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Katy Perry vira personagem de videogame no clipe de Smile

Katy Perry divulgou hoje (14), de maneira oficial, o videoclipe da canção Smile, faixa-título de seu quinto álbum de estúdio.  Com cenas que misturam live action e animação, o clipe mostra a cantora se aventurando por um universo circense e enfrentando seus maiores desafios. Tanto os relacionados à sua carreira, tanto à sua vida pessoal.

O vídeo foi divulgando ontem (13) pelo Facebook. A cantora e a rede social firmaram uma parceria para divulgação e teste da nova plataforma de vídeos do site. Entretanto, o clipe ficou disponível mundialmente por apenas 2 horas, como se fosse uma pré-estéria.

O Brasil é peça fundamental para o projeto e está muito bem representado, pois as animações do clipe foram produzidas pelo o estúdio brasileiro Flooul Animation.

Katy Perry está atualmente noiva e grávida do ator Orlando Bloom, e mesmo assim continua seguindo a agenda de divulgação de seu álbum Smile, com previsão de lançamento para o próximo dia 28.

Confira o clipe:

 

 

 

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Miley Cyrus retorna com “Midnight Sky”, primeiro single de novo álbum

Miley Cyrus, lançou hoje (14) a canção Midnight Sky. Inspirada na estética retro e com influências da era do disco, a nova música da cantora funcionará como primeiro single oficial de seu 8º álbum de estúdio, ainda sem nome e data divulgadas.

A intérprete do hit Wrecking Ball havia divulgado no ano passado o projeto “SHE IS MILEY CYRUS“, no qual a artista lançaria 3 Eps intitulados de “SHE IS COMING”, “SHE IS HERE” e “SHE IS EVERYTHING” que formariam um álbum completo. Entretanto, por razões desconhecidas, apenas o primeiro EP foi lançado e teve como single a faixa “Mother’s Daughter”.

No começo deste ano, as demais faixas dos outros EPs foram vazadas na internet, fazendo com que Miley abandonasse o projeto.

O clipe de Midnight Sky foi lançado simultaneamente com a faixa, confira abaixo:

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Drake anuncia novo álbum e divulga primeiro single, “Laugh Now Cry Later”

O canadense, Drake lançou hoje (14) o single Laugh Now Cry Later, parceria com o rapper Lil Durk. A canção é o primeiro single de seu sexto álbum de estúdio “Certified Lover Boy“, como anunciado pelo próprio artista em suas redes sociais.

Em recente entrevista à revista Billboard, Drake contou um pouco sobre o processo do álbum durante a quarentena. “Lembro que a última vez que tive que ficar assim foi quando rompi os ligamentos do joelho (em 2009). E eu fiz um ótimo álbum com isso. Obviamente, Deus deixou todos nós dentro de casa agora. Definitivamente, é o mais animado que estive com um álbum em muito tempo.”

Laugh Now Cry Later ganhou também um clipe gravado no campus da Nike, no estado do Oregon e conta com participação de vários atletas famosos como Kevin Durant, Odell Beckham Jr e Marshawn Lynch.

O sucessor de Scorpion (2018), Cerfied Lover Boy ainda não possui data de lançamento, mas rumores apontam que não irá demorar tanto.

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Com participação de Madonna e Missy Elliot, Dua Lipa lança Levitating Remix

Dua Lipa divulgou hoje (13) o remix oficial de sua música Levitating feito pela DJ The Blessed Madonna. A nova versão da faixa conta com os vocais adicionais de Madonna e Missy Elliot, e serve como primeiro single do projeto Club Future Nostalgia, que será lançado no próximo dia 28.

O clipe da nova produção foi lançado hoje (14), confira a seguir:

 

Club Future Nostalgia será um álbum de remixes para as faixas de Future Nostalgia, segundo álbum de Dua Lipa lançado em março deste ano. O disco será lançado em formato non-stop. Ou seja, todas as músicas estão interligadas como se fosse um único set de DJ.

Além da colaboração de Madonna e Missy Elliot, Dua confirmou a presença de Mark Ronson e Gwen Stefani no remix oficial de Physical, single lançado no começo do ano. Além de ter prometido outras surpresas.

https://www.instagram.com/p/CDfMM1LsSZz/

Levitating Remix, já está disponível em todas as plataformas digitais:

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Com Black Is King, Beyoncé prova mais uma vez que é uma lenda. Mas, como ela chegou lá?

Na última sexta-feira (31), Beyoncé Knowles Carter lançou o aguardado filme Black Is King, projeto derivado do longa Rei Leão, filme de 2019 no qual a cantora não só deu voz à personagem Nala como também foi responsável pela curadoria da trilha sonora do longa.

Descrito por Beyoncé em um post no Instagram, Black Is King “vai além de uma peça companheira da trilha sonora “The Lion King: The Gift”. É também um projeto que tem como objetivo “Celebrar a amplitude e a beleza da ancestralidade negra”. E com todos os acontecimentos nos últimos meses relacionados às pautas raciais, o projeto ganhou um significado ainda maior. Apesar de no começo, na época de lançamento, o álbum ter passado quase que despercebido. 

Mesmo sendo bem recebido pela crítica especializada, ter sido lançado no nome da maior artista viva e derivado de uma das maiores bilheterias do ano, The Gift não foi abraçado pelo grande público. Ou pelo menos, passou longe dos padrões altos que um álbum de Beyoncé geralmente alcança.

KUOW - Beyonce's Visual Ode, 'Black Is King,' Arrives

Álbuns pop, às vezes, não contemplam grande êxito comercial por diversos fatores. Podem não ter uma sonoridade que converse com o que seja popular no momento, podem ter estratégias de marketing e divulgação que não sejam muito assertivas ou simplesmente, o público não consegue se conectar com a mensagem do artista. Essas coisas são normais. Nenhum grande artista está livre de sentir uma queda comercial em algum projeto, na verdade, é bem provável que todos sofram com isso em determinado ponto da carreira. 

Como isso é comum, os artistas e gravadoras só seguem em frente. Mudam alguns passos, determinam novas estratégias para um futuro lançamento e assim o jogo continua. Mas como citado anteriormente, Beyoncé é a maior artista viva. Então, com ela, logicamente a história é diferente. 

Que tipo de artista investiria em um trabalho visual de um álbum não tão bem aceito pelo mercado? O que isso agregaria para suas vendas? Se tratando de música pop, essas questões são bem pertinentes e coerentes. 

Mas não para Beyoncé. Embora ela ainda seja uma artista popular e se encontre no jogo da indústria, ela não precisa mais se preocupar com vendas, hits e coisas do tipo. Está nessa posição de privilégio máximo e sequer chegou aos 40 anos. Como?

Para entender como Beyoncé chegou no topo da pirâmide musical, é preciso voltar para a madrugada do 13 de Dezembro de 2013, quando Beyoncé lançou seu quinto álbum de estúdio, autointitulado, de forma surpresa.

Com 14 músicas e 17 clipes, “BEYONCÉ” chegou às lojas pouco mais de 2 anos após o álbum “4” que, assim como Black Is King, não teve grande êxito comercial ou impacto como seus antecessores.

Indo na contramão de todo o ciclo habitual da indústria de um lançamento de álbum, Beyoncé simplesmente entregou o disco inteiro com um clipe para cada faixa de uma vez só. Mudando não somente as projeções de sua carreira como também toda a indústria musical. 

A partir do lançamento de “BEYONCÉ”, todo o jogo da cadeia musical mudou. O impacto é sentido até hoje em dia. No mercado, vimos que os lançamentos de singles e álbuns são feitos com pouco tempo de espera desde seus anúncios. E também sabemos que atualmente, o dia oficial de lançamento de singles e álbuns são na sexta-feira, mesmo dia da semana qual o quinto álbum de Beyoncé foi lançado. 

Houve também a  popularização de  anúncios e lançamentos de álbuns surpresas. Rihanna, Drake, Taylor Swift, J Balvin e Bad Bunny são artistas que já utilizaram dessa estratégia para seus próprios projetos. 

No lado artístico, é perceptível a crescente quantidade de trabalhos visuais feitos por grandes nomes da música internacional.  Florence And The Machine, Justin Bieber, Tove Lo, ROSALÍA e Jay Z, são alguns dos artistas que já trabalharam seus álbuns como projetos visuais. 

O impacto de “BEYONCÉ” não ficou somente no hemisfério norte. Foi global.

No Brasil, temos exemplos como o duo Anavitória que lançaram o disco “O Tempo É Agora” em 2018 sem avisos prévios. E Anitta, com Kisses, no ano passado, fez questão de entregar um clipe para cada faixa de seu álbum “Kisses”. Tiago Iorc, é o nome que mais se aproximou do lançamento de “BEYONCÉ”. Depois de ter conquistado o mainstream nacional com o álbum “Troco Likes” e um longo tempo de hiato, o brasiliense também lançou seu álbum visual “Desconstrução” de forma surpresa. 

Com um trabalho tão arriscado mas que deu tão certo, (afinal, mesmo lançado no final de 2013, o álbum auto intitulado de Beyoncé conseguiu ser o mais vendido por uma mulher naquele ano) era quase impossível para que ela conseguisse se superar e fazer algo mais grande. Até que 2016 aconteceu, e ele nos trouxe Lemonade

Big Yons (@BIegacy) | Twitter

Um dia antes da 50ª edição do Super Bowl, Beyoncé, que era uma das convidadas da banda Coldplay, headliners do evento, lançava, novamente de forma surpresa, o single e o vídeo de Formation

Desde o início de sua carreira, Beyoncé sempre foi vista como um grande símbolo de empoderamento feminino. As pautas feministas sempre estiveram presente em suas obras. Sucessos como “Independent Woman”, “Irreplaceable”, “Run The World”, “Partition” e “***Flawless” mostram como a artista foi se politizando ao passar dos anos e inserido seu engajamento na sua arte de forma cada vez mais consciente. Mas além do feminismo, Beyoncé também sempre foi um grande símbolo representativo no movimento negro, sobretudo à mulheres negras. E então, foi com Formation que Beyoncé, após chegar em um patamar na qual dificilmente seria atingida, mergulhou de cabeça no ativismo negro. Usando sua voz, arte, poder e popularidade para levantar pautas, discussões e representatividade na sociedade americana e ocidental.

Beyoncé cantou no maior evento televisivo do mundo sobre empoderamento negro e feminismo com referências diretas à Michael Jackson, Malcolm X e aos Panteras Negras. O suficiente para gerar uma série de reações na sociedade americana, tendo um impacto além da indústria fonográfica. 

Mesmo sob protestos, ameaças, boicotes por parte do público conservador e supremacista americano, Formation se tornou a música e o clipe mais premiado da história; e claro, uma das músicas mais icônicas da última década.

Lemonade foi lançado 2 meses depois em abril de 2016. O disco também chegou ao mercado de forma visual, onde cada faixa possui um videoclipe. Entretanto, Beyoncé mais uma vez superou o próprio trabalho. Os clipes de Lemonade juntos contavam uma história só. Uma história cheia de nuances e detalhes, onde não só colocava holofotes sobre pautas raciais, como também ousava em mostrar a vulnerabilidade e questões pessoais da própria Beyoncé.

Por fim, o disco não só figurou as listas especializadas de melhores álbuns dos anos 2010s, como em quase todas as tabelas, aparecia sempre no top 3. A sua turnê, foi a mais lucrativa por um artista solo no ano de 2016, arrecadando quase 5 milhões de dólares por show.

Lemonade teve um impacto cultural e social tão grande que, mesmo não tendo hits “convencionais”, aqueles que figuram as tabelas da Billboard, é um dos projetos mais bem sucedidos de todos os tempos. O projeto consolidou a ideia que Beyoncé havia apostado em 2013, de que não era mais necessário para ela ter um single #1 nas paradas quando o seu nome, e sua arte em geral, eram maiores do que qualquer coisa. 

De 2016 até aqui, Beyoncé não lançou mais nenhum álbum solo. Entretanto, isto não signifique que a mesma não tenha trabalhado em outros projetos musicais. Em 2018, Beyoncé fez um show histórico durante o Coachella, sendo a primeira mulher negra à subir no palco de um dos maiores festivais de música do mundo. E  posteriormente, o evento ganhou um documentário pela Netflix, intitulado de Homecoming que foi lançado no ano passado.
No mesmo ano do “Beychella”, Beyoncé lançou, também de forma surpresa, o álbum colaborativo com seu marido Jay-Z “EVERYTHING IS LOVE”. O projeto chegou às plataformas junto com o histórico clipe de “APES**T” gravado no Museu do Louvre.

 As palavras “surpresa” e “histórico” acompanhados de Beyoncé, a esta altura da matéria e de jogo chegam a ser redundante. Eu sei.

E enfim, no ano de 2019, Beyoncé lança The Lion King: The Gift, um álbum de sua curadoria, inspirado na trama de Rei Leão. Como comentado no início da matéria, a recepção morna que o disco recebeu por parte do público não impediu para que Beyoncé seguissem em frente ao querer transformá-lo também em uma obra visual. E após entender os últimos e mais importantes anos da carreira de Beyoncé, podemos entender o porquê disto. 

Black Is King, é Beyoncé indo novamente além da música e da indústria musical. É um projeto que é pretensioso e tem sede de entrar para história. Derivado de um álbum de afrobeat, no qual Beyoncé convocou diversos artistas africanos, o filme é complexo, rico e especial. Está evidente que Beyoncé pode se dar o luxo de contar e cantar sobre o que acredita e o que faz sentido, sem se importar com números.

A música e a arte são mais importante do que playlists no Spotify e posições na Billboard, todos nós sabemos. Madonna, Elton John, Paul McCartney, Chico Buarque, Maria Bethânia, Gilberto Gil são alguns nomes que podem apenas se importar com os seus trabalhos e excelências artísticas, independente de cenários mercadológicos, porque eles são lendas. E lendas podem ser dar esse luxo, pois geralmente se consolidam após construírem um legado e com uns bons anos de carreira. Mas Beyoncé consegue ser a exceção. Com apenas 6 álbuns em sua trajetória e 17 anos em carreira solo,  ela já é uma dessas lendas. E ela sabe disso. Sorte a nossa. 

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Com “folklore”, Taylor Swift quebra recordes e faz história na Billboard

Após pegar o mundo de surpresa com o lançamento de seu 8º álbum de estúdio, folklore, Taylor Swift (30) começou a recolher frutos do novo projeto.  Com a atualização da Billboard Hot 100 e Hot 200, principais parada de singles e álbuns dos Estados Unidos, Taylor conquistou novos feitos pra sua carreira.

cardigan“, primeiro single de folklore, estreou na primeira posição da tabela americana de singles. Sendo o sexto número #1 da carreira e a segunda estreia no topo da lista. O mesmo ocorreu com “Shake It Off” em 2014.

Além de “cardigan”, Swift colocou mais 2 músicas no top 10 americano. As faixas foram, “the 1” que alcançou a quarta posição e “exile“, pareceria com a banda Bon Iver, que atingiu a sexta colocação.

Fora do top 10, a intérprete de “Blank Space” pôs todas as outras 13 músicas do disco no top 70 da tabela. E com isso, se consolidou como a artista feminina com mais entradas no Hot 100 americano, com 113 músicas. Desbancando a rapper Nicki Minaj, que possui 110 entradas.

O álbum folklore vendeu em sua primeira semana o equivalente a 846 mil cópias. Sendo essa a maior semana de vendas de álbuns nos Estados Unidos desde Lover, outro álbum de Taylor lançado em Agosto de 2019.

Taylor Swift se tornou a primeira artista da história a ter uma música (cardigan) e um álbum (folklore) estreando simultaneamente em primeiro lugar nas paradas de single a álbuns dos Estados Unidos.

folklore está disponível em todas as plataformas digitais.

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O quão “branco” The Weeknd deveria ser para a MTV o considerar pop?

A MTV divulgou no último dia 30 a esperada lista de indicados ao VMAs 2020, sua maior e principal premiação. E como em todo ano, as redes sociais são dominadas por diversos fãs comentando os escolhidos pela emissora americana. Há aqueles que comemoram por verem seus favoritos com várias ou somente uma única indicação e há aqueles que reclamam por verem seus ídolos de fora do evento ou recebendo poucas indicações. O normal.

Entretanto, há algo maior do que as indicações que passou despercebido aos olhos do público. Seja pela euforia ou seja pelo fato das pessoas só se importarem com pautas raciais quando elas são trends nas redes sociais: The Weeknd com uma música pop numa categoria de R&B .

The Weeknd, nome artístico de Abel Makkoenn Tesfaye não é somente um dos maiores nomes da música no ano de 2020, como uma das grandes revelações da última década. Seu mais recente álbum, After Hours, lançado em março deste ano, vendeu nos Estados Unidos aproximadamente 440 mil cópias somente na primeira semana. E em escala mundial, o disco quebrou o recorde de pré-adições na plataforma Apple Music, fazendo com que 1,02 milhões de usuários garantissem o álbum em suas bibliotecas antes mesmo dele ser lançado. 

The Weeknd lança o tão aguardado álbum "After Hours" - quarto de ...

Além das vendas estratosféricas de After Hours, o disco conta com os singles Heartless, In Your Eyes (que atingiram, respectivamente, o 1º  e o 16º  lugar na parada americana) e Blinding Lights, que não só alcançou também o topo da Billboard Hot 100 como é, até então, a maior música pop do ano. Inclusive, a faixa continua no top 5 da parada americana e do Spotify global, fazendo em média 4 milhões de reproduções diárias mesmo após 7 meses de seu lançamento. 

Ou seja, Blinding Lights é Pop. Não só na sua estrutura musical, como também comercialmente.  É exatamente este o gênero da canção.

Produzida pelo próprio Abel, Oscar Holter e a lenda da música pop, Max Martin (produtor de faixas como Oops I Did It Again, Teenage Dream e Can’t Stop The Feeling!) Blinding Lights é uma música que bebe diretamente da fonte dos anos 80. Mergulhando de cabeça no synthpop, a crítica especializada não poupou elogios à faixas. A sonoridade oitentista é tão forte que não só a crítica, mas também o público, consegue reconhecer de imediato as influências de nomes como Michael Sembello e A-ha (principalmente do grande clássico Take On Me). 

Porém, nem mesmo a popularidade da canção e nem a perfeição synthpop proporcionada por The Weeknd, foram o suficiente para a MTV, um dos maiores símbolos musicais da história, reconhecer a faixa, e neste caso, o clipe, como produções pop. Blinding Lights recebeu indicações ao VMAs 2020 nas categorias de Vídeo do Ano, Melhor Direção, Melhor Cinematografia, Melhor Edição e, Melhor Vídeo de R&B. Sim, R&B. E também, fora da categoria de música do ano. 

Abel é um artista que, desde o início de sua carreira, flerta com o R&B e com o Pop. O que não falta em sua discografia são faixas R&B. De The Zone à Wicked Games, passando por Reminder e aos grandes hits como The Hills, Often, Earned It e Heartless. “Taguear” Blinding Lights na mesma caixa que essas outras canções, não é só desrespeitoso com o gênero R&B, com o Pop, com o trabalho de The Weeknd. É também  uma das formas de racismo dentro da indústria musical. 

Colocar Blinding Lights em uma categoria de R&B é um exemplo perfeito da segregação racial dentro da indústria fonográfica. Por ser negro, The Weeknd foi visto pela curadoria da MTV como um artista do segmento “Urban”.  Este termo ganhou popularidade nos anos 80 e é problemático  porque separa a música pop feita por artistas brancos da música pop feita por artistas negros. O “Urban” coloca toda música Pop, Rap e R&B feito por negros em uma única caixa sem se preocupar com a estética, som, estrutura entregadas por esses artistas. Para eles, se um negro que fez, é urban. 

Recentemente, devido aos protestos raciais ocorridos nos Estados Unidos e no resto do mundo, diversas pautas foram levantadas nos mais variados segmentos da sociedade. Na música, não poderia ser diferente. Após anos de críticas por parte dos artistas e parte do público, a Recording Academy, responsável pelo Grammy anunciou que removeria o termo “Urban” de suas categorias, por ser um termo historicamente racista para a comunidade afro americana. 

The Weeknd já ganhou 2 vezes a categoria de Melhor Álbum Urban por Beauty Behind The Madness e Starboy. Na edição deste ano, Tyler, The Creator ganhou a categoria de Melhor Álbum de Rap por IGOR, um dos mais aclamados álbuns de 2019 que, pra surpresa da crítica e público, ficou de fora das categorias principais. Durante a coletiva de imprensa após cerimônia de entrega, Tyler falou como era agridoce a vitória e o porquê de se incomodar com artistas negros excluídos das categorias pop e principais. Confira:

“Por um lado eu estou muito grato que o que eu fiz pode ser reconhecido em um mundo como esse… mas é péssimo que sempre que nós, e eu quero dizer caras que se parecem comigo, fazemos alguma coisa que transcende gêneros ou coisa assim, eles sempre colocam em alguma categoria urbana ou de rap.”

Tyler ainda completou, dizendo que:

“Eu não gosto dessa palavra ‘urbana’. Pra mim, é só uma forma politicamente correta de dizer a palavra com ‘n’ [referenciando uma específica palavra inglesa que começa com n, que é racista quando falada por pessoas que não são negras]. Então quando eu ouço isso, eu fico tipo, por que a gente não pode ser indicado pra categoria pop? Então eu fico tipo — metade de mim acha que a nomeação de rap é um elogio ambíguo.”

Grammy endurece regras de conflitos de interesse e promete show em ...

Tyler, The Creator no Grammy Awards deste ano.

Mesmo sendo em premiações diferentes, a exclusão em cima de artistas negros acontece de maneira explícita. O que The Weeknd precisaria fazer a mais para que seu single Blinding Lights fosse visto como pop para a principal emissora musical do mundo? Por que no mesmo ano, You should be sad da Halsey, que flerta com a música country e só alcançou a posição #26 da parada americana está na categoria pop? Por que mesmo tendo vendido mais de 1 milhão de cópias somente nos Estados Unidos, Blinding Lights está fora da categoria de música do ano? Todas essas questões são falsas dúvidas, pois, já sabemos quais são as respostas para tantos “porquês”.

Infelizmente, o boicote evidentemente racista do VMA em cima de The Weeknd não é a coisa mais frustrante de toda a problemática. 1 mês após o pico de engajamento em cima do movimento Black Lives Matter e do movimento instagramático #blackoutthuesday não há mais comoção por grande parte da imprensa, artistas e fãs sobre o boicote racista em cima de um artista negro. – Na verdade, não há nem mais atenção em casos mais graves como os contínuos assassinatos de pessoas negras por forças do estado, quem dirá neste. –  Basta uma rápida pesquisa no twitter que você verá tantos jovens auto intitulados de conscientes e engajados se preocupando mais com o Justin Bieber ter sido indicado ou não em categoria X ou apreensivos com a Lady Gaga imaginando se ela irá se apresentar no palco do evento. 

Claro que um prêmio, a longo prazo, não diz absolutamente nada. Um clipe ou uma música podem se tornar atemporais com ou sem VMAs, Grammy ou qualquer outra coisa, exemplos são os que não faltam. Não que não seja importante ou divertido buscar uma validação por parte do público ou crítica. Faz bem pro ego, movimenta a cadeia musical e também pode ajudar a trazer visibilidade para determinado artista ou gênero. Mas daqui a alguns anos, quando relembrarmos este caótico ano de 2020 através da música, ou quando algum jovem que se interessar sobre a música da época qual ele não era nascido, Blinding Lights e a obra de The Weeknd estará lá, sobrevivendo ao tempo assim como qualquer clipe e música de qualidade. E felizmente, quem decide isso é a história feita pelas pessoas, e não a MTV.

 

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Com Ariana Grande e Lady Gaga na liderança, MTV divulga os indicados ao VMAs 2020

Mesmo com a pandemia e o isolamento social, O VMAs 2020 irá acontecer! A premiação mais importante da MTV e uma das mais importantes do mundo da música já tem data e local marcado, dia 30 de Agosto no Barclays Center em Nova York.

Os indicados foram revelados hoje (30) através de uma livestream nas redes sociais oficiais da emissora. Nomes como Taylor SwiftJustin Bieber, Billie Eilish, marcam presença na lista. As líderes de indicação desta edição são Lady Gaga e Ariana Grande, ambas com 9 indicações cada, sendo a grande maioria pela colaboração Rain on Me.

A grande novidade deste ano são as categorias de “Melhor Vídeo feito em Casa” e “Melhor Performance feita na Quarentena”

Confira alguns indicados:

Vídeo do Ano

Taylor Swift – The Man
Lady Gaga & Ariana Grande – Rain On Me
Future & Drake – Life Is Good
Eminem & Juice WRLD – Godzilla
Billie Eilish – everything i wanted
The Weeknd – Blinding Lights

Artista do Ano

Justin Bieber
Lady Gaga
DaBaby
Megan Thee Stallion
The Weeknd
Post Malone

Música do Ano

Billie Eilish – everything i wanted
Doja Cat – Say So
Lady Gaga & Ariana Grande – Rain On Me
Post Malone – Circles
Roddy Rich – The Box
Megan Thee Stallion – Savage

Artista Revelação

Doja Cat
Jack Harlow
Lewis Capaldi
YUNGBLUD
Roddy Rich
Tate McRae

Melhor Colaboração

Ariana Grande & Justin Bieber – Stuck with U
Black Eyed Peas & J Balvin – RITMO (Bad Boys For Life)
Ed Sheeran & Khalid – Beautiful People
Future & Drake – Life Is Good
Karol G & Nicki Minaj – Tusa
Lady Gaga & Ariana Grande – Rain On Me

Melhor Clipe Pop

Halsey – You should be sad
Taylor Swift – Lover
Justin Bieber & Quavo – Intentions
BTS – On
Lady Gaga & Ariana Grande – Rain On Me
Jonas Brothers – What A Man Gotta Do

Melhor Clipe de Hip Hop

DaBaby – BOP
Eminem ft. Juice WRLD – Godzilla
Future ft. Drake – Life Is Good
Megan Thee Stallion – Savage
Roddy Ricch – The Box
Travis Scott – HIGHEST IN THE ROOM

Melhor Clipe de Rock

blink-182 – Happy Days
Evanescence – Wasted On You
Coldplay – Orphans
Fall Out Boy & Wyclef Jean – Dear Future Sell (Hands Up)
Green Day – Oh Yeah!
The Killers – Caution

Melhor Clipe de K-POP

Red Velvet – Pshycho
BTS – ON
EXO – Obsession
(G)I-DLE – Oh My God
Monsta X – Someone’s Someone
Tomorrow X Together – 9 and Three Quartes (Run Away)

Melhor Vídeo de R&B

Alicia Keys – Underdog
ClohexHalle – Do It
The Weeknd – Blinding Lights
H.E.R & YG – Side
Khalid & Summer Walker – Eleven
Lizzo – Cuz I Love You

Melhor Vídeo Latino

Black Eyed Peas, Ozuna & J.Rey Soul – Mamacita
Bad Bunny – Yo Pero Sola
Karol G & Nicki Minaj – Tusa
Maluma & J Balvin – Qué Pena
J Balvin – Amarillo
Anuel AA, Daddy Yankee, Karol G, Ozuna & J Balvin – China

Melhor Vídeo Feito em Casa

5 Seconds Of Summer – Wildflower
Ariana Grande & Justin Bieber – Stuck With U
blink-182 – Happy Days
twenty one pilots – Level of Concern
Drake – Toosie Slide
John Legend – Bigger Love

Ainda não há informações sobre quem irá receber o honorário Michael Jackson Vanguard Award, prêmio especial que a MTV vem dando anualmente a artistas que construíram um legado na emissora e na indústria de videoclipes. A homenageada no último ano foi a rapper Missy Elliot, que se apresentou um um medley de seus maiores hits.

https://youtu.be/i9I-ut1TXoA

 

Para conferir as demais categorias e votar em seus vídeos favoritos no site da MTV clique aqui.

 

 

 

 

 

 

 

 

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Dua Lipa anuncia remix de Levitating com participação de Madonna e Missy Elliot

A divulgação do Future Nostalgia não para!

Dua Lipa anunciou hoje (27) que a faixa Levitating de seu segundo álbum de estúdio ganhará um remix com  Madonna e Missy Elliot. O anúncio foi feito através das redes sociais de Dua que afirmou que seu sonho de trabalhar com seus ídolos estava se tornando realidade.

https://www.instagram.com/p/CDJ7PtBM8y8/

Levitating Remix chegará as plataformas digitais no dia 14 de Agosto. A nova versão da canção será produzida pela DJ Blessed Madonna que também está na primeira foto de divulgação da música.

A faixa funcionará como o 5º single do álbum Future Nostalgia lançado em março deste ano, que conta com os hits Don’t Start Now e Break My Heart. Recentemente, Dua Lipa divulgou o clipe animado para a música Hallucinate.

 

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Folklore é um perfeito devaneio

O substantivo “folclore” tem como significado a reunião de de costumes e tradições de um povo que são contadas de forma oral, atravessando gerações. De origem inglesa, a palavra vem do termo “folklore”, que é também o título do oitavo álbum de estúdio de Taylor Swift.

Todos nós já tivemos contato com o folclore, histórias macabras, divertidas e cativantes. No nosso país, desde a infância ouvimos sobre o Saci Pererê, o Curupira, a Iara, a Mula Sem-Cabeça e tantos outros. Já em outros, há histórias sobre os mais diversos seres como, gnomos, duendes, fadas e fantasmas. É, de fato, algo universal. Porque boas histórias atravessam fronteiras e o tempo.

https://www.instagram.com/p/CC-9usjDzUw/

 

Taylor surgiu no mundo da música country, há mais de 13 anos atrás, chamando atenção pela sua excelência artística como compositora. Ela era tão jovem, mas sabia como poucos escrever grandes canções. Com o passar dos anos, Swift se tornou um fenômeno global. Mergulhou de cabeça na música pop, vendeu mais de 80 milhões de discos no mundo todo e virou dona da segunda maior turnê feminina da história, ficando atrás somente de Madonna. 

Porém, a música pop é cheia de regras e estruturas a serem seguidas. O que podem fazer com que muitos artistas não consigam extrapolar certos limites devido a todo mercado em jogo. E Taylor sofreu com isso. É claro que com seu talento, ela conseguia escrever grandes hinos pop como “Style” ou “New Romantics”, mas ainda não havia encontrado o caminho certo para voltar a explorar todo o seu potencial enquanto compositora. Mas felizmente, ela agora o encontrou. 

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folklore é nada mais do que um álbum de histórias. E boas histórias. Taylor está contando e cantando sobre personagens que surgiram em seus devaneios, principalmente durante o isolamento social nos últimos meses. São perspectivas e experiências que vão além dela. 

Passeamos por narrativas cotidianas e até históricas. Há conto de uma viúva mal vista por sua cidade inteira, há homenagem aos profissionais da saúde que estão no combate a COVID-19 e principalmente, há histórias de relacionamentos. 

Swift compõe com toda maestria e sensibilidade de que se pode esperar de um compositor. Tudo é tão detalhado que, caso não soubéssemos que as histórias são de personagens, pensaríamos que seriam experiências da própria Taylor. Os pontos altos das composições estão nas faixas “the 1″, “exile”, ”epiphany” e nas já lendárias “cardigan”, “illict affairs” e “betty”, trio de músicas interligadas que contam uma só história: Um triângulo amoroso entre adolescentes e todos os seus pontos de vistas e nuances. 

A produção está no mesmo nível de qualidade quanto às composições. A maior parte das faixas são produzidas por Aaron Dessner, membro da banda The National. Aaron faz um excelente trabalho dentro do disco. Principalmente nas faixas “epiphany” (a música dedicada aos profissionais de saúde) que tem a melhor atmosfera do disco, ela é transcendente. E “exile”, parceria com Bon Iver, favorita a receber a coroa de melhor música do projeto com o passar do tempo.

Além disso, há na jogada Jack Antonoff, parceiro musical de longa data de Taylor. Jack tem fama de Rei Midas. Absolutamente tudo que ele produz, é ouro. (Ouça Melodrama de Lorde ou Masseduction de St. Vincent para entender isso). “august”, “mirrorball” e “betty”, única faixa produzida por Antonoff e Aaron, não deixam mentir esta afirmação. 

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Entretanto, há pontos que fazem com que folklore não consiga abraçar a completa perfeição, embora toque-a. Ter um álbum longo, de 16 faixas e 1h de duração é perigoso, ainda mais em um projeto que possuiu um conjunto de faixas maravilhosas. Algumas boas, mas não tão boas, acabam se perdendo no meio da curadoria. Isso quando não fazem o álbum soar massivo e cansativo, que é o caso de faixas como “the last great american dynasty”, “mad woman” e “hoax”. Que não são de todo mal, mas não fariam diferença se não estivessem ali. 

Há algumas faixas em folklore onde Taylor levemente flerta com elementos do experimentalismo, e é uma pena que seja de maneira tão simples. Talvez a cantora esteja guardando essa ideia para álbuns futuros quando acreditar que ela e seu público terá mais maturidade musical para tal coisa. Mas que é uma pena não explorar mais as faixas com sons “esquisitos” e longas durações de instrumental, isto é. “epiphany”, como já citado anteriormente, tem a melhor atmosfera do álbum, é uma faixa que poderia facilmente passar dos 6, 7, 8 minutos. E o próprio primeiro single, cardigan tem sons muito interessantes na parte final do seu instrumental que poderiam ser mais explorados. 

Por fim, folklore já nasce se consolidando um dos melhores álbuns do ano e quiçá, o melhor da carreira de Taylor Swift. Seus pequenos defeitos não são suficiente para descredibilizar toda sua qualidade e maturidade. Taylor finalmente achou sua redenção em entregar perfeitas composições na música pop, e ter flertado com o som alternativo foi essencial para isso. folklore fica melhor a cada nova reprodução, e por isso, parece que irá envelhecer como um bom vinho. Ou melhor, será repassado de geração em geração porque é isso que acontece com boas histórias, elas viram universais. 

Nota: 9.0/10