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HBO Max | Invocação do Mal 3, Godzilla vs Kong e muito mais no mês de Julho

A HBO Max chegou com tudo no Brasil! Depois de um bombástico lançamento, o serviço já preparou o cardápio de conteúdo do mês de Julho. Sendo Invocação do Mal 3, Tenet e Godzilla vs Kong alguns dos destaques das próximas estreias. Confira o anúncio do serviço e a lista de materiais a seguir;

01/07

Nem Um Passo Falso 

Um pequeno grupo de criminosos é contratado para roubar um documento em 1954. Mas, o plano dá errado. O imprevisto faz com que seus membros procurem o contratante por uma cidade dilacerada.

07/07

Saga Jogos Vorazes

Na região antigamente conhecida como América do Norte, a Capital de Panem controla 12 distritos e os força a escolher um garoto e uma garota, conhecidos como tributos, para competir em um evento anual televisionado. Todos os cidadãos assistem aos temidos jogos, no qual os jovens lutam até a morte, de modo que apenas um saia vitorioso. A jovem Katniss Everdeen, do Distrito 12, confia na habilidade de caça e na destreza com o arco, além dos instintos aguçados, nesta competição mortal.

08/07 

Gossip Girl

Gossip Girl é uma futura série de televisão do gênero de drama adolescente, sendo uma sequência da série homônima transmitida entre 2007—2012, e também baseada na série de livros homônima da escritora Cecily von Ziegesar.

https://www.youtube.com/watch?v=jsah5yCzh-U

09/07

Invocação do Mal 3

O casal Ed e Lorraine Warren investigam um assassino que alega ter sido possuído por um demônio.

11/07

The White Lotus

A história acompanha uma semana de férias dos hóspedes do resort The White Lotus. Assim, ainda que o lugar seja paradisíaco, em cada dia da viagem surge uma questão que envolve os viajantes, os funcionários do hotel e até o próprio destino idílico

16/07

Godziłla vs Kong

Kong e seus protetores embarcam em uma jornada perigosa para encontrar seu verdadeiro lar. Jia, uma garota órfã que tem um vínculo único e poderoso com a poderosa besta, acompanha a aventura. No entanto, eles logo se encontram no caminho de Godzilla, completamente enfurecido, deixando um rastro de destruição em todo o mundo. O confronto inicial entre os dois titãs, instigado por forças misteriosas, é apenas o começo do enigma que reside nas profundezas do planeta.

19/07

100 Foot Wave

A série captura o espírito comum e a paixão destemida compartilhada por McNamara e os surfistas de ondas grandes de todo o mundo enquanto eles se esforçam por meio de lesões e acidentes que alteram suas vidas e em sua busca coletiva pelo inconcebível.

23/07

Tenet

Um agente secreto embarca em uma missão perigosa para evitar o início da Terceira Guerra Mundial.

30/07

Judas e o Messias Negro

Oferecido um acordo judicial pelo FBI, William O’Neal se infiltra nos Illinois dos Panteras Negras para reunir informações sobre o presidente Fred Hampton.

EM BREVE

The Office (US / UK)

Sillicon Valley T1

Diego Maradona

Smallville

V de Vingança

Mad Men

JÁ DISPONÍVEL 

Rick and Morty – 5º temporada

Rick Sanchez é um cientista genial e alcoólatra que foi morar com a família de sua filha Beth, uma cirurgiã cardíaca de equinos. Ele divide seu tempo entre desenvolver projetos altamente tecnológicos em seu laboratório (garagem da casa de Beth) e levar seu neto de 14 anos Morty em aventuras perigosas e surreais pelo Multiverso. Combinados com tensões preexistentes dentro da família, esses eventos causam ao sensível Morty muito angústia em casa e na escola.

 

Para saber mais e ficar em dia com as novidades do catálogo da HBO Max, esteja conectado nas mídias sociais e no site da Torre de Vigilância!

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Amazon Prime Video | A Guerra do Amanhã e Jolt são as grandes estreias de Julho

O Amazon Prime Video continua apostando alto nas produções originais, tanto de filmes quanto de séries. Nesse mês de julho, A Guerra do Amanhã, protagonizado por Chris Pratt, e Jolt, produção estrelada por Kate Beckinsale, são as duas maiores apostas do serviço, além da adição de novos filmes e temporadas inéditas.

01/07

A Pura Verdade (2018)

Depois do desastroso incêndio no The Globe, o célebre escritor William Shakespeare (Kenneth Branagh) se aposenta e retorna para Stratford, sua cidade natal. A volta para o ambiente da sua infância conturbada o remete a profundas reflexões sobre as relações familiares estabelecidas ao longo de sua vida. O dramaturgo relembra da morte de seu filho de apenas onze anos e questiona seus erros e acertos no desempenho do papel de pai e marido em meio ao frenesi do seu sucesso.

O Homem Do Amanhã (2019)

Ed Hemsler passa a vida se preparando para um desastre que pode nunca acontecer, enquanto Ronnie Meisner vive comprando coisas que ela nunca poderá usar. Juntos, começam um romance improvável.

Gloria Bell (2018)

Gloria (Julianne Moore) é uma divorciada de espírito livre que passa os dias trabalhando em um escritório tradicional e conservador e que, à noite, se solta, dançando nas muitas discotecas de Los Angeles. Quando conhece Arnold (John Turturro) numa dessas noites, ela acaba envolvida num inesperado novo amor, com todas as alegrias do começo de um romance e as complicações dos encontros, de identidades e famílias.

O Corvo Branco (2018)

Biografia do lendário bailarino russo Rudolf Nureyev, conhecido por quebrar grandes barreiras entre o balé clássico e o moderno, além de ter ajudado a transformar o papel do homem na dança.

02/07

A Guerra do Amanhã

Viajantes no tempo chegam de 2051 para transmitir uma mensagem urgente: em 30 anos no futuro, a humanidade vai perder a guerra contra uma perigosa espécie de alienígenas

07/07

Yesterday (2019)

Após sofrer um acidente, um cantor e compositor acorda em uma estranha realidade em que ele é a única pessoa que lembra dos Beatles. Com as músicas de seus ídolos, ele se transforma em um grande sucesso, mas a fama tem seu preço.

15/07

Raça e Redenção (2019)

A ativista de direitos civis Ann Atwater confronta Ellis, líder exaltado da Ku Klux Klan, em Durham, Carolina do Norte, em 1971, sobre a questão de integração nas escolas.

El Cid – 2º temporada

Rodrigo Díaz Vivar ou Ruy (Jaime Lorente) é um jovem que perdeu seu pai em uma batalha pelo reino de Leão na Espanha. Seu tio Rodrigo (Juan Fernández) o leva para ser pajem e agora crescido, Ruy se destaca aos olhos de todos, pois se tornou um jovem exímio em suas habilidades.

16/07

Making the Cut – 2º temporada

A série de competição de moda ganhará mais uma temporada pelo serviço, prometendo um enorme grupo de marcas e participantes.

22/07 

O Sétimo Dia (2021)

Um exorcista de renome se une a um padre novato para seu primeiro dia de treinamento. À medida que mergulham mais fundo no inferno na Terra, as linhas entre o bem e o mal se esvai, e seus próprios demônios emergem.

23/07

Jolt

Lindy (Kate Beckinsale) vive com uma condição rara: ela tem impulsos assassinos esporádicos. Contrariando sua natureza incomum, ela finalmente confia em um homem e se apaixona, mas acaba o encontrando morto no dia seguinte. Inconformada e de coração partido, Lindy embarca em uma missão sangrenta em busca de vingança.

30/07

The Grand Tour – 4º temporada

Em The Grand Tour, Jeremy Clarkson, Richard Hammond e James May embarcam em uma nova aventura pelo mundo automobilístico a cada episódio, discutindo sobre corridas, desafios especiais coma participação de celebridades.

 

Para acompanhar as novidades do catálogo do Amazon Prime Video, e dos outros serviços de streaming, fique ligado na Torre de Vigilância!

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Luca celebra a amizade e a autodescoberta

É sabido dizer que as animações da Disney/Pixar sempre evocam vários sentimentos em quem assiste e também gostam de abordar muitos temas presentes em nossas vidas como amizade, vida e até mesmo a morte. Isso ajuda a quebrar aquele estigma de que os filmes animados foram feitos apenas para as crianças. Depois de inúmeras produções, esse argumento já nem merece ser utilizado nas rodas de discussões. Até o mais bobinho consegue trazer uma mensagem bonita. Eis que a bola da vez é Luca.

Em Luca, acompanhamos uma história de amadurecimento sobre um jovem que vive um verão inesquecível repleto de sorvetes, massas e passeios intermináveis de scooter. Luca compartilha essas aventuras com seu novo melhor amigo, mas toda a diversão é ameaçada por um segredo profundamente bem guardado: eles são monstros marinhos de outro mundo, logo abaixo da superfície da água.

O filme aborda alguns processos que a maioria já passou durante a infância (e até se prolonga depois disso). O primeiro envolve em ser curioso(a). Luca carrega em si esse lado de sempre querer entender o seu redor, mesmo que seja explorar o desconhecido. Dá aquele salto de fé, sabe? Em certos aspectos de nossas vidas, estamos sempre dando esse tipo de salto rumo ao desconhecido. Vivemos explorando o que nos instiga e assim por diante.

Esse contato com o novo só aumenta quando Luca sofre restrições de sua mãe sobre o perigo da superfície. Quem nunca foi testado dessa forma? Quem nunca questionou se a advertência da mãe era apenas bobeira de mãe? Nosso personagem tomou nota dessas perguntas e não desistiu. Ainda mais depois de conhecer Alberto. Assim, partimos para o próximo processo.

Luca Paguro enfrentou o desconhecido e encontrou em Alberto Scorfano a sua primeira amizade na superfície. Por ser um dos seus, ficou bem mais fácil rolar uma identificação. Quando o santo bate de forma positiva com o outro, segundo o ditado popular. Antes dessa entrega, Alberto tratava Luca com total indiferença. Mas aí veio o apego e a amizade se tornou cada vez mais forte, transformando as várias aventuras bem divertidas de serem acompanhadas em Portorosso.

A amizade ganhou uma terceira parte no nome de Giulia Marcovaldo, que sem dúvidas foi o fator importante para o amadurecimento de Luca sobre os diversos estudos que acontecem na superfície, até então desconhecidos para o mesmo. É o tipo de amiga que acaba influenciando o caminho que você seguirá dali em diante. E da curiosidade e amizade, vamos para o próximo processo que gerou debates pela santa internet.

A trama apresentou de uma maneira totalmente positiva o conceito da autodescoberta, ou seja, descobrir quem é você por dentro e também por fora. Luca viveu escondido de uma sociedade que o julgaria ser um monstro por sua aparência sem ao menos conhecê-lo melhor. Então, o Alberto foi esse pilar essencial para o personagem se libertar dessas amarras impostas pela família e ser feliz do jeito que ele é. Só que não é um processo fácil, como o próprio filme mostrou em uma determinada cena. Quando quem está ao seu redor não conhece o seu verdadeiro eu, o medo da rejeição se torna assustador. E o filme transmite cada etapa dessa autodescoberta de forma natural e bem fluída. Não tem exageros. É puro, simples e bonito.

Apesar de sentirmos uma certa alegoria à descoberta da orientação sexual dos personagens, o diretor Enrico Casarosa comentou que o longa não possui contexto homossexual nas entrelinhas. Que Luca é um filme que celebra a amizade destes personagens cativantes.

Belíssimas paisagens que serviram de inspiração para Luca.

(As imagens acima retiradas de Melhores Destinos)

Os cenários do filme foram inspirados na região da Ligúria, onde estão destinos como Cinque Terre e Gênova. a inspiração para o cenário de Luca não é um acaso do destino. Foi nessa região que Enrico passou a infância e viveu boas aventuras, também com um amigo chamado Alberto.

“Esta é uma história profundamente pessoal para mim, não apenas porque está localizada na Riviera Italiana, onde eu cresci, mas também porque o que está no centro desse filme é uma celebração da amizade. Muitas vezes, as amizades da infância determinam a direção das pessoas que queremos nos tornar, e esses laços estão no centro de nossa história em ‘Luca’”, disse o diretor. “Então, além da beleza e charme da costa italiana, nosso filme apresentará uma aventura de verão inesquecível que mudará fundamentalmente Luca”, completa. Via: Melhores Destinos

Nota: Ouro.

Luca está disponível atualmente no Disney+.

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Invocação do Mal: Ordem do Demônio e a Saturação do Gênero

Há oito anos atrás James Wan dirigiu e lançou o pontapé inicial para o futuro da franquia Invocação do Mal, esta baseada nos casos reais de Ed e Lorraine Warren: um casal norte-americano que investigava e resolvia fenômenos paranormais. Com o passar dos anos a franquia ganhou quatro spin-offs, sendo três voltados para o famoso caso da boneca amaldiçoada Annabelle e um voltado para A Freira – demônio que aparece no segundo filme da franquia.

Com spin-offs que deixaram a desejar e com dois filmes principais extremamente elogiados, neste ano a franquia recebe seu terceiro filme Invocação do Mal: A Ordem do Demônio, este que foi adiado por conta da pandemia e que explora em tela o polêmico julgamento de Arne Johnson em 1981.

Invocação do Mal 3: A Ordem do Demônio' ganha trailer assustador | Coxinha Nerd

O caso citado acima tem início em 1980 onde David Glatzel, com 11 anos na época, relatou ter sido empurrado e ameaçado por um idoso estranho ao limpar junto com a família uma residência alugada pela mesma. A criança disse que o homem falou que iria roubar sua alma e que coisas horríveis iriam acontecer caso eles se mudassem para a casa. Conforme os dias se passaram, o menino começou a acordar por conta de pesadelos e apresentando diversos arranhões e hematomas pelo corpo, dizendo também ver uma criatura estranha. Com medo da situação, a família entrou em contato com o padre de uma igreja local e este chamou os Warren para ajudar no caso. Segundo os relatos, assim que o casal chegou para ajudar o garoto, o mesmo começou a ter um comportamento estranho onde rosnava, falava línguas desconhecidas e dizia se sentir sufocado por alguma presença invisível.

Com o objetivo de ajudar o garoto, o casal começou a realizar uma série de pequenos exorcismos para aliviar a condição da criança e os mesmos alegam que encontraram cerca de quarenta e três demônios no corpo do menino. Em uma das sessões Arne Johnson implora para que, o que quer que estivesse possuindo a criança, o deixasse e fosse para o seu corpo no lugar. Com o passar do tempo, a criança parou de apresentar os comportamentos estranhos e, ao invés disso, Johnson quem começou a manifestar eles. Então em Connecticut, no ano de 1981, Arne assassinou Alan Bono com golpes de canivete enquanto rosnava e fazia outros sons estranhos, sendo encontrado em uma estrada localizada a três quilômetros de distância do local onde ocorreu o crime e sem memória sobre o que aconteceu, segundo ele. Este é o ponto que se inicia a história de Invocação do Mal: A Ordem do Demônio.

Conjuring the Devil Made Me Do It True Story - What Happened to Arne Cheyenne Johnson?
Créditos: Esquire <https://www.esquire.com/entertainment/movies/a36634853/true-story-the-conjuring-the-devil-made-me-do-it/>

Arne Johnson foi condenado por homicídio culposo e deveria cumprir de 10 a 20 anos de prisão. O casal Warren foi responsável por procurar evidências que comprovassem a possessão demoníaca do rapaz no momento do assassinato. E com isso o caso se tornou polêmico e todos começaram a acompanhar para saber seu desfecho.

Por fim a trama do filme gira em torno deste caso e apresenta algumas alterações em sua narrativa aumentar a carga emocional do público e adaptar ao gênero para os cinemas. Entretanto, estas alterações se tornam mais do mesmo no decorrer da exibição e diversos elementos acrescentados ao longa comprovam que o gênero já está saturado e que a franquia principal e seus spin-offs estão na hora de verem seu fim – sendo este filme uma conclusão satisfatória da mesma.

O casal Warren está de volta no trailer do terceiro &quot;Invocação do Mal&quot;

Neste título James Wan passou o bastão da direção para Michael Chaves, diretor responsável pelo medíocre ‘A Maldição da Chorona’. Inicialmente não se nota diferença em sua abordagem, sendo conduzida por maestria pelo sucessor de Wan – entretanto, no decorrer da exibição, o diretor desliza e acaba por cometer levemente os mesmos erros que foram vistos em seu filme anterior, procurando claramente se diferenciar ao máximo e buscar seu próprio tom. Mas isso não tira seu mérito na direção, de fato deve-se elogiar o rumo inicial tomado por Chaves no terceiro título da franquia, uma pena que não se manteve até o final e fez com que o longa caísse no genérico.

Após a sequência de abertura do longa onde observamos o exorcismo da criança e toda a situação consequente ao evento, o debate jurídico do caso e a busca por provas concretas para apresentar ao júri são os fatores que conduzem a narrativa e intrigam o telespectador para o que está por vir. Em partes do segundo e em seu terceiro ato, o longa perde a essência inicial e se torna mais um filme sobrenatural que aposta em uma resolução fraca envolvendo o misticismo por trás do caso e em jumpscares previsíveis.

The Conjuring: The Devil Made Me Do It - Which Parts of the Film Are True? - Den of GeekQuanto ao elenco, a química entre Patrick Wilson e Vera Farmiga continua sensacional e entrega a tensão momentânea vista em determinada situação, seja a preocupação com o que está acontecendo ou a preocupação pelo que o parceiro está sofrendo no momento. Além dos protagonistas, Jullian Hilliard (que interpreta David Glatzel) cativa novamente o público assim como o fez em WandaVision, A Cor que Caiu do Espaço e em A Maldição da Residência Hill – provando que seu futuro será promissor, principalmente no gênero.

Então, é bom?

Invocação do Mal: A Ordem do Demônio aparenta ser em seus minutos iniciais algo diferente do que já nos foi apresentado na franquia, se assemelhando por exemplo ao longa ‘O Exorcismo de Emily Rose’. Entretanto toma o mesmo rumo sobrenatural de seus antecessores e se torna o mesmo que já vimos em outros filmes do gênero, focando em jumpscares e ficando confortável com uma ‘fórmula’ que nunca dá errado. Por mais que funcione e sirva como entretenimento durante sua exibição, não evolui em sua premissa inicial e só prova que os filmes de temáticas paranormais estão saturando o gênero do Terror e que algo inovador seria bem-vindo para refrescar os ares.

Nota 3/5 – Prata

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Netflix | Junho terá Sweet Tooth, Lupin II, Elite e mais novidades

Junho chegou com mais novidades na Netflix e você pode conferir abaixo para preparar a maratona.

01/06

Super Monstros: Contos de Monstros

De Cachinhos Dourados a João e Maria, os Super Monstros reinventam seus contos de fadas preferidos com um toque especial de música e magia!

02/06

Carnaval

Depois de terminar o namoro, uma influenciadora viaja com as amigas para o Carnaval da Bahia e descobre que a vida real é muito mais vibrante do que imaginava.

03/06

Infiltrado na Klan

Em Infiltrado na Klan, que se passa em 1978, Ron Stallworth (John David Washington), um policial negro do Colorado, conseguiu se infiltrar na Ku Klux Klan local. Ele se comunicava com os outros membros do grupo através de telefonemas e cartas, quando precisava estar fisicamente presente enviava um outro policial branco no seu lugar. Depois de meses de investigação, Ron se tornou o líder da seita, sendo responsável por sabotar uma série de linchamentos e outros crimes de ódio orquestrados pelos racistas.

 

Pretty Guardian Sailor Moon Eternal: O Filme (Parte 1 / Parte 2)

Quando um poder sombrio toma conta da Terra após um eclipse solar total, apenas uma reunião das guardiãs Sailor poderá trazer a luz de volta para o mundo.

 

04/06

Sweet Tooth (Primeira temporada)

Em uma perigosa aventura em um mundo pós-apocalíptico, um adorável menino-cervo sai em busca de um novo começo na companhia de um protetor rabugento.

 

07/06

Minhã Mãe é uma Peça

Dona Hermínia (Paulo Gustavo) é uma mulher de meia idade, divorciada do marido (Herson Capri), que a trocou por uma mais jovem (Ingrid Guimarães). Hiperativa, ela não larga o pé de seus filhos Marcelina e Juliano (Mariana Xavier e Rodrigo Pandolfo), sem se dar conta que eles já estão bem grandinhos. Um dia, após descobrir que eles consideram ela uma chata, resolve sair de casa sem avisar para ninguém, deixando todos, de alguma forma, preocupados com o que teria acontecido. Mal sabem eles que a mãe foi visitar a querida tia Zélia (Sueli Franco) para desabafar com ela suas tristezas do presente e recordar os bons tempos do passado.

 

09/06

Awake

Depois que um incidente global impede a humanidade de dormir, uma ex-militar problemática luta para salvar a família e enfrenta o caos na sociedade e na própria mente.

 

11/06

Lupin (Parte II)

Perseguido por Hubert e seus capangas, Assane tenta encontrar Raoul e recebe uma ajuda inesperada para conseguir desmascarar o vilão.

 

15/06

Cidade Cirandinha (Segunda temporada)

Guida e Brasa estão de volta em novas aventuras musicais divertidas com seus coleguinhas, sempre usando a criatividade e o trabalho em equipe para resolver problemas.

Capitão Phillips

Em Capitão Phillips, Richard Phillips (Tom Hanks) é um comandante naval experiente, que aceita trabalhar com uma nova equipe na missão de entregar mercadorias e alimentos para o povo somaliano. Logo no início do trajeto, ele recebe a mensagem de que piratas têm atuado com frequência nos mares por onde devem passar. A situação não demora a se concretizar, quando dois barcos chegam perto do cargueiro, com oito somalianos armados, exigindo todo o dinheiro a bordo. 

Headspace: Guia para relaxar

Quer relaxar, meditar ou dormir bem? Neste especial interativo de Headspace, você pode personalizar sua experiência como desejar.

 

16/06

Cidade dos Pinguins

Em uma pitoresca cidade da África do Sul, um eclético grupo de pinguins em perigo de extinção se reúne para acasalar, formar famílias e se enturmar.

17/06

Record of Ragnarok

Representantes de toda a história humana enfrentam os deuses em 13 batalhas, um contra um, e o destino da humanidade está em jogo!

 

18/06

Paternidade

Neste filme inspirado em uma história real, um pai viúvo lida com dúvidas, medos, decepções e mamadeiras ao assumir a tarefa de criar sua filha sozinho.

Elite (Quarta temporada)

Um diretor exigente e quatro alunos novos chegam à escola. Prepare-se para confusões amorosas, boatos escandalosos e mais um mistério. Episódios especiais dos personagens também serão lançados.

 

21/06

Luccas Neto: 2 babás muito esquisitas

Luccas e Gi ficam sozinhos em casa com duas babás bem esquisitas. Quando elas revelam um plano maligno, os dois terão que criar armadilhas para salvar um diamante escondido por seus pais, agentes secretos.

23/06

Brincando com Fogo (Segunda temporada)

A nova temporada traz mais um grupo de pessoas solteiras em um paraíso para ver quem consegue abrir mão do sexo em troca do prêmio de 100 mil dólares.

A Casa das flores: O Filme

Nele, os membros da família De la Mora voltam para casa, bem… antiga Casa das Flores, com um único propósito: cumprir o último desejo de Délia e buscar vingança contra Agustín. E embora nem Paulina nem Virgínia garantir que lembram, será preciso uma viagem de volta no tempo para vingar a morte de Pato.

 

24/06

Godzilla: Ponto Singular

Unidos por uma música misteriosa, uma estudante e um engenheiro lideram a luta contra uma poderosa força que pode destruir o mundo.

 

25/06

Sex/Life (Primeira temporada)

Uma mulher casada e mãe de dois filhos não consegue parar de pensar no passado tórrido com o ex.

28/06

The Seven Deadly Sins: O Julgamento do Dragão

Meliodas absorve os mandamentos para se tornar Rei dos Demônios e salvar Elizabeth. Enquanto isso, Ban vaga pelo purgatório para salvar a alma do capitão.

 

30/06

America: The Motion Picture

Armado com uma motosserra, George Washington se une ao beberrão Sam Adams para derrotar os ingleses numa grande zoeira com a Revolução Americana.

Sophie: Assassinato em West Cork

Baseada em fatos reais, Sophie: Assassinato em West Cork se debruça sobre o caso de Sophie Toscan du Plantier, produtora de cinema e TV francesa que foi brutalmente assassinada em 1996, dois dias antes do Natal. O crime aconteceu em West Cork, na Irlanda, onde Sophie tinha uma casa de férias.

Para mais novidades das plataformas de streaming, fiquem de olho aqui na Torre de Vigilância.

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Cruella é um live-action divertido e de perfeita extravagância

Em uma era de live-actions de desenhos e histórias queridas da infância, ou ainda o aprofundamento de vilões e suas histórias por trás da vilania, como Malévola -também da Disney– nos aproximamos da trajetória de Cruella de Vil dessa vez, anteriormente encarnada pela talentosíssima Glenn Close. Muitos facilmente deslizam e acabam desagradando o público ou ainda não despertando interesse, o que não se aplica à Cruella, o mais novo live-action do momento que conta a história da vilã do famoso desenho 101 dálmatas.

Cruella (2021) - IMDb

Dirigida por Craig Gillespie (Eu,Tonya), a trama narra a vida de Estella (Emma Stone), uma jovem vigarista que desde pequena é decidida a ser uma designer de moda. Com uma personalidade forte e criativa, ela chama a atenção de uma famosa e assustadora estilista, a Baronesa Von Hellmann (Emma Thompson), enquanto lida com seus traumas de infância, revelações e seu lado mais rebelde, sombrio e vingativo, a Cruella.

Já no começo é apresentado o perfil marcante e os eventos trágicos que marcaram a jornada da personagem, o que permite criar uma afinidade por ela apesar de já conhecermos seu histórico como vilã. Esse sentimento não é algo inusitado na história do cinema, visto que constantemente nos vemos mais interessados na história do antagonista do que do mocinho, como no filme Coringa (2019). Ao passo que assistimos a ascensão de Estella vemos também seu plano de vingança, sendo esse mais um fator que nos aproxima dela pelo desejo de justiça ao seu passado. Até pelo menos a metade do filme já se tem uma visão diferente quanto a protagonista, como uma anti-heroína e não vilã, o que se dá em grande parte pelo carisma da atriz. Além disso, suas aventuras com os dois amigos ladrões são cativantes, assim como a sua determinação em viver o seu sonho. Em adição, a construção dos personagens secundários possuem o necessário para estimular a simpatia do espectador, sem muitos excessos ou faltas. Tudo se desencadeia de uma forma excelente, com uma aura empolgante que se estabelece durante todo o filme.

Cruella: Você vai ficar chocado com a perfeição das novas fotos de  bastidores do filme - Febre Teen

O grande ponto positivo, sem dúvidas, é a escolha dos figurinos. Eles são o coração do longa, com uma extravagância perfeita que contrasta com o cinza de Londres, que por sua vez teve uma ótima ambientação e apresentação. Cada nova criação ou espetáculo da protagonista era mais marcante que a outra. O trabalho da produção de figurino foi realmente impecável e criativo, expressando a personalidade da história que será, sem sombra de dúvidas, uma grande referência quando se fala desse gênero. Além disso,a demonstração da era punk rock da década de 70, com o acompanhamento de uma trilha sonora ideal, harmonizou ainda mais o enredo. 

No te puedes perder el último tráiler de Cruella con Emma Thompson como la  nueva villana de Disney | Grazia México y Latinoamérica

Emma Stone claramente entrega tudo em sua atuação, que foi única e arrebatadora, sobretudo a partir da metade do filme. Apesar da personagem já ter sido interpretada por Glenn Close, Stone consegue dar um novo ar sem ser inferior, de maneira única que prova como ela se encaixou perfeitamente no papel. Assim como a performance de Emma Thompson que, como de costume, não deixa a desejar. A junção de duas atrizes tão talentosas foi mais um dos pontos altos, e a competição entre as duas intérpretes na trama é divertida e eletrizante, visto que as duas contracenam com uma ótima simetria.

Alguns dos pontos negativos se dão principalmente pelo CGI dos cães e de outras cenas, que ficaram um tanto toscas. Além de certas cenas muito arrastadas ou que não deveriam ter tanto tempo de tela, dando a sensação, às vezes, de algo enrolado.

Chega-se ao final e vemos uma Cruella perfeitamente encarnada, com seu tom de loucura e  frieza que muito provavelmente não seria tão impecável sem Emma Stone no papel, que, com seu carisma e multifacetas entregou uma divertida live-action. Sob essa nova perspectiva da icônica vilã, sem a atmosfera pesada das animações antigas e do filme de 1996, o longa pode se consagrar como mais um dos acertos da Disney.

Emma Stone: Disney Smoking Ban Affected Cruella Transformation | IndieWire

Nota: Ouro

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Robôs e linhas do tempo alternativas | O que está por vir no futuro de Army of the Dead

ATENÇÃO, ESSA MATÉRIA CONTÉM SPOILERS DE ARMY OF THE DEAD: INVASÃO EM LAS VEGAS. 

Número 1 na Netflix em diversos países, incluindo no Brasil, Army of the Dead: Invasão em Las Vegas é o retorno triunfal de Zack Snyder ao gênero de zumbis, após permanecer 16 anos longe do tema. 

Com uma pitada de gore, ação e galhofas, Army of the Dead deixou vários questionamentos no ar, que devem (ou não) ser respondidos no futuro da franquia, que até o momento, conta com um filme prequel (que finalizou as suas filmagens no final de 2020) e uma série animada spin-off. 

Pensando nessas questões, nós da Torre de Vigilância, reunimos algumas previsões dos caminhos que essa saga irá seguir nos próximos anos. 


A origem de Zeus. 

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Líder dos mortos vivos, Zeus é o zumbi Alfa que deu início a epidemia das criaturas sedentas por carne humana em Las Vegas. 

No início da trama, nos é mostrado que ele é um experimento que está sendo transportado da área 51, para uma outra localidade não revelada. Mas afinal, como ele surgiu? 

A resposta para questão acima, pode parecer simples, mas possui diversas vertentes. Em nenhum momento da trama deixa claro quem foi Zeus. Caso Snyder e a sua equipe optem por trazer uma origem mais ”comum” ao personagem, a explicação para a existência do zumbi bombado é  descomplicada: um militar de alta patente, que estava sendo cobaia do governo em um experimento de alto risco e ultra secreto. Bom, o resto vocês já sabem. 

Porém, Army of the Dead deixa explicito que ele não é um filme de zumbis comum. Em uma das primeiras cenas, podemos avistar OVNIS, o que parece confirmar que o vírus possui origem de outro planeta. Mas, e se não for o vírus, mas sim, o próprio Zeus? Seria interessante inserir essa abordagem de outro mundo no background do monstro, visto que o seu sangue e o feto de sua rainha tinham compostos azuis. 


Ômegas e Alfas.

Justice League: Zack Snyder Sneaks Darkseid Easter Egg Into Army of the Dead Trailer - The Direct
Créditos na imagem: The Direct.

No epílogo do filme, descobrimos que Vanderhore foi mordido por um morto-vivo, provavelmente um Alfa

O personagem demora para perceber que ele está contaminado, e quando os efeitos colaterais começam a aparecer, ele está em um voo com destino à cidade do México. 

Com a morte de Zeus, os Alfas deixam de existir, uma vez que apenas ele conseguiria transformar os seres-humanos em bestas inteligentes.

Entretanto, teoriza-se que o líder das bestas foi o responsável por morder Vanderhore, e que com a sua mordida misturada com o sistema nervoso do melhor amigo de Scott, ele pode ter criado uma nova raça denominada Ômega, seres ainda mais inteligentes e evoluídos que os Alfas. Um detalhe que passou desapercebido pela maioria, é que Vanderhore tem um Ômega tatuado em seu peito. Vale lembrar que Ômega também é a última letra do alfabeto grego, o que nos dá uma possível interpretação de um ciclo temporal. Tudo começou com o Alfa e tudo terminou com o Ômega(?)


Quem são os robôs zumbis? 

Army of the Dead: Some of the Zombies Are Actually Robots

Com olhos azuis e crânios metálicos, os robôs zumbis aparecem algumas vezes durante o longa.

Aqui, apesar da incerteza, não há muito mistério: o governo norte-americano precisava acompanhar e monitorar o cotidiano das criaturas de perto, sem que elas percebessem que haviam espiões em seus territórios. Pensando nisso, a inteligência dos Estados Unidos sequestrou alguns Alfas da área de quarentena e implantou próteses mecânicas neles, tornando-os em drones vivos. 

Os ciborgues podem ser explorados em Army of the Dead: Lost Vegas, série animada spin-off da franquia que chega em 2022 na Netflix


Linhas temporais alternativas

Army of the Dead time-loop theory explained - is it real?

Um dos pontos mais interessantes de Army of the Dead: Invasão em Las Vegas, é a suposta linha do tempo alternativa. 

Quando Scott e a sua equipe finalmente chegam ao cofre da missão, eles avistam várias corpos queimados, que estão com as mesmas vestimentas e acessórios que eles. 

A cena corta para Vanderohe, que diz: ”Somos nós. Poderiam ser nós em outra linha do tempo, e estamos presos em um ciclo infinito de luta e morte’‘. Enquanto o personagem de Omari Hardwick explica a situação, vemos a comparação entre os cadáveres com o time de Ward, deixando claro que a possibilidade de viagens entre linhas temporais paralelas. 

Felizmente, a trama não explica o que houve, deixando elucidação para futuras produções. Como Army of the Dead se passa em Las Vegas, um lugar com uma mística única, não é difícil imaginar que há algo além dos zumbis e OVNIS. Seriam eles, cobaias do governo que foram enviados para acabar com as feras canibaismas fracassaram e tiveram que ser reiniciados? Ou clones que não passam de soldados remetidos para missões suicidas? 


Zack Snyder adicionou elementos ao gênero de zumbis, explorando e incorporando elementos sci-fi na mitologia dos mortos-vivos. Não deve demorar para a Netflix anunciar uma ou mais continuações da obra, e esperamos, que o anúncio seja feito muito em breve. 

Para futuras informações a respeito de Army of the Dead, fique ligado aqui, na Torre de Vigilância. 

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Army of the Dead: A Liberdade de Zack Snyder

O que acontece em Vegas, fica em Vegas?

Army of the Dead foi anunciado originalmente em 2008 e demorou 10 anos até que finalmente a Netflix adquirisse os direitos de produção e decidisse lançar o longa. Depois de tantos anos de espera, finalmente o longa foi lançado na plataforma de streaming com Zack Snyder em sua direção e sendo o responsável pelo primeiro filme de um universo que aparenta ter um futuro bem promissor.

Army of The Dead | O que sabemos sobre o filme até o momento

No filme, Las Vegas é infestada de zumbis após um acidente envolvendo uma carga da Área 51. Depois desta introdução e diante de toda a tensão política envolvendo a situação e o planejamento de destruir a cidade com uma bomba nuclear acompanhamos Scott Ward, um ex-militar responsável pela evacuação da cidade no dia do acidente, e seu grupo de mercenários que tem como objetivo invadir e assaltar 200 milhões de dólares de um cassino. O tom do filme já é estabelecido nas primeiras cenas, apresentando a já tão conhecida e criticada assinatura do diretor que logo se torna diferente ao apresentar uma introdução colorida mostrando os primeiros acontecimentos da cidade.

A trama de Army of the Dead é bem simples e rasa, entretanto os ganchos gerados a partir dela não são e isso é notado não só na introdução do longa como também em diversos elementos espalhados durante sua exibição. O bom disso é que a história consegue ser bem desenvolvida sem precisar enrolar o telespectador com explicações desnecessárias durante a exibição. Infelizmente há arcos desnecessários que servem apenas para prolongar o tempo de duração, sendo aproximadamente três horas de filme. No fim, a história e sua conclusão são satisfatórias e deixam o telespectador curioso com o futuro deste universo.

Quanto aos personagens apresentados: suas motivações são extremamente superficiais e não geram carisma com o público. Aqui dedica-se um bom tempo de tela para introduzir eles mas não há desenvolvimento dos mesmos, o que sabemos sobre é que cada um tem uma habilidade específica para a situação onde por exemplo um é responsável por abrir cofres, outro pilota helicóptero e por aí vai. Não há preocupação em desenvolver mais do que isso, e é interessante pois a dinâmica do grupo funciona como se cada um fosse de uma classe diferente em um jogo de RPG, dando um certo aspecto de videogame ao filme semelhante ao visto na franquia Left 4 Dead ou até mesmo ao Payday. Resumindo, nenhum personagem se destaca fazendo com que o protagonista do filme seja de fato a cidade de Las Vegas e este grupo sirva apenas para conduzir uma das diversas histórias deste universo.Army of the Dead' review: Zack Snyder cuts loose (and too long) on a zombie-heist combo - CNNO único problema deste falta de carisma por parte dos personagens é que gera arcos desnecessários como é o caso da relação entre o personagem de Dave Bautista e sua filha – não há desenvolvimento e acaba que seu término passa batido. No fim das contas, estes arcos tomam um tempo de tela desnecessário que prolonga a exibição do longa e não cumprem nenhum papel em específico na narrativa.

A fotografia do filme merece destaque: Snyder abandona aqui sua estética já conhecida e adota um tom mais colorido que torna o filme mais divertido e descompromissado com a seriedade. Além disso os efeitos estão sensacionais ao misturar efeitos práticos com CGI, trazendo maior naturalidade ao longa. Inclusive deve-se destacar a substituição no elenco feito de última hora: Tig Notaro entrou para a equipe ao invés de atrasar o filme com refilmagens e afins, o ator anterior foi substituído digitalmente pela atriz – sendo esta gravada em estúdio com telas verdes. Em alguns momentos se estranha essa substituição por conta da movimentação da atriz, mas é bem feito e quase não se nota durante a exibição.

How Zack Snyder Swapped in Tig Notaro for 'Army of the Dead'O mais interessante no longa são os zumbis e suas dinâmicas: sendo semelhantes aos apresentados na adaptação do livro Eu sou a Lenda (2007) e do filme World War Z (2013), as criaturas se comportam de forma inteligente como se vivessem em uma colônia e com consciência de cada organização. Infelizmente não se explora tanto esse lado durante o filme, mas na introdução mesmo se explica de forma perfeita como a epidemia começou. Deixando mais perguntas do que respostas, fica óbvio os diversos ganchos deixados pelo diretor para responder futuramente em outras mídias.

É nítida também a liberdade autoral que Zack Snyder teve para conduzir o longa durante sua produção, passando pela estética e assinatura clássica do diretor até pelo desenvolvimento da trama sem nenhum corte que comprometesse o desenvolvimento da mesma. É sensacional ver aqui o que o diretor consegue fazer sem interferência de terceiros, comprovando que seu pior inimigo era sua parceria anterior. Para os fãs de seu trabalho, este filme é um prato cheio e marca sua nova trajetória no audiovisual junto ao seu corte de Liga da Justiça.

Army of the Dead': Novo thriller de zumbi do Zack Snyder já está disponível na Netflix | CinePOP

Então, é bom?

Army of the Dead é uma junção entre Esquadrão Suicida e Madrugada dos Mortos que consegue revigorar e homenagear o gênero com maestria. O longa cumpre tudo o que prometeu em seu marketing e entrega um blockbuster de zumbis digno de ser visto nos cinemas, onde o protagonista é Las Vegas propriamente dita e os personagens servem apenas como instrumentos para desenrolar a história deste mundo e deixar ganchos para sequências e prólogos. Em suma, Army of the Dead é um bom filme do gênero, divertido e que consegue entreter o telespectador deixando-o curioso para o que está por vir no futuro promissor deste filme.

Nota: 4/5 – Ouro

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Oxigênio e a atmosfera rarefeita em sua composição

Oxigênio é o novo filme francês da Netflix dirigido e produzido por Alexandre Aja (Viagem maldita, Predadores assassinos) e estrelado por Mélanie Laurent (Bastardos inglórios, Truque de mestre). Nesta ficção científica, uma mulher desperta dentro de uma câmara criogênica sem lembrar de quem é, onde está ou porque está ali, enquanto o oxigênio disponível vai se esgotando. Em uma luta claustrofóbica a protagonista (Liz) precisa resolver o enigma que garantirá sua sobrevivência.

Oxigênio: Explicamos o final eletrizante do filme da Netflix

O filme começa com uma perspectiva pra lá de incômoda, sem se preocupar em preparar o espectador, o que é bom, pois cativar a atenção nos primeiros 15 minutos é fundamental em um enredo assim. Quanto mais minutos se passam, mais complexo e intrigante fica a história, e a cada chute que você dá sobre o que vem a seguir, mais você se surpreende. A narrativa não é nada previsível e é de pasmar a cada revelação -muitas delas arrepiantes. O oxigênio se esgota cada vez mais ao passo que sentimos precisar de mais e mais respostas, enquanto descobrimos o percurso da protagonista Liz junto da mesma, quase como coadjuvantes.

Oxygen': Netflix's New Sci-Fi Film, Release Date, Plot, Cast, and Trailer -  Sci-Fi Scoop

Não há o que reclamar da atuação de Mélanie Laurent aqui: a atriz consegue espelhar precisamente todas as emoções possíveis naquele contexto, mas sem exageros ou falta de comoção. Passamos juntos com a protagonista por vários tipos de sensações, como medo, aflição, dúvida, desespero e até as partes mais filosóficas acerca da personagem e sua história. O fato de ser reduzida a um pequeno espaço durante quase todo o longa foi também um grande agente que pôs ainda mais em evidência o talento de Mélanie. 

Os cortes de cenas funcionam de várias formas, todas elas dinâmicas e criativas, assim como os ângulos e jogos de câmera engenhosos. Mesmo com uma uma área limitada de cenário, tudo ali foi aproveitado de uma maneira eficiente, garantindo nossa imersão naquele ambiente apavorante e transpassando a agonia daquela esfera. Tudo fruto de uma boa direção, porém com um roteiro que possui suas falhas. As cores escolhidas também são um ponto positivo, sendo as principais vermelho e azul, o que contribui para a apreensão visual, assim como sua bela fotografia.

Oxigênio na Netflix: Entenda o final do filme estrelado por Mélanie Laurent  - Notícias de cinema - AdoroCinema

O longa pode não ser inteiramente de suspense, visto que foca também na história da protagonista e as explicações da trama em si, mas isso não significa que em muitas cenas não entregou o que prometeu, como a tensão, que poderia ter sido um pouco mais aproveitada, ainda que se tenha feito presente. Vale dizer que as descobertas desse quebra-cabeça é o que realmente instaura a apreensão, além de toda a profundidade filosófica do cenário. No entanto, parece que no final toda a questão é resolvida com só um pouco de esforço de Liz, e toda a sua existência, que seria a parte mais significativa, é mal aprofundada na conclusão, o que deixa uma sensação de insatisfação por parecer que toda a história foi bem desenvolvida mas o final não, como se toda a luta pelo oxigênio tivesse sido em vão dada a facilidade com que as coisas se sucederam.

Oxigênio é um filme que vale a pena assistir e que surpreende por sua ideia bem arquitetada, mesmo que deslize mais para o final. O que parece ser pequeno e simples por sua premissa surpreende por seu arcabouço bastante interessante.

Nota: Ouro

 

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Vamos Salvar o Simbolismo do Superman! E isso é um trabalho para Calvin Ellis!!

Super-força? Visão de raio X? Sopro-congelante? Super-velocidade? Qual o melhor poder do Superman? Você pode enumerar poderes do maior super-herói de todos os tempos, ou melhor, o super-herói definitivo. O Superman é o personagem que sempre será visado, em visões diferentes, versões diferentes e de formas diferentes. Mas as melhores versões do Superman (e acredite tem muitas versões) são aquelas que o maior poder do personagem é melhor executado e utilizado: o simbolismo.

O Superman é um símbolo. E quando qualquer escritor usa esse poder especial que poucos heróis tem, possivelmente o Steve Rogers/Capitão América chega próximo, são as melhores fases e histórias do personagem. Quando pegamos o quadrinho Entre a Foice e o Martelo, que Mark Millar apresenta o Superman soviético, resolve se transformar em um símbolo e mudar toda trajetória daquele país. O simbolismo em que Grant Morrison apresenta em Grandes Astros, como é importante ser o Superman no mundo. Até mesmo o Superman do Frank Miller, em Cavaleiro das Trevas, é um símbolo. Mesmo que seja um símbolo da derrocada dos heróis, o maior e mais forte homem do mundo virou um fantoche do governo. São alguns dos exemplos.


Então entendemos que o Superman é um símbolo. E só isso responde a pergunta que está encravada no título desse artigo. Mas como isso pode funcionar nos cinemas? É só fazer o simples e convicto no estilo Pantera Negra. Com representatividade, com respeito, amor e sendo um símbolo para as pessoas. Não que o Pantera Negra não tenha sido, ou melhor, não seja. Mas estamos falando do maior super-herói de todos os tempos.

Criando uma comparação meio forçada até, é como colocar o Martin Luther King com todos esses poderes. É o símbolo que até então na grande mídia e até mesmo nos quadrinhos, nunca conversou com a raça negra. Apesar de existir o Superman da Terra-23, ele nunca teve tanta importância no Universo DC, aparecendo em sagas entre as Terras ou algo similar. Ninguém na DC Comics nunca usou Calvin Ellis para ser protagonista de algo grande e único. Calvin Ellis precisa deixar de ser esse personagem que simplesmente somente representa uma contraparte de outra Terra e ser utilizado no como o símbolo que o Superman sempre teve.

Em um mundo em que as diferenças sociais estão cada vez mais ativas, em que casos como George Floyd, ou então em casos de pessoas famosas cometendo falas ou atos racistas em programas de realitys shows, e mesmo assim essas pessoas ainda ficando em evidência e ganhando milhares de seguidores, ou as infindáveis injustiças sociais que ocorrem no dia a dia e que se tornaram “rotina”. Um personagem do peso e da importância do Superman ser negro é extremamente importante. É um símbolo que pode e deve ter um efeito fantástico sobre a sociedade. Para os dois lados, tanto para inspirar para o bem, para inspirar, como para os milhares de imbecis vomitarem seus preconceitos em seus teclados covardes e seus relinchos que nada passa de uma “lacração”.

O Superman sempre foi a figura do imigrante. Aquela pessoa que tenta se incluir em um mundo que não é seu, que não pediu para ficar, mas escolheu ficar lá e proteger aquele povo que ele adotou. E o super-herói que vive de escolhas, que com sua audição escuta milhares de quilômetros e todos os problemas em volta, e precisa estar em vários lugares e salvamentos em locais diferentes. O Superman precisa decidir, usando um exemplo “idiota”, se vai se dar o luxo de jantar ou salvar um trem caindo de uma ponte.

Algo como a população negra hoje em dia. Como a população nordestina. Como a população indígena. Como a comunidade LGBTQ+. Como muitas mulheres. Pessoas que precisam escolher entre andarem sozinhas, entrar em lojas sem serem desconfiadas, de ter o um aparelho telefônico mais moderno ou ficar em casa para não correr o risco de acontecer nenhum preconceito/agressão contra.

Em uma época em que desconstruir as características benevolentes e inspiradoras do Superman virou moda em diversas mídias, e simplesmente sucatear o personagem como um super-herói violento é sinônimo de vendas, poder colocar o personagem com o simbolismo como sua maior virtude, seria muito bem-vindo. Provavelmente a última vez que o simbolismo do personagem foi melhor utilizado foi na, excelente, Superman: Smashes the Klan de 2020.

Possivelmente, eu, Ricardo Ramos, não seja a melhor pessoa para escrever esse texto. E tenho minha consciência isso e nem é minha intenção tentar me colocar no lugar de ninguém, eu não tenho esse direito. Eu não sofro como as pessoas que citei sofrem no dia a dia, como uma rotina maldita que não escolheram. Mas eu tenho certeza de que o Superman negro, e seu simbolismo, seria de suma importância para o mundo de hoje. Espero que realmente a Warner saiba fazer isso acontecer.