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Nanatsu no Taizai | Mangá ganhará jogo para PlayStation 4

Na mais recente edição da Weekly Shonen Magazine, foi revelado que o mangá Nanatsu no Taizai (The Seven Deadly Sins) ganhará um jogo de ação para PlayStation 4, desenvolvido pela Bandai Namco. O jogo se chamará Nanatsu no Taizai: Britannia no Tabibito (The Seven Deadly Sins: The Britannian Traveler) e ainda não tem data de lançamento definida.

Foi liberada a primeira imagem do game:

Confira também algumas screenshots do jogo:

No passado, os Sete Pecados Capitais eram cavaleiros que protegiam Brittania. Hoje, eles são fugitivos procurados pelo reino por conta de sua tentativa de golpe de estado há dez anos, quando os Paladinos, os cavaleiros mais fortes do reino, foram chamados para combatê-los. Ou pelo menos é essa a versão oficial. A princesa Elizabeth acredita que os Sete Pecados Capitais, na verdade, são a única esperança de salvação do reino, que supostamente teria sido tomado pelos Paladinos, os verdadeiros vilões! E assim, quando, por acidente, ela acaba encontrando um deles (Meliodas), começa a jornada da princesa em busca de todos os sete, nessa clássica aventura fantástica!

Escrito e desenhado por Nakaba Suzuki, Nanatsu no Taizai é publicado desde 2012 pela revista Weekly Shonen Magazine. O mangá conta com uma adaptação em anime de 24 episódios lançada em 2014, e uma segunda temporada já foi encomendada.

No Brasil, o mangá é publicado pela Editora JBC, com o nome de The Seven Deadly Sins, e se encontra no volume 23. Já o anime é transmitido no Brasil pela Netflix.

Caso queira conhecer o mangá, você pode adquiri-lo clicando aqui.

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Liga da Justiça | Autora de Saint Seiya The Lost Canvas publicará mangá

Segundo informações da Anime News Network, a editora revelou que a mangaká Shiori Teshirogi irá publicar o mangá Justice League Origin: Wonder Woman na revista Champion RED, da editora Akita Shoten, a partir do dia 19 de julho. A publicação não informa se será um one-shot ou uma série longa, mas é colocado como um projeto especial.

Como o título sugere, o mangá contará a história de origem para a Mulher-Maravilha, ajudando a promover o filme da heroína, que estreia no Japão em 25 de agosto.

Teshirogi também será responsável pelo mangá Batman and The Justice League. A história conta com o Batman, Superman, Mulher-Maravilha, Flash, Cyborg, Lanterna Verde e Aquaman reunindo-se como a Liga da Justiça, e dirigindo-se a Cidade de Gotham para proteger o mundo do Coringa e uma aliança de super vilões.

Shiori Teshirogi publicou Saint Seiya: The Lost Canvas entre 2006 e 2011, que depois foi adaptado como uma série de anime com 26 episódios. O mangá foi publicado pela Editora JBC e os DVDs pela Flashstar.

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Inuyashiki | A chocante sociedade japonesa retratada na ficção científica

Hiroya Oku é um autor controverso. Após 13 anos escrevendo e desenhando sua série mais longeva, Gantz, com a criação de Inuyashiki em 2014 o mangaká parece ter encontrado novos ares para sua habilidade primária: criar histórias de ficção-científica com algum valor moral, abordando aspectos da sociedade japonesa moderna através da violência típica de suas obras, com um visual extremamente realístico e cenas chocantes.

Em 1999 Oku lançou sua primeira obra com um pé no sci-fi. Zero One era uma história sobre um torneio de videogame, e o sucesso não foi alcançado como em sua série prévia de comédia romântica, Hen. Apesar do fracasso o autor iniciou em seguida sua mais duradoura e bem-sucedida publicação, Gantz, que rende frutos até hoje e através de uma narrativa louca, violenta e chocante, tornou-se um dos seinen mais marcantes dos quadrinhos japoneses.

Um dos aspectos de Gantz era, no meio da violência, sexo e alienígenas bizarros, tecer críticas à forma de viver dos seres humanos. Abordando a superficialidade do coletivo, preconceito e até mesmo falando sobre o papel da mulher no mundo (da forma mais rasa possível, mas está lá), as camadas mais “profundas” do mangá perdiam-se no meio de robôs gigantes e roupas coladas, com muitos peitos e bundas.

Com o fim da série em 2013, Oku levou um ano para bolar o que, aparentemente, é sua obra mais intelectual, sem deixar perder sua assinatura e estilo que ficaram marcados no universo de Gantz. Inuyashiki veio ao mundo nas páginas da revista Evening japonesa e agora alcança as bancas do Brasil em volumes bimestrais publicados pela editora Panini.

Inuyashiki possui uma premissa semelhante a de Parasyte (Kiseijuu), mangá de Hitoshi Iwaaki publicado no Brasil pela Editora JBC. A história é centrada em Ichiro Inuyashiki, um senhor de 58 anos que aparenta ser muito mais velho. Sua família não dá muita bola pra ele e constantemente o desrespeita, e no meio de sua vida infeliz, Ichiro descobre estar com um câncer terminal. Rodeado em desgraça, o senhor acaba por se envolver em um acontecimento que altera sua perspectiva da realidade: ele é transformado num ciborgue. E daí pra frente, a vida de Inuyashiki muda de forma radical.

Oku parece possuir uma missão com este mangá. Todo o primeiro volume é centrado quase que exclusivamente em criticar os aspectos mais deploráveis da sociedade japonesa moderna, que vão desde a marginalização dos jovens até o desrespeito e falta de empatia pelos mais velhos. Os idosos do Japão são desprezados, ignorados e solitários, enquanto as pessoas mais novas agem de forma egoísta, instável e passional. As críticas sociais, típicas de qualquer boa ficção científica, misturam-se com a vontade de Ichiro ao passar por esta experiência com “seres alienígenas” que mudaram seu corpo: tornar-se uma espécie de justiceiro, um super-herói que faz o bem para a humanidade, agindo onde ninguém mais parece enxergar os problemas.

Obviamente, surge também um possível antagonista que passou por essa “experiência” ao lado de Ichiro e tornou-se um psicopata assassino.

O autor pesa a mão na dramaticidade, algo extremamente necessário para uma história que toca em assuntos tão delicados. O objetivo aqui é chocar o leitor, propor uma reflexão que se aplica também ao nosso dia-a-dia, e tentar expandir a visão de mundo dos leitores, criando paralelos entre a personalidade do leitor com algum dos personagens secundários, cheios de falhas de caráter e vivendo suas vidas das formas mais comuns e desprezíveis.

A semelhança com Parasyte é traçada no modo em que a trama é abordada. De forma similar, os protagonistas passam por um de contato alienígena que os torna super poderosos, e tentam agir para o bem da sociedade. Da mesma forma, outra pessoa (no caso da obra de Iwaaki, outras) passa pela mesma mudança, e vai para o lado oposto. E no meio disso, as questões sociais, políticas e reflexivas são abordadas, com choques culturais e um texto sofisticado em ambos os casos.

Deixando de lado o principal atrativo, que é sua temática, Inuyashiki também é um mangá lindamente ilustrado. Oku-sensei refinou seu traço ao longo dos treze anos de Gantz, tornando-o ainda mais realístico, bem detalhado e fluido, com uma movimentação única que poucos profissionais conseguem retratar com clareza. A beleza da arte também contribui para a imersão, visto que este mundo é extremamente similar ao nosso, facilitando o reconhecimento e potencializando a mensagem que deve ser passada.

O mangaká também brinca com a metalinguagem, inserindo outros mangás na narrativa, tornando este mundo teoricamente fictício algo verdadeiramente inserido na realidade, um perfeito retrato do nosso mundo quando somado ao seu já citado belíssimo traço.

E apesar da narrativa mais calma, com capítulos cadenciados de forma bem amena, rapidamente o passar das páginas torna-se algo frenético, com ação e cenas marcantes, misturando emoção e repulsa pelos acontecimentos. Este desenrolar é típico dos mangás de Oku-sensei, que deixam o leitor empolgado e curioso para saber o que acontecerá em seguida. E ao contrário de Gantz, aqui ele não deve se perder na aventura, já que o final da obra está programado para setembro, quando o décimo e último volume da série será lançado no Japão.

Inuyashiki é tudo de bom que o gênero da ficção científica tem a oferecer. Apesar do currículo estranho de seu autor (ele mesmo brinca com isso), a obra parece vir para acrescentar algo ao mercado, unindo-se aos outros ótimos mangás com premissas mais reflexivas, como Assassination Classroom – que é uma crítica ao sistema de ensino – e Arakawa Under The Bridge, que fala sobre a aceitação do diferente na comunidade.

E sendo outro ótimo candidato ao posto de melhor mangá do ano, a obra de Hiroya Oku também acrescenta qualidade ao mercado, que passa atualmente por um belíssimo momento onde verdadeiros clássicos e novos-clássicos enchem as prateleiras de bancas e livrarias de todo o Brasil. A edição também conta com um belo glossário em suas páginas finais, que explica as referências e termos utilizados ao longo das 204 páginas do primeiro volume, que assim como a edição japonesa, possui um efeito holográfico especial em sua capa. Um capricho editorial respeitável, que faz valer cada centavo dos R$ 13,90 cobrados.

Recentemente o estúdio MAPPA anunciou que adaptará a obra para um anime, além de haver um filme live-action programado para 2018.

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GTO | O professor mais foda que você respeita

Em 1997 estreava nas páginas da japonesa Weekly Shōnen Magazine a série Great Teacher Onizuka, criada por Toru Fujisawa. Com serialização entre os anos de 97 e 2002, GTO (abreviação oficial) tornou-se rapidamente um fenômeno cultuado no mundo todo, figurando entre os 40 mangás mais vendidos do Japão. E com uma estreia fenomenal, este clássico da comédia japonesa chega ao Brasil pela NewPOP Editora, com um formato extremamente similar ao japonês e detalhes exclusivos da edição nacional.

Eikichi Onizuka é um personagem recorrente de diversas histórias do mestre Fujisawa. Shonan Junai Gumi e Bad Company foram séries produzidas antes da estreia de GTO, e as duas focavam na vida de Onizuka como um delinquente. A diferença, com a estreia da série que leva seu nome, foi a ideia aplicada: o delinquente Eikichi Onizuka, 22 anos, decide se tornar um professor… com o objetivo de ajudar (no sentido bíblico) alunas mais novas. E a trama se desenrola com foco em Onizuka tentando assumir o autodeclarado posto de “professor mais foda que virará uma lenda.”

Mangás com delinquentes marcaram uma época e quase sempre são sinônimos de boas risadas. Yu Yu Hakusho, Slam Dunk, Diamond is Unbreakable, Tenjō Tenge e tantos outros possuem o mesmo estilo de protagonismo, similar ao modo de agir do professorzinho de GTO. Através do absurdo conceito onde os delinquentes fazem coisas boas, os autores extrapolam suas ideias na comédia, algo que GTO consegue fazer em um nível muito elevado e mais adulto se comparado a outras obras do gênero. Séries do tipo permanecem vivas até hoje, com mangás recentes como Beelzebub, encerrado há poucos anos.

Great Teacher Onizuka apresenta um caráter sexual muito forte, já que a motivação inicial do protagonista é pura e simplesmente pegar garotinhas. Situações absurdas envolvendo os desejos do professor (e outros que o cercam), com uma arte extremamente caprichada e típica dos anos 90, tornam todas as situações da vida de Eikichi muito memoráveis (entenda o que quiser). Os personagens ao seu redor parecem inicialmente rasos e sem muito teor dramático, mas aos poucos as histórias são contadas e até os mal caráteres tornam-se extremamente relacionáveis com o leitor. Em 1998 a obra foi vencedora do Kodansha Manga Award na categoria shōnen.

A edição nacional, recém-lançada pela editora NewPOP, é o formato mais próximo de um volume japonês já publicado no Brasil. Com sobrecapa, papel especial de gramatura mais alta, sem transparência e dimensões quase iguais aos tankos japoneses, GTO é possivelmente um novo parâmetro de qualidade para os produtos nacionais, sendo importante ressaltar que as páginas coloridas apresentadas nesta edição não existem nos volumes do Japão, tendo sido negociadas como um adicional para a versão do Brasil. E apesar da quantidade absurda de textos e detalhes traduzidos em diversos quadros, erros de revisão interna não passaram, tornando o produto ainda mais caprichado.

O mangá foi adaptado em uma série animada entre 1999 e 2000, totalizando 43 epsiódios. Séries de TV e filmes live-action também foram produzidos e elogiados pelos críticos e fãs. Em 2014 Fujisawa deu início a sua nova série GTO: Paradise Lost, na Young Magazine japonesa, que conta com quatro volumes encadernados até o momento, adicionando mais história aos 25 volumes originais de GTO.

https://www.instagram.com/p/BUKzbTxBye8/

Um dos anúncios mais empolgantes com um acabamento muito relevante para o mercado brasileiro, GTO é até o momento a estreia de mangá mais fantástica de 2017. Com personagens carismáticos, ótimas ilustrações e diversão com emoção a todo instante, a vida de Onizuka como um professor é um clássico obrigatório para a coleção de todos, reforçando a capacidade humorística dos mangakás japoneses.

GTO possui uma média de 192 páginas por volume encadernadas em formato 18 x 12 cm, com sobrecapa resistente, papel especial de alta gramatura e preço de capa R$ 23,90. Os volumes serão lançados bimestralmente, com assinantes e consumidores da loja Anime Hunter recebendo brindes exclusivos como bottons, marca-páginas e postais.

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Fairy Tail | Mangá deve terminar nos próximos volumes

Em abril de 2017, Hiro Mashima confirmou que o mangá de Fairy Tail, já estaria na sua reta final. Com o recém lançamento do Volume 61 no Japão, o autor escreveu uma carta no posfácio da edição, confirmando que o mangá terminará daqui a mais ou menos 2 volumes. Confira:


“Dá a sensação de ser a batalha final ou não…? Bem, desde que eu comecei este trabalho sem pretender que ele fosse uma história tão longa em primeiro lugar, quando eu progredi através do enredo, muitas vezes fui atingido por inseguranças, como questionar a mim mesmo… “Está tudo certo?”.

Este projeto começou como uma coisa divertida de fazer enquanto sentia uma certa aventura, em tentar resolver vários obstáculos no percurso, mas que, se eu continuasse fazendo isso por muito tempo, eu ficaria cansado, então comecei a incluir uma série de coisas.

Já que meu trabalho anterior (Rave Master) foi uma história bastante pesada, me lembro de falar para mim mesmo que eu queria pegar um pouco mais leve desta vez. Mas, mesmo assim, esta história se transformou em algo com uma guerra enorme. Porém, uma grande diferença entre o trabalho anterior e esse, é que Natsu não está lutando pela paz mundial, certo? Em Rave Master, os personagens estavam lutando para proteger o mundo. Desta vez, eles só querem proteger sua guilda. Natsu até disse durante o arco de Edolas, “Nós nos juntamos à guilda para viver, e é por isso que eu não me importo com o mundo.”

Embora seja bastante irritante que ele não possa ser considerado como o herói desta história por causa disso, ambos os mundos ainda são bastante semelhantes em certa medida. Lute para sobreviver. Lute por seus amigos. Pode não levar à paz mundial, mas tudo é apenas a justiça para Natsu. E eu adoro isso nele!

Depois disso, eu tenho a vontade de continuar desenhando também, algo definido em um novo mundo – SIM, eu quero escrever uma nova história!

Fairy Tail será concluído em mais ou menos 2 volumes, depois disso me sentirei um pouco vazio. Mas, estarei animado para pensar sobre todas as coisas novas que podem começar mais tarde. Muito obrigado pelo apoio! Meu novo trabalho começará em breve, então por favor, até lá, acompanhe a cortina final se fechando sobre nossas ‘fadas’.”



Usando como base os últimos volumes lançados de Fairy Tail, cada compilação contém 9 capítulos do mangá. O que daria ao mangá, mais ou menos 18 capítulos para a obra se encerrar, porém 9 capítulos ainda não foram compilados. Caso se mantenha a promessa de que a obra terminará no Volume 63, teremos somente mais 9 semanas para o fim de Fairy Tail.

No Japão, Fairy Tail é publicado semanalmente, desde de 2006, na revista Weekly Shonen Magazine. No Brasil, Fairy Tail é lançado pela Editora JBC.

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Akira | Editora JBC divulga detalhes sobre o mangá

Akira finalmente está chegando. Após dois anos de espera, os japoneses finalmente aprovaram a edição brasileira do mangá.

Por meio do seu canal no YouTube, a Editora JBC revelou detalhes sobre a publicação, incluindo o preço e mês de lançamento. Confira:

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  • 18,8 cm x 25,6 cm
  • 362 páginas
  • Papel Lux Cream
  • Leitura oriental
  • Páginas P&B
  • Completo em 6 edições
  • Em livrarias e lojas especializadas
  • R$ 69,90
  • Lançamento em Junho

Akira é um dos marcos da ficção científica oriental e revolucionou a chegada dos mangás e da cultura pop japonesa no Ocidente.

Ambientada em um cenário pós-apocalíptico da Neo-Tóquio, 30 anos depois da III Guerra Mundial, a história é centrada nos personagens Kaneda e Tetsuo, membros de uma gangue de motoqueiros que se deparam com o poder sobrenatural de Akira.

A obra foi escrita e ilustrada por Katsuhiro Otomo e tornou-se uma das principais referências da onda cyberpunk década de 1980, ao lado de grandes títulos como Neuromacer, de William Gibson.

Segundo a JBC, a previsão é para que sejam lançados dois volumes de Akira por ano.

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NewPOP | Now e três novos anúncios

Hoje (11/04), a Editora NewPOP entrou de vez no mundo do YouTube, com a estreia do primeiro NewPOP Now, o seu programa/vlog onde a equipe conversa sobre novos títulos, anúncios, curiosidades dentre outras coisas.

O vídeo na íntegra pode ser conferido abaixo:

https://youtu.be/-IKnKbcIK9o

Os anúncios são:

  • Toradora!

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Light Novel, concluída em 10 volumes.

  • Shakugan no Shana

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Light Novel concluída em 26 volumes; Mangá concluído em 10 volumes.

  • Re:Zero Kara Hajimeru Isekai Seikatsu

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Light Novel, em andamento com 8 volumes.

Além dos anúncios, a editora diz que Great Teacher Onizuka deverá ser lançado em breve contendo brindes para assinantes e pessoas que comprarem na loja Anime Hunter, e comentou também sobre suas publicações: No Game No Life, Log Horizon, N0.6 e outros.

O que vocês acharam do novo canal de comunicações da NewPOP? E dos anúncios? Eu, pelo menos, fui pego de surpresa com tantas Light Novels! Comente abaixo.

PS: Júnior, deixa de timidez!

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NewPOP Day | Confira os anúncios da editora

Em Janeiro, a editora NewPOP comemora seu décimo aniversário. Fundada em 2007 por Júnior Fonseca, hoje ela está entre as três maiores editoras de mangás do Brasil. Com o passar dos anos, sua imagem de “adoradora de mercados de nicho” foi se expandindo, e agora possui mais de 200 volumes de obras de diversas origens, formatos e gêneros.

Para comemorar essa data, a segunda edição do evento NewPOP Day aconteceu neste sábado (21), e contou com discussões sobre o que faz um bom mangá, uma hora de conversa sobre No Game No Life, roda de conversa com artistas sobre quadrinhos nacionais, sorteios e, principalmente, seis novos anúncios!

Eu esperando a NewPOP abrir os portões do evento. @jrfonseca10

Os anúncios do evento são:

Madoka Magica – The Rebellion Story: Completo em 3 volumes.

Koe no Katachi – A Silent Voice: Completo em 7 volumes.

Clockwork Planet (mangá): Em andamento com 5 volumes.

Philosophia: Completo em 1 volume.

Sunset Orange: Completo em 1 volume.

Happiness: Em andamento com 5 volumes.

[ATUALIZADO]

Great Teacher Onizuka: Completo em 25 volumes. Previsão de lançamento para o Anime Friends!

E aí, a editora trouxe o título que você queria? Ainda não? O ano está apenas começando, e teremos ainda muitos anúncios para lamentarmos não ser JoJo. Fique ligado nas novidades através da Torre de Vigilância!

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Os 15 melhores mangás para colecionar hoje

O mercado de mangás do Brasil passa atualmente por sua melhor fase em diversos sentidos. Com os últimos dois anos tidos por muitos como a “Era de Ouro” dos mangás no Brasil, as editoras vem ousando em apostar em diferentes formatos e numa variedade de demografias (shounen, seinen, gekiga, shoujo, etc) impressionante, publicando títulos que se adequam aos mais variados poderes aquisitivos dos leitores. Panini, JBC, NewPOP, Nova Sampa, e Astral são algumas (dentre outras) das editoras que publicam mangás atualmente, com destaque para as três primeiras que vem sobrevivendo à crise.

Mas com tantos títulos sendo lançados mensalmente nas bancas, livrarias e lojas especializadas, quais se destacam? Esta lista tem como objetivo indicar alguns mangás com o melhor custo-benefício, melhor desenvolvimento de história, valor histórico, entre outros aspectos como a duração e formato. É importante ressaltar que esta lista foi redigida com base na opinião de dois redatores do site, e é possível que haja discordância com seu gosto pessoal. Além disso, os títulos não estão rankeados em ordem de melhor para pior ou vice-versa. Sem mais delongas, confira abaixo os quinze títulos escolhidos!

Noragami

Escrito e ilustrado por Adachitoka, Noragami é um shounen. Na história acompanhamos Yato, uma divindade menor do Japão que está em busca de novos fiéis e de ter seu próprio santuário. Para conseguir isso ele anda pela cidade pichando muros com seu número de celular e informando que ajudará as pessoas no que elas precisarem, com a condição de receber cinco ienes pelos seus feitos. Durante um desses seus trabalhos como “deus delivery” ele é salvo de ser atropelado por um caminhão pela jovem Hiyori Iki, que acaba sendo atropelada em seu lugar e fica entre a vida e a morte. Após o atropelamento, Yato decide salvar a vida da menina e essa ação acaba mudando o destino dos dois para sempre, já que após isso, Hiyori começa a sair de seu corpo às vezes, podendo assim andar entre os dois mundos, o dos humanos e o dos mortos. Mesmo não trazendo nada de novo, Noragami se sobressai pelo carisma de seus personagens e pelas lições que o mangá quer passar. Tudo em Noragami é bem equilibrado. É dramático quando tem que ser, sem parecer um dramalhão. As piadas funcionam perfeitamente, e o elenco de apoio é muito bem utilizado. No Japão, o mangá se encontra no volume 17, em publicação desde 2010. No Brasil foi lançado o terceiro volume pela Panini em novembro de 2016. O mangá ganhou duas adaptações em anime, Noragami e Noragami Aragoto, ambas com 13 episódios cada.


Assassination Classroom

Um dos mangás mais inteligentes (e nonsense) já publicados na revista semanal Shōnen Jump, criado por Yuusei Matsui, Assassination Classroom narra a história dos alunos da classe 3-E que tentam diariamente assassinar seu professor, um alienígena amarelo que destruiu 70% da lua e ameaça aniquilar todo o planeta Terra caso não consigam matá-lo no período de um ano. O professor (Koro-sensei) é um exemplo ideal de excelente tutor, e visa transformar os alunos da problemática classe 3-E (a pior de todas) em alunos também exemplares, dedicando sua vida a tornar estes alunos os melhores. A história gira em torno de grupos de personagens, e serve como uma crítica ferrenha ao sistema de ensino japonês. Essas críticas também se aplicam ao sistema de ensino brasileiro, e muitas vezes o autor traça paralelos entre a palavra “assassinato” e o “ideal de humano” que deve ser formado na escola, criando correlações entre ambos os conceitos de forma metafórica. Quando Koro-sensei diz que vai “torná-los os melhores assassinos do mundo“, ele também quer dizer que irá transformar estes alunos nos melhores seres humanos possíveis, ensinando a todos valores e deveres essenciais para que sejam boas pessoas. A obra foi completa em 21 volumes, publicada entre 2012 e 2016, e foi um dos maiores sucessos da Jump no período, alcançando famosos mangás da revista como Naruto e One Piece. O autor sempre deixou claro que encerraria a história quando ele tivesse esgotado o que planejou para o ano de convivência entre Koro-sensei e seus alunos, sem se deixar levar pela ideia de “shounens infinitos” e sem se deixar influenciar pelo sucesso arrebatador das vendas. Graças a estes ideais o artista criou uma obra com poucas falhas, muita ação e situações divertidamente inusitadas. Assassination Classroom é publicado no Brasil pela editora Panini e atualmente encontra-se em sua 15ª edição encadernada.


Terra Formars

Escrito por Yu Sasuga e ilustrado por Ken-Ichi Tachibana, Terra Formars é um mangá seinen de ação, ficção-científica e horror, publicado no Japão desde 2011 na revista semanal Young Jump. No Brasil, a Editora JBC é a detentora dos direitos do mangá, em publicação desde 2015. Narra a história de grupos de humanos geneticamente modificados vindos de diferentes partes da Terra, que vão para Marte, nos anos 2600, enfrentar baratas gigantes que sofreram mutação após tentativas da humanidade de tornar o planeta vermelho habitável, ainda no século XXI. Os 100 humanos escolhidos, detentores de diferentes poderes animais, devem enfrentar a população estimada de 200 milhões de baratas gigantes, com todas as características físicas (e intelectuais) de uma barata comum elevadas em centenas de vezes. Terra Formars une uma história envolvente, personagens carismáticos e uma arte competente e entrega um excelente mangá de ação, com muitas reviravoltas de roteiro e muitos momentos memoráveis. Além disso, o mangá conta com uma base científica bem trabalhada (e realista na medida do possível), sempre contando com apoio de diferentes fontes para criar suas ideias, e também trabalha muitas tramas políticas no desenrolar da história. No Japão, o mangá ainda está em publicação contando com 19 volumes encadernados, enquanto no Brasil estamos na 15ª edição.


Ore Monogatari!!

Mangá shoujo escrito por Kazune Kawahara e ilustrado por Aruko, completo em 13 volumes, Ore Monogatari!! é uma excelente dica até mesmo para quem não é tão fã do gênero. Um dos sucessos mais recentes dos mangás shoujo no Japão (ao lado de Aoharaido e Orange), tem sua história girando em torno de Takeo Gouda, um rapaz totalmente atípico no quesito “protagonistas de mangás shoujo” por ser grande, forte, pesado, e se “assemelhar a um gorila”. Takeo salva uma garota (Yamato) de um abusador no metrô, e eles começam a namorar. As edições então giram em torno do relacionamento dos dois, somado a um grupo de coadjuvantes divertidos como o melhor amigo de Takeo, Sunakawa (que é um típico garoto bonito de shoujos), os amigos da escola de Takeo e Yamato, e até mesmo os pais de Takeo. Todas as situações do mangá são típicas de um shoujo, porém, a dose de humor é bem alta neste título, agradando também os leitores da categoria “comédia romântica“. No Japão, Ore Monogatari!! foi publicado entre 2011 e 2016, na revista mensal Bessatsu Margaret, enquanto no Brasil a detentora de seus direitos é a editora Panini, tendo publicado até o momento apenas 3 volumes da obra, bimestralmente.


Zetman

Masakazu Katsura é um autor conhecido pelo público brasileiro especialmente pela publicação de duas obras suas pela editora JBCVideo Girl e D.N.A². Famoso por sua arte realística bem detalhada e por suas histórias com elementos de ficção-científica, Zetmanseinen de sua autoria, foi o mangá onde o artista se permitiu debandar para o lado da ação. Zetman narra a história de Jin, um órfão que possui uma misteriosa auréola na sua mão esquerda e apresenta capacidades físicas acima do normal. Tendo vivido parte de sua infância na rua, o garoto acaba se envolvendo numa misteriosa trama relacionada a um experimento de uma famosa corporação após um monstro chamado “player” atacá-lo e tirar a vida de seu avô. Jin cresce e se vê mais uma vez envolvido neste misterioso projeto, a qual é sempre referido a ele o codinome Z.E.T. O mangá, completo em 20 volumes, possui cenas de ação magníficas e um grupo de personagens interessantes e bem desenvolvidos, como o garoto Kouga, e sua irmã Konoha. Katsura tece os fios da trama de Zetman aos poucos e de forma fluida, tornando a leitura de cada volume extremamente rápida e prazerosa. O conteúdo da obra é bem adulto, com muita violência e alguma nudez, além dos elementos ecchi (já conhecidos pelos fãs) característicos do autor. A publicação brasileira de Zetman pela JBC está atualmente no 15° volume, com novas edições lançadas bimestralmente.


Blade – A Lâmina do Imortal

Segundo mangá em formato BIG (dois volumes japoneses em um) lançado pela JBC em 2015, Blade de Hiroaki Samura é tido por muitos como um dos melhores mangás de samurai de todos os tempos. No Brasil a obra já havia sido lançada pela editora Conrad em meados de 2004, no formato meio-tanko, e desde outubro de 2015 a obra retornou às livrarias, revisada e num capricho editorial muito superior graças à JBC. O mangá narra a história de Manji, um ronin contratado para matar aqueles que se negam a pagar impostos. Ao notar que estava assassinando inocentes, o assassino se rebela contra seu contratante e acaba o matando, além de assassinar seus 99 guarda-costas. Ao ser salvo, bastante ferido, por uma monge que lhe deu o chamado “chá de vermes”, Manji torna-se imortal e a única forma de reverter seu status de imortalidade e se livrar de sua culpa, sendo capaz de morrer, é matando 1000 criminosos. Blade foi serializado de 1993 a 2012 na revista mensal japonesa Afternoon, casa de muitos outros títulos de qualidade. A obra se encerrou com 30 volumes encadernados, e no formato BIG da JBC, será concluído com apenas 15 edições, sendo que o volume 7 está programado para ser lançado ainda em janeiro de 2017.


One-Punch Man

A história do herói Saitama, criada por ONE e adaptada por Yusuke Murata, é um dos maiores sucessos do Japão atualmente. No Brasil, a editora Panini é detentora dos direitos da obra, e caprichou no acabamento do blockbuster que alcançou fama mundial graças ao anime exibido no ano passado. A trama gira em torno do herói Saitama, o invencível homem que derrota qualquer inimigo com apenas um soco, seu aprendiz Genos, um androide poderoso, e diversas situações cômicas envolvendo vilões inusitados, a Organização dos Heróis e a vida cotidiana do próprio Saitama. Originalmente, One-Punch Man é uma webcomic publicada desde 2009 com roteiro e arte de ONE, e o mangá é um remake publicado digitalmente na Weekly Young Jump, especificamente na Young Jump Web Comics. O remake possui 11 volumes encadernados lançados até o momento, e cativa o leitor graças às diferentes formas que os criadores trabalham a ideia da busca por um inimigo verdadeiramente desafiador para Saitama. Além disso, a arte de Yusuke Murata é uma das mais belas em mangás seinen de ação, com a colaboração de sua equipe de assistentes que aplicam efeitos verdadeiramente cinematográficos para os desenhos, concedendo uma fluidez impressionante, como você pode conferir clicando aqui. Um excelente título para quem busca uma paródia de super-heróis e mangás shounen, com uma leitura despretensiosa e um capricho editorial absurdo.


Arakawa Under The Bridge

Comédia escrita e desenhada por Hikaru Nakamura (autora de Saint Onii-San), completa em 15 volumes e publicada no Japão na revista seinen Young Gangan de 2004 a 2015, Arakawa Under The Bridge é um deleite para fãs do gênero nonsense. O mangá foi trazido ao Brasil pela editora Panini e conta a história da vida de Kou Ichinomiya, herdeiro da grande Ichinomiya Company, que tem como lema “nunca dever nada a ninguém“. Certo dia, um grupo de crianças rouba as calças de Kou e a pendura no alto de uma ponte, onde ele conhece Nino, uma garota loira que acaba salvando a vida de Kou. Como forma de recompensar o favor e sanar a dívida de Kou para com a garota misteriosa (que, é importante dizer, mora debaixo da ponte e diz ter vindo de Vênus), Nino pede para que o rapaz mostre para ela o que é o amor. Com isso, Kou passa a viver debaixo da ponte, onde muitos outros moradores e amigos de Nino também levam suas vidas das formas mais loucas imagináveis. A obra conta com um rol de personagens coadjuvantes brilhantemente bem escritos, todos com suas próprias características e momentos engraçados, e também tece comentários e críticas (não muito sutis, sendo fáceis de identificar) muito pertinentes sobre diversos temas sociais.


Knights of Sidonia

Obra máxima do gênio dos mangás cyberpunk Tsutomu Nihei, Knights of Sidonia é publicado no Brasil pela Editora JBC, e completo em 15 volumes. O mangá (serializado na revista japonesa Afternoon) é um seinen de mechas que narra a história de Nagate Tanikaze, um garoto que cresceu na base subterrânea da nave Sidonia, no ano 3394, após a humanidade fugir do planeta Terra graças aos ataques de uma raça de alienígenas gigantes chamados Gauna. Sidonia é uma das várias naves (com destinos desconhecidos) que fugiram em direção ao espaço, e tem forte influência da cultura japonesa, criando tecnologias e avanços científicos como a reprodução assexuada, clonagem e fotossíntese humana. Nagate, que sempre treinou em simuladores no subterrâneo, sobe à superfície após a morte de seu avô e acaba tornando-se piloto de um Guardião, robôs criados para proteger Sidonia dos ataques de Gaunas, além de desempenharem tarefas braçais como mineração. Knights of Sidonia une a bela arte sombreada de Nihei a diversas ideias de mangás prévios do autor (como Abara, publicado no Brasil pela Panini) e entrega sua obra mais longeva e com melhor desenvolvimento de roteiro e personagens. A vida em Sidonia é narrada com o desenrolar da trama, e diversas subtramas envolvendo até mesmo grandes empresas da nave Sidonia começam a ser criadas com o passar do tempo. O mangá foi adaptado para anime, produzido pela Netflix em 2014, enquanto no Brasil estamos rumando para o lançamento do 8° volume da obra.


Berserk

Mais longeva infinita obra criada por Kentaro Miura, Berserk é um mangá seinen de fantasia medieval já tido por muitos como um verdadeiro clássico dos gibis japoneses. Narra a história de Guts, um ex-mercenário e espadachim amaldiçoado que vaga pelo mundo sem descanso em busca de vingança pelos atos de um antigo rival. O mangá explora diversas facetas humanas, mostrando sempre o melhor e o pior da humanidade, tendo como temas assuntos como isolamento, traição, autopreservação, etc. Berserk é um dos seinens mais populares do Japão, tendo sido publicado em duas revistas diferentes, a Animal House e a Young Animal, ambas mensais; porém, especificamente este mangá possui periodicidade indefinida graças aos constantes hiatos do autor. Apesar disso, a obra possui 38 volumes encadernados, e a arte de Miura é extremamente realística e bem detalhada, sendo cada página um show de exuberância em todos os sentidos. A serialização de Berserk começou em 1989 e no Brasil ele é publicado pela editora Panini em dois formatos, o meio-tanko desde 2005 (que está emparelhado com o Japão), e a nova edição de 2014, revisada e de tankos completos, que encontra-se atualmente em seu 14° volume. O retorno do mangá (que encontra-se em hiato desde setembro de 2016) está previsto para o início de 2017. Berserk também é um dos 60 mangás mais vendidos do Japão.


Vinland Saga

Um mangá sobre vikings, Vinland Saga é a obra máxima de Makoto Yukimura, conhecido por seu mangá de ficção-científica Planetes. Vinland Saga narra a jornada de Thorfinn, um garoto cujo pai foi assassinado por Askeladd, em busca de vingança contra o assassino. Para alcançar seu objetivo e vingar a morte de seu pai desafiando o assassino, Thorfinn une-se ao bando de Askeladd, um grupo famoso de vikings que realizam diversos trabalhos e saqueamentos. Yukimura é um autor antibelicista com ideais que se assemelham muito aos de Osamu Tezuka (conhecido por tecer críticas ao exército e guerras no geral), e apesar disso ficar muito visível em Planetes, o autor toma Vinland Saga como o meio ideal de transmitir sua mensagem à humanidade. Por muito tempo (oito volumes) o mangá serve somente como um prólogo para a verdadeira história que o autor almeja contar, e quando a mensagem fica clara, o roteiro sofre uma reviravolta inesperadamente bela. A calma com que Yukimura desenvolve seus personagens e tece sua trama no desenrolar dos anos é admirável, e apesar de ainda estar em publicação no Japão (com 18 volumes, sendo que o próprio volume 18 será publicado pela Panini em breve, alcançando o Japão), é uma obra que te inspira e desperta uma vontade de ler mais e mais. No Japão, o mangá é publicado mensalmente na revista Afternoon, e vale ressaltar que não existe mangá ou anime algum que retrate a era viking de forma verdadeiramente séria exceto este. Segundo o autor, a obra seria encerrada com 25 volumes, mas pode demorar muito mais visto que ele define a extensão de sua criação conforme o roteiro se desenrola de forma natural. No fim das contas, Vinland Saga é um mangá obrigatório para qualquer coleção.


Vagabond

A vida de Miyamoto Musashi na visão do mangaká Takehiko Inoue é um dos maiores sucessos da Panini atualmente. Após algumas tentativas infrutíferas de outras editoras em dar continuidade à publicação deste mangá tão aclamado no mundo, a multinacional italiana começou a lançar tudo novamente em um novo formato, com nova tradução e acabamento mais luxuoso que o restante de seu catálogo. Vagabond se passa logo após a Batalha de Sekigahara (1600), onde um jovem chamado Takezo e seu amigo Matahachi foram lutar após deixarem sua vila, Miyamoto, buscando fama e glória. Contudo, na Batalha ambos só encontram a derrota, e a partir dali trilham caminhos diferentes em busca de força, numa jornada de autodescobrimento cercada por confrontos e desafios espirituais. O mangá tem maior parte de seu foco na vida de Takezo tornando-se Miyamoto Musashi, grande espadachim e ronin, criador do estilo de luta com duas espadas chamado Niten Ichi Ryu. Takehiko Inoue baseia-se no romance de Eiji Yoshikawa para criar sua própria versão da vida de Musashi, e todas as liberdades criativas que o autor toma com relação ao livro são bem aceitas por não existir um relato totalmente fidedigno da vida do espadachim. O mangá possui 37 volumes encadernados, tendo entrado em hiato no Japão em 2015. A arte de Takehiko Inoue é um dos grandes chamarizes da obra, visto que nela o autor capricha no realismo e cria quadros extremamente bem detalhados. No Brasil, o volume 11 foi lançado em dezembro de 2016.


Slam Dunk

Outra obra de Takehiko Inoue, Slam Dunk é o mangá de esporte mais famoso do mundo, e nono mangá mais vendido do Japão, com mais de 120 milhões de unidades vendidas. Esta história publicada semanalmente na Shounen Jump de 1990 a 1996 e totalizando 31 volumes foi responsável por popularizar o basquete na terra do sol nascente. Takehiko Inoue é um grande fã de basquete (tendo outras duas obras publicadas sobre o esporte, uma ainda em andamento), e através de Slam Dunk ele introduziu o esporte a milhares de leitores, de forma calma e muito fluida, através de bastante comédia. O mangá narra a história de Hanamichi Sakuragi, um delinquente impopular com as garotas (que preferem os garotos que jogam basquete), que conhece Haruko Akagi, irmã do líder do time de basquete do colégio. A garota reconhece o potencial de Sakuragi e o introduz ao time, enquanto ele aceita com o objetivo de impressioná-la, e a partir daí o rapaz começa a conhecer o esporte desde o básico e a desenvolver seu amor pelo basquete. A motivação de Sakuragi é um reflexo do jovem Inoue, que também começou a jogar basquete para tentar impressionar as garotas, e mais tarde desenvolveu um grande amor pelo esporte em si. Graças a resposta dos leitores que passaram a gostar do esporte o autor também organizou o Slam Dunk Scholarship, projeto que dá bolsas de estudo para estudantes japoneses. S.D. já havia sido publicado no Brasil pela editora Conrad há alguns anos, e atualmente a Panini está relançando a obra em um formato mais caprichado e baseado no kanzenban japonês, totalizando 24 volumes e contendo adicionais de qualidade que uma edição luxuosa japonesa proporciona.


Lobo Solitário

Um dos gekigás mais famosos do mundo, a obra de Kazuo Koike e Goseki Kojima é um dos grandes clássicos dos quadrinhos japoneses, tido por muitos como a maior obra quadrinística do Japão, publicado entre 1970 e 1976, totalizando 28 volumes. Lobo Solitário narra a história de Itto Ogami, o carrasco do shogun no Período Edo, que foi desonrado por falsas acusações do clã Yagyu e condenado ao seppuku. Ogami pega seu filho de três anos de idade, Daigoro, após a morte de sua esposa, e com as acusações do clã Yagyu sempre em mente ele toma o caminho de um assassino, viajando com seu filho e arquitetando seu plano de vingança, carregando um estandarte que diz: “Alugo minha espada, alugo meu filho.” Lobo Solitário influenciou grandes autores de quadrinhos e filmes, como Frank Miller, que é um grande fã da obra e foi o responsável por trazer o mangá ao ocidente. A obra foi adaptada em seis filmes, peças de teatro e uma série de TV, muito influente, e Kazuo Koike escreveu algumas sequências para o mangá algum tempo depois do fim. No Brasil, Lobo Solitário já havia sido lançado na íntegra pela Panini, porém agora a obra retorna num acabamento mais luxuoso, com papel offset, orelhas e sempre com uma capa original de Goseki Kojima que a editora teve acesso graças aos kanzenbans. Um clássico absoluto, o mangá é obrigatório para qualquer fã de quadrinhos.


Fullmetal Alchemist

O shounen definitivo de Hiromu Arakawa tido por muitos como um dos melhores mangás de todos os tempos está sendo relançado no Brasil pela editora JBC. Completo em 27 volumes, Fullmetal Alchemist conta a história de Alphonse e Edward Elric, dois irmãos que tentaram ressuscitar a mãe através do uso de alquimia, e falharam. Com o erro, Alphonse perdeu seu corpo e Edward, uma perna. Para restituir a alma do irmão, Edward também sacrificou um braço e prendeu-a dentro de uma armadura. Motivados pela falha, os irmãos dão início à sua jornada em busca da pedra filosofal, um objeto poderoso que permitirá que ambos recuperem seus corpos. A história (que foi publicada mensalmente no Japão) possui um roteiro bem amarrado que não desperdiça nada, planejado desde sempre para ter um início, meio e fim. Hiromu Arakawa também é uma ótima escritora de comédia, e todos seus personagens possuem algum destaque na trama. Fullmetal é uma jornada de superação, emocionando seus leitores com tantos problemas apresentados ao longo da vida dos irmãos, sempre motivados a seguir em frente, e também atiçando a curiosidade de todos graças a alguns mistérios apresentados logo no início da aventura. O mangá está entre os 25 mais vendidos do Japão, totalizando cerca de 65 milhões de cópias vendidas, e já havia sido publicado no Brasil em formato meio-tanko. A publicação atual da JBC é em um acabamento mais caprichado, com papel offset e cor especial prateada nas capas, além da tradução e adaptação revisadas e o lançamento no formato original, totalizando 27 tankos. O volume 5 foi lançado recentemente no Brasil.


Com isso encerramos nossa lista de 15 mangás recomendados para se colecionar atualmente! A variedade de gêneros e lançamentos mensais pelas diversas editoras do país é muito grande, tornando impossível sugerir todos os títulos existentes. Muitos outros mereciam ser indicados e comentados em detalhes, contudo, esta matéria ficaria ainda mais extensa! Quem sabe numa segunda parte?

Está acompanhando algum dos mangás sugeridos? Acha que faltou algo? Alguma sugestão? Comente abaixo!

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E o prêmio de melhor editora de mangás vai para…?

Já dizia o famoso bordão entre aqueles que frequentam a roda de pagode nipônica, “japonês é um povo estranho”; porém o brasileiro também tem as suas peculiaridades. Uma das coisas que mais me impressiona é que gostamos de fazer “TOPs de final de ano“. O que é bem comum, afinal vemos o fim do ano como o término de um ciclo em que tentamos avaliar o que houve de bom e ruim ao decorrer do tempo, e isso é ainda mais forte dentro de uma comunidade tão exigente quanto a “otakada brasileira”, que gosta de avaliar papel, de escolher um lado para dizer “nós somos os melhores”, entre outros clichés da competitividade e do maniqueísmo que está em nossa volta no dia a dia.

Mas então o que falar das nossas amadas editoras, que tanto se esforçam para agradar um público tão meticuloso e cheio de manias, mas que possui uma grande paixão por ler coisas que são escritas da direita para esquerda? sem política por favor

NewPOPnewpoplogoNewPOP, a editora de Junior Fonseca, há algum tempo sofre de algo que poderia ser chamado de “complexo de Narciso” (do mito grego): é uma editora que tem um grande zelo pela estética de suas publicações, mas que peca muito nos detalhes, principalmente nas revisões dos textos de suas publicações e isso nunca é deixado barato pelos leitores. Este ano a editora trouxe um grande leque de obras do Osamu Tezuka, que nunca será mal visto pelo público (afinal Tezuka tem mais clássicos que a Marvel, segundo pesquisas de opinião) e eles publicam várias obras do renomado autor já há algum tempo, e é importante dar valor a isso, visto que ele é simplesmente o Deus dos Mangás.

Além disso, eles tem apostado no mercado de light novels que é bastante ignorado pelas outras editoras, e que também deveria ser valorizado, e as tais light novels (com análise feita por aqui), como Log Horizon, Fate/Zero e continuações de No Game No Life foram bastante elogiadas no decorrer do ano, com publicações recorrentes. A NewPOP trouxe um dos mangás mais polêmicos do ano publicados por aqui, que foi “Helter Skelter“, com resenha já publicada na área do Pagode da Torre.

Podemos dizer que a NewPOP investiu na diversidade. Publicando novels, graphics novels, gêneros de mangás menos consumidos como yaoi, mais Tezukão (torço que para que tragam Black Jack) e conseguiu manter uma regularidade bem modesta de duas publicações mensalmente. Merece seu destaque, tentando superar um momento tão difícil do país.

JBC (ou como chamo, Jei Bi Ci)jbcA editora que tem no seus expoentes as estrelas do bacanudo editor Cassius Medauar e o maníaco por “Os Cavaleiros do Zodíaco” (leia com a voz do narrador da chamada do desenho) Marcelo Del Greco teve um ano digno de tudo que foi 2016. A JBC não teve medo de dar a cara a tapa: ela arriscou novos formatos esse ano, materiais novos, com preço mais altos e pouco comuns ao público que estava acostumado a gastar valores menores para ler e que sempre ficará reclamando dos preços (que se são justos ou não, não cabe a mim julgar). Entre estes novos formatos está o adotado para a publicação de Blame! (com análise feita pelo Pagode), Ghost in the Shell e o Kanzenban de Os Cavaleiros do Zodíaco em capa dura, além do artbook deThe Lost Canvas. A editora também trouxe títulos diferenciados e tem um contato com o público de muito mais fácil acesso (quando não ignora as perguntas nas redes sociais)  do que as concorrentes. Contudo, a editora também leva algumas críticas, principalmente quanto a questão de transparência do papel em publicações, como em “Orange“, e a tal “cor especial” das capas de Fullmetal Alchemist, que deu alguma dor de cabeça aos leitores quando começou a descascar.

O Formato “BIG” que a JBC propôs trouxe obras que há muito haviam caído no limbo por outras editoras. Foi um formato que dividiu opiniões, mas que merece o seu destaque (principalmente se você tiver paciência de esperar as promoções em sites) e que conseguiu trazer obras que agradam gregos e troianos, principalmente do gênero “sci-fi“. Mas o maior destaque ao meu ver é conseguir tornar um hábito trazer mangakás, como por exemplo a vinda de Tsutomu Nihei à CCXP, que com certeza não é uma tarefa fácil, mas que a editora tem conseguido cumprir esse plus com primor nos últimos anos.

Paniniplanet mangáA multinacional italiana, que tem no Brasil o selo Planet Mangás e que possui em suas figuras editoriais a persona da simpática Beth Kodama e do discreto Bruno Zago, teve um ano em que conseguiu trazer muitos clássicos de volta às bancas e conseguiu realmente fazer uma avalanche de publicações ao longo do ano.

Os formatos que a editora adotou, principalmente para as obras Vagabond, One-Punch Man e Ajin, vem sendo aproveitado nos demais lançamentos, especialmente agora no final do ano com os clássicos Slam Dunk e Lobo Solitário, mesmo que estes últimos tenham tido alguns problemas de gráfica que deixaram muita gente com um pé atrás. É fato que a Panini conseguiu juntar qualidade com um preço bem competitivo e de fácil acesso em comparação às outras editoras que trabalham por aqui, mas ainda tem as suas falhas, principalmente com alguns erros de lote, de volumes de mangás que descolam na primeira folheada, entre outros. Apesar disso, também é fato que editora tem tentado resolver tais problemas de produção, ouvindo por exemplo as críticas a “Naruto Gold” que também sofreu dos mesmos problemas.

Talvez por ser uma multinacional com teoricamente muito mais recursos que as suas concorrentes, deveria ser menos difícil tentar trazer mangakás para eventos, tais como a CCXP ou Anime Friends, mas isso é algo que ainda não tem ocorrido por parte da editora, que visa o lançamento de blockbusters. Pode ser por burocracia ou talvez falta de vontade mesmo, já que a editora também tem a sua divisão de comics, e a Panini em grande parte terceiriza a sua mão de obra por aqui, e isso cria uma ponte burocrática mais complicada para buscar essas visitas. Enfim, é uma observação que pode tirar pontos da editora, que com certeza conseguiu o seu destaque este ano, principalmente por ter publicado muito material novo e possibilitado a volta de grandes clássicos.

Mas e a resposta para a pergunta do título?

Creio que a resposta seja NÓS, consumidores, leitores que ganham o maior prêmio com isso, visto que muitos que consomem estes produtos (como no meu caso) vem de uma época em que tudo era incerto, cancelamentos eram feitos sem explicação e em que era necessário encarar um meio-tanko que mais parecia ter sido feito de papel pra secar mão de rodoviária, entre outras complicações do mercado de alguns anos atrás.

masaka
“Mas eu queria ver treta!” Vai ficar querendo…

Está perfeito? Lógico que não está, mas é fato que melhorou bastante. Como dito pelos visitantes japoneses à CCXP, “o mercado brasileiro de mangás está em expansão e já se assemelha ao mercado francês (muito maior) de algum tempo no passado.

E o que esperar do futuro? Bom, sabemos que também em 2017 a DarkSide Books irá entrar nessa briga, tendo anunciado mangás do insano Junji Ito, com um formato que deve ser diferente de tudo que já vimos por aqui. A JBC ainda tem uma carta na manga chamada Akira, e a Panini tem também os seus trunfos, como o mangá do descolado Sakamoto, o retorno de Dr. Slump, entre outros. Já a NewPOP no seu ritmo também vai levando os seus trabalhos e ganhando uma certa assiduidade quanto as publicações, e já anunciou relançamento de alguns itens de seu catálogo, como o clássico Speed Racer. Vale também lembrar que durante o ano a Astral Comics marcou presença nas bancas quase mensalmente, publicando diversos hentais e até mesmo alguns mangás franceses. Ah, eu ia esquecendo a Arrow Ray e a Nova Sampa, mas o que falar dessas duas?



Enfim, que venha 2017 e com isso vários bons mangás, e por mais um ano toda a otakada brasileira sonhará com a vinda de Jojo ou Hokuto no Ken. Até a próxima e um feliz ano novo a todos!

Agradecimentos à galera do “AMA“, “Mangás Brasil“, “O mercado de mangás que deu certo” e do ”Os Consumidores do Mercado de Mangás que Deu Certo“, pela ajuda com a ideia e pelas críticas apontadas.