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John Wick 4: Baba Yaga: Uma viagem alucinante e brutal

“A good death only comes after a good life.”

John Wick é a definição ideal do exército de um homem só. Como dito exaustivamente, é um homem de foco, compromisso, de pura vontade. Keanu Reeves deu vida a um personagem que não demorou para se tornar um símbolo do gênero de ação. Mas muito além disso, tornou-se sinônimo de um estilo vibrante, frenético e brutal, onde a preocupação da câmera recai no posicionamento e na movimentação dos corpos em cena, responsabilidade do excelente Chad Stahelski.

O primeiro filme da franquia parte da premissa básica de um assassino aposentado, que se vê forçado a voltar à ação após o assassinato cruel do seu cão, presente de sua falecida esposa. Essa sede de vingança foi apenas escalando filme após filme, numa demonstração clara de que o cachorro era a superfície de um anseio interior maior e mais intenso. Essa ascensão da violência chega na Alta Cúpula, a grande organização criminosa deste universo ficcional; quando a bala de John Wick rompe todas as regras e mandamentos que mantém o sistema criminal operante, tornando-o alvo principal com uma recompensa milionária pela sua cabeça. Em seu quarto filme, John começa sua jornada para o acerto de contas com a instituição que lhe trouxe morte, sangue e consequências irremediáveis. 

Diferente do seu antecessor, John Wick 4: Baba Yaga demora alguns minutos para pegar no tranco. O filme pode ser observado como uma obra composta por três grandes sequências de ação, bem delineadas no começo, no meio e no fim. Para os acostumados à ação desenfreada da franquia, a proposta inicial pode soar estranha por se debruçar substancialmente nos diálogos e nas relações dos personagens, embora os clichês e as frases de efeito continuem aqui. Assim, pode-se dizer que o roteiro arquiteta estas cenas como apoio para o surgimento da ação, quase como a necessidade de carregar a arma antes de apertar o gatilho.

E quando o gatilho é apertado… o filme é uma obra inesgotável de luta, tiros, coreografias, sangue e brutalidade. As cenas funcionam como a culminação de tudo aquilo que o diretor e o restante da equipe aprenderam com os filmes anteriores. Há diversas repetições daquilo que já vimos, tanto em termos de escolhas estéticas da direção de fotografia e do design de produção (paleta de cores, enquadramentos, composição de cenário, iluminação e movimentos de câmera conhecidos) quanto de detalhes dos efeitos das balas, que ricocheteiam na blindagem ou explodem no crânio, mas a execução desses elementos em conjunto nas sequências de longa duração é um êxtase para o espectador.

Tal sentimento é constante ao longo das quase três horas de filme, porque é como se a obra fosse como o protagonista: inesgotável. O filme parece não cansar da ação, e é importante salientar como as cenas nunca se tornam exaustivas, pela habilidade do diretor ao constituir um ritmo que ofereça possibilidade de compreendermos aquilo que está na telona. A câmera é consciente de si, isto é, percorre o ambiente sem deixar escapar detalhes do campo de visão e da ação dos personagens. Sua movimentação também permanece contida, porque é mais eficiente você deixar brilhar a equipe de dublês e os movimentos treinados/coreografados do que balançar/chacoalhar para dar a falsa sensação de ação e dinamismo (né, Michael Bay?). 

Aliás, os dublês e as passagens de luta continuam sendo o ponto mais alto de John Wick, porque apresentam uma brutalidade real com técnicas e estilos verídicos, mas mantém certa teatralidade pelo excesso e o absurdo com tantos golpes num curtíssimo intervalo de tempo, que, combinados com a mise-en-scène bem pensada e executada, oferecem uma ação orquestrada como num espetáculo.

Nunca iria me perdoar se não reservasse um parágrafo para comentar sobre uma das maiores sequências de ação que já assisti dentro da sala de cinema. Não havia como cronometrar, mas acredito que a parte final contenha mais de quarenta minutos de ação postergada de ação e antecedida por ação. O que ocorre é tão frenético que só termina literalmente nos créditos finais. Sem respiros ou tempo para se ajeitar na poltrona, o terço final combina a estrutura de anúncio de recompensas da Cúpula feito exclusivamente por mulheres via rádio (já apresentada em filmes anteriores) com a perseguição por John Wick. Os anúncios de aumento da recompensa, como também da localização em tempo real de John, são acompanhados por músicas na transmissão. É como se colocasse uma playlist no Spotify ditando o ritmo da carnificina. Em dezenas de minutos, os ambientes se alternam entre ruas, pontos turísticos, cômodos e escadas (importante salientar a sequência com o uso do plano zenital que será lembrada por diversos anos); os tipos de arma se modificam de pistolas à metralhadoras (ressalto aqui a edição de som da arma explosiva); e as ameaças vão ficando gradativamente piores. Minha tremedeira ao final é a única resposta possível para exemplificar o sentimento provocado pela experiência.

Outro ponto fundamental é a integração completa da cultura oriental na narrativa de John Wick. Mesmo sendo pincelada no terceiro filme, aqui os aspectos orientais ficam em evidência e são articulados pelas escolhas narrativas do longa. Principalmente no início, o ambiente oriental é o palco principal, com os estilos de luta e armas complementando essa representação. A adição do personagem Caine (Donnie Yen) é absolutamente espetacular, sendo este responsável por roubar a cena quando passa.

Porém, o maior destaque desta integração fica na predominância da temática da honra acerca da trajetória de vida, e como as escolhas possuem consequências às vezes definitivas. De certo modo, o filme tenta encontrar razão para a insanidade que John Wick persiste em manter e percorrer mesmo sofrendo perdas irrecuperáveis, oferecendo delicadeza ao retratar as escolhas de um assassino aparentemente impiedoso e inescrupuloso num caminho sem volta. Essa constatação é marca de como um exercício de gênero de ação se permite sensibilizar-se com a história de seu protagonista, possuindo virtudes para além das suas coreografias, cores, sons e luzes estonteantes. 

John Wick 4: Baba Yaga é o ápice da franquia e, possivelmente, uma conclusão plausível e satisfatória sobre um marido que buscou sangue como forma de sobreviver à dor do luto. Afinal,o pequeno cachorro serve como um pretexto para as profundas ânsias de John Wick, que o usa como justificativa para respaldar toda a sua aparente sede de vingança ao reproduzir violência. Mas balas não funcionam contra a inevitabilidade da morte – e do sofrimento proveniente -, são apenas tentativas frustradas de curar a ferida profunda e incurável. Assim, John Wick se reveste como Baba Yaga para dar vazão àquilo que o impede de prosseguir; mas se empenha para ser lembrado como um marido dedicado, e não como o maldito que matou três homens no bar com a porra de um lápis.   

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The Sadness | O Violento e sádico horror taiwanês

Ao longo dos últimos anos, o subgênero Torture Porn cresceu nas franquias no início da década de 2000, com Jogos Mortais e Premonição, tendo seu ápice nos anos ’10, onde surgiram icônicas produções grotescas e aterrorizantes.

Com o resultado desse movimento, surgiu The Sadness, longa-metragem taiwanês inspirado fortemente na obra Crossed de Garth Ennis. Originalmente, a Netflix estava negociando a transmissão do conteúdo, mas devido os seus elementos gráficos, acabou optando por deixar a oportunidade passar batido, o que ajudou ainda mais no plano de divulgação do filme, afinal, se uma empresa recusou sua divulgação devido o seu material, é porque ele é realmente desagradável. Mas… será? 

Crítica | The Sadness (Ku bei, 2021) | Sangue Tipo B - Filmes de Terror

Um vírus está assolando a população de Taiwan e as coisas se complicam uma vez que ele desperta o lado mais primitivo e selvagem dos humanos, gerando uma onda de violência extrema no país.

De fato, pessoas que possuem estômago e mente frágeis certamente terão dificuldades em acompanhar The Sadness, dado que seu propósito é quase exclusivamente que chocar. Contudo, para quem está acostumado com produções mais ”sádicas”, pode se decepcionar em relação ao gore (subgênero cinematográfico mais comum em obras de horror, caracterizado pela presença de cenas extremamente violentas, com muito sangue, vísceras e restos mortais de humanos ou animais) que mesmo bem feito em diversas ocasiões, acaba sendo exagerado demais quando levado muito a sério, se tornando uma sátira de si mesmo.

Cenas de The Terrifier 2 e do trailer de A Morte do Demônio: A Ascensão acabam sendo tão desconfortáveis quanto as sequências de The Sadness. Há momentos, inclusive, que a história aparenta ter receio de ir além e de mostrar os atos de forma verdadeiramente explícita. Talvez haja uma linha, mesmo no horror extremo, que não deva ser cruzada.

Entretanto, isto não tira o seu mérito por completo. A coreografia dos atores, dublês e figurantes beiram a perfeição, sendo as mortes e atos violentos muito bem coreografados. 

The Sadness (2021) — Final Girl

Em contrapartida, o trunfo está na coragem de Rob Jabbaz, o diretor, em transformar uma história  simples e clichê, em algo animalesco e inovador. 

Apesar de The Sadness ser sobre um casal de jovens separados em meio à uma pandemia mortal e se concentrando em se reencontrar, Rob introduz elementos inesperados e semelhantes a um jogo ao decorrer da montagem do longa-metragem, no qual tanto o rapaz quanto a garota, precisam luta pelas suas vidas passando por ”chefes” de fase. 

Mesmo inspirado em Crossed, abordar um vírus que deixa a população sádica é sair da caixa para os padrões de obras de terror que utilizam o subgênero. Os arrepios, estão nas falas das personas que aparecem ao decorrer da produção, dando um choque de realidade para quem está assistindo que o ser humano é capaz de falar e pensar atrocidades ilimitadas. 

Crítica | The Sadness (Ku bei, 2021) | Sangue Tipo B - Filmes de Terror

The Sadness choca pela maldade nas entrelinhas, numa sociedade sem filtros, e não tanto pelo seu gore. Certamente, é um filme que merece atenção para os amantes do torture porn.

Nota: 3,5/10

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Homem-Formiga e a Vespa: Quantumania entretém, mas joga potencial no lixo

Foi dada uma tamanha responsabilidade à Homem-Formiga e a Vespa: Quantumania: abrir a Fase 5 da Marvel Studios. Logo, era de se imaginar, que o longa-metragem tivesse uma qualidade superior aos seus antecessores, que felizmente, ele possui. Contudo, fica abaixo da média quando comparado com outras obras da produtora do mesmo nível, como Capitão América: Guerra Civil por exemplo. 

Sua história não é inovadora, sendo clichê em certas ocasiões. Todavia, trás centenas de elementos inéditos ao MCU que lembram Star Wars e Tron: O Legado, expandindo o Reino Quântico com excelência e sem medo de parecer brega. 

Quantumania Ant Man GIF - Quantumania Ant Man Wasp - Discover & Share GIFs

Em Homem-Formiga e a Vespa: Quantumania, quando Cassie (Kathryn Newton), filha de Scott Lang (Paul Rudd), desenvolve um dispositivo que permitiria a comunicação com o reino quântico, o experimento termina em desastre: Cassie, Scott e sua companheira e heroína, Vespa, Hope van Dyne (Evangeline Lilly) involuntariamente se encontram no reino místico. Unindo forças com os pais de Hope, Hank Pym (Michael Douglas) e Janet van Dyne (Michelle Pfeiffer), o trio trabalha um caminho de volta enquanto os atrai para o misterioso mundo do Reino Quântico, onde encontram criaturas alienígenas e uma civilização oculta. Eles também descobrem que Janet, que ficou presa aqui por 30 anos, ainda esconde deles um ou dois segredos de seu passado: porque o misterioso Kang (Jonathan Majors), que tem a habilidade de passar, também está preso no quantum, a dimensão usada para viajar no tempo e no multiverso? E o mais importante: porque ele precisa da ajuda de Scott em uma missão importante? Será que o poderoso Kang pode ser confiável?

Não há dúvidas que Kang, o Conquistador; interpretado pelo talentosíssimo Jonathan Majors é a principal estrela de  Quantumania. Jeff Loveness, roteirista do filme, entendeu perfeitamente as motivações do vilão, transformando-o em um personagem egocêntrico e com consciência do seu nível de poder. Apesar disso, a sua instigação por poder fica abaixo de Thanos e por enquanto, não chega no cerne filosófico do Titã Louco. 

Majors dá um show de atuação. Percebe-se o quanto Jonathan está feliz e satisfeito com o papel que lhe foi dado, fator crucial para a sua interpretação como Kang

O que torna o Kang de Homem-Formiga 3 único, de acordo com Jonathan Majors  - Notícias de filmes, resenhas de filmes, trailers de filmes, notícias de  TV.

Além de Kang, poucos personagens se destacam; como por exemplo M.O.D.O.K., que é um excelente alívio cômico nas poucas cenas em que a obra permite a relevância do cabeçudo. 

Scott Lang, Hank Pym, Janet Van Dyne e Hope Van Dyne são esquecíveis e não agregam em nada de interessante para a história, tal qual os personagens secundários residentes do Reino Quântico, que estão ali simplesmente para preencherem um vazio. 

Cassie Lang, vivida por Kathryn Newton, é a pior personagem. Mas não porque ela seja irritante, mas sim, por conta do seu desenvolvimento meia boca e apressado, colocando todas as frases inúteis e imbecis na boca de Cassie

Who is Cassie Lang? – NerdPool

Mesmo superior ao primeiro e segundo longa do Homem-Formiga, Quantumania tem vergonha de se assumir como um filme que leva uma grande responsabilidade nas costas. Mesmo assim, Homem-Formiga e a Vespa 3 entretém como um filme para ser assistido ao lado da família, amigos ou namorada apenas para passar o tempo e fazer alguma coisa no fim de semana caso não há nada marcado. 

NOTA: 3/5

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Mesmo inferior ao seu antecessor, Glass Onion: Um Mistério Knives Out é entretenimento de qualidade

Quando Rian Johnson anunciou que estava trabalhando em sua própria franquia estrelada por grandes nomes de Hollywood, houve um alvoroço imediato, dado que Rian é considerado um cineasta fantástico por alguns.

Entre Facas e Segredo, a franquia de Johnson com Daniel Craig como protagonista, emplacou logo de primeira. Não é à toa, que ele é considerado um dos melhores filmes de 2019. Logo, o seu sucesso abriu os olhos da gigante do streaming, Netflix, que pouco tempo depois da sua estreia nos cinemas, encomendou duas continuações exclusivas para o seu catálogo. 

Entretanto, Johnson tinha uma árdua tarefa: fazer uma sequência tão boa quanto o seu primogênito. Mas afinal, será que ele conseguiu? 

Glass Onion Knives Out Mystery first reviews: Critics hail film as a 'brilliant funhouse mirror to our lives and times' | Entertainment News,The Indian Express

O ricaço Miles Bron convida seus amigos excêntricos para sua ilha para jogar um jogo de detetive. Mas um assassinato real é cometido e as coisas saem do controle. Todos são suspeitos e a morte pode vir de onde se menos imagina.
Indo direto ao ponto… não; Rian Johnson não conseguiu se superar. Glass Onion: Um Mistério Knives Out  é definitivamente inferior à Entre Facas e Segredos. Entretanto, isto não significa que ele seja uma produção medíocre, muito pelo contrário! Glass Onion é entretenimento de qualidade, que cumpre perfeitamente o seu papel: instigar e despertar a curiosidade do telespectador. 
Há uma nítida diferença de escala entre Um Mistério Knives Out e Entre Facas e Segredos, que não se resume somente em seu orçamento, mas também, no complexo do mistério que acaba deixando ele desinteressante em determinados momentos, e de certa forma, sem rumo. Contudo, sua história esconde revelações ”surpreendentes” (óbvias, mas as atuações do elenco deixam as evidências mais  divertidas e caricatas). 
Glass Onion: Um Mistério Knives Out' vale a pena ser investigado, diz elenco | Cinema | G1
E por falar em elenco, o cast da obra é surpreendentemente incrível, mas chato. ”Como assim, chato?” Os astros interpretam propositalmente personagens irritantes e medíocres, o que deixa a relação entre eles cada vez mais interessante, mesmo que de forma rasa. 
Daniel Craig como Benoit Blanc, e Janelle Monáe no papel de Andi são as verdadeiras estrelas de Glass Onion, e quiçá, os únicos personagens com que os espectadores irão se importar de fato criando uma conexão com eles. 
Glass Onion: Um Mistério Knives Out | Crítica: Sem mistério nenhum, um novo acerto de Rian Johnson no gênero | Arroba Nerd
Em suma, Glass Onion: Um Mistério Knives Out é entretenimento de primeira e um excelente passatempo, que faz com quem esteja assistindo grudar os olhos na tela e se viciar em sua atmosfera. 
Porém, devido o seu excesso de humor formidável, há horas que Um Mistério Knives Out deixa sua verdadeira essência de lado: o mistério, elemento que Entre Facas e Segredos tem de sobra e consegue equilibrar perfeitamente com sua comédia sarcástica. 
Nota: 4/5
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Pinóquio por Guilhermo Del Toro é arte em sua mais bela forma

Convenhamos, Pinóquio não é uma história complexa de ser adaptada dado a sua popularidade e cônica simplória com elementos típico de contos de fadas, dado que há milhares de adaptações feitas pelos mais distintos estúdios. 

Entretanto, o que torna sua adaptação desafiadora, é sair da linha de conforto estabelecida há décadas, tornando o conto cansativo e exaustivo para certos telespectadores. Por sorte, Pinóquio por Guilhermo Del Toro faz totalmente o contrário! 

Latest Guillermo Del Toro GIFs | Gfycat

A nova versão do diretor Guillermo del Toro é uma releitura sombria e distorcida do famoso conto de fadas de Carlo Collodi sobre o boneco de madeira que sonha em se tornar um menino de verdade. Situado em 1950 na Itália comandada pelo fascismo, Pinóquio ganha a vida quando seu criador talha a forma de um menino em madeira. Mas essa não é qualquer história que todos estão acostumados a ver sobre o menino travesso de madeira. Ao ganhar vida, Pinóquio acaba não sendo um menino tão legal, criando travessuras e pregando peças. Mas ele acaba aprendendo algumas lições ao longo de sua jornada. Entre suas aventuras, o menino de madeira terá de encontrar muitas criaturas e personagens, como o trapaceiro Conde Volpe, um sprite de madeira mágica e até a própria Morte, além de embarcar em um episódio para salvar Geppetto da barriga de um monstro marinho. Mas não espere que esta história tenha um final feliz. 

Dirigido, produzido e roteirizado por Guilhermo em parceria com Mark Gustafson, Del Toro coloca todos os elementos fantasiosos e abstratos de sua carreira no longa-metragem infantil, tornando-o inovador (para a mitologia do boneco de madeira) a partir de uma história original mas respeitando por completo suas raízes. 

Apesar de parecer entediante em certas ocasiões, Pinóquio por Guilhermo Del Toro é encantador, emocionante e uma jornada de amadurecimento sobre os personagens centrais, focando-se em diversos elementos ao mesmo tempo, sem se perder ou abandonar o seu verdadeiro propósito: comover. 

Enquanto presta homenagem à fábula de Carlo Collodi, o longa-metragem animado apresenta elementos inovadores que fazem críticas sociais pertinentes à época em que é situado, trazendo para si, componentes exclusivos das obras de Del Toro, como por exemplo, o terror e referências góticas. 

Pinocchio' review: A reimagined story is beautiful but comes with too many strings attached | CNN

Fazê-lo em stop-motion foi uma decisão assertiva de seus realizados, uma vez que a técnica trás ainda mais magia, sendo arte em sua mais bela forma. 

Mesmo produzido voltado para o público infanto-juvenil, Pinóquio Por Guilhermo Del Toro é sombrio e trata de forma leve, mas sincera, de assuntos adultos e pesados, como guerra, morte, rejeição, maus tratos, chantagem e abuso. Todavia, mesmo abordando tais temas, ele não se perde e é consistente em seu real propósito. 

Crítica Pinóquio de Guillermo del Toro dá chapéu na Disney - 07/12/2022 - Ilustrada - Folha
Guilhermo Del Toro com uma figura de Pinóquio.

Pinóquio por Guilhermo Del Toro é uma das maiores surpresas de 2022. Não há muitas palavras para estender o quão belo e lindo ele é, afinal, aquilo que é feito amor, carinho e respeito, deve ser admirado com o coração, e não somente com palavras. 

NOTA: 5/5

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Netflix: Quinta temporada de The Crown é um dos destaques de novembro

A reta final de 2022 está prometendo boas adições ao catálogo vermelho da Netflix.

A sequência de Enola Holmes chegou com bastante diversão e parceria entre os irmãos Holmes, conferimos a adaptação cinematográfica sobre o Enfermeiro da Noite, finalmente veremos (?) os principais mistérios de Manifest serem respondidos, o retorno da sensacional série The Crown e claro, a estreia da série da querida Wandinha.

Só que não para por aí, pois tem mais novidades para o restante do mês como Wandinha, 1899 e Terra dos Sonhos com Jason Momoa.

Confira a lista abaixo:

 

01/11

Young Royals (Segunda temporada)

Hackers no Controle

12 Presentes de Natal

Na Terra do Natal

A Casa Mágica da Gabby (Sexta temporada)

Acampamento Intergaláctico

Rogue: O Assassino

 

02/11

Gol Contra (Primeira temporada)

Sally: Fisiculturismo e Assassinato

 

03/11

Blockbuster (Primeira temporada)

O Príncipe Dragão (Quarta temporada)

 

04/11

Enola Holmes 2

Manifest (Quarta temporada)

Lookism

The Fabulous (Primeira temporada)

Os Corretores de Beverly Hills (Primeira temporada)

O Cavaleiro do Rei

 

08/11

A Família Noel 2

Medieval

Illumination’s Curtas dos Minions 2

 

09/11

The Crown (Quinta temporada)

Futebol em Apuros

Esquemas da FIFA

 

10/11

Uma Quedinha de Natal

Warrior Nun (Segunda temporada)

Bala Perdida 2

O Estado do Alabama vs. Brittany Smith

 

11/11

O Dragão do Meu Pai

Monica, O My Darling

A História do Cinema Negro nos EUA

Curta Essa com Zac Efron: Austrália (Segunda temporada)

Não Vá

Em Busca do Enfermeiro da Noite

 

12/11

Coração de Cowboy

 

14/11

Teletubbies

O Método de Stutz

 

15/11

Jurassic World: Acampamento Jurássico – Aventura Escondida

Fuga Premiada (Primeira temporada)

 

16/11

Racionais: Das Ruas de São Paulo pro Mundo

O Milagre

Em Suas Mãos

Um de Nós Está Mentindo (Segunda temporada)

Riverdale (Sexta temporada)

 

17/11

1899 (Primeira temporada)

Disque Amiga para Matar (Terceira temporada)

Natal com Você

Eu Sou Vanessa Guillen

 

18/11

Elite (Sexta temporada)

Terra dos Sonhos

Somebody (Primeira temporada)

Le Monde de demain (Primeira temporada)

Departamento de Conspirações – Parte 2

Cuphead – A Série (Terceira temporada)

 

19/11

Papel de Rainha (Primeira temporada)

 

21/11

My Little Pony: Deixe Sua Marca (Terceira temporada)

 

23/11

Wandinha (Primeira temporada)

As Nadadoras

Nosso Natal na Fazenda

Sexo, Sangue & Realeza (Primeira temporada)

 

24/11

O Diário de Noel

 

25/11

Sangue e Água (Terceira temporada)

Ghislaine Maxwell: Poder e Perversão

 

30/11

Snack vs Chef (Primeira temporada)

Meu Nome é Vingança

 

Enjoy!

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Paramount+: Funkbol e Deixa Ela Entrar como os destaques de outubro no streaming

Já estamos na segunda quinzena de Outubro, mas isso não impede de conferir o que ainda sairá nas plataformas de streaming. Principalmente como um lembrete do próximo entretenimento da semana.

Confira a modesta lista de novidades do Paramount+.

01/10

Rota de Fuga 3: O Resgate

 

03/10

A Culpa é do Cabral (Temporada 12)

07/10

Monster High: O Filme

Creepshow (Terceira temporada)

10/10

Funkbol

 

13/10

City Of The Hill (Terceira temporada)

 

21/10

Deixa Ela Entrar

 

24/10

Moonshine (Segunda temporada)

 

28/10

Star Trek Prodigy (Novos episódios)

 

Enjoy!

 

Paramount+ é um serviço de streaming norte-americano de propriedade e operado pela Paramount Streaming, uma divisão da Paramount Global. Oferece conteúdo original, conteúdo recém-transmitido nas propriedades de transmissão da CBS e conteúdo da biblioteca da Paramount Global.

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Apple TV+: Outubro com Raymond & Ray, filme estrelado por Ewan McGregor e Ethan Hawke

A Apple TV+ está com uma lista modesta de novidades em seu catálogo nas últimas semanas de Outubro.

Confira abaixo o que já saiu e o que sairá.

07/10

Olá Jack! Um Programa Sobre Gentileza (Segunda temporada)

O Problema com Jon Stewart (Segunda temporada com episódios semanais)

14/10

Shantaram (Primeira temporada com episódios semanais)

21/10

Acapulco (Segunda temporada com episódios semanais)

Raymond & Ray

28/10

Louis Armstrong: Black & Blues

Enjoy!

Apple TV+ é um serviço de streaming de vídeo sob demanda anunciado pela Apple Inc. em 2019 durante o seu evento especial de 25 de março realizado no Steve Jobs Theater. Casa de produções como Ted Lasso, Fundação, See e The Morning Show.

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Mais Star Wars em outubro: Tales of Jedi entra no catálogo no Disney+

Para o restante de Outubro, o Disney+ lançará a tão esperada série animada Star Wars: Tales of Jedi e contará com Ahsoka em vários pontos de sua vida, assim como o Conde Dookan.

Veja abaixo a lista de tudo que saiu e o que sairá nessa reta final do mês.

05/10

Dino Ranch (Primeira temporada)

Running Wild with Bear Grylls: The Challenge (Primeira temporada)

Caçadores de Naufrágios Austrália (Primeira temporada)

07/10

Lobisomem na Noite

12/10

Big Shot: Treinador de Elite (Segunda temporada)

Magri e os Maluquinhos (Primeira temporada)

14/10

Cinderella: The Reunion, a Special Edition of 20/20 (especial)

Deadpool

Deadpool 2

Logan

19/10

In the SOOP: Friendcation

The Wild Life of Dr. Ole

21/10

CNCO: Los Últimos 5 Días

26/10

Star Wars: Tales of Jedi

A Misteriosa Sociedade Benedict

Esquadrão Granja (Primeira temporada)

27/10

Marvel Studios Avante: Os Bastidores de Mulher-Hulk: Defensora de Heróis

Enjoy! 

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Netflix: Gabinete de Curiosidades de Guillermo del Toro é a grande expectativa de outubro

Mesmo faltando menos de duas semanas para acabar o mês, a Netflix ainda terá uma gama de produções para adicionar em seu catálogo.

Confira:

01/10

Emma

Harriet

A Caçada

As Aventuras do Capitão Cueca: O Filme

O Poderoso Chefinho

As Ruínas

03/10

Um Homem Só

04/10

Brasil 2002: Os Bastidores do Penta

O Cobrador de Impostos

05/10

A Inundação do Milênio

Os 13 Sobreviventes da Caverna

O Telefone do Sr. Harrigan

A Vida de Togo

Império da Ostentação: Terceira temporada

Mandou Bem (Sétima temporada)

Contigo, Guerrero (Primeira temporada)

06/10

O Terremoto do Everest

07/10

O Clube da Meia-Noite (Primeira temporada)

Derry Girls (Terceira temporada)

O Sabotador (Primeira temporada)

Uma Garota de Muita Sorte

O Time da Redenção

Conversando com um Serial Killer: O Canibal de Milwaukee

O Curioso Mundo de James (Primeira temporada)

Anomalia

Lar dos Esquecidos

08/10

As Três Irmãs (Primeira temporada)

11/10

Esposa de Aluguel

12/10

Menino Maluquinho (Primeira temporada)

Cozinha Fácil: Chefs do Dia a Dia (Primeira temporada)

Tempos de Paz

13/10

Exception (Primeira temporada)

Som na Faixa (Primeira temporada)

Guardiões da Mansão do Terror (Segunda temporada)

Bem-Vindos à Vizinhança (Primeira temporada)

14/10

Take 1 (Primeira temporada)

A Maldição de Bridge Hollow

Match Imperfeito (Segunda temporada)

Borboletas Negras

17/10

Xingu

Romantic Killer

Só Dez Por Cento é Mentira

18/10

Somebody Feed Phil (Sexta temporada)

Mistérios Sem Solução – Volume 3

LiSA Another Great Day

19/10

A Escola do Bem e do Mal

Casamento às Cegas (Terceira temporada)

21/10

Bárbaros (Segunda temporada)

Recomeço (Primeira temporada)

Garota do Século 20

25/10

O Gabinete de Curiosidades de Guillermo del Toro (Primeira temporada)

26/10

O Enfermeiro da Noite

Inside Man (Primeira temporada)

CEO em Fuga: A História de Carlos Ghosn

27/10

Depois do Universo

Daniel, o Caçador de Magia (Primeira temporada)

Reunião de Família – Parte 5

28/10

Wendell & Wild

Eu Sou Stalker

Nada Novo no Front

Big Mouth (Sexta temporada)

O Filho Bastardo do Diabo (Primeira temporada)

29/10

Deadwid (Terceira temporada)

 

Enjoy!