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Jumanji: Próxima Fase supera seu antecessor e conquista com inovação um novo patamar

Sendo um marco entre gerações, Jumanji foi um dos maiores clássicos da aventura no cinema. Seu primeiro filme com Robin Willians marcou muitas infâncias, e trazia um contexto que se encaixava mais na época, um jogo de tabuleiro. E então, 2017 somos apresentados ao ‘Jumanji: Bem Vindo à Selva‘, que agradou a crítica e ao público por se encaixar em uma nova geração. E podemos dizer que continua sendo marcante.  O maior medo dessa continuação, era que talvez se tornasse desnecessária para a história. Mas felizmente, novos elementos e novas oportunidades salvam a continuação de cair na mesmice e ganham a atenção e amor do telespectador, se tornando até melhor que seu antecessor.

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O filme  inicia mostrando o protagonista já apresentado no longa anterior, e vemos que o personagem de Alex Wolff (Hereditário), Spencer, está distanciado da turma. E então, ele acaba entrando novamente no jogo, e seus amigos tem se esforçar em uma nova fase do jogo, para encontrar seu amigo e salvar Jumanji mais uma vez.

Talvez, a parte mais negativa do filme seja a motivação dos personagens de entrarem novamente no jogo, que é bem fraca. Enquanto a história e o roteiro pecam nessa parte, no resto eles acertam em cheio. O humor do longa tem um timing excelente, e diferente demais do seu antecessor; explorar coisas novas e colocar novos personagens na trama foi uma ótima escolha, o que elevou muito o nível do longa. E o filme também não entrega só humor, já que suas cenas de ação também são muito bem feitas, e também se encaixa com um drama que funciona e emociona. Esse longa também tem elementos de filmes como ‘coming-of-age‘, que mostra o amadurecimento das personagens e da vida adulta chegando na trama de cada um. Mais uma vez, algo que o filme não decepciona e que deixa a história maior ainda.

E a grande parte por conta desse acerto é o elenco, que consegue ter uma química tão boa e reciproca entre todos. Momentos onde os atores precisam trocar de personagem, ou fazer graça com outro, funcionam de forma esplêndida. Quando os personagens precisam imitar os personagens de Danny DeVito e Danny Glover, eles triunfam e roubam a cena, em todo momento. Um grande acerto do elenco, onde cada um tem seu tempo em tela e seus próprios brilhos. Com toda certeza, é o elemento que mais conquista no longa.

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Em aspectos técnicos, também não decepciona de forma alguma. A direção de Jake Kasdan foi o papel principal no longa, que trouxe vários dos aspectos positivos, principalmente na dosagem de cenas de ação, luta, drama e etc. A fotografia e a edição do filme é algo que funciona de forma tão única, em momentos cômicos é perceptível a mudança nesses quesitos, e em momentos dramáticos, há outro estilo. A produção do longa realmente não deixa a desejar.

Os efeitos especiais do filme são ligeiramente fracos em certos casos, em algumas cenas até perceptível o que é fundo verde e criaturas irrealistas demais, e isso causa certo estranhamento. Mas, em outras cenas, funcionam bem. Esse quesito vai de espectador à espectador, mas pela imersão do longa, é quase imperceptível tais erros.

Outro ponto que agrada muito é a trilha-sonora composta de Henry Jackman, que encaixa certo com o que a cena necessita, e de forma que fica na sua cabeça. O trabalho de edição de som é ótimo.

 

Jumanji: Próxima Fase leva a franquia de forma sútil e inovadora, que não deixa a desejar. Com toda certeza, é uma comédia ótima para todas as idades. O filme tem seu lançamento para quinta-feira, dia 16, em todos os tipos de sala de cinema em todo o Brasil.

Nota: 3,5/5

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Sobre o Autor

Eduardo Kuntz Fazolin

"I dwell in Possibility" -Emily Dickinson

Graduado em Produção Audiovisual pela FAPCOM, amante de música estranha e gosto controverso para video-games. Meu amor em escrever sobre tudo isso, é o mesmo amor que Kanye sente por Kanye.