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Mythos Editora lança Juiz Dredd Essencial Vol. 3: Juiz Dredd vs Juiz Morte

Já está disponível em pré-venda, Juiz Dredd Essencial Vol. 3: Juiz Dredd vs Juiz Morte, o terceiro volume da coleção do Bom Juíz. O clássico conta com histórias já conhecidas e essenciais da cronologia do personagem, com páginas totalmente restauradas digitalmente. O encadernado possui nomes como John Wagner e o excelentíssimo Brian Bolland. Um ótimo ponto de partida pra quem nunca leu nada do personagem. Confira a sinopse:

“O crime é a vida! A sentença é morte! Quando o Juiz Morte adentra Mega-City Um vindo de uma dimensão paralela, seu plano é simples: encontrar cada cidadão vivo e condená-lo ― à morte!

O terceiro volume na coleção Juiz Dredd Essencial apresenta as três primeiras aventuras aterrorizantes do Juiz Morte e os Juízes Negros. Juiz Morte e Juiz Morte Vive, por John Wagner (A History of Violence) e Brian Bolland (A Piada Mortal) são apresentadas em seu estonteante preto e branco, e com páginas restauradas, enquanto Os Quatro Juízes Negros é apresentada inteiramente em cores.”

Juiz Dredd Essencial Vol. 3: Juiz Dredd vs Juiz Morte chega com 164 páginas, capa comum e um formato de 21 x 0.7 x 27.6 cm. Adquira o seu exemplar aqui, com preço reduzido.

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Ultimato do Bacon Editora revela próximos lançamentos da coleção Escafandro!

Já é sabido por todos que a Editora Ultimato do Bacon é idealizadora das HQs bimestrais Escafandro, inspirada pelas revistas pulp, que apresenta histórias fechadas e completas em cada edição, sempre trazendo estilos diferentes como terror, ficção científica, aventura e comédia. 

A produção está correndo de vento em popa, fazendo tanto sucesso que a Editora decidiu acabar com a nossa ansiedade e já revelar quais serão seus próximos passos em 2022, os títulos e os artistas participantes, com nomes de peso como: Roberta Cirne, Marcatti, Wellington Srbek, Luís Carlos Sousa, Bia Donato e Lucas Rebelo. Confira as novidades!

O primeiro título revelado, que já será a próxima Escafandro a ser lançada, foi O pássaro azul, de Maurice Maeterlinck (1908) por Roberta Cirne (Gibi de Menininha, O Esqueleto).

A quadrinista pernambucana já revelou um teaser da obra que está sendo realizada de maneira tradicional – como é costume da artista. Depois de desenhar todas as páginas à mão, Roberta então pinta cada uma das páginas para somente então escanear e realizar o letreiramento no computador.

O segundo título anunciado vem pelas mãos de ninguém menos que Marcatti! Adaptando um conto dos irmãos Grimm que, segundo a lenda, foi baseado num acontecimento real do ano de 1284. O flautista de Hamelin de Marcatti, no entanto, segue uma linha de humor já característico do autor de Frauzio e Creme de Milho com Bacon

Na sequência, a revista Escafandro terá em suas páginas o aclamado autor de Estórias Gerais, Wellington Srbek, estabelecendo dupla inédita com a ilustradora Bia Donato.

Em Cosmogonia, Srbek irá narrar elementos da mitologia grega de uma maneira pouco usual no ocidente: se afastando da visão renascentista – ou mesmo hollywoodiana – e tentando se aproximar da narrativa original dos mitos clássicos, sempre contando com os belíssimos desenhos de Bia.

E por último, a editora anunciou mais um título com roteiro de Luís Carlos Sousa (Miss Hyde, Lâmina Azulada), desta vez acompanhado pelos desenhos de Lucas Rebelo.

Em O Mosaico, dois irmãos resistem em um campo de batalha contra monstros gigantes, cada um a bordo de um mecha gigante. A batalha pela sobrevivência passa por lembranças da infância e momentos de tirar o fôlego do leitor.

E então, curtiram as novidades? Estou super empolgada para conhecer os novos títulos. Fiquem atentos que postaremos assim que as edições forem sendo lançadas. 😉

As Escafandros tem 36 páginas totalmente coloridas, formato americano (17×25 cm), miolo em offset e capa cartão.

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Amor nas páginas dos quadrinhos: Indicações para o dia dos namorados

Mês dos namorados está aí, e o amor está no ar por todos os lugares, principalmente nas páginas dos quadrinhos. Vamos fazer hoje uma pequena lista de casais dos quadrinhos para você se inspirar e até presentear o seu amor. Simbora?

Vamos começar por um casal que é a voz da experiência, e para isso minha primeira indicação é O Casamento do Super Homem. Depois de quase 60 anos de muito desenrolo, o super moço, o nosso rapaz do campo, inteligente, cortez, bonito, e nossa Lois Lane a  audaz, destemida, corajosa, finalmente resolveram oficializar a relação que até então estava só no namorico no mundo das HQs, mas casório que é bom, nada! 

Nos anos 90, com a série de TV Lois e Clark: As Novas Aventuras do Superman (1993 – 1997), a dupla ficou ainda mais famosa aqui no Brasil. Eram episódios bem divertidos, e o casal estava sempre em evidência, e foi justamente no seriado que os pombinhos oficializaram esse relacionamento, muito antes de isso acontecer nas páginas das HQs. Mas, sendo a Warner a dona da po%%@ toda, do seriado e da DC, ela tratou logo de preparar uma edição comemorativa para oficializar esse casório nos quadrinhos também. 

A história do quadrinho não inicia com Lois e Clark já enamorados, Clark estava à frente do Planeta diário como editor chefe, enquanto Perry se trata de um câncer, quando Lois brota de vestido de noiva na redação. E não, esse não foi um pedido de casamento inusitado, mas sim mais uma das loucuras de Lois Lane, que faz de tudo para não perder uma boa investigação que a leve a um furo de reportagem. 

Toda essa confusão levou ao reatamento do namoro, que não tinha mais tempo a perder e precisava virar a página para o próximo passo. De forma quase realista, mostra as primeiras dificuldades como alugar um apartamento para a nova vida a dois, quem nunca perdeu a cabeça buscando o lar ideal quando chegou a hora de unir as escovas de dentes com seu amor?  Mas, esse é só um detalhe, além do afastamento de Perry, o retorno inusitado de Lois Lane, Clark também havia perdido os seus poderes e ainda não sabia o porquê, tão pouco como recuperá-los. 

Até o Batman faz uma aparição especial nessa edição, como um bom padrinho, ele cuidou de dar o melhor presente e ainda manter a cidade em segurança para que os pombinhos possam curtir o casamento e Lua de Mel. 

Na minha humilde opinião? Vale a pena conferir,  não é todo dia que vemos uma edição apenas para o casório do Super, e acho até que merecia um relançamento em uma nova  edição especial para colecionador. O quadrinho saiu aqui no Brasil em 1998 pela Abril, mas você ainda pode encontrar uma edição usada na Shopee, Mercado Livre, ou nos velhos e bons Sebos. 

O segundo casal também tem uma história antiga, ao contrário do bacanos acima, esses aqui seguem à risca o ditado “dois bicudos não se beijam”, e isso dificulta qualquer relacionamento. Alguém precisa ceder em algum momento, não é mesmo? Mas, o que move esse casal é desejo da “caça” e sendo uma gata selvagem, Selina gosta de brincar com sua presa, fazendo de tudo manter seu morceguinho tonto de tanto jogá-lo de um lado para o outro, mas sempre vivo. Os dois já ficaram juntos e se separaram por várias edições de quadrinhos, e inclusive se casaram. Mas, hoje não vou indicar uma história de Selina e Bruce, e sim uma história mais pitoresca, um crossover entre Batman e Tarzan, intitulada Batman e Tarzan: Nas garras da Mulher Gato, que saiu pela Editora Mythos em 1999. Nessa HQ a Mulher Gato não é a Selina, mas sim a princesa Khefretarl de Memnon, no continente africano.

Nesse conto, Bruce está financiando uma exposição para o Museu de História natural de Gotham City, e inaugurando a ala Thomas e Martha Wayne, em homenagem aos seus pais. Bruce recebe muitos artefatos valiosos trazidos pelo Dr. “Finnegan Dent”, arqueólogo e aventureiro. Bruce logo desconfia da origem das obras apresentadas, após Dent insistir em um sigilo, que se torna  digno de uma armação. Na festa de inauguração da exposição, Bruce conhece John Clayton, o Lorde Greystoke, também conhecido como Tarzan

Após a festa de inauguração, o museu sobre uma tentativa de roubo, que é impedida por Batman e ninguém mais, ninguém menos do que o próprio Tarzan, que estava de butuca no local pela desconfiança da origem das peças do museu. Ambos pegam no flagra a Mulher gato dessa nossa história, que na verdade não estava tentando roubar, mas sim recuperar os artefatos que pertencem por direito ao seu povo e estavam sendo contrabandeados ilegalmente.

Depois dessa descoberta, o novo trio vai até a África para tentar impedir Dent de agir novamente e proteger os segredos de Memnon. Nessa viagem acontece um pequeno affair entre Bruce e Khefretarl, que propõe a Bruce permanecer com ela, mas nosso heróis obscuro de Gotham City não consegue afastar de sua missão em sua Cidade Natal, mesmo para viver finalmente um grande amor.

“Eu gosto de você. Ao ver Tarzan e Jane juntos, percebi o vazio de minha vida… Mas eu tracei meu caminho quando era garoto… num beco sujo de Gotham… e não posso abandoná-lo.”

Esse seria um final feliz em um lugar bem inusitado para Batman, não é mesmo? Eu gostaria de ver, mesmo que não fosse uma história que entrasse para cronologia oficial. 

Nota: Espero que gostem dessa indicação, atacou minha rinite só de tirá-la do plástico. haha

Dentro e fora das páginas dos quadrinhos, um casal real e inspirador é Cati e Frederik Peters de Pílulas azuis que saiu pela Editora Nemo. Pílulas azuis é escrita e ilustrada por Frederik. Narra as dificuldades e desafios de seu relacionamento com Cati, que é portadora de HIV, em uma época onde a doença ainda era um Tabu e todas as informações sobre contágio e tratamento ainda não eram tão acessíveis. 

Apesar do susto e medo e incertezas de primeira mão, Frederik não abriu mão da única certeza que tinha até ali: Cati era a mulher por quem estava apaixonado.  Enão abriria mão desse relacionamento, encarando junto com ela as descobertas e barreiras a serem enfrentadas, afinal a pessoa que te ama está com você nos bons e maus momentos.

Pílulas Azuis, é uma verdadeira história de amor, e uma grande lição sobre vida, sexualidade, companheirismo e parceria, narrada de forma corajosa e divertida, como uma espécie de diário de relacionamento com um final feliz. A versão publicada pela Nemo no Brasil ainda conta com um bônus extra de toda família reunida 13 anos depois, vale muito a pena conferir, essa é uma história realmente bonita e emocionante que todos deveriam conhecer. 

 

A última indicação é de um casal que você definitivamente não deve seguir os exemplos, eu falo aqui de Coringa/Harley: Sanidade Criminal que saiu pelo selo DC Black Label. Numa linha mais adulta e investigativa, romance não é o lance aqui. Harley se junta ao  DPGC para se tornar uma investigadora forence, resolvendo os casos não solucionados pelo departamento. 

Um dos principais alvos na linha de visão de Harley é  o Coringa, que está desaparecido, mas não silencioso, há 5 anos. Harley teve muito a perder com os jogos do Palhaço do crime, inclusive sua amiga Edie, que foi assassinada de forma  violenta, e ela está disposta a fazer de tudo para encontrá-lo e fazê-lo pagar. Mas, claro, não pode contar com ninguém além de si mesma, pois sua habilidade e inteligência começaram a despertar maus olhares vindos de outros detetives do departamento de polícia de Gotham, apenas Gordon se mantém ao seu lado.

A série foi escrita por Kami Garcia e conta com arte de Mico Suayan e Mike Mayhew, são 8 volumes. 

Que tal? Quais desses casais foram mais inspiradores? Quais outros vocês indicariam? Deixa aí pra gente se inspirar também! E Feliz dia dos namorados 🥰

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Nem Todo Robô e Taxista chegam ao Brasil pela Comix Zone

A Editora Comix Zone está com dois lançamentos na área, sendo um deles pré-venda. E um deles tem brasileiro renomado nos quadrinhos envolvido. Nem Todo Robô tem arte do Mike Deodato Jr. e roteiro de Mark Russell. Já o outro lançamento é a esperada Taxista de Martí Riera.

Nem Todo Robô

A sátira sci-fi escrita por Mark Russell e com desenhos de Mike Deodato Jr., ambienta-se no ano de 2056, uma época em que os robôs substituíram os seres humanos como mão de obra. A coexistência entre robôs, com a inteligência recém conquistada, e os dez bilhões de humanos da Terra é tensa. A cada família humana é designado um robô, do qual elas se tornam dependentes. Conheça os Walter, uma família humana cujo robô, Navalhoide, passa seu tempo livre na garagem da família – fazendo máquinas que os Walter estão crentes que ele vai usar para assassiná-los.

Nem Todo Robô tem acabamento de luxo, capa dura, 120 páginas coloridas e tradução de Érico Assis.


Taxista

Criado por Martí em 1982 e originalmente publicado nas páginas da revista El Víbora, conhecemos o taxista Cuatroplazas, que desbrava a selva miserável dos subúrbios operários de Barcelona, à bordo do seu corcel, em busca de sua herança, surrupiada por uma família de degenerados. Assim como Travis Bickle, personagem interpretado por Robert de Niro em Taxi Driver, Taxista é um anjo expiatório que percorre o caótico labirinto dos vícios humanos pronto para castigar os malfeitores com seu relâmpago redentor. Com ele, as noites são curtas e os coveiros não têm folga.

Taxista tem formato 21 x 28.5 x 2 cm, 160 páginas, acabamento de luxo, capa dura e tradução de Jana Bianchi.

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TORRE ENTREVISTA: MAX ANDRADE

Muitas pessoas acreditam que os anjos existem e que se comunicam com as pessoas no plano terrestre. Uma dessas formas de comunicação é por números. O Anjo 32, que é quando a pessoa ver por “coincidência” esse número mais que o normal, dizem que significa que devemos estar mais presente conosco mesmo. Isso sugere que devemos desligar o modo piloto automático e comecemos realmente a prestar atenção ao que está acontecendo ao nosso redor.

Também precisamos nos projetar da maneira que queremos ser vistos para atrair a energia que desejamos, ouvindo as pessoas que estão perto de nós. Na simbologia, o número 32 é atribuído para pessoas que precisam se manter firme em suas crenças e decisões.

Porque estamos falando sobre “simbologia” Ricardo? Pois bem, seja coincidência ou não, a Graphic MSP #32 fala exatamente sobre Anjos. E como ele precisa desligar o piloto automático e prestar mais atenção ao seu redor.

Anjinho – Além é escrita e desenhada pelo Max Andrade e leva o icônico personagem de Maurício de Sousa em uma jornada de conhecimento após questionar o Criador e ele perde a auréola e as asas e é enviado à Terra, para realizar uma missão. Contudo, não vai ser nada fácil concluí-la. No caminho ele encontra outros personagens como Rolo, Humberto, Denise…

 

Batemos um papo com Max Andrade, que tem na sua bagagem prêmios como Internacional Silent Manga Audition (premiado no Japão), o elogiado Tools Challenge e o incrível Juquinha – O Solitário Acidente da Matéria, sobre Anjinho – Além, a sua jornada e como o personagem “conversou” com o autor.

1. De onde veio as principais influências para conceber Anjinho – Além? Me lembro, principalmente durante o ano passado, você postando que diversas vezes estava escutando uns rocks cristãos e tal…

Na verdade eu gosto de fazer piada o tempo todo. Eu não conheci nenhuma banda nova nesse sentido, tudo que eu escutei eram músicas que eu já escutei pela vida toda. Mas falando de influências, não teve nada relacionado a isso pelo que posso me lembrar. O nome da obra inicialmente veio do título “Higher” do P.O.D, que seria “Mais Alto”, literalmente, mas como quem acompanha o selo sabe, quase todos os nomes de Graphics MSP tem apenas uma palavra, aí mudei pra Além e o Sidão (Sidney Gusman, editor do selo Graphic MSP) curtiu.

De resto, acho que as influências de toda minha vida. São muitas, mas por alto, as primeiras que vieram na minha cabeça: YuYu Hakusho, Yonlu, Hideki Arai, Spy x Family, Emicida, enfim…

2. Você acha que por ser um personagem que envolve fé, algo que é tão debatido hoje em dia, ao criar a história você tomou cuidado, ou teve alguma recomendação da MSP, para não soar iconoclasta? Ou o enredo que foi tramado já cuidava para não ficar assim?

Eu não pensei nisso enquanto fazia a história, sinceramente. No geral, meus trabalhos já são family friendly, e isso não é exatamente uma barreira pra mim. Só contei a história que queria contar, e felizmente o editor topou de primeira. Mesmo assim, já saíram alguns comentários reacionários por aí, só com a sinopse, a capa e os previews. Não tem jeito, de certa forma é um trabalho sensível.

 

3. Já ouvi gente falar que ficou tão envolvida em um trabalho que os personagens “conversavam” com a pessoa. Acredito que você por muito tempo viveu e respirou o Anjinho. Vamos viajar bem longe… de alguma forma, trabalhar o Anjinho lhe fez pensar a sua fé, seja no que você acredita ou não?

Pior que sim (risos). Eu não esperava isso, mas foi 1 ano e alguns dias do convite até a entrega do trabalho pronto. Desse período, 6 meses foram focados trabalhando nela. Pensei muito, mas não concluí nada, como de costume. Mas me sinto muito grato, ao que quer que seja, por estar conseguindo realizar este sonho. É algo que eu queria fazer há mais de 10 anos. As pessoas só vão entender isso (parcialmente) quando lerem a HQ.

4. Pelo o que parece nas prévias e até mesmo no texto do Duca Tambasco (baixista da banda Oficina G3), presente na HQ, o pavio aceso de Anjinho será uma mistura de questionamento com a sua Autoridade Máxima e um tanto de soberba do personagem. Ao ser jogado do céu, ele parte para uma viagem para se reencontrar ou encontrar no que acreditar ou mesmo achar o “propósito”. Se for por esse meu “chute”, é possível que muitos leitores, sejam cristãos ou não, se vejam no Anjinho?

Eu fiz uma história que acredito ser universal. Eu nunca estou tentando ENSINAR nada quando faço uma HQ, eu vejo mais como um comentário que eu faço sobre um tópico, uma coisa que eu passei, vivi, e cheguei em alguma conclusão. Aí, pode fazer sentido pra quem precisar. Foi assim com o Tools Challenge e o Juquinha, e aqui eu segui o mesmo princípio.

Então, acho que o que falo na HQ pode servir pra quem acredita na vida após a morte, pra quem tem qualquer outra crença alternativa, ou mesmo nenhuma crença.

5. Na onda da pergunta anterior… você tirou o Anjinho do seu lugar seguro, e vemos muitas histórias, principalmente que envolvem figuras divinas, que tirar esse topo do personagem do lugar comum é um recurso bem usado. Muitas vezes bem e outras não. Como você fez para Anjinho não cair no lugar comum como essas outras histórias?

Não pensei muito nisso também. É uma história muito pessoal, muito minha, então não tem como nenhuma outra ser igual a ela. E quando eu faço uma HQ, o pensamento é esse: fazer algo real, verdadeiro, em que eu acredito. De resto é torcer pra dar certo (risos).

6. Acho que todo mundo, em algum momento, já pensou em realizar de uma MSP. Antes do convite do Anjinho, tinha algum personagem específico que você gostaria de fazer?

Acredito que pelo menos 90% dos quadrinistas brasileiros gostariam de fazer uma, por tudo que isso envolve. No meu caso, eu queria fazer exatamente a Graphic MSP do Anjinho, desde sempre. Não é como se eu não fosse aceitar fazer outra, mas meu desejo sempre foi esse, embora eu não tenha compartilhado ele praticamente nunca com ninguém até receber o convite.

7. O que o SEU Anjinho tem do Max?

Primeiramente, não acho que é o MEU Anjinho (risos). Inclusive, trabalhar com a Turma da Mônica é começar com meio caminho andado. Meu respeito pelo Mauricio é enorme, e o personagem é dele. Agora, na história que escrevi, o personagem reflete o que eu penso sobre a vida aqui na terra, no geral.

8. Quais os próximos projetos depois do lançamento de Anjinho?

Muitos, mas todos são SE-GRE-DO! (risos).

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Lenda dos quadrinhos, Neal Adams, morre aos 80 anos

Responsável por ser um dos pilares dos quadrinhos de super-heróis que conhecemos hoje, Neal Adams morreu aos 80 anos em decorrência de sepsis. A informação foi dada por sua esposa, Marilyn Adams. 

Neal ficou mundialmente conhecido no meio da nona arte por sua grande contribuição à partir dos anos 70, introduzindo, criando e reinventando conceitos. Foi feliz em revitalizar o Batman, servindo de base, junto com Denny O’Neil, ao personagem que conhecemos atualmente. Trabalhou com grandes nomes dos quadrinhos na DC Comics e Marvel, e com personagens como Arqueiro-Verde, Lanterna Verde, Desafiador, X-Men, Vingadores e o próprio Batman. Ele também introduziu discussões e pautas políticas polêmicas para a época, inserindo temas sobre racismo, vício em drogas, desigualdade social e pobreza.

Em sua última visita ao Brasil, Neal esteve presente na Comic Con Experience 2019. Seu legado viverá para sempre!

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Kiko – o cão sem dono, em breve no catarse

Riccardo Carnauba, tem uma carreira como ilustrador onde conta em suas tiras sua história com Kiko, seu cachorro de estimação. Essas aventuras agora sairão no Catarse em forma de um livro ilustrado, confiram!

Em uma noite chuvosa e triste, dois corações solitários, um humano, outro canino, se encontram e se tocam. “Kiko, o cão sem dono” é uma história sobre encontros e desencontros e sobre o poder do amor, uma história pra rir, chorar e ser coberto(a) por uma “avalanche de fofura”.

Você pode apoiar esse projeto a se tornar um belo livro, para isso, cadastre-se no pré lançamento no Catarse. Belas recompensas estão sendo preparadas para os apoiadores, fique de olho e não se esqueça de apoiar.

Siga e compartilhe o perfil do autor, ( @riccardocarnauba ) para que mais apaixonados por livros (e animais) possam conhecer e apoiar esse sonho. No perfil do artista você encontra mais informações sobre esse lançamento e ilustrações da história. Kiko, o cão sem dono contará com 8 artistas do Brasil e de fora, que farão uma arte para essa história. Acompanhe aqui.

 

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Resenha | Contos de honra e sangue – Primeiras impressões

Tive o enorme prazer de ler Contos de honra e sangue, de Wander Antunes (roteiro e arte), que está sendo lançado pela editora Ultimato do Bacon, e vim aqui dizer para vocês o que podem esperar dessa obra, que ainda está correndo no financiamento do Catarse. 

Contos de honra e sangue me ganhou inicialmente pelo seu tema: Honra. Não que eu pense que ela é algo tão valioso que valha a pena derramar sangue para alcançá-la ou protegê-la, mas é um motivo,  se assim posso dizer, pelo qual muito sangue já foi jorrado. O que poderia levar os homens a agirem como tolos e movimentar suas infundadas guerras, como a motivação da defesa de sua honra e vingança? E isso é o que encontramos aqui nesses 5 contos de, nem sempre tão gloriosos, combates pela honra.

Um outro ponto que me chamou muita atenção foi a arte de Wander, o quadrinho tem uma arte linda, toda em tons de rosa, amarelo, azul, que lembram as cores de um bonito entardecer. Não só o roteiro desta história, como também todos os desenhos e cores, pertencem ao trabalho de Wander, me fazendo pensar todo tempo enquanto lia na dedicação que teve com esse novo trabalho, que é um dos seus primeiros solo.

O que nos traz certo fascínio nesta história, também é algo que nos provoca ira, saber que o resultado dessas disputas sempre atingem, de certo modo, os que são considerados uma minoria, os que participam ou são afetados, por uma guerra que não os pertence.

“Eles, os inimigos, eram fáceis de se identificar: quase sempre pretos, quase sempre índios, quase sempre pobres.”

Por uma infeliz coincidência, isso me fez lembrar da guerra que está em vigência neste exato momento na Europa (Rússia x Ucrânia), não poderíamos dizer, a grosso modo, que essa é uma disputa sangrenta pela honra? Onde milhares de inocentes, civis e soldados, estão perecendo, ainda sem total compreensão do porquê, pela “honra” de outrem. 

Sem spoilers sobre o tiro final desta obra, posso dizer que facilmente podemos fazer um comparativo, uma alusão, à sociedade atual, e que sofrimento me causa admitir isso, como pode esse tema ser ainda atual? No fundo, não deixamos o DNA dos conquistadores, desbravadores e saqueadores, assim tão para trás. Trace uma linha temporal do início dos tempos até os dias de hoje e veja que, apesar de termos evoluído, mudado nossos discursos, nossas entrelinhas ainda dizem as mesmas coisas, ainda repetimos os erros do passado. 

“O corpo de um ditador a caminho de seu glorioso funeral precisa ser defendido da fúria de seus inimigos. Um envelhecido matador de dragões faz uma pausa na perseguição à última criatura em busca de aliados para o combate final. Dois cavalheiros defendem suas honras em um combate interminável. Um herói cansado da guerra volta para casa e descobre estar entrando em outro campo de batalha. Dois velhos que, destituídos de tudo, já nem sabem o que é honra, querem a recompensa oferecida pela cabeça de um inimigo do Estado.”

Sendo assim,  todas essas cinco histórias têm algo em comum, todas resultam em sangue! Com uma narrativa envolvente, Wander conseguiu fazer, dentro de suas linhas e traços repletos de ação, que o leitor tenha identificação com a história devido tamanha convicção e certeza de suas missões que os personagens apresentam. São contos curtos, que tem tudo aquilo que procuramos em uma história em quadrinhos: bom enredo e bela arte. 

Fiquei bem empolgada com Contos de honra e sangue e estou doida pra conferir esse material quando lançar. O quadrinho já atingiu sua meta de 100%, mas ainda faltam 18 dias de campanha, então, se você curtiu minhas primeiras impressões sobre ele, ainda dá tempo de correr e garantir a sua edição. Posso dizer com certeza, que é uma história que vale a pena e você vai adorar ter como parte da sua coleção.

Para apoiar essa campanha clique AQUI

Contos de honra e sangue tem 68 páginas coloridas, lombada quadrada e capa cartão, formato americano 17 x 25 cm 

 

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Editora Sesi-SP começa a pré-venda de Blacksad – Integral

A editora Sesi-SP iniciou a pré-venda de Blacksad – Integral, a edição reúne as aventuras de John Blacksad, os leitores conhecerão, ou vão reviver, diversos desafios vividos por este detetive ao longo de cinco volumes publicados no Brasil.

Criada pelos espanhóis Juan Díaz Canales (roteiro) e Juanjo Guarnido (desenhista), Blacksad foi publicado pela editora francesa Dargaud pela primeira vez em 2000. De lá para cá, foram publicados seis volumes, sendo um ainda inédito no Brasil.

Em casos que envolvem decifrar assassinatos, lidar com gângsteres, conviver com fascistas, testemunhar o medo do comunismo que cresce nos Estados Unidos, além de enfrentar as necessidades cotidianas de qualquer um, como arrumar um emprego. Blacksad reúne histórias concisas e artes belíssimas.

Blacksad – Integral tem formato 31 x 24 cm, 312 páginas e inclui ainda material extra, como esboços dos autores.

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Daqui não se chega lá, novo título da Mino Editora em pré venda

Mantendo seus planos de publicar pelo menos  uma obra do quadrinista norueguês Jason ( Sshhhh!, A Gangue Da Margem Esquerda, Ei, Espera e Eu matei Adolf Hitler) por semestre, a Editora Mino trouxe mais um lançamento do artista, Daqui, não se chega lá. Que traz as conhecidas tramas de humor ácido do autor, mas dessa vez bebendo da fonte de um dos clássicos “O médico e o monstro”, onde os personagens principais são o Dr, a noiva e claro, o monstro, num divertido triângulo amoroso, que explora as nuances da vida e morte.

Confira a sinopse da editora:

“Enquanto dois assistentes corcundas sentam pra dividir um almoço onde reclamam da futilidade de seus trabalhos, uma trama insana se desdobra ao redor de ambos tomando conta de toda cidade.Conforme Triângulo amoroso às avessas mergulha no caos,Jason encontra espaço para filosofar sobre alguns de seus temas favoritos: morte,solidão,amor,velhice.Tudo Isso,é claro, filtrado por um humor sardônico e que não perdoa nada ou ninguém.”

A edição Mino saiu em capa Brochura,P&B Formato: 18 x 24,5 Número de páginas:64. Adiquira o seu volume clicando no banner abaixo!