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Como entrar no mundo dos animes | Parte 2: Gênero, número e grau

Se você não leu a parte um, largue de ser louco de querer começar as coisas do meio, e leia-a aqui.

Japonês é um povo estranho. E embora o título de hoje possa fazer parecer que iremos discutir a linguística oriental (que, convenhamos, também é estranha. Sabiam que não existe “espaço” em frases em japonês? Elesescrevemtipoassim, só que com runas lunares), vamos falar mesmo de outro assunto que envolve as três flexões de verbo.

  • GÊNERO
Não, não ESSA discussão de gênero...
Não, não ESSA discussão de gênero…

Da mesma forma que as suas tão queridas séries do Netflix são divididas em categorias, separando-as em coisas como “Romance”, “Terror”, “Psicológico”, “Só quero ver explosões” e “Amostra as teta” (e acho que “Game of Thrones” estaria em todas essas), animes também tem subdivisões, para deixar mais fácil a filtragem de o que você gostaria de assistir, ou o que será um lixo total.

O principal problema das pessoas que tem “preconceito” com anime é a ideia errônea de que todos eles são sobre ou A) Colegiais Seminuas ou B) Ninjas. Embora seja verdade que essas duas categorias cubram uns 90% de tudo que é lançado, ainda tem muita coisa que não cai no estereótipo das lendas urbanas do limbo.

Um dia eu planejo fazer uma série de posts contando detalhadamente sobre o que se trata cada gênero de anime, e o que eles têm a oferecer. Mas esse dia não é hoje, e por isso eu vou apenas explicar resumidamente o que se deve esperar de animações japonesas no geral, e como elas diferem de séries e sitcons americanas ou seja lá onde o Netflix esteja situado.

I) OS TRÊS PRINCÍPIOS DA COMÉDIA:

O primeiro princípio da comédia é a repetição… e o segundo princípio da comédia é a repetição. O humor japonês (não só o dos animes) segue uma vertente bem diferente do que o ocidental. Meu antigo professor de teatro, quando realmente aparecia para dar aulas, costumava dizer que “A verdadeira comédia é a desgraça alheia“, e isso resume bem a perspectiva que nós temos.

Animes diretamente focados na comédia existem, e são uns dos meus prediletos. Como foi dito no início, a repetição realmente é um ponto importante, mas ela sozinha não sustenta séries por mais de 100 episódios, como acontece com Gintama. Paródias também são muito mais comuns do que se espera (até por ser mais fácil de fazê-las, já que o risco de levar um processo por direitos autorais e/ou difamação é bem menor).

Porém, a verdadeira estrela das cenas de humor em qualquer mídia japonesa são o Boke e o Tsukkomi (E não, não estou falando grego. É japonês, lembra?). Também chamado de “Manzai”, esse tipo de comédia se centra em conversas onde o cara bobo (Boke) fala alguma coisa muito idiota, e o cara sério (Tsukkomi) reage, normalmente de forma exagerada. Isso pode gerar alguns problemas de “choque cultural”, pois a piada em si é a reação do Tsukkomi, e não o que supostamente viria depois. No começo você acaba esperando algo no nível de “O Gordo e o Magro”, onde após a conversação de uma ideia, o Magro acaba sendo convencido e quem se ferra é ele. Olha só, voltamos a desgraça alheia… Pois é, essa última parte se perde quando tratamos de Manzai. É só uma questão de se acostumar (e eu já escrevi um post inteiro sobre isso, lembra?). Isso acaba se tornando especialmente engraçado quando o dublador do Tsukkomi é ótimo em gritar.

Ah, o terceiro princípio da comédia? Bem…

II) UMA FATIA DE VIDA:

Perdão pelo título, não resisti.

Slice of Life” é o maior terror daqueles que não estão totalmente (ou suficientemente) acostumados com a cultura japonesa. É um gênero onde – na maior parte dos casos – não há super-poderes, não há organizações malignas tentando dominar o mundo e nem há ninjas (nem sempre). A trama se desenvolve, como o título sugere, apenas seguindo a vida de um grupo de pessoas. Os temas são tão diversos como o dia-a-dia nos permite, e os dramas são coisas rotineiras, com o objetivo de você conseguir, de certa forma, se espelhar naquela personagem, enquanto ela supera suas dificuldades (ou morre. As vezes elas morrem).

Embora existam alguns seriados onde não há nada de “extraordinário”, e você também acompanha a rotina dos personagens, o que as diferem dos animes (além da cultura fazer com que o dia-a-dia deles seja diferente) é a premissa de muitos dos problemas que se tornam a trama principal. Explico: Como japonês é um povo estranho, você vai ver que uma frase mal entendida numa conversa aleatória no meio do primeiro episódio, vai ser a causa de uma caçada vingativa por trinta e oito episódios, sendo que tudo poderia ser resolvido em questão de minutos, sentando e conversando. Não sou a melhor pessoa pra fazer uma comparação, pois nunca parei pra ver uma série Slice of Life completa, mas pela minha experiência assistindo “Meninas Malvadas” (que se você parar pra pensar, tem uma ambientação bem anime-like, cheia de garotas colegiais), as tramas diárias americanas costumam ser bem mais agressivas.

III) COM GRANDES PODERES, VEM GRANDES…

Mas, se você quer assistir o dia-a-dia de pessoas com a vida muito melhor que a sua, existe Novela pra isso, não é? O negócio é ver gente dando porrada umas nas outras, soltando energia pelas mãos e tal.

Super-poderes em animes costumam ser bem aceitos por vocês, visitantes das áreas menos obscuras da Torre. Isso se dá pois o que mais existe em quadrinhos, comics e HQs (que até hoje eu não sei se existe uma diferença entre os três) são pessoas com habilidades especiais e pouco questionamento sobre elas. Por isso, não me prolongarei muito nessa parte, e só farei o favor de citar Super Sentai pra vocês.

Super Sentai é um negócio muito grande lá no Japão. No ar desde 1975, essa série (com pessoas de verdade, não é uma animação) é o que deu origem à sua cópia ruim: os Power Rangers. Embora fosse mais válido eu citar que animes Shounen de lutinha normalmente são episódicos, com diversos vilões de pouca relevância pro enredo como um todo, apenas para que existam explosões… Acho que falar de Power Rangers é mais fácil e ajuda vocês a associar melhor o que estou dizendo. Além do mais, Super Sentai é uma referência do gênero como um todo, e diversos animes seguem tendências estabelecidas por ele.

Fora que depois eu faço um post sobre isso.

  • NÚMERO:
"Nossos segredos guardados, enfim revelados... nus sobre o sooooooooool!"
“Nossos segredos guardados, enfim revelados… nus sobre o sooooooooool!”

Falando em números… Logo o que vem a cabeça são os grandes. Mas pode desencanar que quando o assunto é desenho, a maior parte deles é pequeno (menos os preços das coisas, mas eu comento sobre isso lá em baixo). E no contexto gramatical que envolve esse post todo, podemos dizer também que é normalmente no Plural.

E já que estamos falando em Números, vou fazer a contagem usando apenas primos. É bom que vocês se acostumam ao enorme apelo familiar que temos nas obras japonesas (e consequentemente, suas complexas árvores genealógicas):

II) VINTE MINUTOS:

Tá, um monte de seriado também tem em média, vinte minutos de duração, e daí? Ah, é bom comentar que todos os animes tem, em média, vinte minutos de duração, né? Afinal, algumas séries tem o dobro do tamanho (e eu dropei Falling Skies por não aguentar assistir um negócio tão longo, mesmo tendo gostado do que vi).

E, embora o subtítulo sugira vinte, também existem os animes chamados “curtas”. Talvez você os curta. Categorias variam, de coisas de três minutos, a coisas de quinze minutos. Um ponto interessante a se notar é que todos, independente de sua duração, precisam ter um tema de abertura e/ou encerramento (que são importantes. Tipo, muito importantes. Posso comentar outro dia sobre). Isso leva a situações onde um curta tem três minutos, mas metade dele é o encerramento, dando um tempo útil de menos de 90 segundos.

Tão curto quanto, será essa parte do post.

III) DOZE EPISÓDIOS:

Até hoje, eu não entendo a lógica (se é que existe uma lógica) do número de episódios que uma série tem por temporada. Cada hora é um número, e cada série tem o seu. Como o Japão é um pouco mais metódico que o ocidente, por lá a coisa é diferente, e temos – quase – tudo nivelado (embora tenhamos programas que começam em horários como 15h37). Dentro de cada temporada (que explicarei no próximo número primo), tudo precisa ter a mesma duração. A programação da TV nipônica é bem mais rígida, e não dá pra simplesmente mudar algo para o horário nobre, só porque começou a fazer sucesso.

Daí o padrão adotado foi o que eu já tinha explicado num post anterior: O número de episódios de um show precisa, necessariamente, ser um múltiplo de 12 + 1. As vezes algumas abominações aparecem, como coisas de 10, 15 ou 18 episódios, mas elas são sempre compensadas na temporada seguinte.

E já que estamos falando de aberrações e episódios, um comentário rápido sobre OVA’s. Sigla pra “Original Video Animation“, são episódios que não fazem parte de uma temporada propriamente dita. Eles normalmente tem a mesma duração de um episódio normal (embora possam ser menores ou maiores), e retratam coisas pouco relevantes para o enredo principal (implicando que os episódios normais são relevantes). Seria o equivalente a “Episódios Especiais” de séries, que contam alguma coisa que aconteceu fora dos acontecimentos da série principal, ou tem algum comentário dos diretores, ou coisas assim. Não vejo série o bastante pra saber se algo mais existe.

V) QUATRO TEMPORADAS:

Não, a palavra “Temporada” acima não tem a mesma semântica que na frase “The Big Bang Theory tem uma porrada de temporadas”. Embora a palavra seja empregada nesse sentido, também para animes (i.e. “Naruto tem uma porrada de temporadas”), o termo, no contexto, implica outra coisa.

O período de aproximadamente treze semanas, onde diversos shows são lançados e estão com número de episódios semelhantes, é chamado de “Temporada”. Como uma pessoa com habilidades medianas em matemática consegue supor, quatro temporadas totalizam 52 semanas, também conhecido como um ano. Outra coisa que temos quatro durante o ano são as estações; daí, as temporadas são batizadas com a estação onde elas ocorrem.

Em Janeiro, temos a Temporada de Inverno; Em Abril, a Temporada de Primavera; em Julho, a Temporada de Verão; e em Outubro, a Temporada de Outono. Vale lembrar que as estações do ano no hemisfério norte são invertidas, por isso a associação mês-estação não faz muito sentido pra nós.

Se há alguma diferença entre as temporadas? Teoricamente, todas são iguais, não havendo nenhuma vantagem ou desvantagem entre escolher uma ou outra pra lançar o seu desenho. Na prática, alguns feriados afetam a competição por vagas em determinados períodos do ano. Por exemplo, coisas lançadas em Outubro terão seus Blurays vendidos próximo ao Natal (e daí a fama de Outubro sempre trazer os melhores shows).

Conhecer o conceito de “Temporada” é importante pois o ano inteiro haverá coisas sendo lançadas, mas se você quiser acompanhar algo desde o início, precisa saber quando elas começam. Também é importante pra saber quando algo em específico vai começar, ou pra se preparar mentalmente pra nova leva de fanboys alucinados que virá poluir suas redes sociais.

  • GRAU:
Nem é bem disso que estamos falando, mas pelo menos tu não apareceu com um termômetro.
Nem é bem disso que estamos falando, mas pelo menos tu não apareceu com um termômetro.

Só percebi que não faço ideia de o que “Grau” significa, gramaticamente, depois que escrevi o resto do post inteiro… Bem, seja lá o que for, vou usar esse espaço pra explicar conceitos que soam diferentes pra quem não conhece o submundo das animações japonesas.

I) Grande parte dos animes são ADAPTAÇÕES:

Esse é um ponto que costuma ser estranho para pessoas que são acostumadas com séries. Embora hoje em dia estejamos tendo bastante conteúdo com origem em outras fontes (vide esses milhões de seriados sobre heróis… Inclusive eu dropei Supergirl no episódio dois), a grande maioria dos roteiros são originalmente escritos para o show.

E enquanto isso pode não ser algo extremamente relevante, é algo que eu gostaria de comentar, pois muitas vezes, o anime pode sofrer com problemas na adaptação de seu conteúdo original para animação. Diversos tipos de problemas, sendo um deles o que eu comentarei a seguir.

II) Grande parte dos animes são objetos de PROPAGANDA:

Dezessete temporadas no ar? Horário nobre na televisão? Alta qualidade de produção? Isso tudo é importante, mas não o foco principal da maioria esmagadora dos animes.

Como comentado acima, a maioria das animações são baseadas em outras coisas. Seja um Mangá (espécie de ‘comic japonês’), uma Light Novel (Uma série de livros curtos, de 100 a 200 páginas, que normalmente possuem linguagem mais leve e com Kanjis menos complexos, daí o nome, ‘light’), uma Visual Novel (Jogo onde você encarna um protagonista e lê a história dele. Opções aparecem em momentos-chave, e fazem você tomar rumos diferentes no desenvolvimento) ou um joguinho de celular, o maior foco dessas adaptações não é o produto novo, mas sim o antigo.

Animes são feitos, acima de tudo, para promover; fazer propaganda; divulgar; jogar panfleto pro alto sobre… A sua obra original. É muito comum que shows acabem em momentos de tensão (malditos cliffhangers!) ou ao fim de um arco que claramente não é o que o encerra. Isso serve para atiçar as pessoas a irem buscar a continuação no seu local de origem.

Às vezes o Cliffhanger é literal...
Às vezes o Cliffhanger é literal…

III) Quem determina a continuação de algo são SUAS VENDAS:

Esqueça essa conversa de ibope, audiência, número de visualizações… Quem manda no negócio dos animes são as vendas posteriores.

Sabe aqueles box com Bluray (ou DVD, se você for macaco velho/pobre, igual eu sou) que contém todos os episódios de uma série, tem uma capinha bonita, e vende por uma fortuna nas Lojas Americanas? O que dá lucro para quem produz os animes é justamente isso.

Um show comum, com 1-cour de duração (12~13 episódios), normalmente venderá quatro ou cinco “volumes” de Blurays. Um volume trará entre um e três episódios da série e normalmente algum bônus como um pequeno especial de cinco a dez minutos, e custa em média uns ¥7,000 (o que dá uns R$230).

Pode parecer caro pra caramba… É porque é caro pra caramba, propositalmente. Não vou me detalhar em como funciona a venda de Blurays no Japão, mas esse artigo da Anime News Network (que está em inglês, infelizmente) se dedica a explicar isso.

Voltando ao assunto, o que importa é que pessoas que compram esses volumes existem, e o que determina o futuro de uma série, é a quantidade de malucos que pagaram o preço de um pulmão por ela.

 

 

 

Inclusive, pegar a audiência desprevenida é o terceiro princípio da comédia.

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Games PC

Level Up | Line of Sight novo shooter gratuito

Umas das distribuidoras mais conhecidas no cenário dos jogos online, a Level Up, anunciou nesta sexta-feira (12/02) o seu novo projeto, Line of Sight, um game de tiro em primeira pessoa, gratuito, onde o jogador contará com um mixer de armas e superpoderes, como o controle de elementos como fogo, água e eletricidade. Além de ser possível customizar seus personagens e arsenal de armas.

Além de partidas cooperativas e competitivas, Line of Sight oferece campanhas em que o jogador enfrenta o computador e precisa coordenar uma equipe de soldados.  

Assista ao gameplay baixo.

https://www.youtube.com/watch?v=1I5MvaoOupk

Em fevereiro, o jogo contará com uma fase de beta fechado. Segundo a Level Up, aproximadamente 5.000 brasileiros serão selecionados para participar dos testes, que devem começar em 22 de fevereiro. Os escolhidos serão anunciados no dia 18 de fevereiro.

Line of Sight foi desenvolvido pela Blackspot e construído com o motor gráfico Unreal Engine (Batman: Arkham KnightFinal Fantasy VII Remake)

Para o mercado brasileiro, o jogo contará com localização total em português. Além de poder desfrutar de servidores locais. A data de lançamento oficial do jogo ainda não foi anunciada.

Line of Sight logo

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Cinema Detective Comics

Os easter eggs de Dredd (2012)

Apesar do filme “Dredd” ter sido exibido há quase quatro anos, ainda existem coisas interessantes para se comentar. E os easter eggs são bem legais, por isso merecem um espaço especial de discussão!

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Cinema

Confira o mais novo trailer de Batman vs Superman


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Faltam ainda mais de um mês para a estreia de Batman vs Superman, mas a Warner Bros. continua divulgando seu próximo projeto de maneira eficaz, como os spots exibidos durante o Super BowlConfira aqui ) e agora, lançou oficialmente o novo trailer do longa. Confira abaixo:

https://www.youtube.com/watch?v=Lmt_UCBd85M

Os Melhores do Mundo já se enfrentaram inúmeras vezes na nona arte. Ficaram curiosos em quais histórias os confrontos aconteceram? Veja aqui ( Confrontos de Batman e Superman )

Batman vs Superman chega nos cinemas brasileiros em 24 de março e tem no elenco, Henry Cavill como Clark Kent/Superman, Gal Gadot como Diana Prince/Mulher-Maravilha, Ben Affleck como Bruce Wayner/Batman, Amy Adams como Lois Lane, Jesse Eisenberg como Lex Luthor e Jeremy Irons como Alfred  Pennyworth.



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Consoles Games PC

Dark Souls III | Abertura de arrepiar

A Namco Bandai Brasil liberou o trailer de abertura de Dark Souls III, totalmente legendado, na segunda-feira dia 08. 

Dark Souls III segue o clássico estilo de combate de seus antecessores, cheio de desafios e recompensas, o jogo já é considerado por muitos um dos mais aguardados de 2016.

A abertura quase que cinematográfica apresenta as novas criaturas que os jogadores encontrarão em sua jornada através das vastas terras de Lothric, com uma incrível introdução da misteriosa história aclamada da série produzida pela FromSoftware.

Veja o trailer com legendas em português, publicado no canal oficial da Namco Bandai Brasil no YouTube.

O jogo será lançado para PlayStation 4, Xbox One e PC através do serviço STEAM em 15 de Abril de 2016.

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Consoles Games PC

Unravel | Yarny irá mexer com sua mente.

Quem esperava que na apresentação da EA durante a E3 do ano passado, o público iria se apaixonar por uma criaturinha formada por um barbante vermelho?


Quando Martin Sahlin, diretor criativo, do estúdio indie sueco Coldwood Interactive apareceu no palco com seu jogo caseiro, os corações dos que acompanhavam aquela apresentação, estavam devidamente em ecstasy. A premissa principal do jogo, segundo Sahlin, é que o personagem principal, assim como toda a história do game, possa mexer suavemente com todas as sensações do jogador.

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O jogo é uma imensa lista de ocasionalidade, que possuem uma capacidade acima da média de fazer o observador entrar em um estado de melancolia. O início de Unravel, é simples, mas ao mesmo tempo marcante. Uma mulher idosa, se encontra sozinha, você consegue perceber a tristeza emanando de todos os seus poros, expostos pela velhice.

É nesse momento que Yarny surge, e ele quer concertar as coisas. Nesse momento ele aceitou sua missão, uma grande jornada em busca das boas memorias da sua “dona” e um resgate aos momentos marcantes da vida dela. Juntamente com uma jogabilidade invejável, Unravel mescla sentimentos com uma trilha sonora excelente, e faz com que você nunca esqueça o motivo principal que levou Yarny a partir nessa jornada.

Rolos de lã espalhados, borboletas no jardim, flores, aves, tudo parece realmente vivo no jogo. A combinação desse truque, com uma jogabilidade fácil e divertida, rapidamente torna o amarrar de cordas, os puzzles e a busca por lã muito mais agradável do que normalmente seria.

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Felizmente não temos de esperar muito tempo, o lançamento de Unravel está marcado para o dia 9 de Fevereiro, e você já pode jogar a partir de quinta-feira caso você possua o EA Access.

Unravel estará disponível para PlayStation 4, Xbox One, Microsoft Windows.

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Detective Comics

Esquadrão Suicida | O que ler antes do filme?

O Esquadrão Suicida ao lado de Batman vs Superman abrirá as portas do universo cinematográfico da DC Comics indo para um lado mais obscuro da editora, lidando com os vilões e tramas mais malucas. O diretor David Ayer prometeu que teremos algo semelhante a diversas fases dos quadrinhos, e levando em conta o histórico da equipe e os integrantes presentes no filme é possível selecionar algumas HQs que podem servir como inspiração para o enredo do longa. Confira abaixo quais são essas histórias!

LENDAS (1986-87)

Lendas foi uma mini-série da DC que serviu como um crossover entre títulos e primeira saga da editora após a Crise nas Infinitas Terras. Numa trama que envolve Darkseid, a Liga da Justiça e diversos outros personagens, houve uma proibição da intervenção de superseres nos problemas da humanidade, e temos a criação do Esquadrão Suicida com o objetivo de lidar secretamente com assuntos governamentais.


ESQUADRÃO SUICIDA v.1 (1987-1992)

A primeira formação do Esquadrão Suicida como conhecemos nasceu após a saga Lendas, e liderados por Amanda Waller o grupo enfrentava diversos problemas, de assuntos políticos a invasões alienígenas. Esta fase do grupo era escrita por John Ostrander e ilustrada inicialmente por Luke McDonnell e tinha uma rotatividade de personagens bem significativa. Aqui podemos conhecer mais sobre o Pistoleiro, Capitão Bumerangue, Amarra, Coronel Rick Flag e Magia, além da própria Waller, todos protagonistas do vindouro filme. Esta fase do grupo é tida pelos fãs como a melhor e durou 66 edições.


BATMAN: LOUCO AMOR (1994)

Vencedora de um Prêmio Eisner, Louco Amor foi uma história escrita por Paul Dini e ilustrada por Bruce Timm, os criadores da Arlequina (que surgiu na série animada do Batman) e abordou um pouco mais da psicologia da vilã. Frustrada, a personagem relembra seus dias como psiquiatra e como ela veio a se apaixonar pelo Coringa, narrando assim toda sua transformação. Altamente recomendado como preparação para o filme pois aparentemente a origem da personagem também será contada na telona.


CORINGA (2008)

Coringa de Brian Azzarello e Lee Bermejo é uma reinvenção do Palhaço do Crime tornando-o mais psicótico e gângster que suas versões anteriores. A história contida em um único volume pode ser usada como inspiração para a concepção do Coringa de Jared Leto, que aparentemente será mais mafioso que suas encarnações prévias.


SEXTETO SECRETO (2005-2011)

Grupo de anti-heróis da DC, o Sexto Secreto não é exatamente uma série ligada ao Esquadrão Suicida mas utiliza e explora o passado de um personagem essencial do grupo: o Pistoleiro. A revista, escrita por Gail Simone, abordou um pouco mais da psicologia do personagem que será um dos pilares do filme, interpretado por Will Smith.


ESQUADRÃO SUICIDA v.4 (2011-2014)

Talvez a inspiração mais recente, o Esquadrão Suicida do reboot Novos 52 possui a formação que mais se assemelha ao que virá nas telonas. Arlequina, Pistoleiro, El Diablo e Capitão Bumerangue são alguns dos protagonistas desta fase que estarão no filme, e a chefe Amanda Waller marca presença constante. Esta fase do grupo também abordou a origem da Arlequina e possui uma rotatividade de personagens tão frequente quanto as fases posteriores.


MORTE EM FAMÍLIA (1988)

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Em Batman vs Superman, Jason Todd está morto. Será que veremos sua morte no filme do Esquadrão Suicida? O segundo e impulsivo Menino Prodígio foi espancado cruelmente até a morte pelo Coringa. A decisão foi tomada por telefone, e os leitores decidiram optar pela morte do personagem. Jim Starlin, Marv Wolfman, Jim Aparo e George Peréz foram os responsáveis por criar um clássico chocante.


Esquadrão Suicida tem estreia prevista para o dia 04 de agosto de 2016 nos cinemas nacionais e conta com elenco formado por Will Smith (Pistoleiro), Viola Davis (Amanda Waller), Cara Delevigne (Magia), Margot Robbie (Arlequina), Jared Leto (Coringa), Adewale Akinnuoye-Agbaje (Crocodilo), Joel Kinnaman (Rick Flag), Jai Courtney (Capitão Bumerangue), Adam Beach (Amarra), Karen Fukuhara (Katana) e Jay Hernandez (El Diablo).

Esperamos que tenha gostado e nos vemos na estreia!

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Cinema

Worst. Heroes. Ever. | Confira novo trailer de Esquadrão Suicida


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A emissora CW lançou o especial intitulado DC Films Presents: Dawn of the Justice, onde lançou oficialmente o segundo trailer de Esquadrão Suicida. Confira abaixo.

Esquadrão Suicida tem data prevista de lançamento em 05 de agosto deste ano.



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Games

Hideo Kojima e Sony | Um caso de amor!

Hideo Kojima, criador da série Metal Gear Solid, juntamente com e Mark Cerny, arquitecto-chefe do sistema e plataforma PlayStation 4, se encontraram e fotos foram publicadas nas redes sociais de ambos. Porém, não se trata de apenas um encontro de negócios, na verdade Kojima e Cerny estão em uma viajem de negócios pelo mundo, com duração prevista para 10 dias, a dupla está procurando as mais quentes novidades no ramo da tecnologia.

De acordo com os executivos, os dois estariam buscando nessa viajem novos gadgets, e magos na computação, para algum futuro projeto. Os dois aparentemente vão estar twittando sobre a experiência, por isso, é provável que descobriremos mais durante a próxima semana e meia.

Hideo Kojima e Cerny

Cerny e Kojima

Como sabemos, Kojima está trabalhando com o seu estúdio independente a Kojima Productions, em um novo jogo para a Sony. Logo seria razoável assumir que a viagem tem algo a ver com a parceria recém-reformada, que circunda no primeiro jogo do estúdio que aparecerá pela primeira vez no PlayStation 4. Afinal, quem melhor para produzir um jogo, do que o desenvolvedor do console e o criador de uma das maiores franquias de jogos de espionagem?

Ou então, este é apenas uma grande viajem de amigos!

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Crítica | Meu nome é Carter. Peggy Carter.


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[SPOILERS A SEGUIR]

Agent Carter era o tipo de série que precisava ser produzida, por diversos motivos. Demorou, porém finalmente fomos capazes de apreciar essa bela empreitada da Marvel com a ABC, onde ambas já estavam de mãos dadas com Agents of S.H.I.E.L.D. Antes de mais nada, a série retratada no passado foi criada para tapar o buraco quando Agents of S.H.I.E.L.D. entrou no seu longo hiatus durante a segunda temporada. Tenho certeza que ninguém colocou a mão no fogo por ela. Simplesmente viu por ver ou ignorou completamente. Só que não esperávamos ser envolvidos com tamanha qualidade e competência vistos nos oito episódios produzidos.

Afinal, quem é Peggy Carter? A personagem-título não é totalmente nova no MCU. Ela fez sua primeira participação em Capitão América: O Primeiro Vingador e foi aqui onde já garantiu todo o meu apreço, além de cair no gosto dos fãs. Pessoas que reconheceram toda a garra e força de vontade que ela tinha. Provar seu valor durante a II Guerra Mundial foi algo inestimável para Peggy e seu objetivo pós-guerra era permanecer por este caminho. Sendo que muitos não pensavam deste jeito. É assim que conhecemos as diversas camadas da personagem e como era tratada em seu ambiente de trabalho.

Com a paz garantida, não era necessário se preocupar com mais nada. Errado. É nisso que entra a RCE (Reserva Científica Estratégica), que se tornou pioneira em montar atividades por debaixo dos panos. A organização permaneceu ativa após os eventos do primeiro longa do Sentinela da Liberdade e ainda é cenário constante na série-mãe.

Carter não era mais vista com tamanha força que antes. Agora, se tornou a moça do café e das anotações. Grande retrocesso que sofreu. Ainda mais se levar em conta nos riscos que se meteu por amor ao seu país. Inserida num ambiente cheio de homens, nem parece surpresa ter recebido tal tratamento. Quem ali dentro reconheceria o valor dela? Ninguém. Era só uma mulher. O que uma mulher faria para se igualar ao homem naquela época? Praticamente nada, porque não era capaz. Essa frustração fez que nossa agente agisse pelas costas de seus colegas de trabalho. Iniciando uma pequena investigação que foi o grande plot desta temporada.

Howard Stark estava sendo acusado de vender suas mercadorias para os inimigos e por decorrência disso, se tornou inimigo público da América. Conhecendo a índole de seu amigo e depois de um breve reencontro com o mesmo, Peggy decide arriscar sua própria pele em prol do Stark e não poderia realizar tal missão sem uma ajuda extra.

Edwin Jarvis, interpretado brilhantemente pelo James D’Arcy, se tornou um elemento indispensável na tentativa de livrar seu patrão de uma acusação injusta. Sua parceria com Peggy rendeu excelentes momentos, desde o lado cômico até em diálogos mais sérios. Um completava o outro, mas sem mostrar sinais de um possível romance. Longe disso. Até porque, nosso mordomo tem a doce Ana.

Thompson era o tipo arrogante e machista da agência. Passou boa parte da temporada com esta personalidade, mas só no episódio 1.05, entendemos um pouco de seu passado. Fingir ser um agente, onde na verdade era algo diferente. É bom analisar melhor o interior de qualquer personagem, ainda mais alguém detestável quanto o Thompson. A vida de um soldado é muito estressante e o horror visto é um elemento constante em sua rotina. Como esquecer algo assim? Como lidar também com o fato de mortes que poderiam ter sido evitadas? Essa característica é interessante explorar de vez em quando, onde nos permite gostar mais da pessoa. Não é o caso aqui. Foi um momento momentâneo. Logo, já estávamos querendo ver Peggy deixando-o no chão (E não foi isso que aconteceu? haha)

Dooley era o chefe do RCE e mantinha linha dura sobre a participação de Peggy nas reuniões. Nada diferente de Thompson. Só que em exceção deste, você consegue capturar uma característica positiva em Dooley no que diz respeito ao zelo pela família. Tenta reconectar-se com sua esposa e seus filhos foi extremamente bonito, ainda mais depois da forma que ele veio a morrer.

Sousa é o típico apaixonado pela heroína e até agora, não temos nenhum indicativo de um romance entre os dois. Retornou da guerra com uma grande sequela e se tornou motivo de piada no trabalho. Desde então, sempre foi determinado em realizar as tarefas. Não dá para aprofundar muito no personagem aqui. Quem sabe na segunda temporada…

Conforme o caso vai avançando, mais Peggy Carter se enfia numa trama conspiratória com uma grande organização equivalente à Hydra chamada Leviatã. Dos brinquedos roubados do magnata Stark, o que mais interessava era justamente o nitramene molecular. Seu poder era destrutivo, onde seu efeito se baseava numa grande explosão e em seguida, uma implosão no vácuo. Uma curiosidade interessante é que esse mesmo efeito foi visto em Homem-Formiga.

Quando a Marvel quer, ela trabalha em seus vilões com maestria e ainda com aquela pitada de reviravolta que tanto amamos. Os agentes mudos eram apenas uma pequena peça dispensável para o grande vilão da temporada. Dr. Ivchenko era um simples prisioneiro que depois mostrou sua verdadeira identidade. Essa revelação me pegou totalmente de surpresa, porque não esperava. Assim como nossa maníaca Dottie Underwood, com aquele jeitinho bem doce longe de qualquer suspeita e desconfiança. Os dois não estão mortos, o que aumenta a possibilidade de revê-los. Por favor, façam isso acontecer.

Não quero entrar em mais detalhes sobre os eventos desta primeira temporada, mas quero deixar um pequeno gosto para que vocês vejam a série ou até revejam (como eu fiz). Agent Carter é uma produção essencial nesse projeto ousado que é o Universo Cinematográfico da Marvel. Conhecer um pouco do passado é maravilhoso, pois nos ajuda a olhar com mais detalhes à tudo que nos apresentaram ou apresentarão nessas fases do estúdio. Aqui, sabemos do período após a ”morte” do Capitão América e as atividades de Carter. O início do que será no futuro a SHIELD e um monte de easter-eggs que deixa a nossa mente fervilhando. Outro ponto favorável para o sucesso deste spin-off foi justamente sua execução em 8 episódios. Isso permite soluções rápidas e maior desenvolvimento criativo para os produtores. Hayley Atwell e James D’Arcy foram os grandes destaques. Química maravilhosa e um bom entrosamento nas cenas.

Para quem gosta dos anos 40, é um prato cheio. Nada é superficial. Você é totalmente inserido na época. Seja no figurino, nas expressões e até nas personalidades que são mencionadas constantemente. Tudo para que você viva um pouco do que foi o ano de 1946. Entre elas, foi a rádio novela que romantizava as aventuras do Bandeiroso, além de retratar uma Carter como a donzela indefesa. Na galeria abaixo, vocês poderão ver alguns famosos citados.

Como mencionei acima, Marvel ama brincar com a mente de seus fãs com pequenas informações sendo soltas em seus filmes/séries. O que permite a criação de muitas teorias. Vou listar alguns easter-eggs notáveis da série.

A Roxxon Corporation apareceu bem no início da série, mas não foi sua primeira vez nas telinhas. Para quem se recorda, a empresa apareceu em todos os filmes do Homem de Ferro e também em Agents of S.H.I.E.L.D.

Comando Selvagem é o apelido de uma unidade especial de elite americana chamada First Attack Squad, que atuava na II Guerra. Ela apareceu pela primeira vez no gibi Sgt. Fury and his Howling Commandos #1 e no cinema, a equipe apareceu em Capitão América: O Primeiro Vingador.

Carter e o Comando Selvagem também participaram de Agents of S.H.I.E.L.D. num flashback bem revelador no início da segunda temporada.

Vanko

Anton Vanko é o pai de Ivan Vanko, o vilão de Homem de Ferro 2 (Chicote Negro).

A Sala Vermelha é uma instalação secreta onde várias jovens foram treinadas em combate e espionagem. O passado de Dottie é exatamente o mesmo da Viúva Negra.

Não é a primeira vez que o ator Enver Gjokaj (Agente Sousa) participa de algum projeto da Marvel. Ele fez uma pequena ponta em Vingadores como um policial na Batalha de Nova Iorque.

Descobrimos que Dr. Ivchenko era na verdade Johann Fennhoff, que também era conhecido como Doutor Faustus nos quadrinhos. Na nona arte, já tentou inúmeras vezes usar seus conhecimentos da mente humana para derrotar o Capitão América, Homem-Aranha e outros super-heróis.

Ficamos sabendo que alguns frascos contendo o sangue de Steve Rogers ficou com o governo. Essa é uma boa explicação para Nuke (que fez sua primeira aparição em Jessica Jones).  Nos quadrinhos, Frank Simpson é a versão civil do supervilão Nuke, resultado de uma tentativa (fracassada) de recriar o experimento do Capitão América. Criado por Frank Miller e David Mazzucchelli na edição #232 de Demolidor, o instável personagem tem a bandeira dos EUA tatuada no rosto e lutou na guerra do Vietnã. O Gigante Esmeralda foi criado a partir da fórmula do super-soldado potencializada com raios gama.

A parceria entre Arnim Zola e Dr. Faustus é o ponto de partida do que vimos em Capitão América: O Soldado Invernal. Recordando que Zola também apareceu no primeiro solo do Capitão.

Seria um pecado não falar do nosso bom velhinho e seus cameos. Stan Lee apareceu no episódio 1.04 pedindo a parte de esportes para Howard.

Antes de ganhar sua própria série, Peggy Carter fez parte de um curta intitulado Agent Carter, que narra uma aventura da personagem após os eventos de Capitão América: O Primeiro Vingador. Já vemos Carter trabalhando para SSR. O One-Shot está no Blu-Ray de Homem de Ferro 3. Veja os primeiros passos da nossa personagem pós-guerra.

https://www.youtube.com/watch?v=JTZS-FewPdI

Para quem for assistir a série, espero que gostem da mesma forma que eu gostei e ainda gosto. Agora, só esperar a próxima terça-feira (19/01) e se deliciar com as novas aventuras da nossa agente em Los Angeles.