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Amor e Monstros: O Webnamoro no Fim do Mundo

Escrito por José Victor

Indicado ao Oscar 2021 na categoria de ‘Melhores Efeitos Visuais’ e estrelado por Dylan O’Brien, conhecido pelo seu papel em Teen Wolf e na adaptação da trilogia Maze Runner, Amor e Monstros estreou ano passado nos Estados Unidos e chegou na Netflix semana passada, dia 14 de Abril. Apresentando uma história boba e um protagonista cativante, o título diverte do início ao fim.

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Na trama do longa, o mundo foi dominado em sua superfície por monstros logo após a ameaça provocada por um meteoro – que fez com que os humanos se refugiassem no subterrâneo. Sete anos após o fatídico evento e escrevendo inúmeras cartas para sua namorada, Joel consegue contato com ela no rádio e descobre onde a mesma está escondida. Após algumas semanas conversando, com medo e inseguranças em sua mente, o protagonista decide ir até o esconderijo e percorrer todo o perigoso caminho da superfície para encontrar sua amada. Em suma, a trama pode ser resumida como um webnamoro durante o apocalipse.

O roteiro por si só é bem simples e apresenta uma conclusão clichê, porém é bem trabalhado durante toda a exibição do longa. Em dez minutos de filme já somos introduzidos na presente situação, e a partir disso o título explora com excelência a ambientação e o desenvolvimento do protagonista durante toda a sua jornada através dos obstáculos que o mesmo encontra, explorando também o lado dos monstros na trama e outros personagens que surgem no meio do caminho. A história é conduzida de forma leve pelo diretor, que consegue manter um ritmo constante do começo ao fim – fazendo com que os elementos clichês da trama sejam ignorados pela experiência em si.

Amor e Monstros é comédia divertida sobre mundo pós-apocalíptico

O elenco do filme funciona bem em conjunto: por mais que o tempo de tela seja maior no personagem de Dylan O’Brien, quando este se encontra com outros personagens durante sua jornada na superfície, a química flui de forma natural e divertida, colaborando também para o crescimento emocional do personagem. Infelizmente, o terceiro ato do longa se apressa um pouco para finalizar logo o título, entretanto mesmo assim a história consegue fluir perfeitamente.

E quanto aos efeitos visuais, são simplesmente incríveis. Tanto a ambientação como a composição dos monstros conseguem trazer uma atmosfera de tensão a cada frame que ameaça o surgimento de um antagonista, assim como deixa o telespectador mais intrigado ainda sobre o universo do filme. Sua indicação ao Oscar é merecida e, dentre os indicados, este se tornou meu título preferido para levar a estatueta de ouro.

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Então, é bom?

Com uma trama boba, um roteiro simples e um final clichê com um discurso motivacional, Amor e Monstros consegue ser extremamente cativante e divertido – cumprindo, assim, o seu papel para entreter o telespectador. Os personagens apresentados e o desenvolvimento do protagonista dentro das situações apresentadas fazem com que quem assiste torça para que tudo acabe bem.

Por fim é difícil não comparar este filme com o fiasco que foi a adaptação de Paul. W.S. Anderson do jogo Monster Hunter, por mais que ambos os títulos apresentem premissas diferentes, a temática é semelhante e neste longa não só a ambientação e os antagonistas são explorados como também o protagonista e seus sentimentos têm um peso significativo na história: conseguindo fazer tudo o que o longa supracitado não fez.

Simples e extremamente divertido, o novo título disponível na Netflix é a escolha perfeita para se assistir no fim da tarde e passar o tempo.

Nota: 3.5/5

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Sobre o Autor

José Victor

Estudante de Odontologia durante o dia, produtor de conteúdo durante a noite e redator por aqui nas horas vagas.