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Pokémon Generations | Anunciado novo anime baseado nos games da franquia

A Pokémon Company anunciou, via Comicbook, um novo anime, intitulado Pokémon Generations, que irá celebrar os 20 anos de história da franquia Pokémon.

Diferente do anime original, Pokémon Generations apresentará histórias e batalhas, baseadas nos eventos dos jogos de vídeo game de Pokémon. De acordo com o trailer, a nova série reviverá momentos marcantes dessas duas décadas da franquia com novos olhos. Algumas cenas incluem a batalha final entre Red e Blue (de Pokémon Red and Blue) e a luta entre o Dragonite de Lance, e o Gyrados Vermelho no Lago da Fúria.

Pokémon Generations terá uma proposta mais séria que o anime original, com uma ênfase na ação e no poder do Pokémon. No vídeo, um grupo de policiais armados invade um prédio abandonado com um Machamp e um Arcanine. São mostradas também imagens de Zygarde, Registeel, e as criaturas lendárias de Pokémon Gold and Silver.

Um pôster divulgado de Pokémon Generations revela alguns dos personagens mais importantes, e antagonistas de vários jogos de Pokémon, incluindo N (de Pokémon Black and White), Lysandre (de Pokémon X & Y) e Giovanni (o líder da Equipe Rocket de Pokémon Red and Blue). Looker, um detetive que aparece em múltiplos games, e o imortal AZ também são exibidos no cartaz.

O anime terá um total de 18 episódios, todos sendo disponibilizados na página do YouTube de Pokémon. Cada capítulo de Pokémon Generations terá entre três e cinco minutos de duração, e vão ser lançados semanalmente até o final do ano. Os dois primeiros chegam na sexta-feira, 16 de setembro.

CsPlfCXWcAABog7A série tem um visual e proposta similares à Pokémon Origins, um anime de quatro episódios, lançado em 2013, depois do lançamento de Pokémon X & Y. Esse seriado seguia a trama de Pokémon Red & Blue.

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Gekijō-ban KanColle | Kadokawa divulga primeiro trailer do filme

Segundo informações da Anime News Network, o site oficial do filme do anime Gekijō-ban KanColle (KanColle Movie Edition, Fleet Girls Collection Movie) divulgou o primeiro trailer nessa quinta-feira, 18 de agosto. O vídeo revela o elenco da produção e o staff, além de um preview da música tema de Shiena Nishizawa, Kikan (Return).

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Gekijō-ban KanColle terá, em seu elenco, nomes como: Sumire Uesaka, Saki Fujita, Yuka Iguchi, Ayane Sakura, Ayana Taketatsu, Nao Tōyama, Iori Nomizu, Rina Hidaka, Yumi Tanibe, Yuka Ōtsubo, Megumi Nakajima, Aya Suzaki, Sarah Emi Bridcutt, Yui Horie e Ayako Kawasumi.

Shinichiro Inoue está reprisando seu papel como supervisor chefe de produção, e Keizou Kusakawa da série de TV para dirigir o filme, na Diomedea. Kensuke Tanaka, que é creditado como criador do conceito e planejamento original, está também escrevendo o roteiro junto com Jukki Hanada.

Hanada já tinha trabalhado nos roteiros do anime na televisão. Mayuko Matsumoto e Naomi Ide vão retornar para fazerem os designs dos personagens. Tsutomu Miyazawa e Kōta Moroishi voltam como os designers das partes mecânicas, das armas.

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O trabalho original em KanColle Unei Chinjufu é da DMM.com e do Powerchord Studio.  A música foi feita pela Flying Dog. Satoshi Motonaga é o produtor. Shōta Amano trabalhou como produtora de animação. A distribuição é da Kadokawa.

Gekijō-ban KanColle chega aos cinemas japoneses no dia 26 de novembro.

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Eir Aoi | Cantora de Sword Art Online e Fate/Zero anuncia hiato na sua carreira

Segundo informações da Anime News Network, o site oficial da cantora japonesa Eir Aoi anunciou nessa quinta-feira, 18 de agosto, que devido repetitivos estados de saúde fraca, ela estará entrando em hiato, até sua plena recuperação.

Como resultado de conversas entre Aoi e sua equipe, eles decidiram dar prioridade ao descanso, e com isso, foram canceladas todas as suas apresentações já agendadas. São elas: AFA Thailand 2016, em Bangkok, no dia 19 de agosto; Odaiba Minna no Yume Tairiku 2016 Mezamashi Live, em Tóquio, no dia 21 de agosto; Animelo Summer Live 2016 -Toki-, em Saitama, no dia 26 de agosto; e Animax Musix 2017, em Osaka, no dia 14 de janeiro.

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Os fãs devem contactar os respectivos organizadores do evento para pedirem reembolso de seus bilhetes. Eir Aoi e seu staff pediram desculpas pelo grande inconveniente para os concertos planejados. Ao público, organizadores e membros da banda, ela promete trabalhar para sua rápida recuperação.

Aoi iniciou sua carreira musical em 2011. Ela lançou seu primeiro single, Memoria, em outubro daquele ano, com a canção título, servindo como tema de encerramento do anime Fate/Zero. Ela interpretou músicas para as séries Kill la Kill, Sword Art Online, e Aldnoah.Zero. Seu álbum mais recente, D’Azur, estreou em terceiro lugar no ranking semanal da Oricon.

A artista lançou seu décimo terceiro single, Tsubasa, em 20 de julho, com a música sendo tema do anime The Heroic Legend of Arslan: Dust Storm Dance. Em 2015, Eir Aoi chegou a cancelar sua participação no Animelo Summer Live -THE GATE-, por causa de uma doença repentina, mas se apresentou na cidade de Nova York, e na Anime Expo naquele ano.

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Ela está planejando seus concertos especiais, em comemoração dos cinco anos de sua carreira, no Tokyo’s Nippon Budōkan, nos dias 4 e 5 de novembro. Seu site oficial ainda não lista esses shows como cancelados.

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Bleach | Shueisha anuncia filme em live-action do famoso mangá

Segundos informações da Anime News Network, a edição 38 da revista da Shueisha, Weekly Shonen Jump revelou que o mangá de Tite Kubo, Bleach, está ganhando uma adaptação para o cinema, em live-action, que vai estrear no Japão, em 2018.

Sōta Fukushi (Toshokan Sensō/Library Wars, de Hikaru Tezuka, Strobe Edge, de Ren Ichinose, Kami-sama no Iu Toori, de Shun Takahata) irá protagonizar o filme como Ichigo Kurosaki, e Shinsuke Sato (Gantz, Gantz II: Perfect Answer, Oblivion Island) vai dirigir a produção.

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A Shueisha publicou o último capítulo do mangá de Bleach, na edição de número 38. Os números 36 e 37 já tinham anunciado que um importante anúncio seria feito junto com o fim da saga de Ichigo Kurosaki. No total, a série terá 74 volumes encadernados.

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Tite Kubo lançou sua obra na Weekly Shonen Jump, em 2001. O mangá inspirou uma adaptação televisiva em anime, que rendeu 366 episódio, exibidos de 2004 a 2012. No Brasil, a série foi exibida no finada canal Animax, e chegou a ter alguns volumes lançados em DVD pela Playarte. Hoje, Bleach pode ser visto na Netflix.

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Anime Cultura Japonesa Séries

Sword Art Online | Franquia vai ganhar série de TV em Live-Action

Segundo informações do The Hollywood Reporter, a Skydance Television vai levar a famosa franquia japonesa de Sword Art Online para a televisão.

A produtora independente adquiriu os direitos mundiais em live-action para Sword Art Online, em parceria com a Kadowawa Corp.

O objetivo da empresa é iniciar a produção rapidamente para lançar uma nova linha da franquia, com a primeira série Live-Action de Sword Art Online. Laeta Kalogridis, de Avatar, escreverá o roteiro, e será produtora executiva ao lado de David Ellison, Dana Goldberg e Marcy Ross, da Skydance Television. Ainda não foi anunciada uma emissora, para exibir o seriado.

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Sword Art Online é baseada em uma popular série de 22 livros do autor Reki Kawahara, publicados pela Kadowawa. Desde que o primeiro romance foi publicado em 2009, o seriado vendeu mais de 19 milhões de cópias mundialmente. SAO ganhou nove adaptações para mangá, lançadas pela Kadowawa, um vídeo game, com 2 milhões de cópias vendidas e 9 milhões de downloads desde 2013, e duas adaptações para anime, como séries de TV, distribuída pela Aniplex e animada pela A-1 Pictures. Sword Art Online está disponível na Netflix desde março de 2014. Um filme de animação, Sword Art Online the Movie: Ordinal Scale, chega aos cinemas japoneses em 2017.

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Primeiras Impressões | Qualidea Code

Psst. Ei. É, você mesmo. Vem cá, deixa eu te contar um segredo: Sabia que Japonês é um povo estranho? Hein? Como assim todo mundo sabe disso? De qualquer maneira, aconchegue-se e venha ler o mais novo Primeiras Impressões. Depois de paradoxos quânticos do Jailson Mendes e garotas sexistas e superficiais, podemos ir para frases de bandeira, que tal? Uma vez um amigo meu me disse que frase de bandeira é sempre algo que nós fingimos que temos, mas na realidade é o que mais precisamos (vide: Ordem e Progresso). Quer uma frase de bandeira maior do que algo próximo de “Qualidade” no nome desse anime?

A reação mais normal que qualquer pessoa poderia ter, ao assistir isso (além de falar mal da péssima animação, mas que já comento sobre), é ficar mais perdida que garota inocente na hora de levar madeirada. Eu não me perdi muito, já que fiz minhas pesquisas antes de começar, mas um ser humano médio ficaria atordoado com o que viu.

Vou passar rapidamente sobre os resultados de minhas pesquisas. Se quiser ir mais a fundo, você pode ler o mesmo post que eu li, no blog do Frog-kun (em inglês, infelizmente). Basicamente, a série “Qualidea” é uma cooperação de três autores de Light Novels relativamente famosas: Tachibana Koushi, autor de Date a Live, uma série que eu gosto bastante; Sou Sagara, autor de Hentai Ouji to Warawanai Neko, ou Henneko para abreviar; e Watari Wataru, autor de Oregairu (essa eu nem ouso escrever o nome completo). Juntos, eles tiveram essa ideia depois de beber até falar mole (é sério), e decidiram botar em prática.

Cada escritor toma conta de uma das escolas da trama: Koushi da escola de Kanagawa (a escola das espadas), Sagara da escola de Tóquio (a escola dos magos), e Wataru, da escola de Chiba (a das arminhas). Tendo em vista que o projeto ainda é novo, há pouco material disponível, mas o plano é de que cada escola possua suas histórias independentes, contadas em Light Novels separadas. A história do anime é um “roteiro original”, escrito em conjunto pelos três.

Os três autores da obra em seu habitat natural (é sério, são eles mesmo).
Os três autores da obra em seu habitat natural (é sério, são eles mesmo).

Isso significa que você precisa ter lido as outras trocentas obras para entender o que está dançando na sua tela? Não exatamente. Basta você entender que o show não é um universo fechado, mas sim uma peça de um quebra-cabeça maior. Ainda não tenho uma bola de cristal, mas acredito fortemente que a obra será auto-suficiente o bastante para poder ser aproveitada sozinha. Para questões não resolvidas e desentendimentos de história, só podemos dar tempo ao tempo.

Falando na história… Caras, não dá. Quando eu criei o gênero “Harém Escolar Mágico Genérico” alguns anos atrás, eu não imaginava que o último adjetivo viria a ser o mais importante e o mais relevante. Tá certo que o que faz sucesso tende a ser copiado, e que algo só se torna ‘clichê’ porque foi tão bem recebido que começou a ser utilizado em demasia… Mas nossa, é demais, caras… Não tem nada que eu não tenha visto em Qualidea Code. Tudo que está presente e todos os aspectos envolvidos são genéricos e você encontra, quase que na íntegra, em outros 49 shows semelhantes.

Cutucando a ferida, falemos da tal animação. O estúdio responsável, a A-1 Pictures (também conhecido na comunidade tóxica de animes como “McDonalds”. Longa história…) está claramente com as mãos cheias demais. Com uma pesquisa rápida, pude ver que Qualidea Code é o TERCEIRO show que eles estão fazendo ao mesmo tempo. Digo terceiro pois os outros dois (B-Project: Kodou Ambitious e a adaptação de Phoenix Wright) são lançados antes dele.

Antes que me joguem pedras ou peguem os tridentes e as tochas, já adianto que não sou especialista em animação ou expert no trabalho de estúdios, mas consigo muito bem imaginar que a culpa da arte HORRENDA de Qualidea se dá, além do baixo investimento, pela sobrecarga dos responsáveis.

Uma dessas prints é de Qualidea Code, a outra é de uma obra de 2001. Consegue descobrir qual é qual?

A A-1 Pictures normalmente não é associada a boas animações, embora possa tirar alguns bons resultados vez ou outra. Mas quando o assunto são animes atuais, nós sempre esperamos um nível MÍNIMO de qualidade. Se você mostrar o primeiro episódio de Qualidea para alguém que conhece o meio, mas está por fora dos lançamentos atuais, uma reação muito plausível seria a pessoa achar que o show foi produzido em meados dos anos 2000. E que me perdoem Haruhi, Cowboy Bebop e Sakura Card Captors, que tem uma animação muito superior, mesmo sendo dos anos 2000.

Você percebe que não é simples falta de capacidade, ao assistir a abertura: a animação lá é boa. Não chega a ser maravilhosa, mas é um nível aceitável. A primeira coisa que passou pela minha cabeça, ao vê-la, foi: “Essa qualidade deveria ser o padrão DO EPISÓDIO, e não da abertura”. É uma pena, já que o show poderia ser muito mais aproveitável (menos insuportável).

Já que toquei no assunto musical, a direção sonora é, com certeza, um dos pontos positivos do show. Talvez o único indivíduo que tenha feito um trabalho decente em todo o elenco seja o senhor Taku Iwasaki. Suas grandes participações incluem Ben-to, Tengen Toppa Gurren Lagann, Soul Eater e a Parte 2 de JoJo. Com um currículo desses, é de se imaginar que a BGM seja, no mínimo, satisfatória de se ouvir. Além das músicas de fundo, as músicas-tema da abertura e encerramento foram muito bem produzidas, sendo cantadas por dois grandes nomes da cultura recente, LiSA e ClariS, respectivamente. Poderia até ser maldoso e dizer que gastaram o orçamento inteiro do anime só na contratação das cantoras, e depois tiveram que animá-lo com os vales-refeição.

https://www.youtube.com/watch?v=cMRqSKCZ0wQ

Outro ponto que podemos dizer ser algo positivo, são os personagens. Desde seus designs (nem tão) marcantes, até suas habilidades (nem tão) especiais e suas personalidades (nem tão) bem definidas.

Na aparência, temos quatro garotas com características que, embora facilmente encaixáveis em “esteriótipos”, não são tão óbvias quanto as que vimos em New Game! (tirando a loirinha, ela é estereotipada demais, meu deus do céu. Mas ainda é linda melhor garota 10/10). Temos também dois garotos que… Bem… São garotos, então quem liga pra aparência deles? Apesar que devo dizer que a armadura mágica (ou seja lá o que for aquilo) no braço do Líder de Tóquio é até que bem estilosa.

Já as habilidades… Como comentei algumas vezes, já vi iguais em outros shows. Não são muito criativas, nem fogem do básico. Talvez a única inovação, seja a enorme possibilidade de piadas com JoJo, por conta de tais poderes serem chamados de “Worlds“.

Por fim, as personalidades são, sim, bem definidas. Tendo em vista que isso não é algo que se pode ter um espectro enorme, até que foram escolhidas sabiamente. Chega a ser engraçado, pois com um pouco de conhecimento sobre os três autores, fica muito fácil de descobrir quem criou cada personagem, só por suas personalidades.

Resumindo tudo, então: três caras beberam demais e criaram mais um harém escolar mágico genérico de baixo orçamento, mas com uma música bacana, e que poderia ser viável, se não parecesse ter sido criado nos anos 2000. Difícil dar mais que 4/10 para essa estréia, e resta torcer para que façam um make-over total nos Blurays, como aconteceu com Mekakucity Actors (todos podemos sonhar, não é?).

A série pode ser assistida legalmente na Crunchyroll, com episódios novos todos os sábados.

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Anime Cultura Japonesa Mangá

Tsutomu Nihei vem a CCXP 2016

Hoje atráves do seu canal Henshin! a editora JBC em conjunto CCXP anunciaram que trarão o autor de Knights of Sidonia e Blame!, Tsutomu Nihei, para a edição de 2016

A CCXP – Comic Con Experience, que acontece entre 1 e 4 de dezembro no São Paulo Expo, e a Editora JBC, trarão o mangaká japonês Tsutomu Nihei, artista conhecido pelo mangá Knights of Sidonia, lançado no Brasil pela JBC, com resenha feita por este que vos fala, vindo pela primeira ao Brasil.

Knights of Sidonia, que possui  15 volumes, é publicado pela Editora JBC desde maio de 2016, com o quarto volume atualmente nas bancas. O mangá também virou animação pela Netflix em 2014, e já possui duas temporadas. Publicada originalmente entre setembro de 2009 e dezembro de 2015 no Japão, Knights of Sidonia rendeu ao artista o Kodansha Manga Award, conceituado prêmio que existe desde 1977 para mangás, na categoria General Comics no ano passado.

E recentemente, na última SDCC, foi anunciada a adaptação animada pelo canal de streaming Netflix de Blame!, outro trabalho de autoria do artista, que há possibilidade de ser publicado no Brasil. E então já estão preparando os bolsos?

 

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Primeiras Impressões | New Game!

Ok, calma lá. Vamos começar devagar. Que tal começar um novo jogo? Prometo que nesse save eu não falo que japonês é um povo estranho. Ah, droga!

Por mais relacionado a jogos que esse post possa passar a impressão de ser, estamos ainda no ramo de análises prematuras de animes. E no Primeiras Impressões de hoje, vamos dar uma olhada nesse grupo de garotinhas que com certeza estão vivendo no Easy Mode. E como sabemos, easy-mode é para criancinhas.

Com o início da serialização em 2013, o mangá é de Tokunou Shoutarou (Não muito famoso, mas que em seu pequeno nicho de fãs é conhecido por suas “ilustrações divinas”), que apesar de não ser um estouro de vendas, tem alguns números bons para o gênero, além de ter desbancado outros títulos de peso, como ReLife, Gundam e GATE. Ainda não é publicado no Brasil, mas seria uma ótima adição ao catálogo nacional. Não que eu esteja insinuando algo, mas o cantinho de sugestões da NewPOP é ali do lado…

<Alerta de Garotas bonitinhas fazendo coisas bonitinhas>

Você sabe que está assistindo uma obra de ficção, quando a pessoa diz que conseguiu o emprego dos sonhos logo após se formar no ensino médio. E quando uma pessoa se dispõe a trabalhar numa empresa sexista de jogos sem nem saber modelar em 3D. E quando uma empresa sexista de jogos aceita contratar uma garota recém-formada que nem tem as qualificações para o emprego.

De qualquer maneira, se você for assistir já sabendo que é uma ficção, você vai se deparar com um típico humor de quatro painéis. Pela obra original ser um 4-koma, as piadas são quase que cronometradas. O que pode não ser um agrado muito grande pra quem prefere algo mais elaborado, mas pode ser ótimo pra pessoas que se cansam rápido de coisas que se prolongam demais, e querem algo mais dinâmico, mais veloz ou pra quem tem problema de atenção tipo eu.
É um tipo de humor bem característico do gênero. Não tem uma piada sendo contada, ou uma situação (muito) absurda acontecendo. É só… A existência das personagens. Elas existem, e isso é cômico. O dia-a-dia delas que deveria te fazer rir. Não é algo pra todo mundo.

Bagulho é tão doce que chega a dar dor de dente...
Bagulho é tão doce que chega a dar dor de dente…

Já a belíssima animação fica por conta do Estúdio Dogakobo, que além de já ter uma boa experiência com o gênero (Outras adaptações de 4-komas muito aclamadas incluem Gekkan Shoujo Nozaki-kun e Mikakunin de Shinkoukei), trazem todos os lucros gerados pelo inferno demônio capiroto tinhoso sucesso de Himouto! Umaru-chan. A primeira sequência do show é de deixar qualquer um pasmo, de tão detalhada e bonita. Não há um corte que não seja bem executado nos dois primeiros episódios… Embora 90% do tempo essa qualidade toda seja usada em garotinhas tomando chá. Também existem alguns frames onde você percebe a clara influência da origem em mangás da obra: Cenas que quebram totalmente o fluxo de animação, sendo imagens estáticas de poses características, mas que ainda assim conseguem passar a ideia de movimento, quando sobrepostas umas as outras.

Falando nas garotinhas, vamos a elas: Na realidade, são todas maiores de idade, apesar do design de personagens dizer o contrário (e isso é, infelizmente, uma prática bem comum em animes…). Excelente trabalho por parte do veterano Kikuchi Ai, que conseguiu fazer com que sempre haja uma nova expressão no rosto da Aoba (nossa querida protagonista), qualquer que seja a situação.
As personagens tem suas características e personalidades muito claras desde o princípio, sendo fácil de identificar quem deveria ser o quê ali. Mais uma vez, uma herança de seu gênese como 4-koma, que não possui muitos quadros para estabelecer caráter. Mas elas são todas bonitinhas, então não tem problema elas serem superficiais, né?

Minha cara quando falam que aquela loli 'tem 900 anos então não tem problema'...
Minha cara quando falam que aquela loli ‘tem 900 anos então não tem problema’…

Um ponto interessante a se ressaltar, é o elenco de dubladores (ou dubladorAs, no caso, já que não tem nenhum personagem masculino no elenco que não seja um porco-espinho): Não há meios-termos, todas as garotas são dubladas ou por profissionais super experientes (Como  Hikasa Yoko, famosa por seus papeis em diversos haréns escolares mágicos genéricos), ou por meninas que acabaram de entrar no ramo (por exemplo, Takeo Ayumi, que está, literalmente, estreando nesse anime, e vem fazendo um excelente trabalho). Acho que de forma semelhante ao que acontece na história do show com a protagonista, essas novas dubladoras aprenderão muito com as veteranas.

E… Isso é tudo? A série, apesar de ser um ótimo show de se assistir, por ter uma pegada divertida e que faz o tempo passar rápido, não deixa muito de uma impressão. Já assisti os episódios há três dias, mas só consegui terminar de escrever um texto razoável o bastante pra ser postado, hoje. É difícil ter “Primeiras impressões” quando não há muitas “impressões”.
Tenho certeza que será um anime que eu adorarei assistir enquanto durar, mas que não ocupará espaço na minha memória poucas semanas depois de ser finalizado. Vai virar aquele “Nossa, isso existe né? Era engraçado! Eu acho… Não lembro.” em pouco tempo.

Depois do sucesso de Pokémon GO, conheça agora Counter-Strike GO.

Mas o passado já era, e o futuro está longe, a vida a gente faz agora, e no agora, eu estou acompanhando e adorando New Game! Esse começo ficará no meu comedômetro com um 7/10, e recomendo a qualquer um que esteja precisando relaxar, ou que goste de utopias empresariais.

A série pode ser assistida na Crunchyroll, com episódios todas as terças-feiras mas boatos por ai dizem que certos becos escuros arranjam os episódios na segunda.

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Primeiras Impressões | 91 Days

Eu poderia começar dizendo que japonês é um povo estranho, mas isso é coisa do Vinicius, então deixa pra lá. Além do mais, hoje o assunto é sério pois envolve vingança e máfia em um anime que conseguiu fisgar a todos logo no seu primeiro episódio com a promessa de ser um dos mais interessantes da temporada.

Produzido pelo mesmo estúdio responsável pela segunda temporada de Durarara!!, 91 Days (naindi uan kawaii desus, em japonês) é uma história original sobre assassinatos que se passa na cidade de Lawless, onde o comércio ilegal de bebidas é o centro dos negócios no mercado negro graças a implementação da Lei Seca. Após ter sua família assassinada por uma disputa da máfia, o protagonista busca vingança contra todos os responsáveis, após receber uma carta de um remetente misterioso que dizia para ele retornar a esta cidade e saciar sua sede de vingança.

O enredo é o ponto forte de 91 Days e se assemelha bastante a uma “história clássica de mafiosos” (estou sinceramente esperando uma cena onde algum personagem acordará com uma cabeça de cavalo na sua cama). O ódio do protagonista pela família Vanetti torna a tensão de algumas cenas algo que é possível sentir na pele, especialmente após as reviravoltas de roteiro. O final do segundo episódio, que foi ao ar recentemente, é de fazer qualquer um bater a cabeça na parede.

O primeiro episódio do anime abre com uma sequência (o assassinato da família de Angelo, o protagonista) de tirar o fôlego, violenta e realmente perturbadora. Algo interessante a ressaltar é que a obra é totalmente pé no chão, então não espere encontrar poderzinhos ou monstros gigantes. O maior monstro da história talvez seja a birita. Essa é marvada.

O verdadeiro inimigo dos homens.
O verdadeiro inimigo dos homens.

O enredo interessante é somado a uma animação muito bonita do estúdio Shuka (que nome), que entrega designs de personagens muito competentes. Cada um possui características únicas, os cenários são bonitos e as cenas de ação são de tirar o fôlego. As cores combinam com o tipo de história contada , e talvez os únicos pontos fracos sejam os momentos de animação em CG, especialmente dos veículos, onde tudo fica meio bizarrinho. Ainda assim não é nada alarmante.

A trilha sonora de Shogo Kaida é outro ponto altíssimo de 91 Days (que eu acabei não explicando, mas recebe este nome pois mostrará o decorrer da história em noventa e um dias. Isso significa que teremos 91 episódios? Deus…). Com músicas belíssimas, e todas combinando perfeitamente com o tom da história, toda a trilha merece destaque e muitos elogios. Existem momentos que são bem parecidos com O Poderoso Chefão, com violinos e outros instrumentos que eu não possuo inteligência suficiente para diferenciar. Talvez nem sejam violinos. Enfim.

Corte rápido. Tramontina.

Apesar de você como espectador comprar a vingança do protagonista, ele não possui uma personalidade muito marcante. Angelo (que mudou seu nome para Avilo) é o típico personagem-calado-frio-e-inteligente de animes, fazendo com que a única empatia que você sinta seja pela vingança. Pode sentir-se mal, pois você vai desejar a morte de pessoas. Seu monstro.

Para equilibrar a balança da chatice, todos os outros personagens possuem personalidades bem marcantes. O que é triste, visto que (obviamente) o enredo entregará diversos assassinatos, e no final deve ser uma amargura só… Sério, nem precisa assistir, o final vai ser trágico com certeza. Você pode evitar essa tragédia na sua vida.

Brincadeiras à parte, 91 Days entregou até o momento dois episódios com uma qualidade bem acima da média, se destacando entre os animes da temporada. Com uma tensão adulta e um enredo convincente, se bem trabalhado até o fim, pode subir ainda mais rumo ao posto de Melhor da Temporada (por mais que seja até um pouco prepotente já ir afirmando isso, mas esse texto é única e exclusivamente minha opinião, então beleza). Este início de temporada entregou algo equivalente a uma nota 8/10, que pode subir ainda mais. Ou cair, vai saber né. Vale destacar, por fim, o tema de abertura cantado por TK do trio Ling Tosite Sigure, que é muito bom.

A série pode ser assistida pelo site da Crunchyroll, com novos episódios exibidos todas as sextas.

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Primeiras Impressões | Orange

ou, “como fazer uma história de viagens no tempo dar errado“.

Japonês é um povo estranho? Já sabemos. Sejam bem-vindos a mais um “Primeiras Impressões“, aquela coluna que parece não ter padrão de postagem, mas que se você analisar direitinho, notará que sempre sai um monte delas de três em três meses. Iniciaremos as análises iniciais da Temporada de Verão com uma cor mais leve, já que no calorzão (lá do Japão, pelo menos) ser gótico não rola, então a moda diz que Laranja é o novo Preto (Perdão).

Com um mangá de extremo sucesso, e com publicação nacional pela editora JBC, Orange é um dos raros casos onde o nome não diz bulhufas sobre a obra (Parei pra pensar por uns vinte segundos aqui, e não me veio nenhum outro exemplo a cabeça… Esse negócio é raro mesmo). Pelo menos não inicialmente. Muitos estavam esperançosos para essa adaptação, e ela finalmente chega em nossas mãos, para podermos fazer piadinhas com aquela série sobre presidiárias.

Não me levem a mal pela primeira frase. Sei que muitos de vocês nem ligam tanto pra esse aspecto tirado de filme da Sessão da Tarde (Não, sério, esse anime não é quase a mesma coisa que aquele “A casa do lago”, filme de 2006 com o Keanu Reeves e a Sandra Bullock?). Mas eu tenho um problema pessoal com viagens no tempo, e vou matalas explicar os pontos que não gostei, mas daqui a pouco.

Vamos começar com a arte do show, que pode ser dividida em dois pontos: Uma animação fluida e bem adornada em todos os aspectos, com cenários de deixar qualquer um boquiaberto, cortesia da Telecom Animation. Por outro lado… Um design de personagens horrendo. Não sei o que houve com o responsável, Nobuteru Yuuki (que fez alguns designs bons no passado, como de Sakamichi no Apollon e Mushishi), mas o que ele entregou para Orange foi simplesmente medonho. Não é nem questão de os personagens serem ruins… Inclusive não são! Todos são bem característicos, com pontos que deixam seu design marcante, e fácil de fazer associações. Mas… Os personagens são mal desenhados, mal adaptados. Qual o problema com a cara dessa menina?

Além da cara estranha, ela tem um problema de coluna seríssimo.

Um outro tópico que posso levantar é o musical. Existe esse senhor de idade chamado Yukio Nagasaki, que por algum motivo desconhecido, está no mercado de direção de áudio para animes. O maluco deve ser um palhaço, aquele tiozão que faz a piada do pavê na festa de fim de ano da empresa. Não vejo outro motivo pras escolhas de músicas de fundo pra Orange. Por mais que elas não sejam totalmente fora de lugar, e funcionem bem para as cenas que são colocadas… Elas são esculachadas demais. É tipo um “Mano, ele tá zoando com a nossa cara, MAS ELE TÁ CERTO, então não podemos fazer nada a respeito“.
São músicas com pegada circense, de chacota, até um Country tem espaço na discografia do moço.

Sobre os personagens, todos tem seus pontos fortes. Não é um forte geral do anime, como foi com Netoge na temporada passada, mas é consistente. Sempre tenho aquela pulga atrás da orelha, de “eu duvido que pessoas de personalidade e estilos tão diferentes, seriam tão amigos assim”, mas na ficção nós relevamos esse aspecto, para dar maior diversidade ao elenco.
Apesar dessa diversidade e tudo mais, não vejo algo ‘novo’ em nenhum personagem. Todos os protagonistas são facilmente enquadrados em esteriótipos típicos, e não se esforçam nem um pouco em fugir deles. Autora foi bem feijão com arroz nesse quesito.

Agora o que eu queria ter falado desde o começo, e o que vocês não estavam afim de ler, por isso joguei pro final: A bendita viagem no tempo. Não gosto de dar sinopses ou contar o que acontece no decorrer do episódio, quando estou escrevendo um “Primeiras Impressões” (isso eu faço nos shitposts do Twitter, se alguém se interessar), mas vou abrir uma exceção pra esse caso.

Não vou nem entrar no mérito de COMO DIABOS ENVIARAM UMA CARTA PRO PASSADO sem usar um microondas, e pular pros problemas reais: A carta foi feita num ponto da linha do tempo, onde todos os acontecimentos que querem ser evitados, já ocorreram. Ela só deveria apontar o futuro com precisão, até o momento em que a protagonista do passado faz uma escolha diferente pela primeira vez. Efeito borboleta, conhecem? É improvável (para não dizer impossível) que os acontecimentos futuros continuem seguindo um padrão, depois de uma mudança drástica em um dos pontos. A autora tenta mostrar isso, passando sutilmente a ideia de que “o esqueleto se mantém, mas algumas coisas vão mudando, conforme ela muda suas escolhas“, mas o exemplo que tivemos até agora, poderia muito bem ser respondido com simples soluções, e mantém o problema da Teoria do Caos.

Imagens exclusivas da autora da obra, quando questionada sobre seus conhecimentos de mecânica quântica.

Porém, o maior problema de todos, é a apatia da garota principal, Naho. Eu fiquei simplesmente indignado com o desenvolvimento inicial do anime. A guria recebe uma carta, supostamente do futuro, que prevê com perfeição o futuro próximo dela… E não tem a mínima curiosidade de ler o resto? Absurdo. Pior: Depois de ler a primeira página (de muitas, visto que a história começa em abril e deve ir até… janeiro?), ela simplesmente ESQUECE DA EXISTÊNCIA dela por DUAS SEMANAS? Abobrinha. Garotas colegiais são loucas por coisas sobrenaturais e pitorescas, ainda mais quando envolvem algo que soe romântico. Em nenhuma situação isso soa plausível.

Mas se você não levar a mecânica quântica em consideração, até que dá pra engolir. Isso, claro, se você tiver afim de acompanhar uma história tearjerker com paradoxos temporais. Coisa que eu não sou muito chegado. Por isso, esse começo fecha com 6/10 pra mim. Se não fosse a Hanazawa Kana dublando a garota principal, pioraria um pouco.

A série pode ser assistida pelo site da Crunchyroll, com novos episódios todos os domingos.