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Panini | Aquaman, Arqueiro Verde e mais encadernados da DC em breve

A editora Panini anunciou os próximos encadernados da DC que serão publicados no Brasil, entre eles temos alguns títulos do Renascimento, a continuação de Arkham Knight e mais Lendas do Universo DC. Confira: 

Batman: Arkham Knight vol. 2 (Formato americano, capa cartão, miolo LWC, 164 páginas, R$ 22,90) — A batalha pela alma de Gotham City continua no segundo volume de Arkham Knight. Enquanto o Morcego se ocupa de impedir que Bane transforme a cidade em seu playground particular, Jason Todd aproveita para armar um plano de vingança que destrua o Batman de uma vez por todas.”

Arqueiro Verde vol. 1 (Formato americano, capa cartão, miolo LWC, 140 páginas, R$ 19,90) — Sem aliados, sem dinheiro e sem moral, o maior arqueiro do Universo DC está de volta… mas talvez fosse melhor que ele se aposentasse para sempre! Para compensar, nesse novo início para Oliver Queen, o herói vai reencontrar alguém que vinha fazendo muita falta em sua vida: a Canário Negro.”

Aquaman vol. 1 (Formato americano, capa cartão, miolo LWC, 164 páginas, R$ 22,90) — Ainda dividido entre dois mundos, o Rei dos Mares está de volta, ao lado de sua amada Mera, para tentar conciliar as duas civilizações que o fizeram ser quem é hoje. Infelizmente para ele, o Arraia Negra não pretende deixar que esse sonho se torne realidade. Na verdade, ele pretende transformá-lo em um verdadeiro pesadelo!”

Capa de Aquaman Volume 1 (Renascimento)

Terra 2: Sociedade vol. 1 (Formato americano, capa couché, miolo LWC, 116 páginas, preço a definir) — As maravilhas estão em uma nova Terra, tentando desesperadamente estabelecer uma civilização que não incorra nos mesmos erros do que a anterior. No entanto, parece que nem mesmo seres superpoderosos conseguem se desvencilhar dos atritos que impedem uma vida de paz. E a previsão é de… guera total!”

Lendas do Universo DC: Darkseid (Formato americano, capa cartão, miolo offset, 180 páginas, preço a definir) — Um dos maiores mestres das HQs volta às bancas em junho com uma de suas sagas mais celebradas: Lendas! Ao lado de nomes como Len Wein e John Ostrander, John Byrne traz os maiores heróis do UDC tentando desbaratar um dos mais ardilosos planos já criados pelo senhor de Apokolips em um clássico imperdível.”

Academia Gotham: Segundo Semestre vol. 1 (Formato americano, capa cartão, miolo LWC, 132 páginas, preço a definir) — As aulas voltaram, e com elas os problemas que a jovem Olive Silverlock precisa enfrentar quando encara seu passado misterioso. Será que a ajuda de seus amigos será o suficiente para livrá-la da perdição eterna dessa vez?”

Os encadernados tem previsão de chegada às bancas e comic-shops em junho. 

 

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Vertigo | Panini publicará O Xerife da Babilônia

A Panini Comics publicará a aclamada série de Tom King e Mitch Gerads: O Xerife da Babilônia. O quadrinho é inspirado pelas experiências vividas por King na CIA. Confira a prévia da publicação: 

“Bagdá, 2003. O reinado de Saddam Hussein acabou.

Os americanos estão no comando agora. E ninguém está no controle.

O ex-policial e agora prestador de serviço contratado pelos militares Christopher Henry sabe disso melhor do que ninguém. Ele está no país para treinar a nova força policial iraquiana, e um de seus recrutas foi assassinado. Com a autoridade civil em frangalhos e corpos entulhando as ruas, Chris é a única pessoa realmente interessada em descobrir o culpado pelo crime – e a motivação por trás do ato.

A investigação o leva primeiro a Sofia, iraquiana criada nos Estados Unidos que agora ocupa uma cadeira no conselho de governo, e então a Nassir, um grisalho veterano da força policial de Saddam – e, muito provavelmente, o último investigador de verdade que resta em Bagdá.

Unidos pela morte, mas divididos por lealdades conflitantes, os três precisam ajudar um ao outro no traiçoeiro cenário pós-invasão do Iraque para encontrar quem cometeu o crime. Mas o que os motiva é justiça ou algum outro interesse oculto? Série indicada para os órfãos de ESCALPO!

Inspirado pelas experiências reais que teve como agente da CIA alocado no Iraque, TOM KING (Batman) junta-se a MITH GERARDS (Justiceiro) para produzir este thriller único.”

O quadrinho será distribuído em bancas e comic-shops. A publicação compila as edições 1 à 6 em 164 páginas. Capa cartão, lombada quadrada, papel LWC, formato 17×26, ao preço de R$24,90.

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Providence de Alan Moore chega este mês pela Panini

A HQ Providence escrita por Alan Moore inspirada na obra de H.P. Lovecraft, chega ao Brasil pela editora Panini. A série, foi publicada originalmente em 2015 nos EUA, em 12 partes no total, o primeiro volume desse encadernado contém as quatro primeiras edições.

A trama se passa na Nova York de 1919, protagonizada pelo repórter Robert Black, que tinha finalmente colocado sua vida nos eixos, quando um súbito suicídio de uma pessoa muito querida o conduz por uma estrada misteriosa, descobrindo um lado sombrio dos Estados Unidos. A estrada para Providence.

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É a primeira vez que a obra vai ser publicada em terras tupiniquins, Providence segue a tradição de Moore iniciada em O Pátio (The Courtyard de 2003) The Neonomicon (2010), ambos já publicados por aqui. Providence se posiciona tanto quanto um prequel, como uma sequência dessas histórias.

O protagonista Robert Black.

“O que Lovecraft fez foi pegar o mundo além da porta de sua casa e além da sua janela, daquele cenário regional em que nasceu, e engenhosamente fundir com imaginativas extremidades do universo” disse Alan Moore na época do lançamento. “Providence é minha tentativa de escrever um pedaço da ficção de Lovecraft.”

O desenhista Jacen Burrows assina a arte de Providence, o primeiro volume tem formato 17 X 26 cm, 176 páginas, capa dura e papel couché. O valor estabelecido foi de R$ 62,00. No total serão três volumes publicados, um prato cheio para quem curte a narrativa do Bruxo dos Quadrinhos e histórias de terror.

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Cowabunga | A trajetória das Tartarugas Ninja nos quadrinhos [ATUALIZADO]

Então, um produto químico caiu no esgoto de Nova York e atingiu quatro tartarugas e um rato… bem, a história você já conhece e não é de hoje. Seja pelo cômico desenho, pelos filmes e os games ancestrais dos anos 90 ou pelo (intragável) seriado, ou pela atual série animada da Nickelodeon, ou até pelos filmes estrelados pela Megan Fox com os mutantes super bombados, as Tartarugas Ninja já estão com mais de 30 anos em seus cascos com idas e vindas, alguns sucessos e algumas derrapadas em diversas mídias. Mas apenas uma mídia se mantém desde a criação dos personagens sendo sempre produzida, apesar dos altos e baixos: os quadrinhos.

Kevin Eastman e Peter Laird.

Criadas por Kevin Eastman e Peter Laird em 1984, elas surgiram nas páginas da Mirage Comics, editora independente criada pela dupla. As Tartarugas eram uma paródia das obras Demolidor e Ronin de Frank Miller e dos Novos Mutantes da Marvel Comics. Com um tom bem mais sério e sombrio, a publicação original era em preto e branco, e as tartarugas eram bem badass. Havia o ar engraçado que é característico das personagens, mas eles brigavam e machucavam pra valer os bandidos em Nova York. April O’Neil estreou na segunda edição e era uma programadora de informática. Nessa fase conhecemos o Destruidor e o seu Clã do Pé e grande parte do universo das tartarugas. A Mirage Comics publicou a série entre 1984 e 1993. A série bateu em vendas na época grandes títulos da Marvel e da DC Comics, e entrou para a história como a revista independente de maior sucesso até então. Sendo superada anos depois por Spawn.


Com o sucesso dos personagens, logo veio o famoso desenho animado dos anos 90. Acompanhada a ele veio a série infanto-juvenil que era publicada pela Archie Comics, que também produziu tirinhas de jornal, mangás e um encontro com a turma do Archie. Era focado no desenho que catapultou as Tartarugas Ninja para o grande público, principalmente o infantil. Pela Archie Comics as publicações começaram em 1989 e terminaram em 1995. A série principal teve 72 edições nesse período. A Editora Xangri-Lá publicou seis edições dessa fase aqui no Brasil entre os anos de 1989 e 1990.

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Em 1996 a Image Comics estava se estabelecendo no mercado dos quadrinhos e foi uma grata surpresa para todos quando foi anunciado que seria a nova casa das Tartarugas Ninja. A equipe criativa era composta por Gary Carlson no roteiro, desenhos de Frank Fosco e a produção de Erik Larsen, criador do Savage Dragon, personagem que os quelônios já encontraram algumas vezes. Contudo, a fase publicada pela Image não foi considerada cânone. Peter Laird, co-criador, não foi envolvido e nem teria aprovado nada que foi publicado, enquanto Kevin Eastman teria participado das artes de algumas edições.

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Foram apenas 25 edições publicadas que mostram um ritmo mais rápido, ação intensa, traços que foram característicos na década de 90 e mudanças polêmicas nas tartarugas. Leonardo perdeu uma mão, Raphael teve seu rosto marcado, Splinter se tornou um morcego e Donatello, um cirbogue. Lá pelas tantas (não reclame de spoilers em uma publicação de vinte anos atrás) Raphael assumiu o manto do Destruidor e a liderança do Clã do Pé. O período de publicação pela Image rendeu alguns crossovers com o já citado Savage Dragon, Gen 13 e a participação do especial Mars Attacks Image #1. As Tartarugas Ninja foram produzidas pela editora entre 1996 e 1999.

Raphael como Destruidor.

Em 2003 começou a ser exibido um novo desenho que durou até 2009 produzido pela Mirage Studios e pelo Canal Fox. No Brasil ele foi exibido pela Rede Globo e pelo canal pago Fox Kids/Jetix. A editora Dreamwave produziu as HQ’s baseadas nessa nova série, onde as quatro primeiras edições eram os episódios da TV contados pelo ponto de vista dos personagens secundários. Infelizmente, as HQ’s não tiveram o retorno esperado e foram canceladas após o Nº 7.

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Em 2011, a nova toca das tartarugas passou a ser IDW Publishing, onde estão até hoje. A nova série mensal é uma mistura dos quadrinhos originais da Mirage com os desenhos de 1987 e 2003. A IDW começou a recolocar os personagens no circuito dos quadrinhos com one-shots estrelados por cada uma das tartarugas separadamente. O primeiro foi do Raphael. A mistura de saudosismo e renovação agradou e logo depois foram lançadas edições no mesmo formato com o Splinter, Casey Jones, April O’Neil e o Fugitoid. Daqui vieram histórias muito elogiadas pela critica e pelos fãs, como A História Secreta do Clã do Pé, Império Utrom, a fofinha Tartarugas Ninja – Casey e April, a saga Ataque ao Technodrome (onde acontece a queda do Donatello), Mutanimais e mais recentemente foi incluída Jennika, a mais nova Tartaruga. Uma grata surpresa que foi bem aceita pelos fãs (tirando aqueles nerds chatonildos do “mataram minha infância). Saiba mais sobre a origem da Jennika AQUI. A Panini chegou publicar os one-shots aqui no Brasil, seguindo com uma parte da revista mensal, cancelada poucas edições após o início.

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Nota curta: A IDW publicou uma história um tanto quanto curiosa. Teenage Mutant Ninja Turtles: Deviations é uma espécie de “O Que Aconteceria se…” que foi muito popular no passado na Marvel Comics e mostrava uma realidade alternativa. Nessa edição nós vemos que quem treinou as Tartarugas foi o Destruidor, e Splinter junta uma equipe para deter o vilão.

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Já ocorreram crossovers das tartarugas com alguns personagens, como os Caça-Fantasmas e dois encontros com o Batman, que chegou render uma excelente animação. Outro crossover que aconteceu e rendeu boas críticas e uma boa vendagem, foi com os Power Rangers. Um personagem que as Tartarugas Ninja encontram algumas vezes é o coelho samurai Usagi Yojimbo. Já foram alguns encontros em revistas e nas séries animadas.

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No Brasil, além das já citadas Xangri-Lá e Panini, a editora Sampa em 1990 publicou pela primeira vez em terras tupiniquins, a origem das Tartarugas. O Sampa Graphic Album Special – As Tartarugas Ninjas tinha três histórias e diferente dos quadrinhos originais que eram em preto e branco, essa versão era toda colorida.  A Ebal também publicou edições que eram mix de quadrinhos e para colorir. A Editora Devir no ano de 2007 publicou um especial encadernado, contendo a origem das Tartarugas.

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Muito conhecidas sejam pelos desenhos animados, filmes, animações e games, as Tartarugas Ninja possuem uma grande e respeitada história no mundo dos quadrinhos. Vale a pena correr atrás e ler algumas coisas (até a fase da Image Comics), embora não seja muito fácil encontrar tais materiais (online tem algumas coisas); e o jeito é torcer para que alguma editora possa lançar algum encadernado ou nova revista no Brasil. E quando isso acontecer… Vamos pedir uma pizza para comemorar!

ATUALIZAÇÃO: PODEM PEDIR A PIZZA! A editora Pipoca & Nanquim anunciou que as Tartarugas Ninja estão de volta às terras brasileiras! O link para a compra está abaixo.

 

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Panini | Hellblazer, Suicidas e outros lançamentos da Vertigo

Entre os meses de março e abril estão chegando às bancas de todo o Brasil algumas novidades, continuações e relançamentos do selo Vertigo da Panini Comics. Confira abaixo.

John Constantine, Hellblazer – Origens Vol.1: Pecados Originais (NOVA EDIÇÃO)

Como um dos poucos magos que compreendem tanto as possibilidades quanto os riscos de sua arte, o nativo de Liverpool John Constantine conseguiu não se deixar perder nas artes negras, mas não foi capaz de evitar completamente suas garras sedutoras. Infelizmente, enquanto John sabe o verdadeiro preço da magia, o mundo está cheio de amadores dispostos a entregar suas almas por um gostinho de poder mágico. E, para o bem ou para o mal, todo o conhecimento arduamente adquirido ao longo dos anos garante que John esteja no meio de qualquer confusão que possa surgir… Nascido nas páginas do Monstro do Pântano de Alan Moore, John Constantine começou sua carreira solo sob o domínio da imaginação afiada de JAMIE DELANO (Homem-Animal) e JOHN RIDGWAY (Juiz Dredd), que agora reapresentam aos leitores suas primeiras páginas com o personagem. Esse volume reúne as seis primeiras edições da série John Constantine, Hellblazer.

Lançado originalmente em agosto de 2011, este primeiro volume da série Hellblazer – Origens está sendo relançado em novo formato, com 180 páginas em papel LWC, capa cartão sem orelhas, e lombada quadrada. O preço de capa sugerido é R$ 25,90.

Suicidas Vol.1

Apenas os mais fortes e selvagens sobreviveram quando o Grande Terremoto atingiu a Cidade dos Anjos. Um muro foi erguido para proteger a cidade que ressuscitou dos escombros e viu surgir uma nova e letal indústria de entretenimento. Enquanto a massa de pobres, sujos e indesejados se debate para sobreviver do lado de fora da muralha, os Suicidas – gladiadores biomecanicamente aprimorados – se tornam deuses de um novo Coliseu. O maior deles é o Santo.

Em entrevistas ele fala da necessidade de limpar New Angeles dos indignos, e é exatamente o que faz na arena. Mas pouco se sabe desse gigante mascarado, e o mistério deixa seus fãs sedentos por mais. Mas ele tem seus próprios segredos. Como a gigante corporação que banca seu estilo extravagante de vida e monitora todos os seus passos. Segredos sobre a jornalista encontrada morta em sua mansão. Segredos sobre o passado que poderiam abalar as fundações de New Angeles como nunca antes…

O aclamado escritor/artista LEE BERMEJO revela uma ousada, bela e brutal visão distópica em SUICIDAS VOL. 1. Você tem o necessário para sobreviver? Este volume compila as edições 1 a 6 da série Suiciders, em 164 páginas com papel LWC, capa cartão, lombada quadrada e preço de capa sugerido R$ 24,90.

Monstro do Pântano: Raízes do Mal Vol. 1

Nova fase na vida do Monstro! Ele era a encarnação do reino vegetal do planeta Terra – o espírito de todos os brejos, charcos e pântanos. Tinha uma bela esposa, com quem concebeu uma filha, e o poder e a beleza da natureza para dar sentido à vida. Ele era o Monstro do Pântano. E estava feliz.

E então acordou. Sem nenhum tipo de aviso, o Dr. Alec Holland se encontra a  milhares quilômetros dos pântanos da Lousiana, local que acreditava ser seu lar. Ele agora tem uma vida da qual não lembra nada e recuperou o corpo humano que um dia acreditou ter perdido para sempre. O tempo como Monstro do Pântano não parece nada além de um sonho distante que se esvanece, um delírio, uma terrível alucinação. Mas o monstro que assola o bayou que ele deixou pra trás parece muito real. Assim como a bela mulher que o amava, o perigo que ela agora encara e a terrível vingança dos poderes que ele outrora serviu – os deuses dos campos e das florestas que formam o Parlamento das Árvores.

Para encontrar a verdadeira identidade e salvar aqueles que ama, Alec deve partir em uma jornada espiritual através de continentes, oceanos e dos bilhares de anos de segredos do próprio planeta!

As lendas dos quadrinhos Grant Morrison (Homem-Animal, Os Invisíveis, Patrulha do Destino) e Mark Millar (Kick-Ass) formam equipe com os artistas Phil Hester (Arqueiro Verde) e Kim DeMulder (HELLBLAZER, Os Defensores) para escavarem fundo na mitologia do Monstro do Pântano em RAÍZES DO MAL. Este volume contém 148 páginas em papel LWC, capa cartão e lombada quadrada, com preço de capa sugerido R$ 24,90. Compila as edições 140 a 145 de Swamp Thing.

Tom Strong – A Terrível Vida Real de Tom Strong

Tom Strong ao lado de sua esposa Dhalua, sua filha Tesla, e seus parceiros Rei Salomão – o símio inteligente –, e Pneuman – o servo mecânico –, encaram uma série de desafios na base de Millennium City em mais uma incrível coletânea com a participação de diversos brilhantes roteiristas e artistas convidados, como Mark Schultz (Xenozoic Tales), Pasqual Ferry (Adam Strange – Mistério no Espaço), Steve Aylett, Shawn McManus (Monstro do Pântano), Brian K. Vaughan (Y: O Último Homem), Peter Snejbjerg (Livros da Magia),  Ed Brubaker (Gotham DPGC) e Duncan Fegredo (Kid Eternidade)!

Este é o quinto encadernado da série, que compila as edições 26 a 30 de Tom Strong em 140 páginas com papel LWC, capa cartão, lombada quadrada e preço de capa sugerido R$ 21,90.

DPF – Departamento de Polícia da Física: Audeamus

“Prevenir e proteger a humanidade do impossível.” Em teoria, essa é a razão pela qual as pessoas se tornam agentes do Departamento de Polícia da Física. Mas, o desmantelamento das leis que governam o Universo escancarou ao mundo que teoria e realidade são duas coisas muito diferentes. Para Cícero Deluca, o DPF foi uma alternativa para escapar do bullying eterno sofrido pelos nerds. Para Adam Hardy, o DPF foi uma oportunidade de descobrir os segredos do pai – um cientista revolucionário que arruinou a carreira por revelar a verdade sobre suas descobertas. Proteger a humanidade não era a razão principal de nenhum dos dois.

Mas talvez os enormes tornados quânticos que assolam o planeta façam com que repensem suas prioridades. O universo está passando por grandes mudanças, e a menos que Adam e Cícero possam ajudar o DPF a encontrar a causa e revertê-la, não haverá muita humanidade para ser protegida…

Audeamus é o terceiro encadernado da série e compila as edições 8 a 13 da série FBP em 148 páginas com papel LWC, capa cartão, lombada quadrada e preço de capa sugerido R$ 23,90.

Fique ligado na Torre de Vigilância para acompanhar os lançamentos de quadrinhos!

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Rebirth no Brasil | O que ler antes do Renascimento?

Em maio de 2016 a DC Comics deu início à sua mais recente e bem sucedida fase editorial, intitulada DC Rebirth. Sucesso de crítica e vendas, o objetivo deste relaunch foi aproximar a editora às suas antigas características, que envolvem o legado dos heróis, otimismo e mais amor. Esse novo momento da Editora das Lendas começou com uma edição especial lançada no mesmo mês, escrita por Geoff Johns e intitulada DC Universe: Rebirth Special #1, onde as primeiras sementes do que viria a seguir foram plantadas.

Esta edição especial está chegando agora ao Brasil, publicada pela Panini com o título Universo DC: Renascimento. Mas o que deve ser conferido antes para que haja total compreensão da cronologia? Confira abaixo as leituras essenciais que deixam o Renascimento ainda melhor!


 Lois & Clark

O Superman é o personagem que sofreu as maiores mudanças no Renascimento. Há algum tempo publicamos um enorme artigo explicativo sobre toda a cronologia do Superman desde os Novos 52 até a revista Convergência: Superman, consequentemente culminando em sua nova série mensal, escrita por Peter Tomasi, um dos maiores nomes da editora. Contudo, antes de aproveitar a nova fase do herói, a minissérie Lois & Clark de Dan Jurgens e Lee Weeks é uma das leituras obrigatórias. Publicada nos EUA logo após a saga Convergência, esta série estabeleceu o Superman antigo no universo atual da DC, trazendo de volta não somente o herói clássico como também sua família, composta pela Lois Lane e seu filho Jon Kent. Esta minissérie foi publicada no Brasil em um encadernado, e além de narrar as aventuras e adaptação do Superman mais velho neste mundo, também planta algumas ideias que serão reaproveitadas ao longo do Renascimento, tanto em Action Comics quanto em Superman e Super Sons.


Guerra de Darkseid

Uma das últimas sagas da Liga da Justiça, a Guerra de Darkseid teve grandes consequências para o Universo DC. Durando cerca de um ano, o épico foi escrito por Geoff Johns e ilustrado por Jason Fabok, e também plantou diversas ideias que serão aproveitadas ao longo do Renascimento. Uma nova Lanterna Verde, um misterioso parentesco da Mulher-Maravilha, um destino trágico para o maior herói de todos os tempos, além de outras grandes mudanças relacionadas a vilões como Lex Luthor, o Sindicato do Crime e ao próprio Darkseid foram alguns dos choques desta batalha. Sobrou até para o Coringa. No Brasil, a saga foi publicada na revista mensal da Liga da Justiça ao longo das edições #42 e #51. Além disso, a editora Panini também compilou as revistas especiais dos Novos Deuses no encadernado Liga da Justiça Especial: A Guerra de Darkseid.


Caça aos Titãs

A Caça aos Titãs de Dan Abnett, Paulo Siqueira e Stephen Segovia também é parte vital para a compreensão do Renascimento como um todo. Além de conectar-se diretamente com o início da revista Universo DC: Renascimento, esta minissérie em oito edições, compilada no Brasil em um único encadernado da Panini, explora toda a relação entre os Titãs originais, grupo composto por Dick Grayson, Donna Troy, Ricardito e outros. A trama lida com o passado supostamente apagado da memória destes heróis, e une toda uma cronologia referente aos personagens para que haja uma conexão e um retorno do grupo, que deixou de existir durante os Novos 52. O roteiro se esforça para unir todas as pontas e a revista dos Titãs na fase seguinte é uma das mais importantes para a DC atualmente, graças ao retorno de um herói esquecido.


Superman: Fim dos Dias

O arco final do Maior Herói de Todos os Tempos englobou as revistas Action Comics, Superman, Batman/Superman e Superman/Wonder Woman no exterior. Os últimos momentos do herói nesta continuidade foram narrados por Peter Tomasi, que posteriormente assumiu a revista principal já na fase Renascimento, e a arte de grandes nomes como Mikel Janín e Doug Mahnke fizeram parte das revistas. No Brasil o arco foi compilado em um único encadernado chamado Superman: Fim dos Dias, e a obra é vital para a compreensão do Renascimento, linkando diretamente com o fim da Guerra de Darkseid, com os acontecimentos de Lois & Clark e dando o gancho para revistas como Superwoman. Toda a fase do herói desde sua origem recontada em meados de 2011 se encerra aqui, mas alguns detalhes serão retomados em outro momento, no futuro…


O que mais?

Por mais que o Renascimento seja uma nova fase e um ponto de partida ideal para novos leitores, a cronologia foi mantida, e basicamente todas as séries desde o início dos Novos 52 possuem importância para este novo universo DC. Como toda reformulação, algumas questões de origens e ausência ou presença de personagens estão sendo alteradas pelas equipes criativas, como já vinha acontecendo anteriormente (o caso da já citada Caça aos Titãs), e ao mesmo tempo diversos detalhes são mantidos.

Abaixo, confira alguns tópicos importantes com relação a algumas das séries e heróis específicos, com pequenas explicações:

  • We Are Robin: publicada no Brasil na revista mensal A Sombra do Batman, a série de Lee Bermejo desenvolveu o atual companheiro do Batman, Duke Thomas. O personagem já havia sido utilizado ao longo da fase de Scott Snyder na revista mensal do Morcego, porém, em We Are Robin ele passou a ser um dos protagonistas. Toda esta fase é essencial para conhecer o personagem, e toda a Batfamília manteve-se.
  • A Mulher-Maravilha de Brian Azzarello é um caso diferente. Tida por muitos como a melhor revista dos Novos 52, na fase Renascimento o roteirista Greg Rucka, responsável por elogiadas histórias da personagem, está recontando não somente sua origem, mas lidando com todo o passado da heroína. É importante conhecer não somente a “fase guerreira” de Azzarello, mas também tudo o que veio antes, desde a fase de George Pérez após a Crise nas Infinitas Terras, caso você deseje saber o que está sendo alterado.
  • O Wally West dos Novos 52 foi mantido na cronologia do Renascimento, então tudo relacionado ao Flash e aos Jovens Titãs também permanece vivo, quando se trata do velocista.
  • Batgirl mantém-se com o mesmo estilo da fase Burnside, de Brenden Fletcher, Cameron Stewart e Babs Tarr. As séries relacionadas como Aves de Rapina e a Canário Negro também são correlacionadas.
  • O Arqueiro Verde de Jeff Lemire deve ser lido para que haja compreensão tanto da fase Renascimento quanto da fase prévia, já escrita por Ben Percy (roteirista que se manteve na reformulação), encerrando a fase dos Novos 52.
  • Heróis como o Lanterna Verde, Shazam, Aquaman, Supergirl, Caçador de Marte e Cyborg também mantiveram-se, com algumas pequenas alterações, caso da Supergirl e do Cyborg. A edição Universo DC: Renascimento mostrou acontecimentos específicos para alguns heróis e sidekicks, como o que houve entre Aquaman e Mera ou com relação ao Besouro Azul.

Bastante coisa, não é mesmo? É sempre importante lembrar que o Renascimento visa os leitores novatos, então nada é tão complicado quanto aparenta. É possível que alguns detalhes não tenham sido mencionados acima, porém é fatalmente impossível descrever com detalhes todos os acontecimentos da vida destes heróis nos últimos anos. Caso opte por ler somente as séries indicadas e a edição especial, a compreensão como um todo não será tão comprometida.

O Renascimento da DC Comics é um dos grandes sucessos dos últimos tempos, e uma das fases mais elogiadas pelos fãs. Veremos se a aceitação entre o público brasileiro será tão positiva, justificando o hype em torno desta bela empreitada da Editora das Lendas. Empolgado? Acha que faltou algo? Comente abaixo!

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Confira as revistas brasileiras do Rebirth da DC Comics

UFA! UFA! Finalmente! Está no horizonte! É TETRRRAAAAAAA!!!! Até que enfim está chegando o elogiado Rebirth da DC Comics no Brasil. A Editora Panini já oficializou para abril o começo das publicações, e logo de cara já anunciou sete novas HQ’s para o Rebirth entrar com o pé na porta em terras tupiniquins.

Batman, Superman, Mulher-Maravilha, Detective Comics, Actions Comics, Liga da Justiça e Lanternas Verdes serão os primeiros títulos do Rebirth a serem vendidos oficialmente por aqui. Ficando para depois nomes como Flash, Aquaman, Arqueiro Verde, Esquadrão Suicida, Batman All-Star e Jovens Titãs.

No seu lançamento nos Estados Unidos ano passado, a Editora das Lendas superou por muito tempo em vendas a Marvel Comics. Com times criativos, histórias sem medo de ousarem e o mistério envolvendo Watchmen sendo incluido no Universo regular da editora ajudaram a bater recordes comerciais. As HQ’s da Mulher-Maravilha, Superman e do Batman (este até hoje sempre configura entre as cinco mais vendidas lá na gringa) alavancaram nas lojas suas vendas, obrigando a DC Comics fazer mais reimpressões de alguns títulos.

A Torre de Vigilância vai resumir os títulos anunciados:

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BatmanGotham e Gotham Girl, Esquadrão Suicida do Homem Morcego, Alfred usando o manto, Batman “cavalgando” em um avião e monstros gigantes destruindo Gotham City. A louca, elogiada e fantástica fase de Tom King à frente aos roteiros do Morcegão finalmente chega ao Brasil. Com artes de David Finch, o título é o maior sucesso de vendas e critica desde o começo do Rebirth.


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SupermanLois Lane, Clark Smith e Jonathan Simth. A família de aço. Os personagens que vieram da época de antes dos Novos 52, tentam se integrar na nova vida em um mundo onde o Superman (dos Novos 52) morreu e existe um Clark Kent em Metrópolis. Entre proteger a cidade, lutar contra vilões e se ajustarem em um novo mundo. Lois e Clark tentam cuidar de Jon, o novo Superboy, e seus poderes florescendo. A dupla criativa Peter J. Tomasi e Patrick Gleason estão de frente ao título.


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Mulher-Maravilha – Com o primeiro filme solo da prestes a estrear, nada mais justo que a Amazona ganhe seu título solo no Brasil. Fazia mais de trinta anos que isso não acontecia. O roteirista Greg Rucka resolveu mostrar o passado de Diana sem esconder nada sobre nada na Ilha Paraíso. E essas revelações trazem sérias consequências ao presente da heroína. Rucka tem ao decorrer das publicações as parcerias dos artistas Liam Sharp, Nicola Scott e a brasileira Bilquis Evely.


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Action Comics – O Superman dos Novos 52 tinha morrido. Um novo Superman sentiu a necessidade e a obrigação de proteger Metrópolis e o mundo. Mas já existe um novo Homem de Aço no pedaço. E ele atende pelo nome de… Lex Luthor!!! A série vai mostrar esse embate entre os arqui-inimigos de décadas, com um Clark Kent misterioso e o monstro Apocalypse nesse bolo. Com roteiro de Dan Jurgens e artes de Patrick Zircher, Tyler Kirkham e Stephen Segoiva.


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Detective Comics – Nem mesmo o Batman com todo o seu PREPARO pode cuidar de Gotham City sozinho. É quando ele instrui a Batwoman montar uma equipe totalmente nova para as adversidades que o Homem Morcego não pode enfrentar sozinho. Red Robin, Salteadora, Cassandra Cain e o Cara de Barro são os membros da equipe. A HQ faz um grande sucesso nos Estados Unidos e é uma das mais elogiadas pela crítica. Na criação estão James Tynion IV e Eddy Barrows.


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Liga da Justiça – Um novo Superman e dois novos Lanternas verdes entrando na maior equipe de super-heróis do mundo, e já de cara enfrentando uma das maiores crises cósmicas já vistas, que o final pode atingir diretamente a população mundial. Para contar sobre essa adversidade espacial está o roteirista Bryan Hitch e o desenhista Tony Daniel.


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Lanternas Verdes – O título com mais páginas anunciado pela Panini (ela terá 92 enquanto as outras 52), já que ele vai englobar duas HQ’s em uma só. Aqui será publicado Hal Jordan, onde começa a contar a saga de Jordan contra o Sinestro, depois que o vilão praticamente dominou todo o espaço sideral após o suposto desaparecimento da Tropa dos Lanternas Verdes. A equipe criativa é composta por Robert Venditti, Rafa Sandoval e Ethan Van Sciver. E ainda teremos as aventuras os novos Lanternas Simon Baz e Jessica Cruz, iniciando as suas carreiras como protetores da Terra. Sam Humphries e Robson Rocha estão de frente às histórias de Simon e Jessica.

A Editora Panini, em seu comunicado oficial, ainda disse que as mensais vão ter miolo LWC e que mais títulos estão por vir. Mais duas HQ’s estão programadas para serem lançadas, uma em maio e outra em junho. Mas ainda não se sabe quais serão.

Vale ressaltar que para muitos, a fase do Rebirth não é nenhuma novidade. Graças ao mundo moderno temos vários modos de ler por scan, títulos que já foram publicados lá na gringa. Mas lembre-se bem amiguinho leitor, nada é tão gostoso, tão emocionante e tão gratificante do que chegar na banca, ficar broder do jornaleiro e comprar sua HQ física e ler em casa, surgindo a expectativa do próximo mês. É como se sentir criança na véspera da noite de Natal.

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Face Oculta: O Rosto da Aventura

Com uma história situada no final dos anos 1800, Face Oculta (Volto Nascosto no original) é uma minissérie em 14 edições publicada pela Sergio Bonelli Editore. Narrando o período da expansão colonialista da Itália sobre a Etiópia, o quadrinho, que teve um primeiro volume encadernado lançado recentemente pela Panini, é uma história envolvente situada num período não explorado por outras narrativas da nona arte.

Publicada em terras italianas entre os anos de 2007 e 2008, a série situa-se no final do século XIX, quando a Itália possuía ambições expansionistas e voltava sua atenção para a África, especificamente para a Etiópia. Nesta época, tanto os italianos quanto os britânicos rivalizavam por influência na região. Porém, graças especificamente à Itália, uma guerra acabou eclodindo. É em meio a este cenário que o jovem Ugo Pastore e seu pai se veem envolvidos em alguns dos momentos mais decisivos do período, ao mesmo tempo que há o surgimento de um homem sagrado que usa uma máscara prateada, arrebanhado por uma legião de soldados e seguidores por toda a Etiópia. Seu nome é Face Oculta.

Capa do primeiro volume encadernado de Face Oculta, lançado pela Panini em 2016.
Capa do primeiro volume encadernado de Face Oculta, lançado pela Panini em 2016, em parceria com a loja Comix.

A minissérie é uma criação do famoso roteirista italiano Gianfranco Manfredi, criador das bem quistas séries Mágico Vento e Adam Wild, também publicadas pela Bonelli. O texto de Manfredi faz jus a sua fama, seja qual for a história escrita por ele, e Face Oculta não foge deste altíssimo padrão de qualidade, especialmente pelo fato do autor se distanciar dos arquétipos de “lado bom e lado mau” típico de visões históricas como esta. Apesar da história parecer algo muito italiano, feito para italianos lerem, a aventura te prende do começo ao fim através de personagens cativantes, reviravoltas e muitas outras características típicas dos ótimos quadrinhos Bonelli. É importante lembrar que a iniciativa da Bonelli em lançar minisséries fechadas existia há algum tempo, com séries como Brad Barron, Demian e posteriormente Cassidy, mas também era uma empreitada relativamente nova e bem sucedida.

A história apresentada nas quatro primeiras edições encadernadas pela Panini é narrada através dos três personagens italianos principais: Ugo Pastore, um jovem leal que trabalha como contador; Vittorio De Cesari, melhor amigo de Ugo e Tenente do exército italiano, e Matilde Sereni, vítima de uma doença de estresse traumática envolvida numa espécie de triângulo amoroso com os outros dois personagens, algo típico das heroínas de romances e das óperas líricas do período em que a obra se situa. Além destes, temos Face Oculta, o líder de uma espécie de culto da Etiópia, e o Rei Menelik II acompanhado de sua esposa Taytu, estes últimos, um casal de figuras históricas etíopes reais.

A misteriosa figura chamada Face Oculta move parte da narrativa neste início de série.
A misteriosa figura chamada Face Oculta move parte da narrativa neste início da série.

Manfredi conta sua história de forma magistral, passando aos poucos por alguns anos deste período, sem pressa e atento aos mínimos detalhes da trama construída. Seu texto é cativante, envolvente e desperta a curiosidade do leitor, que é ainda mais convencido ao presenciar tamanha beleza em prosa somada à belíssima arte de alguns mestres dos quadrinhos, sendo os responsáveis por estas primeiras edições Goran Parlov, Massimo Rotundo, Alessandro Nespolino e Ersin Burak. Os quatro nomes citados possuem estilos artísticos bem distintos, porém cada um traz uma característica nova e positiva para dentro do quadrinho, fazendo com que o leitor sinta uma boa mudança de ares a cada novo capítulo.

O autor também tem o cuidado de situar o leitor através de textos editoriais no término de cada edição e início da próxima, com comentários adicionais e informações que mostram o que é fato real e o que foi inventado para esta aventura. Manfredi brinca com os fatos e figuras históricas e toma a liberdade que qualquer autor necessita para criar sua própria e, muitas vezes melhor que qualquer outra totalmente fiel à realidade, narrativa.

Os três italianos que protagonizam Face Oculta.
Os três protagonistas italianos de Face Oculta.

O capricho editorial da editora Panini também merece destaque, já que esta é a segunda vez que a obra é publicada no Brasil. Em meados de 2012, a editora multinacional deu início a série lançando-a em capítulos, como no formato original italiano. Com as baixas vendas, o segundo capítulo foi o último a aparecer nas bancas, e a minissérie foi descontinuada. Com esta nova edição os leitores têm a chance de conferir material inédito, visto que o encadernado de 384 páginas compila os quatro primeiros capítulos. A forma que a editora encontrou para lançar este material foi em parceria com a Comix Book Shop, como parte da comemoração de 30 anos da empresa, com baixa tiragem e sendo vendido exclusivamente nesta loja parceira.

Arte de Goran Parlov.
Arte de Goran Parlov.

Apesar do empecilho e da possível dificuldade para encontrar este material, a história apresentada é altamente recomendada para qualquer apreciador de bons quadrinhos, e essencial para qualquer fã dos quadrinhos Bonelli. Na Napoli Comicon de 2008 a série recebeu o Prêmio Attilio Micheluzzi de Melhor Série de Desenho Realista. Nos próximos capítulos (ainda faltam dez para a conclusão da história) os leitores presenciarão a arte de outros ótimos artistas como Leomacs, Roberto Diso, Giovanni Freghieri, Giuseppe Matteoni e Gigi Simeoni, além do retorno de alguns ilustradores presentes nesta primeira edição. A editora Panini prometeu novidades com relação a série para 2017, então permanece viva a esperança de que finalmente poderemos ler a ótima história de Face Oculta até o seu final.

Face Oculta – Volume Um possui 384 páginas no formato 16 x 21 cm, e reúne as quatro primeiras histórias da série italiana com preço de capa de R$ 39,90. O encadernado pode ser encontrado exclusivamente nas lojas física e virtual da Comix.

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DC Comics | Principais lançamentos da Panini em fevereiro

A editora Panini já prepara o terreno para o começo do Rebirth aqui no Brasil e anunciou alguns lançamentos para o mês de fevereiro. Seguindo essa linha de pensamento, um dos destaques é a Tropa dos Lanternas Verdes: No Limite da Existência. Com roteiros de Tom Taylor e arte do Ethan Van Sciver.

Mas com certeza a publicação mais interessante e esperada pelos leitores da Editora das Lendas é o primeiro volume de Lendas do Universo DC: Mulher-Maravilha, do fantástico George Perez. Para quem quer se aprofundar mais sobre a Amazona antes da estreia do filme, é um prato cheio. O mesmo se pode dizer para os colecionadores de plantão.

Vamos para os principais anúncios:

Batman Anual: Idade do Bronze

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O encadernado mostra os últimos dias de James Gordon usando o manto do Cavaleiro das Trevas. O comissário de Gotham City fez o possível e defendeu a cidade muito bem. Nesse amarrado de histórias, publicadas em Detective Comics 27 VII e Detective Comics 48-52, Gordon enfrenta um assassino onde terá que usar sua astúcia e uma outra ameaça desde os seus tempos de fuzileiro, retorna do passado para cobrar uma dívida de sangue.

Preço de capa: R$ 18,20 – 148 páginas.

Liga da Justiça 52

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O início de Lex Luthor como o novo Homem de Aço de Metropólis. Como o icônico vilão (que às vezes dá uma de herói) entrou no Rebirth ostentando o “S” no peito como defensor da cidade. Com roteiros de Dan Jurgens.

Preço de capa: R$ 7,60 – 68 páginas

Tropa dos Lanternas Verdes: No Limite do Amanhã

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É a última aventura de John Stewart, Guy Gardner e Kilowog e a Tropa antes do Rebirth no Universo DC começar. Os Lanternas estão muito longe de casa, em um lugar onde as luzes estrelares se apagaram e o que reina é a escuridão. Apenas uma cidade se mantém a salvo e a Tropa deve proteger a população desse lugar. Como já dito aqui, roteiros de Tom Taylor (Injustiça: Deuses Entre nós) e arte de Ethan Van Sciver (Lanterna Verde: A Guerra dos Anéis) é uma ótima pedida para os colecionadores de plantão.

Preço de capa: R$ 16,40 – 132 páginas

Lendas do Universo DC: Mulher-Maravilha Vol. 1

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Depois da Crise das Infinitas Terras, em 1987, revolucionar o Universo DC, a editora ficou sem saber como apresentar a sua maior heroína a uma nova geração de leitores que vieram junto com a grande saga. O roteirista Greg Potter tinha uma ideia de aproximar Diana para elementos da mitologia grega. Algo que a DC Comics relutou em fazer . Essa ideia só tomou força quando o mito George Pérez assumiu o projeto e logo nas primeiras edições se transformaram em clássicos. É uma das melhores, se não for a melhor, fase da Mulher-Maravilha. Uma das mais queridas dos fãs.

Preço de capa: R$ 25,90 – 180 páginas

Esses são os principais lançamentos da Panini para a DC Comics em fevereiro. Então agora corra para as bancas!!

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Os 15 melhores mangás para colecionar hoje

O mercado de mangás do Brasil passa atualmente por sua melhor fase em diversos sentidos. Com os últimos dois anos tidos por muitos como a “Era de Ouro” dos mangás no Brasil, as editoras vem ousando em apostar em diferentes formatos e numa variedade de demografias (shounen, seinen, gekiga, shoujo, etc) impressionante, publicando títulos que se adequam aos mais variados poderes aquisitivos dos leitores. Panini, JBC, NewPOP, Nova Sampa, e Astral são algumas (dentre outras) das editoras que publicam mangás atualmente, com destaque para as três primeiras que vem sobrevivendo à crise.

Mas com tantos títulos sendo lançados mensalmente nas bancas, livrarias e lojas especializadas, quais se destacam? Esta lista tem como objetivo indicar alguns mangás com o melhor custo-benefício, melhor desenvolvimento de história, valor histórico, entre outros aspectos como a duração e formato. É importante ressaltar que esta lista foi redigida com base na opinião de dois redatores do site, e é possível que haja discordância com seu gosto pessoal. Além disso, os títulos não estão rankeados em ordem de melhor para pior ou vice-versa. Sem mais delongas, confira abaixo os quinze títulos escolhidos!

Noragami

Escrito e ilustrado por Adachitoka, Noragami é um shounen. Na história acompanhamos Yato, uma divindade menor do Japão que está em busca de novos fiéis e de ter seu próprio santuário. Para conseguir isso ele anda pela cidade pichando muros com seu número de celular e informando que ajudará as pessoas no que elas precisarem, com a condição de receber cinco ienes pelos seus feitos. Durante um desses seus trabalhos como “deus delivery” ele é salvo de ser atropelado por um caminhão pela jovem Hiyori Iki, que acaba sendo atropelada em seu lugar e fica entre a vida e a morte. Após o atropelamento, Yato decide salvar a vida da menina e essa ação acaba mudando o destino dos dois para sempre, já que após isso, Hiyori começa a sair de seu corpo às vezes, podendo assim andar entre os dois mundos, o dos humanos e o dos mortos. Mesmo não trazendo nada de novo, Noragami se sobressai pelo carisma de seus personagens e pelas lições que o mangá quer passar. Tudo em Noragami é bem equilibrado. É dramático quando tem que ser, sem parecer um dramalhão. As piadas funcionam perfeitamente, e o elenco de apoio é muito bem utilizado. No Japão, o mangá se encontra no volume 17, em publicação desde 2010. No Brasil foi lançado o terceiro volume pela Panini em novembro de 2016. O mangá ganhou duas adaptações em anime, Noragami e Noragami Aragoto, ambas com 13 episódios cada.


Assassination Classroom

Um dos mangás mais inteligentes (e nonsense) já publicados na revista semanal Shōnen Jump, criado por Yuusei Matsui, Assassination Classroom narra a história dos alunos da classe 3-E que tentam diariamente assassinar seu professor, um alienígena amarelo que destruiu 70% da lua e ameaça aniquilar todo o planeta Terra caso não consigam matá-lo no período de um ano. O professor (Koro-sensei) é um exemplo ideal de excelente tutor, e visa transformar os alunos da problemática classe 3-E (a pior de todas) em alunos também exemplares, dedicando sua vida a tornar estes alunos os melhores. A história gira em torno de grupos de personagens, e serve como uma crítica ferrenha ao sistema de ensino japonês. Essas críticas também se aplicam ao sistema de ensino brasileiro, e muitas vezes o autor traça paralelos entre a palavra “assassinato” e o “ideal de humano” que deve ser formado na escola, criando correlações entre ambos os conceitos de forma metafórica. Quando Koro-sensei diz que vai “torná-los os melhores assassinos do mundo“, ele também quer dizer que irá transformar estes alunos nos melhores seres humanos possíveis, ensinando a todos valores e deveres essenciais para que sejam boas pessoas. A obra foi completa em 21 volumes, publicada entre 2012 e 2016, e foi um dos maiores sucessos da Jump no período, alcançando famosos mangás da revista como Naruto e One Piece. O autor sempre deixou claro que encerraria a história quando ele tivesse esgotado o que planejou para o ano de convivência entre Koro-sensei e seus alunos, sem se deixar levar pela ideia de “shounens infinitos” e sem se deixar influenciar pelo sucesso arrebatador das vendas. Graças a estes ideais o artista criou uma obra com poucas falhas, muita ação e situações divertidamente inusitadas. Assassination Classroom é publicado no Brasil pela editora Panini e atualmente encontra-se em sua 15ª edição encadernada.


Terra Formars

Escrito por Yu Sasuga e ilustrado por Ken-Ichi Tachibana, Terra Formars é um mangá seinen de ação, ficção-científica e horror, publicado no Japão desde 2011 na revista semanal Young Jump. No Brasil, a Editora JBC é a detentora dos direitos do mangá, em publicação desde 2015. Narra a história de grupos de humanos geneticamente modificados vindos de diferentes partes da Terra, que vão para Marte, nos anos 2600, enfrentar baratas gigantes que sofreram mutação após tentativas da humanidade de tornar o planeta vermelho habitável, ainda no século XXI. Os 100 humanos escolhidos, detentores de diferentes poderes animais, devem enfrentar a população estimada de 200 milhões de baratas gigantes, com todas as características físicas (e intelectuais) de uma barata comum elevadas em centenas de vezes. Terra Formars une uma história envolvente, personagens carismáticos e uma arte competente e entrega um excelente mangá de ação, com muitas reviravoltas de roteiro e muitos momentos memoráveis. Além disso, o mangá conta com uma base científica bem trabalhada (e realista na medida do possível), sempre contando com apoio de diferentes fontes para criar suas ideias, e também trabalha muitas tramas políticas no desenrolar da história. No Japão, o mangá ainda está em publicação contando com 19 volumes encadernados, enquanto no Brasil estamos na 15ª edição.


Ore Monogatari!!

Mangá shoujo escrito por Kazune Kawahara e ilustrado por Aruko, completo em 13 volumes, Ore Monogatari!! é uma excelente dica até mesmo para quem não é tão fã do gênero. Um dos sucessos mais recentes dos mangás shoujo no Japão (ao lado de Aoharaido e Orange), tem sua história girando em torno de Takeo Gouda, um rapaz totalmente atípico no quesito “protagonistas de mangás shoujo” por ser grande, forte, pesado, e se “assemelhar a um gorila”. Takeo salva uma garota (Yamato) de um abusador no metrô, e eles começam a namorar. As edições então giram em torno do relacionamento dos dois, somado a um grupo de coadjuvantes divertidos como o melhor amigo de Takeo, Sunakawa (que é um típico garoto bonito de shoujos), os amigos da escola de Takeo e Yamato, e até mesmo os pais de Takeo. Todas as situações do mangá são típicas de um shoujo, porém, a dose de humor é bem alta neste título, agradando também os leitores da categoria “comédia romântica“. No Japão, Ore Monogatari!! foi publicado entre 2011 e 2016, na revista mensal Bessatsu Margaret, enquanto no Brasil a detentora de seus direitos é a editora Panini, tendo publicado até o momento apenas 3 volumes da obra, bimestralmente.


Zetman

Masakazu Katsura é um autor conhecido pelo público brasileiro especialmente pela publicação de duas obras suas pela editora JBCVideo Girl e D.N.A². Famoso por sua arte realística bem detalhada e por suas histórias com elementos de ficção-científica, Zetmanseinen de sua autoria, foi o mangá onde o artista se permitiu debandar para o lado da ação. Zetman narra a história de Jin, um órfão que possui uma misteriosa auréola na sua mão esquerda e apresenta capacidades físicas acima do normal. Tendo vivido parte de sua infância na rua, o garoto acaba se envolvendo numa misteriosa trama relacionada a um experimento de uma famosa corporação após um monstro chamado “player” atacá-lo e tirar a vida de seu avô. Jin cresce e se vê mais uma vez envolvido neste misterioso projeto, a qual é sempre referido a ele o codinome Z.E.T. O mangá, completo em 20 volumes, possui cenas de ação magníficas e um grupo de personagens interessantes e bem desenvolvidos, como o garoto Kouga, e sua irmã Konoha. Katsura tece os fios da trama de Zetman aos poucos e de forma fluida, tornando a leitura de cada volume extremamente rápida e prazerosa. O conteúdo da obra é bem adulto, com muita violência e alguma nudez, além dos elementos ecchi (já conhecidos pelos fãs) característicos do autor. A publicação brasileira de Zetman pela JBC está atualmente no 15° volume, com novas edições lançadas bimestralmente.


Blade – A Lâmina do Imortal

Segundo mangá em formato BIG (dois volumes japoneses em um) lançado pela JBC em 2015, Blade de Hiroaki Samura é tido por muitos como um dos melhores mangás de samurai de todos os tempos. No Brasil a obra já havia sido lançada pela editora Conrad em meados de 2004, no formato meio-tanko, e desde outubro de 2015 a obra retornou às livrarias, revisada e num capricho editorial muito superior graças à JBC. O mangá narra a história de Manji, um ronin contratado para matar aqueles que se negam a pagar impostos. Ao notar que estava assassinando inocentes, o assassino se rebela contra seu contratante e acaba o matando, além de assassinar seus 99 guarda-costas. Ao ser salvo, bastante ferido, por uma monge que lhe deu o chamado “chá de vermes”, Manji torna-se imortal e a única forma de reverter seu status de imortalidade e se livrar de sua culpa, sendo capaz de morrer, é matando 1000 criminosos. Blade foi serializado de 1993 a 2012 na revista mensal japonesa Afternoon, casa de muitos outros títulos de qualidade. A obra se encerrou com 30 volumes encadernados, e no formato BIG da JBC, será concluído com apenas 15 edições, sendo que o volume 7 está programado para ser lançado ainda em janeiro de 2017.


One-Punch Man

A história do herói Saitama, criada por ONE e adaptada por Yusuke Murata, é um dos maiores sucessos do Japão atualmente. No Brasil, a editora Panini é detentora dos direitos da obra, e caprichou no acabamento do blockbuster que alcançou fama mundial graças ao anime exibido no ano passado. A trama gira em torno do herói Saitama, o invencível homem que derrota qualquer inimigo com apenas um soco, seu aprendiz Genos, um androide poderoso, e diversas situações cômicas envolvendo vilões inusitados, a Organização dos Heróis e a vida cotidiana do próprio Saitama. Originalmente, One-Punch Man é uma webcomic publicada desde 2009 com roteiro e arte de ONE, e o mangá é um remake publicado digitalmente na Weekly Young Jump, especificamente na Young Jump Web Comics. O remake possui 11 volumes encadernados lançados até o momento, e cativa o leitor graças às diferentes formas que os criadores trabalham a ideia da busca por um inimigo verdadeiramente desafiador para Saitama. Além disso, a arte de Yusuke Murata é uma das mais belas em mangás seinen de ação, com a colaboração de sua equipe de assistentes que aplicam efeitos verdadeiramente cinematográficos para os desenhos, concedendo uma fluidez impressionante, como você pode conferir clicando aqui. Um excelente título para quem busca uma paródia de super-heróis e mangás shounen, com uma leitura despretensiosa e um capricho editorial absurdo.


Arakawa Under The Bridge

Comédia escrita e desenhada por Hikaru Nakamura (autora de Saint Onii-San), completa em 15 volumes e publicada no Japão na revista seinen Young Gangan de 2004 a 2015, Arakawa Under The Bridge é um deleite para fãs do gênero nonsense. O mangá foi trazido ao Brasil pela editora Panini e conta a história da vida de Kou Ichinomiya, herdeiro da grande Ichinomiya Company, que tem como lema “nunca dever nada a ninguém“. Certo dia, um grupo de crianças rouba as calças de Kou e a pendura no alto de uma ponte, onde ele conhece Nino, uma garota loira que acaba salvando a vida de Kou. Como forma de recompensar o favor e sanar a dívida de Kou para com a garota misteriosa (que, é importante dizer, mora debaixo da ponte e diz ter vindo de Vênus), Nino pede para que o rapaz mostre para ela o que é o amor. Com isso, Kou passa a viver debaixo da ponte, onde muitos outros moradores e amigos de Nino também levam suas vidas das formas mais loucas imagináveis. A obra conta com um rol de personagens coadjuvantes brilhantemente bem escritos, todos com suas próprias características e momentos engraçados, e também tece comentários e críticas (não muito sutis, sendo fáceis de identificar) muito pertinentes sobre diversos temas sociais.


Knights of Sidonia

Obra máxima do gênio dos mangás cyberpunk Tsutomu Nihei, Knights of Sidonia é publicado no Brasil pela Editora JBC, e completo em 15 volumes. O mangá (serializado na revista japonesa Afternoon) é um seinen de mechas que narra a história de Nagate Tanikaze, um garoto que cresceu na base subterrânea da nave Sidonia, no ano 3394, após a humanidade fugir do planeta Terra graças aos ataques de uma raça de alienígenas gigantes chamados Gauna. Sidonia é uma das várias naves (com destinos desconhecidos) que fugiram em direção ao espaço, e tem forte influência da cultura japonesa, criando tecnologias e avanços científicos como a reprodução assexuada, clonagem e fotossíntese humana. Nagate, que sempre treinou em simuladores no subterrâneo, sobe à superfície após a morte de seu avô e acaba tornando-se piloto de um Guardião, robôs criados para proteger Sidonia dos ataques de Gaunas, além de desempenharem tarefas braçais como mineração. Knights of Sidonia une a bela arte sombreada de Nihei a diversas ideias de mangás prévios do autor (como Abara, publicado no Brasil pela Panini) e entrega sua obra mais longeva e com melhor desenvolvimento de roteiro e personagens. A vida em Sidonia é narrada com o desenrolar da trama, e diversas subtramas envolvendo até mesmo grandes empresas da nave Sidonia começam a ser criadas com o passar do tempo. O mangá foi adaptado para anime, produzido pela Netflix em 2014, enquanto no Brasil estamos rumando para o lançamento do 8° volume da obra.


Berserk

Mais longeva infinita obra criada por Kentaro Miura, Berserk é um mangá seinen de fantasia medieval já tido por muitos como um verdadeiro clássico dos gibis japoneses. Narra a história de Guts, um ex-mercenário e espadachim amaldiçoado que vaga pelo mundo sem descanso em busca de vingança pelos atos de um antigo rival. O mangá explora diversas facetas humanas, mostrando sempre o melhor e o pior da humanidade, tendo como temas assuntos como isolamento, traição, autopreservação, etc. Berserk é um dos seinens mais populares do Japão, tendo sido publicado em duas revistas diferentes, a Animal House e a Young Animal, ambas mensais; porém, especificamente este mangá possui periodicidade indefinida graças aos constantes hiatos do autor. Apesar disso, a obra possui 38 volumes encadernados, e a arte de Miura é extremamente realística e bem detalhada, sendo cada página um show de exuberância em todos os sentidos. A serialização de Berserk começou em 1989 e no Brasil ele é publicado pela editora Panini em dois formatos, o meio-tanko desde 2005 (que está emparelhado com o Japão), e a nova edição de 2014, revisada e de tankos completos, que encontra-se atualmente em seu 14° volume. O retorno do mangá (que encontra-se em hiato desde setembro de 2016) está previsto para o início de 2017. Berserk também é um dos 60 mangás mais vendidos do Japão.


Vinland Saga

Um mangá sobre vikings, Vinland Saga é a obra máxima de Makoto Yukimura, conhecido por seu mangá de ficção-científica Planetes. Vinland Saga narra a jornada de Thorfinn, um garoto cujo pai foi assassinado por Askeladd, em busca de vingança contra o assassino. Para alcançar seu objetivo e vingar a morte de seu pai desafiando o assassino, Thorfinn une-se ao bando de Askeladd, um grupo famoso de vikings que realizam diversos trabalhos e saqueamentos. Yukimura é um autor antibelicista com ideais que se assemelham muito aos de Osamu Tezuka (conhecido por tecer críticas ao exército e guerras no geral), e apesar disso ficar muito visível em Planetes, o autor toma Vinland Saga como o meio ideal de transmitir sua mensagem à humanidade. Por muito tempo (oito volumes) o mangá serve somente como um prólogo para a verdadeira história que o autor almeja contar, e quando a mensagem fica clara, o roteiro sofre uma reviravolta inesperadamente bela. A calma com que Yukimura desenvolve seus personagens e tece sua trama no desenrolar dos anos é admirável, e apesar de ainda estar em publicação no Japão (com 18 volumes, sendo que o próprio volume 18 será publicado pela Panini em breve, alcançando o Japão), é uma obra que te inspira e desperta uma vontade de ler mais e mais. No Japão, o mangá é publicado mensalmente na revista Afternoon, e vale ressaltar que não existe mangá ou anime algum que retrate a era viking de forma verdadeiramente séria exceto este. Segundo o autor, a obra seria encerrada com 25 volumes, mas pode demorar muito mais visto que ele define a extensão de sua criação conforme o roteiro se desenrola de forma natural. No fim das contas, Vinland Saga é um mangá obrigatório para qualquer coleção.


Vagabond

A vida de Miyamoto Musashi na visão do mangaká Takehiko Inoue é um dos maiores sucessos da Panini atualmente. Após algumas tentativas infrutíferas de outras editoras em dar continuidade à publicação deste mangá tão aclamado no mundo, a multinacional italiana começou a lançar tudo novamente em um novo formato, com nova tradução e acabamento mais luxuoso que o restante de seu catálogo. Vagabond se passa logo após a Batalha de Sekigahara (1600), onde um jovem chamado Takezo e seu amigo Matahachi foram lutar após deixarem sua vila, Miyamoto, buscando fama e glória. Contudo, na Batalha ambos só encontram a derrota, e a partir dali trilham caminhos diferentes em busca de força, numa jornada de autodescobrimento cercada por confrontos e desafios espirituais. O mangá tem maior parte de seu foco na vida de Takezo tornando-se Miyamoto Musashi, grande espadachim e ronin, criador do estilo de luta com duas espadas chamado Niten Ichi Ryu. Takehiko Inoue baseia-se no romance de Eiji Yoshikawa para criar sua própria versão da vida de Musashi, e todas as liberdades criativas que o autor toma com relação ao livro são bem aceitas por não existir um relato totalmente fidedigno da vida do espadachim. O mangá possui 37 volumes encadernados, tendo entrado em hiato no Japão em 2015. A arte de Takehiko Inoue é um dos grandes chamarizes da obra, visto que nela o autor capricha no realismo e cria quadros extremamente bem detalhados. No Brasil, o volume 11 foi lançado em dezembro de 2016.


Slam Dunk

Outra obra de Takehiko Inoue, Slam Dunk é o mangá de esporte mais famoso do mundo, e nono mangá mais vendido do Japão, com mais de 120 milhões de unidades vendidas. Esta história publicada semanalmente na Shounen Jump de 1990 a 1996 e totalizando 31 volumes foi responsável por popularizar o basquete na terra do sol nascente. Takehiko Inoue é um grande fã de basquete (tendo outras duas obras publicadas sobre o esporte, uma ainda em andamento), e através de Slam Dunk ele introduziu o esporte a milhares de leitores, de forma calma e muito fluida, através de bastante comédia. O mangá narra a história de Hanamichi Sakuragi, um delinquente impopular com as garotas (que preferem os garotos que jogam basquete), que conhece Haruko Akagi, irmã do líder do time de basquete do colégio. A garota reconhece o potencial de Sakuragi e o introduz ao time, enquanto ele aceita com o objetivo de impressioná-la, e a partir daí o rapaz começa a conhecer o esporte desde o básico e a desenvolver seu amor pelo basquete. A motivação de Sakuragi é um reflexo do jovem Inoue, que também começou a jogar basquete para tentar impressionar as garotas, e mais tarde desenvolveu um grande amor pelo esporte em si. Graças a resposta dos leitores que passaram a gostar do esporte o autor também organizou o Slam Dunk Scholarship, projeto que dá bolsas de estudo para estudantes japoneses. S.D. já havia sido publicado no Brasil pela editora Conrad há alguns anos, e atualmente a Panini está relançando a obra em um formato mais caprichado e baseado no kanzenban japonês, totalizando 24 volumes e contendo adicionais de qualidade que uma edição luxuosa japonesa proporciona.


Lobo Solitário

Um dos gekigás mais famosos do mundo, a obra de Kazuo Koike e Goseki Kojima é um dos grandes clássicos dos quadrinhos japoneses, tido por muitos como a maior obra quadrinística do Japão, publicado entre 1970 e 1976, totalizando 28 volumes. Lobo Solitário narra a história de Itto Ogami, o carrasco do shogun no Período Edo, que foi desonrado por falsas acusações do clã Yagyu e condenado ao seppuku. Ogami pega seu filho de três anos de idade, Daigoro, após a morte de sua esposa, e com as acusações do clã Yagyu sempre em mente ele toma o caminho de um assassino, viajando com seu filho e arquitetando seu plano de vingança, carregando um estandarte que diz: “Alugo minha espada, alugo meu filho.” Lobo Solitário influenciou grandes autores de quadrinhos e filmes, como Frank Miller, que é um grande fã da obra e foi o responsável por trazer o mangá ao ocidente. A obra foi adaptada em seis filmes, peças de teatro e uma série de TV, muito influente, e Kazuo Koike escreveu algumas sequências para o mangá algum tempo depois do fim. No Brasil, Lobo Solitário já havia sido lançado na íntegra pela Panini, porém agora a obra retorna num acabamento mais luxuoso, com papel offset, orelhas e sempre com uma capa original de Goseki Kojima que a editora teve acesso graças aos kanzenbans. Um clássico absoluto, o mangá é obrigatório para qualquer fã de quadrinhos.


Fullmetal Alchemist

O shounen definitivo de Hiromu Arakawa tido por muitos como um dos melhores mangás de todos os tempos está sendo relançado no Brasil pela editora JBC. Completo em 27 volumes, Fullmetal Alchemist conta a história de Alphonse e Edward Elric, dois irmãos que tentaram ressuscitar a mãe através do uso de alquimia, e falharam. Com o erro, Alphonse perdeu seu corpo e Edward, uma perna. Para restituir a alma do irmão, Edward também sacrificou um braço e prendeu-a dentro de uma armadura. Motivados pela falha, os irmãos dão início à sua jornada em busca da pedra filosofal, um objeto poderoso que permitirá que ambos recuperem seus corpos. A história (que foi publicada mensalmente no Japão) possui um roteiro bem amarrado que não desperdiça nada, planejado desde sempre para ter um início, meio e fim. Hiromu Arakawa também é uma ótima escritora de comédia, e todos seus personagens possuem algum destaque na trama. Fullmetal é uma jornada de superação, emocionando seus leitores com tantos problemas apresentados ao longo da vida dos irmãos, sempre motivados a seguir em frente, e também atiçando a curiosidade de todos graças a alguns mistérios apresentados logo no início da aventura. O mangá está entre os 25 mais vendidos do Japão, totalizando cerca de 65 milhões de cópias vendidas, e já havia sido publicado no Brasil em formato meio-tanko. A publicação atual da JBC é em um acabamento mais caprichado, com papel offset e cor especial prateada nas capas, além da tradução e adaptação revisadas e o lançamento no formato original, totalizando 27 tankos. O volume 5 foi lançado recentemente no Brasil.


Com isso encerramos nossa lista de 15 mangás recomendados para se colecionar atualmente! A variedade de gêneros e lançamentos mensais pelas diversas editoras do país é muito grande, tornando impossível sugerir todos os títulos existentes. Muitos outros mereciam ser indicados e comentados em detalhes, contudo, esta matéria ficaria ainda mais extensa! Quem sabe numa segunda parte?

Está acompanhando algum dos mangás sugeridos? Acha que faltou algo? Alguma sugestão? Comente abaixo!