume na maioria dos jogos da Bethesda, ou melhor dizendo, “No velho estilo Fallout” você recebe uma transmissão de rádio, assim você segue até a sua fonte. Chegar no ponto o sinal está sendo transmitido, você percebe uma nova cidade surgida das cinzas. Overgrown City, não parece tão perigoso ao primeiro olhar, mas logo você entende o motivo de estar ali. Neste ponto, você está livre para escolher o que fazer a partir de agora, seguir pela linha da história principal ou realizar algumas missões paralelas.

É uma história a parte da história principal de RAGE 2, você não é necessariamente obrigado a jogar a DLC assim que ela é ativada, o jogo te da liberdade de decidir o que fazer. Uma dica, é jogá-lo após o termino da maioria das missões em RAGE 2, pois está DLC  não te dá um grande leque de habilidades e arsenal, ela acrescenta o que já foi ou será feito durante a linha principal da história.

A Ascensão dos Fantasmas tem toda uma campanha a parte do jogo principal, além de várias missões secundárias que preenchem espaços dentro do mundo aberto. Você encontrará um novo ponto de contato, novos retrato de personagens e ícones codificados. Santuários, os lares do membros da nova gangue, os fantasmas, refinarias de drogas, e antenas usadas para enviar mensagens e gotas de ar protegidas, são suas mais novas zonas de brincadeiras, nelas você vai realizar tudo o que é de costume aqui, atirar, explodir e matar. E como é a maioria de jogos em mundo aberto, as repetições e aborrecimentos são suas companheiras. Por sorte, tudo isto dura pouco mais de três horas, assim dada as devidas proporções a sensação de tédio pode passar despercebida.

Os novos inimigos, os fantasmas, são definitivamente mais difíceis de matar, se comparados aos demais que estavamos habituados em RAGE 2. O que de certa forma faz sentido, já que você tem que ter um repertório um pouco mais avançado de arsenal e habilidades para entrar de cabeça nesta DLC. Além dos membros da gangue dos fantasmas, algumas criaturas diferentes passam a aparecer, mas nada de grande relevencia, pelo menos até agora, pois nem o jogo se importa em explicar sobre eles. 

Como ja dito, a DLC é bem curta. Por tanto algumas propostas não conseguem se desenvolver. Diversos novos personagens não são desenvolvidos e você fica com a sensação de ter faltado algo mais em relação a eles. Infelizmente alguns momentos são bem curtos, de certo modo apressados, impedindo que o jogador sinta o peso de suas decições durante a gameplay. Overgrown City é de longe a coisa mais mal explorada dentro da DLC, toda sua extensão parece sem graça e sem vida em comparação com o resto do mundo criado para o jogo. Mas o final consegue superar as expectativas, e finalizar com um gostinho de quero mais, mesmo diante de alguns pontos negativos dentro da linha do história.

Essa expansão bebe do mesmo rio do jogo principal, falando em adrenalina, mas deixa a desejar, parecendo as vezes um jogo a parte, isolada da gameplay principal. Ainda é um jogo muito divertido, e se há possibilidade de você jogar está DLC, jogue-a. Entretanto o mercado irá receber alguns novos jogos,  como Borderlands 3 e DOOM Eternal e isto pode acabar com alguns planos futuros para possíveis DLC´s que estão para chegar.

O código Steam para a Deluxe Edition foi fornecido pelo editor para esta análise.

 

 

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NBA 2K20 | A cesta de três ponto no estouro do cronômetro

Os games de esportes são uma febre, sem dúvida. Esta época do ano, devido ao início das temporadas de competições estrangeiras, os lançamentos deste segmentos saem a todo vapor, com os esportes americanos não é diferente. NBA 2K a franquia de basquete virtual mais famosa do mundo está em sua 20º edição. NBA 2K20 chegou!

NBA 2K20 trouxe como proposta principal a simplificação de controles, em comparação as edições anteriores, também uma série de melhoria em seus recursos visuais, e nada mais justo que a última lista de transferências da liga de basquete americana. Além da tão esperada inclusão de uma lista da WNBA, a liga feminina. Entretanto pouco mudou do ano passado para cá, mecanicamente falando, é claro. Passes simples, dribles e arremessos ainda funcionam da maneira mais didática possível, e ainda podem ser realizados com mais “habilidade”, caso você conecte os passes a movimentos na alavanca analógica do controle.

Trazer a física, ao mesmo tempo que tenta equilibrar a liberdade artística dos movimentos do basquete com a I.A, em meio a trilhões de possibilidades de manipulação da ação dos jogadores em campo, nunca será tarefa fácil, e é característico do gênero esportivo, estar sempre na corda bamba da simplificação extrema de um jogo mais arcade gênero há muito se encontra na linha entre a simplificação no estilo arcade e um programa de simulação complicada. Alguns movimentos, por vezes podem ser confundidos com combos de jogos de luta, onde você necessita de uma série de botões apertados em sequências ou ao mesmo tempo, para que sua ação seja reconhecida. De fato, você pode muito bem não utilizar deste meio, mas seu leque de movimentos e finalizações para a cesta serão apenas um décimo de todo o potencial do jogo, o que por mais incrível que pareça, ainda o torna interessante.

A I.A, as vezes te faz parecer um bebê jogando sem entender muito bem dos controles, mas seu padrão de jogo é previsível e fácil de se adaptar, logo o multiplayer local e online, preenche esse vazio, o que torna estes jogos esportivos um marco. Infelizmente, os servidores estavam funcionando vagarosamente dias após o lançamento, com um número inaceitável de partidas que não conseguiam se conectar ou se desconectavam repentinamente no meio do jogo.

Felizmente a franquia MyCareer está de volta e melhor do que nunca, seguindo os passos de outros jogos de esporte. Aqui vivemos o sonho americano de jovens americanos, somos um universitário destinado a jogar na NBA, mas antes temos que trilhar nossa personalidade e criar nossas ambições principais, ser midiático ou se aquele atleta que pensa apenas em melhorar suas habilidades e determinado com a carreira, que está por vir. O conteúdo foi produzido pela SpringHill Entertainment, empresa de LeBron James, e logo percebemos os esforços para transformar este modo de jogo em um experiência quase cinematográfica, o elenco conta com Idris Elba, Rosario Dawson e Thomas Middleditch, cada um interpreta personagens-chave na história de seu personagem, apelidado de Che. Desde sua primeira partida até o tão sonhado Draft da NBA, temos uma gameplay de cinco horas.

O que não poderia faltar aqui é o clássico, MyTeam. Se você está familiarizado com os modos de jogo deste nicho, óbvio que você conhece a criação de equipes, onde os jogadores da liga aparecem como cartas e seu objetivo é criar a equipe dos sonhos. De fato, é uma experiência empolgante, e quem é fã de basquete não pode deixar de ter uma grande alegria em unir uma equipe, com os melhores de cada posição. Embora o conceito principal seja convincente e teoricamente inofensivo, qualquer um que tenha um pocuo mais de experiência na área, sabe que, no fundo, o ecossistema dentro de modos assim, evolui para um Pay-to-Win, e o MyTeam no NBA 2K20 não fica atrás. Desde o início, somos bombardeados com luzes e placas coloridas que nos levam até ganchos, alavancas e roletas para ganhar bônus no jogo. Um verdadeiro caça-níquel.

Além de todos os modos conhecidos ou familiarizados pelos jogadores, a WNBA está finalmente presente em um grande título de basquete! O basquete feminino que recebe o tratamento de AAA é um dos pontos inesperadamente mais brilhantes em NBA 2K20. As atletas foram recriadas meticulosamente na quadra virtual com tanto cuidado e nuances quanto seus colegas mais bem pagos, poderiam ser facilmente o melhor modo de jogo, se não possuísse os mesmos problemas do resto do jogo. Há esperança de que esses obstáculos possam ser superados em futuras atualizações, mas por enquanto é a única coisa que prejudicada o jogo como um todo.

NBA 2K20 é mais um grande simulador de basquete que por conta de sua alta demanda técnica acaba destruindo alguns pontos positivos de jogos de esporte, como o divertimento por divertimento, apenas. A jogabilidade evolutiva mas com uma curva de aprendizado longa e cansativa, com uma pitada de realismo a todo custo tende a cansar. Ao mesmo tempo que NBA 2K20 melhora em certos pontos e traz novidades pontuais, ele corta alguns conteúdos, e traz uma série de novos problemas por conta de sua evolução abrupta. Por trás de tudo isso, a diversão ainda é gratificante. Se você assim como milhões é fã de basquete, principalmente dos astros da NBA, NBA 2K20 é essencial para sua coleção.

OURO- Recomendável

Agradecimentos à 2K pelo envio do código para análise.

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Detective Comics Quadrinhos

Graffic Noire Jersey | Scorsese, Tarantino e uma boa trilha sonora em quadrinhos

Uma leitura que passeia por influências de filmes de máfia de Martin Scorsese e os tiroteios violentos, tensos e uns tantos pastelões de Tarantino. Essa seria uma boa explicação para a Graffic Noire Jersey, HQ do estreante Gerson de Lima. Publicada esse ano via financiamento coletivo, a trama apresenta um jogo de assassinos nos melhores estilos dos filmes dos já citados cineastas, com reviravoltas, flashbacks, bom texto, excelente músicas (sim, isso mesmo) e muita ação.

A trama começa um dia após de um trabalho barulhento feito por Jack, nosso protagonista. Jack é um assassino profissional, à serviço de uma grande organização chamada de AGÊNCIA e Frank é o contato que lhe consegue os seus alvos. O encontro desses dois começa a destrinchar o que aconteceu no trabalho de Jack, que era para ser simples, e acabou se tornando um grande circo. O alvo era o poderoso Julian, um dos maiores matadores do mundo e um dos líderes do sindicato dos assassinos. E esse alvo, para Jack, é perfeito. Só que uma série de coisas acontecem no lugar e acaba até com um restaurante destruído. E Frank, a mando da AGÊNCIA, quer saber o que aconteceu.

A arte de Graffic Noire Jersey apresenta personagens que planam entre o realismo e o caricato. Mas o que realmente se destaca são os enquadramentos. Eles são praticamente personagens na história. Mas o casamento perfeito acontece entre os enquadramentos e a narrativa visual. As cenas de ação onde se misturam tiroteios, brigas e até lutas de espadas, são cinematográficas e não ficam cansativas e nem confusas para o leitor. Os detalhes como nomes dos personagens ou letras de músicas, como trilhas sonoras, em onomatopeias funcionam e não deixam perdido ao longo da história.

A trama em alguns momentos soa como um clichê, mas ela é funcional e prende. Apesar de ser um tema muitas vezes recorrente como uma organização de assassinos, sempre existem novas formas de serem contadas e criar o interesse de quem for consumir o produto. Gerson transforma Jack em um personagem destemido e sem muita complexidade. Sendo até mesmo simples demais, mas de forma proposital. Pois percebemos que Jack é um cara que sabe onde está e quer ficar ali. Assim como Julian que flerta entre o onipresente e o humano, como uma verdadeira estrela do rock intocável, mas que de repente está no meio do supermercado vivendo coisas normais de pessoas normais. E assim como Jack, Julian sabe de sua “supremacia de lenda-viva” e mantém a sua áurea poderosa.

Graffic Noire Jersey tem todo um ar, como eu disse antes, de grandes filmes de Scorsese e Tarantino misturados com o cinema chinês. E ela transmite um ar meio que noir e sua trilha sonora, que contém Johnny Cash, Bob Dylan, Pixies, Queen entre outros. contribui muito. Aconselho a lerem a HQ ouvindo a trilha no Spotify, faz a ambientação ficar muito mais agradável.

No balanço geral, Graffic Noire Jersey é uma das boas surpresas do ano no quadrinho independente nacional. É uma bela estreia do Gerson de Lima, que estará na CCXP 2019 com a continuação Graffic Noire Memphis.

Graffic Noire Jersey está sendo publicado pelo selo editorial Meia-Noite e para adquirir o seu exemplar, você pode entrar em contato direto com o Gerson de Lima em seu perfil no Twitter: @theimmigrantart.

[ATUALIZAÇÃO] Graffic Noire Jersey está sendo publicado pela Editora Skript em formato 25,8 x 10.8 cm e 80 páginas.