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Viúva Negra e seu Potencial Desperdiçado

Desde a sua primeira aparição em Homem de Ferro 2 no ano de 2010, o público fã do MCU queria um filme solo da Viúva Negra. O desejo apenas aumentou quando, em Os Vingadores e em Era de Ultron, decidiram explorar no roteiro um pouco sobre o passado da heroína através de diálogos secundários e flashbacks. 

Finalmente, e após um bom tempo sem produções da Marvel voltada para os cinemas por conta da pandemia, Natasha Romannoff ganhou seu longa que serve tanto como uma despedida da personagem nas telonas (após os eventos de Vingadores: Ultimato) como também para apresentar quem levará o seu legado adiante. Entretanto este era um filme que deveria ter vindo mais cedo e, quem sabe, sido o primeiro de uma trilogia da heroína.

How To Watch Black Widow In The UKApós flashbacks mostrando a infância da heroína e o que a levou para o seu treinamento na sala vermelha, o longa tem início logo após os eventos de Guerra Civil: Natasha está foragida por ter violado o Tratado de Sokovia ao imobilizar o Pantera Negra e ajudar o Capitão América a fugir com Bucky Barnes. Com o Coronel Ross em seu rastro, Natasha está se escondendo das autoridades quando o seu passado vem à tona através de Yelena Belova, que procura a heroína com um antídoto ao controle mental que as Viúvas Negras sofrem na esperança que Romanoff a ajude contra a sala vermelha para encerrar, de uma vez por todas, os treinamentos para criar novas assassinas e o controle das já existentes por Dreykov, líder da sala. Entretanto, surge o Treinador como obstáculo, um vilão criado pelo antagonista que consegue analisar e copiar todos os padrões de combate dos Vingadores.

A história se preocupa em explicar alguns pontos expostos em diálogos de longas anteriores – como a trama de Budapeste – e em explorar, mesmo que brevemente, o passado de Romanoff e seu treinamento para se tornar uma Viúva Negra, ao mesmo tempo que serve para introduzir Yelena Belova como sua substituta em tela. Há uma problemática pois acaba resultando em vários elementos a serem trabalhados em sua exibição, fazendo com que alguns não se desenvolvam corretamente. Além disso, o plot do filme é totalmente fraco e já está entregue logo nos primeiros trinta minutos do longa.

Logo nos minutos iniciais, com uma cena de abertura e uma introdução semelhante a de uma série de ação, já se observa uma tentativa de trazer um clima diferente ao filme. A diretora Cate Shortland introduz bem no primeiro ato essa nova dinâmica, ao investir no drama para que haja empatia com os personagens e com o núcleo familiar presente e se assemelha em determinadas sequências aos clássicos de espionagem como filmes da franquia Bourne ou Bond, e até mesmo procura se igualar ao que os Irmãos Russo fizeram em Soldado Invernal. Porém, logo no segundo ato, a direção desliza esse clima se esvai fazendo com que o longa se perca e não apresenta o devido clímax nos momentos que deveriam.

Scarlett Johansson: I didn't want Black Widow to be a spy movie – Fashion NewsInicialmente com um flashback do ”núcleo familiar”, que em tese é o tema principal abordado no filme, nota-se que a diretora procura criar uma relação entre o telespectador com o mesmo, mas é tão rápido que no final não há vínculo e nem desenvolvimento com o passar dos atos – tanto que, o reencontro que era para ser um clímax de emoção, acaba não significando nada a não ser um monte de piadas na mesa do jantar.

Entretanto os personagens deste núcleo por si só conseguem ser carismáticos, com David Harbour e Florence Pugh roubando a cena durante todo o momento que aparecem em tela, o que em parte é bom já que o longa serve para introduzir a nova personagem ao universo cinematográfico da Marvel e deixa o telespectador desejando mais conteúdo a respeito da história do Guardião Vermelho, personagem de Harbour.

Infelizmente esse também é um ponto negativo, pois por mais que os personagens funcionem em tela e consigam transmitir com clareza toda a relação entre eles, a personagem de Scarlett Johansson acaba sendo ofuscada (principalmente por Pugh) e se torna coadjuvante em diversos momentos no seu próprio filme solo – que deveria ser uma homenagem e despedida para a mesma. Isso só confirma que o filme foi lançado de forma atrasada, sendo que idealmente este deveria ser o terceiro de uma trilogia da personagem. Por fim, acabam desperdiçando uma bela chance de homenagear a heroína e desenvolver melhor sua trama no universo estabelecido.

REVIEW) Black Widow (2021), Natasha Romanoff's 'Family' Story - The Flaz

Quanto ao vilão do filme: o Treinador é apenas um personagem genérico com uma máscara ameaçadora que depois de um tempo o telespectador se esquece de sua presença, pois o mesmo não aparece tanto e todas as suas cenas já foram expostas em trailers e spots do longa. E Dreykov, que seria o vilão principal, é apenas um personagem russo genérico tirado de um filme de ação dos anos 80 que não apresenta nenhuma ameaça. Ambos são personagens subdesenvolvidos e esquecíveis – no fim das contas, o filme todo é esquecível e parece um spin-off da Marvel.

Por fim as cenas de ação são bem feitas e as coreografias de luta são bem executadas, entretanto os efeitos visuais deixam a desejar em diversos momentos – principalmente no final do terceiro ato, que há uma cena extremamente vergonhosa envolvendo Yelena e Natasha, tanto pela situação em si como pelos efeitos utilizados. Por ser um filme de ação e espionagem, poderia ter sido optado o uso de efeitos práticos para trazer mais realismo em determinadas situações e, mesmo que não tenha como ser realista em um universo onde um homem se transforma em um monstro verde gigante, é melhor tentar do que fazer algo mal feito.Viúva Negra | Crítica - NerdBunker

Então, é bom?

O filme solo que serve como despedida de Natasha Romanoff acaba desperdiçando diversas oportunidades de homenagear a heroína após seu fim trágico em Vingadores: Ultimato e de desenvolver seu passado. Como foi dito acima, o ideal seria que esse longa fosse o terceiro de uma trilogia ou ao menos um segundo, onde o primeiro explorasse todo o passado da Viúva Negra incluindo a missão de Budapeste, seu relacionamento com o Gavião Arqueiro e seu treinamento na sala vermelha.

Acaba que o longa apresenta uma história simples que não consegue se desenvolver por apresentar diversos elementos, dois vilões extremamente bobos e genéricos, efeitos especiais que beiram ao ridículo e a personagem protagonista se transforma em coadjuvante em seu próprio filme. Não chega a ser um péssimo filme pois ao menos diverte o público, mas a Viúva Negra com toda a certeza merecia bem mais como despedida.

No fim das contas, acaba que a cena pós-créditos empolga mais do que grande parte do filme.

Nota: 2/5

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Um Lugar Silencioso: Parte 2 e a Expansão do Universo de Krasinski

Dirigido por John Krasinski e estrelado por sua esposa, Emily Blunt, em 2018 estreou nos cinemas Um Lugar Silencioso: longa de Terror onde acompanhamos um casal e sua convivência com seus filhos em um mundo pós-apocalíptico dominado por criaturas cegas que apresentam uma audição extremamente aguçada. Enquanto andam descalços ao ar livre e se comunicando por meio da linguagem de sinais, a família precisa sobreviver e evitar ao máximo fazer algum barulho para não atrair os monstros.

O título trouxe uma inovação para o gênero ao, tal como Christopher Nolan fez em Dunkirk, usar o som e sua edição – ou a ausência dele, neste caso – como elemento primordial da narrativa para criar a atmosfera e a tensão necessárias, envolvendo o telespectador no ambiente exibido nas telas. Após inúmeros adiamentos por conta da pandemia, Um Lugar Silencioso: Parte 2 finalmente chega aos cinemas deixando uma dúvida assim que começa – será que está é uma continuação necessária?

A Quiet Place 2': First Trailer: John Krasinski's Near-Silent Sequel | IndieWireCom o passar dos anos, surgiram diversos longas cuja as suas sequências comprometeram a premissa inicial criada no primeiro filme. Alien, por exemplo, apresentou em seu longa um clima de tensão e suspense no decorrer do título justamente pela demora da criatura a aparecer e pelo mistério de sua origem. Com suas continuações e prequels que buscavam explicar a origem do monstro, o clima criado pelo primeiro filme foi quebrado e os longas que vieram depois apresentaram qualidade duvidosa por conta disso – o mesmo ocorrendo com Predador e outros filmes atuais dos gêneros. É gratificante saber que, entretanto, isso não é o que ocorre com Um Lugar Silencioso: Parte 2 que cumpre seu papel e serve uma excelente expansão do universo composto por John Krasinski em 2018.

Começando com um prólogo mostrando o primeiro dia da invasão aos monstros sem revelar muito sobre sua origem e apresentando personagens relevantes para o decorrer da trama, a história deste é uma continuação direta do primeiro filme: depois de terem sua fazenda destruída pelas criaturas, a família protagonista precisa encontrar um novo lugar explorando a cidade na qual vivem. Enquanto isso Regan Abott, a filha do casal, procura uma forma de divulgar aos sobreviventes restantes sua descoberta para matar os monstros através do som.A year later, John Krasinski's 'Quiet Place' ready to make noise | WCTIO elemento interessante aqui é ver como o filme segue a mesma fórmula com algumas alterações do seu antecessor e funciona em harmonia com mesmo, servindo como um acréscimo que caso seja assistido com o primeiro filme funcione como um ato dele. John Krasinski trabalha bem na direção e utiliza elementos do cenário como primordiais para a narrativa fluir de forma coesa sem precisar explicar ao público por meio de diálogos expositivos. Além disso, se utiliza da mesma forma o recurso sonoro como forma de aumentar a tensão e ambientar os telespectadores a situação exibida em tela – porém, não consegue atingir ao ápice que o antecessor atingiu.

A narrativa do longa também consegue fluir entre os pontos de vista dos dois grupos de protagonistas: um, composto pelo personagem de Cillian Murphy e pela filha do casal enquanto o outro é composto pela personagem da Emily Blunt e seus dois filhos. Esta ruptura é bem trabalhada mas colabora com um dos pontos negativos do longa.

Por mais que seja bom, o título não consegue transmitir o mesmo que sua primeira parte, creio que seja por ter acabado com o mistério de como seriam as criaturas e pela lentidão de sua narrativa. Outro ponto que tira um pouco do brilho é as conveniências expostas no roteiro perante a exibição do longa, onde certas situações se resolvem de forma aleatória apenas para ajudar os protagonistas sem nenhuma explicação aparente. Por último o longa abre brechas durante sua exibição que acabam não sendo exploradas da devida forma, logo por mais que os 90 minutos de exibição sejam mais que o necessário para contar esta história, ele também sabota neste ponto e ajuda a não explorar os personagens da mesma forma que o primeiro desenvolveu. Um Lugar Silencioso - Parte II: Cillian Murphy aparece em imagem inédita do filme - Notícias de cinema - AdoroCinema

Então, é bom?

Um Lugar Silencioso: Parte 2 se apresenta como uma excelente expansão do universo que Krasinski trouxe para os cinemas três anos atrás. Enquanto o primeiro longa focava apenas na família protagonista em sua narrativa central, este trás novos personagens além destes e trilha entre dois pontos de vista diferentes mostrando que há mais a ser explorado.

John Krasinski trabalha de forma sutil e aceitando suas limitações durante os 90 minutos de exibição do longa e consegue manter toda a fórmula que compõe o longa antecessor sem que ele perca sua essência e sem nenhuma pretensão de ser algo além de um filme de suspense e sobrevivência, utilizando todos os recursos disponíveis em cena para contar sua história e criar a tensão necessária – mesmo que esta não tenha a mesma potência que teve no primeiro longa.

De forma geral quem gostou do antecessor irá adorar o título e vai pedir mais após seu desfecho, sendo que a continuação já está confirmada para 2023.

Nota: 4/5

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Fortnite | Loki ganhará skin no jogo em Julho

O Deus da Trapaça adorado pelos fãs da Marvel e com sua série solo fazendo sucesso na Disney Plus ganhará uma skin no Fortnite! Foi anunciado pela Epic Games que Loki Laufeyson se juntará ao Clube Fortnite em Julho. Confira abaixo o vídeo de anúncio:

Com o visual baseado no primeiro filme dos Vingadores, lançado em 2012, o personagem virá com sua capa como acessório de costas, com o cetro como picareta e com uma asa-delta de carruagem Chitauri. Junto com os cosméticos, virá também uma tela de carregamento.

Fortnite Loki's Welcoming Loading Screen

Junto com a skin do personagem, os assinantes do Clube Fortnite ganham outros benefícios como acesso ao passe da Temporada 7, que conta com outros personagens icônicos como o Superman e o Rick de Rick e Morty, e 1.000 V-bucks mensais. A assinatura custa 38,90 reais mensais e pode ser cancelada a qualquer momento.

Para mais novidades a respeito de Fortnite, acompanhe a Torre de Vigilância!

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Invocação do Mal: Ordem do Demônio e a Saturação do Gênero

Há oito anos atrás James Wan dirigiu e lançou o pontapé inicial para o futuro da franquia Invocação do Mal, esta baseada nos casos reais de Ed e Lorraine Warren: um casal norte-americano que investigava e resolvia fenômenos paranormais. Com o passar dos anos a franquia ganhou quatro spin-offs, sendo três voltados para o famoso caso da boneca amaldiçoada Annabelle e um voltado para A Freira – demônio que aparece no segundo filme da franquia.

Com spin-offs que deixaram a desejar e com dois filmes principais extremamente elogiados, neste ano a franquia recebe seu terceiro filme Invocação do Mal: A Ordem do Demônio, este que foi adiado por conta da pandemia e que explora em tela o polêmico julgamento de Arne Johnson em 1981.

Invocação do Mal 3: A Ordem do Demônio' ganha trailer assustador | Coxinha Nerd

O caso citado acima tem início em 1980 onde David Glatzel, com 11 anos na época, relatou ter sido empurrado e ameaçado por um idoso estranho ao limpar junto com a família uma residência alugada pela mesma. A criança disse que o homem falou que iria roubar sua alma e que coisas horríveis iriam acontecer caso eles se mudassem para a casa. Conforme os dias se passaram, o menino começou a acordar por conta de pesadelos e apresentando diversos arranhões e hematomas pelo corpo, dizendo também ver uma criatura estranha. Com medo da situação, a família entrou em contato com o padre de uma igreja local e este chamou os Warren para ajudar no caso. Segundo os relatos, assim que o casal chegou para ajudar o garoto, o mesmo começou a ter um comportamento estranho onde rosnava, falava línguas desconhecidas e dizia se sentir sufocado por alguma presença invisível.

Com o objetivo de ajudar o garoto, o casal começou a realizar uma série de pequenos exorcismos para aliviar a condição da criança e os mesmos alegam que encontraram cerca de quarenta e três demônios no corpo do menino. Em uma das sessões Arne Johnson implora para que, o que quer que estivesse possuindo a criança, o deixasse e fosse para o seu corpo no lugar. Com o passar do tempo, a criança parou de apresentar os comportamentos estranhos e, ao invés disso, Johnson quem começou a manifestar eles. Então em Connecticut, no ano de 1981, Arne assassinou Alan Bono com golpes de canivete enquanto rosnava e fazia outros sons estranhos, sendo encontrado em uma estrada localizada a três quilômetros de distância do local onde ocorreu o crime e sem memória sobre o que aconteceu, segundo ele. Este é o ponto que se inicia a história de Invocação do Mal: A Ordem do Demônio.

Conjuring the Devil Made Me Do It True Story - What Happened to Arne Cheyenne Johnson?
Créditos: Esquire <https://www.esquire.com/entertainment/movies/a36634853/true-story-the-conjuring-the-devil-made-me-do-it/>

Arne Johnson foi condenado por homicídio culposo e deveria cumprir de 10 a 20 anos de prisão. O casal Warren foi responsável por procurar evidências que comprovassem a possessão demoníaca do rapaz no momento do assassinato. E com isso o caso se tornou polêmico e todos começaram a acompanhar para saber seu desfecho.

Por fim a trama do filme gira em torno deste caso e apresenta algumas alterações em sua narrativa aumentar a carga emocional do público e adaptar ao gênero para os cinemas. Entretanto, estas alterações se tornam mais do mesmo no decorrer da exibição e diversos elementos acrescentados ao longa comprovam que o gênero já está saturado e que a franquia principal e seus spin-offs estão na hora de verem seu fim – sendo este filme uma conclusão satisfatória da mesma.

O casal Warren está de volta no trailer do terceiro &quot;Invocação do Mal&quot;

Neste título James Wan passou o bastão da direção para Michael Chaves, diretor responsável pelo medíocre ‘A Maldição da Chorona’. Inicialmente não se nota diferença em sua abordagem, sendo conduzida por maestria pelo sucessor de Wan – entretanto, no decorrer da exibição, o diretor desliza e acaba por cometer levemente os mesmos erros que foram vistos em seu filme anterior, procurando claramente se diferenciar ao máximo e buscar seu próprio tom. Mas isso não tira seu mérito na direção, de fato deve-se elogiar o rumo inicial tomado por Chaves no terceiro título da franquia, uma pena que não se manteve até o final e fez com que o longa caísse no genérico.

Após a sequência de abertura do longa onde observamos o exorcismo da criança e toda a situação consequente ao evento, o debate jurídico do caso e a busca por provas concretas para apresentar ao júri são os fatores que conduzem a narrativa e intrigam o telespectador para o que está por vir. Em partes do segundo e em seu terceiro ato, o longa perde a essência inicial e se torna mais um filme sobrenatural que aposta em uma resolução fraca envolvendo o misticismo por trás do caso e em jumpscares previsíveis.

The Conjuring: The Devil Made Me Do It - Which Parts of the Film Are True? - Den of GeekQuanto ao elenco, a química entre Patrick Wilson e Vera Farmiga continua sensacional e entrega a tensão momentânea vista em determinada situação, seja a preocupação com o que está acontecendo ou a preocupação pelo que o parceiro está sofrendo no momento. Além dos protagonistas, Jullian Hilliard (que interpreta David Glatzel) cativa novamente o público assim como o fez em WandaVision, A Cor que Caiu do Espaço e em A Maldição da Residência Hill – provando que seu futuro será promissor, principalmente no gênero.

Então, é bom?

Invocação do Mal: A Ordem do Demônio aparenta ser em seus minutos iniciais algo diferente do que já nos foi apresentado na franquia, se assemelhando por exemplo ao longa ‘O Exorcismo de Emily Rose’. Entretanto toma o mesmo rumo sobrenatural de seus antecessores e se torna o mesmo que já vimos em outros filmes do gênero, focando em jumpscares e ficando confortável com uma ‘fórmula’ que nunca dá errado. Por mais que funcione e sirva como entretenimento durante sua exibição, não evolui em sua premissa inicial e só prova que os filmes de temáticas paranormais estão saturando o gênero do Terror e que algo inovador seria bem-vindo para refrescar os ares.

Nota 3/5 – Prata

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Forza Horizon 5 é anunciado e ganha trailer

Durante a transmissão da Microsoft na E3 2021, o novo título da franquia de corrida aclamada pelos fãs da empresa foi anunciado! Forza Horizon 5 será lançado ainda este ano e se passará no México. Confira o trailer abaixo:

Junto com o trailer, foi exibido durante a transmissão uma gameplay do novo título.

Com data de lançamento anunciada, Forza Horizon 5 sairá em 9 de novembro deste ano.

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Halo: Infinite ganha novo trailer com data de Lançamento

Foi divulgado hoje durante a transmissão da Microsoft na E3, dois novos trailers de Halo: Infinite. Um mostra um pouco da campanha do novo título enquanto o outro foca no seu Multiplayer. Confira ambos abaixo:

Além disso, foi anunciado que o Multiplayer será free-to-play e será lançado em Dezembro próximo ao Natal.

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Fortnite | Confira as Novidades da Temporada 7

Fortnite, o famoso Battle Royale da Epic Games, recebeu hoje (08/06) sua mais nova atualização começando oficialmente a nova temporada do jogo.

Visão Geral do Capítulo 2: Temporada 7 do Fortnite — InvasãoA trama da nova temporada começa quando um exército alienígena começa a atacar a ilha cenário do título. Com isso, a Ordem Imaginária (O.I.) aceita a missão de enfrentar a raça invasora. Confira abaixo as novidades da Temporada 7:

Discos Voadores em FortniteHá discos voadores pelo mapa, controlados pelos alienígenas e que podem ser pilotados pelos jogadores derrubando ou sabotando um. Com isso se acrescenta mais um veículo ao jogo capaz de causar danos em adversários.

Inovações da O.I. para o FortniteNovas armas com tecnologia alienígena foram adicionadas: scanner de reconhecimento, rifle pulsos e armas de energia, dentre outras que surgirão durante este período. Além disso, assim como na temporada anterior, as armas podem ser transformadas através do sistema de criação presente no inventário – agora, utilizando parafusos e porcas encontradas no mapa.

No mapa agora há uma nave alienígena enorme sobrevoando-o e no local onde se encontrava O Pináculo, agora se encontra A Devastação que é uma enorme cratera.

Confira o trailer da nova temporada:

O passe de temporada também sofreu algumas alterações. Agora, com o passar dos níveis, o jogador desbloqueia estrelas e com elas ele poderá liberar os itens disponíveis nele. E falando no passe de temporada, neste estão presentes personagens como o icônico Superman/Clark Kent, tanto em seu uniforme clássico como em seu uniforme preto, e Rick Sanchez do desenho Rick e Morty. Junto a eles, estão presentes personagens originais do jogo.

Confira abaixo o trailer do Passe de Batalha:

O Passe de Batalha custa 950 V-Bucks (25 reais) e está disponível até o dia 12 de Setembro.

 

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Army of the Dead: A Liberdade de Zack Snyder

O que acontece em Vegas, fica em Vegas?

Army of the Dead foi anunciado originalmente em 2008 e demorou 10 anos até que finalmente a Netflix adquirisse os direitos de produção e decidisse lançar o longa. Depois de tantos anos de espera, finalmente o longa foi lançado na plataforma de streaming com Zack Snyder em sua direção e sendo o responsável pelo primeiro filme de um universo que aparenta ter um futuro bem promissor.

Army of The Dead | O que sabemos sobre o filme até o momento

No filme, Las Vegas é infestada de zumbis após um acidente envolvendo uma carga da Área 51. Depois desta introdução e diante de toda a tensão política envolvendo a situação e o planejamento de destruir a cidade com uma bomba nuclear acompanhamos Scott Ward, um ex-militar responsável pela evacuação da cidade no dia do acidente, e seu grupo de mercenários que tem como objetivo invadir e assaltar 200 milhões de dólares de um cassino. O tom do filme já é estabelecido nas primeiras cenas, apresentando a já tão conhecida e criticada assinatura do diretor que logo se torna diferente ao apresentar uma introdução colorida mostrando os primeiros acontecimentos da cidade.

A trama de Army of the Dead é bem simples e rasa, entretanto os ganchos gerados a partir dela não são e isso é notado não só na introdução do longa como também em diversos elementos espalhados durante sua exibição. O bom disso é que a história consegue ser bem desenvolvida sem precisar enrolar o telespectador com explicações desnecessárias durante a exibição. Infelizmente há arcos desnecessários que servem apenas para prolongar o tempo de duração, sendo aproximadamente três horas de filme. No fim, a história e sua conclusão são satisfatórias e deixam o telespectador curioso com o futuro deste universo.

Quanto aos personagens apresentados: suas motivações são extremamente superficiais e não geram carisma com o público. Aqui dedica-se um bom tempo de tela para introduzir eles mas não há desenvolvimento dos mesmos, o que sabemos sobre é que cada um tem uma habilidade específica para a situação onde por exemplo um é responsável por abrir cofres, outro pilota helicóptero e por aí vai. Não há preocupação em desenvolver mais do que isso, e é interessante pois a dinâmica do grupo funciona como se cada um fosse de uma classe diferente em um jogo de RPG, dando um certo aspecto de videogame ao filme semelhante ao visto na franquia Left 4 Dead ou até mesmo ao Payday. Resumindo, nenhum personagem se destaca fazendo com que o protagonista do filme seja de fato a cidade de Las Vegas e este grupo sirva apenas para conduzir uma das diversas histórias deste universo.Army of the Dead' review: Zack Snyder cuts loose (and too long) on a zombie-heist combo - CNNO único problema deste falta de carisma por parte dos personagens é que gera arcos desnecessários como é o caso da relação entre o personagem de Dave Bautista e sua filha – não há desenvolvimento e acaba que seu término passa batido. No fim das contas, estes arcos tomam um tempo de tela desnecessário que prolonga a exibição do longa e não cumprem nenhum papel em específico na narrativa.

A fotografia do filme merece destaque: Snyder abandona aqui sua estética já conhecida e adota um tom mais colorido que torna o filme mais divertido e descompromissado com a seriedade. Além disso os efeitos estão sensacionais ao misturar efeitos práticos com CGI, trazendo maior naturalidade ao longa. Inclusive deve-se destacar a substituição no elenco feito de última hora: Tig Notaro entrou para a equipe ao invés de atrasar o filme com refilmagens e afins, o ator anterior foi substituído digitalmente pela atriz – sendo esta gravada em estúdio com telas verdes. Em alguns momentos se estranha essa substituição por conta da movimentação da atriz, mas é bem feito e quase não se nota durante a exibição.

How Zack Snyder Swapped in Tig Notaro for 'Army of the Dead'O mais interessante no longa são os zumbis e suas dinâmicas: sendo semelhantes aos apresentados na adaptação do livro Eu sou a Lenda (2007) e do filme World War Z (2013), as criaturas se comportam de forma inteligente como se vivessem em uma colônia e com consciência de cada organização. Infelizmente não se explora tanto esse lado durante o filme, mas na introdução mesmo se explica de forma perfeita como a epidemia começou. Deixando mais perguntas do que respostas, fica óbvio os diversos ganchos deixados pelo diretor para responder futuramente em outras mídias.

É nítida também a liberdade autoral que Zack Snyder teve para conduzir o longa durante sua produção, passando pela estética e assinatura clássica do diretor até pelo desenvolvimento da trama sem nenhum corte que comprometesse o desenvolvimento da mesma. É sensacional ver aqui o que o diretor consegue fazer sem interferência de terceiros, comprovando que seu pior inimigo era sua parceria anterior. Para os fãs de seu trabalho, este filme é um prato cheio e marca sua nova trajetória no audiovisual junto ao seu corte de Liga da Justiça.

Army of the Dead': Novo thriller de zumbi do Zack Snyder já está disponível na Netflix | CinePOP

Então, é bom?

Army of the Dead é uma junção entre Esquadrão Suicida e Madrugada dos Mortos que consegue revigorar e homenagear o gênero com maestria. O longa cumpre tudo o que prometeu em seu marketing e entrega um blockbuster de zumbis digno de ser visto nos cinemas, onde o protagonista é Las Vegas propriamente dita e os personagens servem apenas como instrumentos para desenrolar a história deste mundo e deixar ganchos para sequências e prólogos. Em suma, Army of the Dead é um bom filme do gênero, divertido e que consegue entreter o telespectador deixando-o curioso para o que está por vir no futuro promissor deste filme.

Nota: 4/5 – Ouro

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Gameplay

Resident Evil: Village e o Retorno Triunfal da Franquia

Resident Evil é uma das franquias mais famosas no mundo dos videogames. Passando por diversas decepções como o sexto título da franquia, o jogo inovou em sua gameplay com o lançamento de Resident Evil 7 em 2017, apresentando-se em primeira pessoa e retomando as origens do survival horror com características de jogos fluentes na época, como Outlast.

No jogo acompanhamos uma nova história com Ethan Winters, um civil que vai em busca de sua mulher desaparecida. Essa jornada o leva para uma mansão que aparentemente estava abandonada, mas que na realidade estava habitada pela família Baker. O sétimo título da franquia dividiu a opinião dos fãs: enquanto alguns achavam que a essência da franquia havia retornado, outros desaprovaram a câmera em primeira pessoa e o excesso de gore e terror, fazendo com que consequentemente estes dois elementos fossem reduzidos na sua continuação. Inclusive, este foi o jogo da franquia que menos obteve lucro no Japão.

No Metacritic, 'Resident Evil Village' se torna um dos jogos mais bem avaliados da franquiaAgora, alguns anos se passaram desde os eventos do jogo anterior e Ethan Winters vive tranquilamente com a sua esposa, Mia. Ambos estavam construindo uma vida nova com sua filha, Rose, até que Chris Redfield surge e muda a vida dos dois. A partir disso, Ethan se vê em um vilarejo estranho e irá precisar combater os novos monstros da franquia para resgatar sua filha. Sendo uma continuação direta de Resident Evil 7, a trama agora apresenta mais detalhes acerca do universo apresentado no seu antecessor e explora bem os novos personagens inseridos na franquia, seja por meio de diálogos ou documentos – coisa que o título anterior não fez de forma correta.

Por si só a história já consegue ser mais cativante do que a do título anterior – mesmo que o plot inicial seja relativamente semelhante, é diferente do seu antecessor  em diversos aspectos. Enquanto a história de Resident Evil 7 tem um início lento e gradual onde o seu ápice é focado apenas em gore, neste em seus dez minutos iniciais já somos apresentados ao que está por vir em uma sequência de tirar o fôlego e que gera diversas perguntas ao jogador. E em suma, a trama é isso: inúmeros mistérios que surgem a cada momento e provocam uma busca desenfreada pelas respostas, que revela mais ameaças e áreas para se explorar.

Infelizmente o jogo não está livre de momentos tediosos e monótonos em algumas ambientações. Entretanto, no fim das contas, cumpre seu papel e acaba prendendo o jogador do início ao fim. A duração do jogo é relativa, a minha primeira jogatina foi na dificuldade média e explorei o máximo possível dos cenários, demorando cerca de 19 horas registradas na Steam para concluir o jogo.

Resident Evil Village ganha data de lançamento e gameplay para PS5 | Jogos de terror | TechTudo

Outra melhora observada é que, enquanto em seu antecessor os personagens passavam despercebidos (onde o próprio protagonista não era carismático, não tinha rosto e apresentava poucos diálogos), no atual não só o personagem principal como os demais – incluindo alguns vilões da trama – apresentam um certo desenvolvimento e mais diálogos, cativando o jogador e trazendo uma importância aos mesmos. Ethan agora apresenta um rosto, diálogos em todos os momentos com reclamações e comentários sarcásticos a respeito do que está acontecendo. Além disso, sua motivação é clara e é impossível não se ligar aos sentimentos do protagonista e ao seu amor paterno pela Rose.

A partir desse ponto entra uma das decepções do jogo: Lady Dimitrescu. O marketing do jogo deu um foco absurdo em uma das vilãs enquanto durante a jogatina sua presença é bem rápida e não provoca nenhuma sensação ao jogador. Juntando isso ao final medíocre da personagem, ela se torna apenas uma personagem secundária que não foi aproveitada na franquia.

Fica nítido que Resident Evil: Village é um somatório de todos os acertos feitos nos remakes da empresa e no sétimo título junto com as correções que deveriam ter sido feitas nos respectivos jogos.

Impressões: Resident Evil Village relembra atmosfera de RE4

Village pode ser definido como uma junção entre a ambientação e a ação presentes no Resident Evil 4 com a jogabilidade de Resident Evil 7. O jogo se passa em grande parte do tempo no vilarejo semelhante ao que Leon Scott Kennedy visita em seu título, trazendo nostalgia para a jogatina. Conforme você progride, novas ambientações são desbloqueadas sendo elas o local de cada boss do jogo. Todos os cenários são bem feitos e apresentam detalhes impressionantes mas os destaques mesmo são o vilarejo e a casa Beneviento, sendo este último um dos melhores momentos do jogo. Enquanto isso, tal como a personagem o cenário que mais deixa a desejar mesmo é o castelo da Dimitrescu.

Os gráficos do jogo são os mesmos observados nos remakes e no anterior, sendo bem otimizado e rodando tranquilamente em computadores com placa de vídeo integrada no processador – entretanto, o desempenho pode ser comprometido em processadores da AMD segundo os testes realizados e relatos vistos na internet.

Resident Evil Village - PC - Buy it at Nuuvem

Os puzzles do jogo intercalam entre serem bons, exigindo certo raciocínio e entre serem um pouco arrastados em determinados pontos. Os novos inimigos da saga apresentam visuais únicos e apresentam uma IA excelente se comparado com outros jogos da franquia, apresentando um certo nível de desafio e dificuldade principalmente por parte dos chefes. A jogabilidade do título é a mesma apresentada no anterior, com novidades que foram bem-vindas: agora os itens importantes para progressão são separados do inventário normal, não ocupando espaço e há como fazer upgrades no personagem.

Outra novidade é o retorno do modo The Mercenaries, sendo a mesma coisa apresentada nos títulos anteriores: você precisa eliminar um determinado número de inimigos no tempo estipulado para ganhar pontos e desbloquear itens e habilidades para o personagem. Este modo é extremamente nostálgico e divertido para passar o tempo, prolongando a vida útil do jogo.

De fato o único problema observado durante a jogatina foi a dublagem dessincronizada: o áudio, independente da linguagem selecionada, apresentou-se adiado em relação a legenda e a cutscene. Ignorando esse problema que comprometeu um pouco a experiência, o restante do jogo fluiu bem e sem quedas de FPS ou travamentos mesmo utilizando uma placa de vídeo integrada. Até o momento desta análise, o problema não foi corrigido.

More On Chris Redfield's Significant, Darker Role In Resident Evil Village - Game Informer

Então, é bom?

Por mais que certos elementos estejam ausentes neste novo título, Resident Evil: Village acaba sendo o resultado de uma soma onde as variáveis são todos os acertos dos títulos anteriores e, assim, consegue se tornar excelente. Juntando a mecânica do sétimo com a ambientação do quarto, o título consegue transportar o jogador e dar ao mesmo uma imersão na pele de Ethan Winters mesmo que, em alguns momentos, o seu decorrer seja monótono.

De fato o único problema observado durante a jogatina e que afeta levemente a mesma foi o áudio dessincronizado com as cutscenes – desconsiderando isso, tudo o que foi prometido está devidamente entregue neste título. O título está longe de ser o melhor da franquia, mas sem dúvida alguma marca o retorno triunfal da franquia ao ser nostálgico com os elementos do quarto jogo e se consolida como o maior acerto da empresa nesses últimos anos.

Apresentando uma ambientação de tirar o fôlego junto com uma trama sólida e que prende o jogador, Resident Evil: Village é indispensável aos fãs da famosa franquia da Capcom.

Nota: 4/5 – Ouro

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Viagem ao Centro da Terra – Novo Lançamento do Estúdio GGAC entra no Catarse

Responsável pelo lançamento do livro-jogo Sobreviver, o Estúdio GGAC irá lançar seu mais novo selo intitulado ‘Essencial GGAC’ que tem como objetivo relançar obras clássicas em formatos modernos em uma edição de luxo totalmente exclusiva com novas artes, tradução original e brindes exclusivos.

O primeiro lançamento do novo selo será o livro ”Viagem ao Centro da Terra” escrito por Júlio Verne, o pai da ficção-científica. A edição virá em uma edição ilustrada e tradução feita a partir do original em francês. Lançado originalmente em 1854, a história conta com um nível impressionante de detalhes, um grande embasamento científico, e uma aventura capaz de te fazer viajar junto dos protagonistas rumo a um mundo desconhecido, que está escondido bem abaixo dos nossos próprios pés.

 

Com o seu apoio, será publicado uma nova edição em capa dura, com uma roupagem totalmente exclusiva, artes originais, diagramação especial, extras e curiosidades, tradução autoral direto do original em francês, notas de tradução imersivas e muito mais compilado em uma edição de luxo. Além disso, poderá se esperar muito conteúdo e brindes nas recompensas dos apoios que farão a leitura ainda mais imersiva e especial. Uma experiência que só essa edição poderá proporcionar.

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