Categorias
Tela Quente

Os Novos Mutantes e o seu potencial perdido pelo tempo

Depois de praticamente três anos de espera, finalmente tivemos a possibilidade de assistir ao tão aguardado e prometido, “Os Novos Mutantes”, que tentou trazer os filmes de heróis para o tão amado terror. Josh Boone (A Culpa é das Estrelas) dirige o longa, e traz a construção de personagens adolescentes nessa trama, cada um sendo bem diferente um do outro.

Para começar, o filme passa longe de ser um terror de fato, ele tem suas cenas mais voltadas ao susto e de mostrar o trauma de cada personagem, e isso chega a ser o máximo. Para pessoas mais velhas, essas cenas provavelmente não causarão o mesmo efeito como em alguém mais jovem, o que foi pensado pelo diretor; é como aquele filme de quando você é criança e tem uma cena estranha que te marca para sempre? Sinceramente, essa abordagem mais leve de terror consegue se encaixar no tom do longa, mas talvez algo mais pesado e voltado para um público adulto seria melhor para uma inovação no gênero de heróis, e para o próprio filme.

Os Novos Mutantes decepciona quem esperou anos pelo filme de terror da  Marvel

A melhor parte do filme se dá pelas personagens, cada uma cativa um tipo de espectador. Na trama, a protagonista é Dani Moonstar (Blu Hunt), que é uma garota tímida e que não controla seus poderes, ela tem um ótimo amadurecimento ao longo da história, e tem uma química natural e bem construída com a personagem da Maisie Willians, Lupina. Quem rouba a cena é a Illyana Rasputin, interpretada pela Anya Taylor-Joy, que tem uma as personalidades mais fortes do longa e provavelmente a melhor atuação; seria ótimo poder explorar mais essa personagem que foi tão bem adaptada. Já o polêmico Roberto da Costa, interpretado pelo brasileiro Henry Zaga, não tem muito fogo para seu personagem, que mais serve como alívio cômico. Comparando seu personagem dos quadrinhos com o do filme, ele realmente foi bem deturpado e com uma origem de superpoderes bem inferior em peso dramático, mas consegue se encaixar no elenco. Charlie Heaton também é um pouco mais apagado, porém, traz um personagem forte e provavelmente o mais dramático, ele também atua muito bem. E para finalizar, temos a Alice Braga como uma cara misteriosa para os mutantes, e faz isso com maestria, você nunca sabe o que esperar dela e quais são suas motivações, encaixou perfeitamente.

Anya Taylor Joy Archives - Outtake Magazine

Comentando mais sobre a história do filme e seu roteiro, é algo mais difícil. A história se passa no mesmo universo de Logan (2017), e vemos referências incríveis ao universo perdido dos X-men, mas o problema vem na duração. O longa tem aproximadamente uma hora e quarenta de duração, e isso dificulta um pouco o desenvolvimento, e também a falta de atenção dos estúdios da FOX trouxeram mais complicações nisso, tem muitos pontos desse filme que poderiam ter sido explorados com uma maior profundidade e cuidado, mas acabou sendo deixado de lado. A história é simples, mas te engata e vai crescendo de forma harmônica, alguns diálogos são fracos, e alguns bem pesados (como comentários fazendo piada com abuso e alguns apelidos racistas, o que é péssimo, e que podem afetar espectadores mais sensíveis). Mas de resto, é bem divertido de se assistir e ver como a história se desenrola. Muitos momentos dão a impressão de um filme adolescente, como mencionado anteriormente, e isso traz elementos ótimos para a maior apreciação e conexão com os quase-heróis. Um ponto que merece palmas nesse filme, é por ser o primeiro longa de super-heróis com um beijo LGBTQI+.

Novos Mutantes | Crítica detona o filme – Cabana do Leitor

Comentando as partes técnicas, agora fica um pouco mais difícil do filme se segurar. A montagem é muito estranha, vemos como os dias se passam com praticamente o mesmo corte várias cenas seguidas, o problema é que, além de uma sensação estranha na edição, é claramente visível um erro de continuidade durante essas transições. Em sua fotografia, também não há um charme como em produções mais recentes, ela é bem simples, mas se arriscasse mais na coloração e movimentações diferentes, seria uma ótima adição à experiência. No termo de efeitos, durante o início e meio, eles são bem mais simples e lembram algo como efeitos usados em séries, mas o final do filme é um espetáculo de efeitos para todos os cantos, que trazem cenas de luta que são um dos maiores pontos fortes do longa. Mas para atrapalhar essa imersão, a trilha-sonora do longa é abafada no processo, algo que é triste, já que ela é muito boa, às vezes parece que ela nem está lá de tão baixa.

Concluindo, ‘Os Novos Mutantes’ é uma experiência divertida e que rende um bom entretenimento, mas tinha potencial para muito, muito mais. Talvez a culpa dessa falta de qualidade deva ser por conta do estúdio, a aquisição da FOX pela Disney, vários adiamentos, orçamento muito baixo e falta de regravações fizeram os erros desse filme se destacarem. Se houvesse um período de rever gravações, roteiro, uma edição mais firme e provavelmente uma direção com mais liberdade, esse filme se tornasse tudo aquilo que ele prometeu. O futuro dos mutantes é incerto, e provavelmente pessimista, mas seria de bom grado ver alguns desses personagens voltando em um futuro, quem sabe, não vemos a Illyana em Doutor Estranho no Multiverso da Loucura? Sonhar não custa nada. Para os fãs que esperavam ansiosamente para esse filme, podem se decepcionar um pouco, mas devem sair satisfeitos e felizes de finalmente poderem assistir.

Nota: 2,5/5

 

‘Os Novos Mutantes’ estreou em 22 de outubro de 2020 nos cinemas brasileiros. Caso vá assistir nos cinemas, cuide-se do novo COVID-19, verificando as orientações de higienes sanitárias vigentes em sua região.

 

Categorias
Entretenimento Música

‘911’, de Lady Gaga, recebe um novo clipe; confira

Nessa sexta-feira (18), Lady Gaga lançou o seu novo clipe da sua música, ‘911’. A música faz parte do seu mais novo álbum, ‘Chromatica’, seu 6 disco de estúdio que foi muito aclamado por suas participações do pop como BLACKPINK, Elton John, Ariana Grande e outros grandes nomes da música. Confira abaixo o excelente vídeo-clipe:

O clipe tem direção de Tarsem Singh, a música ‘911’ e o álbum de Gaga já estão disponíveis em todas as plataformas de streaming musical.

Categorias
Entretenimento Música

‘Holy’, Justin Bieber lança novo clipe com Chance The Rapper; confira

“A nova era se inicia”. Justin Bieber na madrugada dessa sexta-feira (18), lançou o clipe do seu novo single intitulado ‘Holy‘ com Chance The Rapper. Com uma sonoridade mais pop e calma, a música deve estar presente no próximo álbum do cantor. O clipe conta com a direção de Colin Tilley e produção de Scooter Braun, Allison Kaye, Jamee Ranta, Whitney Jackson. Confira:

A música também está disponível em todas as plataformas de streaming musicais. Ainda não se tem data ou outras informações sobre o novo álbum do cantor canadense. Para mais noticias sobre o cantor, fique ligado na Torre de Vigilância!

Categorias
Entretenimento Música

Kanye West anuncia novo álbum ao lado de Dr. Dre e novo vídeo-clipe

Hoje o dia está cheio para os fãs do rapper norte-americano, Kanye West. Após um longo tempo sem interagir nas suas redes sociais, West compartilhou que está trabalhando em uma nova animação baseada em Kids See Ghosts, confirmou que a sua marca, Yeezy, fez uma parceria de 10 anos com a GAP com direção criativa de Mowalola. Também confirmou que o filme de Jesus is King chegará ao Apple Music, Nick Knight fará um documentário falando sobre YZY SPLY, lançamento de seu novo tênis, FOAM RUNNER e um dos pontos mais importantes: Seu novo projeto musical.

https://twitter.com/kanyewest/status/1276538686595895297?s=20

No tweet do astro, ele confirma que ainda está trabalhando em uma nova versão de Jesus is King ao lado do icônico Dr. Dre, no que ele chamou de JESUS IS KING DR. DRE VERSION. Em seguida, confirmou que sua nova música, Wash Us In The Blood, ganhará um vídeo clipe dirigido por Arthur Jafa (Love is the message, the message is Death). Nenhuma dessas notícias tem uma data para ser lançada. Já sua parceria com a GAP está programada para o início de 2021. A conta YEEZY MAFIA já confirmou pré-venda do tênis FOAM RUNNER.

Para mais informações sobre Kanye West e seus projetos, não deixe de conferir a Torre de Vigilância!

Categorias
Entretenimento Música Séries

Kids See Ghosts, nova série animada de Kanye West e Kid Cudi ganha teaser; confira

O aclamado álbum KIDS SEE GHOSTS, dos rappers Kanye West e Kid Cudi, ganhará uma série animada baseada nas personagens de Kanye e Cudi, Kanye Bear e Kid Foxy. Os músicos trabalham juntos desde 2008, quando West lançou seu quarto álbum de estúdio, 808’s and Heartbreak.

Anunciado essa manhã no Twitter de ambos, a animação será dublada pelos mesmos, tendo os traços e sendo dirigido pelo renomado artista Takashi Murakami (que fez a capa do álbum). Kid Cudi também trabalhará no Design de Som ao lado de William J. Sullivan. Confira abaixo o teaser que foi liberado por Cudi:

Ainda sem data de lançamento, KIDS SEE GHOSTS estaria previsto para chegar em 2020. Para mais informações sobre a série animada, não deixe de acompanhar a Torre de Vigilância!

Categorias
Colunas Entretenimento Música Vitrola

‘How I’m Feeling Now’ é uma carta de amor de Charli XCX

Durante essa época de pandemia e quarentena, a cantora britânica Charli XCX preparou algo especial para os fãs: Seu mais novo álbum, How I’m Feeling Now, é uma carta aberta dos sentimentos e pensamentos dela, e também algo que foi bem colaborativo com quem acompanha seu trabalho. Juntando uma produção mais caseira e combinando o PC Music com Pop, Charli criou um álbum maravilhoso para um momento tão significativo.

O álbum começa com a faixa ‘pink diamond‘, que marca a primeira colaboração da cantora com Dijon. Com um som mais agressivo, a cantora trás a raiva e a angústia que é ter que ficar preso em casa, no tempo em que a vontade de sair e se divertir consome, e a única coisa que se dá para fazer com as pessoas são vídeo-chamadas. Essa música é como se ‘Boss Bitch‘ da Doja Cat estivesse tendo um surto de raiva, e isso é maravilhoso. Em uma entrevista ao Apple Music, a cantora disse a escolha dessa música ser a faixa que abre o álbum: “Eu queria que fosse a primeira faixa porque tenho a ideia de que algumas pessoas vão adorar e outras odiarão. Eu acho que é legal ser antagônico na primeira faixa de um álbum e realmente frustrar certas pessoas, mas deixar os outros realmente obsessivos com o que poderá vir a seguir.“. E ela consegue, seguindo por faixas mais únicas ainda.

Na segunda faixa temos a primeira música do álbum que foi liberada, ‘forever‘. Com sintetizadores e sons metálicos, Charli cria uma música que parece misturar todas suas eras em uma, a artista emocional de True Romance, a doçura sonora de Sucker, um ritmo mais balada de Vroom Vroom e Number 1 Angel, os elementos da produção de Pop 2 e os traços marcantes de sua assinatura em Charli. Sua letra também é uma das mais bonitas do álbum, contando da dificuldade que ela e seu namorado, Huck Hwong, sofrem com a distância de lugares. “A música é obviamente sobre o meu relacionamento, mas é sobre os momentos antes do lockdown. Ele me pergunta: ‘E se não conseguirmos’, mas reforça que eu sempre o amarei, mesmo se não conseguirmos.“, disse a cantora ao Apple Music. Seguindo o mesmo, temos a terceira faixa, ‘claws‘, que já segue sendo um pop com uma sonoridade um tanto quanto nostálgica, parece que ouvimos algo tão futurista, mas também como se fosse uma música que tivesse estourado nos anos 90, época qual Charli XCX é apaixonada. A produção desse single é impecável, tanto que quem a produz é Dylan Brady, da banda 100 gecs.

Prosseguimos com a faixa ‘7 years‘, uma dançante música que conta mais sobre o relacionamento de Huck e Charli e sobre seu amadurecimento com o tempo. Com vocais distorcidos de fundo e sons mais robóticos, o foco da voz da cantora nessa música é fenomenal, Charli sabe muito bem como trazer emoção e melodias incrivelmente tocantes, é mais uma das faixas que impressionam no álbum e o consolidam. “Essa música é sobre a nossa jornada como casal, e a turbulência que sofremos ao longo do caminho. É também sobre como me sinto tão tranquilo por estar neste espaço com ele agora. Quarentena foi a primeira vez que tentei permanecer imóvel, física e mentalmente. É um sentimento muito novo para mim. Essa também é a primeira música que gravei em casa desde que eu provavelmente tinha 15 anos, morando com meus pais. Por isso, é muito nostálgico, pois remonta a um processo pelo qual não havia passado há mais de uma década.“, diz a cantora sobre a letra de ‘7 years’.

Sendo uma das músicas mais impressionantes no álbum, ‘detonate‘, é algo que você espera que seja estourado e com bastante efeitos de distorção, mas acaba se tornando em uma faixa bem tocante e provavelmente uma das mais tristes do álbum. Contando sobre a insegurança da cantora sobre se ela merece o companheiro que tem, e se ela merece que ele confie nela. “Eu escrevi a letra em um dia em que estava experimentando um pouco de confusão e frustração com a minha situação. Eu talvez quisesse algum espaço. Na verdade, é muito difícil para mim ouvir essa música porque sinto que o resto do álbum é muito alegre, positivo e amoroso. Mas resumiu como eu estava me sentindo, e às vezes não é incomum nos relacionamentos.“, disse Charli. E no fim, temos um som distorcido, representado um pouco mais o que ela estava sentindo.

Calma e extremamente agradável, ‘enemy‘ tem o melhor vocal da cantora no álbum. A música tem uma batida mais leve e que lembra muito sua época de True Romance e Sucker, vários efeitos e sintetizadores marcam a música, sendo uma das melhores faixas. Também é marcada com um interlúdio tocante falando sobre seu amadurecimento e sobre duvidar de si mesma. Talvez seja a música que mais toque os fãs, por mostrar um lado tão humano e relacionável com ela, que é um ícone na sua área. Sobre a letra da música, Charli comenta sobre o quão criativa foi a construir essa faixa: “A música baseada na frase “Mantenha seus amigos próximos e seus inimigos mais próximos”. Fiquei pensando em como se você pode ter alguém tão perto de você, isso significa que um dia eles poderão se tornar seu maior inimigo? Eles teriam mais munição. Na verdade, eu não acho que meu namorado seja alguém que me atacaria se algo desse errado, mas eu estava brincando um pouco com essa ideia. Como a música é bastante baseada em fantasia, pensei que o memorando de voz era algo que fundamentava a música. Acabei de falar com o meu terapeuta – e a terapia ainda é uma coisa muito nova para mim. Comecei apenas algumas semanas antes da quarentena, o que parece ter algo a ver com o destino, talvez. Eu tenho me gravado depois de cada sessão, e parecia certo incluí-lo como um tipo de momento real em que você tem um momento de dúvida.”.

Com uma letra que fica na mente, ‘i finally understand‘, produzida por Palmistry (Produtor e artista do sul de Londres, Benjy Keating) tem uma sonoridade bem única e que também volta a lembrar de outras eras da cantora. Tento um ar também mais leve e triste, a música fala sobre como a experiencia da quarentena está ajudando seu relacionamento a se aproximar emocionalmente, quanto fisicamente. Talvez, seja uma das músicas que ficou mais apagada comparada às outras faixas, mas mesmo assim, tem seu brilho e se encaixa perfeitamente no álbum.

Seguindo o que a cantora fez com ‘Track 10‘ de Pop 2 e ‘Blame It On Your Love‘ de Charli, temos agora a ‘c2.0‘, que é continuação da música Click, de Charli. Essa talvez seja uma das faixas que mais deixem os fãs divididos. Ela começa com o final de Click, que são sons sintetizados e metálicos bem estourados junto com várias repetições da frase “I’m next level so legit with all my click”, durante 1:41 minutos de música, o que não é tão agradável pela imensa quantidade de tempo que isso leva. Logo após, começa um lindo vocal e sintetizadores mais calmos e leves, que tem uma das melhores sonoridades do álbum. A música conta sobre a saudade que ela sente dos seus amigos músicos e celebra a amizade e a vida como era antes disso tudo.

Marcando completamente, ‘party 4 u‘ é uma das melhores músicas do álbum, provavelmente sendo uma das mais marcantes. Mais leve e calma, Charli tem um destaque surpreendente em seu vocal nessa faixa. Mesmo sendo a faixa mais antiga entre as novas (Charli tocou essa música pela primeira vez em 26 de maio de 2017), ela se provou envelhecer como vinho. Com toda certeza, é uma das musicas mais importantes aqui, e é uma jornada para ela e para o produtor, o grande A.G. Cook.  A cantora contou mais sobre seu relacionamento com essa música na Apple Music: “Esta é a música mais antiga do álbum. Para mim e A. G., essa música tem muita vida e história – nós a tocamos ao vivo em Tóquio e, de alguma forma, ela saiu e se tornou a favorita dos fãs. Toda vez que nos reunimos para fazer um álbum ou uma mixtape, isso sempre é considerado, mas nunca havia sentido antes. Por menor e bobo que pareça, é hora de retribuir algo. Liricamente, isso também faz sentido agora, pois trata-se de fazer uma festa para alguém que não vem – o desejo de ver alguém, mas eles não estão lá. A música ganhou um novo significado – gravamos a primeira parte em talvez 2017, agora há amostras de multidões na música desde o final do meu show na Brixton Academy em 2019 e agora existem gravações minhas em casa durante esse período. Foi em uma jornada. Ela continuou sendo solicitada e solicitada, o que me deixou hesitante em divulgá-la porque eu gosto da mitologia em torno de certas músicas. É divertido. Dá mais vida a essas músicas – talvez até mais do que se eu as tivesse lançado oficialmente. Continua a construir esse hype inexistente, o que é bastante engraçado e também definitivamente faz parte da minha narrativa como artista. Sofri muitos vazamentos e hacks, então gosto de brincar um pouco com essa narrativa.“.

Prontos para festa? Pois bem, ‘anthems‘ é a música perfeita para dançar e festejar (sozinho). Com um som totalmente elétrico e agitado, os gritos da Charli por querer festejar são contagiantes e é impossível não querer sair dançando por aí enquanto se ouve essa faixa. Entre todas as faixas mais animadas e elétricas do álbum, essa pode ser considerada a melhor; sua produção (de Dylan Brady e Danny L Harle) e com a letra feita por Charli criaram um hino icônico para momentos de se divertir. A cantora diz que fez essa música pensando na saudade que ela tem de festejar a noite inteira, e acordar se sentindo terrível. Ela também diz que se inspirou muito no filme ‘Projeto X’, pois ela disse que queria uma noite no estilo da festa do filme. Fica uma dica para Hollywood, se forem fazer uma continuação ou remake, já tem a música tema!

Finalizando o álbum no mesmo ritmo de sua música anterior, temos ‘visions‘, que é uma balada futurista. Sintetizadores e efeitos que lembram elementos de synthwave, a faixa consolida um fim digno para um álbum simplesmente impecável. Ele fala sobre o relacionamento da Charli e também nos conecta ao momento em que vivemos, o álbum não termina em uma salva de palmas, termina em um eufórico e desconhecido momento onde vira um reflexo da nossa realidade. Mostra o caminho que a cantora quer trilhar a partir de agora.

Como fã enorme da Charli XCX, esse álbum é como ver um artista que você ama evoluir e se descobrir em cada faixa. Tudo o que ele significa, cada uma das músicas e letras mostra como este álbum é sólido e simplesmente único. Charli fez uma carta de amor para seu namorado, para seus amigos, seus fãs, e a si mesma. É simplesmente gratificante ver como isso se desenrolou de uma forma tão incrível. Com toda certeza, mesmo com pouquíssimas falhas, é possível considerar esse um dos álbuns mais importantes da carreira da cantora e um dos melhores dela e desse ano, e ver como ele é um fruto de todo o aprendizado que ela teve com seus antecessores. Em um momento tão difícil, com certeza esse álbum ajuda a criar momentos e memórias melhores. O questionamento agora é de como será os futuros trabalhos da cantora, que sempre se inova e cria obras primas musicais.

Nota: 4.7/5

“how i’m feeling now”, de Charli XCX Já está disponível em todos os serviços de streaming.

Categorias
Colunas Entretenimento Música Vitrola

Charli XCX lançará álbum durante quarentena, ‘How I’m Feeling Now’

Após retirar todas suas fotos do Instagram e colocar uma enigmática foto escura com apenas um emoji, a cantora e compositora britânica Charli XCX confirmou que está produzindo um novo álbum durante o período da quarentena durante uma sessão no Zoom. O álbum será intitulado como ‘How I’m Feeling Now’ e tem seu lançamento agendado para o dia 15 de maio. Durante a sessão, a cantora explicou o motivo de estar fazendo o álbum e que será algo totalmente dedicado aos fãs:

Decidi que vou fazer um novo álbum durante esse período de quarentena. Será muito DIY, vou fazê-lo ao vivo do zero, muito indicativo dos tempos em que estivermos, só vou usar as ferramentas que tenho em minhas mãos, para criar meus vídeos e visuais. Claro que sou um artista muito colaborativo, e este será o meu projeto mais colaborativo – compartilharei todas as etapas. Vou pedir a opinião de vocês, quais letras, quais músicas, vou pedir para vocês me ajudarem a criar vídeos. Estou realmente aberta para todo esse processo, para que vocês possam explorar sua criatividade.  Anjos, me mandem beats se você é um produtor. Mesmo apenas como referências, é importante fazer isso por mim agora, para fazer algo que pareça realmente autêntico, real e representativo do que estou passando“.

Charli também comentou que A. G. Cook e BJ Burton serão os produtores executivos, e que estava trabalhando em outro álbum de estúdio, mas teve que parar sua produção por conta das situações atuais. Ela também anunciou que fará mais uma sessão com fãs no Zoom essa semana.

O último álbum de Charli XCX foi ‘Charli‘, lançado em 2019. Sua última colaboração foi no álbum da Pabllo Vittar, ‘111‘, na música ‘Flash Pose‘.

Categorias
Categorias Cinema Colunas Entretenimento Tela Quente

Bloodshot é uma grata surpresa e inova as adaptações de quadrinhos

Após as dezenas de adaptações de quadrinhos da Marvel e DC, outras editoras quiseram explorar o mundo das salas de cinema. E dessa vez foi a Valiant Comics que quis entrar com um novo universo compartilhado, com seu mais novo filme, Bloodshot. Estrelando Vin Diesel, Eiza González, Guy Pearce e grande elenco, longa conta a história do soldado americano Ray, que após uma tragédia, é submetida à uma experiência chamada “Projeto Espírito em Ascensão“; em que nanites (nanorobôs) são injetados em seu corpo, apagando a memória e assim dando ‘poderes’ ao soldado.

Resultado de imagem para bloodshot

O filme tem um começo extremamente genérico, com uma edição estranha e fatores que podem deixar meio confuso a narrativa, sendo que o filme tem a pretensão de ser algo mais ‘pé no chão’, tomando caminhos caricatos demais. Para quem tinha um pé atrás com o projeto, isso era um mal sinal e talvez um presságio de que o resto não seria do agrado. Felizmente, não é isso que acontece. A partir do seu segundo ato, ou meio da história, somos apresentados à um plot-twist que se encaixa e funciona perfeitamente, e após isso, o filme toma um rumo único e inusitado. Pode se dizer, esse é o que faz esse filme se tornar um ponto fora da curva no atual mundo de filmes adaptados de quadrinhos.

As personagens ao longo da trama são carismáticas, e que deixam a curiosidade de conhecermos mais sobre. Eiza Gonzalez e Lamorne Morris roubam várias vezes a cena para suas personagens, e Lamorne traz a melhor parte do humor do filme, que não chega a funcionar tanto em outras personagens. O vilão do filme infelizmente não é tão memorável, mas funciona. Em parte de atuação, apenas Vin Diesel peca e traz cenas sem emoção, o que deixa a imersão um tanto quanto difícil.

Duas coisas que são feitas com maestria no longa: Os efeitos especiais e a fotografia. Uma das principais críticas aos filmes de heróis é a saturação de CGI desnecessário, e que deixa o filme com um visual plástico. Em Bloodshot, os efeitos visuais são como um personagem, e o personagem mais importante e mais bem desenvolvido. Claro, ele não é totalmente perfeito, mas pode chegar perto disso; cenas em slow-motion e dos nanites (que reconstroem o personagem de Diesel) são de tirar o fôlego.

Já sua fotografia, pode se dizer que é uma das melhores do meio em que o filme se encontra. A forma que as luzes e as cores são usadas mostra que Bloodshot quis tentar ser diferente de outras franquias, que não trabalham tanto com isso, deixando de lado. Por outro lado, o filme ainda peca em algumas cenas de ação, usando uma técnica de tremer demais a câmera, que atrapalha a apreciação da cena e da coreografia.

A trilha-sonora do filme ficou um tanto deixada de lado, o que chega a entristecer. Mas, a edição de som do filme é muito boa, o que também adiciona demais para sua imersão.

Assistir esse filme dá a sensação de estar vendo um filme clássico dessa era de filmes baseados em quadrinhos, como Homem de Ferro, Homem Aranha de Sam Raimi, e o longa tinha esse propósito, já que abre o universo da Valiant. Com cenas de ação ótimas, personagens novos e um universo inteiramente único, Bloodshot é um filme que diverte e conquista o público. Agora é esperar para que o filme faça sucesso, para explorarmos mais desse novo mundo.

Nota: 3,5/5

Categorias
Cinema Colunas Entretenimento Tela Quente

Bad Boys Para Sempre é a perfeita sintonia entre passado e presente

Quando mencionamos Bad Boys, logo temos memórias de filmes icônicos e que até hoje marcam a história da cultura pop, e continua sendo uma das comédias mais lembradas. Quando anunciaram o terceiro filme da franquia, Bad Boys Para Sempre, muitas pessoas ficaram com o pé atrás com a ideia, e com medo do longa não estar ao nível de seus antecessores. Bem, medo não é necessário, pois esse deve ser o melhor filme dos parceiros Mike e Marcus.

Imagem relacionada

Anos após os eventos de ‘Bad Boys 2‘, os dois amigos e companheiros de trabalho, interpretados por Will Smith e Martin Lawrence, estão entrando para a seus 50 anos. Enquanto Mike decide continuar trabalho, Marcus quer se aposentar, e assim o longa segue e mostra que as coisas já não são a mesma coisa que antigamente. Somos apresentados a uma nova linha de agentes especiais, intitulado AMMO, que é composto por atores e atrizes de filmes/seriados teen; Vanessa Hugdens (High School Musical), Charles Melton (Riverdale), Alexander Ludwig (Jogos Vorazes) compõe uma linha nova de personagens mais jovens, que renovam o humor e a ação do filme, e que é um ponto extremamente positivo.

Também temos uma nova ameaça, que explora o passado de Mike e que realmente deixa o espectador totalmente vidrando em desvendar o motivo dessa nova ameaça. Outro ponto muito bem executado vai para às cenas de ação, que não desapontam. E vale lembrar, nós temos vários easter-eggs e fan-services no filme, que dão um gostinho a mais quando se assiste.

Seu roteiro e direção funcionam, e conseguem dialogar bem entre drama, comédia, ação em um timing certo. O ponto mais positivo do filme, é que seu humor não é datado, não é algo que parece ter ficado parado no tempo, ele se inova e mesmo assim deixa a sensação dos antecessores. Enquanto ele se aventura em coisas novas, não deixa de ser um filme dos Bad Boys, é perceptível em vários pontos que a sensação de ver um longa dos anos 90; algo muito difícil de se conquistar, já que várias franquias pecam nesse quesito.

Resultado de imagem para bad boys for life ammo
Um aspecto importante que o longa apresenta, é a sua fotografia que sempre remete aos dos seus antecessores, dando ainda mais o aspecto de ver um filme ‘noventista‘. A trilha sonora também se encaixa perfeitamente e empolga o espectador, dando uma ótima imersão e clima para as cenas, falando da parte técnica, o filme tem realmente um trabalho muito bem feito e que merece ser elogiado.

Os efeitos especiais do filme são quase imperceptíveis, com a direção de Bilall Fallah e Adil El Arbi, às cenas conseguem trazer movimentos, efeitos práticos e anglos que não necessitem tanto de CGI. 

Talvez, a única coisa que o filme realmente tenha de problema, seja o final, que fica maçante e meio lento. Mesmo assim, não estraga a experiência e toda a diversão que foi criada durante todo o tempo.

Bad Boys Para Sempre é um caso em um milhão, sem se perder no tempo, e sabendo dialogar com o passado e o presente, cria uma atmosfera única. Seja seu humor encaixado certo como uma peça importante em um quebra-cabeças, ou a forma em que o roteiro sabe em qual momento precisamos focar e deixar mais sério, o filme pode se consolidar como o melhor da trilogia. Uma aula para outras franquias que decidem reviver seus filmes e ficam no passado, e não sabem inovar. E com toda certeza, esperamos que possamos ver a dupla mais vezes, para sempre.

Nota: 4/5

Categorias
Cinema Colunas Entretenimento Tela Quente

Jumanji: Próxima Fase supera seu antecessor e conquista com inovação um novo patamar

Sendo um marco entre gerações, Jumanji foi um dos maiores clássicos da aventura no cinema. Seu primeiro filme com Robin Willians marcou muitas infâncias, e trazia um contexto que se encaixava mais na época, um jogo de tabuleiro. E então, 2017 somos apresentados ao ‘Jumanji: Bem Vindo à Selva‘, que agradou a crítica e ao público por se encaixar em uma nova geração. E podemos dizer que continua sendo marcante.  O maior medo dessa continuação, era que talvez se tornasse desnecessária para a história. Mas felizmente, novos elementos e novas oportunidades salvam a continuação de cair na mesmice e ganham a atenção e amor do telespectador, se tornando até melhor que seu antecessor.

Resultado de imagem para jumanji next level

O filme  inicia mostrando o protagonista já apresentado no longa anterior, e vemos que o personagem de Alex Wolff (Hereditário), Spencer, está distanciado da turma. E então, ele acaba entrando novamente no jogo, e seus amigos tem se esforçar em uma nova fase do jogo, para encontrar seu amigo e salvar Jumanji mais uma vez.

Talvez, a parte mais negativa do filme seja a motivação dos personagens de entrarem novamente no jogo, que é bem fraca. Enquanto a história e o roteiro pecam nessa parte, no resto eles acertam em cheio. O humor do longa tem um timing excelente, e diferente demais do seu antecessor; explorar coisas novas e colocar novos personagens na trama foi uma ótima escolha, o que elevou muito o nível do longa. E o filme também não entrega só humor, já que suas cenas de ação também são muito bem feitas, e também se encaixa com um drama que funciona e emociona. Esse longa também tem elementos de filmes como ‘coming-of-age‘, que mostra o amadurecimento das personagens e da vida adulta chegando na trama de cada um. Mais uma vez, algo que o filme não decepciona e que deixa a história maior ainda.

E a grande parte por conta desse acerto é o elenco, que consegue ter uma química tão boa e reciproca entre todos. Momentos onde os atores precisam trocar de personagem, ou fazer graça com outro, funcionam de forma esplêndida. Quando os personagens precisam imitar os personagens de Danny DeVito e Danny Glover, eles triunfam e roubam a cena, em todo momento. Um grande acerto do elenco, onde cada um tem seu tempo em tela e seus próprios brilhos. Com toda certeza, é o elemento que mais conquista no longa.

Resultado de imagem para jumanji - the next level

Em aspectos técnicos, também não decepciona de forma alguma. A direção de Jake Kasdan foi o papel principal no longa, que trouxe vários dos aspectos positivos, principalmente na dosagem de cenas de ação, luta, drama e etc. A fotografia e a edição do filme é algo que funciona de forma tão única, em momentos cômicos é perceptível a mudança nesses quesitos, e em momentos dramáticos, há outro estilo. A produção do longa realmente não deixa a desejar.

Os efeitos especiais do filme são ligeiramente fracos em certos casos, em algumas cenas até perceptível o que é fundo verde e criaturas irrealistas demais, e isso causa certo estranhamento. Mas, em outras cenas, funcionam bem. Esse quesito vai de espectador à espectador, mas pela imersão do longa, é quase imperceptível tais erros.

Outro ponto que agrada muito é a trilha-sonora composta de Henry Jackman, que encaixa certo com o que a cena necessita, e de forma que fica na sua cabeça. O trabalho de edição de som é ótimo.

 

Jumanji: Próxima Fase leva a franquia de forma sútil e inovadora, que não deixa a desejar. Com toda certeza, é uma comédia ótima para todas as idades. O filme tem seu lançamento para quinta-feira, dia 16, em todos os tipos de sala de cinema em todo o Brasil.

Nota: 3,5/5