Categorias
Gameplay

Call of Duty: Modern Warfare | Primeiras Impressões

Depois de inúmeros lançamentos um tanto como decepcionantes da franquia Call of Duty, que foram seguidas por diversas tentativas de retomar o glorioso passado da saga, a Infinity Ward decidiu arriscar em um reboot de Modern Warfare – trilogia aclamada pelos fãs. Neste final de semana, a empresa liberou a beta do Multiplayer para os jogadores conferirem um pouco o que está por vir. E será que dessa vez a franquia irá acertar? Ou será mais uma decepção para os jogadores de FPS?

Image result for modern warfare

Pelo pouco do Multiplayer que foi apresentado aqui, a resposta é sim. Call of Duty retornou aos acertos de uma forma sensacional, sendo um alívio após diversos títulos torturantes. No beta, fomos apresentados ao básico do modo online: modos já conhecidos pelos fãs de longa data e algumas novidades.

Dentre os modos apresentados, tivemos a presença dos clássicos Team Deathmatch, Domination e Headquarters. Além disso, um dos novos modos presentes no jogo foi apresentado: Ground War.

É impossível não falar desse modo sem compará-lo com Battlefield: aqui, temos um grande mapa com objetivos para você dominar e veículos terrestres disponíveis para sua locomoção. O melhor de Battlefield com a jogabilidade de Call of Duty, resultando em uma inovação bem-vinda para a franquia. Outra novidade presente no jogo é a possibilidade de jogar as partidas contra jogadores tanto do Xbox One como do Playstation 4 e do PC.

Durante os quatro dias de beta, no Xbox One, não houve instabilidade dos servidores nem bugs durante a jogatina – sendo excelentes pontos positivos. Além disso, os gráficos estão excelentes e a jogabilidade está mais fluida e dinâmica do que a dos títulos anteriores.

Image result for call of duty modern warfare 2019

O beta de Call of Duty: Modern Warfare serviu para confirmar que um grande jogo está por vir e que a franquia finalmente irá se recuperar dos fracassos e das decepções que persistem a série desde Call of Duty: Ghosts, lançado em 2013. Finalmente, perceberam que não se vive só de sequências desnecessárias do tão aclamado Black Ops, e decidiram investir no que os jogadores realmente queriam.

Call of Duty: Modern Warfare será lançado em 25 de Outubro para Xbox One, Playstation 4 e PC. A pré-venda já está disponível.

 

 

Categorias
Consoles Gameplay Games

Deadly Premonition Origins trás Horror e Nostalgia para o Nintendo Switch

Deadly Premonition Origins chegou ao Nintendo Switch como “versão definitiva” de Deadly Premonition Director’s Cut lançado para PS3 em 2013. Esta última era a versão melhorada do jogo original, Deadly Premonition que foi lançado para Xbox360 em 2010.

O jogo tem como protagonista o investigador do FBI Francis York, que foi designado para investigar um assassinato brutal em um macabro ritual em uma cidade do interior dos Estados Unidos.

Com claras influências de Twin Peaks e Silent Hill o jogo traz reflexões sobre a dualidade entre bem/mal como lados de uma mesma moeda e traz muitas perguntas que nem sempre são respondidas de um jeito bem peculiar.

O jogo é controverso desde o seu lançamento em toda comunidade gamer, e desponta como um survival horror de mundo aberto com propostas e execuções bem diferentes do convencional.

Na época em que o jogo original foi lançado as opiniões foram ferrenhamente divididas, pois vários aspectos dos jogos são visivelmente datados e em vários pontos você irá se perguntar se foi intencional ou não deixar o jogo assim, como por exemplo este bastante questionável menu de inventário:

Se já era considerado datado naquela época, temos as melhorias gráficas da versão de PS3, no entanto os gráficos do jogo não envelheceram nada bem e parecem mais antigos do que realmente são.

Por outro lado, o jogo traz um gameplay bem fora da curva com jogabilidade bem diferente de um survival convencional com pontuações variadas por performance, puzzles peculiares e cutscenes bizarramente interessantes, tudo aliado a uma boa trilha sonora.

A narrativa do game se constrói por meio dos diálogos entre Francis e os personagens da cidade de sanidade questionável e ao mesmo tempo bem lúcidos, como o próprio protagonista do jogo.

A perseguição de uma figura encapuzada deixa tudo mais eletrizante depois que ele engata e as coisas ficam mais emocionantes já que os próprios monstros causam reações variadas.

Apesar de algumas (várias) decisões de design bem questionáveis e gráficos e efeitos datados, o jogo é uma experiência à parte e deve ser apreciada como tal.

A excentricidade de como tudo vai sendo apresentado, mostrando os inimigos, as maletas clássicas (que funcionam de modo parecido aos baús da série Resident Evil para guardar e retirar itens) e suas características originais, como por exemplo, usar a habilidade “profiling” tentando enquadrar as pistas e prosseguir com a investigação são pontos bastante positivos. Dentro do Gameplay há até cards colecionáveis e é bem diferente do que estamos costumados a ver, convenhamos que isso é bastante louvável em meio a uma época de tantas fórmulas preestabelecidas.

Bronze- Jogável

Deadly Premonition Origins é uma experiência alternativa para àqueles que querem se aventurar em terrenos diferentes e peculiares do survival horror e cumpre bem esta missão, no entanto poderia ter tido um refinamento melhor em seu relançamento que não possui muita novidade em relação ao original senão as melhorias gráficas e de controle (Sem contarmos a característica de portátil do próprio Nintendo Switch).

Dito isto, o jogo ainda se destaca pela sua originalidade e visão única e excêntrica, possuindo uma narrativa convincente e intrigante com personagens críveis e bem desenvolvidos.

A Numskull Games, publisher europeia do jogo, está disponibilizando uma versão física de Deadly Premonition Origins com alguns brindes. Confira:

Agradecimentos à Numskull Games pela cópia digital do game, e ao Luiz Cláudio Andrade pelo desenvolvimento e ajuda.

Categorias
Gameplay

Gears 5 é a renovação que a franquia precisava

Em 2006, fomos apresentados a Marcus Fênix e sua luta contra os Locusts em Gears of War – um dos primeiros jogos exclusivos lançados para o atual console da Microsoft na época, o Xbox 360. Acompanhamos Fênix até o terceiro título da franquia, Gears of War 3, que encerrou a trilogia em 2011 e mostrou como os soldados da CGO derrotaram os Locusts. Depois disso, voltamos um pouco ao passado em Gears of War: Judgment e vimos Baird e seu esquadrão em eventos que sucederam o primeiro jogo da saga (e que dividiram a opinião dos fãs).

Após alguns anos sem nenhuma novidade para a franquia, a Microsoft decidiu revivê-la lançando Gears of War 4 para o Xbox One com o objetivo de abrir uma nova trilogia após os acontecimentos do terceiro jogo – repetindo a mesma fórmula de sempre, o jogo foi completamente desnecessário ao abrir uma nova trama após a saga dos Gears ter tido um final conclusivo. Entretanto, Gears 5 chegou para continuar a trama de seu antecessor e provou que o que a série precisava mesmo era de uma renovação.

Image result for gears 5

Tirando o foco dos Fênix, a trama gira em torno de Kait Diaz e começa logo após o término de Gears of War 4. Durante toda a campanha acompanhamos Kait em sua jornada para descobrir a origem da sua família e o seu parentesco com os Locusts.  Esse é um breve resumo para não dar muitos spoilers, pois a campanha é o ponto forte do jogo – diferente de seu antecessor, Gears 5 apresenta uma trama boa que prende o jogador a cada ato que se passa.

Em sua gameplay, o novo jogo da franquia retorna com a mesma fórmula de third person shooter apresentada nos seus antecessores. Entretanto, há diversas novidades que renovam não só a jogabilidade como também trazem um novo ar para a franquia. Há alterações simples, como mudanças no HUD e no combate, onde agora o jogador possui uma faca para o combate corpo a corpo, podendo matar os inimigos em stealth e alterações bem drásticas, como a interação com os robôs que acompanham o esquadrão. Presente desde o primeiro jogo, Jack agora pode ser controlado no modo cooperativo e o jogador pode dar ordem para ele usar suas habilidades durante o combate, que vão desde cegar os inimigos com flashs até controlar a mente deles a seu favor. Além disso, você comanda ele para abrir portas, pegar armas e munição e até mesmo colecionáveis. Conforme você progride no jogo, você recebe habilidades novas para Jack e componentes para upar as já desbloqueadas.

Image result for gears 5 wallpaper

A maior novidade do jogo é a presença de um mundo aberto em cada ato. Sim, isso mesmo, Gears 5 apresenta um mundo aberto. Bem pequeno, mas é algo inovador na franquia. Todo ato do jogo tem um cenário diferente, e esse cenário é um mini mundo aberto onde o jogador vai até as missões em um veículo, que na campanha chamam de bote. No mapa temos algumas missões secundárias em locais abandonados para o jogador explorar e encontrar novas peças para o drone, além de melhorias e complementar a história com subtramas. É uma adição muito bem vinda a franquia e que funcionou bem, sem parecer forçado e que aumenta a vida do modo campanha.

Quanto ao multiplayer, é o que já conhecemos: temos o modo casual com os mesmos modos que os jogos anteriores e o modo Horda, onde você e mais três amigos lutam contra diversas ondas de inimigos. Entretanto, há um novo modo chamado de Fuga – semelhante ao Horda, você e mais três amigos precisam fugir da colmeia dos locusts e sobreviver procurando armas e não ficando no gás venenoso (semelhante ao círculo presente nos battle royales). No multiplayer, podemos jogar com alguns personagens de Halo: Reach e também com Sarah Connor e o T-800, de Terminator: Dark Fate.

Os gráficos estão superiores aos do Gears of War 4 e o design da armadura dos Gears estão surreais. Cada detalhe pode ser visto, desde um simples arranhão até a falta de pintura em alguma parte, é uma arte à parte.

Image result for gears 5 wallpaper

Infelizmente, nem tudo é perfeito. Durante a jogatina, que foi iniciada no dia 6 de Setembro, o jogo apresentou diversos bugs. Eram bugs que estragavam a jogatina, me fazendo reiniciar o jogo no console pois meu personagem ficava preso ou continuava morto mesmo depois de ter retornado ao ponto de controle anterior. Além disso, o modo cooperativo também apresentou diversos bugs, onde o segundo jogador não conseguia se mexer ou simplesmente se tornava invisível, com somente a arma visível. Ainda hoje alguns bugs acontecem, então resta esperar uma atualização para a correção deles.

Related image

Gears 5 prova ser a renovação que a franquia precisava. Após utilizar a mesma fórmula por cinco jogos seguidos, tornando a experiência maçante e mais do mesmo, inclusive com uma sequência (na época) desnecessária, a Microsoft trouxe um sopro de ar fresco para a saga com um mundo aberto interessante de se explorar, uma trama imersiva e bem construída, um multiplayer divertido e modos cooperativos que nunca perdem a graça. É um presente para os fãs de Gears of War que com certeza vale a pena ser jogado.

  • Positivo: história, jogabilidade, gráficos, mundo aberto, a interação/customização do Jack, multiplayer.
  • Negativo: bugs que atrapalham a jogatina.
  • Veredito: Recomendável

Nota: 4/5

Gears 5 está disponível para Xbox One e para PC. Os assinantes da Game Pass Ultimate possuem acesso ao jogo tanto para o console como para os computadores.

Categorias
Gameplay Games

NBA 2K20 | A cesta de três ponto no estouro do cronômetro

Os games de esportes são uma febre, sem dúvida. Esta época do ano, devido ao início das temporadas de competições estrangeiras, os lançamentos deste segmentos saem a todo vapor, com os esportes americanos não é diferente. NBA 2K a franquia de basquete virtual mais famosa do mundo está em sua 20º edição. NBA 2K20 chegou!

NBA 2K20 trouxe como proposta principal a simplificação de controles, em comparação as edições anteriores, também uma série de melhoria em seus recursos visuais, e nada mais justo que a última lista de transferências da liga de basquete americana. Além da tão esperada inclusão de uma lista da WNBA, a liga feminina. Entretanto pouco mudou do ano passado para cá, mecanicamente falando, é claro. Passes simples, dribles e arremessos ainda funcionam da maneira mais didática possível, e ainda podem ser realizados com mais “habilidade”, caso você conecte os passes a movimentos na alavanca analógica do controle.

Trazer a física, ao mesmo tempo que tenta equilibrar a liberdade artística dos movimentos do basquete com a I.A, em meio a trilhões de possibilidades de manipulação da ação dos jogadores em campo, nunca será tarefa fácil, e é característico do gênero esportivo, estar sempre na corda bamba da simplificação extrema de um jogo mais arcade gênero há muito se encontra na linha entre a simplificação no estilo arcade e um programa de simulação complicada. Alguns movimentos, por vezes podem ser confundidos com combos de jogos de luta, onde você necessita de uma série de botões apertados em sequências ou ao mesmo tempo, para que sua ação seja reconhecida. De fato, você pode muito bem não utilizar deste meio, mas seu leque de movimentos e finalizações para a cesta serão apenas um décimo de todo o potencial do jogo, o que por mais incrível que pareça, ainda o torna interessante.

A I.A, as vezes te faz parecer um bebê jogando sem entender muito bem dos controles, mas seu padrão de jogo é previsível e fácil de se adaptar, logo o multiplayer local e online, preenche esse vazio, o que torna estes jogos esportivos um marco. Infelizmente, os servidores estavam funcionando vagarosamente dias após o lançamento, com um número inaceitável de partidas que não conseguiam se conectar ou se desconectavam repentinamente no meio do jogo.

Felizmente a franquia MyCareer está de volta e melhor do que nunca, seguindo os passos de outros jogos de esporte. Aqui vivemos o sonho americano de jovens americanos, somos um universitário destinado a jogar na NBA, mas antes temos que trilhar nossa personalidade e criar nossas ambições principais, ser midiático ou se aquele atleta que pensa apenas em melhorar suas habilidades e determinado com a carreira, que está por vir. O conteúdo foi produzido pela SpringHill Entertainment, empresa de LeBron James, e logo percebemos os esforços para transformar este modo de jogo em um experiência quase cinematográfica, o elenco conta com Idris Elba, Rosario Dawson e Thomas Middleditch, cada um interpreta personagens-chave na história de seu personagem, apelidado de Che. Desde sua primeira partida até o tão sonhado Draft da NBA, temos uma gameplay de cinco horas.

O que não poderia faltar aqui é o clássico, MyTeam. Se você está familiarizado com os modos de jogo deste nicho, óbvio que você conhece a criação de equipes, onde os jogadores da liga aparecem como cartas e seu objetivo é criar a equipe dos sonhos. De fato, é uma experiência empolgante, e quem é fã de basquete não pode deixar de ter uma grande alegria em unir uma equipe, com os melhores de cada posição. Embora o conceito principal seja convincente e teoricamente inofensivo, qualquer um que tenha um pocuo mais de experiência na área, sabe que, no fundo, o ecossistema dentro de modos assim, evolui para um Pay-to-Win, e o MyTeam no NBA 2K20 não fica atrás. Desde o início, somos bombardeados com luzes e placas coloridas que nos levam até ganchos, alavancas e roletas para ganhar bônus no jogo. Um verdadeiro caça-níquel.

Além de todos os modos conhecidos ou familiarizados pelos jogadores, a WNBA está finalmente presente em um grande título de basquete! O basquete feminino que recebe o tratamento de AAA é um dos pontos inesperadamente mais brilhantes em NBA 2K20. As atletas foram recriadas meticulosamente na quadra virtual com tanto cuidado e nuances quanto seus colegas mais bem pagos, poderiam ser facilmente o melhor modo de jogo, se não possuísse os mesmos problemas do resto do jogo. Há esperança de que esses obstáculos possam ser superados em futuras atualizações, mas por enquanto é a única coisa que prejudicada o jogo como um todo.

NBA 2K20 é mais um grande simulador de basquete que por conta de sua alta demanda técnica acaba destruindo alguns pontos positivos de jogos de esporte, como o divertimento por divertimento, apenas. A jogabilidade evolutiva mas com uma curva de aprendizado longa e cansativa, com uma pitada de realismo a todo custo tende a cansar. Ao mesmo tempo que NBA 2K20 melhora em certos pontos e traz novidades pontuais, ele corta alguns conteúdos, e traz uma série de novos problemas por conta de sua evolução abrupta. Por trás de tudo isso, a diversão ainda é gratificante. Se você assim como milhões é fã de basquete, principalmente dos astros da NBA, NBA 2K20 é essencial para sua coleção.

OURO- Recomendável

Agradecimentos à 2K pelo envio do código para análise.

Categorias
Gameplay Games

Bloodstained: Ritual of The Night não é perfeito, mas é o Castlevania moderno que o mundo precisava

Bloodstained: Ritual of The Night veio com a missão de resgatar o brilho dos clássicos jogos da franquia Castlevania, que agora se encontra abandonada no porão da Konami. Koji Igarashi, responsável pelos jogos mais bem sucedidos da franquia, retorna junto ao mundo dos jogos após uma bem sucedida campanha no Kickstarter, mas com um desenvolvimento infernal.

Em Bloodstained: Ritual of The Night controlamos Miriam que após ficar em coma por um bom tempo, acorda para poder deter seu irmão, Gebel. Miriam possui uma pele cristalizada, que absorve outros fragmentos, dando a ela a possibilidade de usar poderes baseados nos mesmos.

Como um não-jogador de Castlevania (algo que desejo mudar em breve), não possuo conexão com esse universo e com a figura do Iga em si. Nunca tive a oportunidade de jogar quando criança, então Bloodstained não foi algo que eu vinha esperando ansiosamente. 

Mesmo assim, eu acompanhava as notícias e os diversos updates que a equipe de desenvolvimento soltava.

É notável a influência do público durante o desenvolvimento do jogo, o que rendeu o vídeo de comparação feito pela própria desenvolvedora, mostrando as mudanças que o jogo recebeu, se baseando através do feedback da comunidade. Desde os gráficos às animações.

Ainda assim, mesmo após dois meses do lançamento do jogo, ele ainda possui problemas de performance. Enquanto jogava no PlayStation 4, o jogo crashava diversas vezes, além de travar direto em algumas partes, travamentos de cerca de 3~5 segundos. Como bem sabem, Bloodstained não possui autosave, então eu perdi progressos ao longo da jogatina.

Cheguei a pensar que fosse algo de errado com o meu console, mas procurando no Reddit e no Twitter, encontrei várias pessoas com o mesmo problema e em consoles diferentes. Claro que é algo que pode ser resolvido com atualizações, mas já se passaram dois meses desde que o jogo foi lançado e nada foi consertado.

Não só em performance o jogo peca, a renderização dos personagens em si, tanto na gameplay, quanto nos diálogos, é bastante feia. Muitas vezes estragando o ótimo character design que o jogo possui.

Em questão de roteiro o jogo não é tão inspirador. É uma história bem simples, mas que funciona. Já em lore, o jogo se sai bem. As histórias dos livros são bem interessantes e complementam aquele mundo. As descrições das armas são legais. Além de darem dicas para o jogo.

Quanto a ambientação do jogo, é incrível. Os cenários são variados e muito bem detalhados, além de serem interativos. A mistura entre Miriam e os cenários foi algo muito bem acertado pelos desenvolvedores. A arte é ótima. A trilha-sonora também é um dos grandes destaques, em especial a que começa a tocar assim que entramos no castelo pela primeira vez.

Agora, vamos falar do que importa: a gameplay.

A gameplay de Bloodstained é fluida e intuitiva. Temos uma variação enorme de poderes e descobrir em que situação usar cada um deles é interessante e divertido. Para isso temos os Fragmentos (Shards), que conseguimos ao derrotarmos X vezes uma criatura do jogo. Esses Fragmentos podem ser melhorados em uma das lojas do game, os tornando ainda mais fortes. Como há uma grande variação deles, o sistema do jogo tende a fazer com que o jogador experimente cada um deles, e decida qual é o melhor para se usar em cada situação.

As animações do jogo estão bem feitas, e isso faz com que a gameplay se torne ainda mais divertida. Há sistema de sidequests também, que são legais em questão de lore, mas pouco inspiradas, servem mais para dar itens melhores, que podem ser usados para o crafting.

Falando em crafting, assim como os fragmentos, cada arma de Bloodstained é única. Nem sempre a arma mais forte será a melhor opção em um chefe. Há armas de longo e curto alcance e lentas e rápidas. Cada chefe irá ditar o tipo de arma que você deve usar. Mas é claro que o jogador pode usar aquela que ele preferir.

Bloodstained: Ritual of The Night não é perfeito. Muito pelo contrário, sua história é rasa, há bugs e problemas de performance, mas o seu gameplay é ótimo e divertido. E que Koji Igarashi retorne com mais jogos, sejam eles metroidvanias ou novas aventuras.

Recomendável – Nota: 3.5/5

Agradecimentos à 505 Games pelo envio do código. O jogo foi rodado em um PlayStation 4 e está disponível também para Xbox One, PC e Nintendo Switch.

Categorias
Categorias Gameplay Games

Metal Wolf Chaos XD: Mecha e patriotismo um pouco fora de seu tempo

Lançado originalmente em 2004 e somente no Japão, Metal Wolf Chaos XD é um jogo desenvolvido pela FromSoftware e exclusivo, na época, para Xbox. Por conta de ter sido lançado apenas no Oriente, era considerado um jogo raro e bem difícil de se achar. Finalmente, 15 anos depois, a FromSoftware e a Devolver Digital trouxeram o jogo para o ocidente em versões de Xbox One, Playstation 4 e PC. Vale ressaltar que a versão lançada aqui no ocidente é a mesma que foi lançada em 2004 com pequenas melhorias em seus gráficos e na sua resolução – agora disponível em 1080p e 4k.

 A história basicamente é uma paródia do alto nível de patriotismo americano, sendo bem divertida e até mesmo interessante em vários pontos. Na trama acompanhamos Michael Wilson, o presidente americano, que sofreu um golpe de seu vice-presidente. Após ver seu país caindo em uma crise tanto política como econômica, ele decide vestir um mecha e vai combater todas as forças que estão controlando o território – derrotando soldados, destruindo pontos de controle e todo o armamento do exército inimigo. Ou seja, o presidente americano é a última esperança do país. Toda a trama é desenvolvida através de um alívio cômico extremamente bem executado e que acaba prendendo o jogador e tornando a experiência bastante divertida.

E é justamente nisso que o jogo se resume: você controla seu mecha, que possui diversas armas embutidas e diversas opções de customização, com o objetivo de cumprir missões que se resumem em derrotar inimigos e destruir locais importantes indicados no mapa. Falando assim o jogo parece ser totalmente divertido (o que de fato é, afinal, sempre é bom poder controlar um mecha e detonar tudo em um jogo) porém acaba sendo enjoativo quando toda a gameplay se baseia somente nisso. As missões são longas e a dificuldade delas é muito desnivelada e todos esses fatos somados tornam sua jogatina massante com o passar das horas.

Além disso, como dito acima, o jogo não se trata de um remake ou um remaster do original – e sim é a mesma versão de 2004, com atualizações em sua resolução e em seu HUD. Ou seja, mesmo com essas pequenas diferenças, o jogo ainda apresenta gráficos e uma jogabilidade da década passada que acabam tornando Metal Wolf Chaos XD bem ultrapassado. Talvez, se tivessem feito um remake da mesma forma que a Capcom fez com Resident Evil 2, a experiência teria sido melhor.

Mesmo com tudo isso, com sua jogabilidade enjoativa e seus gráficos ultrapassados, Metal Wolf Chaos XD é um jogo divertido que conseguiu me entreter durante as sete horas de jogatina. Afinal, como fã de mechas e explosões, um jogo assim é sempre bem-vindo. Provavelmente o pessoal que teve a oportunidade de jogar na época ou que sempre quis jogar irá se divertir bem mais do que eu.

  • Positivo: é divertido, nostálgico e há várias opções para customizar seu mecha e suas armas.
  • Negativo: gameplay enjoativa; gráficos e jogabilidade ultrapassados.
  • Veredito: jogável.

Nota: 2.5/5

Metal Wolf Chaos XD está disponível para Xbox One, Playstation 4 e para PC. Obrigado pelo código para esta review, Devolver Digital.

 

Categorias
Gameplay Games

Wolfenstein: Youngblood | Vamos acabar com os nazistas?!

Wolfenstein: Youngblood é o resultado de uma colaboração entre a Arkane Studios, responsáveis pelo envolvente Dishonored, e a MachineGames, estúdio que desenvolve Wolfenstein desde meados de 2014.

Wolfenstein: Youngblood volta a suas raízes, porém não de maneira satisfatória, ao utilizar o que já foi refeito e aprovado em jogos anteriores, mas, pega-los e encaixar em uma estrutura de gameplay fatigado, não é cativante. Entretanto, aqui não encontra-se a obsessão de impulsionar algo “novo”, como fizeram incrivelmente bem em seus jogos anteriores. É uma aventura que sacrifica pormenores em favor de um design mais arrojado, onde a ação e sua relevância mal conseguem entrar em concordância.

Mas isto não diminui o excelente trabalho que as equipes de desenvolvimento tentaram fazer com a franquia. Expandir os horizontes de Wolfenstein e fazê-lo ser algo totalmente diferente e atrativo, com muitas adições ao jogo, foi de fato algo positivo. Este jogo é o objeto perfeito de testes para novas mecânicas e propostas para o futuro da série, a questão é que todas essas “novidades” não se encaixam com as mecânicas e sistemas dentro do jogo.

Falando em jogabilidade, Wolfenstein: Youngblood dá um show de qualidade, e se destaca junto a outros grandes FPS modernos, a desenvoltura em desenvolver um sistema retilíneo e consistente relacionada as armas e outros apetrechos que encontramos dentro do jogo é clara, um ponto muito positivo para validar o status de um excelente jogo para a franquia Wolfenstein, a MachineGames e Arkane demonstraram o domínio e capacidade em apresentar um ciclo de ação frenética do início ao fim de seu produto final. Infelizmente, alguns problemas de construção, acabam diminuindo sua experiência, que teria tudo para ser uma das melhores nos últimos tempos.

Como dito anteriormente, o que de fato diminui em muito a qualidade geral de Wolfenstein: Youngblood é relacionada à estrutura do jogo. Desocupar a cidade-luz de Paris dos nazista, é uma tarefa bastante divertida quando colocada no papel, entretanto, realizar algumas tarefas para auxiliar a resistência francesa é um tanto quanto cansativa e as vezes “sem sentido”.

Há pouquíssimos momentos marcantes dentro destas missões, até mesmo os diálogos das missões tanto principais quanto secundárias são facilmente esquecíveis. O que não deveria fazer qualquer diferença, já que seus antecessores, nunca tiveram de fato uma apresentação narrativa considerável, entretanto a questão aqui em Youngblood é que desde o começo, o jogo nos mostra um caminho novo para a franquia, nos apresenta uma série de novidades que ao decorrer da gameplay, acabam não tendo o peso que eles provavelmente teria, se a sua estrutura narrativa fosse aquilo que se propunha a ser.

Falar do modo cooperativo é quase que dar um prêmio de consolação. Por que de fato é um ponto positivo, assim como sua jogabilidade, a cooperação online que Youngblood oferece é muito elegante, um diferencial em relação aos jogos de tiro contemporâneos que utilizam o modo cooperativo apenas para preencher lacunas. Em Youngblood não temos esta modalidade como preenchedora, mas como uma referência para o decorrer do desenvolvimento do game. Já que tudo parece ter sido feito a partir deste ponto de partida. Infelizmente a IA, é um tanto quanto ineficaz, e incompetente, o que te faz querer uma companhia consciente para te auxiliar e para diminuir um pouco a repetitividade das missões, já que cada um tem uma maneira própria de realizar suas ações.

Durante o jogo, você percorre cenários incrivelmente bem detalhados, cuidadosamente planejados, infelizmente desprovidos de quaisquer pontos interessantes para a gameplay de fato. Nenhum cenário auxilia o jogador, apenas servem como cúpula de nazistas. De fato, os ambientes são de tirar o fôlego, cheios de passagens escondidas e verticalidade que encontramos em FPS como os da série Tom Clancy´s e Call of Duty, verticalidade esta que permite aos jogadores apresentar diferentes tipos de abordagem, e surpreender os inimigos. Outro ponto da verticalidade é implicar uma não-linearidade, apresentando flexibilidade para resolver seus problemas e terminar o jogo com táticas inovadoras, que outros jogos não poderiam oferecer.

Mas falando do que realmente deve ser falado. Os nazistas que você irá matar. Seus adversários aqui são facilmente reconhecíveis, o único defeito é que não existem balanceamento de nível dentro do jogo, dois nazista de mesma categoria podem ser altamente letais para a finalização de sua missão, ou podem ser facilmente derrotados de uma maneira nada gloriosa. A adição de alguns sistemas de RPG, como a barra de vida e nível, auxiliam na progressão assim como para mantê-lo em linha constante de evolução evidente. Alguns recursos, novas habilidades e upgrades em armas, acabam por não conversarem com a maneira que Wolfenstein tende a progredir.

VEREDITO: RECOMENDADO

Wolfenstein: Youngblood não é apenas uma experiência, é uma aventura, entretanto sem profundidade. Toda a jogabilidade, desde os tiroteios, os movimentos disponibilizados graças à verticalidade, são uma verdadeira obra de arte, o que faz Wolfenstein ser um jogo agradável, mas que não possui uma complexidade necessária para aquilo que o jogo se propunha a ser. Jogar Youngblood sozinho, não é uma tarefa difícil, mas o modo cooperativo traz uma abordagem nova, que é muito bem-vinda. Infelizmente com o decorrer da gameplay, e as missões repetitivas e vazias, acabam afastando o jogador de toda a atmosfera criada para o jogo. Youngblood não oferece o mesmo que seus antecessores, ele oferece mais, entretanto nem sempre, o “mais” é melhor, o que poderia vim a ser um novo ponto de partida para a série Wolfenstein ficou preso em um spin-off autônomo.

Agradecimentos à Bethesda pelo envio do código. O jogo foi revisado no PC.

Categorias
Gameplay Games

O que realmente aprendemos com Detroit Become Human?

Apesar de passar um tempo já desde que foi lançado, Detroit Become Human, jogo de aventura exclusivo para Playstation 4, nos trás diversos questionamentos sobre como procedemos e como a humanidade geralmente procede quando vê ou convive com algo diferente do que está acostumado.

O jogo nos coloca em um futuro distópico, mais precisamente no ano de 2038, quando humanos criaram uma nova raça por meio de uma Inteligência Artificial bastante obediente e programados para realizar tarefas específicas como: carregar peso, fazer faxina, dar prazer, cuidar de crianças e muitos outros trabalhos. Essa sinopse, à primeira vista, pode parecer um clichê de ficção científica, mas Detroit nos faz pensar… pensar não somente no que pode vir a acontecer, mas sim no que já aconteceu e no que acontece no mundo hoje.

Nosso texto hoje vai destoar um pouco do conteúdo produzido aqui. Não trataremos do gameplay de um jogo, não falaremos sobre jogabilidade ou gráficos (Que dão um show visual à parte, inclusive). Nosso objetivo hoje é refletir a mensagem que tudo isso nos traz, é tentar responder a pergunta do título “O que será que realmente conseguimos aprender ao jogar Detroit Become Human?”

[ESSE TEXTO FOI ESCRITO COM BASE NO GAMEPLAY E NA EXPERIÊNCIA ADQUIRIDA PELAS ESCOLHAS QUE O AUTOR FEZ DURANTE O JOGO]

Depois de um início turbulento e complexo, onde uma vida fica em nossas mãos, encontramos de forma bem peculiar (lendo revistas e observando as ruas) uma crise econômica, vemos diversos mendigos culpando os androides pela sua pobreza, por estarem desenvolvendo atividades e os substituindo dentro do mercado de trabalho. Não entrando nesse mérito, porque sempre existirá exceções, mas os “substitutos” estavam realizando trabalhos que “ninguém” (foco nas aspas) gostaria de realizar, trabalho doméstico, braçal e afins.

Loja de Androides

O início do ódio à nova raça se tem por questões econômicas mas se agrava à medida que eles começam a sair do seu programa (se tornando Divergentes), não inicialmente porque a população têm medo das máquinas os fazerem algum mal, mas principalmente porque seus escravos estavam se libertando. A sensação de domínio sobre outra forma de vida estava se esvaindo mais uma vez, dois séculos depois.

O contexto da escravidão se torna mais explícito pelas reivindicações (dependendo do caminho tomando pelo jogador) feitas pelos androides como: direito ao voto, direitos iguais, a própria frase dizendo que não são mais escravos. O assunto é tratado também principalmente em um momento da história onde uma personagem chamada Rose, mulher e negra, diz que ajuda os androides porque os ancestrais dela sofreram algo parecido a um tempo atrás.

Algo bastante triste de se ver, e que realmente retrata mais da realidade do que podemos perceber é que mesmo escolhendo um caminho mais pacífico, sem uso de violência alguma, os humanos ainda matam muitos androides, deixando qualquer um tentado a agir com agressividade.

A imersão do jogo chega a ser assustadora pois quando o jogador é tocado pelo contexto, acaba ficando com medo das decisões que vai tomar, fazendo com que haja realmente uma ligação entre o personagem e quem está atrás do controle.

Havia falado acima sobre as revistas, essas ajudam bastante e são indispensáveis para entender o contexto mundial sobre a inserção dos androides em outros ramos (Como esportes por exemplo) e para saber do avanço da tecnologia dentro do mundo de Detroit.

Observando os acontecimentos, comecei a fazer questionamentos:  Já perceberam que sempre quando há povos diferentes em filmes ou qualquer conteúdo assistido ou jogado, sempre ficamos “do lado” oposto ao do ser humano? Podemos dizer que pensamos assim porque o filme ou o jogo nos influenciam a escolher tal lado. Mas se formos olhar novamente o que o ser humano faz ali, concordam que não é nada mais que um reflexo da realidade? Que isso realmente acontece no mundo real?

Isso fica mais estranho ainda quando pensamos se algo parecido acontecesse no mundo real, já que eu ou você seriamos um ser humano naquela situação. Quando nos colocamos no lugar dos seres humanos do jogo sabemos que eles não tinham as informações do que realmente acontecia, estavam confusos e com medo, mas é certo atacar sem ao menos dialogar ou buscar um meio de entender o lado dos androides? Entender tudo o que estava acontecendo?

Dependendo do caminho escolhido, podemos ver características do holocausto com os andróides também, que são levados para campos de concentração por medo, obrigados a retirar suas roupas, mostrar o seu esqueleto de máquina (lembrando bastante os judeus com a cabeça raspada) e irem à câmaras de desligamento, sabendo que dali não sairão nunca mais.

Personagem Kara, no campo de concentração.

Sei que muitos não gostam de falar sobre as minorias, mas acredito que apesar de todas as outras críticas esse é o foco do jogo, mostrar quem são os androides do nosso mundo atual, se me permitem fazer tal comparação, é claro. Por um momento os androides foram Judeus, foram escravos e hoje são os negros, os homossexuais, e todos, absolutamente todos que são julgados por apenas escolherem ser quem são.

Detroit Become Human, não é um jogo somente de ficção científica, é um jogo sobre preconceito e nos mostra todos os caminhos que ele pode nos levar.

 

Categorias
Gameplay

Review | Harry Potter: Wizards Unite

Lançado em Junho para Android e iOS, Harry Potter: Wizards Unite é o novo título desenvolvido pela Niantic Games. O jogo segue a mesma linha de realidade aumentada e a mesma jogabilidade que Pokémon GO, misturando o nosso mundo com o mundo mágico através da câmera do celular e nos mostrando diversos elementos dele. Entretanto, mesmo apresentando características semelhantes a Pokémon GO, Wizards Unite possui uma proposta totalmente diferente e diversas ideias novas.

Related image

Em Wizards Unite, você assume o papel de um recruta da força-tarefa do estatuto de sigilo em magia e seu objetivo é corrigir diversos eventos que estão acontecendo no mundo trouxa, evitando que haja exposição do mundo mágico e que os trouxas saibam de sua existência. Para isso, você utiliza a câmera do seu celular como se fosse sua varinha. Assim que o jogo é iniciado, você pode criar sua identificação do ministério, escolher sua casa de Hogwarts e as características da sua varinha.

Como dito acima, o jogabilidade do jogo é bem semelhante ao de Pokémon GO: no lugar das pokéstops existem as tavernas, onde você se alimenta e ganha energia para gastar durante a jogatina e os ginásios foram substituídos por fortalezas, onde você cumpre desafios, luta contra comensais da morte ou criaturas das trevas e encontra diversos itens – em grupo de até cinco pessoas. Além desses lugares tem também a estufa, onde pegamos itens para a criação de poções. As poções são fundamentais para o jogador, algumas servindo para curar vida e outras para dar maior precisão ao feitiço.

Image result for harry potter wizards unite

Durante a gameplay, o jogador irá encontrar anomalias do mundo mágico ao andar pelo mapa. Para lidar com a anomalia basta mirar a câmera do celular para o alvo indicado e lançar o feitiço. Feito isso, a anomalia aparece em um álbum junto com todos os outros que você já coletou. As batalhas das fortalezas são feitas da mesma forma, porém em turnos – você lança a magia, a criatura te ataca e assim continua até alguém ser derrotado.

Uma novidade bastante interessante é que o jogador pode escolher entre três profissões após o nível 6. Dentre as opções estão auror, professor ou magizoologista e cada classe apresenta suas respectivas características junto com uma árvore de habilidades. Há também as chaves de portal – semelhantes aos ovos em Pokémon GO, as chaves funcionam da mesma forma: você coloca uma chave, anda por alguns quilômetros e o baú se abre. Após isso, um portal é aberto e você deve caminhar até ele para entrar em um novo local. Esse acréscimo da chave do portal garante ao jogador total imersão no mundo da magia.

Image result for wizards unite

Harry Potter: Wizards Unite é um excelente jogo para todos os fãs da saga, sendo uma evolução da realidade aumentada apresentada em Pokémon GO que garante mais imersão e mais diversão ao jogador. Entretanto, infelizmente o jogo é repetitivo em suas atividades e acaba se tornando enjoativo com o passar do tempo. Mas quanto a isso, futuramente devem vir diversos eventos para trazer mais novidades ao jogo e melhorar esse pequeno problema.

Harry Potter: Wizards Unite já está disponível para download gratuito no Android e no iOS.

Nota: 4.5/5

 

Categorias
Gameplay

Review | Samurai Shodown

Lançado originalmente em 1993, Samurai Shodown é um jogo de luta desenvolvido pela SNK para os consoles Neo Geo. O título foi um sucesso entre os jogadores por ter uma jogabilidade diferenciada dos jogos de luta da época e acabou recebendo continuações até 2008, entretanto estas não agradaram os fãs. Diante disso, foi anunciado que o primeiro jogo da franquia iria receber um remake esse ano para Xbox One, Playstation 4 e Nintendo Switch e PC (em breve).

Samurai Shodown para Neo Geo.

Contar uma história não é bem o foco de Samurai Shodown e por conta disso o seu modo história é raso e esquecível. Nesse modo, cada personagem tem a sua história para seguir e seu caminho leva para o boss final. Com uma série de lutas e cutscenes entre elas, o modo história leva em média de 30 a 40 minutos para ser concluido. Como foi dito acima, trazer uma trama aos jogadores não é o objetivo do jogo, portanto a falta de uma boa história não chega a ser um problema relevante – apenas para os jogadores que só gostam de jogar o modo single-player.

Além do modo história temos também os modos sobrevivente e multiplayer, ambos clássicos em jogos de luta. O multiplayer acaba sendo o foco primário de Samurai Shodown e nele lutamos contra jogadores do mundo todo e contra as suas sombras, que imitam o seu estilo de jogo. Uma curiosidade é que o jogo estará presente na Evolution Championship Series (EVO) desse ano, o que é bem interessante pois significa a entrada da franquia no mundo dos Esports. Essa entrada é merecida, o título tem um enorme potencial para futuras competições.

A jogabilidade permanece semelhante a do jogo original, com modificação somente nos gráficos – sendo assim, é um jogo de luta 2D com gráficos 3D. Os combates de Samurai Shodown são bastante estratégicos, onde cada personagem tem seu estilo de luta, apresentando também suas qualidades e suas fraquezas. Isso torna cada lutador único. E falando nos lutadores, o elenco é composto pelos mesmo lutadores do clássico e por novas adições. Dentre os novos personagens estão: Darli Dagger, Yashamaru Kurama e Wu-Ruixiang. Além disso, quatro novos lutadores chegarão ao jogo por meio de DLCs. Inclusive, quem adquirir o jogo até o dia 30 de Junho, vai ganhar o passe de temporada gratuitamente – então corra pra comprar, pois vale a pena!

Os controles do jogo são semelhantes a qualquer jogo de luta com quatro botões para os golpes básicos, outros de bloqueio e a possibilidade de realizar combos. De início é complicado dominar os controles por ser um jogo de luta diferente dos demais, entretanto, após o tutorial e um pouco do modo dojo os controles se tornam fáceis.

Durante a jogatina no Xbox One, Samurai Shodown não apresentou nenhum problema de desempenho. Alguns bugs foram encontrados, mas não foi nada tão grave ao ponto de comprometer a diversão ou a gameplay. Provavelmente eles serão corrigidos em breve, após o lançamento oficial do jogo.

Related image

Samurai Shodown é um remake satisfatório para os fãs do jogo original e é um excelente jogo de luta para os fãs do gênero. Entretanto por ser um jogo de luta mais calmo e estratégico do que outros títulos, como por exemplo Mortal Kombat, sua jogabilidade pode ser estranha no início para os novos jogadores. Mesmo assim, vale a pena conhecer e aproveitar o máximo de sua jogatina.

SAMURAI SHODOWN é um jogo de luta com armas brancas adorado no mundo todo desde a estreia do primeiro título em 1993. Já se passaram 11 anos desde o último jogo da série, e enfim chegou a hora de SAMURAI SHODOWN voltar de vez com um jogo moderno, visual caprichado e jogabilidade de tirar o fôlego! Reproduzindo fielmente as mecânicas e a atmosfera que levaram a série ao estrelato, SAMURAI SHODOWN chega com um recurso revolucionário que aprende as ações e os padrões de cada jogador para criar “sombras”: personagens que depois serão controlados pela CPU. A história desta vez se passa um ano antes do primeiro jogo, com guerreiros e combatentes das mais diversas origens perseguindo seus objetivos, prontos para batalhar e encontrar o próprio destino!

Samurai Shodown foi lançado hoje (28/06) para Xbox One e Playstation 4, com legendas em português.

Agradecimentos à SNK pelo envio do código para análise. Me diverti bastante jogando e pretendo continuar me divertindo com o jogo, por um bom tempo.

Nota: 4/5