Detective Comics

Multiplicidade: Quando o Superman conhece a Liga da Justiça Encarnada

O Renascimento do Superman resgatou tudo o que o herói representava: Verdade, justiça e esperança. Peter Tomasi e Patrick Gleason estão escrevendo o título mais divertido da iniciativa até hoje. Além de uma estrutura simples, a revista lida com questões complexas como: o herói não pertencer a cronologia. Essa questão começa a ganhar mais transparência em Multiplicidade, uma história que envolve o incrível Multiverso de Grant Morrison. 

 

Esse é um grande desafio para dupla. Depois de Multiversity, ninguém teve coragem de utilizar os conceitos da obra e a Liga da Justiça Encarnada. Todo cuidado é pouco. Tomasi e Gleason explicam conceitos complexos com muita simplicidade. Os diálogos expositivos contextualizam perfeitamente a obra do escocês aos novos leitores. Quando eles não explicam, então os artistas mostram com clareza. O encontro entre o Homem de Aço e a equipe de heróis protetora de universos é simplesmente épico. Multiplicidade traz boas e divertidas interações entre personagens desconhecidos. 

O roteiro também cria novos personagens como o vilão Profecia e seus seguidores chamados Coletores. O vilão não é tão bem desenvolvido, mas apresenta motivações extremamente plausíveis e pode ser bem aproveitado no futuro. O grande problema aqui é o tempo. O arco dura apenas 3 edições. Isso não é o suficiente para justificar algumas decisões durante o ato final. Tomasi e Gleason tomam algumas decisões as quais com certeza afetarão o rumo de Multiversity Too. Morrison será obrigado a reescrever o roteiro de novo (coitado).

Assim como Multiversity, Multiplicidade leva bem a sério o significado do seu nome. A história conta com múltiplos artistas: Ivan Reis, Ed Benes, Jorge Jimenez, Clay Mann e Tony Daniel. Cada um traz seu estilo único para essa aventura. A arte destoa, mas nunca perde a qualidade. Além disso, eles tiveram a responsabilidade de definir o visual de algumas terras nunca vistas.

Multiplicidade foi publicado entre as edições 8 e 9 da revista mensal do Superman pela editora Panini. É uma divertida história para aqueles que assim como eu, gostariam de rever o que Morrison criou, nas mãos de outro roteirista. Tomasi e Gleason seguem com o mistério cronológico do Superman enquanto se divertem bastante escrevendo esse título extremamente descompromissado. Não é perfeita, mas está muito longe de ser uma história ruim. 

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Sobre o Autor

João Guilherme Fidelis

"Mas sabe de uma coisa ? Sentir raiva é fácil. Sentir ódio é fácil. Querer vingança e guardar rancor é fácil. Sorte sua, e minha que eu não gosto deste caminho. Eu simplesmente acredito que esse não é um caminho" - Superman (Action Comics #775)