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Agents of S.H.I.E.L.D | Chloe Bennet fala sobre os novos rumos de sua personagem

Escrito por Tiago Bacelar

No episódio The Team, de Agents of S.H.I.E.L.D, exibido ontem à noite, 19 de abril, Hive (Brett Dalton) finalmente colocou seus tentáculos sobre um dos membros da agência. Com a ajuda dos Guerreiros SecretosDaisy Johnson (Chloe Bennet) invadiu a base militar da Hydra para libertar sua equipe e o Diretor Coulson (Clark Gregg). Aproveitando a oportunidade, Hive contra-atacou. Infectada e sob as ordens do perigoso inumano, Daisy retorna à sede da S.H.I.E.L.D para causar o caos para seus amigos. Ela mata Gideon Malick (Powers Boothe) e usa Lincoln (Luke Mitchell) como escape.

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Em entrevista à CBR News, a atriz Chloe Bennet, que está na série desde o capítulo inicial, analisou sua experiência como uma das servas de Hive, revelando o desafio que isso representou e como isso afetará sua personagem no futuro. Ela também contou sobre os laços de Hive com Daisy e como sua traição terá impacto no relacionamento dela com Lincoln. Chloe deu pistas de como Capitão América: Guerra Civil vai influenciar a série.

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Como foi virar uma pessoa do mal?

Chloe Bennet: “Isso foi horrível! Eu tive realmente um momento difícil com esse fato. Estou com essa personagem… Tenho interpretado ela nos últimos três anos. Depois desse tempo, você começa a sentir o que ela sente e quem você é. Passei a ficar muito próxima da Daisy, quando passo a interpretar ela. Quando ela faz algo ruim, é muito complicado racionalizar aquilo, especialmente quando é algo semelhante a reviravolta dessa semana. A Daisy está basicamente sendo forçada a agir sob algum tipo de droga. É algo muito difícil e complicado para eu interpretar. Eventualmente, ao longo do tempo, já comecei a achar divertido. No começo foi bem confuso. Mexeu muito comigo essa revelação. A pior parte foi ter que jogar a culpa no Lincoln”.

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A grande revelação desse episódio é comparável ao segredo de Ward ser um membro da Hydra na primeira temporada. Qual foi a sua reação ao descobrir que Daisy era a pessoal que tinha sido infectada por Hive?

“Eu fiquei muito surpresa. O quê? Quando estarei voltando? Eu voltarei? Serei uma vilã para sempre? Procurei me informar com os roteiristas dos planos para essa remexida na personagem. Então, comecei a pesquisar sobre como as pessoas que praticam heroísmo sentem, e qual seria o próximo nível de emoções. Isso é obviamente um assunto relevante, porque todo mundo lida com algum tipo de mudança de algum jeito ou outro. Algumas são mais extremas, mas é um diferente tom de interpretação. É um nível diverso de atuar com a personagem. Ela precisa demonstrar essa variação. Existem níveis de dopamina atravessando seu cérebro, e fazendo ela sentir-se realmente bem com aquela maldade, e ao mesmo tempo, ela é ainda a Daisy. Isso foi realmente muito, muito desafiador de interpretar. Foi realmente difícil”.

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No momento, nós sabemos que Hive retém as memórias das pessoas que ele ocupa. É possível que ele tenha algumas inclinações românticas com a Daisy, da mesma forma que mantinha uma intriga contra Gideon Malick?

Eu penso que sim. Deve existir uma parte dele que é conectado à ela. Obviamente, a Daisy é uma inumana muito poderosa, e suas habilidades são muito importante para o Hive. Existe nele diferentes níveis. Ele retém as memórias de seus compartimentos anteriores, mas ainda é incrivelmente poderoso. Dessa forma, não penso que ele deixará que os sentidos das pessoas que ocupou, fiquem no caminho de seus verdadeiros objetivos“.

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Falando de Gideon Malick, Daisy matou ele de uma forma muito brutal. Aquilo foi tudo obra de Hive, ou tinha um pouco da Daisy ali, também?

“Eu não penso como uma ação dele, necessariamente. Obviamente, a Daisy não teria feito isso, se não estivesse sob controle. Mas, quero dizer que agora nós sabemos de até onde ela pode chegar. Quando as morais das pessoas são retiradas de suas consciências, é interessante ver o tipo de pessoa que ela é e quão poderosa realmente se tornou. é um tipo de brutalidade. Mas não penso que ela ficou necessariamente mal com isso, porque Malick não era um dos caras bonzinhos. Foi complicado fazer os poderes. Estava me sentindo com vontade de pedir desculpas para ele por fazer aquilo”.

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Você pode falar como essa virada de acontecimentos irá impactar no relacionamento da Daisy com o Lincoln?

“Nunca mais será o mesmo. Posso dizer isso”.

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Capitão América: O Soldado Invernal fez profundas mudanças no seriado, mas Vingadores: Era de Ultron não teve tanta influência assim. Guerra Civil terá um grande impacto para a série?

“Isso é interessante, porque estamos lidando com problemas. Nós temos basicamente uma guerra civil interna em nossa série no momento. Isso está esquentando. Existe uma tensão entre LincolnDaisy; cujos temas o filme obviamente toca de uma forma radical. Há coisas causando conflitos no nosso mundo. Daisy é uma inumana, tem poderes e é uma agente da S.H.I.E.L.D. Eu penso que é exatamente o que eles estão lidando no filme. A série vai abordar esse tema por um tempo. Isso irá impactar a série. Nós já estamos tocando nisso com todos os interessantes e relevantes aspectos desse problema. Pode o governo dizer a um grupo de pessoas, que não fazem parte dele, o que eles podem ou não fazer? A partir dessa pergunta podemos construir uma narrativa e como a resposta dela trará consequências. É um questionamento muito difícil. Eu não estou confiante que exista uma saída correta ou errada para ela. Existem ali argumentos coerentes para ambos os lados”.

Estrelando Clark Gregg, Chloe BennetMing-Na Wen, Marvel’s Agents of S.H.I.E.L.D vai ao ar todas as terças-feiras, às 22 horas, horário de Brasília, na ABC. O próximo episódio será chamado de The Singularity.

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Sobre o Autor

Tiago Bacelar

Estudante de Direito e formado em Jornalismo e em Cinema. Gosta de filmes e seriados de gêneros variados. Escreve para a Torre de Vigilância desde 2015.