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Magi dá exemplo de como se termina uma longa história

Muitos autores de mangás (e de obras em geral) possuem dificuldades para manter a qualidade de uma história e conseguir encerrá-la de maneira que agrade aos fãs. Alguns autores acabam perdendo a mão em suas histórias e com isso elas acabam ficando tediosas, e em alguns casos insuportáveis, fazendo com que os fãs fiquem com a sensação de “querer terminar de ler só de raiva”. Isso aconteceu com Naruto, Bleach e, mais recentemente, Fairy Tail. Se bem que esse último já tinha qualidade duvidosa desde o começo #pas.

O mangá, Magi: The Labyrinth of Magic se encerrou nessa semana. O final não foi surpresa para ninguém, afinal, a autora Shinobu Ohtaka já havia confirmado que a obra já estava em seu arco final. Mas o que pegou todo mundo desprevenido, foi o anuncio de que Magi se encerraria daqui à quatro capítulos. Isso deixou os fãs receosos, será que teríamos mais um Shonen terminando de forma abrupta?

E então chegamos ao capítulo final.

Ainda que alguns fãs não estivessem gostando da forma que a mangaká estava conduzindo Magi nessa reta final, o mangá simplesmente deu uma lição aos mangakás (e escritores) que perderam a mão em suas obras: termine enquanto ainda está por cima!

Eu entendo quem não gostou da forma que Magi estava sendo desenvolvido nessa reta final, afinal Ohtaka foi por um caminho totalmente inesperado. Ela mudou a forma de como a história estava sendo contada. O final foi sim meio corrido, não tem como negar. Mas que tudo o que aconteceu fazia sentido, fazia. Nenhum Deus Ex Machina foi jogado em nossas caras, tudo já tinha sido apresentado anteriormente.

Quando surgiu o anuncio dos quatro capítulos finais (que na verdade foram somente três), quase tudo já havia sido resolvido, só faltava a decisão de Alibaba e a batalha contra David, o “Final Boss”. Que ocorreu rápido demais, isso eu realmente concordo, o que eu não concordo é os “fãs” reclamando que o mangá está um lixo só porque diminuíram o tempo tela de um personagem e focaram em outro, sendo que Magi nunca foi um mangá que teve só um protagonista, todos tiveram o seu tempo de brilhar. E esse tal personagem já tinha servido ao seu propósito.

Magi com certeza será um mangá que irá fazer muita falta. Fico triste, mas ao mesmo tempo feliz, porque vi um dos meus mangás favoritos terminando enquanto ainda estava por cima, sem muita enrolação e nem tantos furos de roteiro (isso ai já é impossível pra qualquer um).

“A história sobre a aventura extrema do mango da criação junto com as pessoas que o rodeiam, termina aqui.”

O mangá rendeu duas adaptações para anime, The Labyrinth of Magic e The Kingdom of Magic, não tem noticias sobre uma terceira temporada, mas com o recente término do mangá, talvez haja uma chance.

Um spin-off sobre o passado do personagem Sinbad está em publicação pela própria mangaká de Magi, não se sabe até quando ele irá ser publicado.

Ao todo, Magi terminará com 37 volumes encadernados. No Brasil, o mangá é publicado pela Editora JBC e se encontra no volume 30.

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Light novel de Re:Zero da NewPOP Editora já está em pré-venda

A série de light novels do fenômeno mundial Re:Zero está chegando ao Brasil pela NewPOP Editora. A saga de Subaru Natsuki terá início com o primeiro volume da franquia, que carrega o subtítulo Começando Uma Vida em Outro Mundo, e já se encontra disponível em pré-venda na Amazon. Confira detalhes abaixo.

Subaru Natsuki, um adolescente do ensino médio, é invocado de repente para um outro mundo enquanto voltava de uma loja de conveniência. Essa seria a tão famosa invocação a um outro mundo?! No entanto, ele não encontrou a pessoa que o invocou, foi atacado por ladrões e correu risco de vida. Quem o salvou foi uma misteriosa e bela garota de cabelos prateados acompanhada de um espírito de um gato. Com o pretexto de retribuir o favor, Subaru ajuda a garota a procurar um objeto que perdeu. Contudo, quando finalmente eles encontram uma pista do que procuram, os dois são atacados por alguém e acabam morrendo… ao menos, era o que Subaru achava, até perceber que estava de volta ao mesmo lugar onde havia sido invocado pela primeira vez nesse mundo.

A série chega ao Brasil com duas capas, a comum e a capa variante, inaugurando também o selo NewPOP Novels que estará presente em futuras publicações da editora. O texto é de Tappei Nagatsuki e as ilustrações são de Shinichirou Otsuka.

O anime de Re:Zero foi produzido pelo estúdio White Fox, com direção de Masaharu Watanabe (Wakaba Girl, The Melancholy of Haruhi Suzumiya) e design de personagens por Kyuta Sakai (Steins;Gate, Sankarea: Undying Love, Humanity Has Declined).

Re:Zero: Começando Uma Vida em Outro Mundo – Livro Um possui 416 páginas encadernadas em formato 15 x 11 cm e o preço de capa sugerido é R$ 26,90. Clique aqui para garantir sua edição na pré-venda da Amazon.

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Taika Waititi está em negociações para dirigir live-action de Akira

Segundo informações da Deadline, a Warner Bros. está conversando com o diretor de Thor: Ragnarok, Taika Waititi, para dirigir a adaptação em live-action da obra máxima de Katsuhiro Otomo, Akira.

Waititi tem o drama de comédia na Segunda Guerra Mundial, Jojo Rabbit, para filmar na sequência. Caso ele feche acordo, a produção deve demorar um pouco para iniciar.

Akira é publicado no Brasil pela Editora JBC.

Akira ainda será produzido pela empresa de Leonardo DiCaprio, Appian Way. Ainda é incerto se o roteirista de Book of Eli, Gary Whitta, está na equipe para escrever o texto do filme.

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NewPOP Editora relança mangá clássico de Speed Racer

Publicado em dois volumes entre os anos de 1966 e 1968, Speed Racer: Mach Go Go Go inspirou a criação do clássico desenho animado que marcou gerações, além do filme live-action produzido pelas irmãs Wachowski em 2008. Após alguns anos fora de catálogo, a NewPOP Editora está disponibilizando a reimpressão da coleção, contida no box especial, com venda direta na Amazon. Confira os detalhes abaixo.

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Quem nunca gostou de desenhos animados quando criança? Ou mesmo depois de crescido? Aqueles que tiveram o privilégio de desfrutar sua infância nos anos 70 com certeza sentaram no sofá para ver as emocionantes corridas de Speed Racer no programa do Capitão Aza. Ou mesmo nas décadas seguintes através da televisão ou pelos DVDs. E é com muito orgulho que a NewPOP Editora anuncia mais uma grande novidade. Recheada de aventuras que levarão o leitor dos montes mais altos até profundos desfiladeiros, do deserto mais árido até os mais monstruosos vulcões.

Repleta de histórias divertidas com muita ação e velocidade, em que veremos o audaz protagonista Speed Racer no controle de seu carro Mach-5 enfrentando diversos inimigos, desvendando grandes mistérios e, como se não bastasse, com o sonho de se tornar o melhor piloto do mundo. Durante seus inúmeros desafios, Speed terá a ajuda de sua corajosa namorada Trixie, de seu irmão atrapalhado Gorducho com o macaquinho Zequinha, de Pops Racer – seu enérgico pai e do misterioso Corredor X, no controle do carro número 9, o Shooting Star.

Originalmente chamada Mach Go Go Go, a série enfocava as aventuras do jovem Go Mifune (batizado assim em homenagem ao então mega-astro Toshiro Mifune, que, no mesmo ano do lançamento da série, interpretava o personagem Izo Yamura no filme Grand Prix, de John Frankenheimer, sobre os bastidores do automobilismo).

A fórmula era simples e misturava corrida e aventura, sob influência dos filmes de James Bond e, como bom quadrinho japonês de sucesso, não tardou a ganhar as telas de televisão: em 2 de Abril de 1967, começou a ser exibida sua série animada, que teria 52 episódios – e faria história no Japão e no resto do mundo, onde foi rebatizado pelo inesquecível nome de Speed Racer.

Speed Racer: Mach Go Go Go possui dois volumes, totalizando 624 páginas encadernadas em formato 21 x 16 cm, em edição de colecionador com box especial, ao preço de R$ 65,00.

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JBC anuncia relançamento de Gunnm Hyper Future Vision

Gunnm, série cyberpunk de ficção-científica revolucionária criada por Yukito Kishiro, será relançada no Brasil após mais de dez anos desde a publicação da primeira versão meio tanko da Editora JBC.

O mangá original foi publicado na revista Shueisha’s Business Jump de 1990 a 1995, e completo em nove volumes, ganhou alguns spin-offs e sequências. A primeira versão nacional foi lançada em 18 volumes.

A história se passa em um cenário pós-apocalíptico ao estilo de Mad Max em que uma cidade chamada Zalém flutua no céu e há ciborgues e humanos convivendo. A personagem principal, Gally, é uma ciborgue sem memórias revivida por Daisuke Ido que se vê envolvida em situações de batalha e caça de recompensas.

O mangá recebeu uma adaptação em dois episódios OVA, produzidos em 1993, e há atualmente um longa metragem americano dirigido por James Cameron em produção. A atriz Rosa Salazar (Maze Runner) deverá ser a protagonista.

A nova edição nacional chegará com o título internacional da série, Battle Angel Alita – Gunnm Hyper Future Vision. Mais detalhes acerca do formato e acabamento gráfico da nova coleção ainda não foram divulgados pela Editora JBC. Gunnm foi anunciado pela editora no mesmo dia do anúncio da enciclopédia do mangá Death Note.

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Inuyashiki | Adaptação em anime ganha trailer e informações

A adaptação em anime do mangá Inuyashiki, de Hiroya Oku (mesmo autor de Gantz), ganhou o seu primeiro trailer, e junto com ele, foram divulgadas várias informações sobre o anime.

Confira o trailer abaixo:

Um velho senhor e um jovem são impactados por uma nave de ET’s em um parque. Seus corpos são agredidos de tal forma que nem mesmo a tecnologia extraterrestre é capaz de regenerá-los, então recorrem a uma unidade armada: um robô como base para o corpo do velho Inuyashiki, reconstruindo também a aparência exterior dele, deixando-o “perfeito”. Na manhã, seguinte ele acorda no parque como se nada tivesse acontecido.

Foi anunciado que a banda MAN WITH A MISSION, irá cantar o tema de abertura, chamado de “My Hero”. A banda é conhecida por cantar as aberturas dos animes Log Horizon e Nanatsu no Taizai.

Até o momento foram confirmados no elenco: Fumiyio Kohinata como Ichirou Inuyashiki e Nijirou Murakami como Hiro Shishigami.

O anime está sendo produzido pelo estúdio MAPPA (Yuri!!! on ICE e Kakegurui).

Inuyashiki estreará em 12 de outubro. No Brasil, o anime deverá ser exibido pela Amazon Prime Video, que possui os direitos de exibição.

O mangá é publicado no Brasil pela editora Panini, e está em seu segundo volume. No Japão Inuyashiki já foi finalizado com 10 volumes.

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Koe no Katachi | A redenção de um Bully

Você já sofreu ou praticou bullying?

Koe no Katachi (A Voz do Silêncio, no Brasil) nos mostra através de uma brilhante narrativa, os esforços de um antigo bully tentando se redimir do que fez no passado.

Shouya Ishida é um bully, suas brincadeiras infantis são uma verdadeira tortura para sua colega de classe, Shouko Nishimiya , uma nova aluna surda. Conforme a coisa piora e todos ao seu redor parecem ignorar ou estimular as brincadeiras maldosas, Shouya passa dos limites, forçando Shouko a mudar de escola. Tendo sido considerado o culpado por tudo, agora é ele quem sofre torturas e bullying, aprendendo na pele o seu erro. Agora, seis anos depois, o rapaz decide encarar de frente a menina que atormentou e tentar corrigir os erros do seu passado. Será que ele conseguirá sua redenção?

O mangá escrito por Yoshitoki Oima foi originalmente publicado entre agosto de 2013 e novembro de 2014, na revista Weekly Shonen Magazine (a mesma de Fairy Tail), e teve ao todo 62 capítulos lançados, e compilados em 7 volumes. Koe no Katachi também contou com o apoio da Associação japonesa de Surdos, o que trouxe um realismo para o mangá.

Desde o início foi estabelecido que Koe no Katachi se tratava de uma história sobre bullying, porém ao decorrer do mangá, a autora começou a criar uma química entre o casal de protagonistas, levando a crer que a história seguiria um rumo de romance. E não só isso, mas as capas do mangá (e os posters do filme), mostrando os dois lado a lado, dava a entender que se tratava de um romance.

 

A evolução de Ishida é perfeitamente trabalhada, todo o ódio sentido no inicio da história, se transforma em pena, você quer acreditar que ele conseguirá mudar e vencer o seu trauma, e seu caminho até isso é bastante doloroso. Nishiymia também passa por uma transformação, é muito triste vê-la se desculpando todo o tempo, após ser xingada ou apanhando de alguém. Além de ter um capítulo inteiro no ponto de vista dela.

Os personagens secundários são muito bem explorados também. Todos lidam com seus dilemas e pecados do passado, e são transportados para os seus eus mais velhos, em especial a Ueno.

Ishida ignora e marca um X em todas as pessoas do colégio, desde a sexta série.

Eu conheci o filme primeiramente, e gostei demais. Se fosse para dar uma nota, eu daria 8/10. Claro que eu já esperava uma história corrida e comprimida em longas 2 horas e 10 minutos, afinal de contas, o mangá é completo em 7 volumes, mas eles fizeram de um jeito que a narrativa fosse bem fluida. Contudo, eu li o mangá logo após ter assistido, e as diferenças eram enormes. Basicamente cortaram metade da obra, incluindo desenvolvimento de alguns personagens (em especial da família da Nishimiya) e um excelente arco, que foi necessário para a construção do final da história.

Quanto mais eu lia, mais ficava claro que Koe no Katachi deveria ter sido um anime para televisão, e não um filme. Algumas mudanças foram feitas no filme, como a representante sair da história como uma heroína, sendo que no mangá, ela é uma (desculpe pelas palavras) tremenda filha da puta, assim como a Ueno, mas essa até que teve um final parecido. O inicio do mangá também mostra que os, futuramente, ex-amigos do Ishida, já se mostravam que não apoiavam as idéias dele tanto assim, o que o leva a ficar entediado.

Uma das coisas que o filme fez foi ter amenizado o bullying que o Ishida e a Nishimiya sofreram. Sério, eles sofrem demais na obra original, a própria Nishimiya deve ter levado tapa em cada capítulo do mangá. Em compensação, a cena da ponte no inicio filme foi totalmente original, gostaria que tivesse tido no mangá.

Apesar dos cortes, a narrativa do filme é bastante natural, e funciona perfeitamente para quem nunca leu o mangá. O problema como já citei, é a duração do filme. As 2h10m acabaram pesando bastante, mesmo com uma boa narrativa.

O filme também não possui nenhuma trilha sonora marcante, mas temos vários momentos de silêncio, que foram encaixados perfeitamente.

Em uma das coisas que o filme se sobressai, é em seu final. A cena final, além de ser emocionante, condiz com o objetivo do mangá: ser uma história sobre um ex-bully buscando redenção. Sim, no mangá há algumas coisas que acontecem após a cena final do filme, mas tanto ele, quanto o filme terminam em aberto.

O filme se destaca também em seu visual. Ele melhora, e muito o traço do mangá, em especial a Nishimiya, em que no filme está muito mais bonita do que no mangá. A Kyoto Animation mandou muito bem, não é á toa que o anime mais esperado do ano que vem, Violet Evergarden, seja desse estúdio.

No final de tudo, minha nota para o filme caiu para 7 e acabei ficando um pouco decepcionado ao refletir sobre as diferenças e ao fato do mangá ter virado um filme e não um anime para televisão. Já o mangá ganha um 9, é espetacular, apesar do final em aberto.

Até mais.

A mangaká Yoshitoki Oima, atualmente está trabalhando no recente mangá Fumetsu no Anata e (To You, Immortal, mudialmente) cuja a história está sendo bem elogiada.

No Brasil, Koe no Katachi começou a ser lançado recentemente pela Editora NewPOP, com o nome de A Voz do Silêncio.

 

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Fairy Tail | O Adeus das Fadas

“As Fadas têm cauda?
Primeiramente, Fadas existem?
É um mistério eterno, uma aventura eterna.
Está é a origem do nome da nossa guilda.
Ao contrário do nome fofo, é uma guilda agitada.
Todos os dias são divertidos.
Eu realmente gosto!!
Desejo que todos fiquem bem.
E que nada mude a Fairy Tail.
Meus amados Amigos.”

 – Lucy Heartfilia/Hiro Mashima

Terminou essa semana, a serialização semanal do mangá Fairy Tail na revista Weekly Shonen Magazine, onde era publicado desde agosto de 2006. O final já tinha sido anunciado em abril deste ano. A obra de Hiro Mashima, sobre a Guilda de Magos, Fairy Tail, com certeza foi um grande marco no “mundo otaku“, seus personagens principais eram muito cativantes, e apesar da obra ter passado por maus bocados em sua reta, Mashima conseguiu fazer com que a história conquistasse bastante fãs ao redor do mundo.

Fairy Tail – Capítulo 01

Comecei a acompanhar Fairy Tail em 2013. Conheci a obra através de seu anime, e lembro de ter maratonado tudo em duas semanas. Foi aí que decidi partir para o mangá. A partir do início, foram mais ou menos um mês lendo, estava apaixonado pela obra, os membros da guilda eram bem cativantes, mesmo que não sendo bastante desenvolvidos, tirando o quarteto principal, é claro.

Desenvolvimento de personagens era algo que faltava na obra, principalmente com os vilões, que simplesmente apareciam do nada, e após serem derrotados, se tornavam do bem. Alguns se tornavam até mesmo membros da Guilda, e Outros apareciam para ajudar em alguma batalha. Creio eu, que Zeref foi o único vilão bem desenvolvido, e que teve um final digno, na minha opinião. De todos os personagens da obra, Natsu foi o que mais teve desenvolvimento, até porque, a maioria dos principais plots do mangá girava em torno dele, e seu passado com o Dragão Igneel foi algo muito emocionante em Fairy Tail. Seguido de Natsu, temos a Lucy, a verdadeira protagonista da história, porque quase tudo no mangá se passava na visão dela. Conhecemos um pouco da família de Lucy ao decorrer da história, pois tinham relações com Zeref e Acnologia.

Fairy Tail – Capítulo 255

O tema da amizade sempre foi muito importante no mangá, algo que acabou irritando os leitores (e haters), porque sempre que um personagem estava prestes a ser derrotado, o “Poder da Amizade“, dava força a ele. Morte era outra coisa que faltava em Fairy Tail. Nenhum personagem realmente morria, pois Mashima sempre os trazia de volta. Macao que o diga, já perdi as contas de quantas vezes ele morreu, incluindo no arco final. O personagem morto só servia como gatilho para que Natsu e seus amigos ganhassem força em suas batalhas.

Fairy Tail – Capítulo 544

Uma das coisas que mais irritavam os leitores, incluindo eu, era o excesso de fã service que o autor utilizava, o denominado Ecchi, que percorreu por todo o mangá. Uma coisa é de vez em quando, mas tinha vezes em que o autor simplesmente se esquecia da história e só lançava capítulos com fã service, o arco dos Grandes Jogos Mágicos teve uma batalha onde as personagens femininas lutavam de biquínis. Até mesmo em um dos capítulos do arco final, tivemos uma batalha da banheira, entre Lucy e uma outra personagem. Foi nesse capítulo que eu dropei o mangá.

Mashima conseguiu irritar até os shippadores com esse final.

Voltei a ler quando surgiram os primeiros rumores de que a obra estava terminando, por volta de fevereiro desse ano. Achar a parte em que eu parei foi até simples, foi só digitar “batalha da banheira, Fairy Tail” no Google que aparecia o capítulo (457, para fins de pesquisa, é claro… ( ͡° ͜ʖ ͡°) ). E quando voltei, tive uma surpresa. O arco estava realmente muito bom, o autor estava conseguindo conduzir bem sua história, que já dava sinais de que estava em seu final.

Tivemos a revelação do significado do livro E.N.D (fui surpreendido com isso, é sério) e sobre certas relações familiares. Mas ai então, vieram as batalhas finais. Se no inicio do mangá, Mashima conseguia criar situações criativas para as vitórias de seus personagens, no final da obra ele simplesmente tinha conclusões clichês. E não era só com as batalhas que isso acontecia. Quando li o capítulo onde Natsu decide que é um “humano”, na hora eu fiquei sem entender o que tinha acontecido nesse final, pois o restante capítulo estava muito bom. A partir daí, os capítulos finais entraram em uma irregularidade, a cada dois capítulos bons, tínhamos três ruins, batalhas com conclusões horríveis, e bem clichês.

Os Setes Dragon Slayers

O meu sentimento ao terminar de ler foi de raiva, pois, assim como em Narutonão pude acreditar no que Fairy Tail havia se tornado. Claro, que diferentemente de Naruto, que fugiu do seu objetivo ao longo do mangá, Fairy Tail ainda estava no caminho proposto desde o inicio: mostrar as aventuras da Guilda, mas erraram na execução. 

Mashima pegou todos os clichês de términos possíveis e jogou no papel. Pelo menos o próprio autor admitiu seus erros, na carta onde ele anunciou o final, em abril. Uma coisa é certa, Hiro Mashima é um monstro na arte, a sua evolução durante o mangá é muito notável, chegando até mesmo lançar capítulos duplos, várias vezes ao ano. O cara é uma maquina.

Eu não li Rave Master (obra anterior de Hiro Mashima), mas pelo que eu pesquisei, ele também deixou a desejar no final, então creio que não finalizar bem sua história, seja parte do autor. Se eu fosse fazer um paralelo com Hollywood, creio que Mashima seria equivalente à Zack Snyder, onde os seus filmes acertam no visual, mas deixam um pouco a desejar no roteiro. 

Fairy Tail – Capítulo 545

Enfim… apesar do triste final, Fairy Tail vai ficar em meu coração e provavelmente no coração de muitos outros.

Algumas informações sobre a obra:

Fairy Tail conta com duas adaptações para anime, a primeira durou entre 2009 e 2013 com 175 episódios. Já a segunda foi transmitida entre 2014 e 2016 com 102 episódios. Uma terceira e última temporada foi confirmada para 2018. A obra também conta com 2 filmes originais: The Phoenix Priestess, lançado em 2014 e Dragon Cry, de 2017.

Ao todo foram 545 capítulos do mangá que podem ser divididos em 17 arcos.

  • Arco Macao – Volume 01 (Cap. 01-03)
  • Arco Daybreak – Volumes 01-02 (Cap. 04-09)
  • Arco Lullaby – Volumes 01-04 (Cap. 10-23)
  • Arco Ilha Galuna – Volumes 04-06 (Cap. 24-46)
  • Arco Phantom Lord – Volumes 06-09 (Cap. 47-69)
  • Arco Loke – Volume 09 (Cap. 70-74)
  • Arco Torre do Paraíso – Volumes 10-13 (Cap. 75-102)
  • Arco Batalha da Fairy Tail – Volumes 13-16 (Cap. 103-130)
  • Arco Oración Seis – Volumes 16-20 (Cap. 131-164)
  • Arco Edolas – Volumes 20-24 (Cap. 165-199)
  • Arco Ilha Tenrou – Volumes 24-30 (Cap. 200-253)
  • Arco X791 – Volume 30 (Cap. 254-257)
  • Arco Grandes Jogos Mágicos – Volumes 31-40 (Cap. 258-340)
  • Arco Vila do Sol – Volumes 40-42 (Cap. 341-355)
  • Arco Tártaros – Volumes 42-49 (Cap. 356-417)
  • Arco Avatar – Volumes 49-51 (Cap. 418-437)
  • Arco Império Alvarez – Volumes 51-63 (Cap. 438-545)

Leituras adicionais:

Fairy Tail Zerø – Volume Único (13 Capítulos): Mostra o surgimento da Fairy Tail, além do primeiro encontro entre Mavis e Zeref. Inédito no Brasil. Foi adaptado entre os episódios 266 (91) e 275 (100) do anime.

Tale of Fairy Tail: Ice Trail – 2 Volumes (12 Capítulos): Conta a história de Gray após a perda de seus pais e de sua mestra, Ur. Mostra também o caminho de Gray até a Fairy Tail, onde se torna membro da guilda. Inédito no Brasil.

No Brasil, Fairy Tail é publicado pela Editora JBC e se encontra no Volume 60. Você pode adquirir os volumes do mangá, clicando aqui.

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One Piece | Mangá ganhará uma Série de TV Americana

Em um evento de comemoração aos 20 anos de One Piece, foi anunciado que o mangá irá ganhar uma adaptação para a televisão americana. Sim, você não leu errado.

A produção ficará nas mãos da Tomorrow Studios, que é responsável pela adaptação em live-action de Cowboy Bebop, anunciada há alguns meses. A Tomorrow Studios também é responsável pela aclamada série Prison Break.

Mais detalhes serão divulgados em breve.

No Brasil, One Piece é publicado pela Editora Panini.

 

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Anime Friends | Confira os anúncios da Editora Panini

Enquanto a Editora JBC decidiu não anunciar nada em sua palestra do Anime Friends 2017, a Editora Panini veio com 5 anúncios e todos eles ainda para 2017. Veja quais foram:

Rock Lee no Seishun Full-Power Ninden
Em andamento com 7 volumes.

Monster x Monsters
Completo em 3 volumes.

Mob Psycho 100
Em andamento com 14 volumes
Do mesmo criador de One Punch Man.

Witches
Completo em 3 volumes.

Berserk – Original Guidebook

A Panini também aproveitou para informar que os mangás de The Legend of Zelda irão vir em formato Kanzenban.