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Análise | Vampyr

Após trazer o surpreendente Life is Strange em 2015, a DONTNOD Entertainment decidiu se aventurar em uma nova vertente: o RPG.

Vampyr foi anunciado ainda em 2015, e desde então tem passado por diversos adiamentos, mas agora em Junho de 2018, o jogo enfim viu a luz do dia. Será que a espera valeu a pena?

Em Vampyr, acompanhamos a história de Jonathan Reid, um cirurgião que recém voltou da guerra e é misteriosamente transformado em um Vampiro. Jonathan tem que decidir se mantém sua integridade como médico, ou se alimenta para suprir sua necessidade de sangue. O game se passa em Londres, no inicio do Século XX, em meio a epidemia da Gripe Espanhola.

Assim como Jonathan, começamos a nossa jornada desnorteados, tentando saber o que aconteceu com ele, e então recebemos o nosso primeiro objetivo: encontrar o nosso criador. O jogador tem que decidir se mantém os cidadãos vivos ou os mata, mas em ambos os casos, isso terá consequência em todo o resto da narrativa.

Vampyr possui uma jogabilidade bem fluida e didática, o combate funciona muito bem.

O jogo usa um sistema de vigor, parecido com o da série Souls, então pense bem antes de entrar em uma luta. Ao invés de gastar algum ponto específico para evoluir, o jogador utiliza a experiência adquirida durante a jogatina para aumentar os status de Jonathan, e liberando novas habilidades. 

O sistema de crafting também é bastante didático, você utiliza de peças encontradas na cidade, que também podem ser compradas nos comerciantes de cada distrito, o preço delas mudam conforme você vai melhorando a saúde dos distritos.

O mundo de Vampyr é semi-aberto, ou seja, ainda que você tenha certa liberdade, o jogo te “obriga” a seguir a história corretamente. Isso porque diversos pontos da cidade só são liberados depois que você vai se adentrando na história.

 

O jogo possui diversas telas de loading demoradas, um problema comum de jogos nesse estilo. É realmente chato ter que esperar o jogo voltar após você morrer, sair de um esconderijo, ou até mesmo passar de um distrito para o outro. Falando em esconderijos, essa é uma ótima sacada, eles estão espalhados pela cidade e te ajudam a craftar itens e subir de nível.

Assim como em Life is Strange, os personagens de Vampyr não são tão expressivos assim, e quando precisam ser, a animação tem uma mudança brusca, como se tivesse havido um corte. Talvez não seja algo comprometa um pouco a experiência, visto que, em outros aspectos, o jogo se sobressai.

De longe, um dos maiores destaques de Vampyr é a sua ambientação. Somos apresentados a uma Londres em meio a uma crise, então espere cenários sujos, sombrios e nefastos. Contudo, em algumas partes, o jogo fica muito escuro, deixando o jogador com dificuldades de se localizar.

A direção de arte realmente mandou muito bem em suas pesquisas e conseguiu trazer um cenário totalmente imersivo.

Assim como a ambientação, um dos componentes que fazem Vampyr ser uma experiência imersiva, é a trilha sonora composta por Olivier Deriviere. Ela traz um clima sombrio que faz qualquer um se arrepiar.

Uma prévia do trabalho de Olivier no jogo, pode ser conferida no vídeo de bastidores abaixo, lançado pelo próprio compositor em seu canal.

Como todo bom RPG, Vampyr também possui um sistema de side quests. Elas servem, em sua maioria, para liberar árvores de diálogos, que ajudam tanto nas missões principais, quanto na saúde dos distritos de Londres. Elas consistem em salvar pessoas de Skals e achar itens. No entanto, depois de um tempo, elas se tornam repetitivas e tediosas de se fazer.

Uma das melhores funções do jogo é, com certeza a de ajudar a saúde dos distritos a ficar estabilizada, você pode perder horas da sua jogatina para querer ajudar os cidadãos.

O jogo foi testado em um PlayStation 4.

NOTA: 8.5

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Review | Sword Art Online: Fatal Bullet

Sword Art Online é uma light novel escrita por Reki Kawahara. O enredo da série se passa no futuro e traz a tona problemas relacionado ao avanço tecnológico, mais especificamente relacionado aos jogos de realidade virtual de MMORPG. O primeiro jogo baseado na série foi lançado em 2014 para PlayStation 4 e PlayStation Vita. O título conta o início da jornada de Kirito e Asuna, os personagens principais. No decorrer dos anos, outros jogos foram lançados, todos seguindo a linah de raciocínio do anime/light novel, e é nesse quesito que Fatal Bullet foge à regra.

Pela primeira vez não temos Kirito como o protagonista, aqui você ficará responsável por criar um avatar que ocupe esse papel. Essa é a premissa de Sword Art Online: Fatal Bullet, o jogo da Dimps e da Bandai Namco que também se propõe a simular a ideia de Gun Gale Online (GGO) jogo onde se passa o terceiro arco da light novel.

A história de Sword Art Online: Fatal Bullet é fácil de compreender, caso você tenha lido o mangá ou assistido o anime sua experiência não será diferente de quem nunca teve contato com essas duas mídias, tudo é bem explicado, tanto nas cutscenes quanto nos inúmeros diálogos.

Dentro do arco Gun Gale Online, começam a ocorrer uma série de mortes misteriosas com os jogadores no mundo real, o que leva Kirito para investigar o que está acontecendo e quem é o tal de Death Gun que parece estar por trás dos acontecimentos. E você é apenas um novo jogador que acabou de entrar no jogo e começa a fazer amizade com os jogadores, que te deixam ficar a parte de toda a situação. Ou seja, sua preocupação máxima no momento é apenas curtir o game.

O próprio jogo diz que as terras em Gun Gale Online são compostas por áreas desertas. Quatro, e dentro delas existem as dungeons. Embora seja uma alternativa para incentivar a exploração, isso acaba sendo entendiante, principalmente pelo design dos calabouços. Por muitas vezes repetitivas e maçantes de serem atravessadas.

Sword Art Online: Fatal Bullet é um RPG com a jogabilidade de um jogo de tiro em terceira pessoa, tudo pensado para trazer o máximo da sensação de estar dentro do Gun Gale Online que vemos no anime/mangá. Para tal, os jogadores possuem no seu arsenal diversas pistolas, escopetas, metralhadoras, rifles de assalto, lançadores de foguetes, lançadores de granadas e espadas.

A movimentação do jogo é bem construída, seja em relação a mirar, que em jogos de tiro deveriam ser a glória, muitas vezes são o pesadelo, no quesito batalha o jogo também agrada. O jogo traz uma curva de aprendizado bem simples, que é amigável para os novatos, e muito bem desenvolvida para os que já tem o costume com o estilo de jogo. A movimentação no mapa é gratificante, caso com você tenha dificuldade em mirar ao mesmo tempo em que realiza outra ação in game, o jogo oferece uma opção de assistência, mas que não é tão efetiva quanto a manual. Entretanto é uma ajuda de valor para encontrar os pontos fracos dos inimigos que aparecem em sua frente, suas movimentações são bem imprevisíveis, o que pode atrapalhar a mira. Não há uma variação muito grande de inimigos, mas constantemente você encontrará alguns muito mais fortes do que você, o que te fará voltar por muitas vezes nos mapas iniciais para melhorar o seu level. O que de certa forma é bem chato.

Graficamente, o jogo é impressionante, e traz um mundo bem interessante com o uso da Unreal Engine 4. O jogo começa com mapas não muito interessantes e que sofrem com falta de detalhamento de elementos, mas conforme a gameplay avança e outros mapas vão aparecendo podemos vê-los crescendo em beleza e com ideias mais inspiradas. As dungeons também oferecem bons designs, mas é triste quando notamos a repetição demasiada de conteúdo. O grande ponto positivo no quesito gráficos fica por conta dos efeitos das armas e habilidades especiais que realmente são de encher os olhos.

Os personagens também são muito bem finalizados, e foram trazidos com fidelidade do anime, algo que certamente irá agradar aos fãs. Os inimigos comuns também são bem interessantes, mas como já falei são pouco variados. Já os inimigos especiais são realmente variados e interessantes e dão um gosto diferente para a batalha.

As telas de loading são um tanto quanto exageradas. Elas nem são tão demoradas, mas o fato de elas aparecerem praticamente em qualquer lugar, tanto para entrar como para sair de certas situações, como diálogos por exemplo, quebra demais o ritmo do jogo.

VEREDITO:

Em Sword Art Online: Fatal Bullet notamos um pouco a falta de criatividade relacionada as dungeons, inimigos repetitivos e a dificuldade em subir de nível é desgastante. Porém, se você é fã da saga, pode se divertir com a busca por equipamentos, e com os personagens principais e seus estilos únicos.

O título está todo traduzido para o nosso idioma. Porém, os áudios permanecem em japonês, sem opção de mudança. No fim das contas, Fatal Bullet é válido para os fãs, mas não agrega tanto ao conteúdo extra de Sword Art Online.

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Review | Monster Hunter: World

Monster Hunter: World foi idealizado com grande dedicação da Capcom. Tentando tornar o jogo mais acolhedor para novos jogadores, inclusive no Ocidente, enquanto deveria manter o padrão de qualidade para a base de fãs já vasta e dedicada. Um jogo cheio de variedade, profundidade, e desafios.

Desde muito tempo, romances e filmes retratam a descoberta do desconhecido, como Jurassic Park, Viagem Ao Centro da Terra. E essa mesma ânsia é o que te move em Monster Hunter: World. Explorar um continente esquecido, com megafauna selvagem e não classificada, detectar, capturar ou matar seres desconhecidos. É também, indiscutivelmente, uma oportunidade única de sobreviver em um local completamente inexplorável anteriormente.

Para os fãs de Dark Souls, Nioh e de outros jogos que desafiam suas habilidades, o cartão de visita é sua gameplay complexa. Para ser o caçador mais eficaz da Quinta Frota, você deve compreender todas as minúcias, cada arma, item, peça de armadura, ataque e habilidade, enquanto você pesquisa este Novo Mundo, esperando aprender sobre tudo que o cerca e entender por que os monstros dentro dele se comportam da maneira um tanto quanto curiosa.

E não se engane, achando que essas são as únicas coisas com que se preocupar em aprender em Monster Hunter: World. Há centenas de coisas para aprender, cada uma com diferentes estatísticas anexadas que você pode apreciar e comparar. Isso pode parecer intimidador no começo, mas o jogo faz um trabalho brilhante de flexibilizar os jogadores em seus sistemas de gameplay. Grande parte dessa complexidade não está nas primeiras horas do jogo, deixando-o livre para caçar os incríveis monstros do mundo em seus belos ambientes, sem se preocupar com os detalhes.

Os jogadores do PS4 Pro e Xbox One X tem um motivo a mais pra embarcarem nessa jornada pelo desconhecido. Ambos possuem opções gráficas adicionais. Você pode escolher priorizar imagens, taxa de quadros ou resolução, dependendo da sua preferência. Você pode escolher entre ter um ambiente mais exuberante, um desempenho mais estável ou os visuais mais nítidos.

A abertura de poucas horas de Monster Hunter: World, trás pequenos tutoriais que introduzem a área e a mecânica do jogo. A entrega de informação durante a primeira hora de gameplay é tão estimulante que quase se aprende por osmose. Obvio que muitas informações passarão despercebidas, dado a quantidade de coisas a compreender, mas você aprenderá ao longo do caminho, sem nenhuma dificuldade extrema.

É uma ótima oportunidade para os recém-chegados aprenderem por si mesmos. Para os especialistas, as informação ainda está disponível, mas só se torna essencial mais tarde, quando os monstros se tornam uma verdadeira ameaça e você deve se tornar mais estratégico em suas caças. Nesse momento, você ficará tão imerso no mundo de Monster Hunter, que utilizará de todo o conhecimento adquirido sem pensar, independentemente do seu nível de habilidade.

O combate é tão divertido e gratificante, que vai ser um dos pontos mais bem comentados daqui a alguns anos, dificilmente envelhecerá. O combate com cada monstro é variado, e cada batalha será diferente da última. Graças aos vibrantes ecossistemas do mundo, você nunca sabe exatamente o que está por vir. O combate é a jóia de toda a gameplay. Ao contrário de muitos outros RPG, o rank e nivelamento não está vinculado ao seu personagem. Em vez disso, você melhora matando mais monstros, saqueando suas carcaças. Isso, por sua vez, permite que você construa armas e armaduras mais fortes, melhorando a defesa e o ataque contra os animais maiores.

Ou seja, haverá momentos em que você encontrará monstros tão formidáveis, tão gigantescos que será impossível vencê-los. Então o mais sensato a se fazer é retornar para locais já explorados, continuar a caça contra inimigos menores para adquirir mais materiais e melhorar seu arsenal. E caso, mesmo com um inventário vasto, você sinta dificuldade em desafiar os tais monstros grandiosos, você pode se unir com outros três jogadores e trabalhar juntos, embora executar essa ação de união seja um pouco complicada às vezes.

VEREDITO:

Monster Hunter: World não segue um caminho diferente, ele mantém a fórmula que funcionou por muito tempo. O que ele faz é tornar a série mais convidativa. Uma integração quase perfeita entre sistemas de combate que antes eram incompreensíveis para os amadores. Desde que o título foi anunciado pela primeira vez no ano passado, ficou claro que a Capcom estava tentando algo mais elaborado que seu antecessor. E foi o que conseguiu.

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Análise | Dragon Ball FighterZ

A revelação de Dragon Ball FighterZ durante a E3 2017 com certeza foi um dos melhores momentos da feira. Os fãs da franquia Dragon Ball, e de jogos de luta no geral, ficaram eufóricos com o anuncio, pois aquele poderia ser o jogo de Dragon Ball que todos sonhávamos. Será que ele correspondeu as expectativas?

Desenvolvido pela Arc System Works, responsáveis pelas séries Guilty Gear e BlazBlue, Dragon Ball FighterZ traz consigo uma mistura de 2D com 3D que funciona perfeitamente bem, os gráficos do jogo são excepcionais, dando a impressão de que o jogador está de fato jogando um anime.

MODO HISTÓRIA

Campanha em jogos de luta normalmente não possuem um enredo fantástico, e com FighterZ infelizmente não foi diferente. Além de ter uma história simples e fraca, os inimigos não são tão desafiadores. O jogador pode estar com 10 levels abaixo dos seus adversários, e mesmo assim irá ganhar com uma certa facilidade.

O Modo História é divido em três arcos, cada um com seu protagonista, que se interligam entre si. Ele é original do jogo e possui muitas referências ao anime/mangá. Talvez se seguissem a história original escrita por Akira Toriyama poderiam ter um êxito maior.

O jogo possui diversas telas de carregamentos que são bem desnecessárias. Elas acontecem até mesmo durante as cutscenes, o que não faz muito sentido, pois é a maioria delas não possuem grandes cinemáticas. Mas não é nada que futuros updates não possam resolver.

A falta da dublagem brasileira no jogo realmente é uma pena. Imagina que felicidade seria se o game tivesse as vozes de Wendel Bezerra e companhia. Não chega a estragar a experiência, mas realmente é uma pena. As legendas possuem algumas adaptações que nós brasileiros utilizamos no dia-a-dia.

A provável Waifu dos jogadores: Android 21.

MODO ARCADE

O Modo Arcade, já comum em jogos do tipo, é de longe é a melhor parte do jogo. Os jogadores realmente são desafiados, diferentemente do modo história.

É provavelmente o modo de jogo que os jogadores irão mais usufruir.

COMANDOS

Apesar de serem simples, os jogadores casuais irão sentir um pouco de dificuldade para pegar a manha dos comandos do jogo, e podem precisar treinar um pouco. Os Golpes Especiais, como Kamehameha ou Explosão Meteoro, nem sempre funcionam de primeira. Os mais veteranos deverão tirar de letra.

Dragon Ball FighterZ está disponível para PlayStation 4, Xbox One e PC.

 

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Análise | Assassin’s Creed Origins

Assassin’s Creed é uma grande franquia, disso não temos dúvidas. Porém seus últimos lançamentos não foram tão bem em crítica e os fãs mais fervorosos demonstraram suas indignações.

Hoje podemos dizer que Assassin’s Creed Origins é o jogo que os fãs pediam para acontecer, um jogo de história assim como os grandes pilares italianos de Ezio. História que você descobrirá nas profundezas de túmulos arenosos, em pergaminhos desbotados, por interação com outros egípcios que se sentem amaldiçoados por seus deuses vingativos e, claro, as histórias infinitamente mais irregulares que vai te fazer lembrar dos outros jogos, e vai passar dias e dias ligando os pontos até ter todas as suas respostas respondidas.

Assassin’s Creed Origins pode celebrar toda uma década da franquia, mas um ano de folga para a série significa que esse salto de fé no Animus poderia ser um ponto positivo, ou poderia trazer novas falhas. Você não se sente estranho ao se esgueirar com seu capuz, mas algumas novas mecânicas de movimentação e de ações durante a gameplay deixa esse Assassin’s Creed com uma postura nunca vista antes.

Assassin’s Creed Origins deveria ser um sinônimo de redefinição, uma bem violenta, enquanto você sempre vai saber o que você está jogando, a experiência na loja finalmente se sente realmente fresca. O sistema de combate de muitos anos foi felizmente enterrado vivo no deserto, as missões que rejeitávamos em fazer morreram silenciosamente sem problemas e um mapa de coleções sem sentido teve uma pedra amarrada a ela e foi afundada no Nilo sem cerimônia. O que resta é um Assassin’s Creed mais magro e mais sutil. Não há sinos e assobios irritantes, apenas todo o antigo Egito como uma tapeçaria ricamente tecida de um RPG assassino. E por sinal, o mapa é gigantesco.

Enquanto os antigos mapas de Assassin’s Creed pareciam pouco convidativos, esse Egito fica bem longe em relação a isso. As diferentes regiões possuem uma identidade própria. Este não é apenas um mundo aberto no deserto, com pirâmides e palmeiras. A campanha da história impressiona e orienta você através das belas terras agrícolas exuberantes, montanhas escarpadas e cidades fascinantes, antes de deixá-lo livre para desenrolar o resto do mundo. Origins não tem problemas em te entregar cidades inteiramente completas como caminho através da sua campanha, sabendo muito bem, você estará de volta por mais, uma vez a todas elas. A sensação de escala só aumenta, os visuais são nada menos que espetaculares, lembrando muito a Florença de Assassin’s Creed II.

O Egito vai tentar te engolir. O mapa e toda a grandiosidade de Assassin’s Creed Origins vai te deixar minúsculo. Enquanto a vida selvagem criará momentos constantes de perigo, você tentará resolver seus problemas com os rebeldes, e os soldados, ao mesmo tempo em que você procura por upgrades de seus itens no velho estilo Far Cry. O novo sistema de quest é perigosamente envolvente. As antigas missões de busca intermitentes foram deixadas de lado. Agora temos missões que ao ser iniciadas, pode parecer pequenas, mas a medida que você avança a história, elas acabam fazendo parte de uma série de missões que os jogos anteriores do Assassin’s Creed nunca imaginariam ser possíveis.

Os personagens são um ponto importante nesse novo Assassin’s Creed, brilhantes e com diálogos significativos, eles se destacam nesse universo recheado de falas interrompidas por ações in game, e por conversas desinteressantes.

Medjay Bayek é agradavelmente único. Embora não haja nenhum spoilers aqui, ele e a busca da esposa Aya em todo o Egito têm um peso no personagem surpreendente. A igualdade também é a ordem do dia. Aya não é apenas uma das mulheres do Egito, mas que reforça sem esforço que não devem ser incomodadas. Não há donzelas no antigo Egito. Existem mulheres, com suas ambições e suas determinações.

Os sistemas de nivelamento e habilidades significam que enquanto Bayek começa fraco e luta por sua vida com uma lâmina enferrujada, ele gradualmente evolui para um super-herói com capuz. A escolha das habilidades é intimidante, mas gasta pontos sabiamente e Origins evolui gradualmente ao seu redor. As batalhas do grupo de repente tornam-se menos uma briga mortal quando você investe em uma tela de fumaça, as batalhas no telhado são instantaneamente 300% mais de Hollywood quando Bayek aprende a empurrar as pessoas para fora dos prédios com seu escudo, atualizar seu arco para poder controlar suas flechas transforma o Egito em um campo de diversão.

Implementando habilmente um esquema de cores no estilo Destiny 2, o sistema de estocagem é constantemente recompensador. Uma vasta gama de implementos mortais significa que você sempre encontrará algo para aproveitar ao máximo o novo sistema de combate. As espadas duplas são mortais de perto, enquanto um cetro ou uma lança se faz ideal para um combate à distância. O próprio combate não é simples, se acostumar leva tempo, mas depois tudo se torna uma segunda natureza, você já realizará ações instantaneamente, e muito mais gratificante. Mega escudos precisam ser esmagados, martelos gigantes esquivados, pontos fracos atingidos. Esta não é apenas uma questão de spam do botão do contador. É estratégia pura, jogadas com um acabamento, e todas elas gratificantes no final, e você sempre vai querer tentar novas alternativas.

Origins lhe deixa livre para fazer e apreciar todo o riquíssimo trabalho de desenvolvimento visual do game. Enquanto algumas áreas exigirão que você caia por tesouros escondidos, outros só pedirão que você encontre um lugar para descansar, onde você pode se sentar e apreciar a visão. Longe da matança, longe do incêndio interminável dos frascos de óleo quebrados, Assassin’s Creed Origins é o jogo mais bonito em uma série de belos jogos.

E as partes que se passam nos dias modernos? Não há spoilers aqui, porém, este é um passo na direção certa para uma história simplificada e um computador de arquivos que vale a pena se drenar informações. Adicionando ainda mais uma camada a um mundo já impressionante, essa é a experiência de assassinos mais coesa ainda. E por incrível que pareça explica tudo que não entendemos em 10 anos de Assassin’s Creed. Tudo é uma história de origens. Penas, dedos perdidos, lâminas ocultas, o próprio Credo e até mesmo esse logotipo. Tudo está presente e correto. Confiante, excitante e absolutamente mortal, Assassin’s Creed Origins é agora, finalmente, o jogo definitivo.

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Análise | South Park: A Fenda que Abunda Força

O jogo lançado em 2014, South Park: The Stick of Truth foi o primeiro vislumbre de esperança para os fãs da série que clamavam por um conteúdo extra série, reunindo os criadores Trey Parker e Matt Stone que se associaram com os desenvolvedores de Fallout: New Vegas. Stick of Truth foi extremamente agradável, tanto em críticas quanto em vendas. Como um RPG, alguns acreditam que ele foi um pouco curto. Mas como experiência extra-série foi bem prazeroso.

Agora, três anos após o Stick of Truth, a Ubisoft finalmente consolidou suas estruturas em um jogo de South Park que é tão divertido como a série, South Park: The Fractured But Whole, em pt/br South Park: A Fenda que Abunda Força. A jogabilidade e o humor são misturados em igual medida, e o resultado é a mais verdadeira adaptação da série de comédia juvenil já produzida.

South Park: A Fenda que Abunda Força se distingue de seu antecessor de forma positiva, tudo que vimos antes agora é melhorado em quase todos os sentidos. Para iniciantes, é uma experiência mais polida, e aprender com os erros faz parte da gameplay, durante cutscene você tem que realizar quick time events, para avançar, mas nada que atrapalhasse seu progresso, caso não consiga realizar a ação rápida, você será redirecionado para o ponto de salvamento mais próximo.

A história também é melhorada desta vez. Enquanto as coisas começam devagar, o jogo aumenta e se torna um mistério intrigante com o retorno de um dos melhores vilões da série. Também é mais coerente e fundamentado do que Stick of Truth. O nivelamento é agora mais espontâneo, permitindo misturar e combinar poderes de várias classes de heróis. E, uma vez que todos esses poderes estão ligados ao DNA do seu personagem, você pode se vestir como preferir.

O Combate também foi expandido a partir de um simples sistema parecido com Paper Mario (2000), e os clássicos Final Fantasy  baseado em turnos mais robustos, onde o posicionamento e o tempo são importantes, e uma maior variedade de inimigos traz um pouco mais de desafios. Um inimigo do tipo suporte pode proteger seus inimigos de danos físicos, deixando você confiar na sua capacidade de machucá-los e adicionar efeitos de status como Sangrar e Queimar. É muito mais dinâmico e agradável, já que você não pode simplesmente aguardar uma ação para contra-atacar e vencer, mesmo quando você se tornar poderoso.

Você ainda pode convocar aliados poderosos como no jogo anterior, e suas apresentações são ainda mais absurdas do que antes. Um stripper pode ser usado para dirigir um carro, ou Moisés pode ser chamado para curar todos os aliados feridos. Ou Gerald, que se espalha no mijo de gato em uma referência ao episódio de South ParkMajor Boobage“.

As brigas contra os Boss são uma alegria particular, com cada um focando em um clímax para um grande ponto da trama enquanto joga fora algumas coisas chatas do combate habitual. Você não pode contornar ou evitar o Boss, isso significa que é um “jogo nos trilhos” onde você deve lidar efetivamente com os adversários, os jogadores precisam se concentrar no Boss, enquanto os minions adicionais são constantemente gerados, enquanto o sistema de timer é usado para introduzir riscos ambientais e restringir o movimento. O combate padrão é igualmente divertido e variado do que os de Stick of Truth à foco no posicionamento, mas as batalhas contra Boss mostram o quão versáteis e criativas foram as equipes de desenvolvimento desta vez. Enquanto isso, pouco mudou na cidade de South Park.

Apesar do mapa relativamente pequeno em South Park: A Fenda que Abunda Força, há momentos em que sentimos que há muito para fazer ou acompanhar em qualquer lugar do mapa. Por exemplo, as corporações não são apenas uma referência em si mesmas para a temporada 20, mas também dizem coisas relacionadas aos episódios passados, ao jogo anterior e à cultura em geral.

Como isto é um South Park, deve ser óbvio que… teremos cenas e diálogos não muito aceitos por alguns, devemos dizer que a marca de humor “único” é obrigada a enrolar algumas partes. De política à identidade de gênero, a cultura da retórica de direita, aparentemente todos são batidos de frente por Matt Stone e Trey Parker em diferentes graus. Em seu momento mais desconfortável, uma luta de chefe apresenta um pedófilo atacando as crianças de uma maneira que alude ao sexo oral forçado. Clássica quebra de conceitos morais que quem assiste a série já está acostumado.

Dito isto, parece que há menos ênfase no humor grosseiro, mas não deixando de ser ofensivo ao máximo possível, e mais brincadeiras para servir a história ou para fazer um ponto de ligação entre série e jogo.

PC Principal ensina você a reconhecer micro agressões e, literalmente, o chama de “guerreiro da justiça social”, mas não há como negar que suas dicas sejam acessíveis – sempre que um inimigo diz algo degradante ou menosprezado para um determinado grupo demográfico, você tem uma chance de ataque. Estes não são o tipo de piadas para fazer você realmente dar a sua vida, mas eles são muitas vezes mais profundos e inteligentes do que você pensa.

VEREDITO:

South Park: A Fenda que Abunda Força equilibra um amplo grupo de fãs com jogabilidade que está em seus próprios méritos e uma história atraente. Entretanto, caso você não seja um fã, o jogo não fará você se tornar um, mas é difícil imaginar uma adaptação melhor realizada do esta. Um incrível extra para a série, e uma boa adição ao universo de South Park.

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Análise | The Evil Within 2

Sebastian Castellanos reaparece para a sequência de um dos jogos de terror que mais recebeu elogios na geração atual e porque não afirmar, na passada. The Evil Within 2 infelizmente não tem a mesma premissa rica, psicologicamente perturbadora e esteticamente magnífica do primeiro jogo. Mas, apesar do que esperávamos, este thriller de terceira pessoa ainda é estranhamente agradável, bem como a companhia de um Castellanos cheio de contrapontos pessoais.

Três anos depois de sobreviver ao Beacon Mental Hospital, Sebastian se culpa pela morte de sua filha, Lily, que aparece logo no início em uma cena de abertura onde temos um vislumbre seu. Entretanto temos a revelação que Lily de fato, não morreu, e apartir daí começa o novo desafio do nosso protagonista, resgatar sua filha e sintetizar a consciência compartilhada do sistema STEM, assustador. Então, você não tem outra escolha. Tudo o que se tem a fazer é enfrentar os perigosos mortos-vivos, em uma pequena cidade virtual que se torce sobre si mesma com bairros inundados de sangue e outras coisas grotescas, enquanto sua filha espera o resgate.

Durante a gameplay é rapidamente visível que toda as motivações dos personagens e logística de solução dos problemas, assim como o enredo, são muito convenientes. Entretanto, nada disso vai interferir no seu desempenho, tudo o que você realmente precisa saber é que Sebastian está de volta e pronto para matar todos e quaisquer monstros estranhos assassinos para salvar sua filha. Nessa sequência temos novas vozes para Sebastian e Juli Kidman, diga o que quiser sobre as performances originais, mas pessoalmente não me irrita uma mudança desse nível, quando é nos dado uma explicação para tal, como por exemplo, mais tempo de fala ou então a necessidade de interpretação para novas situações, que os antigos encarregados não acompanhariam. Sempre me incomodei com o primeiro jogo, com as frases de Sebastian que não coincidem com o tipo de situação absolutamente horríveis que ele está regularmente exposto. Como soltar um “Merda” sem nenhum espasmo na voz ou sem o tom cansado de quem correu por uma cidade enorme fugindo de mortos-vivos, ou despertar de um sonho, nível “Hora do Pesadelo” e lançar um “Isso foi estranho”, muito caído.

Os modelos de personagem parecem ter assumido um estilo completamente diferente dos modelos adotados no jogo anterior. De alguma forma, apesar de o fato dessa sequência não ter sido feita para PS3 e Xbox 360 em mente, a apresentação visual deu um passo elástico para trás. Quando o jogo original fez um ótimo uso de texturas sujas e filtros visuais escuros para dar ao mundo um ar de ferrugem, lodo intestinal e decadência, The Evil Within 2 parece tentar trazer o mundo pop para sua formação. O resultado é um estilo visual estranhamente vibrante devido à agitação geral dos acontecimentos, como uma espécie de Fallout 4 no Resident Evil. De longe não podemos dizer que temos um jogo feio graficamente, excluindo os inimigos propositalmente horríveis que ficam ótimos apesar da falta de variedade. Mas, em comparação com The Evil Within, essa sequência tenta trazer novos pontos que não se encaixam num mundo aterrorizante.

Enquanto graficamente o jogo deixa a desejar em comparação ao seu antecessor. Quando falamos de imersão, não há o que reclamar de The Evil Within 2, haverá momentos em que você vai sentir receio de ter que dar um único passo a frente, ou para um lugar mais abaixo por um corredor escuro. Os destaques aqui vão para a equipe criativa que pensou nos cenários e na fotografia sádica do game, que evidentemente se inspiraram em designs de outras franquias famosas, como Silent Hill e Resident Evil. O áudio finamente sintonizado também está cheio de pequenos ruídos insidiosos que farão com que todos seus pelos se ericem, enquanto o jogo tenta te convencer através de uma falsa sensação de segurança com a música clássica vagamente dissoluta. Geralmente, uma atmosfera de suspense esmagadora ou momentos de fuga são muito mais eficazes e emocionantes do que a recompensa que vem em seguida, o que é muitas vezes um artifício do entretenimento de terror.

Se você jogou o primeiro jogo, você sabe o que esperar da jogabilidade de The Evil Within 2. Uma mistura de emoções, uma variação de preservação e de ação, vontade e racionalização. Alguns inimigos são mais difíceis ou rápidos do que outros, mas nenhum deles é particularmente inteligente, então você raramente precisa ajustar suas táticas de combate. Morrer tentando aqui é algo que se deve aceitar, um erro pode facilmente resultar em você ser machucado, enrolado e morto em questão de segundos. Esta sequência mergulha completamente no mecânico da gameplay do original, onde os cadáveres não queimados poderiam potencialmente reviver a qualquer momento, gerando uma desconfiança e pânico iminente com os cadáveres, já que você não tinha noção do que poderia acontecer, uma verdadeira ambientação de terror clássico.

The Evil Within 2 não consegue sair da sombra do primeiro jogo, mas embora não tenha o mesmo estilo unido e unificado, você não terá que se preocupar com mecânicos frustrantes ou com picos de dificuldade enfurecedores. Se você não tiver nada contra o jogo original em seu coração, você certamente curtirá essa sequência. Depois de jogar ao lado de Sebastian, você se lembrará com um olhar de carinho para The Evil Within 2, com sua mistura satisfatória de sustos, combates duros e impressionantes conjuntos de alucinação. The Evil Within 2 oferece outro passeio de terror divertido, desafiante e tenso que deve encantar os fãs do primeiro jogo.

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Análise | Marvel vs. Capcom: Infinite

Marvel vs. Capcom: Infinite foi escolhido para dar o ponta pé inicial a franquia de luta mais caótica, na geração atual dos consoles e PCs.

Seria compreensível que depois do sucesso de Street Fighter V, a Capcom trazer uma novidade e uma melhoria na franquia Marvel vs. Capcom. A companhia japonesa tentou capitalizar seus investimentos apoiados no enorme sucesso que os filmes da Marvel (MCU) estão tendo nos cinemas, mas acabou deixando de lado pontos cruciais que todos admiravam nos jogos anteriores da série.

Marvel vs. Capcom: Infinite é visivelmente mais lento e menos frenético do que seus antecessores. Durante o combate você nota claramente um andar pouco ágil que se contrapõe com os movimentos de ataques e combos ultravelozes. Você não vai arremessar inimigos no ar, persegui-los, bater neles enquanto estão no chão, ao mesmo tempo que troca de personagem para em seguida, continua a investida, como você fazia em Marvel vs Capcom 3. Você poderá chamar seus aliados para dar assistenciais em ataques, mas as lutas em Infinite são mais fundamentadas, e o jogo se caracteriza como um clássico 1×1 em alguns momentos, se diferenciando muito das batalhas caóticas dos antigos jogos da franquia. Isso não é necessariamente uma coisa ruim, mas também não é o que os fãs esperaram.

As Jóias do Infinito são a grande novidade da jogabilidade. Antes de cada combate você tem a opção de escolher uma das seis Jóias do Infinito. Cada uma delas possui dois efeitos diferentes, o Infinity Surge e o Infinity Storm. O Infinity Surge pode ser usado a qualquer momento, enquanto o Infinity Storm está dependente da barra de ativação e só pode ser usado quando essa barra estiver com a carga em 50%. As Pedras têm vários efeitos, como aumentar o carregamento do super ataque, ressuscitar companheiros, aumentar a velocidade de deslocação ou até prender o adversário numa área restrita. Tudo isso ajuda na mecânica da batalha, já que com essas variantes mesmo com uma equipe formada pelos mesmos personagens, o jogador não ficará preso aos mesmos combos e poderá minar o adversário.

Além dessa nova variante na jogabilidade, Marvel vs Capcom: Infinite também apresenta uma série de movimentos básicos de combate escaláveis, aqui a depender da sua estratégia de luta, você pode optar por Soco Fraco, Soco Moderado, e Soco Forte, além de Chute Fraco, Chute Médio e Chute Forte, todas essas variações para auxiliar em seus combos. Na verdade, vários combos são universais em toda a lista de personagens, justamente pelo fato de que não é tão fácil no Infinite tirar os movimentos legais e específicos do personagem no meio da batalha, como era nos jogos anteriores, e isso faz com que os lutadores, infelizmente, não demonstrem tanta emoção ao realizar certas ações in game.

Embora os botões de golpes não variem muito de lutador para lutador, a tática varia bastante. Não há dois personagens “iguais”. Se você está jogando como o pequeno Rocket Raccoon ou com Hulk, você sentirá a diferença imediatamente. E, claro, isso vai mudar a maneira como você joga. Você não pode apenas apressar um oponente e tentar derruba-lo com um personagem lento e pesado como Thanos, e optar por uma Jóias do Infinito para compensar o seu curto alcance, ou utilizar um personagem ágil como o Strider que não tem ataques tão efetivos.

O problema que incomoda em Marvel vs Capcom: Infinite é exatamente o que ele propõe. O jogo com um título que mistura dois universos acaba deixando o crossover extremamente raso. O que acaba influenciando no modo história.

A história é útil, mas falta um senso de drama ou gravidade. Ele também dá aos personagens da Marvel um tratamento da estrela enquanto rejeitam os heróis da Capcom deixando-os como simples sidekicks; ajudantes. Quase todas as ações são conduzidas ou decididas por um personagem da Marvel, como o Capitão América ou o Homem de Ferro, enquanto alguem da Capcom fará pouco mais do que animar seus companheiros de equipe. Jedah da franquia Darkstalkers é uma das exceções agradáveis, pois ele interpreta um dos principais antagonistas do jogo.

A escolha de personagens é outro aspecto criticável. É compreensível o fato de não haver nenhum X-Men por aqui, é uma disputa por popularidade que está além dos games, nos cinemas, a Marvel muito mais interessada em promover os personagens do seu estúdio, do que os X-Men, o Quarteto Fantástico e Deadpool que estão com os direitos de produção nas mãos da FOX. Do lado a Capcom decidiu excluir personagens como Wesker, Akuma, Trish e Viewtiful Joe, e optar por incluir Arthur e Spencer parece um pouco sem sentido.

O visual dos personagens não são atraentes, se assemelham ao que vimos na demo que foi lançado no início deste ano, apenas Chun Li recebeu uma atualização no visual. Aqueles que usam armaduras ou roupas de corpo inteiro parecem mais os robôs de Ultron do que humanos, enquanto os que possuem a pele a mostra se parecem com cascas sem alma. As texturas e sombras realistas, combinadas com cores e ambientes altamente saturados, acaba deixando a visão um pouco desconfortável. É menos incômodo no meio de uma briga, uma vez que os lutadores contrastam bem com os estágios do jogo, mas a introdução e as cenas de vitória acabam dando pesadelos em vez de euforia pela conquista.

Marvel vs Capcom: Infinite é um jogo bem construído, mecanicamente incrível. Em nenhum momento ele é desleixado quando falamos de jogabilidade nem se quer impreciso, mas é só isso. Nada de um jogo de outro mundo, pouco emocionante. Há uma falta de delicadeza com a apresentação dos personagens, e em relação a direção artística por trás do cel-shaded e o tom supersaturado do game.

Em seu gênero, Infinite é perfeitamente adequado, mesmo divergindo significativamente da fórmula estabelecida pela franquia. Tem núcleo sólido de ideias, e as Jóias do Infinito fazem as lutas serem bem mais técnicas, do que simplesmente apertar botões freneticamente. Se ao menos não precisasse atender às expectativas estabelecidas por seus excelentes antecessores Marvel vs Capcom: Infinite seria o melhor.

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Análise | Destiny 2

Se você espera que Destiny 2 seja um jogo parecido com o primeiro, você está redondamente enganado, mas é quase impossível afirmar isso sem jogar. Em um olhar superficial, tudo parece ser o mesmo, embora com um detalhe e uma vitalidade um pouco melhores. Missões de campanha, combate, planetas de mundo aberto, eventos, e PvP.

A filosofia e individualidade radicalmente novas de Destiny 2 são apresentadas para o jogador pela primeira vez durante a campanha principal. Onde, no primeiro jogo, tivemos as melhores cenas e combates, dentro de um sistema organizado lindamente e deliciosamente maleável, porém aqui, esse material é apenas o núcleo de algo muito maior. O que temos na campanha de Destiny 2 é quase incomparável, as sequências de lutas, os rastreamentos, tudo ligado de maneira espetacular a narrativa. O jogo ainda faz uso de cutscenes, é claro, à medida que corta um caminho através do mundo aberto multi-planeta de Destiny 2. Mas o que temos aqui também é uma campanha FPS digna de grandes jogos do estilo.

A campanha de Destiny 2 pode ser comparada como um grande jogo de Halo, basicamente. Enquanto esperávamos uma nova remessa de armas, com qualidades de armas de fogo dinâmicas, emergentes, exemplificadas no primeiro Destiny para tocar o verdadeiro terror, temos em Destiny 2, na verdade, uma sequela. Trazida para a vida vibrante através de muitas evoluções agressivas e atualizadas para tipos de inimigos, comportamentos de AI e design de armas cada vez mais imaginativo e de forma mais livre, o combate central de Destiny 2 é uma experiência constantemente surpreendente, exigente e emocionante, mesmo se você gastou mais de 800 horas com o primeiro jogo. Agora a campanha tem uma ambição muito maior, em todas as áreas, uma experiência fascinante e às vezes vertiginosa.

As últimas horas da campanha em particular revelam uma gloriosa antecipação do perigo.. Se você precisa de uma lembrança de pôr que a Bungie é um estúdio tão importante, a campanha do Destiny 2 lhe traz a resposta. Infelizmente não do jeito que gostaríamos, com as vantagens narrativas que o estúdio acumulou ao longo de três anos, Destiny 2, entrega uma história de imediatismo total com um fundo dramático momentâneo, capaz de eletrificar os fãs de longo prazo sem deixarem os recém-chegados fora da festa. Poderíamos ter uma melhor elaboração, mas o que temos em mãos não decepciona.

Mas, para deixar bem claro, este jogo é o caminho para um mundo mais amplo de Destiny. Temos aqui um mundo completamente mais humano, direto, confiável e imersivo do que nunca antes. Isto é Destiny evoluindo para algo novo, através de uma combinação de foco e dedicação, com uma expansão e construção consistentemente e simples.

O Universo Destiny é algo fora do comum, como se agora todas as locações fossem um lugar real, que vive, respira e importa. Novos jogadores encontrarão um universo fantástico para explorar. Para os Guardiões mais velhos, a evolução será uma experiência inicialmente estranha, mas uma aventura digna de Destiny.

Destiny 2 é um jogo tão vasto que seus componentes individuais deveriam ser uma pequena bagunça, entretanto, o triunfo do Destiny 2 vem do fato de serem muito bem organizadas. Enquanto a campanha é focalizada em apresentar a realidade do jogo com admiração, ele rapidamente derrete e dissemina sua influência em todo o mundo aberto. Densa com uma série não linear de missões e histórias spin-off e, posteriormente, quests de vários estágios, o mundo que Destiny 2 constrói em torno de sua campanha realmente oferece o sonho de um projeto desenvolvido, como um híbrido de RPG / FPS.

Apesar de se espalhar por quatro planetas menores e autônomos, em vez de um mapa vasto, a riqueza do mundo de Destiny 2 combina as opções e a liberdade de exploração de um Far Cry com a estrutura de sidequests, de forma livre junto a uma narrativa no estilo Witcher . Mas tão bom quanto a amplitude e a profundidade do mundo é o seu espírito, o que garante que suas experiências venham sem hierarquia. Destiny 2 tem um mundo de experiências muito diferentes, organicamente ligadas, e assegura que todas elas sejam recebidas pelo jogador de forma a agregar na gameplay, tanto em momentos imediatos como em jornadas de longo prazo.

A maneira como Destiny 2 revela seu propósito, é o produto de uma repensação transformadora. Construindo firmemente o mundo em torno de sua campanha, ele introduz em silêncio sua maior escala e possibilidades para novos jogadores e antigos, enquanto mantém indicações sérias de um jogo RPG de longo prazo até o final da campanha. Todas as coisas de grande imagem e as muitas formas diferentes de abordá-lo, Destiny 2 se sai bem, colocando cada elemento em uma narrativa lógica fora de disparar e garantindo que ele só aparece no momento exato em que o jogador está pronto para abraçá-lo.

VEREDITO:

O que temos em mãos não é Destiny. É algo novo. Algo maior, mais inteligente, mais rico e muito, muito melhor. É a ideia de Destiny evoluida e elevada em algo que nunca foi antes. Destiny está livre. É o destino realmente permitido viver. Como sempre afirmando que o priemiro jogo tinha potencial para crescer e melhorar. Desta vez, não há necessidade. Destiny 2 já é muito mais do que imaginamos que seria. Destiny 2 é o sonho do FPS-RPG com uma riqueza, um calor e uma benevolência mental que apenas sendo jogada poderá ser verdadeiramente entendida.

Destiny 2 está disponível para PlayStation 4, Xbox One, e Microsoft Windows.

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Análise | The Escapists 2

The Escapists 2 chegou com uma aposta para o mercado, com uma experiência digna de filmes de ação o game vai te fazer sentir em uma montanha russa de emoções, a claustrofobia vai ser sua companheira por muito tempo aqui.

Numa primeira visão da série, The Escapists 2 oferece o jogo drop-in / drop-out oferecendo tela dividida e jogo online para até quatro jogadores nos modos cooperativo e versus! Um sistema de combate completamente renovado com novos sistemas de bloqueios, além de ataques leves e pesados, enquanto os recursos aprimorados de criação permitem que você crie suas próprias ferramentas para escapar da prisão.

Nunca foi tão simples criar amarras e usá-las para subir janelas altas, criar tasers caseiros para eliminar os guardas e, tudo o que você encontrar pode ser anexado ao seu equipamento para ajudar em sua fuga das novas prisões. O novo visual de The Escapists 2 imersa os jogadores em um mundo mais profundo e rico, enquanto mantém esse exclusivo estilo próprio e novas opções de personalização que permitem aos jogadores ajustarem seu avatar a um nível totalmente novo, incluindo a opção de jogar como escapista masculino ou feminino!

E uma  novidade muito legal, é que fora de suas tentativas de fuga, pode ser feitas outras atividades, como participar de uma banda! Aprenda a pintar! The Escapists 2 oferece mais maneiras do que nunca para passar o tempo enquanto você esta preso.

Mesmo com toda essa pompa visual, e com um número grande de possibilidades in game, infelizmente não podemos dizer que The Escapists 2 funciona individualmente. Pode-se dizer que se você está aterrizando pela primeira vem no solo da prisão, o jogo vai te punir um pouco, nada que dificulte seu progresso, mas pode atrapalhar sua curva de aprendizado.

Mas posso afirmar, ao compreender o funcionamento da I.A, o jogo fica maravilhoso e entrega o que queríamos. Como preso, podemos optar por ignorar as chamadas de revista e as refeições obrigatórias, mas isso ocorre com um custo, na forma de criar uma má reputação com os guardas. Isso pode torná-los mais desconfiados das suas atividades, e para quem está se preparando para escapar, atenção adicional certamente não é bem-vinda.

Durante as primeiras semanas (do tempo no jogo), seu tempo livre é importantíssimo para trabalhar na sala de exercícios para melhorar sua força corporal, para tanto ajuda-lo a correr, quanto para fugir de brigas com os outros internos, e claro, ir à biblioteca para ler e melhorar seu conhecimento. Ganhar conhecimento é importante quando se trata de saber como criar itens que podem ser usados como armas ofensivas ou defensivas, ferramentas para cavar, cortar cercas, ou fazer vários adereços para esconder essas outras atividades. O truque com crafting em The Escapists 2, no entanto, não é apenas descobrir como criar um item, mas determinar o que criar. Não há livro de receitas, então o melhor que se consegue fazer é escanear a lista de itens de baixa inteligência na tela de artesanato para ver o que estava disponível, e só então tentar imaginar como eles poderiam ser melhor usados.

Uma coisa que é clara ao se deparar como o crafting é a necessidade de coletar muitos itens que precisam ser combinados. Alguns desses itens eram inócuos e podiam ser carregados abertamente ou simplesmente deixados na mesa da minha cela, mas outros eram considerados como contrabando e tinham que estar escondidos com mais cuidado. É preciso ter cuidado com o que se mantém, mesmo escondido. Sempre há a possibilidade de descartar coisas que não serão necessárias ou que você não queira apanhar.

O Co-op em The Escapists 2 pode ser uma ótima escolha, caso o seu companheiro tenha habilidades de interpretação e raciocínio mais rápidos que você. A maneira como o modo cooperativo foi projetado é interessante: um jogador cooperativo pode cair na sua prisão, mas sua vida na prisão não dependerá exclusivamente dele, você pode continuar jogando o modo singleplayer, até ele voltar. Isso ajuda a mitigar um dos desafios maiores com a cooperativa: fazer com que os horários coincidam. Com este design, você pode seguir em frente e jogar sempre que quiser, se o seu amigo cooperativo está disponível para jogar ou não.

VEREDITO:

The Escapists 2 é sem dúvida um passatempo perfeito. E sim você continuará jogando este game mesmo depois de conseguir escapar com êxito da prisão. Testar novas possibilidades, encontrar novos caminhos (até mais fácies do que você havia encontrado), ter as peças e as peças que precisa para criar diferentes aparatos.

Escapar da prisão, ao que parece, é uma daquelas situações em que você acha que é fácil até tentar pela primeira vez. Digamos que assim como seu antecessor The Escapists 2 estará vivo, tanto na lembrança quando na sua biblioteca de jogos.