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Tartarugas Ninja: O Último Ronin chega ao Brasil pela Pipoca & Nanquim

Fechando com chave de ouro a coleção das Tartarugas Ninja, a editora Pipoca & Nanquim iniciou a pré-venda de Tartarugas Ninja: O Último Ronin. A história foi baseada em um script escrito pelos criadores Kevin Eastman e Peter Laird em 1987 e estava na gaveta até o ano de 2020, quando foi publicada como uma minissérie pela IDW Publishing. O resultado foi um sucesso de crítica e público, e O Último Ronin foi considerada uma das melhores histórias dos personagens.

Em uma Nova York futurista, transformada em um campo de batalha urbano de alta tecnologia controlado pelo Clã do Pé e seus soldados cibernéticos, uma Tartaruga Ninja solitária embarca em uma missão desesperada para acabar, de uma vez por todas, com a ancestral contenda de sua família. Carregando apenas as lembranças daqueles que se foram, o herói se juntará a novos e antigos aliados para recuperar o domínio dos esgotos… ou morrer tentando.

Mas, afinal, quem é a única tartaruga sobrevivente? Que terríveis eventos trouxeram a distopia pós-apocalíptica para a cidade e tomaram do Último Ronin toda a sua família? O que o destino reservou para Mestre Splinter, Rafael, Donatello, Leonardo e Michelangelo? Os lendários criadores Kevin Eastman e Peter Laird se juntam ao atual time criativo dos quadrinhos dos personagens (Tom Waltz, Esau Escorza, Isaac Escorza e Ben Bishop) para responder a essas perguntas em uma emocionante e derradeira aventura das Tartarugas Ninja.

Tartarugas Ninja: O Último Ronin tem formato 17.5 x 6 x 28 cm, 228 páginas e capa dura. Você pode adquirir com um desconto de 30% no site da Amazon Brasil.

 

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Graphic Novel Na Mente de Sherlock Holmes Chega ao Brasil pela Pipoca & Nanquim

A editora Pipoca & Nanquim iniciou a pré-venda de Na Mente de Sherlock Holmes, de Cyril Lieron e Benoit Dahan. A dupla colocou o maior detetive de todos os tempos e seu fiel companheiro para desvendar um grande mistério, adaptando uma história original baseada na bora de Sir Arthur Conan Doyle.

Em uma típica manhã de sexta-feira, um agente da polícia bate à porta da casa localizada no 221B da Baker Street, trazendo um velho conhecido do doutor Watson em condições lamentáveis. O estranho relato do sujeito chama atenção de um entediado Sherlock Holmes, que rapidamente percebe estar diante de um mistério muito maior.

As pistas envolvendo um enigmático espetáculo de magia, bilhetes com ideogramas chineses, um pó totalmente desconhecido e desaparecimentos aparentemente aleatórios atiçam a curiosidade do detetive-consultor, que se anima com a possiblidade de um caso que o desafie.

Um passeio investigativo pela Londres do século XIX, atrás dos indícios que levem à resolução de uma nova e intrincada charada, em uma oportunidade para ver, em tempo real e com detalhes, o funcionamento daquela que o doutor Watson um dia chamou de “a mais perfeita máquina de observação e raciocínio”: a mente de Sherlock Holmes.

Na Mente de Sherlock Holmes tem formato 21 x 8 x 30 cm, 108 páginas e comprando na pré-venda no site da Amazon Brasil você garante um desconto de 30%.

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Conan, O Cimério vol.3 em pré-venda pela Pipoca & Nanquim

Já está em pré-venda o volume 3 da coleção Conan, O Cimério – Edição Definitiva pela Pipoca & Nanquim. Neste terceiro tomo, são compiladas as histórias Os Profetas do Círculo Negro, de Sylvain Runberg, Park Jae Kwang e Ooshima Hiroyuki, Inimigos em Casa, de Patrice Louinet e Paolo Martinello, e O Deus na Urna, de Doug Headline e Emmanuel Civiello, todas inicialmente publicadas na Europa pela Éditions Glénat.

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A coleção original conta com 14 volumes avulsos no total, sendo os oito primeiros já lançados pela P&N nos dois primeiros volumes da versão brasileira com quatro histórias cada. Dessa forma, a previsão é de apenas mais um volume para a coleção brasileira alcançar a europeia e ter na íntegra todas as aventuras da obra máxima de Robert E. Howard contadas pela ótica do Velho Mundo.

Para adquirir o seu volume basta clicar aqui!

Conan, o Cimério – Edição Definitiva Vol. 3 tem formato europeu de 23 x 31 cm, capa dura, 212 páginas coloridas em papel offset e uma galeria de extras com textos, ilustrações e esboços sobre a criação das histórias com tradução de Fernando Paz e previsão de lançamento para 28 de fevereiro de 2023.

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Balada Para Sophie toca cada um de nós

Ninguém alcança a glória sem antes passar pelo inferno.

Não conheço o autor, não encontrei os devidos créditos e o único registro que tenho da citação acima foi em uma chamada televisiva para o longa-metragem Whiplash – Em Busca da Perfeição quando estreou no canal de TV à cabo HBO.

Eu poderia escolher outra frase para iniciar? Sim.

Uma boa opção seria algum autor célebre daqueles que são compartilhados à exaustão nas redes sociais? Sem dúvida.

Então por que ignorei todas as opções pomposas e fui parafrasear um (suposto) anônimo? Porque eu quis.

Apesar de tudo, minha escolha não é tão vaga quanto parece. Whiplash é um filme sobre um garoto que sonha em ser um grande baterista, mas para isso precisa vencer seu professor e seus métodos de ensino, digamos, agressivos. Aprender a tocar um instrumento musical não é fácil como faz parecer os registros fonográficos ou apresentações ao vivo, seja em um couvert artístico de restaurante ou em megafestivais. É preciso tempo, paciência, horas, dias, semanas, meses e anos. Eu mesmo já tentei e, bem… quem sabe outro dia tento novamente senão terei que rivalizar com o Chatotorix.

Todos esses percalços rendem ótimos histórias. Por isso mesmo, em Balada Para Sophie, temos a saga da repórter Adeline Jourdain para entrevistar o agora idoso Julien Dubois, célebre pianista cuja vida, repleta de intempéries, já rendem grandes sinfonias por si só.

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Desde pequeno, Dubois é forçado por sua mãe a ser um grande músico. Dessa forma, é submetido a horas de estudo e treino sob a guarda de um rígido professor, representado graficamente como um demônio.

O tempo passa, o período da 2ª Guerra Mundial abate a Europa e a genitora de Dubois torna-se uma “boa samaritana” para os nazi-fascistas que invadem sua região. O tratamento privilegiado dado pela dama aos combatentes de extrema-direita invade suas vidas até sua casa, sua sala, seu quarto, sua cama. Dessa forma, o jovem pianista logo cedo encontra-se sozinho no mundo e sem rumo.

As metas de Dubois mudam a partir do momento em que descobre que tem um, de certa forma, rival: François Samson, outro jovem pianista cujas execuções demonstram o que seria a perfeição alcançada na arte da música. Assim, o que Dubois mais quer é se tornar Samson, não só na precisão musical, mas como um todo.

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A obsessão de Dubois por Samson é tão expressiva que até a esposa do segundo é tomada como amante pelo primeiro. O objetivo de Dubois é ter não só o talento de Samson, mas sua vida. Vida que revela-se repleta de surpresas, inclusive envolvendo a jovem Adeline, que inicialmente aparentava apenas escrever um artigo a respeito do pianista.

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Toda a trama, apesar do conteúdo ora delicado, ora pesado, possui como principal artifício a deslumbrante arte de Juan Cavia, que une seu traço ao uso de cores extremamente preciso e aprazível aos olhos de quem lê o texto de Filipe Melo. Assim, o roteiro e arte regem a narrativa tal qual as Variações de Goldberg mesclando entre impacto e delicadeza.

A edição brasileira dispensa comentários. Trata-se de um conjunto pensado nos mínimos detalhes, como é uma canção erudita. Inclusive, nos créditos finais, é possível escanear um código que leva o leitor ao programa de música por streaming Spotify para ouvir a trilha sonora apropriada para a obra. Além disso, temos capa dura, papel offset, lombada ovalada e marca-páginas em forma de fita. Tudo como uma regência orquestrada.

Portando, Balada Para Sophie é, acima de qualquer outro rótulo, uma experiência de efeito sinestésico. De todas as  obras da dupla Melo/Cavia publicadas no Brasil, Balada é incontestavelmente a melhor, e é bem provável que outras publicações dos mesmos autores atravessarão a Europa, vindas de Portugal, nosso país-irmão, até o Brasil. Esteja atento a todos os detalhes, pois cada nota aqui presente constrói sua canção como um todo.

 

Balada Para Sophie
Filipe Melo (roteiro)
Juan Cavia (arte)
Michele A. Varturi (tradução)
Pipoca e Nanquim
Capa dura
324 páginas
17 x 25 cm
R$99,90
Data de publicação: 06/2022

 

 

 

 

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Teenage Mutant Ninja Turtles: The Last Ronin, ganhará sequência esse ano

A IDW Publishing anunciou na San Diego Comic-Con, no último sábado, que continuará expandindo o futuro distópico de The Last Ronin, a aventura das Tartarugas Ninja que apresenta uma Nova York sitiada, e uma solitária tartaruga está em uma missão para obter justiça para sua família e amigos. Mais detalhes sobre The Last Ronin AQUI.

Cercado de mistérios sobre a sua trama, Teenage Mutant Ninja Turtles: The Last Ronin – The Lost Years será lançada em novembro desse ano com roteiro de Kevin Eastman (co-criador das personagens junto com Peter Laird) e Tom Waltz. As artes serão de SL Gallant e Ben Bishop. A publicação promete adicionar amplitude e profundidade a esse universo.

 

“TMNT: The Last Ronin – The Lost Years representa a primeira expansão do que agora chamamos carinhosamente de ‘Ronin-Verse’,” disse Tom Waltz durante o painel. “Ele oferece aos nossos muitos leitores leais uma visão muito mais detalhada do passado do Ronin, além de compartilhar um vislumbre de um futuro emocionante para os muitos aliados que ele foi forçado a deixar para trás.”

Vale lembrar que The Last Ronin foi escrita, ou pelo menos a sua estrutura, em 1987. Quando as Tartarugas Ninja estavam começando a tomar o mercado dos quadrinhos americanos de assalto. Aqui no Brasil, a editora Pipoca & Nanquim vai publicar a história. The Last Ronin é considerada por muitos como a melhor história em quadrinhos das Tartarugas Ninja.

Teenage Mutant Ninja Turtles: The Last Ronin — The Lost Years será publicado com três capas: Uma de Kevin Eastman e Ben Bishop, uma de SL Gallant e uma edição de incentivo para varejistas do brasileiro Mike Deodato.

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Celestia e seu indecifrável amanhã

“E, assim como trouxemos a imagem do terreno, assim traremos também a imagem do CELESTIAL.”

I Coríntios 15:49

Dificilmente há quem nunca leu ou ouviu o adjetivo celestial. Sua conotação divina intriga até os mais céticos, pois nada é mais desafiador que o desconhecido. Causas, motivos e razões são embaralhadas tal qual um quebra-cabeça com um sem número de peças a ser montado em que muitos desses fragmentos ainda podem ser componentes falsos. E, exatamente em tantas perspectivas dúbias, o quadrinista italiano Manuele Fior se debruça em seu novo título lançado no Brasil.

Aqui, a trama gira em torno de Pierrô e Dora, dois jovens inconformados com o que o destino reservou às suas vidas por habitarem Celestia, ilha de pedra construída há mais de um milênio e usada como refúgio após o nível do mar subir a ponto de invadir expressiva parte da terra firme que até então cobria o planeta. Ambos os personagens são telepatas e possuem seus demônios pessoais: enquanto Pierrô reluta em aceitar a convivência com Doutor Vivaldi, mentor de outros jovens de mesmo dom e seu pai, Dora encontra obstáculos para desenvolver suas habilidades e por isso acaba por vezes, ao vasculhar a mente de outras pessoas, trazendo visões às quais os pesquisados não tinham o menor interesse em revisitar, desenterrando o passado sombrio destes indivíduos, inclusive de Pierrô.

IMAGEM: pipocaenanquim.com.br

Em busca de respostas para seus problemas, os dois fogem da ilha em busca do mundo exterior. Lá fora, encontram uma humanidade comandada por crianças anônimas, como num processo ainda em fase embrionária de reconstrução. Apesar da estrutura ainda rudimentar, ainda não há perspectiva e tampouco prazo para a conclusão de seu projeto: assim como até hoje cientistas buscam explicações a respeito de fases do processo de início da vida, não há como ainda ter certeza do que se passa nessa etapa ou de quanto tempo será sua duração. Com explicações vagas e pouco elucidativas, Pierrô e Dora retornam à sua terra natal procurando o que pode ser o esclarecimento de suas funções, mas a resposta demonstra-se mais difícil de ser encontrada do que controlar a habilidade de telepatia com a qual já estão acostumados.

IMAGEM: pipocaenanquim.com.br

Portanto, Celestia não é uma obra de única interpretação. Seu início e fim são como assistir a um longa-metragem já passada sua cena de abertura e interromper a sessão antes de chegar ao encerramento. A grosso modo, é justamente isso que ocorre em grande parte da vida, pois dificilmente é planejado com exatidão como esta terá seu desfecho. Os habitantes da ilha de pedra, perdidos no que é concernente a seu futuro, afogam-se em si mesmos e seus caminhos nebulosos, que provocam o leitor a tentar desvendar o que de fato têm a ver as atitudes de cada um dos personagens e como cada uma se conecta.

Em sua terceira obra publicada no mercado nacional, esta é a narrativa gráfica mais longa de Fior. Entretanto, sua leitura é rápida, muito pela ausência de textos longos e uma arte limpa de cores claras que em algumas passagens ironicamente parecem remeter a um paraíso na terra que na verdade foi devastada e agora agoniza.

IMAGEM: pipocaenanquim.com.br

O já citado estilo de Fior não tem grandes diferenças se comparada aos seus outros dois trabalhos publicados por aqui: tanto A Entrevista (Mino, 2018) quanto Cinco Mil Quilômetros Por Segundo (Devir, 2018) possuem a mesma diretriz ao marcar o papel com seu texto e imagens e seu jogo de cores que em várias passagens lembram Lorenzo Mattotti e reforçam uma maestria sinestésica já vista antes em Cinco Mil… e que de forma alguma pode ser considerado um erro ao se repetir em Celestia, cuja bela arte deve ser vista como a sequência na afirmação de um traço autoral, e não redundância.

A edição da Pipoca & Nanquim é primorosa e acerta na escolha de publicar a versão integral, como saiu recentemente na Itália. O capricho no corte de página pintado em azul lembra a Bíblia Sagrada onde, segundo o Dicionário Bíblico Online, sua palavra derivada celestial é citada ao menos 15 vezes e distribuída em diversos capítulos.

A questão de fé e esperança por dias melhores baseados em sua força embebeda os habitantes de Celestia, elevando suas expectativas assim como o nível do mar que destruiu o mundo com o qual estavam acostumados a viver. No fim das contas, independentemente de sua crença ou descrença, é isso o que move cada um de nós, deixando essa máxima bem acima do campo ficcional.


Celestia
Manuele Fior (roteiro e arte)
Michele A. Varturi (tradução)
Audaci Júnior (revisão)
Pipoca e Nanquim
Capa dura
276 páginas
22 x 28 cm
R$99,90
Data de publicação: 02/2022

 

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Jun – A história real de um músico autista está em pré-venda pela Editora Pipoca & Nanquim

Depois das elogiadas Grama e A Espera, a editora Pipoca & Nanquim iniciou a pré-venda da graphic novel Jun – A história real de um músico autista, da premiada autora sul-coreana Keum Suk Gendry-Kim. Onde conhecemos e acompanhamos um garoto autista de coração puro, que alcançou fama na Coreia do Sul após descobrir sua vocação e talento para a música.

Quando conheceu Jun Choi, em 2010, durante aulas de música tradicional coreana, Keum Suk se encantou pelo jovem e decidiu que narraria sua trajetória de vida em uma de suas obras. Uma trajetória marcada por solidão e preconceitos, mas também por muita beleza e superação.

Por meio do relato do cotidiano de Jun e sua família, que, infelizmente, tiveram que aprender a conviver com a indignação por causa de pessoas insensíveis às diferenças, a autora acerta em cheio o coração dos leitores, com uma valiosa lição de vida sobre aceitação e combate aos preconceitos da sociedade.

Jun – A história real de um músico autista tem formato 22 x 15,5 cm, 260 páginas e tradução de Yum Jung Im. A edição está em pré-venda na Amazon Brasil com 30% de desconto e frete grátis para assinantes Prime.

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Começa a pré-venda de Tarzan, O Senhor da Selva, da editora Pipoca & Nanquim

Para os fãs do Rei da Selva, vem aí uma novidade imperdível da editora Pipoca & Nanquim. Começou a pré-venda de Tarzan, O Senhor da Selva. O material compila a fase completa setentista, da icônica dupla, Roy Thomas e John Buscema, responsáveis pela ótima fase de Conan, O Bárbaro, na Marvel Comics.

“Um dos maiores personagens da literatura em sua consagrada versão em quadrinhos da MARVEL COMICS, adaptado pela mesma equipe que revolucionou a indústria com as aventuras de Conan, o Bárbaro: ROY THOMAS e JOHN BUSCEMA! Um luxuoso encadernado com a fase completa da dupla, sendo relançado com arte remasterizada e cores digitalizadas PELA PRIMEIRA VEZ NO MUNDO, em uma edição exclusiva brasileira! Em 1976, embalada pelo enorme sucesso do título Conan, o Bárbaro, a Marvel Comics foi procurada pela Edgar Rice Burroughs Inc. (órgão que cuida do espólio do famoso autor) para ser a nova casa editorial de seus personagens nos quadrinhos. Eletrizados com a possibilidade de adaptar os clássicos e lançar novas aventuras de alguns dos heróis mais famosos dos livros, os lendários editores STAN LEE e ARCHIE GOODWIN incumbiram a não menos lendária dupla criativa formada por Thomas e Buscema da tarefa de conduzir as histórias do Lorde Greystoke, o Homem-Macaco conhecido como TARZAN. Assim, em 1977, chegava às bancas dos Estados Unidos o título Tarzan, o Senhor da Selva, que adaptava para a nona arte um dos romances mais conhecidos de Burroughs: As Joias de Opar. Aclamado pela crítica e por leitores de todas as partes do mundo, esse primoroso material acabou perdido no tempo e, salvo por uma edição em preto e branco publicada na França no início dos anos 2000, nunca mais havia sido disponibilizado aos fãs. Agora, numa iniciativa inédita, em parceria com a editora Dark Horse e a ERB Inc., para comemorar seu CENTÉSIMO LANÇAMENTO, a Pipoca & Nanquim reapresenta esse título clássico num luxuoso volume em formato grande, com capa dura e sobrecapa, lombada redonda e 308 páginas coloridas que compilam todas as edições criadas pela dupla, recheada de extras como pin-ups, textos e capas originais da época, biografias dos autores e o fascinante Dicionário da Língua dos Macacos, com arte do próprio John Buscema. Uma edição imperdível para todos os amantes dos quadrinhos.”

Confira as fotos no Instagram da editora:

O encadernado vem com um acabamento de luxuoso, 308 páginas coloridas, capa dura, sobrecapa, lombada redonda, além de extras e pin-ups. Com a tradução a cargo de Alexandre Callari, a previsão de lançamento é para o dia 25/03. Você pode adquirir a edição clicando AQUI. 

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A Leitura Que Me Fez Bem! As Indicações de 2021!

Em todo mês de dezembro, surgem as famosas “listas dos melhores do ano”. Ano passado, resolvemos criar algo diferente e juntamos um time de pessoas que fazem parte da mídia de quadrinhos, ou então que fazem quadrinhos ou que são leitores, e criamos A Leitura que Te Fez Bem. Aquele gibi ou livro que te fez bem no ano que passou, que tenha mexido com você de alguma forma.

Esse ano juntamos uma galera de primeira linha e pedimos para realizar a mesma coisa. E o resultado foi muito bom.

Principalmente, por que esse ano reuniu algumas resenhas de quadrinhos nacionais e de uma galera que… digamos… é mais “underground”. O que é bom, por que se tem uma coisa que eu adoro é divulgar a galera dos quadrinhos nacionais. Principalmente a galera lá da labuta.

Mas também temos arrasa quarteirões como X-Men do Jonathan Hickman, Incal, temos mangá, livros e a maravilhosa Berlim. Ou seja, tem para todos os gostos. Se te fez bem, se colocou sua massa para pensar, se te deu um alivio e te divertiu. Então o gibi cumpriu a sua missão.

Um time lindo, cheiroso e talentoso, colocou aqui suas leituras que, de alguma forma, marcaram ou que ficou na mente esse ano e indica para você, queridaço leitor! E aqui está a leitura que fez bem para todos nós:

Quadrinhos Azedos Vol. 0 (Felipe Limão) – Por Ricardo Ramos

O quadrinista e professor Felipe Limão não fez uma coletânea com suas histórias. Ele agiu como a música da banda Engenheiros do Hawaii chamada Armas Químicas e Poemas: “Eu abri meu coração, como se fosse um motor. E na hora de voltar, sobravam peças pelo chão. Mesmo assim eu fui à luta…” sim, Felipe foi a luta e apresenta um dos quadrinhos mais sinceros que transbordam sentimentos que li esse ano. Ele junta tudo que vivenciou na pandemia do COVID-19 desde o ano passado, em relação a seu relacionamento, vida financeira, raiva do negacionismo, medo de perder pessoas queridas, conviver com perdas cada vez mais próximas… e também a alegria de reencontrar parentes, amigos e uma retornada a “vida normal”.

Quadrinhos Azedos V.0 reúne essas passagens e também trabalhos do Felipe Limão publicados em 2019 como a excelente Tempo Acúmulo. Em uma viagem existencial, onde tudo depressão e desanimo batem de frente com esperança e a alegria de uma vida simples, Quadrinhos Azedos é um espelho para muita gente que se vê nas situações do Felipe.

Para poder ter o seu exemplar, você pode entrar em contato direto com o autor pelo Twitter ou assinando a sua campanha no Padrim.


Manual do Minotauro (Larete) – Por (Laura Athayde – designer, ilustradora e quadrinista)

Eu adoro quadrinhos, mas eu AMO tirinhas! Não é à toa que esse é o formato que mais exploro no meu trabalho. Acho que tirinhas têm um potencial imenso de provocar reflexões e sentimentos com poucos e bem pensados quadros. Por isso, a minha leitura preferida do ano (que, na verdade, ainda não terminei) é o Manual do Minotauro, da Laerte. Bem conhecida pelas tirinhas com personagens engraçados e charges de cunho político, em 2004 Laerte começou a testar formas diferentes de fazer quadrinhos.

Ela foi pra um caminho mais filosófico e experimental, e são esses trabalhos que estão compilados no Manual do Minotauro. O livro tem mais de 1.500 tirinhas, a maioria delas composta de 4 quadros. E é incrível ver tantas formas diferentes que a autora encontrou de preencher esse espaço!

Manual do Minotauro é uma publicação da Quadrinhos na Cia.


X-Men (Jonathan Hickman) – Por Konema (Podcaster do HQ Corp e comentarista de NBA no Twitter)

Meu prêmio de melhor quadrinho do ano vai para os X-men de Jonathan Hickman!

Não é de hoje que a gibisfera rasga elogios ao Hickman e nessa fase dos mutantes não poderia ser diferente! Depois de anos de história de sofrimento com lapsos de sucesso, Jhonathan vem para escrever um épico mutante onde a raça Homo-Superior finalmente irá PROSPERAR no universo Marvel!

Tem como isso ser ruim?

Esse foi o melhor título que li esse ano, disparado, chegava a da crise de ansiedade esperando a próxima edição, coisas como a formação da nação mutante Krakoa a planos “sem falhas” do futuro da raça mutante arquitetado por Magneto e Xavier em cima de uma pilha de segredos.

Um dos pontos mais altos para mim é como o Hickman escreve o Ciclope, Scott Summer tomou no meu coração o primeiro lugar antes conquistado pelo Logan, neste título ele contempla que FINALMENTE a raça mutante chegou a um patamar onde não está mais se matando, onde não a mais necessidade de revolução ou guerras e que finalmente eles têm uma terra para chamar de sua, ele nunca teve isso e vai lutar com tudo o que tem para manter, é apaixonante ver a evolução do personagem de aluno, líder, revolucionário para agora protetor!

Eu poderia perder horas falando desse título, até já fiz isso em outras mídias, mas fica aqui para vocês a melhor leitura do meu ano de 2021.

X-Men é publicado no Brasil pela Panini Comics.


Dez Dias num Hospício (Nelly Bly) – Por Raphael Fernandes (Editor-Chefe da Editora Draco e sangue bom demais)

Dez Dias num Hospício, de Nelly Bly, foi uma grata surpresa e acredito que foi o livro mais interessante que li este ano. Trata-se de uma reportagem de 1887 sobre o sistema manicomial norte-americano, que foi escrita por uma das pioneiras do jornalismo investigativo.

A jovem Bly conseguiu forjar facilmente a própria condição mental e testemunhou como funcionava o encarceramento de mulheres em instituições para “tratamento” de pessoas com algum tipo de distúrbio mental. Uma reportagem brutal, muito bem escrita e que revela que o inferno somos nós.

Dez Dias num Hospício é uma publicação da Editora Fósforo.


Tecnodreams (Isaque Sagara) – Por Monique Mazzoli ( Podcaster Yellow Paper, HQ Corp e redatora da Torre de Vigilância)

Meu quadrinho escolhido do ano de 2021, entre muitos que eu também gostaria de falar, é o Tecnodreams do Isaque Sagara. Tecnodreams aborda um cenário futurista, mas que infelizmente ainda está preso em questões do passado, uma realidade ainda muito atual para todos nós, como a desigualdade social e a ideia errônea da meritocracia.

A HQ narra como a possibilidade de obter um pouco mais de poder sobre o próprio destino, ainda que em um mundo de realidade virtual, faz com que o ser humano passe rapidamente de oprimido a opressor. Com o Slogan: “Seja o que você quiser” a tecnologia Orion, da empresa Tecnodreams, faz com que seus maiores sonhos e desejos estejam a um passo de distância, basta desejar.

O trabalho do professor e quadrinista Isaque Sagara, sempre aborda questões sociais, mostrando como ainda vivem boa parte dos brasileiros, com temas pertinentes a serem debatidos, independente do cenário apresentado. Recomendo demais, não apenas esta HQ, como também seus outros trabalhos.

Tecnodreams é uma publicação do selo Negrogeek.


Dampyr (Mauro Boselli e Maurizio Colombo)  – Por  Caio Oliveira (Cantinho do Caio e o mais amado pelo fãs do Snydercut)

Quando me pediram pra resenhar o melhor gibi que li em 2021, eu tive que parar e pensar bastante pra lembrar qual foi. Não que não tenha lido coisas incríveis esse ano, mas: 1- queria evitar cair em Demolidor do Zdarsky ou Hulk do Ewing; 2- o grosso do que tenho lido nos últimos anos são compilações gringas de gibis velhos que li nos anos 80 e 90, e não sabia se isso funcionaria na proposta que me pediram. Foi então que me decidi por Dampyr, da Editora 85, que tá fazendo um excelente trabalho editorial em suas publicações. Dampyr nem sequer é meu fumetti favorito em bancas atualmente (esse seria Mágico Vento), mas eu tenho um carinho especial por Harlan Draka e seus companheiros por ter sido o primeiro fumetti que comprei em bancas, em 2004, quando ainda era publicado pela Mythos. Eu já lia Ken Parker, Dylan Dog e Mágico Vento que comprava em sebos, mas comprar a edição na banca me pareceu na época um ato de traição contra os gibis americanos, meu xodó na época! Me senti ousado e aventureiro!

Mas do que trata Dampyr? É a velha história de um caçador de vampiros filho de um vampiro mais poderoso. O diferencial de Dampyr é a ambientação, quase sempre as histórias se passam em cidades do leste europeu (em especial Praga) onde eclodem guerras civis, um prato cheio pros vampiros, que se banqueteiam. Na edição 7 da Editora 85, nós temos 4 histórias, 3 delas escritas por Mauro Boselli e uma escrita por Maurizio Colombo, os criadores do personagem. Eu prefiro a escrita do Boselli, acho mais fluida, em especial na história que abre a edição, “Pesadelo Flamengo”, sobre dois amigos idosos envoltos no mistério  do assassinato de seus velhos conhecidos de infância, numa trama de terror que deixaria Dylan Dog orgulhoso! Isso com a arte magistral de Luca Rossi (aliás, todos os artistas dessa edição 7 são fantásticos!).

Enfim, Dampyr é um bom gibi pra quem procura ação, terror e até um pouco de tramas históricas. Recomendo demais!

Dampyr é publicado no Brasil pela Editora 85.


Laura Dean Vive Terminando Comigo (Mariko Tamaki e Rosemary Valero-O’Connell) – Por Fabi Marques (Colorista e podcaster do 1001 Crimes e DFP)

Laura Dean Vive Terminando Comigo é uma daquelas hqs que a gente lê de uma vez só e depois fica olhando pra parede se sentindo órfão.
Os personagens são tão bem escritos que a gente vive todo o ciclo de estar preso em um relacionamento tóxico e sente o frio do coração de gelo de uma pessoa que não está emocionalmente disponível, no caso, a Laura Dean.

O enredo é muito bem construído, no meio existe uma certa confusão que é exatamente o sentimento de um relacionamento abusivo não linear, com seus altos e baixos muito baixos mesmo.

Um quadrinho que mostra que todes nós estamos sujeitos a cair em armadilhas tóxicas e não é nossa culpa. Um quadrinho que pode ajudar a curar um coração partido mas também ensinar outras pessoas a terem mais empatia, enquanto mostra o verdadeiro valor das amizades e que você não está só.

Laura Dean Vive Terminando Comigo é uma publicação da editora Intrínseca.


Detrito – do caos a lama (João Carpalhau, Alex Genaro e Cristiano Ludgerio) – Por Paloma Diniz (Desenhista e quadrinista)

Sinopse: a história se passa na Baixada Fluminense, no Estado do Rio de Janeiro, e narra o dia a dia de Renato Barros, um professor que está num momento muito ruim e delicado em sua vida pessoal e profissional. Como se não pudesse piorar mais, acontece um acidente químico após um assalto a um carro com carga radioativa na cidade. O que mudará completamente a vida do Renato e das pessoas na história. Baseada em fatos trágicos e reais que ocorreram em 2012 na cidade de Duque de Caxias-RJ, apesar de ficcional, traz muito da realidade brasileira.

Pessoalmente, é uma HQ na qual me identifico e que gostei muito em todos aspectos: uma HQ brasileira, feita por brasileiros, ficcional e bem embasada na nossa vida; uma história completa (com começo, meio e fim), num formato fácil de manusear, confortável de ler, e o melhor: preço acessível. Pra mim, o melhor de uma produção brasileira em todos os quesitos. Precisamos de mais HQs como estas.

Detrito – do caos a lama é uma publicação da Capa Comics.


Ao No Flag (Kaito) – Por Bruno Fonseca (Editor-Chefe do site Proibido Ler)

Sabe aquelas leituras que não exige nada do leitor? Você não tem que ter conhecimento prévio de nada, nem precisa se esforçar muito pra entender a trama. É sentar, ler e se divertir de um jeito simples e prazeroso. Assim é Ao No Flag, mangá escrito e ilustrado por Kaito.

Na história, três jovens estão naquele período de se formar no Ensino Médio e entrar na faculdade. Um período cheio de dúvidas e incertezas, mas que ficarão menos pesado por conta dos protagonistas. Aqui, todo mundo gosta de todo mundo, mas ninguém tem coragem de assumir e eles vão de um jeito único se entendendo e te cativando. Leitura boa para desestressar e relaxar.

Ao No Flag é publicado no Brasil pela Panini Comics.


Incal (Alejandro Jodorowsky  e Moebius) – Por Carlos Pedroso (Yellow Paper poscast)

Um dos quadrinhos que me marcou em 2021 foi Incal, escrita por Jodorowsky e desenhada por Moebius, da editora pipoca e nanquim. Incal apresenta um futuro distópico cheio de bizarrices, ação e aventura capazes de me fazer imaginar no mundo real como tudo isso seria. Com uma visão particular para um futuro a autor nos apresenta a uma intriga intergaláctica ala Star Wars, cheio de inimigos perigosos que querem dominar o universo e aliados inesperados. Incal conseguiu me prender da primeira à última página com maestria, e conforme fui entrando e conhecendo seus personagens fiquei de boca aberta com o roteiro e artes casam de uma forma única, construindo todo universo e com seus personagens cheio de camadas e história bizarras.

Particularmente o querido Jonh Difoo que mais parece um velho rabugento que só sabe reclamar, foi sem dúvida o melhor personagem. Sempre reclamando de algo, o duvidando o tempo todo e sendo o herói improvável. Outro que me cativou foi o Metabarão, personagem frio e calculista, cheio de manias mais parecido com o “Hitman do jogo”, o Metabarão deu um ar de filmes dos anos 80 para a trama. O mais interessante é que todos os outros personagens são importantes para o desenvolvimento da trama e tem seu momento. E meu, que história concisa, densa e cheia de reviravoltas e surpresas que te prende e te faz querer chegar ao final para descobrir o que vai acontecer com nossos heróis.

Com uma arte impecável e roteiro sensacional, Incal sem dúvidas é uma das melhores leituras que fiz nesse ano fácil. Um adendo, cara que cores tem esse quadrinho, com uma coloração viva que realça todos os ambientes, além de destacar em detalhes os ambientes, planetas e pessoas. Esse é o tipo de quadrinho, com uma combinação perfeita na minha opinião como fã de ficção científica e tem tudo para quem gosta do gênero, viagem espacial, tramas bem elaboradas, uma visão distópica do futuro e muita ação.

Incal é uma publicação da editora Pipoca & Nanquim.


Berlim (Jason Lutes) – Por Léo Palmieri (Podcaster Gibi Nosso de Cada Dia e fundador do site Crossover Nerd)

Imagine acompanhar algumas vidas durante o conturbado período de 1928 a 1938 em Berlim. Neste incrível quadrinho, Jason Lutes conseguiu sintetizar de forma magistral, acontecimentos incríveis na vida de pessoas comuns na cosmopolita Berlim dos anos 30. Aqui, vemos como foi a ascensão do Nazismo frente a todas as situações ideológicas possíveis, bem como este regime totalitário se utilizou de toda a cultura e informação para, aos poucos, estabelecer o seu poder.

Jason Lutes demonstra neste trabalho, que além de uma narrativa sem igual (beirando a cinematográfica em algumas situações), domina muito da história da Alemanha. Os Embates dos Nazistas contra os comunistas, a troca de situações quase novelescas, o auge e queda de pessoas, comércio, cultura e liberdade. Berlim não é uma obra fácil de se digerir, se você não for uma pessoa empática. Esse quadrinho me tocou muito nesse ano.

Berlim foi publicada pela Editora Veneta.


Juquinha: O Solitário Acidente da Matéria (Max Andrade) – Por Gabriel Ávila (Jornalista do site Jovem Nerd)

Juquinha: O Solitário Acidente da Matéria é a típica HQ que engana o leitor. Se você confiar na sinopse, vai achar que está comprando um “mangá sobre aceitação e amadurecimento em uma realidade” – o que não é mentira, mas não é toda a verdade. Partindo desta ideia, que parece simples, Max Andrade (Tools Challenge) constrói uma história que é ao mesmo tempo grandiosa e metalinguística, como também é intimista e sincera.

É nesse equilíbrio de coisas que parecem antagônicas que esse quadrinho sustenta em uma história cativante as infinitas referências que habitam a mente de um dos maiores talentos dos quadrinhos. E faz tudo isso com uma sinceridade vibrante que torna a experiência memorável e o Juquinha um dos mais queridos personagens das HQs.

Vida longa ao Juqs!

Juquinha: O Solitário Acidente da Matéria é uma publicação da Editora Draco.

 

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Editoras fazem importante resgate histórico do trabalho de Flavio Colin

Estamos testemunhando um belo resgate da obra do ilustrador e autor de histórias em quadrinhos Flavio Colin por várias editoras. O legado de Colin para os quadrinhos brasileiros e com um estilo próprio e inconfundível, inspirou e segue como grande referência para muitos artistas, mesmo depois de 19 anos de seu falecimento.

Editoras como Figura, Conrad, Pipoca & Nanquim e MMarte Produções anunciaram publicações que resgatam trabalhos que há muito tempo não estavam presentes nos catálogos brasileiros. É importante manter sempre viva e comemorar, não somente para os quadrinhos nacionais mas também como um pilar da cultura brasileira.

Aventuras do Anjo

Blank white book cover

A editora Figura iniciou uma campanha de financiamento coletivo no Catarse para a publicação de Aventuras do Anjo, sendo esta uma Edição do Artista. Publicada pela extinta Rio Gráfica Editora (RGE), no final dos anos 1950, onde Flávio Colin iniciou a sua carreira de quadrinhista. A história que será publicada será O Lenhador Maldito da edição número cinco da revista, em 1959. É muito visível reparar, como nessa época a arte de Colin era fortemente inspirada pelo Milton Caniff (autor de Terry e os Piratas).

Aventuras do Anjo foi uma série de radionovela policial criada e interpretada por Álvaro Aguiar (1907-1988), que durante 17 anos foi um grande sucesso da radio dramaturgia brasileira. O Anjo é um misterioso milionário que se ocupa em investigar crimes com a ajuda de seus comparsas Faísca, Metralha e Jarbas.

As publicações intitulada de Edição do Artista, imprimem uma história em quadrinhos no formato original da arte e sem os retoques gráficos. Deste modo, é possível visualizar todo o processo artístico realizado pelo autor: as marcas de lápis, as tonalidades do entintamento, as correções com tinta branca, os recortes e as colagens. Por tudo isso, é um excelente material para o estudo das técnicas que envolvem a produção do desenho de HQs.

Aventuras do Anjo terá formato 30 x 42 cm, 60 páginas e capa dura. Para saber mais sobre a campanha clique AQUI.


Terror no Inferno Verde

Terror no Inferno Verde será publicado pela editora Pipoca & Nanquim, além da HQ que dá título ao volume, este também traz outros dos principais trabalhos do quadrinista, como Honorato, já leu Dickens?, Filho do Urso, O Caso dos Dez Negrinhos, Os Minatá-Karaiá, A Terceira Arca, Viu a Caveira?, O Passeio da Peste e Joaquim: O Magnífico; publicadas em diferentes períodos de sua prolífica jornada, em revistas fundamentais como MAD, Spektro e Calafrio.

Para contextualizar a vida de Colin e sua relação com os quadrinhos, Terror no Inferno Verde ainda conta com depoimentos de pessoas que foram influenciadas por ele, como o jornalista Francisco Ucha, o editor Franco de Rosa e o quadrinhista Jefferson Costa.

Terror no Inferno Verde tem formato 21 x 38 cm, 220 páginas, capa dura e está em pré-venda na Amazon com 30% de desconto.


Estórias Gerais

Já a editora Conrad vai trazer de volta Estórias Gerais, possivelmente um dos lançamentos mais esperados, em uma edição especial de 20 anos. Ela foi publicada originalmente em 2001, de forma independente, com apoio da Lei de Incentivo à Cultura da Prefeitura de Belo Horizonte. Em 2005, a própria Conrad a relançou e em 2012 foi a vez de sair pela Editora Nemo.

Com artes de Colin e roteiro de Wellington Srbek, Estórias Gerais transporta o leitor para o sertão mineiro, ao norte do estado, na pequena cidade fictícia de Buritizalà margem do rio São Francisco, lá pela década de 1920. Um jornalista chega ao lugar com a missão de apurar a história do cangaceiro Antonio Mortalma, que costumava aterrorizar o povo do vilarejo.

O jornalista quer investigar e registar informações e a origem de Mortalma, que muitos moradores afirmam que é um bandido que seria um demônio, ou pelo menos teria parte com o Coisa-Ruim. Com um espírito cético, o jornalista logo descarta tais afirmações, imaginando nelas crendices de um povo de pouca cultura, e esperando que a expedição comandada pelo Coronal Odorico Pereira logo chegue para resolver a violência que assola a região.

Porém, seu guia é um jagunço disfarçado, que logo coloca o jornalista cara a cara com Mortalma, num rincão no meio do nada. E eis, então, que sua visão sobre os moradores do local começa a sofrer uma tremenda mudança a cada personagem que aparece na trama.

Estórias Gerais tem formato 19 x 27 cm, capa dura e logo estará em pré-venda pela Conrad. Fique ligado no site da editora clicando AQUI.


Os Estranhos Hóspedes do Hotel Nicanor

 

Os Estranhos Hóspedes do Hotel Nicanor será a publicação de Flávio Colin que a MMarte Produções irá trazer para os leitores, a notícia foi revelada pelo editor Márcio Paixão no podcast Confins do Universo da última semana e tem previsão para o próximo mês de dezembro, trazendo a colaboração de Colin com Otacílio d’Assunção Barros, o Ota, que na época usou o pseudônimo Juka Galvão.

As histórias, com toques de sarcasmo de humor negro, giram em torno do Hotel Nicanor, um lugar mantido pelo idoso Nicanor que recebe hospedes bem incomuns: monstros!

Originalmente, foram cinco HQs, sendo que quatro delas saíram da revista Spektro (Vecchi), além de outra história curta. A última vez que esse material foi publicado aconteceu na revista Hotel do Terror (1994) pelo selo Ota Comix.

O destaque da antologia fica para uma grande descoberta: uma história inédita, produzida pela dupla e jamais publicada antes. Além disso, a edição trará materiais extras contextualizando a obra, o trabalho de Flavio Colin e a importância do autor.

E que venha mais Flavio Colin!