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Re:Zero: Começando uma Vida em Outro Mundo – Livro 1

Isekai. Essa é uma palavra que pode não ter muito sentido em português (e não tem mesmo), mas que adquiriu enorme proporção na mídia japonesa por conta da – literal – avalanche de títulos desse sub-gênero que tomou as prateleiras orientais.

Essa postagem de hoje é sobre o Volume 1 da Light Novel de “Re:Zero – Começando Uma Vida em Outro Mundo“, escrita por Tappei Nagatsuki, com belíssimas ilustrações de Shinichirou Otsuka, e publicada no Brasil pela Editora NewPOP.

É só que simplesmente não dá pra resenhar uma Light Novel Isekai, sem falar do próprio gênero Isekai antes: Traduzindo do japonês, “Isekai” significa “Outro mundo“. É um gênero que viu um crescimento tão grande quanto o da população chinesa, que retrata personagens sendo transportadas (por quaisquer desculpas esfarrapadas que sejam) para uma outra realidade, normalmente (mas não necessariamente) fantasiosa. Os motivos para a explosão do gênero são diversos mas não cabem ao momento, então ficaremos apenas com a introdução.

Dito isso, podemos cair de cabeça nessa tempestade de emoções que foi o primeiro volume de Re:Zero. Com um título que trás “Isekai” logo de cara (do japonês, Re:Zero Kara Hajimeru Isekai Seikatsu), não se podia evitar um começo cheio de confusões e mais perguntas do que respostas.

Subaru, nosso protagonista, é um “Hikikomori” (mais conhecido no Brasil pelo Fantástico termo “Nem-Nem”), que sabe-se-lá-Deus o motivo, acaba sendo teletransportado para um outro mundo. Utilizando-se de seu vasto conhecimento de histórias Isekai, adquiridos por ficar em casa o dia todo, Subaru consegue manter a calma, e procede em fazer todas as escolhas erradas possíveis.

Tá vendo como presta pra algo? [Capítulo 1, página 59]

O primeiro capítulo é involuntariamente hilário. Toda vez que o protagonista toma uma decisão, logo em seguida ele se arrepende amargamente, e vê-lo se dando mal nunca deixa de ser engraçado. Se a série se centrasse em simplesmente mostrar o Subaru se ferrando por suas más escolhas, eu não teria nenhuma reclamação a fazer. Acontece que, como toda história que se passa num mundo fantasioso medieval, precisamos ter uma história digna de um RPG. E como qualquer jogo do gênero deve ser jogado, as personagens também decidem ignorar completamente a missão principal e fazer todas as trezentas side-quests que lhe são oferecidas.

A “missão principal” do volume é bem simples e poderia ser resolvida de forma rápida, fácil e sem baixas. Eu consigo imaginar, no mínimo, sete ou oito tipos de desenrolar para a história onde tudo acabaria bem. Mas como o nosso protagonista parece sofrer de lapsos mentais convenientemente posicionados (já falo disso), temos a descoberta do maior ponto da novel: o “Retorno na Morte“.

Viagens no tempo precisam ser tratadas com cuidado pois, quando usadas da forma errada, podem acabar com uma história. Eu, particularmente, detesto viagens no tempo e vou matalas. Re:Zero revolucionou o gênero Isekai quando, não contente com ser um simples Isekai, decidiu também ser uma Light Novel de loops temporais. De forma tão bem explicada que levanta mais dúvidas do que você já tinha (como se ser transportado pra um outro mundo já não fosse estranho o bastante), Subaru possui esse poder de voltar no tempo sempre que morre.

Seria legal se cada vez que ele voltasse, o mundo ficasse mais VAPORWAVE

É o tipo de ferramente de roteiro que, pra mim, acaba completamente com qualquer tensão que uma história poderia criar. Isso é dito pelo próprio protagonista, que sabe que se alguma merda acontecer, ele pode simplesmente resetar o mundo e estará tudo bem. Contudo, ainda é muito cedo para julgar. Com a pequena quantidade de ‘loops’ que tivemos até agora, não dá para saber como o autor vai lidar com isso. Alguns exemplos famosos mostram que mesmo situações dessas podem gerar tensão, se usadas corretamente (Bites the Dust vem à mente). Alguns exemplos famosos mostram que mesmo situações dessas podem gerar tensão, se usadas corretamente (Bites the Dust vem à mente).

O elenco de Re:Zero é algo a se destacar. Todas as personagens são muito bonitas (graças às belas ilustrações de Shinichirou Otsuka), têm uma personalidade bem definida e conseguem se firmar bem na história proposta. Todos… Menos Subaru.

Parece ser algo padrão em histórias japonesas: Fazer o protagonista o cara mais absorto e desgostável possível. Não só sua personalidade e ações são horríveis, como ele também parece ser o único personagem mal-escrito da trama. Lembra dos lapsos de memória que eu comentei antes? O Subaru é um cara que possui um conhecimento enorme de… diversos tópicos. Ele os usa abundantemente durante o primeiro capítulo da novel. E apesar de várias vezes se dar mal por conta disso, ele consegue sim tomar algumas decisões sensatas com base neles.

Mas em diversos momentos ao longo do volume, Subaru parece simplesmente ESQUECER princípios básicos. O autor decide torná-lo burro sempre que lhe é conveniente, para fazer a história prosseguir no rumo planejado. A maior prova disso é que as melhores passagens do livro são justamente aquelas onde Subaru não está presente, ou está incapacitado de abrir a boca ou pensar. Basicamente, Re:Zero seria muito melhor sem ele, mas infelizmente estamos presos a esse protagonista. Pode se tornar até algo positivo, já que, quando se está no fundo do poço, o único caminho é pra cima.

Se você gosta de mundos de fantasia medieval, no melhor estilo Tolkien, The Elder Scrolls ou Warcraft, a ambientação vai com certeza te prender. Junte isso com um elenco de personagens excepcional, uma narrativa divertida (nos momentos mais leves da história) e descrições de cenas de ação muito bem elaboradas, e Re:Zero pode ser a sua praia. É só aguentar o protagonista mais irritante dos últimos anos.

Mas, agora que o conteúdo já foi analisado, podemos ir ao que realmente importa: a qualidade da edição brasileira. Afinal, somos todos sommelier de lombada, não é?

Como sempre, a NewPOP caprichou na impressão. A capa é linda (ambas são, inclusive. Vale como item de colecionador!), as ilustrações internas estão com qualidade excelente, e o papel é ótimo. O formato “pocket” (chamado assim por aqui, mas que é o original japonês para a obra) facilita muito a leitura, e ainda economiza espaço na estante. Nesse quesito, só pontos positivos para a editora do Sr. Júnior.

Comparação de tamanho. Moeda de um real para padrão.

Já a parte escrita possui algumas coisas que ficaram entaladas na garganta. A revisão sempre foi um problema, e apesar das incansáveis tentativas de melhorar (que estão funcionando! Não me levem a mal, está muito melhor do que era antes!), ainda vemos erros de digitação e palavras sobrando ou faltando. No volume como um todo, pude contar seis erros que se encaixariam nessa categoria.

A qualidade do texto está boa. Apesar de uma ou outra frase que poderia ter sido escrita de forma mais fluida, e um exagero no número de artigos antes dos nomes das personagens, a leitura aconteceu sem nenhum problema.

Re:Zero – Começando uma Vida em Outro Mundo – vale a pena? Eu diria que meu julgamento final é que sim, compensa a compra e rende uma boa leitura. Desde que você entenda que se trata de uma Light Novel. E se você não sabe do que se trata uma Light Novel, pode aprender clicando aqui.

Você pode adquirir Re:Zero pela loja online da NewPOP, ou pela Amazon (Capa normal | Capa variante).

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Os dez melhores quadrinhos da Image publicados no Brasil

A Image Comics tornou-se um símbolo de alta qualidade dos quadrinhos norte-americanos. Usufruindo de um processo que dá mais liberdade aos criadores a editora vem conquistando sua parcela do mercado, e, cada vez mais, atrai grandes nomes da indústria para trabalhar por lá. Com a qualidade, diversos prêmios vêm sendo – merecidamente – dados às suas séries.

E a evolução da Image nos EUA, tornando-se algo similar ao que a Vertigo já foi e representou com seus quadrinhos adultos, também vem aos poucos conquistando o mercado brasileiro. Apesar da pequena quantidade (se comparada ao total de material publicado lá fora), os títulos da Image publicados no Brasil nos últimos anos já entregam uma parte do que há de melhor para os leitores.

Este post especial irá apresentar algumas das melhores séries lançadas por aqui, conforme você confere abaixo!

Saga

A premiadíssima série de Brian K. Vaughan e Fiona Staples já soma 48 edições nos EUA, com oito encadernados lançados até o momento. Este épico de space opera conta a história de Alana e Marko, um casal proibido de raças inimigas, tetando sobreviver com sua filha recém-nascida, Hazel. Saga já acumula mais de 30 prêmios, divididos entre Eisner, Harvey, Hugo, Joe Shuster e British Fantasy Award. No Brasil, a editora Devir segue publicando a série em encadernados, tendo lançado até o momento cinco volumes. Saga impressiona pela magnífica criatividade dos autores, entregando uma construção de universo impecável com personagens muito cativantes e sinceros.

Cidade Selvagem

Cidade Selvagem (Fell no original) é uma série de Warren Ellis e Ben Templesmith que narra as desventuras de um detetive chamado Richard Fell, recém-transferido para a pior cidade da região: Snowtown. Lá, Richard deve lidar com os problemas locais e aplicar sua experiência como investigador. Somando características de filmes policias com uma dose de Sherlock Holmes e clima angustiante, Cidade Selvagem foi publicada entre 2005 e 2008, totalizando apenas 9 edições narradas em poucas páginas de nove quadros cada, compiladas no Brasil num encadernado de luxo da Mythos Editora. A série venceu dois Prêmios Eisner em 2006: Melhor Série Estreante e Melhor Série Continuada. Ellis também foi indicado ao prêmio na categoria Melhor Roteirista.

No momento em que esta postagem é escrita, Cidade Selvagem está com 70% de desconto no site da editora.

Eu Mato Gigantes

A emocionante história de Bárbara, uma garota excluída e sem amigos que vive imersa num mundo fictício ao melhor estilo Dungeons & Dragons, foi publicada no Brasil pela NewPOP Editora. Se perdendo em seu mundo de fantasia, tudo sobre o que Bárbara consegue conversar são: gigantes! Ela se prepara para a vinda iminente das criaturas, e convencida de que é uma matadora de gigantes, deve encarar seus problemas da vida real e superar a fantasia; pelo menos de acordo com as pessoas que vivem à sua volta. Eu Mato Gigantes é da autoria de Joe Kelly e J. M. Ken Niimura e foi publicado entre 2008 e 2009, totalizando 7 edições (apenas um encadernado). O quadrinho também ganhou um filme live-action.

Paper Girls

A magnífica série de ficção-científica criada pelo já citado Brian K. Vaughan, com arte de Cliff Chiang, chegou ao Brasil em 2017 pela editora Devir. Quatro entregadoras de jornal, no Dia das Bruxas de 1988, se veem envolvidas numa misteriosa batalha com viagens no tempo, criaturas bizarras, dinossauros e drama suburbano. Muito similar às criações de Stephen King, Stranger Things e Steven Spielberg, Paper Girls possui um elenco de protagonistas cativantes e trama que prende o leitor do início ao fim. A série já possui três encadernados lançados nos EUA, totalizando cerca de 17 edições, e segue como um dos títulos mais fortes e consistentes do catálogo da Image.

The Wicked + The Divine

The Wicked + The Divine fala sobre deuses que caminham entre os humanos. Mas nada poderia ser tão simples: os deuses também se assemelham a ícones pop da modernidade. A série foi criada por Kieron Gillen e Jamie McKelvie e recebeu diversas indicações ao Prêmio Eisner de 2014 pra cá. A narrativa segue a história de Laura, uma adolescente que tem ligações com as atividades do Panteão, um grupo de doze pessoas que descobrem ser a reencarnação dos deuses, concedendo-os fama e poderes sobrenaturais, porém matando-os em dois anos. No Brasil, The Wicked + The Divine é da editora Geektopia, selo de quadrinhos da Novo Século.

Rat Queens

Quatro garotas. Muita magia e porrada. Sexo. Politicamente incorreto e bebidas. Tudo isso resume Rat Queens, série criada por Kurtis J. Wiebe e Roc Upchurch que tornou-se um símbolo e ícone da representação feminina forte e liberdade das mulheres, fazendo sucesso entre crítica e público. Publicadas no exterior pela Shadowline, um selo da Image, as aventuras das Ratas Rainhas Hannah, Dee, Betty e Violet são cheias de sangue, poderes, monstros malvados e reviravoltas, entregando o que há de melhor em aventuras de RPG. Bem construídas e com muita personalidade, as garotas protagonizam histórias medievais-fantásticas onde vale tudo, e a representação LGBT rendeu para esta revista o respeitado GLAAD Media Award. Upchurch foi afastado da série após agredir sua ex-esposa e foi substituído por artistas tão bons quanto: Stjepan Šejić, Tess Fowler e Owen Gieni. No Brasil a Jambô Editora está lançando os encadernados, com previsão do terceiro volume para dezembro de 2017.

Projeto Manhattan

Insana série de ficção-científica criada por Jonathan Hickman e Nick Pitarra, Projeto Manhattan narra os bastidores do projeto homônimo da Segunda Guerra Mundial que reuniu algumas das mentes mais brilhantes da época para, entre outras coisas, desenvolver a bomba atômica. Entretanto, esta série (já finalizada nos EUA) mostra que tudo isso é somente uma fachada para os projetos realmente importantes – e secretos – desenvolvidos pelo grupo de cientistas. Com ideias de explodir a cabeça, Projeto Manhattan é o fino do trabalho de Jonathan Hickman, que também trabalhou para a Marvel Comics e revolucionou os títulos por onde passou. A série foi lançada no Brasil pela Devir, totalizando cinco encadernados.

Alex + Ada

A história do rapaz chamado Alex que apaixona-se por uma androide X-5 de última geração é o plot de Alex + Ada. Criada por Jonathan Luna e Sarah Vaughn, esta série dramática sobre um homem solitário e uma criação inteligente foi publicada nos EUA entre 2013 e 2015, somando três encadernados (15 revistas) e muitos elogios por parte dos leitores e críticos, rendendo comparações aos filmes Ela (2013) e Blade Runner (1982). Apesar da arte extremamente simples de Jonathan Luna, todo o desenvolvimento de roteiro e personagens é impecável, e durante sua publicação a série chegou a ser estendida para melhorar a narrativa. No Brasil, Alex + Ada é um dos lançamentos de 2017 da Geektopia.

O Legado de Júpiter

Migrando rapidamente para os super-heróis temos um título de Mark Millar e Frank Quitely que reinventa muito bem o gênero. O Legado de Júpiter mostra a vida de Chloe e Brandon, filhos dos maiores heróis do mundo. Com uma narrativa saltada entre o passar dos anos, as decisões destes personagens trazem grandes mudanças para o planeta, passando da simplicidade dos tempos antigos para as crises mais modernas. A série possui publicação irregular nos EUA e foi trazida ao Brasil pela editora Panini, e com influências de Star Wars, King Kong, mitos romanos e similaridade com Authority, tornou-se rapidamente um dos mais bem-sucedidos títulos do vasto catálogo da Image Comics. Merecidamente.

Criminosos do Sexo

Matt FractionChip Zdarsky são os responsáveis pela criação de Criminosos do Sexo, série publicada nos EUA desde 2013 protagonizada pelo casal Suzie e Jon que, após dormirem juntos, descobrem ter a capacidade de parar o tempo ao alcançar o orgasmo. A decisão do casal é óbvia e inquestionável: eles resolvem utilizar este super-poder para assaltar bancos. Vencedor do Prêmio Eisner de Melhor Série Estreante em 2014, Criminosos do Sexo é um título imprevisível e lindamente ilustrado e colorido que, além da diversão proporcionada, toca em alguns assuntos delicados. No Brasil a editora Devir publica este título em encadernados de luxo, com o terceiro volume previsto para os próximos meses.


Pode parecer muito mas boa parte dos títulos primorosos da Image Comics permanecem inéditos no Brasil. Recentemente a editora Devir anunciou a publicação de Lazarus, de Greg Rucka e Michael Lark, mas revistas como East of West, Southern Bastards, ChewVelvet permanecem de fora dos anúncios das editoras nacionais.

Em paralelo, nos últimos anos alguns títulos da Top Cow (um dos selos da Image) como O Povo da Meia-Noite, Wanted e Rising Stars foram lançados pela Mythos Editora. Wytches foi publicado pela DarkSide, enquanto a Panini lançou MPH e America’s Got Powers. Pela Devir, os encadernados Happy! e Ministério do Espaço também chegaram às livrarias. E aos poucos parece haver uma expansão deste segmento do mercado, com um possível boost previsto para os próximos anos. Estaremos na torcida!

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Light novel de Re:Zero da NewPOP Editora já está em pré-venda

A série de light novels do fenômeno mundial Re:Zero está chegando ao Brasil pela NewPOP Editora. A saga de Subaru Natsuki terá início com o primeiro volume da franquia, que carrega o subtítulo Começando Uma Vida em Outro Mundo, e já se encontra disponível em pré-venda na Amazon. Confira detalhes abaixo.

Subaru Natsuki, um adolescente do ensino médio, é invocado de repente para um outro mundo enquanto voltava de uma loja de conveniência. Essa seria a tão famosa invocação a um outro mundo?! No entanto, ele não encontrou a pessoa que o invocou, foi atacado por ladrões e correu risco de vida. Quem o salvou foi uma misteriosa e bela garota de cabelos prateados acompanhada de um espírito de um gato. Com o pretexto de retribuir o favor, Subaru ajuda a garota a procurar um objeto que perdeu. Contudo, quando finalmente eles encontram uma pista do que procuram, os dois são atacados por alguém e acabam morrendo… ao menos, era o que Subaru achava, até perceber que estava de volta ao mesmo lugar onde havia sido invocado pela primeira vez nesse mundo.

A série chega ao Brasil com duas capas, a comum e a capa variante, inaugurando também o selo NewPOP Novels que estará presente em futuras publicações da editora. O texto é de Tappei Nagatsuki e as ilustrações são de Shinichirou Otsuka.

O anime de Re:Zero foi produzido pelo estúdio White Fox, com direção de Masaharu Watanabe (Wakaba Girl, The Melancholy of Haruhi Suzumiya) e design de personagens por Kyuta Sakai (Steins;Gate, Sankarea: Undying Love, Humanity Has Declined).

Re:Zero: Começando Uma Vida em Outro Mundo – Livro Um possui 416 páginas encadernadas em formato 15 x 11 cm e o preço de capa sugerido é R$ 26,90. Clique aqui para garantir sua edição na pré-venda da Amazon.

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NewPOP Editora relança mangá clássico de Speed Racer

Publicado em dois volumes entre os anos de 1966 e 1968, Speed Racer: Mach Go Go Go inspirou a criação do clássico desenho animado que marcou gerações, além do filme live-action produzido pelas irmãs Wachowski em 2008. Após alguns anos fora de catálogo, a NewPOP Editora está disponibilizando a reimpressão da coleção, contida no box especial, com venda direta na Amazon. Confira os detalhes abaixo.

Clique aqui para garantir sua edição na pré-venda da Amazon com 17% de desconto.

Quem nunca gostou de desenhos animados quando criança? Ou mesmo depois de crescido? Aqueles que tiveram o privilégio de desfrutar sua infância nos anos 70 com certeza sentaram no sofá para ver as emocionantes corridas de Speed Racer no programa do Capitão Aza. Ou mesmo nas décadas seguintes através da televisão ou pelos DVDs. E é com muito orgulho que a NewPOP Editora anuncia mais uma grande novidade. Recheada de aventuras que levarão o leitor dos montes mais altos até profundos desfiladeiros, do deserto mais árido até os mais monstruosos vulcões.

Repleta de histórias divertidas com muita ação e velocidade, em que veremos o audaz protagonista Speed Racer no controle de seu carro Mach-5 enfrentando diversos inimigos, desvendando grandes mistérios e, como se não bastasse, com o sonho de se tornar o melhor piloto do mundo. Durante seus inúmeros desafios, Speed terá a ajuda de sua corajosa namorada Trixie, de seu irmão atrapalhado Gorducho com o macaquinho Zequinha, de Pops Racer – seu enérgico pai e do misterioso Corredor X, no controle do carro número 9, o Shooting Star.

Originalmente chamada Mach Go Go Go, a série enfocava as aventuras do jovem Go Mifune (batizado assim em homenagem ao então mega-astro Toshiro Mifune, que, no mesmo ano do lançamento da série, interpretava o personagem Izo Yamura no filme Grand Prix, de John Frankenheimer, sobre os bastidores do automobilismo).

A fórmula era simples e misturava corrida e aventura, sob influência dos filmes de James Bond e, como bom quadrinho japonês de sucesso, não tardou a ganhar as telas de televisão: em 2 de Abril de 1967, começou a ser exibida sua série animada, que teria 52 episódios – e faria história no Japão e no resto do mundo, onde foi rebatizado pelo inesquecível nome de Speed Racer.

Speed Racer: Mach Go Go Go possui dois volumes, totalizando 624 páginas encadernadas em formato 21 x 16 cm, em edição de colecionador com box especial, ao preço de R$ 65,00.

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GTO | O professor mais foda que você respeita

Em 1997 estreava nas páginas da japonesa Weekly Shōnen Magazine a série Great Teacher Onizuka, criada por Toru Fujisawa. Com serialização entre os anos de 97 e 2002, GTO (abreviação oficial) tornou-se rapidamente um fenômeno cultuado no mundo todo, figurando entre os 40 mangás mais vendidos do Japão. E com uma estreia fenomenal, este clássico da comédia japonesa chega ao Brasil pela NewPOP Editora, com um formato extremamente similar ao japonês e detalhes exclusivos da edição nacional.

Eikichi Onizuka é um personagem recorrente de diversas histórias do mestre Fujisawa. Shonan Junai Gumi e Bad Company foram séries produzidas antes da estreia de GTO, e as duas focavam na vida de Onizuka como um delinquente. A diferença, com a estreia da série que leva seu nome, foi a ideia aplicada: o delinquente Eikichi Onizuka, 22 anos, decide se tornar um professor… com o objetivo de ajudar (no sentido bíblico) alunas mais novas. E a trama se desenrola com foco em Onizuka tentando assumir o autodeclarado posto de “professor mais foda que virará uma lenda.”

Mangás com delinquentes marcaram uma época e quase sempre são sinônimos de boas risadas. Yu Yu Hakusho, Slam Dunk, Diamond is Unbreakable, Tenjō Tenge e tantos outros possuem o mesmo estilo de protagonismo, similar ao modo de agir do professorzinho de GTO. Através do absurdo conceito onde os delinquentes fazem coisas boas, os autores extrapolam suas ideias na comédia, algo que GTO consegue fazer em um nível muito elevado e mais adulto se comparado a outras obras do gênero. Séries do tipo permanecem vivas até hoje, com mangás recentes como Beelzebub, encerrado há poucos anos.

Great Teacher Onizuka apresenta um caráter sexual muito forte, já que a motivação inicial do protagonista é pura e simplesmente pegar garotinhas. Situações absurdas envolvendo os desejos do professor (e outros que o cercam), com uma arte extremamente caprichada e típica dos anos 90, tornam todas as situações da vida de Eikichi muito memoráveis (entenda o que quiser). Os personagens ao seu redor parecem inicialmente rasos e sem muito teor dramático, mas aos poucos as histórias são contadas e até os mal caráteres tornam-se extremamente relacionáveis com o leitor. Em 1998 a obra foi vencedora do Kodansha Manga Award na categoria shōnen.

A edição nacional, recém-lançada pela editora NewPOP, é o formato mais próximo de um volume japonês já publicado no Brasil. Com sobrecapa, papel especial de gramatura mais alta, sem transparência e dimensões quase iguais aos tankos japoneses, GTO é possivelmente um novo parâmetro de qualidade para os produtos nacionais, sendo importante ressaltar que as páginas coloridas apresentadas nesta edição não existem nos volumes do Japão, tendo sido negociadas como um adicional para a versão do Brasil. E apesar da quantidade absurda de textos e detalhes traduzidos em diversos quadros, erros de revisão interna não passaram, tornando o produto ainda mais caprichado.

O mangá foi adaptado em uma série animada entre 1999 e 2000, totalizando 43 epsiódios. Séries de TV e filmes live-action também foram produzidos e elogiados pelos críticos e fãs. Em 2014 Fujisawa deu início a sua nova série GTO: Paradise Lost, na Young Magazine japonesa, que conta com quatro volumes encadernados até o momento, adicionando mais história aos 25 volumes originais de GTO.

https://www.instagram.com/p/BUKzbTxBye8/

Um dos anúncios mais empolgantes com um acabamento muito relevante para o mercado brasileiro, GTO é até o momento a estreia de mangá mais fantástica de 2017. Com personagens carismáticos, ótimas ilustrações e diversão com emoção a todo instante, a vida de Onizuka como um professor é um clássico obrigatório para a coleção de todos, reforçando a capacidade humorística dos mangakás japoneses.

GTO possui uma média de 192 páginas por volume encadernadas em formato 18 x 12 cm, com sobrecapa resistente, papel especial de alta gramatura e preço de capa R$ 23,90. Os volumes serão lançados bimestralmente, com assinantes e consumidores da loja Anime Hunter recebendo brindes exclusivos como bottons, marca-páginas e postais.

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NewPOP | Now e três novos anúncios

Hoje (11/04), a Editora NewPOP entrou de vez no mundo do YouTube, com a estreia do primeiro NewPOP Now, o seu programa/vlog onde a equipe conversa sobre novos títulos, anúncios, curiosidades dentre outras coisas.

O vídeo na íntegra pode ser conferido abaixo:

https://youtu.be/-IKnKbcIK9o

Os anúncios são:

  • Toradora!

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Light Novel, concluída em 10 volumes.

  • Shakugan no Shana

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Light Novel concluída em 26 volumes; Mangá concluído em 10 volumes.

  • Re:Zero Kara Hajimeru Isekai Seikatsu

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Light Novel, em andamento com 8 volumes.

Além dos anúncios, a editora diz que Great Teacher Onizuka deverá ser lançado em breve contendo brindes para assinantes e pessoas que comprarem na loja Anime Hunter, e comentou também sobre suas publicações: No Game No Life, Log Horizon, N0.6 e outros.

O que vocês acharam do novo canal de comunicações da NewPOP? E dos anúncios? Eu, pelo menos, fui pego de surpresa com tantas Light Novels! Comente abaixo.

PS: Júnior, deixa de timidez!

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NewPOP Day | Confira os anúncios da editora

Em Janeiro, a editora NewPOP comemora seu décimo aniversário. Fundada em 2007 por Júnior Fonseca, hoje ela está entre as três maiores editoras de mangás do Brasil. Com o passar dos anos, sua imagem de “adoradora de mercados de nicho” foi se expandindo, e agora possui mais de 200 volumes de obras de diversas origens, formatos e gêneros.

Para comemorar essa data, a segunda edição do evento NewPOP Day aconteceu neste sábado (21), e contou com discussões sobre o que faz um bom mangá, uma hora de conversa sobre No Game No Life, roda de conversa com artistas sobre quadrinhos nacionais, sorteios e, principalmente, seis novos anúncios!

Eu esperando a NewPOP abrir os portões do evento. @jrfonseca10

Os anúncios do evento são:

Madoka Magica – The Rebellion Story: Completo em 3 volumes.

Koe no Katachi – A Silent Voice: Completo em 7 volumes.

Clockwork Planet (mangá): Em andamento com 5 volumes.

Philosophia: Completo em 1 volume.

Sunset Orange: Completo em 1 volume.

Happiness: Em andamento com 5 volumes.

[ATUALIZADO]

Great Teacher Onizuka: Completo em 25 volumes. Previsão de lançamento para o Anime Friends!

E aí, a editora trouxe o título que você queria? Ainda não? O ano está apenas começando, e teremos ainda muitos anúncios para lamentarmos não ser JoJo. Fique ligado nas novidades através da Torre de Vigilância!

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Os 15 melhores mangás para colecionar hoje

O mercado de mangás do Brasil passa atualmente por sua melhor fase em diversos sentidos. Com os últimos dois anos tidos por muitos como a “Era de Ouro” dos mangás no Brasil, as editoras vem ousando em apostar em diferentes formatos e numa variedade de demografias (shounen, seinen, gekiga, shoujo, etc) impressionante, publicando títulos que se adequam aos mais variados poderes aquisitivos dos leitores. Panini, JBC, NewPOP, Nova Sampa, e Astral são algumas (dentre outras) das editoras que publicam mangás atualmente, com destaque para as três primeiras que vem sobrevivendo à crise.

Mas com tantos títulos sendo lançados mensalmente nas bancas, livrarias e lojas especializadas, quais se destacam? Esta lista tem como objetivo indicar alguns mangás com o melhor custo-benefício, melhor desenvolvimento de história, valor histórico, entre outros aspectos como a duração e formato. É importante ressaltar que esta lista foi redigida com base na opinião de dois redatores do site, e é possível que haja discordância com seu gosto pessoal. Além disso, os títulos não estão rankeados em ordem de melhor para pior ou vice-versa. Sem mais delongas, confira abaixo os quinze títulos escolhidos!

Noragami

Escrito e ilustrado por Adachitoka, Noragami é um shounen. Na história acompanhamos Yato, uma divindade menor do Japão que está em busca de novos fiéis e de ter seu próprio santuário. Para conseguir isso ele anda pela cidade pichando muros com seu número de celular e informando que ajudará as pessoas no que elas precisarem, com a condição de receber cinco ienes pelos seus feitos. Durante um desses seus trabalhos como “deus delivery” ele é salvo de ser atropelado por um caminhão pela jovem Hiyori Iki, que acaba sendo atropelada em seu lugar e fica entre a vida e a morte. Após o atropelamento, Yato decide salvar a vida da menina e essa ação acaba mudando o destino dos dois para sempre, já que após isso, Hiyori começa a sair de seu corpo às vezes, podendo assim andar entre os dois mundos, o dos humanos e o dos mortos. Mesmo não trazendo nada de novo, Noragami se sobressai pelo carisma de seus personagens e pelas lições que o mangá quer passar. Tudo em Noragami é bem equilibrado. É dramático quando tem que ser, sem parecer um dramalhão. As piadas funcionam perfeitamente, e o elenco de apoio é muito bem utilizado. No Japão, o mangá se encontra no volume 17, em publicação desde 2010. No Brasil foi lançado o terceiro volume pela Panini em novembro de 2016. O mangá ganhou duas adaptações em anime, Noragami e Noragami Aragoto, ambas com 13 episódios cada.


Assassination Classroom

Um dos mangás mais inteligentes (e nonsense) já publicados na revista semanal Shōnen Jump, criado por Yuusei Matsui, Assassination Classroom narra a história dos alunos da classe 3-E que tentam diariamente assassinar seu professor, um alienígena amarelo que destruiu 70% da lua e ameaça aniquilar todo o planeta Terra caso não consigam matá-lo no período de um ano. O professor (Koro-sensei) é um exemplo ideal de excelente tutor, e visa transformar os alunos da problemática classe 3-E (a pior de todas) em alunos também exemplares, dedicando sua vida a tornar estes alunos os melhores. A história gira em torno de grupos de personagens, e serve como uma crítica ferrenha ao sistema de ensino japonês. Essas críticas também se aplicam ao sistema de ensino brasileiro, e muitas vezes o autor traça paralelos entre a palavra “assassinato” e o “ideal de humano” que deve ser formado na escola, criando correlações entre ambos os conceitos de forma metafórica. Quando Koro-sensei diz que vai “torná-los os melhores assassinos do mundo“, ele também quer dizer que irá transformar estes alunos nos melhores seres humanos possíveis, ensinando a todos valores e deveres essenciais para que sejam boas pessoas. A obra foi completa em 21 volumes, publicada entre 2012 e 2016, e foi um dos maiores sucessos da Jump no período, alcançando famosos mangás da revista como Naruto e One Piece. O autor sempre deixou claro que encerraria a história quando ele tivesse esgotado o que planejou para o ano de convivência entre Koro-sensei e seus alunos, sem se deixar levar pela ideia de “shounens infinitos” e sem se deixar influenciar pelo sucesso arrebatador das vendas. Graças a estes ideais o artista criou uma obra com poucas falhas, muita ação e situações divertidamente inusitadas. Assassination Classroom é publicado no Brasil pela editora Panini e atualmente encontra-se em sua 15ª edição encadernada.


Terra Formars

Escrito por Yu Sasuga e ilustrado por Ken-Ichi Tachibana, Terra Formars é um mangá seinen de ação, ficção-científica e horror, publicado no Japão desde 2011 na revista semanal Young Jump. No Brasil, a Editora JBC é a detentora dos direitos do mangá, em publicação desde 2015. Narra a história de grupos de humanos geneticamente modificados vindos de diferentes partes da Terra, que vão para Marte, nos anos 2600, enfrentar baratas gigantes que sofreram mutação após tentativas da humanidade de tornar o planeta vermelho habitável, ainda no século XXI. Os 100 humanos escolhidos, detentores de diferentes poderes animais, devem enfrentar a população estimada de 200 milhões de baratas gigantes, com todas as características físicas (e intelectuais) de uma barata comum elevadas em centenas de vezes. Terra Formars une uma história envolvente, personagens carismáticos e uma arte competente e entrega um excelente mangá de ação, com muitas reviravoltas de roteiro e muitos momentos memoráveis. Além disso, o mangá conta com uma base científica bem trabalhada (e realista na medida do possível), sempre contando com apoio de diferentes fontes para criar suas ideias, e também trabalha muitas tramas políticas no desenrolar da história. No Japão, o mangá ainda está em publicação contando com 19 volumes encadernados, enquanto no Brasil estamos na 15ª edição.


Ore Monogatari!!

Mangá shoujo escrito por Kazune Kawahara e ilustrado por Aruko, completo em 13 volumes, Ore Monogatari!! é uma excelente dica até mesmo para quem não é tão fã do gênero. Um dos sucessos mais recentes dos mangás shoujo no Japão (ao lado de Aoharaido e Orange), tem sua história girando em torno de Takeo Gouda, um rapaz totalmente atípico no quesito “protagonistas de mangás shoujo” por ser grande, forte, pesado, e se “assemelhar a um gorila”. Takeo salva uma garota (Yamato) de um abusador no metrô, e eles começam a namorar. As edições então giram em torno do relacionamento dos dois, somado a um grupo de coadjuvantes divertidos como o melhor amigo de Takeo, Sunakawa (que é um típico garoto bonito de shoujos), os amigos da escola de Takeo e Yamato, e até mesmo os pais de Takeo. Todas as situações do mangá são típicas de um shoujo, porém, a dose de humor é bem alta neste título, agradando também os leitores da categoria “comédia romântica“. No Japão, Ore Monogatari!! foi publicado entre 2011 e 2016, na revista mensal Bessatsu Margaret, enquanto no Brasil a detentora de seus direitos é a editora Panini, tendo publicado até o momento apenas 3 volumes da obra, bimestralmente.


Zetman

Masakazu Katsura é um autor conhecido pelo público brasileiro especialmente pela publicação de duas obras suas pela editora JBCVideo Girl e D.N.A². Famoso por sua arte realística bem detalhada e por suas histórias com elementos de ficção-científica, Zetmanseinen de sua autoria, foi o mangá onde o artista se permitiu debandar para o lado da ação. Zetman narra a história de Jin, um órfão que possui uma misteriosa auréola na sua mão esquerda e apresenta capacidades físicas acima do normal. Tendo vivido parte de sua infância na rua, o garoto acaba se envolvendo numa misteriosa trama relacionada a um experimento de uma famosa corporação após um monstro chamado “player” atacá-lo e tirar a vida de seu avô. Jin cresce e se vê mais uma vez envolvido neste misterioso projeto, a qual é sempre referido a ele o codinome Z.E.T. O mangá, completo em 20 volumes, possui cenas de ação magníficas e um grupo de personagens interessantes e bem desenvolvidos, como o garoto Kouga, e sua irmã Konoha. Katsura tece os fios da trama de Zetman aos poucos e de forma fluida, tornando a leitura de cada volume extremamente rápida e prazerosa. O conteúdo da obra é bem adulto, com muita violência e alguma nudez, além dos elementos ecchi (já conhecidos pelos fãs) característicos do autor. A publicação brasileira de Zetman pela JBC está atualmente no 15° volume, com novas edições lançadas bimestralmente.


Blade – A Lâmina do Imortal

Segundo mangá em formato BIG (dois volumes japoneses em um) lançado pela JBC em 2015, Blade de Hiroaki Samura é tido por muitos como um dos melhores mangás de samurai de todos os tempos. No Brasil a obra já havia sido lançada pela editora Conrad em meados de 2004, no formato meio-tanko, e desde outubro de 2015 a obra retornou às livrarias, revisada e num capricho editorial muito superior graças à JBC. O mangá narra a história de Manji, um ronin contratado para matar aqueles que se negam a pagar impostos. Ao notar que estava assassinando inocentes, o assassino se rebela contra seu contratante e acaba o matando, além de assassinar seus 99 guarda-costas. Ao ser salvo, bastante ferido, por uma monge que lhe deu o chamado “chá de vermes”, Manji torna-se imortal e a única forma de reverter seu status de imortalidade e se livrar de sua culpa, sendo capaz de morrer, é matando 1000 criminosos. Blade foi serializado de 1993 a 2012 na revista mensal japonesa Afternoon, casa de muitos outros títulos de qualidade. A obra se encerrou com 30 volumes encadernados, e no formato BIG da JBC, será concluído com apenas 15 edições, sendo que o volume 7 está programado para ser lançado ainda em janeiro de 2017.


One-Punch Man

A história do herói Saitama, criada por ONE e adaptada por Yusuke Murata, é um dos maiores sucessos do Japão atualmente. No Brasil, a editora Panini é detentora dos direitos da obra, e caprichou no acabamento do blockbuster que alcançou fama mundial graças ao anime exibido no ano passado. A trama gira em torno do herói Saitama, o invencível homem que derrota qualquer inimigo com apenas um soco, seu aprendiz Genos, um androide poderoso, e diversas situações cômicas envolvendo vilões inusitados, a Organização dos Heróis e a vida cotidiana do próprio Saitama. Originalmente, One-Punch Man é uma webcomic publicada desde 2009 com roteiro e arte de ONE, e o mangá é um remake publicado digitalmente na Weekly Young Jump, especificamente na Young Jump Web Comics. O remake possui 11 volumes encadernados lançados até o momento, e cativa o leitor graças às diferentes formas que os criadores trabalham a ideia da busca por um inimigo verdadeiramente desafiador para Saitama. Além disso, a arte de Yusuke Murata é uma das mais belas em mangás seinen de ação, com a colaboração de sua equipe de assistentes que aplicam efeitos verdadeiramente cinematográficos para os desenhos, concedendo uma fluidez impressionante, como você pode conferir clicando aqui. Um excelente título para quem busca uma paródia de super-heróis e mangás shounen, com uma leitura despretensiosa e um capricho editorial absurdo.


Arakawa Under The Bridge

Comédia escrita e desenhada por Hikaru Nakamura (autora de Saint Onii-San), completa em 15 volumes e publicada no Japão na revista seinen Young Gangan de 2004 a 2015, Arakawa Under The Bridge é um deleite para fãs do gênero nonsense. O mangá foi trazido ao Brasil pela editora Panini e conta a história da vida de Kou Ichinomiya, herdeiro da grande Ichinomiya Company, que tem como lema “nunca dever nada a ninguém“. Certo dia, um grupo de crianças rouba as calças de Kou e a pendura no alto de uma ponte, onde ele conhece Nino, uma garota loira que acaba salvando a vida de Kou. Como forma de recompensar o favor e sanar a dívida de Kou para com a garota misteriosa (que, é importante dizer, mora debaixo da ponte e diz ter vindo de Vênus), Nino pede para que o rapaz mostre para ela o que é o amor. Com isso, Kou passa a viver debaixo da ponte, onde muitos outros moradores e amigos de Nino também levam suas vidas das formas mais loucas imagináveis. A obra conta com um rol de personagens coadjuvantes brilhantemente bem escritos, todos com suas próprias características e momentos engraçados, e também tece comentários e críticas (não muito sutis, sendo fáceis de identificar) muito pertinentes sobre diversos temas sociais.


Knights of Sidonia

Obra máxima do gênio dos mangás cyberpunk Tsutomu Nihei, Knights of Sidonia é publicado no Brasil pela Editora JBC, e completo em 15 volumes. O mangá (serializado na revista japonesa Afternoon) é um seinen de mechas que narra a história de Nagate Tanikaze, um garoto que cresceu na base subterrânea da nave Sidonia, no ano 3394, após a humanidade fugir do planeta Terra graças aos ataques de uma raça de alienígenas gigantes chamados Gauna. Sidonia é uma das várias naves (com destinos desconhecidos) que fugiram em direção ao espaço, e tem forte influência da cultura japonesa, criando tecnologias e avanços científicos como a reprodução assexuada, clonagem e fotossíntese humana. Nagate, que sempre treinou em simuladores no subterrâneo, sobe à superfície após a morte de seu avô e acaba tornando-se piloto de um Guardião, robôs criados para proteger Sidonia dos ataques de Gaunas, além de desempenharem tarefas braçais como mineração. Knights of Sidonia une a bela arte sombreada de Nihei a diversas ideias de mangás prévios do autor (como Abara, publicado no Brasil pela Panini) e entrega sua obra mais longeva e com melhor desenvolvimento de roteiro e personagens. A vida em Sidonia é narrada com o desenrolar da trama, e diversas subtramas envolvendo até mesmo grandes empresas da nave Sidonia começam a ser criadas com o passar do tempo. O mangá foi adaptado para anime, produzido pela Netflix em 2014, enquanto no Brasil estamos rumando para o lançamento do 8° volume da obra.


Berserk

Mais longeva infinita obra criada por Kentaro Miura, Berserk é um mangá seinen de fantasia medieval já tido por muitos como um verdadeiro clássico dos gibis japoneses. Narra a história de Guts, um ex-mercenário e espadachim amaldiçoado que vaga pelo mundo sem descanso em busca de vingança pelos atos de um antigo rival. O mangá explora diversas facetas humanas, mostrando sempre o melhor e o pior da humanidade, tendo como temas assuntos como isolamento, traição, autopreservação, etc. Berserk é um dos seinens mais populares do Japão, tendo sido publicado em duas revistas diferentes, a Animal House e a Young Animal, ambas mensais; porém, especificamente este mangá possui periodicidade indefinida graças aos constantes hiatos do autor. Apesar disso, a obra possui 38 volumes encadernados, e a arte de Miura é extremamente realística e bem detalhada, sendo cada página um show de exuberância em todos os sentidos. A serialização de Berserk começou em 1989 e no Brasil ele é publicado pela editora Panini em dois formatos, o meio-tanko desde 2005 (que está emparelhado com o Japão), e a nova edição de 2014, revisada e de tankos completos, que encontra-se atualmente em seu 14° volume. O retorno do mangá (que encontra-se em hiato desde setembro de 2016) está previsto para o início de 2017. Berserk também é um dos 60 mangás mais vendidos do Japão.


Vinland Saga

Um mangá sobre vikings, Vinland Saga é a obra máxima de Makoto Yukimura, conhecido por seu mangá de ficção-científica Planetes. Vinland Saga narra a jornada de Thorfinn, um garoto cujo pai foi assassinado por Askeladd, em busca de vingança contra o assassino. Para alcançar seu objetivo e vingar a morte de seu pai desafiando o assassino, Thorfinn une-se ao bando de Askeladd, um grupo famoso de vikings que realizam diversos trabalhos e saqueamentos. Yukimura é um autor antibelicista com ideais que se assemelham muito aos de Osamu Tezuka (conhecido por tecer críticas ao exército e guerras no geral), e apesar disso ficar muito visível em Planetes, o autor toma Vinland Saga como o meio ideal de transmitir sua mensagem à humanidade. Por muito tempo (oito volumes) o mangá serve somente como um prólogo para a verdadeira história que o autor almeja contar, e quando a mensagem fica clara, o roteiro sofre uma reviravolta inesperadamente bela. A calma com que Yukimura desenvolve seus personagens e tece sua trama no desenrolar dos anos é admirável, e apesar de ainda estar em publicação no Japão (com 18 volumes, sendo que o próprio volume 18 será publicado pela Panini em breve, alcançando o Japão), é uma obra que te inspira e desperta uma vontade de ler mais e mais. No Japão, o mangá é publicado mensalmente na revista Afternoon, e vale ressaltar que não existe mangá ou anime algum que retrate a era viking de forma verdadeiramente séria exceto este. Segundo o autor, a obra seria encerrada com 25 volumes, mas pode demorar muito mais visto que ele define a extensão de sua criação conforme o roteiro se desenrola de forma natural. No fim das contas, Vinland Saga é um mangá obrigatório para qualquer coleção.


Vagabond

A vida de Miyamoto Musashi na visão do mangaká Takehiko Inoue é um dos maiores sucessos da Panini atualmente. Após algumas tentativas infrutíferas de outras editoras em dar continuidade à publicação deste mangá tão aclamado no mundo, a multinacional italiana começou a lançar tudo novamente em um novo formato, com nova tradução e acabamento mais luxuoso que o restante de seu catálogo. Vagabond se passa logo após a Batalha de Sekigahara (1600), onde um jovem chamado Takezo e seu amigo Matahachi foram lutar após deixarem sua vila, Miyamoto, buscando fama e glória. Contudo, na Batalha ambos só encontram a derrota, e a partir dali trilham caminhos diferentes em busca de força, numa jornada de autodescobrimento cercada por confrontos e desafios espirituais. O mangá tem maior parte de seu foco na vida de Takezo tornando-se Miyamoto Musashi, grande espadachim e ronin, criador do estilo de luta com duas espadas chamado Niten Ichi Ryu. Takehiko Inoue baseia-se no romance de Eiji Yoshikawa para criar sua própria versão da vida de Musashi, e todas as liberdades criativas que o autor toma com relação ao livro são bem aceitas por não existir um relato totalmente fidedigno da vida do espadachim. O mangá possui 37 volumes encadernados, tendo entrado em hiato no Japão em 2015. A arte de Takehiko Inoue é um dos grandes chamarizes da obra, visto que nela o autor capricha no realismo e cria quadros extremamente bem detalhados. No Brasil, o volume 11 foi lançado em dezembro de 2016.


Slam Dunk

Outra obra de Takehiko Inoue, Slam Dunk é o mangá de esporte mais famoso do mundo, e nono mangá mais vendido do Japão, com mais de 120 milhões de unidades vendidas. Esta história publicada semanalmente na Shounen Jump de 1990 a 1996 e totalizando 31 volumes foi responsável por popularizar o basquete na terra do sol nascente. Takehiko Inoue é um grande fã de basquete (tendo outras duas obras publicadas sobre o esporte, uma ainda em andamento), e através de Slam Dunk ele introduziu o esporte a milhares de leitores, de forma calma e muito fluida, através de bastante comédia. O mangá narra a história de Hanamichi Sakuragi, um delinquente impopular com as garotas (que preferem os garotos que jogam basquete), que conhece Haruko Akagi, irmã do líder do time de basquete do colégio. A garota reconhece o potencial de Sakuragi e o introduz ao time, enquanto ele aceita com o objetivo de impressioná-la, e a partir daí o rapaz começa a conhecer o esporte desde o básico e a desenvolver seu amor pelo basquete. A motivação de Sakuragi é um reflexo do jovem Inoue, que também começou a jogar basquete para tentar impressionar as garotas, e mais tarde desenvolveu um grande amor pelo esporte em si. Graças a resposta dos leitores que passaram a gostar do esporte o autor também organizou o Slam Dunk Scholarship, projeto que dá bolsas de estudo para estudantes japoneses. S.D. já havia sido publicado no Brasil pela editora Conrad há alguns anos, e atualmente a Panini está relançando a obra em um formato mais caprichado e baseado no kanzenban japonês, totalizando 24 volumes e contendo adicionais de qualidade que uma edição luxuosa japonesa proporciona.


Lobo Solitário

Um dos gekigás mais famosos do mundo, a obra de Kazuo Koike e Goseki Kojima é um dos grandes clássicos dos quadrinhos japoneses, tido por muitos como a maior obra quadrinística do Japão, publicado entre 1970 e 1976, totalizando 28 volumes. Lobo Solitário narra a história de Itto Ogami, o carrasco do shogun no Período Edo, que foi desonrado por falsas acusações do clã Yagyu e condenado ao seppuku. Ogami pega seu filho de três anos de idade, Daigoro, após a morte de sua esposa, e com as acusações do clã Yagyu sempre em mente ele toma o caminho de um assassino, viajando com seu filho e arquitetando seu plano de vingança, carregando um estandarte que diz: “Alugo minha espada, alugo meu filho.” Lobo Solitário influenciou grandes autores de quadrinhos e filmes, como Frank Miller, que é um grande fã da obra e foi o responsável por trazer o mangá ao ocidente. A obra foi adaptada em seis filmes, peças de teatro e uma série de TV, muito influente, e Kazuo Koike escreveu algumas sequências para o mangá algum tempo depois do fim. No Brasil, Lobo Solitário já havia sido lançado na íntegra pela Panini, porém agora a obra retorna num acabamento mais luxuoso, com papel offset, orelhas e sempre com uma capa original de Goseki Kojima que a editora teve acesso graças aos kanzenbans. Um clássico absoluto, o mangá é obrigatório para qualquer fã de quadrinhos.


Fullmetal Alchemist

O shounen definitivo de Hiromu Arakawa tido por muitos como um dos melhores mangás de todos os tempos está sendo relançado no Brasil pela editora JBC. Completo em 27 volumes, Fullmetal Alchemist conta a história de Alphonse e Edward Elric, dois irmãos que tentaram ressuscitar a mãe através do uso de alquimia, e falharam. Com o erro, Alphonse perdeu seu corpo e Edward, uma perna. Para restituir a alma do irmão, Edward também sacrificou um braço e prendeu-a dentro de uma armadura. Motivados pela falha, os irmãos dão início à sua jornada em busca da pedra filosofal, um objeto poderoso que permitirá que ambos recuperem seus corpos. A história (que foi publicada mensalmente no Japão) possui um roteiro bem amarrado que não desperdiça nada, planejado desde sempre para ter um início, meio e fim. Hiromu Arakawa também é uma ótima escritora de comédia, e todos seus personagens possuem algum destaque na trama. Fullmetal é uma jornada de superação, emocionando seus leitores com tantos problemas apresentados ao longo da vida dos irmãos, sempre motivados a seguir em frente, e também atiçando a curiosidade de todos graças a alguns mistérios apresentados logo no início da aventura. O mangá está entre os 25 mais vendidos do Japão, totalizando cerca de 65 milhões de cópias vendidas, e já havia sido publicado no Brasil em formato meio-tanko. A publicação atual da JBC é em um acabamento mais caprichado, com papel offset e cor especial prateada nas capas, além da tradução e adaptação revisadas e o lançamento no formato original, totalizando 27 tankos. O volume 5 foi lançado recentemente no Brasil.


Com isso encerramos nossa lista de 15 mangás recomendados para se colecionar atualmente! A variedade de gêneros e lançamentos mensais pelas diversas editoras do país é muito grande, tornando impossível sugerir todos os títulos existentes. Muitos outros mereciam ser indicados e comentados em detalhes, contudo, esta matéria ficaria ainda mais extensa! Quem sabe numa segunda parte?

Está acompanhando algum dos mangás sugeridos? Acha que faltou algo? Alguma sugestão? Comente abaixo!

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Cultura Japonesa Mangá

Clube do Suicídio é o novo anúncio da NewPOP

Hoje, dia 16/07, ocorreu a palestra da editora NewPOP no Anime Friends 2016, onde diversas informações acerca de seu catálogo foram divulgadas. Entre elas, um anúncio: Clube do Suicídio, ou Jisatsu Circle (Suicide Club), chegará ao Brasil trazido pela editora!

Suicide Club é um mangá publicado no Japão em 2002. Baseado no filme homônimo lançado em 2001 (no Brasil chamado de O Pacto), Suicide Club possui apenas um volume, e conta a história do suicídio coletivo de 54 garotas, todas estudantes de um mesmo colégio. Elas se atiram na frente do metrô, causando enorme comoção pública. Com apenas uma sobrevivente, começa uma investigação acerca do misterioso acontecimento e quais mistérios cercam a garota que sobreviveu a isto.

Capa original japonesa.
Capa original japonesa.

Dos gêneros horror, drama psicológico e mistério, Suicide Club ainda não possui uma data de lançamento marcada, bem como acabamento e preço. A editora comentou que, durante o próximo semestre, a meta é normalizar as publicações que estão atrasadas.

No Brasil, mangás de horror ainda não são parte integral do catálogo das editoras, tendo somente obras lançadas esporadicamente.

Visite o site da editora para acompanhar as novidades clicando aqui.