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Crítica | Logan

Sintetizando tudo o que Hugh Jackman tem falado do filme: “Não é sobre o herói Wolverine, mas sobre o homem Logan.” Isso define muito bem a despedida do ator como Wolverine, um desfecho violento e espetacular.

James Mangold parecia estar se preparando para fazer um filme como este. A violência que a selvageria das histórias do Wolverine requisitavam finalmente estão na tela. Braços decepados, cabeças caindo e garras sangrando dão vida própria à Logan. Parecia ser o que faltava para deixar os próprios atores, roteiristas e diretor confortáveis para tomarem decisões e fazerem um ótimo trabalho.

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Wolverine, Laura (X-23) e Charles Xavier são os personagens centrais da trama. Começando por Hugh Jackman… finalmente. Para se dizer a verdade, Hugh Jackman nunca foi o verdadeiro problema em seus filmes anteriores, mas algo faltava. Enfim, depois de 17 anos no papel, ele consegue aprofundar ainda mais seu personagem e entregar o Logan/Wolverine definitivo das telonas, mais agressivo e humano.

Dafne Keen é a carinha mais promissora do futuro universo X-Men. Além de se encaixar perfeitamente no papel, Keen tem uma ótima química com os outros atores, principalmente Patrick Stewart. Se Jackman entregou o Wolverine definitivo, Stewart constrói o Professor Xavier definitivo com muita dramaticidade e competência.

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Em relação aos outros personagens, Caliban (Stephen Merchant) andou meio apagado nos trailers e, apesar de sua importância na história, não impressiona muito. Porém, algo que que se destaca é o grupo dos Carniceiros, liderados por Donald Pierce (Boyd Holbrook). No momento em que todos os blockbuster’s e filmes de heróis colocam vilões grandiosos capazes de destruírem o país e o planeta, os Carniceiros só têm o objetivo de finalizarem sua missão e irem para casa. Talvez a simplicidade seja o segredo de uma boa história.

As músicas Hurt (Johnny Cash) e Way Down We Go (Kaleo) escolhidas para os trailers foram essenciais para Logan receber uma alta receptividade do público. Entretanto, no filme, as trilhas são apagadas, sem nenhum ápice. Já nas partes técnicas de fotografia e maquiagem, o filme é brilhante em tratar seus personagens e cenários como uma obra-prima.

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Desde X-Men: O Filme (2000), Logan foi construído como um personagem solitário, violento e sem sentimentos. Mangold traz todo o discurso de volta e coloca o personagem em debates sobre o que é fazer parte de um grupo de pessoas que se amam? E tudo orquestrado por diálogos inteligentíssimos do Professor Xavier e de Logan. Não é sobre ser um bom herói e salvar o mundo, mas ser um bom homem e proteger o que é seu.

Mangold e Jackman se reúnem pela última vez para trazer Logan ao público. Este que além de ser a obra definitiva do Wolverine, é um dos melhores filmes de super-heróis já feitos. Sangue, suor, coragem e lágrimas compõem Logan. Uma excelente despedida do ator Hugh Jackman, que há 17 anos honra seu personagem.

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Oscar 2017 | Lista dos vencedores da noite

Aconteceu na madrugada desta segunda a 89.ª cerimônia do Oscar, apresentada por Jimmy Kimmel. Confira nessa matéria os vencedores da grande noite;

Melhor Filme

Moonlight: Sob a Luz do Luar

Melhor Diretor

Denis Villeneuve – A Chegada
Mel Gibson – Até o Último Homem
Damien Chazelle – La La Land: Cantando Estações
Kenneth Lonergan – Manchester à Beira-Mar
Barry Jenkins – Moonlight: Sob a Luz do Luar

Melhor Atriz

Isabelle Huppert – Elle
Ruth Negga – Loving
Natalie Portman – Jackie
Emma Stone – La La Land: Cantando Estações
Meryl Streep – Florence: Quem é Essa Mulher?

Melhor Ator

Casey Affleck – Manchester à Beira-Mar
Andrew Garfield – Até o Último Homem
Ryan Gosling – La La Land: Cantando Estações
Viggo Mortensen – Capitão Fantástico
Denzel Washington – Um Limite Entre Nós

Melhor Ator Coadjuvante

Mahershala Ali – Moonlight: Sob a Luz do Luar
Jeff Bridges – A Qualquer Custo
Lucas Hedges – Manchester à Beira-Mar
Dev Patel – Lion: Uma Jornada para Casa
Michael Shannon – Animais Noturnos

Melhor Atriz Coadjuvante

Viola Davis – Um Limite Entre Nós
Naomie Haris – Moonlight: Sob a Luz do Luar
Nicole Kidman – Lion: Uma Jornada para Casa
Octavia Spencer – Estrelas Além do Tempo
Michelle Williams – Manchester à Beira-Mar

Melhor Roteiro Original

Taylor Sheridan – A Qualquer Custo
Damien Chazelle – La La Land: Cantando Estações
Yorgos Lanthimos e Efthimis Filippou – The Lobster
Kenneth Lonergan – Manchester à Beira-Mar
Mike Mills – 20th Century Women

Melhor Roteiro Adaptado

Eric Heisserer – A Chegada
August Wilson – Um Limite Entre Nós
Allison Schroeder e Theodore Melfi – Estrelas Além do Tempo
Luke Davis – Lion: Uma Jornada para Casa
Barry Jenkins e Tarell Alvin McCraney – Moonlight: Sob a Luz do Luar

Melhor  Animação

Kubo e as Cordas Mágicas
Moana: Um Mar de Aventuras
Minha Vida de Abobrinha
A Tartaruga Vermelha
Zootopia: Essa Cidade é o Bicho

Melhor Documentário em Curta-Metragem

Extremis
4.1 Miles
Joe’s Violin
Watani: My Homeland
Os Capacetes Brancos

Melhor Documentário em Longa-Metragem

Fogo no Mar
Eu Não Sou Seu Negro
Life, Animated
O.J.: Made in America
13ª Emenda

Melhor Longa Estrangeiro

Terra de Minas (Dinamarca)
A Man Called Ove (Suécia)
O Apartamento (Irã)
Tanna (Austrália)
Toni Erdmann (Alemanha)

Melhor Curta-Metragem

Ennemis Intérieurs
La Femme et le TGV
Silent Nights
Sing
Timecode

Melhor Curta em Animação

Blind Vaysha
Borrewed Time
Pear Cider and Cigarettes
Pearl
Piper

Melhor Canção Original

“Audition (The Fools Who Dream)” | Música de Justin Hurwitz, canção de Benj Pasek e Justin Paul – La La Land: Cantando Estações
“Can’t Stop the Feeling” | Música e canção de Justin Timberlake, Max Martin e Karl Johan Schuster – Trolls
“City of Stars” | Música de Justin Hurwitz, canção de Benj Pasek e Justin Paul – La La Land: Cantando Estações
“The Empty Chair” | Música e canção de J. Ralph e Sting – Jim: The James Foley Story
“How Far I’ll Go” | Música e canção de Lin-Manuel Miranda – Moana: Um Mar de Aventuras

Melhor Fotografia

Bradford Young – A Chegada
Linus Sandgren – La La Land: Cantando Estações
Greig Fraser – Lion: Uma Jornada para Casa
James Laxton – Moonlight: Sob a Luz do Luar
Rodrigo Prieto – Silêncio

Melhor Figurino

Joanna Johnston – Aliados
Colleen Atwood – Animais Fantásticos e Onde Habitam
Consolata Boyle – Florence: Quem é Essa Mulher?
Madeline Fontaine – Jackie
Mary Zophres – La La Land: Cantando Estações

Melhor Maquiagem e Cabelo

Eva Von Bahr e Love Larson – A Man Called Ove
Joel Harlow e Richard Alonzo – Star Trek: Sem Fronteiras
Alessandro Bertolazzi, Giorgio Gregorini e Christopher Nelson – Esquadrão Suicida

Melhor Mixagem de Som

Bernard Gariépy Strobl e Claude La Haye – A Chegada
Kevin O’Connell, Andy Wright, Robert Mckenzie e Peter Grace – Até o Último Homem
Andy Nelson, Ai-Ling Lee e Steve A. Morrow – La La Land: Cantando Estações
David Parker, Christopher Scarabosio e Stuart Wilson – Rogue One: Uma História Star Wars
Greg P. Russell, Gary Summers, Jeffrey J. Haboush e Mac Ruth – 13 Horas: Os Soldados Secretos de Benghazi

Melhor Edição de Som

Sylvain Bellemare – A Chegada
Wylie Stateman e Renée Tondelli – Horizonte Profundo: Desastre no Golfo
Robert Mackenzie e Andy Wright – Até o Último Homem
Ai-Ling Lee e Mildred Iatrou Morgan – La La Land: Cantando Estações
Alan Robert Murray e Bub Asman – Sully: O Herói do Rio Hudson

Melhores Efeitos Visuais

Craig Hammack, Jason Snell, Jason Billington e Burt Dalton – Horizonte Profundo: Desastre no Golfo
Stephane Ceretti, Richard Bluff, Vincent Cirelli e Paul Corbould – Doutor Estranho
Robert Legato, Adam Valdez, Andrew R. Jones e Dan Lemmon – Mogli: O Menino Lobo
Steve Emerson, Oliver Jones, Brian McLean e Brad Schiff – Kubo e as Cordas Mágicas
John Knoll, Mohen Leo, Hal Hickel e Neil Corbould – Rogue One: Uma História Star Wars

Melhor Design de Produção

Patrice Vermette (design de produção) e Paul Hotte (decoração de set) – A Chegada
Stuart Craig (design de produção) e Anna Pinnock (decoração de set) – Animais Fantásticos e Onde Habitam
Jess Gonchor (design de produção) e Nancy Haigh (decoração de set) – Ave, César!
David Wasco (design de produção) e Sandy Reynolds-Wasco (decoração de set) – La La Land: Cantando Estações
Guy Hendrix Dyas (design de produção) e Gene Serdena (decoração de set) – Passageiros

Melhor Edição

Joe Walker – A Chegada
John Gilbert – Até o Último Homem
Jake Roberts – A Qualquer Custo
Tom Cross – La La Land: Cantando Estações
Nat Sanders e Joi McMillon – Moonlight: Sob a Luz do Luar

Melhor Trilha Sonora

Mica Levi – Jackie
Justin Hurwitz – La La Land: Cantando Estações
Dustin O’Halloran e Hauschka – Lion: Uma Jornada para Casa
Nicholas Britell – Moonlight: Sob a Luz do Luar
Thomas Newman – Passageiros

Agora é aguardar pela premiação e os filmes de 2018. Até lá…

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Os MELHORES FILMES do Oscar 2017

Chegamos em fevereiro, o mês da maior premiação do cinema conhecido como o Oscar. A 89.ª cerimônia acontecerá em 26 de fevereiro e será apresentada pelo comediante e apresentador Jimmy Kimmel, que comanda o late-night Jimmy Kimmel Live!.

A estatueta será distribuída em 24 indicações, sendo que quatro delas: Melhor Filme, Melhor Diretor, Melhor Ator e Melhor Atriz são as mais esperadas e cobiçadas da noite. Há uma fragmentação nos indicados, os filmes divergem muito nas propostas e em seus respectivos gêneros. Temos desde um drama familiar até uma ficção explorando nossa comunicação e nosso jeito de lidar com diferenças. E se em 2016 o Oscar foi condenado a sofrer severas críticas pela a falta de diversidade, 2017 parece suprir esta falta.

Próximo a premiação, a Torre de Vigilância decidiu fazer uma matéria falando um pouco sobre os filmes indicados a principal categoria: Melhor Filme. Há muitas obras que merecem ser vistas. Confira;

A Chegada

A primeira ficção do canadense Dennis Villeneuve conseguiu uma indicação para MELHOR FILME no Oscar 2017. Principalmente devido a qualidade cinematográfica  que o projeto estava envolvido. A fotografia, a palheta de cores e a trilha sonora carregam um ar de suspense e melancolia no filme inteiro, desde o primeira contato com os extraterrestres até o último.

A Chegada foca no discurso de entender, compreender e aceitar nossas diferenças. Aprender a deixá-las de lado e nos comunicar como um só ser. Além de conseguir explorar e fundamentar uma comunicação com os extraterrestres, já explorada em Contatos Imediatos do Terceiro Grau (1977). Villeneuve continua fazendo bons filmes e já é considerado como um dos melhores cineastas atuais. Em relação ao Oscar, A Chegada deve ficar apenas na lista de indicados, sem grandes prêmios na noite.

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Moonlight: Sob a Luz do Luar

Moonlight, do diretor Barry Jenkins, foca na história do garoto Black com uma narrativa crua e real. Jenkins não se preocupa em colocar trilhas sonoras sentimentais ou uma dramaticidade desacerbada. A real preocupação é com os personagens e suas respectivas construções. Temas como preconceito, desigualdade, criminalidade e homossexualidade são conectados ao protagonista. Assim fazendo uma história intrigante ao nos apresentar a complexidade da situação de algumas pessoas que merecem nossa atenção.

Um dos favoritos na categoria de Melhor Filme e Melhor Diretor.

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Um Limite Entre Nós

A dupla formada por Viola Davis e Denzel Washigton provam o porquê de serem um dos atores mais cobiçados em Hollywood. Ambos veteranos, demonstram experiência e química em tela. Quase levam o filme todo nas costas, tendo mais de duas horas de cenas juntos em um único ambiente. Denzel também está responsável pela direção e desenvolve uma história familiar e paterna em um único cenário: a casa da família, o centro principal da vida de muitas pessoas. Onde mulheres e homens se tornam independentes e descobrem seu lugar no mundo.

Um Limite Entre Nós é outro longa que faz um discurso sobre desigualdade, falta de oportunidade, trabalho e dificuldades. No final, deixa uma mensagem para você assumir suas responsabilidades diante dos seus amigos e sua família, mesmo que a situação esteja desfavorável.

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Estrelas Além do Tempo

Um das surpresas mais agradáveis do Oscar. Não se esperava muito de Estrelas Além do Tempo, que provavelmente faria o mesmo discurso do que vários outros de Hollywood. Porém, a atuação das atrizes Taraji P. Henson, Octavia Spencer e Janelle Monáe são de tirar o chapéu por representaram tão bem a vida real de três mulheres que batalharam para conseguirem o que queriam e lutarem para não se tornarem ultrapassadas.

Estrelas Além do Tempo foca na história da física Katherine Janson, mas está fragmentado em mais duas histórias que se cruzam em alguns momentos. A ambientação da década de 70 e 80 nos carros, nas vestimentas e nos conceitos sociais são fielmente adaptados por Theodore Melfi.

Levou poucas  indicações e não deve levar nenhuma estatueta pra casa, mas é uma obra que merece ser vista e reconhecida pelo público.

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A Qualquer Custo

Um dos indicados mais elogiados pela crítica, A Qualquer Custo é um faroeste dirigido por David Mackenzie que demonstra sabedoria para se fazer um faroeste. Chris Pine e Jeff Bridges protagonizam uma narrativa inversa à muitas outras. Enquanto algumas são sobre a vingança de personagens e as consequência desta, A Qualquer Custo apresenta o nascimento do sentimento da vingança que nunca terá seu desfecho mostrado nas telas.

Mackenzie cria várias camadas para se construir uma trama de perseguição e impressiona o público ao fazê-la. Funciona quando se sai da zona de conforto dos outros e inova na construção do seu próprio enredo.

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Até o Último Homem

Se não é um dos favoritos ao Oscar 2017, certamente é um dos favoritos do público. Mel Gibson retorna ao gênero de ação e guerra para trazer a história do médico Desmond T. Doss com muita brutalidade, sangue e a violência exagerada que esteve presente na Segunda Guerra Mundial. Gibson dá um tom muito próprio ao filme na hora de abordar a guerra e a chacina como coisas naturais e pode-se dizer, essenciais naquela época.

Fora Gibson, Andrew Garfield brilha ao interpretar Doss. Ele consegue passar bastante da frustração, da insegurança e da determinação que Doss tinha quando conseguiu salvar mais de 75 homens na Batalha  de Okinawa. Doss era religioso e não aceitava empunhar uma arma ou matar alguém, se tornando socorrista e tendo que lidar com os problemas no território inimigo.

Gibson entrega um filme de guerra que deveria ser visto por todos os cineastas modernos para verem a necessidade de manter a identidade do gênero.

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La La Land: Cantando Estações

O favorito ao oscar 2016, La La Land é o musical de Damien Chazelle que dá brilhos aos olhos e encanta o coração ao assisti-lo. Não é a toa que o musical está faturando tantos prêmios. O glamour de hollywood junto da elegância do jazz traz prazer ao espectador por estar assistindo ao romântico espetáculo protagonizado por Ryan Gosling e Emma Stone.

Gosling e Stone são um dos favoritos em suas próprias indicações e devem levar a estatueta pra casa. Principalmente Emma Stone, que deu vida ao papel de Mia e faz um trabalho emocionante.

Para saber mais sobre La La Land, clique aqui e confira a nossa crítica.

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Manchester À Beira-Mar

Manchester À Beira-Mar é um dos melhores dramas psicológicos da década. Alguns consideram o desenvolvimento lento, tornando o filme cansativo e arrastado. Só que para quem tem filhos e irmãos, Manchester pode se conectar com esse tipo de público, se tornando uma obra-prima.

Manchester não é inovadora ou esteticamente excelente, mas traz personagens e atores tão bons em suas interpretações. Estes fazem você chorar apenas pelos diálogos duros, repletos de lágrimas e arrependimentos. Casey Affleck (pode roubar o Oscar de Gosling) quase não se expressa no personagem, é o homem difícil de se entrosar e de se relacionar, mas que sempre arruma confusão. Um personagem confuso e melancólico, sendo um dos melhores trabalhos de Affleck. Os flashback’s no meio da película ajudam na construção do personagem para você entender seus conflitos pessoais.

Dirigido por Kenneth Lonergan, junto de La La Land e Moonlight, Manchester entra na briga para ver quem consegue levar o maior prêmio do cinema americano.

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Lion: Uma Jornada Para Casa

Lion é profundo e emocionante. Contando uma história real sobre a jornada de um jovem garoto chamado Saroo, Lion tem um discurso profundo sobre abandono e reconhecimento de si próprio. É um filme simples com ótimos atores (inclusive Nicole Kidman, que ganhou uma indicação para Melhor Atriz Coadjuvante) e um roteiro bem adaptado à verdadeira história. Porém, é o mais “esquecível” dos indicados por não ter grandes pretensões como os seus outros concorrentes…

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Então agora é só se preparar para a noite que promete ser especial. O Oscar 2017 será transmitido pela TNT às 20h30.

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Crítica | LEGO Batman: O Filme

Por que Warner Bros.?! Não poderia ser Brothers?! Quem precisa do Superman, sendo que o Batman é quem sustenta a DC?! Essas são algumas dúvidas que o protagonista encapuzado faz nos minutos iniciais. Se você tinha esperança de ser algo divertido, em cinco minutos a esperança se torna certeza.

LEGO Batman: O Filme chega aos cinemas expandindo o universo LEGO na sétima arte. A primeira “peça” foi Uma Aventura Lego, que apresentava certos traços de descompromisso com a lógica e extravagância total. Pois bem, LEGO Batman toma este mesmo ritmo e raciocínio, mas tem o Batman como protagonista. Um dos melhores heróis de todos.

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Não é a toa que digo: “tem o Batman como protagonista”. Pensa em quantas coisas a DC e a Warner puderam aproveitar e brincar com a história do personagem. E essa brincadeira foi boa, um tributo para os fãs do morcegão, desde referências aos filmes e séries mais cafonas até aos momentos mais marcantes nos quadrinhos. Will Arnet (EUA) e Duda Ribeiro (BR) dão a voz para Batman, uma mistura da veia cômica da série de 60 com a bizarrice dos filmes de George Clooney. Junto dele temos Dick Grayson, Barbara Gordon, Alfred e James Gordon, ambos caricatos e com suas origens, e personalidades modificadas, dando um tom único ao filme.

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Há algumas derrapadas no último ato de LEGO: Batman, mas nada que irá comprometer sua insanidade. É muito insano… um show de luzes e cores, pecinhas pulando para todo os lados e uma mistura de universos nunca vista antes, o maior crossover que já aconteceu, além das trilhas vibrantes e clássicas do morcegão remixadas em um solo de guitarra.

Está provado que não é necessária total lógica e uma narrativa linear para se construir uma animação. Basta ser simples, mas eficaz em sua mensagem. Nós acompanhamos a evolução do Batman através dos seus momentos de companhia e alegria até de solidão e tristeza, mas a arrogância estava presente sempre. “Eu trabalho sozinho” ganhou uma nova perspectiva no mundo LEGO e o bonequinho morcego teve que aprender a trabalhar em conjunto para obter um resultado satisfatório.

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Pegue a série de 60 com a extravagância de Uma Aventura Lego e você terá LEGO Batman: O Filme, que é recheado de referências para encher o coração do fã, feito para quem não tem medo de se divertir e eficaz nas suas decisões. O único problema é a vontade de comprar Lego depois da sessão…

“Homem de Ferro é chato.”

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Vai teia! | 10 coisas que queremos ver em Homem-Aranha: De Volta ao Lar

Um adolescente tímido, engraçado, e que nunca se deu bem com as garotas no colégio… Assim nasce um dos maiores nomes da Marvel Comics: O Espetacular Homem-Aranha! E é exatamente isso o que a empresa pretende mostrar em De Volta ao Lar, um herói que por trás de sua máscara, é um jovem preocupado com dinheiro e também ficar com uma boa nota na prova de física.

Mas com o primeiro trailer (que você pode conferir aqui) tivemos os primeiros vislumbres dos elementos que estarão presentes em Homem-Aranha: De Volta ao Lar, como por exemplo: um Peter Parker bem juvenil (por sinal, me identifiquei muito com ele), Homem de Ferro como seu mentor, aparentemente a presença de dois Shockers, um Abutre totalmente aterrorizante. Porém existe muitas outras coisas que os fãs da franquia desejam ver. Pensando nisso, a Torre de Vigilância listou dez coisas que com certeza não podem faltar no longa.


 #10: Batalhas aéreas

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 OK! Isso já está praticamente confirmado no filme, uma vez que seria praticamente impossível um herói que vive nas alturas ficar combatendo um vilão de asas no chão de forma frequente, mas o que realmente queremos ver é algo semelhante com as lutas de Web of Shadows, onde o teioso realmente usa o céu como seu campo de batalha.


#9: Menção ao Demolidor

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O Cabeça de Teia e o demônio de Hell’s Kitchen são amigos de longa data nas HQS, mas como as séries da Netflix tem um tom bem diferente comparado ao MCU, se torna difícil vê-los juntos nas telonas. Como os dois são praticamente vizinhos, seria interessante ver pelo menos uma menção de um tal vigilante justiceiro que está limpando as ruas de Hell’s Kitchen, ou até mesmo alguém confundindo o Teioso com o herói.


#8: Clarim Diário 

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Em De Volta ao Lar, Peter será um garoto de apenas de 16 anos que não precisa se preocupar em trabalhar… ou será que precisa? O Clarim Diário é um jornal fictício que sempre foi essencial na vida do personagem, tendo que ouvir várias baboseiras do seu chefe J. Jonah Jameson, que por sinal odeia o super herói.

Desde de 2007, o Clarim não dá as caras nas telonas, apenas sendo mencionado em O Espetacular Homem-Aranha 2, onde Peter está mandando um email para Jameson em busca de um emprego como fotógrafo. Seria muito cedo mostrar o jornal logo de cara na nova franquia do Aranha, mas seria tardio não fazer uma menção sobre ou até mesmo mostrando edições de jornais com a manchete principal: ”Homem-Aranha, herói ou ameaça?”


 #7: Um pouco de drama envolto na comédia 

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Apesar de ser arriscado, trazer um pouco de drama no novo longa do aranha, não seria nada problemático para a Marvel. O último filme do herói, Espetacular Homem-Aranha 2: A Ameaça de Electro, tinha uma maneira de incluir a tal essência de um jeito não muito exagerado, mas sim de forma leve e nas cenas essenciais. O mesmo pode ocorrer este ano, que apesar de possuir um leque de gêneros, alguns momentos para reforçar isso seria interessante, como por exemplo, a morte do Tio Ben ou os dilemas que Peter passará como herói.


#6: Gatuno

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Com a popularidade de Miles nos últimos anos, Homem-Aranha: De Volta ao Lar seria o momento ideal para introduzir um membro da família do herói Ultimate. Então, o Gatuno, o tio do Miles, abriria grandes possibilidades para a primeira aparição do personagem. Tom Rothman, o chefão da Sony Pictures, revelou que a franquia terá vários spin-offs (para mais detalhes clique aqui) e com isso, a porta estaria aberta para vários personagens da mitologia do Amigão da VizinhançaCom a aparição do vilão, estabeleceria o universo do Morales dentro do cinema, mostrando que futuramente, poderemos ver dois Homens-Aranha nas telonas.


#5: Acima de tudo, o bem das pessoas ao seu redor

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Uma das maiores essências do Homem-Aranha é sua humildade é compaixão por todos que estão ao seu redor, fazendo assim, um herói totalmente adorado pelo povo. Tom Holland já demonstrou que isso está presente em sua vida, visitando hospitais de tempos em tempos. Esse é o elemento chave para o amarem ainda mais no MCU, um adolescente com uma alma ”pura” e que antes dele, vêm as pessoas.


#4: Harry Osborn

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Apesar de não ser o melhor amigo de Peter nesse primeiro filme, Harry é um personagem chave na vida dele. Interpretado por James Franco na trilogia de Sam Raimi e por Dane DeHaan em O Espetacular Homem-Aranha 2: A Ameça de Electro, Osborn nunca fez uma aparição como um menino de colegial (vamos descartar o Homem-Aranha  né… porque ali ele está praticamente saindo da escola). Caso a amizade entre os dois não seja estabelecida no vindouro projeto, quem sabe na continuação.


#3: Stan Lee e Peter Parker

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Excelsior! As aparições de Stan Lee são carregadas de humor, mas que tal dessa vez, ser algo um pouco diferente? Uma cena onde ele seria salvo por sua criação e aconteceria o seguinte diálogo:

‘Eu te conheço de algum lugar?” 

Acho que já nos vimos por ai”

Seria algo de encher os olhos de qualquer um dentro dos cinemas.


#2: Gwen Stacy

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No primeiro trailer,  Ned Leeds Peter Parker não param de apreciar a beleza de Liz Allen, mas o que mais chamou a atenção, foi uma menina loira de tiara preta… Com a aparência idêntica a de Gwen, Angourie Rice está sendo especulada como sendo a personagem, mesmo sendo listada no IMDB como Betty Brant.

 Como Harry, a introdução da personagem já seria uma boa sacada nesse primeiro longa, estabelecendo assim uma amizade entre a jovem e o teioso, para mais tarde, uma história de amor e tragédia.


#1: Finalmente, um Vingador

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Finalmente, depois de muito lutar, o Espetacular Homem-Aranha conseguiu entrar para os Vingadores em Capitão América: Guerra Civil, sqn o máximo que ele conseguiu foi uma roupa maneira e cheia de acessórios bacana (que pessoalmente, eu simplesmente amo esse uniforme, mas vamos deixar esse assunto pra outra matéria) mas mesmo assim, não conseguiu realizar seu sonho de integrar em uma equipe de verdade. 

Com Tony Stark sendo seu mentor e dando vários mimos para o herói, no final do filme, o tio rigaço poderia parabenizá-lo pelo esforço cometido contra o Abutre e por ter salvo milhares de pessoas. Como forma de agradecimento, Tony o presentearia com um cartão dos Vingadores, assim então tornando o rapaz como um membro do grupo (nem se for como vingador regular :p), lembrando bem a animação Vingadores Unidos.


Com estreia prevista para 6 de Julho desse ano, os fãs terão muito o que discutir sobre o que querem assistir no filme. E você, o que queria ver em Homem-Aranha: De Volta ao Lar?

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Crítica | Assassin’s Creed

Otimismo define o que esperávamos de Assassin’s Creed. Será que finalmente teríamos uma digna adaptação dos games para as telonas? Dirigido por Justin Kurzel e tendo Michael Fassbender protagonizando e produzindo, Assassin’s Creed não foi tão digno como esperávamos, mas é um novo ponto de partida para futuras adaptações.

”Um novo ponto de partida”. Os elementos dos jogos foram fielmente adaptados, há várias cenas que remetem a dinâmica e a jogabilidade da franquia. Esteticamente, o longa entrega o que promete. Muitas cenas de ação bem coreografadas, com trilhas sonoras tensas acompanhadas de movimentações ágeis das câmeras. Trazer o ambiente do jogo para a história é importante para qualquer adaptação, já que esta deve simpatizar com os fãs e o público geral. Esse foi um ponto muito positivo e que deve ser lembrado pelos próximos diretores que quiserem embarcar neste mundo.

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Porém, os elogios terminam por aqui. Enquanto Assassin’s Creed tem uma estética excepcional, o roteiro, a direção e as atuações caem facilmente no esquecimento. Muito da Inquisição Espanhola foi apresentada a nós nos trailers, mas elas não compõem nem um terço do longa. O filme nos joga de um lado para o outro, variando entre os tempos atuais e passado, quebrando o seu próprio tom, consequentemente, não conseguindo ditar o seu ritmo.

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O roteiro bipolar é um outro ponto negativo. Há momentos de emoção, mas que não conseguem se firmar quando logo depois vem uma cena de ação eletrizante, sem deixar espaço para a dramaticidade envolvendo temas de paternidade e descobrimento. Os próprios personagens e atores não simpatizam com o público, atores como Jeremy Irons, Michael K. Williams e Marion Cotillard são desperdiçados. Depois de toda essa soma, só pode se esperar um terceiro ato desastroso e apressado, que usa  a ação para preencher os vazios no roteiro.

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Apesar de muitas coisas me incomodarem, os fãs dos jogos provavelmente irão gostar, já que Kurzel e Fassbender honram a fonte com algumas referências envolvendo os jogos e livros. Só que para uma pessoa (como eu) que não está habituada e nem tem interesse pela franquia Assassin’s Creed, e sim procurando por um entretenimento decente, talvez este não seja o filme ideal. Após o final, saindo do cinema, o filme esvaiu da minha mente rapidamente, como aqueles filmes-pipoca que assistimos na Sessão da Tarde.

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Crítica | La La Land – Cantando Estações

La La Land pode ser considerado uma obra prima importante para o cinema no futuro. O diretor Damien Chazelle, que conseguiu alcançar a missão de fazer um filme mais incrível do que Whiplash (2014), quando coloca a música e a dança em primeiro plano, faz tudo ficar um espetáculo, conduzindo-o com o glamour hollywoodiano.

Whiplash mostrou ao mundo do cinema a força de Damien Chazelle, e se em 2015 não foi o seu ano de  premiações, certeza de que 2017 será. Há muitas semelhanças ao Whiplash, tecnicamente, as cores quentes e frias tomarem conta do espaço, ou todas as luzes se apagarem para colocar o holofote no que realmente é importante são algumas delas. Junto das músicas compostas por Justin Hurwitz, a coreografia e os planos-sequência de Chazelle, La La Land homenageia o cinema americano e transmite uma mensagem de perseverança ao público.

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Ryan Gosling e Emma Stone são a dupla romântica da vez. Além de uma química muito boa, Gosling e Stone viajam com suas atuações. Em algumas partes, parecem estar em um filme de Woody Allen, e rapidamente transportados para Singing In The Rain (1952), de Stanley Donen e Gene Kelly. Talvez Gosling nunca supere sua atuação marcante em Drive (2011), mas Emma Stone certamente conseguiu sair da zona de conforto e brilhar, sendo o seu melhor trabalho até aqui.

Sebastian (Ryan Gosling) e Mia (Emma Stone) têm sonhos distintos. Sebastian quer ter seu próprio clube de jazz e perpetuar o gênero que é considerado “chato” e “ultrapassado”. Já Mia quer ser atriz de cinema, mas não dá sorte nos testes e audições. Contudo, ambos não desistem de alcançar seus objetivos e irão atrás deles, mesmo que tenham de sacrificar alguns momentos juntos. Essa é a questão: perseverança.

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Romance, comédia, drama, musical, La La Land é uma mistura de gêneros completa, e esse é o seu ponto forte. Surpreende o público com os rumos que vai tomando. Danças frenéticas com um piano ao fundo, até a sequência de uma cantoria inacreditável de pessoas em cima de carros (alguns coloridos), dando ênfase ao musical e às cores. Ou até mesmo uma sala de testes torna-se o momento perfeito para uma canção.

La La Land tira o nosso fôlego e apresenta um musical inesquecível. Se já ganhou sete estatuetas no Globo de Ouro, provavelmente irá ganhar mais algumas no Oscar. La La Land é a prova  incontestável que o cinema tem muito para nos ensinar ainda, e seu futuro se torna cada vez mais promissor.

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Crítica | Moana: Um Mar de Aventuras

Moana: Um Mar de Aventuras parece querer repetir a fórmula de Frozen: Uma Aventura Congelante em alguns aspectos. O musical conduzido brilhantemente pelos mestres John Musker e Ron Clements traz uma história produzida durante cinco anos, que parece uma animação esquecível e parecida com as outras, mas que necessitou de um trabalho impressionante para ser realizada.

A experiência de assistir o filme na première da Comic Con Experience foi sem igual. O público fervendo dentro do auditório, os diretores apresentando o longa, para depois fazerem uma palestra mostrando toda a produção é uma experiência única, agradável e viciante. Musker e Clements apresentaram seus incontáveis storyboards, seus concept arts e suas pesquisas, que fizeram parte da criação de Moana. A apresentação deixou Moana muito mais enriquecida culturalmente aos olhos dos nerds.

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Moana é moldada por uma história de aventura clichê. Quando sua ilha para de prover recursos ao seu povo, Moana descobre que foi a escolhida pelos mares para devolver uma relíquia de extrema importância à uma deusa. Com isso, ela deve se juntar ao semideus Maui para concluir a missão, e salvar o seu povo. Maui é um dos personagens mais estilizados na animação, com um tom infantil, apelando para a ação e a comédia muita das vezes. Já Moana é uma protagonista comum como em várias outras animações infantis, que passa por uma jornada para conhecer a si própria, e se transformar na grande heroína.

Porém, em relação a design criativo e produção, a técnica do filme é impecável. As lendas e a história foram baseadas em um povo na região do Pacífico, que acreditam em deuses e semideuses, além de serem os criadores de algumas das lendas. A película está perfeita, muito colorida e vívida. Os personagens condizem com aquele ambiente mais paradisíaco. Em comparação a Frozen, Moana tem uma boa  composição de músicas, mas nenhuma fica viva na mente, sequer é memorável, diferente de Frozen, que conquistou a estatueta do Oscar devido a esse elemento.

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Para muitos, Moana: Um Mar de Aventuras pode ser uma simples animação, leve e com personagens secundários funcionais e engraçados. Mas lá no fundo é perceptível que ela traz muito coração e verdade para as telas. Demonstrando a genialidade de John Musker e Ron Clements.

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Crítica | Sully: O Herói do Rio Hudson

A história do voo US Airways 1549 é conhecida por muitas pessoas. Todas acompanharam o resgaste e a investigação em volta do avião que era comandado por Chesley ‘’Sully’’ Sullenberger, e também sabem a resolução do caso. Então, é um trabalho difícil colocar esse caso nos cinemas, atrair a curiosidade do público e surpreender a crítica. Mas a bagagem de Sully: O Herói do Rio Hudson é inacreditável. Com Tom Hanks protagonizando e Clint Eatswood dirigindo, Sully mostra todo o acidente em uma perspectiva nova e emocionante.

Eastwood nos surpreende ao nos colocar no início de um sonho de Sullenberger. As cenas do acidente acontecem mais pra frente, já que ele fica um bom tempo desenvolvendo Sully e mostrando a relação com sua família e seu co-piloto, Jeff Skiles (Aaron Eckhart). O título nacional, apesar de nada atraente, desperta uma visão que está presente. Sully é colocado na figura de herói o tempo todo; passageiros lhe agradecendo, jornais exaltando sua carreira, seus primeiros passos como aviador militar, etc… Já o governo, que inicia as investigações a cerca do acidente, é posto como o inimigo.

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Narrativamente, Sully é muito rico. O roteiro de Todd Komarnick é fragmentando, nos levando sempre a flashbacks ao longo do filme. Isto sendo algo que requer muita competência para ser usado. Os flashbacks costumavam ser mais “frios” e “escuros” com pouco diálogo e mais ação. É aquele tipo de silêncio que te conta tudo.

Particularmente, eu entrei emocionalmente no longa, e isso depende muito da pessoa. Porém, fica meio difícil não se atrair e se envolver com o filme de um diretor que dirigiu dramas, como: Gran Torino (2008), Menina de Ouro (2004), etc… e de um ator que participou de Náufrago (2000), Forrest Gump (1994), Apollo 13 (1995), O Resgate do Soldado Ryan (1998), etc…

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Aqui no Brasil, Sully: O Herói Do Rio Hudson foi ofuscado pela a estreia de Rogue One, e provavelmente não vai ter uma bilheteria tão produtiva. Mas se você tiver alguma oportunidade de assisti-lo, assista. Parece um vídeo-game, onde os dois melhores jogadores se encontram e topam ficar no mesmo time, tendo seus movimentos e ações notadas pelo espectador, que prestigia e aproveita.

 

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Crítica | Rogue One: Uma História Star Wars

Sair do cinema depois da exibição de Rogue One: Uma História Star Wars não é uma tarefa fácil. Muito além de um fan-service, Rogue apresenta uma história única e inédita na saga galáctica, ultrapassando qualquer expectativa e se tornando um dos melhores filmes de Star Wars.

Rogue One destoa bastante dos outros filmes. Apesar de todos sabermos o que acontece, a brincadeira do ‘’spoiler de 40 anos’’, ainda assim conseguimos ficar excitados e ansiosos pelo o que está por vir. Logo no começo, apresentando a relação da protagonista Jyn Erso (Felicity Jones) com seu pai Galen Erso (Mads Mikkelsen), Rogue prometia ser grandioso.

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Grandioso é o adjetivo que cada personagem merece. Começando pela a dupla Cassian Andor (Diego Luna) e K-2SO (Alan Tudyk), Andor é um dos principais da equipe Rogue One junto de seu andróide K-2SO, que serve como o alívio cômico principal e é tão carismático quanto o famoso C-3PO. Jyn Erso representa a protagonista  feminina forte com bons momentos de ação e persistência para alcançar seus objetivos, além de ter que lidar o tempo todo com as consequências de suas escolhas. Andor, K-2SO e Erso são a trindade do longa, ambos funcionam juntos e têm uma química explorada da melhor maneira.

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Porém, há coadjuvantes que conseguem ultrapassar qualitativamente seus protagonistas. Estes são Chirrut Imwe (Donnie Yen) e Baze Malbus (Jiang Wen). Imwe é o religioso, crente do poder que a força tem sobre o mundo. Seu parceiro Malbus faz a parte cética, onde não acredita nas “baboseiras” da força. Notável a semelhança de sua descrença com a de Han Solo, mas esta consegue ser tão fundamentada quanto. Imwe e Malbus protagonizam as melhores cenas de ação e algumas de diálogo, deixando suas marcas registradas.

Bodhi Rook (Riz Ahmed) é o desertor do império e anseia por reconhecimento da rebelião. Rook teve que entregar uma mensagem para Saw Guerrera, interpretado pelo fantástico Forest Withaker, um dos extremistas rebeldes. Star Wars sempre colocou em pauta a questão: política x religião (força). O personagem de Withaker abrange essa pauta quando é citado como um “extremista”, demonstrando a situação desagradável e instável da galáxia, e o que a rebelião pode causar nas pessoas.

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Sempre presente na franquia, o antagonismo está fragmentado dessa vez. Apesar de o General Krennic (Ben Mendelsohn) ser o que mais (obviamente) aparece no filme, este fica completamente embaixo da sombra de Darth Vader. O milorde do lado negro está de volta! É algo para comemorar e a narrativa nos brinda com momentos icônicos e muito mais surpreendentes do que nós vimos nos trailers. Rogue One honra Darth Vader.

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Rogue One quer deixar registrado que não é um EPISÓDIO. Suas tentativas foram um sucesso. O diretor Gareth Edwards foi corajoso em apresentar um trabalho totalmente novo nas telas. A trilha da força, dos Jedi’s e do Lado Negro está remixada, mas continua mexendo com os nossos corações. O cenário também está incrível. Se você é apaixonado pelo episódio IV, não há como você se decepcionar. Cada alienígena, espécie, torre ou casa homenageiam e retomam o ambiente do episódio IV, principalmente.

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Provado no episódio VII, elogiado pelos fãs e pela crítica, a evolução na computação gráfica ajudou muito a Star Wars. Não só pelas explosões ou naves gigantescas, mas sim pela dinâmica presente. Ver a câmera acompanhando freneticamente as X-Wings passando pela tela, atirando para todos os lados. Isso pode ser uma bomba, mas Rogue One tem as batalhas mais épicas da franquia. Destróier’s caindo, X-Wings e T-Fighters batalhando entre si, batalhas no solo entre rebeldes e Troopers recebem um tratamento muito mais especial. É algo que dá brilho nos olhos e coceira na mão de tanto querer aplaudir e gritar dentro do cinema.

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Nostálgico nem chega perto de ser a palavra que descreva Rogue One. Roteiro inédito, totalmente independente. Orquestrado com personagens excelentes, juntos de uma trilha sonora e um ambiente remodelados, dão vida própria à Rogue One. Nunca ouvimos falar da missão que roubou os planos da Estrela da Morte na franquia. Talvez nunca ouviremos. Mas ela será lembrada por nós. Dentro dos nosso corações na gavetinha escrita: “Star Wars <3”.