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Meu Pai e a Brilhante Atuação de Anthony Hopkins

Baseado em uma peça de teatro escrita por Florian Zeller – sendo este também responsável pela direção do longa, Meu Pai concorreu a seis categorias do Oscar, incluindo a principal de Melhor Filme, e levou duas estatuetas: Melhor Roteiro Adaptado e Melhor Ator para Anthony Hopkins.

Na trama acompanhamos Anthony (interpretado por Anthony Hopkins), um senhor de 81 anos que mora sozinho e não aceita os cuidadores que sua filha Anne (interpretada por Olivia Colman) contrata. Após um tempo sua filha decide se mudar para Paris com o namorado e os cuidados se tornam mais necessários do que nunca. Anthony reluta a aceitar a situação enquanto precisa lidar com sua perda de memória provocada pelo  Alzheimer, que fica pior a cada minuto de exibição. The Father (Florian Zeller)

O grande destaque em Meu Pai é que durante toda a exibição do título somos intrigados com a fragmentação que ocorre na montagem do filme, com partes de memórias soltas e outras situações inusitadas. Assim como o nome da película sugere a trama é focada completamente na narrativa do pai e, por mais que tenhamos contato também com os sentimentos de sua filha através de cenas isoladas, somos imersos apenas à sua visão da história.

Como dito acima, a história originalmente foi escrita para o teatro e sua adaptação é feita com maestria ao utilizar os elementos técnicos que apenas o cinema proporciona, tais como a montagem, a iluminação, a fotografia e outros pequenos detalhes que somados contribuem para contar uma história tão delicada de forma que o telespectador se sinta tocado pela mesma.

Crítica - The Father (Meu Pai) - Noite de Oscar

Por fim, acaba que o longa se torna uma experiência sensorial onde o telespectador presencia o retrato da demência por meio dos olhos de Anthony. A cada cena que se passa, a confusão aumenta e o telespectador se sente angustiado ao querer encaixar as peças do quebra-cabeça exibido em tela e vulnerável até chegar no desfecho da trama. Zeller construiu sua adaptação com a perfeição que a sétima arte poderia provocar, e é digno de aplausos.

O elenco do título, composto por excelentes nomes, também contribui bastante para essa experiência. O destaque vai para a interpretação brilhante de Anthony Hopkins como o protagonista, conseguindo transmitir com excelência toda a confusão gerada pelas cenas tumultuadas e toda a angústia provocada pela doença. Além disso Olivia Colman está fenomenal interpretando sua filha, passando com clareza os sentimentos envolvidos perante a situação com seu pai. Hopkins de fato mereceu o prêmio de Melhor Ator: sua atuação neste longa é brilhante e merece toda a atenção possível.

The Father | Rob's Movie Vault

Então, é bom?

Meu Pai é um longa incrível que apresenta uma história comovente, tocante e única. Anthony Hopkins atua de forma brilhante e conduz a história com maestria em conjunto com Olivia Colman e todos os outros personagens secundários, adaptando de forma perfeita o material original. Sem dúvida alguma é um longa que merece ser enaltecido e deve ser visto por todos com a devida atenção.

Nota: 5/5 – Diamante

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Disney Plus | Confira os Lançamentos de Maio

Foi divulgado recentemente pela Disney a lista de títulos que serão lançados no mês de Maio em sua plataforma de streaming, com destaque para o lançamento de Cruella, filme estrelado por Emma Stone que contará a origem da vilã e para a nova animação de Star Wars, que será lançado em 4 de Maio – confira a lista completa:

04/05

  • Star Wars: The Bad Batch
  • Lego Star Wars: All-Stars
  • Lego Star Wars: As Aventuras dos Freemaker
  • Star Wars: Forças do Destino

07/05

  • Elefantes: Em Nome da Liberdade
  • Grandes Migrações
  • Derramamento de óleo do século
  • Ailo – A Jornada de uma Rena

14/05

  • Cruella – através do Premier Acess
  • Grand Canyon ao extremo
  • Marvel: Aventuras dos Super-Heróis – Temporada 4

28/05

  • Coleção Launchpad – Curta a Diversidade, com os seguintes curtas: The Little Prince(ss); American EidO; Jantar Está Servido; Seja um Tigre; Encarando Meus Segredos; O Último dos Chupa-Cabras.
  • Coop & Cami – Temporada 2
  • As Crônicas de Evermoore – minissérie
  • Desafio Impossível – Temporada 1
  • Dra. T: Clínica de Animais Exóticos
  • Expedição Marte
  • Marvel Rising: Initiation

Além dos títulos, a plataforma receberá novos episódios de Virando o Jogo dos Campeões, Big Shot: Treinador de Elite Por dentro da Pixar (Parte 4).

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Fallout 76 | Nova Atualização ”Carregado e Preparado” já está Disponível

Lançado em 2018 pela Bethesda, Fallout 76 recebe sua mais nova atualização gratuita: ”Carregado e Preparado”. Já disponível para todos, o upgrade marca o início da quarta temporada com um novo tabuleiro tematizado do Campeão da Armadura e traz características de comunidade muito esperadas, incluindo configurações de S.P.E.C.I.A.L. e espaços de C.A.M.P., assim como expansão das Operações Diárias e melhorias de qualidade de vida adicionais.

Confira o trailer abaixo:

Configurações de S.P.E.C.I.A.L.

Um dos maiores pedidos da comunidade, agora, é uma realidade. Configurações de S.P.E.C.I.A.L. permitem que os jogadores redefinam completamente os atributos S.P.E.C.I.A.L. de um personagem para rápidas revisões de build. A partir do nível 25, os jogadores podem criar e salvar combinações customizadas de S.P.E.C.I.A.L. e Cartões de Vantagens e, então, mudar entre eles.

Para realizar uma troca de configuração, editar os Cartões de Vantagens ou os pontos de S.P.E.C.I.A.L., simplesmente visite uma máquina Perfuradora de Cartões. As máquinas podem ser construídas nos C.A.M.P. ou encontradas em Estações de Trem pelos Apalaches para fazer mudanças a qualquer momento. Os jogadores podem ter até duas configurações de S.P.E.C.I.A.L. por personagem.

Espaços de C.A.M.P.

Até agora, os jogadores estiveram limitados a 1 C.A.M.P. Com os Espaços de CAMP, eles podem construir diferentes C.A.M.P., cada um com sua própria localidade, custo, nome e até ícone único de mapa. É possível deixar um C.A.M.P. ativo por vez e facilmente mudar entre eles usando o novo menu Espaços de C.A.M.P., ou usando os ícones no mapa.

Gerenciar os itens de inventário para venda também ficou mais fácil. As Máquinas de Venda agora trazem o um grande inventário que é compartilhado por todos os seus C.A.M.P. As vitrines não são compartilhadas, permitindo que o jogador exiba diferentes itens em cada um dos seus lares.

Temporada 4 – “Campeão da Armadura em Aço Gélido”

A temporada 4 começa hoje (27/04) com um novo tabuleiro e 100 níveis para alcançar. Completando missões, desafios e eventos, os jogadores irão avançar pelo tabuleiro e seguirão junto com o Campeão da Armadura em uma nova aventura sazonal, resgatando diversas novas recompensas pelo caminho. Esta temporada traz itens que aparecem pela primeira vez como recompensas, como Manequins, Nukashine Sem Açúcar, Insígnias de Girino e Lager Peso de Formiga Radioativa. Os jogadores também podem esperar por novos visuais de Armaduras Potentes, novos itens para C.A.M.P. e novos cosméticos.

Para mais informações a respeito da atualização e da nova temporada, confira o site oficial do título. Fallout 76 está disponível para Xbox One, PC e Playstation 4.

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Godzilla vs. Kong: Uma Trama de Titãs Prejudicada pelos Humanos

Desde os créditos de Godzilla: Rei dos Monstros (2019), onde observamos o titã enfrentando Kong em uma pintura rupestre, os fãs do Monstroverso – este oficializado em 2017 com a cena pós-créditos de Kong: Ilha da Caveira – ficaram ansiosos esperando o confronto dos dois personagens. Finalmente, após muita discussão na internet acerca de quem ganharia a batalha, a espera acabou com o lançamento de Godzilla vs Kong em Abril deste ano.

Dirigido por Adam Wingard, responsável pela adaptação live-action de Death Note na Netflix, o título entrega uma diversão honesta com sequências bem construídas e com uma trama sólida, mas infelizmente comete os mesmos erros que o seu antecessor do universo compartilhado.

Na trama, Godzilla ataca a sede da Apex Cybernetics e, logo após isso, o presidente da mesma procura investigar com segundas intenções as origens dos monstros e da energia do titã presentes no planeta através de uma teoria denominada ‘Terra Oca’. Para isso, utilizam Kong como guia para o determinado local e isso provoca o confronto entre os dois titãs – que por si só já são inimigos naturais. Em paralelo, um grupo de humanos procura investigar as conspirações envolvendo a mesma.

O roteiro apresenta um argumento sólido, porém, é desenvolvido de forma expositiva e conveniente com todos os personagens envolvidos. Seguindo os mesmos problemas de Godzilla: Rei dos Monstros, os diálogos extremamente clichês entre os personagens servem apenas para explicar algo que já foi exposto visualmente ou para quebrar o clímax do longa com piadas sem graça. O ponto de vista dos humanos apresenta dois lados: um deles sendo protagonizado pelos personagens envolvidos com a Monarch e com a Apex Cybernetics, empresa envolvida com o plot do título, enquanto o outro dá ênfase na personagem de Millie Bobby Brown e seus amigos.

Enquanto o primeiro – apresentando os problemas estruturais de roteiro descritos acima – cumpre um papel importante para o desenrolar da trama e para o confronto dos titãs, o outro serve apenas para aumentar o tempo de tela do filme e não acrescenta em nada para o desenrolar da história, não contribuindo para o seu desenvolvimento. Caso os personagens do núcleo de Millie fossem removidos na edição final do título, a trama continuaria a mesma. Por último os humanos por si só não cativam o telespectador e fazem com que o desenrolar do filme seja arrastado em certos momentos, um exemplo disso é o primeiro ato do título que arrasta a trama até que ela consiga apresentar um ritmo, sendo este interrompido em diversas vezes pelos diálogos e interações entre os mesmos.

Em suma, o roteiro utiliza os humanos e suas interações para deixar tudo mastigado ao público como se o mesmo não fosse capaz de tirar suas próprias conclusões acerca do que ocorre em tela – o que acaba prejudicando e muito a experiência pois, em quase duas horas de filme, 75% de sua duração conta com as interações entre os personagens.

Godzilla vs. Kong' Review: Let's You and Him Fight - The New York Times

Kong e sua história acabam sendo o centro da trama e o que cativa o telespectador a descobrir mais sobre o universo exposto desde 2014 nas telas e, por mais óbvio que seja o fato que Godzilla é o mais forte do confronto, é inegável dizer que o carisma e a humanização do primeiro personagem não faça com que a torcida se volte para ele. Dito isso, Godzilla vs Kong acaba se tornando uma trama de titãs prejudicada pela participação dos humanos – assim como os dois filmes do titã nuclear, cujo no primeiro só aparece em tela durante oito minutos de longa.

Deixando o roteiro de lado, os confrontos entre os monstros são épicos e os efeitos visuais, em conjunto com a fotografia, são sensacionais. Toda a enrolação provocada pela trama no ponto de vista humano e pelos quarenta minutos iniciais, que são extremamente maçantes, acaba sendo compensada quando ocorre o primeiro encontro entre os dois e nas cenas de ação seguintes.

Godzilla vs Kong Early Buzz: What the Critics Are Saying – /Film

Então, é bom?

Por mais que a trama envolvendo o ponto de vista humano estrague grande parte da experiência do filme, as cenas de ação bem executadas e os efeitos visuais do longa compensam todos os defeitos e entregam um bom título. Godzilla vs Kong entrega com maestria o que vendeu em seu marketing: uma diversão honesta envolvendo um confronto épico e de tirar o fôlego entre os dois maiores titãs do audiovisual com uma conclusão satisfatória para os amantes do universo estabelecido pela Warner em 2014.

Veredito: 3/5 – prata

 

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Amor e Monstros: O Webnamoro no Fim do Mundo

Indicado ao Oscar 2021 na categoria de ‘Melhores Efeitos Visuais’ e estrelado por Dylan O’Brien, conhecido pelo seu papel em Teen Wolf e na adaptação da trilogia Maze Runner, Amor e Monstros estreou ano passado nos Estados Unidos e chegou na Netflix semana passada, dia 14 de Abril. Apresentando uma história boba e um protagonista cativante, o título diverte do início ao fim.

Amor e Monstros', 'Rambo' e mais: o que chega na Netflix em abril em 2021 | Michael rooker, Rambo, Dylan o'brien

Na trama do longa, o mundo foi dominado em sua superfície por monstros logo após a ameaça provocada por um meteoro – que fez com que os humanos se refugiassem no subterrâneo. Sete anos após o fatídico evento e escrevendo inúmeras cartas para sua namorada, Joel consegue contato com ela no rádio e descobre onde a mesma está escondida. Após algumas semanas conversando, com medo e inseguranças em sua mente, o protagonista decide ir até o esconderijo e percorrer todo o perigoso caminho da superfície para encontrar sua amada. Em suma, a trama pode ser resumida como um webnamoro durante o apocalipse.

O roteiro por si só é bem simples e apresenta uma conclusão clichê, porém é bem trabalhado durante toda a exibição do longa. Em dez minutos de filme já somos introduzidos na presente situação, e a partir disso o título explora com excelência a ambientação e o desenvolvimento do protagonista durante toda a sua jornada através dos obstáculos que o mesmo encontra, explorando também o lado dos monstros na trama e outros personagens que surgem no meio do caminho. A história é conduzida de forma leve pelo diretor, que consegue manter um ritmo constante do começo ao fim – fazendo com que os elementos clichês da trama sejam ignorados pela experiência em si.

Amor e Monstros é comédia divertida sobre mundo pós-apocalíptico

O elenco do filme funciona bem em conjunto: por mais que o tempo de tela seja maior no personagem de Dylan O’Brien, quando este se encontra com outros personagens durante sua jornada na superfície, a química flui de forma natural e divertida, colaborando também para o crescimento emocional do personagem. Infelizmente, o terceiro ato do longa se apressa um pouco para finalizar logo o título, entretanto mesmo assim a história consegue fluir perfeitamente.

E quanto aos efeitos visuais, são simplesmente incríveis. Tanto a ambientação como a composição dos monstros conseguem trazer uma atmosfera de tensão a cada frame que ameaça o surgimento de um antagonista, assim como deixa o telespectador mais intrigado ainda sobre o universo do filme. Sua indicação ao Oscar é merecida e, dentre os indicados, este se tornou meu título preferido para levar a estatueta de ouro.

Amor e Monstros | Novo filme da Netflix é surpreendente e divertido - Legião Jovem

Então, é bom?

Com uma trama boba, um roteiro simples e um final clichê com um discurso motivacional, Amor e Monstros consegue ser extremamente cativante e divertido – cumprindo, assim, o seu papel para entreter o telespectador. Os personagens apresentados e o desenvolvimento do protagonista dentro das situações apresentadas fazem com que quem assiste torça para que tudo acabe bem.

Por fim é difícil não comparar este filme com o fiasco que foi a adaptação de Paul. W.S. Anderson do jogo Monster Hunter, por mais que ambos os títulos apresentem premissas diferentes, a temática é semelhante e neste longa não só a ambientação e os antagonistas são explorados como também o protagonista e seus sentimentos têm um peso significativo na história: conseguindo fazer tudo o que o longa supracitado não fez.

Simples e extremamente divertido, o novo título disponível na Netflix é a escolha perfeita para se assistir no fim da tarde e passar o tempo.

Nota: 3.5/5

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Gameplay

Dandy Ace e seu Ás na Manga

Produzido pelo estúdio brasileiro Mad Mimic, Dandy Ace é uma incrível surpresa no cenário nacional dos videogames. Semelhante ao surpreendente Hades, lançado ano passado, o título é um rogue-lite com diversas ferramentas interessantes e bastante inovadoras em sua gameplay, mostrando que o mercado brasileiro é subestimado pelos demais e tem muito o que mostrar.

Dandy-AceNa trama Dandy Ace é um incrível mágico, sendo considerado um dos melhores do mundo e é claro que isso atrai inimigos. Tomado pela inveja, seu rival conhecido como Ilusionista dos Olhos Verdes envia o mágico para um mundo paralelo denominado de Palácio Que Sempre Muda, utilizando um espelho amaldiçoado. Para escapar, Ace precisará explorar as áreas do castelo e derrotar os diferentes inimigos que aparecem em seu caminho até chegar no seu rival.

Sua gameplay é bem semelhante a de Hades: você precisa se movimentar pelo mapa e passar pelos diferentes estágios enquanto enfrenta inimigos e diversas outras armadilhas espalhadas pelo cenário. E, como já é de costume do gênero, caso você morra todos os itens e as habilidades serão perdidas. Inicialmente, você pode escolher entre três habilidades que são representadas como cartas dentro do jogo dividas em três classes – as azuis são responsáveis por movimentos como investidas, as roxas são ataques diretos e os amarelos são ataques especiais. Conforme ocorre a progressão do jogador, novas magias são encontradas durante as fases e as lojas. O mais interessante desse jogo é que as cartas de habilidades podem ser combinadas com outras e há uma vasta gama de possibilidades para isso.

E essa customização é essencial para progredir pois o título é bem difícil, logo é preciso adaptar sua build a cada cenário com suas respectivas armadilhas e a cada inimigo novo. É preciso pensar antes e agir com cautela, pois cada movimento errado pode custar sua vida. Os gráficos e os cenários do jogo são muito bem trabalhados, seus detalhes encantam o jogador durante sua execução.

Poucos pontos negativos são notados no jogo, mas ainda assim estão presentes. Em alguns momentos as fases parecem semelhantes entre si o que torna a experiência um pouco enjoativa, junto com a repetição de situações que ocorrem contra os inimigos. Além disso o jogo apresenta muita informação visual em determinados momentos, o que atrapalha algumas vezes.

Dandy Ace tem lançamento confirmado para 2021Uma surpresa do jogo é a Twitch Mode: neste modo, os espectadores da transmissão no aplicativo poderão usar o chat para aumentar os desafios de Dandy Ace convocando mais inimigos, usando magias, dentre outras utilidades. Além disso em cada fase será sorteado para um espectador encher o mapa de Twitch Cupcakes, que podem envenenar ou regenerar o mágico. Pode-se também ajudar o protagonista, com cartas de habilidades novas.

Outra grande surpresa é que o título é dublado em português por diversos influenciadores como BRKSEdu, Gabi Cattuzzo, Maethe Lima, dentre outros.

Então, é bom?

Dandy Ace é um rogue-lite brasileiro extremamente divertido e versátil, apresentando um ás na manga que empolga e cativa o jogador durante sua execução. Todo o conjunto da obra é relaxante e dá vontade de jogar de novo após seu término – recomendo a todos que estão habituados com o gênero. O jogo será lançado nesta quinta-feira, dia 25 de Março, na Steam e em breve para  PlayStation 4, Xbox One e Nintendo Switch.

Nota: Ouro – Recomendável

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WandaVision e o Futuro da Marvel na Disney Plus

Após um ano sem produções da Marvel Cinematic Universe, fomos presentados com WandaVision, a primeira série do universo lançado na Disney Plus. Fugindo bastante da fórmula vista nos longas, o título tem sua premissa executada de forma excelente por meio de uma homenagem à televisão norte-americana em seus episódios e mostra o grandioso e promissor futuro da Marvel no novo serviço de streaming, que já conta com diversas séries confirmadas para expandir o grandioso universo apresentado nos cinemas.

Entretanto a produção e os atores criaram expectativa demais por meio de entrevistas no decorrer da série prometendo maior duração nos episódios finais, maiores surpresas para o futuro no audiovisual da Marvel e participações especiais – tal como a que ocorre no final da temporada de The Mandalorian. Toda essa expectativa resultou em diversas teorias semanais criadas pelos fãs, onde tais debates acabaram sendo melhores do que a conclusão da série em si que desperdiça seu enorme potencial em meio a um final apressado e levemente preguiçoso.WandaVision on Disney+: What We Know So Far & Coronavirus Delay | Observer

A trama de WandaVision segue após os eventos de Vingadores: Ultimato onde Wanda Maximoff acaba sequestrando uma cidade ao formar um domo em seu redor e trazendo o seu amor, Visão, de volta a vida. Dentro da cidade, a feiticeira cria uma simulação que no decorrer dos episódios transita entre as diversas épocas da televisão norte-americana como uma forma de contar sua história e de homenageá-la. Enquanto isso, coisas estranhas começam a acontecer dentro do domo e em seu exterior uma equipe tenta desfazer todo o caos que Wanda está promovendo com seus poderes. O roteiro funciona bem para atingir o objetivo do seriado: desenvolver os poderes e a personalidade da Wanda junto com relação entre os dois personagens de forma superior ao que foi feito nos últimos longas, porém apresenta alguns deslizes durante os episódios e principalmente na conclusão do título.

A partir do quarto episódio, quando o seriado começa a transitar entre o interior e o exterior da cúpula, observa-se a necessidade do roteiro em querer explicar tudo diversas vezes ao mesmo tempo que não explica quase nada em certos momentos. Com isso, em seus dois últimos episódios, o show sofre uma conclusão rápida com uma batalha final bem medíocre e com o desfecho de um personagem em específico extremamente decepcionante, desperdiçando uma oportunidade de ouro para desenvolver o mesmo e a ideia central do multiverso. Mas ao mesmo tempo que a conclusão foi meia-boca, ela funciona com o que a série propõe e faz com que seu desfecho seja satisfatório.

A montagem dos episódios foi feita de forma excepcional e na medida certa, onde os três primeiros episódios homenageiam os seriados antigos e a partir do quarto começa a transitar entre os dois pontos da série. O que deixou a desejar foi a duração: cada episódio apresenta certa de trinta a quarenta minutos onde apenas dez são de créditos, isso contribui para o que foi dito acima a respeito da conclusão ter sido rápida. Caso a duração fosse prolongada mais tal como prometeram nos últimos episódios, o problema poderia ter sido facilmente resolvido. WandaVision termina com batalha digna de Vingadores e despedida emocionante · Notícias da TV

Elizabeth Olsen está perfeita no papel de Wanda, entregando aqui sua melhor atuação até então no papel da personagem – não que antes estivesse ruim, mas com os holofotes voltados para ela e com o desenvolvimento perfeito da protagonista no decorrer da série, sua atuação no seriado se destaca dos demais títulos da produtora. E o mesmo pode ser dito para Paul Bettany, inclusive a química entre os dois é sensacional e bem trabalhada em tela durante todos os nove episódios.

É inegável que WandaVision deu o empurrão inicial para as séries da Marvel na Disney Plus, apresentando a mesma qualidade vista em um filme e fugindo da fórmula apresentada ao longo dos anos. Imagina-se que as futuras séries da plataforma de streaming sigam o mesmo rumo, principalmente Loki: o vilão adorado por muitos fãs em breve estará chegando e imagino que sua série tenha a mesma repercussão que WandaVision teve nesses dois meses. Por outro lado a próxima a ser lançada neste dia 19 é O Falcão e o Soldado Invernal, seriado de ação da dupla que ao mesmo tempo que aparenta ter uma fotografia incrível e cumprir o que vende, também aparenta ser uma série que não alcançará o que esta conseguiu. Entretanto aparenta ser também uma incrível expansão do que foi apresentado em tela nos últimos dez anos de MCU, dando destaque e desenvolvimento aos dois protagonistas com a mesma qualidade vista nos filmes. O futuro é promissor, tanto das séries como dos filmes – agora vamos torcer para que seja de fato.

WandaVision 1x05 Wanda Vision Argument 1080P HD1 - YouTube

Então, é bom?

Sendo uma produção diferente do que foi visto nas últimas películas do estúdio, WandaVision foi uma incrível surpresa da Marvel no novo serviço de streaming e, por mais que os três primeiros episódios tenham sido levemente arrastados, eles cumpriram seu papel e a composição da série ficou incrível. É uma série que acrescenta em muito no desenvolvimento da personagem – que até então não tinha tido tanto destaque nos filmes do MCU, e na relação entre Wanda e Visão.

Foram oito semanas de teorias criadas pelos fãs após o final de cada episódio e expectativas criadas pelas entrevistas dadas pelo elenco, no fim, quase nada se cumpriu e o final dividiu opiniões entre quem criou expectativas acerca dos debates criados e se decepcionou e por quem não criou nada e se surpreendeu com a conclusão. O final da série é levemente problemático por parecer ter sido executado de forma apressada em seu último episódio, onde observa-se claramente o receio por parte do roteiro de querer explorar certos assuntos e de se aprofundar em outros que a série abriu brechas durante sua temporada. Acaba que a conclusão é medíocre, mas satisfatória ao que é mostrado na série e funciona em harmonia com toda a trama – abrindo também uma porta para o brilhante futuro da personagem no universo e cumprindo seu papel com maestria. Com mais tempo de episódio e coragem por parte do roteirista de abordar certas temáticas e ganchos, com toda a certeza sua conclusão poderia ser melhor.

Cedars | Super-Powered Chaos: A Spoiler Review of “WandaVision” Episode Six

Por fim, WandaVision é uma série excelente e com uma qualidade absurda, que serve perfeitamente como um prólogo para o que está por vir na sequência de Doutor Estranho, no futuro do universo cinematográfico e como o pontapé inicial para as séries seguintes na Disney Plus. Agora nos resta esperar para que O Falcão e o Soldado Invernal, que tem seu lançamento previsto para daqui a duas semanas, consiga expandir o universo da mesma forma e entreter no mesmo nível.

Nota: 4/5

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Monster Hunter: Monstruoso, de fato

Mais um longa lançado este ano nos cinemas brasileiros por conta da pandemia de COVID-19, Monster Hunter chegou em sessões especiais desde o dia 18 deste mês e terá sua estreia no dia 25. Mais uma vez, Paul W.S. Anderson  – responsável não somente pela direção, mas também pelo roteiro e pela produção do título – e sua esposa conseguem estragar uma adaptação live-action de uma franquia de jogos da Capcom.

E, sinceramente, não é muito difícil fazer um filme de Monster Hunter: respeitando a caracterização, era apenas trazer uma trama base e colocar humanos lutando contra monstros gigantes, sabendo dirigir uma cena de ação tal como Guillermo del Toro fez em Círculo de Fogo. Entretanto, Anderson se superou e conseguiu entregar um longa preguiçoso, pior que seus outros filmes. Mas, sendo bem sincero, alguém tinha alguma expectativa para este longa depois dos estragos em Resident Evil?

Monster Hunter 2020 ― ( Full MOViE ) free ʺENG-SUBʺ | Monster Hunter (2020) — B.L.U.R.A.Y

O roteiro do filme é bem simples: um grupo de militares liderados por Artemis (interpretada por Milla Jovovich), sofre um acidente em meio a uma tempestade no deserto e se transporta por meio de um portal para o mundo de Monster Hunter. Com isso eles precisam sobreviver aos monstros da nova dimensão e, ao encontrar um caçador experiente, aprendem como fazer isso. O trailer do filme acaba contando toda a história do título e reúne as melhores cenas do mesmo, pois o restante é algo monstruoso e torturante de se assistir.

Caso tivesse uma boa direção e um bom elenco, a história poderia ser desenvolvida da forma correta. Mas não é isso que acontece, nos primeiros dez minutos de filme somos introduzidos a personagens que não apresentam nenhum carisma e nenhum desenvolvimento em tela. Depois disso, só se observa cenas de ação sem nexo com a Milla Jovovich correndo dos monstros até encontrar um aliado. Após isso, mais cenas de ação picotadas e sem nexo como se fosse um videoclipe de rock dos anos 2000.

A montagem do filme é horrível, as cenas de ação são extremamente cortadas e o uso do slow motion é feito da forma errada e preguiçosa. Junto a isso, grande parte do filme é apenas Milla Jovovich correndo, com a mesma expressão de sempre, dos monstros e estranhando tudo ao seu redor. Ou seja, uma trama de uma hora e quarenta minutos se torna extremamente arrastada e monótona. A maior decepção não é o longa, mas sim o final aberto que indica uma continuação – ou seja, mais filmes ruins da franquia a caminho com a desculpa de que o próximo será melhor tal como foi com a sua franquia anterior.

Monster Hunter, Pulled In China, Tops Box Office In 5 Other Markets – DeadlineFora isso, a trilha sonora é péssima e os efeitos especiais são dignos de dar risada. Há diversos momentos onde é notável o fundo de Chroma Key e de cgi, em somatória, o diretor utiliza apenas três monstros em um universo que deveria ser, na teoria, dominado por diversas espécies de monstros. Entende-se que isso ocorre pelo baixo orçamento do longa, mas diversas outras produções com o mesmo valor de orçamento ou até menos fizeram algo melhor.

Por último os único pontos positivos do filme são o figurino e a sua ambientação. As armas, armaduras e até mesmo os monstros, mesmo que estes tenham um cgi de baixa qualidade, apresentam uma certa fidelidade aos jogos (o que era o mínimo também, convenhamos). O destaque mesmo de fidelidade vai para a aparição do Amigato, sendo esta idêntica a sua cutscene no último jogo da franquia Monster Hunter: World.

Com esse filme, é comprovado oficialmente que Paul W.S. Anderson é um diretor extremamente preguiçoso que não procura evoluir com seus filmes – tal como sua esposa, Milla Jovovich, que se contenta com a mesma atuação medíocre de sempre. É inegável que o diretor teve diversas chances de provar que sabe dirigir e lançar um filme que tenha uma qualidade minimamente positiva; enfim, todas estas chances foram desperdiçadas pelo visto, não somente em sua franquia anterior como também nos seus últimos títulos como sua adaptação de Os Três Mosqueteiros e Pompeii.

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Então, é bom?

Sendo bem sincero, Monster Hunter é um dos piores filmes que já assisti em toda a minha vida. Todo o longa parece um amontoado de cenas de ação sem nexo graças à sua montagem mal feita e ao desenvolvimento porco dos personagens em tela. O roteiro é fraco e apresenta sequências extremamente vergonhosas, com cenas de ação e frases toscas – entretanto, caso o título fosse dirigido por alguém competente, poderia ser melhor do que esta bomba monstruosa. Nem os efeitos visuais se salvam, tendo em vista que até uma série com baixo orçamento para a televisão apresenta efeitos melhores, sendo assim um filme vergonhoso de se assistir no cinema.

O único elogio que tenho a fazer é ao figurino e ao visual dos monstros no longa. Estes, de fato, se apresentam semelhantes ao que é visto nos jogos sendo a única parte da adaptação digna de aplausos. Infelizmente o diretor já confirmou que a sequência está sendo escrita e é nítido pelo final extremamente aberto que teremos mais longas por aí, tal como a franquia de filmes baseada nos jogos de Resident Evil, estamos prestes a ver outro desastre cinematográfico no mundo das adaptações de videogames por um bom tempo. Infelizmente Paul W.S. AndersonMilla Jovovich não aprenderam com seus erros, e nem devem aprender tão cedo.

Apenas uma palavra pode definir esse filme: horroroso.

Nota: 0.5/5

 

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Tenet: do superestimado diretor Christopher Nolan

Antes de lançar seu novo longa em plena pandemia, Christopher Nolan insistiu para que o mesmo fosse aos cinemas pois, segundo ele, Tenet iria salvar os mesmos e era uma experiência única de ser vista nas telonas. Caso o diretor estivesse falando a respeito de Dunkirk, ele estaria completamente certo – entretanto ao falar assim de Tenet, Nolan superestimou seu longa e provocou um enorme prejuízo ao exigir seu lançamento durante a atual pandemia. Mesmo que o filme seja incrível visualmente, não há tantos detalhes técnicos que justifiquem a briga do diretor para o seu lançamento nos cinemas, entretanto ao mesmo tempo é um filme de tirar o fôlego tanto pela sua trama como pelas cenas de ação.

Review: “Tenet” de Christopher Nolan | PixelDrama

Em Tenet acompanhamos o Protagonista (John David Washington; conhecido por BlacKkKlansman), um agente da CIA que é recrutado para uma missão que tem como objetivo impedir que uma terceira guerra mundial ocorra através do tempo por meio de uma arma que faz com que ele corra ao contrário. Para isso, ele se une ao Neil (Robert Pattinson; conhecido por High Life e The Batman).

O roteiro apresenta uma boa premissa que acaba sendo mal desenvolvida pelo diretor. Como? Por meio de diálogos expositivos que, ao explicar o objetivo ou algum evento que ocorre durante a exibição do título, se tornam confusos propositalmente para que o público se perca em meio a tanta explicação. Fora isso, a montagem do primeiro ato do longa parece ter sido feita de forma apressada ao ponto de que o telespectador se perca facilmente sobre os eventos que está acontecendo. Outro problema é o vilão, que não é marcante e o roteiro não faz com que ele apresente uma ameaça real ao mundo.

Deixando esses deslizes de lado, a trama do filme é envolvente, empolgante e prende o público que consegue acompanhar todas as reviravoltas e os diálogos até o seu desfecho.

Crítica | Puramente técnico, Tenet é uma experiência sobre a trajetória, e não uma história sobre começos e fins – Por Ramon Vitor – Central HQs Central HQs

Um dos pontos fortes do longa são as atuações e a química entre Robert Pattinson e John David Washington: ambos se complementam de forma perfeita em cena e não é exagero dizer que carregam o longa nas costas durante suas duas hora e quarenta minutos de exibição.

As cenas de ação são bem sincronizadas, expostas na medida certa e em conjunto com a trilha sonora composta por Ludwig Göransson se tornam um trabalho único e bem realizado. No fim, a fotografia de Tenet e suas sequências se tornam os maiores destaques do longa.

Tenet | Filme de Christopher Nolan tem data de estreia adiada - Cinema com Rapadura

Então, é bom?

Tenet é um filme extremamente divertido com momentos de ação bem coordenados e exibidos na dose certa. A trama, por mais que tenha seus problemas, é envolvente e prende o telespectador do início ao fim. De fato, os únicos problemas do longa são sua montagem inicial e o fato de Christopher Nolan explicar algo simples de forma complexa para que o público se confunda e ache seu plot algo abstruso, coisa que não é.

Logo nos primeiros trinta minutos, um diálogo fala que Tenet não é para ser entendido, e sim para ser sentido – entretanto, durante toda a exibição do filme, o roteiro procura explicar cada detalhe com exposições em cima de exposições onde algumas distorcem o que já tinha sido dito, contradizendo o que foi exibido anteriormente. Resumindo: é um bom filme, com uma história envolve e excelentes cenas de ação, mas que seria melhor caso o diretor não tivesse superestimado sua obra afirmando que a mesma seria a salvação do cinema.

Por fim, Christopher Nolan acaba provando que é um diretor superestimado que tem a pretensão de criar grandes filmes sempre que tem a chance para dirigir um, subestimando o seu público e tentando transformar algo simples em complexo para engrandecer o roteiro no qual trabalha, além de ser elitista ao afirmar que todo filme deve ser visto no cinema, não sendo diferente com seu último longa. O enorme ego do diretor acaba atrapalhando o desenvolvimento de uma excelente ideia – não só neste filme, como em outros de seu histórico.

Nota: 3.5/5

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Soul: Uma Lição para a Vida

“Joe, agora que conseguiu, o que você pretende fazer?” “Não pensei nisso. Mas tenho certeza de que vou aproveitar cada segundo.”

No dia 25 de Dezembro, a Pixar nos presenteou com sua nova animação lançada diretamente no serviço de streaming da Disney Plus. O último título da empresa, Soul: Uma Aventura com Alma,  é um filme diferente de tudo que já foi visto na empresa.

Na trama acompanhamos Joe Gardner, um professor de música para o ensino médio que sempre sonhou em tocar jazz. Quando finalmente consegue a oportunidade, um acidente acontece e Joe acaba morrendo – isso tudo logo nos 10 minutos iniciais de filme. Acordando em outra dimensão e com sua alma separada do seu corpo, o músico acaba se encontrando com 22, uma alma em treinamento que não quer ir para a Terra de jeito nenhum – enquanto Joe quer retornar para aproveitar a chance da sua vida.

Com isso, Joe22 precisarão trabalhar juntos para conseguirem uma forma de fazer com que a alma do professor retorne para seu corpo e ele consiga almejar seu sonho. O longa apresenta um roteiro bem estruturado e divertido onde tudo o que o filme quer passar é exposto durante sua exibição da forma mais natural possível.

My Thoughts on The Fish Story from Pixar's Soul - Anthony DikéTecnicamente falando, a fotografia e a animação do filme são absurdamente lindas: a iluminação do longa e sua variação entre o mundo real e o plano etéreo, os detalhes nas articulações do protagonista e das roupas, a ambientação; tudo é feito com muita precisão e é nítido o carinho de sua realização. É incrível ver também as claras diferenças entre o mundo real e as dimensões: enquanto a vida na Terra é extremamente colorida e iluminada, o mundo pós-morte apresenta uma paleta de cor fria e clara. Além disso, a passagem para a dimensão pós-morte sendo marcada por uma esteira e por uma luz branca, o centro de treinamento sendo semelhante ao paraíso e as caracterizações dos seres do outro plano são tão bem elaboradas que é impossível assistir sem um brilho nos olhos.

Acaba que o longa apresenta uma narrativa suave e bem elaborada, destacando com precisão a lição que quer passar e as diferenças entre a vida e o pós-vida, seus detalhes e a beleza de viver.

Por narrar uma trama a respeito de uma questão sensível como o que acontece após a vida, acaba que outro ponto extremamente positivo é a forma que o longa trata todos os elementos, não priorizando uma crença religiosa para apresentar sua visão e utilizando conceitos que é de fácil entendimento ao público infantil. O trabalho de Pete Docter, diretor do longa, merece destaque e inúmeros parabéns por trabalhar esse assunto de forma sensível e prática.

Soul, da Pixar, foge do clichê da autoajuda ao questionar o que é sucesso | VEJAEntão, é bom?

Soul é um título divertido, cativante e único – sem dúvida alguma, um dos melhores filmes de 2020 e uma das melhores animações da Pixar. Além de apresentar uma beleza visual inacreditável, o longa carrega também consigo uma mensagem de esperança e uma lição tanto para os adultos como para as crianças, procurando responder as perguntas essenciais da vida em um ano tão conturbado que foi esse que se passou. Todos os elementos agem em sintonia para contribuir com o objetivo do longa e fazer com que o título tenha uma alma linda.

Por fim, quando acaba a exibição, é impossível não se sentir mais leve e com uma tremenda vontade de seguir todo o aprendizado do longa: o propósito da vida é apenas algo que forjamos no caminho e o mais importante é apenas desfrutar cada detalhe que a jornada nos oferece.

Nota: 5/5