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Crítica | Sully: O Herói do Rio Hudson

Escrito por Thiago Pinto

A história do voo US Airways 1549 é conhecida por muitas pessoas. Todas acompanharam o resgaste e a investigação em volta do avião que era comandado por Chesley ‘’Sully’’ Sullenberger, e também sabem a resolução do caso. Então, é um trabalho difícil colocar esse caso nos cinemas, atrair a curiosidade do público e surpreender a crítica. Mas a bagagem de Sully: O Herói do Rio Hudson é inacreditável. Com Tom Hanks protagonizando e Clint Eatswood dirigindo, Sully mostra todo o acidente em uma perspectiva nova e emocionante.

Eastwood nos surpreende ao nos colocar no início de um sonho de Sullenberger. As cenas do acidente acontecem mais pra frente, já que ele fica um bom tempo desenvolvendo Sully e mostrando a relação com sua família e seu co-piloto, Jeff Skiles (Aaron Eckhart). O título nacional, apesar de nada atraente, desperta uma visão que está presente. Sully é colocado na figura de herói o tempo todo; passageiros lhe agradecendo, jornais exaltando sua carreira, seus primeiros passos como aviador militar, etc… Já o governo, que inicia as investigações a cerca do acidente, é posto como o inimigo.

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Narrativamente, Sully é muito rico. O roteiro de Todd Komarnick é fragmentando, nos levando sempre a flashbacks ao longo do filme. Isto sendo algo que requer muita competência para ser usado. Os flashbacks costumavam ser mais “frios” e “escuros” com pouco diálogo e mais ação. É aquele tipo de silêncio que te conta tudo.

Particularmente, eu entrei emocionalmente no longa, e isso depende muito da pessoa. Porém, fica meio difícil não se atrair e se envolver com o filme de um diretor que dirigiu dramas, como: Gran Torino (2008), Menina de Ouro (2004), etc… e de um ator que participou de Náufrago (2000), Forrest Gump (1994), Apollo 13 (1995), O Resgate do Soldado Ryan (1998), etc…

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Aqui no Brasil, Sully: O Herói Do Rio Hudson foi ofuscado pela a estreia de Rogue One, e provavelmente não vai ter uma bilheteria tão produtiva. Mas se você tiver alguma oportunidade de assisti-lo, assista. Parece um vídeo-game, onde os dois melhores jogadores se encontram e topam ficar no mesmo time, tendo seus movimentos e ações notadas pelo espectador, que prestigia e aproveita.

 

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Sobre o Autor

Thiago Pinto

‘’E quando acabar de ler a matéria, terá minha permissão para sair’’

-Batman: O Cavaleiro das Trevas Ressurge (2012)