Vazaram novas fotos de set de Thor: Love and Thunder, nas quais mostram o Deus do Trovão ao lado dos Guardiões da Galáxia.
Odinson e os heróis espaciais estão com visuais inéditos.
Love and Thunder mostrará a perspectiva de Odinson em um mundo pós-Vingadores: Ultimato, enquanto Valquíria está em busca de sua rainha para governar a nova Asgard ao seu lado. Jane Foster precisará da ajuda do deus do trovão para recuperar do seu câncer terminal.
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Segundo o jornalista Daniel Richtman, através de seu Patreon, o Rei Thor deve ser adaptado no MCU.
Richtman afirma, que veremos o deus do trovão perder o seu braço esquerdo em um futuro próximo, o que pode abrir uma oportunidade para fazer um quinto longa-metragem do herói.
Quando Odin morreu após sua luta contra Surtur, toda a Asgard estava por trás da ideia de seguir Thor como o novo Rei de Asgard. E assim, surgiu a versão mais soberana do personagem.
Hemsworth deu vida pela primeira ao Odinson, em 2011, no seu primeiro longa-metragem. Atualmente, o herói já apareceu em oito produções, sendo uma delas, um curta-metragem não canônico.
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E chegou ao final a trajetória de Jane Foster, empunhando o Mjolnir e se aventurando como a Poderosa Thor. O gran finale foi publicado em Mighty Thor #706, lançado recentemente nos Estados Unidos, e com a HQ, se encerra uma das fases mais queridas por diversos leitores ao redor do mundo. Para você que quer saber como tudo começou clique AQUI.
Jane Foster sempre teve uma vida corrida e sofrida. A sua mãe morreu quando ela era ainda muito jovem. O seu pai trabalhou a vida inteira para lhe garantir um grande futuro, onde ela veio se tornar enfermeira e logo depois médica. Depois das idas e vindas ao relacionamento com Thor, ela se casou com o médico Dr. Keith Kincaid, com quem teve um filho chamado James. Mas depois de um desentendimento com Kincaid, ela pediu o divórcio e perdeu a custódia do filho.
Dr. Keith Kincaid, Jane Foster e o pequeno James em Thor Vol.1 #394.
Foi na época em que Thor enfrentava Gorr, o Carniceiro dos Deuses, que Jane tomou outro golpe pesado da vida: ela descobre que estava com um câncer de mama em um estágio bem avançado. O então, Deus do Trovão, queria levá-la para Asgard e tratar a doença com magia, mas Jane Foster recusou. Alegando que toda magia tem seu preço, e sendo uma mulher da ciência, ela preferia tratar em Midgard. Logo após ela assumiu o papel de parlamentar no Congresso dos Mundos, onde representava a Terra.
O roteirista Jason Aaron trouxe uma humanidade incomum que não se encontra normalmente em alguns personagens em quadrinhos. Que despertou a simpatia dos leitores pela saga da Poderosa Thor. É complicado e difícil você simplesmente trocar um personagem como Odinson e implantar outro no lugar. Ao longo dos anos diversos quadrinhos fizeram isso, e ainda fazem. Muitos dos pretextos das editoras são “para conservar o personagem”, mas muitas vezes é somente para alavancar o título com uma nova visão. Seja lá o que for, Aaron acertou em cheio, utilizando de clichês como identidade secreta. Algo que não é muito usado, salvo por alguns personagens, na Marvel Comics.
Uma das coisas mais legais das histórias, foi utilizar “argumentos” de alguns leitores logo no começo da carreira da jovem médica na vida de heroína. Na quinta edição, em uma briga contra o Homem-Absorvente, o vilão fala que não deveria chama-la de Thor. Pelo fato do original ser um “homem”. Falando até que se ela quiser ser uma super-heroína que arrume o próprio nome. E não pegue de ninguém. Além de fazer uma alusão ao feminismo. Bem, o resultado é um soco bem dado da Thor no “poderoso” vilão.
Quando se troca um personagem do quilate do Thor, sempre há de existir a reclamação. Agora, imagina se troca por uma mulher? A enxurrada de criticas no início foram fortes. Mas Jason Aaron segurou a marimba, juntamente com a Marvel, e prosseguiu. E sem beber muito da água de diferença de gêneros, feminismo ou coisas do tipo.
E acabou que Jane Foster se tornou uma das mais queridas. A trajetória dela como Thor é fantástica e pode-se levar para nossas vidas pessoais como exemplo de perseverança. Jane sofria de um câncer em um estado avançado. Por várias vezes vemos (e sentimos) o sofrimento da quimioterapia faz nas pessoas. O procedimento é doloroso, pois a química implantada nele busca destruir as células cancerígenas. Mas, em contra partida, arrasam a saúde do enfermo. Quando porta o martelo, Jane Foster, elimina todo esse veneno do seu corpo, mas a magia do martelo não é capaz de eliminar o câncer.
O ato de se transformar para Jane Foster é uma lufada de bons ventos em meio à tempestade da doença. É quando ela se sente útil. Forte. Determinada. Fazendo uma comparação “pobre”, é como aquela pessoa que está enfermo (seja lá com qual doença for) e recebe uma visita querida, ou então consegue dar um passeio para um lugar diferente de sua rotina no hospital ou que simplesmente recebe uma nova perspectiva de vida para o que enfrenta.
A Jane Foster que foi apresentada por Jason Aaron, nada mais é do que uma pessoa comum. Ela tinha o problema da doença, nas suas transformações era como levantar do leito e correr em verdes pastos, mas sabendo que voltaria a enfrentar o seu destino. Ela sabia da dádiva que tinha, e que não era para todas as pessoas que sofrem da mesma forma. Sabendo disso, ela procurava fazer o melhor para essas pessoas também. Existe uma passagem muito bonita na edição #8, quando ela narra a sua rotina e fala de uma amiga, que ela a leva para pescar, e no dia seguinte se assegura para que não chovesse no seu funeral.
Esses fatos é uma retomada na humanidade do mito Thor. Odinson, só veio se apegar aos humanos, após ser forçado a viver entre eles. Com Jane Foster foi diferente. Ela já tem esse lado humano mais aflorado. Por ser natural da Terra, ser médica, ela conhece as mazelas da vida. E muitas vezes se revoltam contra os Deuses que insistem em suas causas pequenas e muitas vezes mesquinhas, enquanto milhares de humanos simplesmente se ajoelham e depositam sua fé em orações que são ignoradas.
Exercendo o maior poder: implantar esperança.
Seria totalmente injusto colocar todos os créditos do sucesso de Poderosa Thor somente em Jason Aaron. O desenhista Russel Dauterman fez um belíssimo trabalho. Com seus traços, detalhes nas páginas e diagramações. Juntamente com Matthew Wilson, o colorista, com belas paletas deram outro astral e vida as publicações. Repare os quadros em que Jane está na Quimioterapia, as cores são quase opacas, sem vidas. E quando está como Thor, principalmente logo após da transformação, as cores ficam mais alegres, um tanto quanto que vivas.
Depois dos fatos de Mighty Thor #706, a Jane Foster vai ter uma nova jornada, não sabemos se um dia ela voltará a empunhar o Martelo. Apesar de Jason Aaron continuar escrevendo para a série, nada é certo.
Jane Foster sempre foi uma figura recorrente na Marvel Comics, apesar de muitas vezes, ficar no segundo escalão das personagens que compõe o relacionamento com o herói principal. Ela por exemplo, nunca teve (até então) um destaque ou a popularidade de uma Mary Jane. Os filmes do Thor, com Natalie Portman no papel, ajudaram a levantar uma popularidade e torná-la mais conhecida para o grande público.
A caminhada da Jane Foster como a Poderosa Thor, foi mais do que uma fase. Foi um alento ler e acompanhar todas as batalhas da personagem como heroína e como mulher. Fica a esperança de que as pessoas tenham absorvido tudo de bom e positivo dela. E em meio de tantos atos humanitários. Com a poesia da transição da humana para deusa. Com o sacrifício peculiar, o fardo pesado e a sua história sofrida e forte desde que foi criada. Não tem como não amar Jane Foster.
Na semana passada a Marvel Comics anunciou que vai reformular a sua linha editorial inteira. Algumas HQs terão a numeração zerada e outras novas irão surgir. A Casa das Ideias já tinha divulgado que Avengers seria uma delas, e além disso apresentou os novos membros da equipe. Hoje, a editora confirmou que Odinson voltará a ser o Thor e que vai ganhar uma HQ solo.
Confira a capa de Thor #1 abaixo:
“Mesmo com o Thor Odinson recuperando o seu manto, esse novo volume irá para uma direção diferente”, disse o roteirista Jason Aaron. “Thor vive um status-quo totalmente novo. Na verdade, tudo o que ele conhece no Universo Marvel mudou por conta do arco ‘A Morte da Poderosa Thor’”.
“A nova HQ vai mostrar o Deus do Trovão iniciando uma nova missão. Os artefatos de Asgard foram espalhados pelo redor da Terra e Thor para recupera-los vai enfrentar umas verdades inconvenientes… como o custo de produção de diversos novos martelos! E ele precisará de cada um deles se quiser parar o imparável”, diz a sinopse de Thor #1.
Thor #1 terá Jason Aaron a cargo dos textos e desenhos de Mike Del Mundo, o lançamento está previsto para junho nos Estados Unidos.
Desde que Jason Aaron assumiu os quadrinhos do Thor em 2012, o título do herói , que já contempla cinco séries (Thor: Deus do Trovão, Thor vol.4, Thors, A Poderosa Thor e O Indigno Thor), vem sendo um dos quadrinhos mais elogiados da Marvel, pela crítica e também pelos fãs. Os elogios são os mais variados e envolvem uma boa construção de personagens, boa história, boa arte (graças a Esad Ribic e Russell Dauterman, principalmente) e também ao nível de construção de uma saga épica, que será o foco deste texto.
Thor do Jason Aaron é uma das melhores sagas épicas dos quadrinhos de super-heróis nos últimos anos. Dito isto, entenda o motivo para tal afirmação.
Começando com uma pequena definição. O que é um ÉPICO?
Basicamente, o gênero épico contempla quatro dimensões que fazem algo ser considerado épico.
1ª Dimensão – Heróica
A dimensão heróica contempla a saga do herói, as aventuras do personagem principal. Porém, só isso não define uma história como épica.
2ª Dimensão – Bélica
Na dimensão bélica estão as batalhas, as grandes guerras. Se não houver grandes batalhas, não é épico.
3ª Dimensão – Histórica
Aqui, a história de um povo é contada. Porém, assim como as outras dimensões, sozinha não pode ser considerada épica, afinal, seria um relato histórico.
4ª Dimensão – Mítica
Por fim, temos a dimensão mítica, que é onde os Deuses mitológicos entram em cena. Não, necessariamente, são figuras mitológicas já existentes, afinal, existem escritores que criaram e criam seu próprio panteão de Deuses e criaturas míticas. Um bom exemplo é o universo da Terra Média criado por J.R.R. Tolkien, pois alguns dos seres míticos de Tolkien foram inspirados em figuras da Mitologia Nórdica, mas ainda sim são diferentes e criações de seu próprio mundo.
Em síntese, algo só se enquadra no gênero épico quando contempla essas quatro dimensões, sem uma delas é qualquer outra coisa, menos épico.
Exemplos clássicos de sagas épicas são a “Odisséia” de Homero e “Os Lusíadas” de Camões. Mas, um exemplo bastante popular é a saga do Naruto.
Fazendo uma analise bem simplista, Naruto é uma saga HEROICA do personagem com o mesmo nome da obra, com elementos BÉLICOS envolvendo grandes guerras ninjas e também a HISTÓRIA de um povo, no caso, os ninjas, cuja origem envolve a presença de figuras da MITOLOGIA japonesa.
Naruto
Há ainda duas características importantes do gênero épico:
1ª Característica
O título da saga épica leva nome do herói. Em “Odisséia”, Ulysses é o herói e Odisseu é outro nome para Ulysses. Em “Os Lusíadas”, os Lusos, que são os portugueses, são os heróis da obra. Já em Naruto, é bem óbvio, Naruto é o herói.
2ª Característica
A narrativa do gênero épico começa do meio. Isso se chama In medias res (“no meio das coisas“). A história não começa no início, mas sim no meio da trama, em um momento crucial e, posteriormente, utiliza-se flashbacks, entre outros recursos narrativos, para narrar sobre o que veio antes. Esse recurso é utilizado para prender a atenção do leitor, criar curiosidade e suprimir o impacto de acontecimentos impactantes que possam ser desagradáveis.
[É importante frisar que essas duas características não são exclusivas de épicos.]
Asgard
Depois de toda essa contextualização sobre o gênero épico fica mais fácil entender o porquê de eu afirmar que Thor do Jason Aaron é uma das melhores sagas épicas em histórias de quadrinhos de super-heróis dos últimos anos. O motivo é simples: A fase de Aaron com Thor contempla todas as dimensões do épico de uma forma bem construída e bem pensada para prender o leitor até o final com questões intrigantes, ótimas caracterizações e ótimas batalhas.
A dimensão mítica de Thor está escancarada, pois o protagonista além de ser o herói principal, também é uma figura da mitologia nórdica.
Existe uma forte presença do mítico envolvendo diversos Deuses em Carniceiro dos Deuses, que é o primeiro arco do Thor de Jason Aaron, que acontece entre as edições 1-5 do título Thor: Deus do Trovão. É onde se estabelece tudo o que vem a seguir na mitologia do Deus do Trovão. O vilão Gorr, assassino de Deuses, é apresentado nessa históriae uma questão importante é plantada no imaginário dos leitores e no próprio Thor. E a questão é:
Os Deuses realmente são dignos das posições que ocupam perante seus adoradores?
Essa questão é levantada por Gorr e é o alicerce de tudo o que vem a seguir até as histórias atuais, em que Thor é o nome carregado por uma mulher, a Dra. Jane Foster.
Por trás de uma questão filosófica, a dimensão bélica é desenvolvida com batalhas épicas envolvendo deuses, elfos, gigantes, trolls, alienígenas, corporações malignas e a sombra de uma grande Guerra dos Reinos, e tudo isso com belos desenhos de encher os olhos.
Thor vs Malekith
A dimensão heróica que o escritor explora é a de Thor, mas não de um único Thor, e sim de diversas versões, incluindo um jovem Thor, ainda imaturo, um rei Thor, que já está mais cansado e amargo, e uma mulher Thor, que na verdade é uma humana que foi considerada digna do poder de Thor por seu altruísmo. A partir disso, o escritor traz outra questão para os leitores: O que é ser Thor?
E toda uma série de acontecimentos se desenvolve em cima dessa questão.
Thors
Na dimensão histórica, em um primeiro momento, temos as histórias dos asgardianos, mas que está conectada com o povo de Midgard. Há um desenvolvimento de dois povos; os deuses e os humanos, e o grande elo entre eles é Thor, tanto Odinson quanto Jane Foster. E, não é por mera coincidência que, atualmente, Thor seja uma mulher humana com câncer. Além de abordar uma questão bastante atual sobre uma mulher assumir uma posição que até então era de um homem e trazer uma luta bastante mundana, que é a luta contra o câncer, um outro desenvolvimento é focado em mostrar a diferença entre uma humana que se tornou digna do poder de um Deus e um Deus que já nasceu Deus. E é algo que fica bem contrastante dentro da trama
Jane Foster
Para amenizar o impacto dos leitores em relação a alguns acontecimentos marcantes, como descobrir o porquê de vários deuses serem assassinados, o que tornou o Thor indigno de seu martelo, ou o surgimento de uma nova Thor, Jason Aaron recorre a estratégia narrativa do In medias res. Ou seja, os arcos sempre começam do meio de uma história, e isso e cria uma atmosfera de curiosidade que prende o leitor até o fim. Nesse espaço entre o começo e meio da história é onde os artifícios de caracterização se mostram importantes.
A ideia de existir uma Thor mulher pode soar estranha e causar controvérsia em um primeiro momento. Alias, essa ideia foi extremamente repudiada quando foi anunciada. Mas, hoje, a Thor é uma das personagens mais queridas nos quadrinhos da Marvel. Nessa hora é que Aaron dá uma prova definitiva de que sabe utilizar o recurso do In media Res com maestria. Antes que o escritor revele quem é a nova Thor e o motivo de Jane Foster exercer esse papel, ele vai preparando o terreno com boas estratégias de apelo, como o fato da Thor ser uma mulher que luta contra o câncer e também luta pra salvar o mundo e, ao se transformar na Poderosa Thor, ela se desfaz de um pouco de sua vida. É uma atitude altruísta e que também é característica marcante de grandes heróis que não pensariam duas vezes em se sacrificar por seu povo, como Superman e Capitão América, o que faz com que o leitor simpatize facilmente com a heroína.
Ainda há outras questões que são pontuadas positivamente sobre a fase de Jason Aaron em Thor, mas por hora, já basta essa análise em relação à grandiosidade ÉPICA.