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Torre Entrevista: Cadu Simões

Hoje, dia 30/01, é Dia do Quadrinho Nacional, grande parte da produção dos quadrinhos no Brasil é realizada por pessoas que se desdobram em mil com empregos, família etc… para poder dar a sua contribuição a essa arte. E nesse longo caminho dos quadrinhos brazucas, surgiram muitas pessoas que são pilares e cravaram seus nomes, seja com suas contribuições, ou seus discursos e lutas para melhorias para cada um poder publicar sua arte. E uma dessas pessoas é Cadu Simões.

Cadu Simões é autor de gibis lendários como Homem-Grilo e Acelera SP, e sempre de alguma forma esteve presente na cena dos quadrinhos, produzindo, em conversas, eventos ou em bate-papos no icônico Bar do Simões, local capitaneado pelo seu querido pai, que fica em Osasco. E enfrentando uma luta contra o reumatismo que muitas vezes o impede de produzir.

Nessa conversa falamos um pouco sobre como promover a produção de quadrinhos desvinculando noção de mercadoria, a cena de agora com de antigamente, o momento político/econômico do país e como afeta a nona arte e uma dúvida de todo fã: “Seria o Cadu Simões o Homem-Grilo?”

1. O que você está lendo atualmente?

Atualmente estou lendo apenas livros teóricos para faculdade de Letras, que voltei a cursar, depois de ter trancado ela em 2013 por causa do meu reumatismo. Mas assim que eu entrar de férias, pretendo retomar a leitura da minha pilha de quadrinhos que só cresce.

2. Você tem uma interessante ideia de promover a produção de quadrinhos que desvincule a noção do produto como mercadoria a ser vendida num mercado visando a acumulação de capital. Pode dar mais detalhes dessa ideia?

A história em quadrinhos surge, como toda arte, como a poesia, a música, a pintura, não como um produto a ser vendido e comercializado, mas como uma obra a ser apreciada e desfrutada. Mas no século XX, com a criação do formato de revistas em quadrinhos, principalmente dentro do modo de produção e distribuição industrial das grandes editoras, a maioria das pessoas passaram a encarar os quadrinhos apenas como produto e mercadoria e que vai culminar no colecionismo, muitas vezes feito por pessoas nem mesmo leem essas HQs, e apenas ficam exibindo-as na estante.

É como se a obra quadrinhos não existisse mais sem a mercadoria quadrinhos. Mas assim como a música existe sem o produto disco ou CD, os quadrinhos podem existir sem o produto revista ou livro, seja físico ou digital. Então nos meus quadrinhos eu estou tentando um modo de produção e distribuição anticapitalista que vai na contramão do que vem sendo feito tradicionalmente, mesmo nos quadrinhos independentes, desvinculando ao máximo os quadrinhos como mercadoria.

E isso é feito principalmente publicando-os sob uma licença livre Creative Commons, que permite que qualquer um possa copiar, compartilhar e redistribuir minhas obras em qualquer suporte ou formato, assim como transformar, remixar e criar outras obras a partir das minhas, mesmo que para uso comercial, desde que seja dado o crédito apropriado aos autores, que seja indicado a fonte das obras, e que qualquer obra derivada seja distribuída sob a mesma licença, dessa forma promovendo um ciclo virtuoso de cultura livre.

A produção das minhas HQs são financiadas por financiamento coletivo recorrente e são publicadas online, nos sites de cada respectiva série em quadrinhos, de forma gratuita para a leitura de todo mundo, e não apenas para os apoiadores. Afinal, apesar de não existir almoço grátis, uma vez que o almoço foi pago e produzido, porque não compartilhar com os outros? Ainda mais quando esse almoço pode ser copiado e reproduzido infinitamente sem a perda ou o esgotamento de cada cópia.

O objetivo é que seja priorizado pelos leitores o valor de uso dos quadrinhos como objeto artístico e cultural, e não seu valor de troca como mera mercadoria. Assim, todos podem se sentir vontade para ler, compartilhar, imprimir, distribuir e criar obras derivadas a partir das minhas HQs.

O Homem-Grilo

3. Muitos consideram você, digamos, uma “velha guarda” dos quadrinhos nacionais. Ao seu ver, tirando a tecnologia, o que mudou de melhor para que produz quadrinhos no Brasil?

Acho que as duas principais mudança para melhor nos últimos 20 anos, desde que comecei a fazer quadrinhos, foi, primeiro, o aumento na quantidade de eventos de quadrinhos com espaço para quadrinistas. Hoje em dia alguém que está começando e acabou de fazer seu primeiro quadrinho, pode ter uma mesa para vendê-lo em grandes eventos como o FIQ em Belo Horizonte, a Bienal de Quadrinhos em Curitiba, ou a CCXP em São Paulo. Quando comecei isso para mim era impossível.

E segundo, o surgimento das plataformas de financiamento coletivo, como o Catarse, que permitiu o financiamento de várias obras em quadrinhos de forma independente, em que talvez não veriam a luz do dia nem em editoras.

4. E invertendo a pergunta: o que piorou?

O que piorou foi certamente o encerramento de diversos programas e políticas públicas federais que ajudaram a fomentar não só os quadrinhos, mas o mercado editorial como um todo entre 2003 até mais ou menos 2015. Hoje não existe mais nada disso. O governo Temer começou a cortar vários desses programas, e o governo Bolsonaro terminou de acabar com tudo (e acabou com o próprio Ministério da Cultura). Espero algum dia podermos ter novamente um governo federal que fomente não só o mercado editorial, mas a cultura como um todo.

5. No meio de um país que estamos enfrentando uma corja/onda fascista, e que chega em todas as mídias, inclusive as HQs, eu acho que devemos sair da nossa bolha de conhecimento, e apresentar para outros públicos os ideais. Na sua visão qual é a melhor forma de sair dessa bolha? Com uma obra direta (tipo pé na porta) ou com mais sutileza?

Acho que não tem um modo correto. Eu mesmo tenho quadrinhos no qual a mensagem política antifascista é mais sutil, como o Homem-Grilo, e outros em que a mensagem é mais direta e escancarada, como Acelera SP. O importante é o quadrinista se posicionar contra o fascismo, pois não dá pra ficar neutro diante dele.

6. Uma bebida para a hora da leitura?

Chá é sempre uma boa opção.

7. Tirando o Homem-Grilo & Sideralman, que são os xodós, qual obra você tem aquele lugar mas quentinho no coração e porquê?

Acho que é Acelera SP. É a minha obra mais difícil de ser escrita, a que mais me exige pesquisa, mas é a que mais me dá retorno de leitores nos últimos tempos. Muito disso acontece, creio, pela atual fase política que vivemos.

8. Como a vida pessoal do Cadu Simões conversa e se mistura com as suas próprias obras? Você seria o Homem-Grilo?

Não, não sou o Homem-Grilo. Mas ele tem muitas características de alguns amigos de infância meu. É nesse aspecto que minha vida pessoal conversa e se mistura com minhas obras. Sempre acabo incluindo elementos da minha vida nas minhas obras, ainda que muitas vezes de forma sútil e nem sempre direta.

9. Quais os próximos trabalhos?

Eu tenho escrito três novas histórias, mas que não sei exatamente quando começarei a publicá-las, pois nenhuma delas tem ainda desenhista. Então por hora não tenho como falar mais sobre elas. Mas pretendo continuar publicando novas HQs dentro das minhas séries já existentes, como o Homem-Grilo, Nova Hélade, Cosmogonias e Acelera SP. E como sempre, tudo gratuito na internet sob Creative Commons.

Para poder ler os quadrinhos do Cadu Simões e acompanhar todo o seu trabalho, clique AQUI.

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Torre Entrevista: Bruno Brunelli

No início do ano começou a campanha de financiamento coletivo para , HQ com roteiro de Alessio Esteves (DestiNation, Zikas) e desenhos de Bruno Brunelli (Veludo dos 9 infernos, Pontos Ilustrados). Aqui nos conhecemos parte da vida do Zé Pelintra, uma das entidades mais famosas da mística brasileira, Protetor da Boemia, dos bares e dos jogos. A entidade é conhecida pelo o visual de malandro supremo.

A obra busca juntar as mais diversas lendas sobre a sua origem e juntar em uma história única, abordando desde a sua infância difícil na Bahia até o início de sua vida adulta, no Recife, quando é iniciado na Jurema.

Agora, quase um mês depois do início da campanha, batemos um papo com o desenhista Bruno Brunelli. Onde procuramos saber mais sobre , a sua importância em meio a uma sociedade que recrimina culturas e religiões e os seus planos para 2021.

1. Como surgiu a ideia para a HQ do Zé?

Faz muuuuuito tempo. Quando comecei o Pontos Ilustrados eu já tinha essa história na mente. Como o Zé Pelintra tem muitas histórias e lendas, sempre tive vontade de ler algo completo, sabe? E na época eu estava lendo bastante romances baseados em reconstruções históricas ao estilo Bernard Cornwell e Conn Iggulden, então resolvi fazer o mesmo com o Zé. Fui atrás das histórias em livros, sites, boca a boca, misturei tudo numa narrativa pra ver o que saía. E eu curti! Só que não dava pra fazer uma HQ com aquilo, e foi aí que pedi socorro pro Alessio.

2. Tanto você quanto o Alessio Esteves entendem do assunto na questão religiosa e histórica. Zé tem o intuito de levar o conceito de “popularizar” a história da Entidade?

Exatamente. Na verdade ele já é muito popular em várias mídias, e agora em HQ também. Quanto mais Zé melhor!

Capa de Zé

3. Como foi esse processo de criação? Por vocês dois serem muito familiarizados com o assunto, serem praticantes da religião, existiu muito pitaco de ambos os lados?

De minha parte foi bem tranquilo. Claro que tivemos nossos altos e baixos, né, principalmente por ser 2020. A história em si estava bem encaminhada, mas o Alessio fez MÁGICA transformando a narrativa em HQ, e com acréscimos muito importantes. Foi literalmente um trabalho em 4 mãos. “Põe isso, tira aquilo, poxa isso não achei legal, e se fizer desse jeito…” e assim foi. Aliás, aconselho perguntar pra ele.

4. Qual a importância de mídias falarem mais abertamente sobre a Umbanda em geral, mas que falem de um modo não preconceituoso e nem daquela forma que “tradicional” que costumamos ver?

De suma importância. Pô, mais fácil a galera saber sobre nórdicos do que nossa própria cultura, que é RIQUÍSSIMA. Só de ter cada vez mais artistas brasileiros por aí já é massa demais, ainda mais colocando as brasilidades à tona me deixa muito feliz. Seja no cunho espiritual, seja nos mitos populares, na cultura e no estilo de viver, precisamos cada vez mais mostrar com orgulho tudo isso.

5. Existe a possibilidade de outras Entidades receberem projetos como Zé?

TEM! É tudo que posso dizer no momento.

Veludo dos 9 Infernos, trabalho autoral de Bruno Brunelli

6. Existiu uma pesquisa de sua parte, para o visual do personagem quando mais jovem, ou para os cenários? Ou alguma inspiração em especial?

Ah sim, com certeza. Uma narrativa precisa ser coesa. Tenho rascunhos e mais rascunhos fazendo os personagens, velhos e novos, vestuário, como eram as cidades e sua vivência. A história não tem uma data oficial definida, mas se passa mais pro final de 1800 e no final do Império.

7. O que vocês estão fazendo com Zé é bem importante e pode ser um marco. Pois eu vejo como apresentar uma religião rica, que tem uma cultura muito rica também. E geralmente quando vemos religião retratadas em quadrinhos, é para apresentar uma falha de dogmas, ou caráter de quem frequenta. Existiu um cuidado de balancear essa parte de cultura e de apresentar a religiosidade sem parecer um clichê?

Na HQ a gente trata ele mais como uma possível figura histórica do que uma figura religiosa, sabe? Na verdade, a questão é mais de espiritualidade do que religiosidade propriamente dita. A exemplo de seu Zé, como dizem as lendas, ele permeia por várias “religiões” que se conversam entre si, não negando mas também não se atendo a nenhuma, como a gente mesmo faz hoje em dia. Veja se não somos um povo “católico” que se benze com arruda e ainda tem um Buda cheio de moedas na estante da sala! (RISOS). Então no final a religião serve mais para rotular algo que já nos é inato. Ele pode ser adorado na Jurema, na Umbanda, e no Carnaval (que é uma religião SIM).

8. Quais os planos de quadrinhos do Bruno para 2021?

Oficialmente, até o momento, é o Zé e sua continuação, retomar a Parte 3 de Veludo dos 9 Infernos, o Pontos Ilustrados que é um projeto eterno, e uma coletânea de um novo coletivo FODA que tá pra nascer em breve!

Para conhecer mais o trabalho do Bruno, pode acessar AQUI. E para conhecer mais detalhes, recompensas e claro para apoiar a campanha de clique AQUI.

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Quadrinhos

Começa a Campanha de Financiamento Coletivo para Zé, de Alessio Esteves e Bruno Brunelli

Começou a campanha de financiamento coletivo para , HQ com roteiro de Alessio Esteves (DestiNation, Zikas) e desenhos de Bruno Brunelli (Veludo dos 9 infernos, Pontos Ilustrados). Aqui nos conhecemos parte da vida do Zé Pelintra, uma das entidades mais famosas da mística brasileira, Protetor da Boemia, dos bares e dos jogos. A entidade é conhecida pelo o visual de malandro supremo.

A obra busca juntar as mais diversas lendas sobre a sua origem e juntar em uma história única, abordando desde a sua infância difícil na Bahia até o início de sua vida adulta, no Recife, quando é iniciado na Jurema.

 

Para quem não sabe, a Jurema Sagrada é uma tradição religiosa nordestina, que se iniciou com o suo da planta jurema pelos indígenas da região norte e nordeste do Brasil. A importância da publicação de é imensa nos tempos de hoje, onde o preconceito religioso se tornou, infelizmente, uma constante nos noticiários e para celebrar e repartir ainda mais essa religiosidade e parte cultural afro-brasileira.

terá formato 21 x 28 cm, capa cartonada, aproximadamente 36 páginas coloridas em papel couché. Para saber mais sobre os detalhes da publicação, valores, recompensas e para apoiar, clique AQUI.

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Detective Comics Quadrinhos

A Leitura Que Te fez Bem! As Indicações de 2020!

Olá pessoal! Que ano né? Nossa parece até que estamos somente esperando o 2021 começar para soltarmos um grande “UFA!” por tudo que aconteceu em 2020. Lá no réveillon de 2019, quando todos comemoravam, brindavam e projetávamos o 2020, nunca imaginaríamos que iriamos estar passando pano com álcool em pacote de arroz.

Esse foi um ano marcado com a morte. E em uma escala em que afligiu à todos no mundo inteiro. De forma direta ou indireta. Alguém sofreu ou presenciou o sofrimento de alguém. As políticas controversas. As pessoas que insistiam em “desafiar” e desacreditar no que estava acontecendo. Ficar em um isolamento. Longe dos amigos, dos familiares, foi e estar sendo difícil. E não pense que o tal grande UFA! se passa à meia-noite de 31 de dezembro. Não, o ano seguinte ainda terá muitas dificuldades e ninguém aqui está esperando que seja diferente e nem enganando ninguém.

Mas nada impede de tentarmos fazer algo melhor. De tentar ser melhor. Pelo menos, alguns de nós, aprendemos a limpar melhor as mãos.
Essa lista de indicações fala muito sobre se sentir melhor. É uma lista de leitura que em algum momento desse ano, fez uma pessoa sorrir, refletir, pensar ou mesmo se distrair. Aqui tem publicações que nem foram lançadas em 2020. Mas o intuito não é nem esse. É apresentar/indicar uma leitura que fez bem para a gente em algum momento do ano. Que mexeu com a gente. Que fez entender (ou aceitar) melhor o que está acontecendo.

Agradeço a todos que participaram dessa lista (até mesmo porque foi idealizado aos 45 do segundo tempo). Nomes importantes que produzem quadrinhos, que divulgam quadrinhos, que falam sobre quadrinhos e principalmente os que “somente” leem quadrinhos! Pois no final de tudo, somos todos leitores.

Confira a nossa lista de indicações e que 2021 seja uma jornada mais leve para todos!

O Azul Indiferente do Céu (Shiko) Por Ricardo Ramos

Francisco José Souto Leite, mais conhecido como Shiko, conta em um clássico dos quadrinhos brasileiro, por meio de ficção os fatos que antecederam o assassinato do ativista colombiano, jornalista e especialista em saúde pública Héctor Adad Gómez. A “encomenda” pela vida de Héctor aconteceu após ele publicar como funcionava o universo dos matadores de aluguel naquele país que agiam para o forte narcotráfico e a tensão política da América Latina mergulhada em conflitos.

Mas o que me chamou muito atenção com Azul Indiferente do Céu, foi o final do último texto escrito por Héctor Abad Gomez em 1987: “El Facismo por más que quisiéramos, no há desaparecido de la faz de la tierra”. Sentir que um continente, que desde do México para baixo, sofreu com mazelas das ditaduras militares que bebiam e se fortaleciam de religiosidade, ter uma frase, escrita em 1987, que apresenta o fascismo ainda forte em pleno 2020 é assustador. E quando vemos alguns governantes, vemos que o pavio já está acesso, mas a bomba realmente ainda não explodiu para valer.

O Azul Indiferente do Céu é um publicação da Editora Mino



Um Conto de Natal (Carlos Giménez) – Por Marcelo Naranjo (Universo HQ e COACH DE QUADRINHOS)

Uma das HQs que mais me impactou em 2020 foi Um Conto de Natal, de Carlos Giménez (Comix Zone). O motivo está nas últimas páginas, que mostram as opções que a vida nos oferece e a maneira com a qual lidamos com elas – esquecendo, por vezes, que o capítulo final é igual para todos nós. Em um ano tão complicado, ficou impossível não lidar com escolhas difíceis.

Um Conto de Natal é uma publicação da Editora Comix Zone.


Habibi (Craig Thompson) – Por Eduardo Bautitz (Leitor, baterista e churrasqueiro)

Desde o início, Thompsom parece ter a intenção de abalar o psicológico do leitor, de rasgar a simplicidade e de enaltecer a relação entre os personagens protagonistas de forma trágica, fazendo com que você adentre a história não só por empatia, mas muito por conta do envolvimento com o paralelismo que entoa em cada retomada da narrativa. O desenrolar da trama demonstra uma beleza que caminha ao lado de cortes profundos no imaginário, ilustra consciências e posicionamentos sobre qualquer estigma que podemos carregar. Em preto e branco, a obra arrebata, cativa, enfurece, ensina, oferece conhecimento e transforma, da melhor e pior maneira possível, demonstrando uma maestria de condução e de construção de um cenário tão próprio.

Com passagens lindíssimas e um trabalho de pesquisa invejável, Habibi trabalha mais do que uma simples narrativa, ela choca, machuca, cura, renova e fere mais uma vez as únicas coisas que podem ser preservadas em um ser humano; sensibilidade, integridade, honestidade e caráter.

Habibi é uma publicação da Quadrinhos na Cia


Cais do Porto (Brendda Maria) – Por Pablo Sarmento (Podcast Emoções Misturam Ovos, ComicPod e Terra Zero)

Cais do Porto foi um dos gibis mais bonitos que eu li esse ano. Com texto e arte da quadrinista premiada esse ano 2020 com HQ Mix melhor desenhista revelação o quadrinho mostra a encontro de duas amigas, falando sobre vida e coisas mundanas. Apesar a premissa simples, em tempos de pandemia um gibi de slice of life é algo que pode lembrar como coisas simples no mundo como andar de ônibus e falar sobre rotinas pode ter um peso tão na grande. Esse quadrinho mudou demais meu ano e me fez muito bem.

Cais do Porto é publicado pela Conrad Editora


Chainsaw Man (Tatsuki Fujimoto) – por Rodrigo Cândido (quadrinhista e membro do Coletivo Sarjeta)

Chainsaw Man é meu quadrinho no ano! Dentre muitas história fechadas bem especiais que me surpreenderam (a maioria, quadrinhos nacionais), acabei sendo pego por essa série que começa como típico “mangá de lutinha” para um misto de ação e terror totalmente inesperado, com reviravoltas na trama totalmente imprevisíveis e muitas, muitas tripas voando. Pra mim foi uma aula de onde se pode levar um personagem, que mesmo sendo reflexo de um clichê ainda traz elementos que nos fazem querer ler mais e mais sua história e ate torcer para seu sucesso. Mesmo que ele seja um diabão com cabeça de serra elétrica.

Chainsaw Man (Tatsuki Fujimoto) – por Bruno Brunelli (ilustrador, diretor de arte e membro do coletivo Sarjeta)

A leitura que mais me impactou esse ano horrendo de 2020 foi o mangá Chainsaw Man. Esse projeto é totalmente desgraçado da cabeça, cara! Não tem uma parte que eu não pensei QUE PORR@ É ESSA! Todo mundo é vilão, é mocinho, é humano, é demônio, daí aparece um anjo, depois uns 20 cachorros, conspiração política, trairagem, e também repleto de humor e “non sense”.

Casou perfeito para 2020, te asseguro 😉

Chainsaw Man é uma publicação da Panini


A Grande Farsa (do Carlos Trillo e Domingo Mandrafina) – Por Jean Jefferson (Leitor e Comix Zoner Boy)

Pra mim a leitura que mais curti no ano foi a Grande Farsa, do Carlos Trillo e Domingo Mandrafina. Incrivelmente divertido, ágil e com uma arte incrível, eu fiquei absurdamente envolvido e li numa tacada só. Acho que é o mesmo sentimento de assistir um filme massa do Tarantino pelo ritmo, com uma pegada latina que faz lembrar novela da Globo. O Iguana merece ser reconhecido com um dos maiores vilões dos quadrinhos e seria personagem cult se o gibi fosse adaptado pros cinemas (algo que eu torço fortemente).

A Grande Farsa é uma publicação da Comix Zone


Grama (Keum Suk Gendry-Kim) – Por Maria Eduarda Maggi (podcaster do HQ CORP)

Pensar no quadrinho que mais marcou meu 2020 não foi difícil. Geralmente essa é uma decisão árdua, pois com tantas leituras na bagagem, nossa mente acaba se perdendo em tantas histórias que, no fim, acabamos chegando no mesmo ponto que começamos. No meio desse pensamento, Grama me veio instantaneamente à memória: uma leitura diferente de tudo que eu havia conhecido, tanto em narrativa, traço, e, principalmente, abordagem. A autora, Keum Suk Gendry-Kim, nos apresenta à real história da pequena Ok-sun Lee, uma menina sul-coreana que foi vendida pela própria família e acabou sendo forçada a virar uma escrava sexual do Exército Imperial Japonês durante a Segunda Guerra Mundial. Além de Ok-sun, muitas outras mulheres foram forçadas à escravidão sexual no período, sendo comumente chamadas de “mulheres de conforto” – um eufemismo profundamente machista.

A HQ nos mostra, além da triste história da protagonista, um panorama histórico da Coreia durante a guerra, bem como o retrato – muito sofrido – de outras mulheres vítimas do Exército Japonês. Além de uma história sobre mulheres de conforto, Grama é a história de superação de toda uma vida. Ok-sun Lee, hoje já idosa, continua lutando bravamente para que esse período jamais seja esquecido, e para que as vítimas recebam o pedido de desculpas que merecem, pois “mesmo derrubada pelo vento e pisoteada por muitos, a grama sempre se reergue”.

Grama é uma publicação da editora Pipoca & Nanquim


Berlim (Jason Lutes) por Lucas Fazola (Vortex Cultural)

Berlim foi uma HQ que me impactou sobremaneira desde as primeiras páginas. Contudo, apenas ao finalizar a leitura da obra pude entender o que me pegou tanto ali: a assustadora semelhança do contexto da capital alemã nos anos vinte e trinta com os tempos que vivemos atualmente. O descrédito nas instituições, a escalada política do autoritarismo chancelada por uma parcela considerável da população, o obscurantismo cerceando qualquer possibilidade de diálogo e de pensamento crítico e pluralista… todo o contexto que permitiu a ascensão de Adolf Hitler ao poder encontra semelhanças indigestas com o absurdo representado pelo ressurgimento da extrema-direita na contemporaneidade. A “Berlim” de Jason Lutes fala do passado, sim, mas alerta também sobre o presente, afinal de contas, como diria Bertold Brecht, “a cadela do fascismo está sempre no cio”, e diante de uma ameaça tão nefasta, precisamos estar sempre atentos e fortes.

Berlim foi publicada pela Editora Veneta


1Q84 (Haruki Murakami) e muitos outros – Por Felipe Coutinho (escritor, artista, professor e membro do coletivo Sarjeta)

Olá, pessoal do Torre de Vigilância! Tudo bom? 2020 foi o ano que todo mundo que esquecer por motivos óbvios, mas ao mesmo tempo, foi o ano em que ficou evidente o papel das artes em tornar nossas vidas melhores, mais leves; essa é sem dúvidas uma grande lição para levarmos adiante e que acho que prendemos como público. Saímos de 2020 valorizando mais as manifestações artísticas. Por aqui, ouvi muita música e li bastante. Nas leituras, normalmente, me relaciono com essa coisa kafkiana. Adoro um absurdo e tramas psicológicas, mas neste ano foi relativamente diferente: alternei entre a habitual desgraceira de mente e coisas mais leves para distrair. Destaco alguns na literatura: 1Q84, do Haruki Murakami; A arte de produzir efeito sem causa, do Mutarelli; Abusado, de Caco Barcellos; Estação Carandiru, do Dráuzio Varella e Trainspotting, de Irvine Welsh.

Em termos de quadrinhos, li bastante umas Webtoons que acho muito interessantes, elas são: My Giant Nerd Boyfriend, de Fishball; Hellper, de SAKK; Lorem Olympus, de Rachel Smythe; Aisopos, de Yangsoo Kim/DOGADO e reli alguns clássicos dos quadrinhos, como New York, do Eisner e a trilogia sobre quadrinhos do Scott McCloud. Também folheei algumas vezes o Dois irmãos, dos Gêmeos Bá e Moon e Estórias Gerais, de Wellington Srbek e Colin. Esses clássicos estão sempre na minha mesa de trabalho, leio e releio com frequência, além de usar muito como referência. Sobre música: Nine inch Nails, risos.

Desejo a todos um ano novo melhor. Saúde, paz e harmonia. Um abraço.


Ten Years (Randall Munroe) – Por Érico Assis (Tradutor e colunista)

A leitura que mais me marcou em 2020 tem só uma página – ou seja lá como você chamar uma tripa só de webcomic. Chama-se Ten Years, faz parte da série XKCD, e é uma história autobiográfica de Randall Munroe e companheira comemorando dez anos desde que ela descobriu um câncer. E se recuperou, claro. Munroe é um engenheiro, técnico, objetivo, pragmático, com uma sensibilidade artística e narrativa que a gente não costuma ver em engenheiros técnicos objetivos e pragmáticos. E essa noção de engenheiro das coisas entra no jeito como ele faz quadrinhos pra emocionar. É único.

*“Quando me mostraram o gráfico de expectativa de vida em dez anos, eu nunca achei que fosse chegar aqui. Não entendo como você casou comigo quando eu estava horrível. Mas foi muito fofo.”“Você é a pessoa mais legal que eu já conheci. Eu só queria todo o tempo que a gente pudesse ter junto.”“Bom, boas notícias: vou seguir inabalada na minha existência horrenda e inexplicável! Toma essa, biologia!”*

Você pode ler Ten Years clicando AQUI.


Blue Note: Os Últimos Dias da Lei Seca (Mathieu Mariolle e Mikaël Bourgouin) – Por Roberto Siqueira (Leitor e futuro quadrinista)

Por se tratar de algumas temática que eu adoro como, música, lutas, máfia e o período histórico em que se passa, meados dos anos 1920-1933. Período este que sempre rendeu boas histórias, sobretudo para o cinema, e é aí a grande homenagem desse quadrinho europeu para o cinema noir. Roteiro cativante do Mathieu Mariolle e Mikaël Bourgouin, apresentando duas histórias paralelas que se conectam. E a arte e cores do já citado Mikaël Bourgouin e o ponto alto do quadrinho, com uma narrativa envolvente que não deixa o leitor se perder. Uma obra para ser lida e estudada.

Blue Note: Os Últimos Dias da Lei Seca foi publicado pela editora Mythos.


Sabrina (Nick Drnaso) por Vinicius (2Quadrinhos)

“Ninguém retratou os nossos tempos tão bem quanto o Nick Drnaso”. Esta foi a frase que me ocorreu assim que eu acabei a leitura de Sabrina. Na mesma hora, olhei atrás da graphic novel para ver se não foi dali que saiu e… não. Então, por enquanto, vou atribuir a mim mesmo esta frase maravilhosa. A tal Sabrina mal aparece na HQ, na verdade a história vai mostrar as repercussões do desaparecimento da garota na vida das pessoas próximas. Sem nenhum monstro ou criatura sobrenatural, este é o quadrinho mais apavorante que li nos últimos anos.

Em Sabrina vemos como uma vida humana é transformada num suculento espetáculo para alimentar sites famintos por cliques. Além de ilustrar como este mesmo espetáculo dá força a conspiracionistas que, no Brasil, usam termos como “extrema imprensa”, entre outras sandices.

Sabrina foi publicada pela Editora Veneta.


Paracuellos (Carlos Giménez) por Ricardo Ramos

Esse foi um ano em que li bem menos do que eu queria, mas as minhas leituras deram um salto considerável de qualidade. E fico com o misto de emoções em que senti quando li Paracuellos do Carlos Giménez. A história autobiográfica dos meninos nos abrigos, chamados de Auxílio Social, faz você se sentir um deles. Você sente a angustia de estar lá, o medo das governantas, a expectativa perto da visita dos pais, a alegria de alguma brincadeira entre eles, os sonhos de cada um, a violência que sofriam… até quando sentem fome, você sente também.

E sem contar a importância histórica de apresentar para o brasileiro, que parece que esqueceu, como funcionava as ditaduras e suas mazelas. Ela em certos momentos é muito difícil e faz você engolir seco. Em alguns momentos e arranca risos. E te faz sonhar juntamente com as crianças. Que apesar de estarem vivendo o pior momento de todos, são apenas crianças. Com sonhos, brincadeiras e desejos. Foi como estar em 2020. Em 2020, nos fomos essas crianças sonhando e desejando algo melhor.

Paracuellos foi publicado pela Editora Comix Zone

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Sonic the Hedgehog chega aos Quadrinhos pela Geektopia em 2021

O lendário ouriço dos games está retornando ao Brasil! E agora nos quadrinhos. Depois de fazer histórias nos consoles da Sega, nos crossovers Olímpicos com o Super Mário, desenhos animados e um divertido filme ano passado, Sonic chega aos quadrinhos aqui em Terras Tupiniquins.

A Geektopia, selo de quadrinhos do Grupo Novo Século, anunciou a publicação de Sonic the Hedgehog. O anuncio foi feito por um vídeo em suas redes sociais, tendo como base o clássico game da Sega. Confira o vídeo abaixo:

Sonic the Hedgehog começou a ser publicada pela IDW nos EUA em 2018. A história se passa após os eventos do game Sonic Forces, onde a resistência derrotou o Doutor Robotnik, que desaparece, mas seus robôs continuam a atacar pequenas vilas pelo mundo. Então, Sonic, Tails, Knucles e Amy, com os novos aliados, Tangle e Lêmure, buscam proteger os inocentes e descobrir quem está no controle do exército robótico de Robotnik.

A série atualmente conta com 35 edições e é um sucesso de vendas pelo redor do mundo, com publicações em vários países, incluindo o Japão. Já foram lançados cinco encadernados de 96 páginas e mais o especial Sonic the Hedgehog – Tangle & Whisper.

A IDW é a terceira editora a licenciar um quadrinho do ouriço. Antes ele passou com Sonic The Comic (1993 até 2002) pela britânica Fleetway Publications e pela Archie Comics, com Sonic the Hedgehog (1992 até 2017). Aqui no Brasil, Sonic foi publicado em cinco edições pela Editora Escala (1995), a Editora On-Line chegou a lançar cinco edições da série Sonic X (1996), baseada na série animada e a editora Alto Astral publicou uma única edição em 2013.

Sonic the Hedgehog, a série atual, tem roteiros de Ian Flynn, artes de Tracy Yardley, Adam Bryce, Jen Hernandez, Evan Stanley e outros. As capas são do Tyson Hesse, que fez a reformulação do visual do personagem no recente filme.

Sonic the Hedgehog será publicado em 2021. Fique ligado na Torre de Vigilância para mais detalhes.

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Intrínseca Começa a Pré-Venda da Graphic Novel Duna – Volume 1

A Editora Intrínseca começou a pré-venda da graphic novel Duna. Publicado em 1965 por Frank Herbert, Duna se tornou um dos maiores clássicos da literatura e da cultura pop que inspirou obras conceituadas como Star Wars, Blade Runner e Alien. O quadrinho é adaptado por Brian Herbert, filho do autor, e por Kevin J. Anderson.

Num futuro distante, a casa Atreides, liderada pelo duque Leto, se prepara para uma jornada até o planeta desértico de Arrakis. Também conhecido como “Duna”, esse lugar cercado de mistérios e perigos é a única fonte da substância mais valiosa do cosmos. O duque precisará se aliar aos nativos, os fremen, se quiser impedir que a casa Harkonnen assuma o controle do planeta. E é lá que seu filho, Paul, conhecerá seu destino. O jovem pode ser a chave de um plano traçado há séculos e uma peça importante no jogo de poderes do império.

 

Como dito antes, Duna foi publicado em 1965, pela editora Chilton Books nos EUA. A obra se tornou o livro de ficção mais vendido de todos os tempos e é considerada um dos pilares da ficção científica moderna. A série começa no livro Duna e a trama continua sendo expandida em outros cinco livros e um conto, todos escritos por Frank Herbert, que faleceu no ano de 1986.

A versão em Graphic Novel é o primeiro volume de uma série conta com as artes de Raúl Allén e Patricia Martín. A tradução é de Ulisses Teixeira.

Duna – Graphic Novel Volume 1 tem formato 17 x 26 cm, 176 páginas e o lançamento oficial será em 18 de janeiro. Você pode adquirir o seu exemplar nas comics shops ou direto no site da Intrínseca, clicando AQUI.

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Açaí Pesado III – Distopia Neocabana, HQ do Coletivo Açaí Pesado, Está em campanha no Catarse

O Coletivo Açaí Pesado começou uma campanha no Catarse para Açaí Pesado III – Distopia Neocabana, onde apresenta 10 narrativas distópicas sobre a Amazônia, em histórias que trazem reflexões sobre o passado, o presente e o futuro.

Açaí Pesado III – Distopia Neocabana é organizada e produzida de maneira independente por artistas do Norte, colaborando no processo de criação que nasce nas oficinas de produção, cresce nas etapas de criação e se consolida na publicação em conjunto, apresentando novos nomes para o cenário nacional de quadrinhos.

 

O Coletivo Açaí Pesado surgiu em 2017e aos poucos iniciou uma dinâmica de publicações, organizadas por um Conselho Editorial rotativo que se altera a cada dois anos. O foco é oferecer dois lançamentos anuais: uma revista em quadrinhos e um fanzine. O coletivo é formado por produtores de HQ’s, coloristas, diagramadores e consultores de conteúdo. Conheça mais sobre o projeto clicando AQUI.

Em Açaí Pesado III – Distopia Neocabana reúne 24 quadrinhistas da região Norte do Brasil. A edição terá 17 x 26 cm, 80 páginas coloridas lombada quadrada e papel couchê brilhoso 115g. Para saber mais sobre a campanha, recompensas, valores e para apoiar, clique AQUI.

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Quadrinhos

Germana Viana, Laudo Ferreira e Marcatti estão em um novo Ménage

Está no ar a campanha de financiamento coletivo no Catarse para Ménage 02 – Livro! O segundo volume traz novamente o power trio Germana Viana, Marcatti e Laudo Ferreira em mais uma publicação onde buscam juntar estilos tão distintos e transformá-los em quadrinhos. Eles escolhem um tema e a partir desse ponto criam a HQ. Na primeira edição foi ARMÁRIO, para esse novo volume o tema escolhido foi LIVRO.

Confira abaixo as histórias que compõem Ménage 02:

Arsênio Lobo Chega Tarde

Com roteiro e arte de Germana Viana, mistura um livro, uma fotografia e um ladrão de casaca. Aqui conhecemos a história do quarteto Ernesto, Benedito, Marlene e Vera. Eles voltam de uma aventura que ensina porque em vez de ter raiva é melhor ter o clube do livro.


A Semente no Cemitério dos Elefantes

Quando tudo está certinho, estabelecido, enraizado, pode ter certeza que sempre existirá uma possibilidade de renovação. Principalmente quando ela vem carregada de inspiração e conhecimento. O roteiro e a arte são do Laudo Ferreira.


Perfume Colorido

O poder que três mulheres e um livro maldito podem ter sobre o caráter de um homem. Essa história tem arte e roteiro de Francisco Marcatti.

Ménage 02 – Livro terá formato 15,5 x 23 cm, 36 páginas em P&B e capa colorida. Para saber mais sobre a campanha, as recompensas, valores e, claro, apoiar, clique AQUI.

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Cultura Japonesa Quadrinhos

Cantinho do Caiô, Coletânea com tirinhas sobre animes e mangás, está no Catarse

O ilustrador e quadrinhista Caio de Oliveira, do famoso Cantinho do Caio, está com uma campanha de financiamento coletivo no Catarse onde reúne uma seleção especial de famosas tirinhas “otakas”. Cantinho do Caiô irá reunir as tirinhas que foram publicadas na páginas do Facebook Cantinho do Caio.

As tirinhas que brincam com ícones da cultura manga/anime como Dragon Ball, One-Punch Man, Fullmetal, Cavaleiros do Zodíaco entre outras. A coletânea vai reunir, por exemplo, a famosa paródia João de Santo Seiya, onde a vida protagonista do manga/anime se mistura com a famosa música Faroeste Caboclo da Legião Urbana.

Além das tirinhas publicadas durante os anos no Facebook, Cantinho do Caiô vai apresentar material inédito e meta estendida que irá beneficiar a todos os apoiadores.

Cantinho do Caiô terá 180 páginas e para saber mais sobre a campanha, recompensas e valores, clique AQUI.

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Destinos de Tarot: Dom Quixote está em campanha no Catarse

Começou a campanha de financiamento coletivo no Catarse para Destinos de Tarot: Dom Quixote, quadrinho que tem roteiro de Pedro Hutsch Balboni e Rodrigo Ortiz Vinholo e desenhos de Igum Djorge. A edição é o pontapé inicial de uma série que irá mostrar o encontro de Tarot com um personagem importante.

Na primeira edição, como diz o título, Tarot encontrará com Dom Quixote. Sim ele mesmo. O famoso personagem de Miguel de Cervantes, publicado pela primeira vez em 1605 em Madrid e que ganhou o mundo se tornando um ícone da literatura e da cultura em geral.

Em Dom Quixote de La Mancha, conhecemos o um homem de idade avançada que perde o juízo e decide torna-se cavaleiro andante. Ele parte pelo mundo junto com seu fiel escudeiro Sancho Pança e seu cavalo Rocinante.

Em Destinos de Tarot: Dom Quixote, o personagem se encontrar o famoso personagem, em uma realidade alternativa, e que talvez te ajude a ver alguns loucos com outros olhos. A edição terá uma história completa e independente. Esse é o quinto projeto do Universo Insensati.

Destinos de Tarot: Dom Quixote terá 40 páginas coloridas, formato 15,5 x 23 cm e para saber mais sobre a campanha, os valores e recompensas, clique AQUI.