Categorias
Serial-Nerd Séries

Com uma história divertida, A Lenda de Vox Machina é um prato cheio para os fãs de RPG

Diferente da Netflix, o Prime Video não investe de forma corriqueira em séries animadas. São poucos os seriados animados autorais presentes em seu catálogo. Contudo, os que estão disponíveis, desempenham da atribuição de serem bem feitos ao contarem histórias que o público se sente atraído. Não é diferente com A Lenda de Vox Machina, obra televisiva baseada na criação da empresa Critical Role.

A Lenda de Vox Machina tem tudo que os amantes de RPG apreciam: personagens caricatos condizentes com suas funções, cenários medievais épicos, habilidades originais de cada persona, criaturas folclóricas, inimigos desafiadores e o principal, uma história divertida e pouco complexa, que leva o telespectador para uma verdadeira imersão neste mundo fantástico.

Infelizmente, por não ter tido uma divulgação tão ampla parte do Prime Video, A Lenda de Vox Machina passou despercebida perante diversos assinantes da plataforma. Contudo, a série já foi renovada para a sua segunda temporada, tendo uma nova oportunidade para ‘ficar na boca do povo’’.

Em uma tentativa desesperada de pagar uma guia de barra de montagem, um bando de desajustados acaba em uma missão para salvar o reino de Exandria das forças mágicas das trevas.

A história transita entre os gêneros drama e comédia, mantendo o perfeito equilibro entre ambos os traços sem se perder em seu próprio ritmo. Os dois primeiros capítulos (que servem para apresentar o grupo que dá nome à produção) dão uma falsa sensação ao espectador, que espera o famoso ‘’vilão da semana’’ para se entreter. Todavia, o final do segundo episódio junto do desenrolar do terceiro, apresentam o verdadeiro tema de A Lenda de Vox Machina, que é conduzido através de doze episódios, sem serem enjoativos.

O conto de A Lenda de Vox Machina é sobre vingança e redenção. Por sorte, ele não caí nos famosos clichês dos subgêneros, que sempre buscam soluções fáceis e datadas para finalizarem problemas que assolam os personagens. Aqui, a história é tão bem trabalhada, que ela evolui para algo grandioso ao chegar em seu ápice; mas não deixa de lado a sua principal essência: ser descomplicada.

É perceptível os cuidados que Brandon Auman (showrunner) teve ao adaptar a criação de Critical Role; onde ele optou por trabalhar os principais elementos de um bom RPG, trazendo-os para uma linguagem transparente diante do público leigo.

The Legend of Vox Machina Lives Up to the Hype, A Tribute to D&D Fans - Variety
Reprodução: Variety.

Outro ponto chave de A Lenda de Vox Machina, é a função que cada membro do grupo desempenha sem puxar o protagonismo para si. Devido as habilidades e conhecimentos únicos de cada personagem, todos recebem a mesma dose de protagonismo, tendo o mesmo tempo de tela ao decorrer que os rápidos, mas essências minutos, dos episódios são percorridos.

Por sorte, não há nenhum protagonista tedioso devido a originalidade e carisma de cada um. Ao decorrer da trama, os integrantes entram em uma jornada interna de autodescobrimento, que é feita de forma sutil, mas poderosa, causando uma empatia individual em quem estiver assistindo.

Em dados momentos, o time age como uma única persona, sendo uma amalgama dos seres já estabelecidos. Isto é devido as excelentes interações que Vox Machina tem entre si, compartilhando o mesmo nível de afeto que um tem pelo outro, sem esboçar uma preferência.

Os antagonistas menores, apesar de descartáveis, exercem bem suas funções ao enfrentarem Vox Machina. Seus papéis são semelhantes com os subchefes de videogames, que abalam a estrutura da coletividade, mas são derrotados quando a união decidi se concentrar mais afundo na situação.

The Legend of Vox Machina (TV Series 2022– ) - IMDb
Da esquerda para a direita: Vax’ildan, Percival de Rolo, Scanlan Shorthalt, Vex’ahlia, Grog Strongjaw, Pike Trickfoot e Keyleth.

A única complicação que ronda A Lenda de Vox Machina, são alguns diálogos que se estendem mais do que o necessário. As longas prosas servem para elucidar pontas soltas que poderiam facilmente serem mais breves, ou mostradas por meios de ações. Todavia, são poucas as ocasiões que a adversidade dá as caras.

O seriado animado não sofre com capítulos mais enjoativos do que os outros. Todos possuem o mesmo nível de qualidade, ao mesmo tempo que se esforçam para trazer elementos inéditos de seus antecessores.

Seu humor adulto, mas não apelativo, colabora com o desenvolvimento da fábula. O mesmo pode se dizer sobre as cenas violentas recheadas de gore (representação gráfica de sangue e brutalidade), que não são gratuitas como muitos cineastas e produtoras utilizam. Elas influenciam em algumas decisões que os heróis e vilões tomarão.

Critical Role The Legend Of Vox Machina GIF - Critical Role The Legend Of Vox Machina Vox Machina - Discover & Share GIFs

A Lenda de Vox Machina é um presente aos fãs mais fervorosos de cenários medievais mitológicos, sendo um prato cheio para essas pessoas. Uma produção simples, e com orçamento moderado, é capaz de contar uma história surpreendente quando bem trabalhada.

A Lenda de Vox Machina merece o seu reconhecimento por todo o seu esforço. Todos os capítulos já estão disponíveis no Prime Video.

Nota: 4,5/5

Compre produtos de A Lenda de Vox Machina com desconto acessando: amazon.com.br e tenha um pedaço do mundo medieval mitológico em sua casa!
Categorias
Quadrinhos

Daqui não se chega lá, novo título da Mino Editora em pré venda

Mantendo seus planos de publicar pelo menos  uma obra do quadrinista norueguês Jason ( Sshhhh!, A Gangue Da Margem Esquerda, Ei, Espera e Eu matei Adolf Hitler) por semestre, a Editora Mino trouxe mais um lançamento do artista, Daqui, não se chega lá. Que traz as conhecidas tramas de humor ácido do autor, mas dessa vez bebendo da fonte de um dos clássicos “O médico e o monstro”, onde os personagens principais são o Dr, a noiva e claro, o monstro, num divertido triângulo amoroso, que explora as nuances da vida e morte.

Confira a sinopse da editora:

“Enquanto dois assistentes corcundas sentam pra dividir um almoço onde reclamam da futilidade de seus trabalhos, uma trama insana se desdobra ao redor de ambos tomando conta de toda cidade.Conforme Triângulo amoroso às avessas mergulha no caos,Jason encontra espaço para filosofar sobre alguns de seus temas favoritos: morte,solidão,amor,velhice.Tudo Isso,é claro, filtrado por um humor sardônico e que não perdoa nada ou ninguém.”

A edição Mino saiu em capa Brochura,P&B Formato: 18 x 24,5 Número de páginas:64. Adiquira o seu volume clicando no banner abaixo!

 

Categorias
Cinema Tela Quente

‘Batman’ é uma carta de amor aos fãs do Homem-Morcego

Desde o seu primeiro trailer na DC Fandome de 2020, Batman de Matt Reeves se tornou o filme de herói mais aguardado por mim até então. Não só por confiar no diretor ou por ser fã do Robert Pattinson e de seu trabalho nos últimos anos, mas por ter me sentido abraçado como fã do personagem pela ambientação e pelos detalhes que vi brevemente naquele vídeo.

Finalmente, depois de um bom tempo passado do seu primeiro trailer e de ser adiado por conta da pandemia, a Vingança chegou aos cinemas. E, bom, valeu a pena criar expectativa e esperar todo esse tempo. Matt Reeves entrega tudo o que prometeu em um longa de três horas que prende o telespectador do início ao fim, seja ele fã do herói ou não, e nos entrega um grande universo que merece ser explorado ao máximo no futuro.

Na trama de Batman, observamos um Homem-Morcego jovem, despreparado e inexperiente que está atuando em seu segundo ano como vigilante de Gotham. Até que um assassino em série que, neste caso, é o vilão Charada, surge e toma como alvo membros da elite da cidade onde, em cada assassinato, deixa um enigma para o vigilante decifrar. Para descobrir quem é o vilão, Batman precisa entrar no submundo e encontra personagens icônicos da mitologia como o Pinguim, a Mulher-Gato e Falcone.

É interessante ver como Reeves utiliza elementos de diversas histórias em quadrinhos diferentes, como o próprio arco do Ano Um, O Longo dia das Bruxas, Batman: Ego além de outros da mitologia (que, se eu citar aqui, pode ser considerado spoiler) para contar uma história totalmente nova que mostra a transformação do vigilante em herói, conforme o longa avança. Você vê um Batman inexperiente, com dúvidas quanto o que está fazendo e amadurecendo de acordo com seus erros.

O roteiro é muito bem trabalhado, explora tanto a mitologia do herói como o seu psicológico e a forma como Reeves decide narrar a história do filme causa uma imersão súbita do telespectador na trama. Os monólogos de Bruce Wayne ao longo da exibição contribuem em peso para isso e remetem um clima investigativo muito presente em filmes noir de antigamente – dessa forma, colabora com o tom que o filme deseja passar.

Por mais que tenha três horas de duração, o tempo passa rapidamente e o telespectador se sente preso do início ao fim e, particularmente, eu não reclamaria se o tempo de duração fosse maior.

Reeves já é um diretor conhecido pela sua visão criativa, e aqui não é diferente. Conseguimos ver nitidamente que ele compreendeu todas as nuances e as camadas do Homem-Morcego e trouxe elas para tela de acordo com a sua visão, e funcionou perfeitamente. Robert Pattinson conseguiu se consagrar como a melhor adaptação do herói para as telas do cinema.

Aqui, não vemos muito do Bruce Wayne em tela, mas propositalmente: esse é um filme do Batman e de seu amadurecimento como herói em seus dois primeiros anos, realmente não há espaço para a transição entre ambas as personalidades durante a exibição da trama. Entretanto, quando há, notamos o quanto ambas as personas estão bem adaptadas.

E, já falando no elenco, todo ele está sensacional. Robert Pattinson consegue transmitir toda a personalidade do Batman e de Bruce Wayne em tela e Zoë Kravitz como Selina Kyle transmite toda a energia que a personagem tem nos quadrinhos, além da química entre ambos ser incrível.

Paul Dano entrega um vilão incrível em sua atuação e Andy Serkis, por mais que pudesse ser mais desenvolvido como Alfred, nos entrega um excelente personagem. Jeffrey Wright é um bom Gordon e a química dele com o Batman cresce conforme o filme se desenvolve. Por último, Colin Farrell nos entrega um excelente Cobblepot e a equipe de maquiagem está de parabéns pelo trabalho feito com o vilão.

A fotografia do filme é um show a parte, cada frame parece uma obra de arte com sua paleta de cores característica tanto com a personalidade de Gotham como a do vigilante, e os efeitos especiais são de tirar o fôlego. Em um cenário onde o cinema de super-heróis está saturado de filmes que usam e abusam do CGI, Batman consegue dar uma aula e mostrar que com efeitos práticos bem executados é possível contar uma história de forma visualmente limpa.

Por último, a representação de Gotham neste filme está perfeita e fiel em cada detalhe: aqui, visualmente, vemos uma cidade suja que casa perfeitamente com o cenário político e social que o longa quer mostrar. De certa forma, percebemos que Reeves fez o seu dever de casa e, como fã, interpreto esse filme como uma carta de amor: afinal, nessas três horas de duração, eu vi tudo o que eu queria assistir em um longa que leva o nome do Homem-Morcego.

Talvez a única crítica negativa que eu tenha em relação ao longa é a sua classificação etária. De fato, ela não interfere no peso da trama e nem em como ela se desenvolve. Entretanto, em certas cenas ficam evidentes a amenização da violência por conta da faixa etária, e com isso a sua conclusão acaba se tornando um pouco ridícula – em especial, uma cena presente no terceiro ato do filme. Não é nada tão gritante ao ponto de comprometer a experiência do filme, mas incomoda no momento e poderia ter sido alterada facilmente, assim como as demais foram.

Então, é bom?

Com um grande elenco, uma excelente direção e uma fotografia que casa perfeitamente com a trama, Batman nos entrega um rico material a respeito do herói. Reeves consegue, com maestria, desenvolver uma narrativa que explora ao fundo a psicologia do Homem-Morcego, desenvolvendo-a ao longo das três horas de tela e nos entregando a melhor adaptação do herói já feita até os dias atuais – respeitando sua origem nos quadrinhos e compreendendo o que o personagem representa. No fim das contas, Batman acaba sendo uma carta de amor aos fãs do vigilante.

Nota: 5/5

Categorias
Serial-Nerd Séries

Segunda temporada de Euphoria decepciona e é entediante de acompanhar

Após três anos de hiato e dois especiais lançados, Euphoria retornou em 2022 com uma segunda temporada. Criada por Sam Levinson, produzida pela HBO e co-produzida pela A24, a série de drama adolescente conquistou milhares de fãs devido a sua qualidade técnica, história fatal misturada com humor negro e as atuações do elenco principal, como Zendaya no papel de Rue, e Hunter Schafer interpretando Jules

O primeiro ano do seriado puxa o telespectador para dentro da sua trama celestial, sendo uma temporada surpreendentemente imersiva e espetacular, transformando-se como uma das melhores produções televisivas de todos os tempos. Pouco tempo depois, a série foi renovada para a sua segunda temporada, causando uma verdadeira euforia naqueles que acompanharam de perto a jornada de Rules como um casal (além dos outros dramas envoltos nas construções dos personagens secundários).

Entretanto, lamentavelmente, o segundo ano é assustadoramente inferior em comparação ao seu antecessor. Mesmo com uma direção impecável partindo de Levinson e desenvolvimentos razoavelmente satisfatórios, a segunda temporada de Euphoria é decepcionante.

HBO's 'Euphoria' finale tonight pushes back on drug critique

Zendaya como Rue.

O retorno de Euphoria explora novos lados dos personagens que não tiveram muito destaque na primeira temporada e ainda revela o destino de Rue. Em meio a caminhos entrelaçados, Rue precisa encontrar esperança enquanto tenta equilibrar as pressões do amor, perda e vício.

Afortunadamente, o primeiro capítulo começa com uma grande tensão entre Nate Jacobs (Jacob Elordi), Cassie (Sydney Sweeney), Maddy Perez (Alexa Demie) e Fezco (Angus Cloud), que serve como desenvolvimento e estudo mais aprofundado de personagens até o quarto episódios. Por outro lado, temas importantes e sem soluções introduzidos na primeira temporada são deixados de escanteio e mal aproveitados, tendo resoluções apressadas e pouco atrativas devido aos anseios iniciais de Nate, Cassie, Maddy e Fezco. Mas porque ‘’iniciais’’? Simples, pois os fatores servem apenas para deixar uma falsa adrenalina no telespectador, que posteriormente, também são deixados de lado. 

Zendaya continua fantástica como Rue, entregando mais uma vez, uma atuação de respeito. Os seus problemas com entorpecentes (e familiares) são levemente agravados, dado que a trama corrida e desleixada se preocupa mais em ‘’ir pra lá e pra cá’’ com sujeitos menos atrativos, do que se focar em personas interessantes de verdade. Rue ainda é a protagonista, já que é ela quem narra os eventos de Euphoria; porém, possui um desenvolvimento mais raso. Há momentos de positivamente estressantes para a adolescente, mas são solucionados de uma forma indecente. 

Se Rue, a personagem mais importante de Euphoria, foi tratada porcamente por Sam Levinson no novo ano, Jules (Hunter Schafer) recebe um zelo ainda pior. Transformada em uma ‘’figurante’’ de luxo, Jules parece acompanhar as ações de seus colegas, sem ter uma identidade própria. A narrativa da garota construída anteriormente não é aproveitada, tirando todo o seu brilho. Por sorte, Hunter segue interpretando Jules com excelência, e graças a atriz, ela não caiu no esquecimento. 

O relacionamento de Rue e Jules também não convence. Nos primeiros episódios, ele é bem desenvolvido e podemos ter uma noção de como o casal está se comportando após três anos. Mas posteriormente, é melancólico ver as decisões de Sam perante as colegiais. A introdução de Elliot (Dominic Fike) é razoavelmente boa, mesmo ele sendo um personagem chato.  Contudo, quando o garoto decide se ‘’intrometer’’ na relação das personagens principais, resultando em um triângulo amoroso, a mitologia de Rue e Jules perde o seu vigor, acabando em uma convivência amorosa desinteressante. 

Euphoria Season 2 Fan Reactions

Através de Nate, Cassie e Mady, a segunda temporada de Euphoria constrói uma bomba relógio imensurável, que quando estoura, não satisfaz as expectativas. Por outro lado, é nítido que estes elementos tiveram um tratamento muito mais abrangente e cuidadoso em relação ao primeiro ano, como por exemplo, o aprofundamento nos problemas familiares de Nate Jacobs (mais especificamente com seu pai, vivido por Eric Dane), que previamente eram vistos com muitos mistérios. 

Quanto a Cassie, o progresso em sua depressão é condizente com devaneios mentais que assolam uma grande parte dos adolescentes, que muitas vezes veem refúgio em um namoro abusivo e sem amor para as suas carências psicológicas ou até mesmo, para tentar apagar um trauma da memória. 

Já, em relação com Mady Perez, não há nenhuma mudança drástica em sua história. A figura continua com os mesmos traços, não trazendo nenhuma adição interessante para o novo conto de Euphoria

Euphoria: o que Maddy quis dizer com "este é apenas o começo" » thenexus: Notícias de filmes, resenhas de filmes, trailers de filmes, notícias de TV
Maddy (Alexa Demie) e Cassie (Sydney Sweeney).

A trama flerta entre um possível romance entre Fezco e Lexi Howard (Maude Apatow). É satisfatório assistir as interações de ambos, mesmo em segundo plano. Neste caso, é compreensível que o flerte entre eles não foi aprofundado, apenas levemente introduzido, visto que ele deve ser mais explorado no terceiro ano (lançamento previsto para 2024). 

Por último, vale mencionar brevemente a participação de Barbie Ferreira como Kat, que foi drasticamente reduzida por Sam Levinson após desentendimentos criativos entre a atriz e o cineasta. Kat foi diminuída para uma personagem enfadonha e desprezível, podendo ser facilmente cortada da obra. 

Euforia: Maude Apatow explica conexão entre Lexi e Fez
Lexi (Maude Apatow) e Fezco (Angus Cloud).

Entediante de acompanhar, é inacreditável como a classe de Euphoria decaiu em relação ao seu primeiro ano. Não adianta ter uma boa direção com uma fotografia bem feita, quando os pontos chaves da produção são jogados de escanteio. Instintivamente, tem-se a impressão de que não se trata da mesma série devido a baixa qualidade da sua história. Todavia, como mencionado no terceiro parágrafo dessa crítica, Euphoria continua sublime em relação à outros seriados, principalmente com os que possuem juventude como alicerce. 

Sem medo de falar sobre sexo, drogas e comportamentos problemáticos, tanto a primeira quanto a segunda temporada de Euphoria dão uma aula de como o fim da juventude para o começo da fase adulta se comporta em jovens mais frágeis.  Entretanto, a ‘’fábula’’ moderna não consegue se superar, causando uma grande frustração. 

Nota: 3/5

Categorias
Cinema

‘Matt Reeves fez o filme definitivo do Homem-Morcego’ dizem as primeiras impressões de Batman

Foram divulgadas pelos críticos especializados as primeiras reações de Batman, novo filme do Cavaleiro das Trevas protagonizado por Robert Pattinson e dirigido por Matt Reeves. Como já se era esperado, a maioria dos comentários são positivos e elogiam as atuações dos atores e a sua história.

O longa-metragem abriu com 94% de aprovação no Rotten Tomatoes.

Confira a seguir, as principais reações:

“Matt Reeves fez o filme definitivo do Homem-Morcego com Batman. Pense em Se7en: Os Sete Pecados Capitais, mas ambientado em Gotham. Os olhos de Robert Pattinson são tão intensos e observadores sob o capuz preto, enquanto a trilha de Michael Giacchino é uma obra-prima grandiosa e assombrosa.”

‘”O Batman de Matt Reeves finalmente nos trouxe o Cavaleiro das Trevas mais parecido dos quadrinhos de todos. Para mim, o filme é uma grande homenagem aos principais escritores do Batman, como Denny O’Neil, Frank Miller, e Jeph Loeb. Pattinson fez o seu dever de casa e entregou o prometido’’.

“Comovente e sombrio, com corrupção e caos, e por mais que eu ansiasse por mais alguns vislumbres de humor, em nenhum momento durante as três horas de duração minha atenção vagou.”

’Cara, Batman é uma experiência visceral e longa. O Batman de Robert Pattinson se tornará um dos favoritos dos fãs, mas o seu Bruce Wayne deixa a desejar. Mas mano, esse filme é muito bom. Ele encontra inspirações em Frank Miller, Jeph Loeb, Tim Sale, etc’’.

’Impressionante e emocionante, Batman é uma experiência incrível. Muito parecido com Zodíaco no trabalho de detetive, e algumas das cenas de luta literalmente me deixaram ofegante de espanto. E Zoe como mulher-gato…’

‘’Batman é bom, mas não perfeito. Longo demais e arrastado. O elenco é muito bom, a pontuação é excelente, adorei o visual encharcado de chuva. Tão escuro que Fincher ficaria orgulhoso, mas não é muito comercial. Faltou emoção para mim e estava muito preocupado com o futuro da franquia’’

‘’A duração de Batman me pareceu um pouco longa. Ele continua indo e vindo, mas injeta várias sequências de ação e reviravoltas para manter o ritmo envolvente. Dito isto, minha exibição atrasou 3 horas, então ver o filme se tornou uma exibição de 6 horas, então eu poderia estar sentindo o tempo mais longo’’.

 

Batman (The Batman, no original) segue o segundo ano de Bruce Wayne (Robert Pattinson) como o herói de Gotham, causando medo nos corações dos criminosos, levando-o para as sombras de Gotham City. Com apenas alguns aliados de confiança – Alfred Pennyworth (Andy Serkis) e o tenente James Gordon (Jeffrey Wright) – entre a rede corrupta de funcionários e figuras importantes da cidade, o vigilante solitário se estabeleceu como a única personificação da vingança entre seus concidadãos. Mas em uma de suas investigações, Bruce acaba envolvendo o Comissário Gordon e ele mesmo em um jogo de gato e rato ao investigar uma série de maquinações sádicas, uma trilha de pistas enigmáticas, revelando que Charada estava por trás disso tudo. Porém, a investigação acaba o levando a descobrir uma onda de corrupção que envolve o nome de sua família, pondo em risco sua própria integridade e as memórias que tinha sobre seu pai, Thomas Wayne. Conforme as evidências começam a chegar mais perto de casa e a escala dos planos do perpetrador se torna clara, Batman deve forjar novos relacionamentos, desmascarar o culpado e fazer justiça ao abuso de poder e à corrupção que há muito tempo assola Gotham City.

Batman estreia em 03 de Março de 2022 nos cinemas brasileiros.

Categorias
Detective Comics Quadrinhos

Vigilante: Conheça as versões do personagem

Quadrinhos podem ser complicados. Diante tantos personagens, tantas versões e visões diferentes, muitas vezes acabamos nos confundindo com tantas informações, vindas da internet, streaming ou até mesmo dos quadrinhos. Este artigo visa esclarecer algumas dúvidas, e pontuar certos aspectos da alcunha do Vigilante. Pra não restar mais dúvidas, vamos lá?

Vigilante (Greg Saunders)

Apesar de dividir o mesmo nome, o Vigilante “cowboy” não é o mesmo personagem da série do Pacificador, e ele está na lista justamente para esclarecer alguns pontos. Criado por Mort Weisinger e Mort Meskin, o Vigilante (Greg Saunders) fez a sua estreia no longínquo ano de 1941, na revista Action Comics #42. Mas, pelo menos aqui no Brasil, o “Superman de Chapéu” ganhou popularidade nas manhãs do SBT, no desenho Liga da Justiça: Sem Limites, exibido aqui pela primeira vez em 2005.

Greg integrou uma das equipes mais populares da época, conhecida como Os Sete Soldados da Vitória, e que foram os predecessores da Sociedade da Justiça da América. Ele esteve no grupo com outros clássicos membros da Editora das Lendas, como o Arqueiro Verde, Listrado, Sideral, Cavaleiro Andante, Vingador Escarlate e Wing. Greg se tornou o Vigilante para fazer justiça, após o assassinato de seu pai. Ele não possui nenhum tipo de poder, além da sua excelente mira e seu talento para a música.

O personagem, infelizmente, tem um escasso material para quem quiser se aprofundar mais em sua mitologia. É possível encontrar alguma coisa em inglês nos sebos da vida como essa ótima minissérie com 4 edições.

Ao passar dos anos, Os Sete Soldados da Vitória foram perdendo seu espaço, sendo ofuscados por outras equipes e personagens, tendo pequenas homenagens e aparições diversas nas mídias.


Vigilante (Adrian Chase)

Após ter sua família assassinada, o promotor de Justiça, Adrian Chase, enolouquece, e cruza a linha da justiça, buscando vingança e os criminosos responsáveis pela sua perda. Os anos 80 tiveram um grande boom de personagens violentos, não só nos quadrinhos, quanto nos cinemas. Essa versão mais sombria do personagem, foi criada por Marv Wolfman e George Pérez, e ele fez a sua primeira aparição como Vigilante em New Teen Titans Annual #2.

Chase acabou ganhando seu prórpio título uns meses mais tarde, em 1983. Contando com 50 edições, o personagem viveu o ápice e o declínio daquela fórmula oitentista, e acabou perecendo, vítima de seus próprios erros, em um final pra lá de depressivo. Após uma sucessão de erros, incluindo matar policiais inocentes por acidente, Adrian decide dar um fim à sua vida, na última página do quadrinho.


Vigilante (Pacificador)

Indo totalmente na contra mão da versão oitentista, o Vigilante de James Gunn, decidiu seguir uma pegada mais leve e bem-humorada. A releitura casou bem, tanto com o teor da série, quanto com o ator, Freddie Stroma. O personagem chega a ofuscar o protagonista de John Cena em certos episódios. É possível que, em um futuro próximo, vejamos mais dele, inclusive, eu não me surpreenderia se ele ganhasse uma série própria. Na série, é pouco explorado o passado dessa versão do Vigilante, mas, ao que tudo indica, eles mantiveram o passado trágico do personagem.


Vigilante (Donald Fairchild)

O DC Renascimento nos apresentou uma outra versão do Vigilante. Donald Fairchild, um ex-jogador de basquete, busca justiça, quando tem sua esposa assassinada. Infelizmente, o título fracassou logo de início, sendo cancelado logo após sua terceira edição.


Vigilante (Dorian Chase)

O irmão de Adrian, Dorian, também vestiu o uniforme do Vigilante. Essa versão é pouco conhecida, justamente por ser pouco expressiva mas não menos interessante. Ele apareceu pela primeira vez em Nightwing Vol.2 #133, se tornando um parceiro temporário de Dick Grayson em busca de justiça. Obviamente, as visões diferentes de justiça uma hora se colidiram. Dorian, chegou a ganhar seu próprio título em 2009 pelas mãos de Marv Wolfman, com 12 edições.


Vigilante (Arrow)

Aqui como o vilão Prometheus, Adrian Chase teve seus momentos como vilão principal na série da CW, estreando na quinta temporada de Arrow. Em contrapartida, a série teve seu próprio Vigilante, conhecido como Vincent Sobel, um ex-policial, que havia adquirido poderes de regeneração. Confuso, não?


Vigilante (Cinema)

Voltando a Greg Saunders (Sanders, para a versão cinematográfica), o Vigilante foi um dos primeiros heróis a irem para o cinema em formato de série. Interpretado por Ralph Byrd, e dirigido por Wallace Fox, The Vigilante: Fighting Hero of the West, foi produzido e distribuido pela Columbia Pictures, no ano de 1947, e conta com 15 episódios.


Vigilante (Batman: Os Bravos e os Destemidos)

Outra versão de Greg Saunders que deu as caras, foi a do desenho Batman: Os Bravos e Destemidos. Sua aparição se dá o episódio 3 da terceira temporada, Night of the Batmen!, que foi ao ar em 2011. Além de ser um exímio pistoleiro, Greg é um excelente músico. Confira um dos trechos do episódio com a música “Gray and Blue”.

https://www.youtube.com/watch?v=-eJM4GiuoKQ


Vigilantes (Quadrinhos)

Também tivemos outros personagens, menos expressivos, que vestiram a alcunha do Vigilante.

Alan Wells: Apareceu em Vigilante #20, operando como uma espécie de impostor, mais violento e totalmente sem códigos morais. Ele foi morto posteriormente pelo verdadeiro Vigilante na edição #27.

Dave Winston: Um dos amigos do Vigilante, ele foi um combatente mais compassivo com os criminosos, mas que foi morto pelo Pacificador na edição #23 do título. A morte de Dave foi um dos pilares que marcaram a vida de Adrian Chase.

Justin Powell: Justin se torna um Vigilante, após presenciar um assassinato. Sua run foi lançada em 2005, e conta com apenas 6 edições.

Patricia Trayce: Operando em Gotham City, a detetive é treinada pelo próprio Exterminador e trilha seu próprio caminho contra o crime como a Vigilante III. Ela apareceu pela primeira vez em Deathstroke the Terminator #6. Sua última aparição foi em Superman: The Man of Steel #120, em 2002.

Ufa! Quantas versões para um mesmo nome, não é? Espero que tenham curtido a nossa lista sobre o Vigilante! Até a próxima!

Categorias
Quadrinhos

The Hero Initiative, de George Pérez, republicará crossover da Liga da Justiça e Vingadores

Em parceria, DC Comics, Marvel Comics e a The Hero Initiative, republicarão novas cópias do crossover da Liga da Justiça/ Vingadores. O encontro foi promovido entre as editoras, no ano de 2003, e chegou a ser publicado aqui no Brasil pela Editora Panini em 4 edições. Também existe um encadernado nacional, de 2006, que é muito especulado e difícil de se encontrar. Confira a nova capa do encadernado americano:

Serão apenas 7000 cópias limitadas, em homenagem a George Pérez, que foi diagnosticado com câncer terminal 2 meses atrás. Em um comunicado em sua página oficial, George disse que optou por não iniciar o processo de quimioterapia e passar o maior tempo possível com seus parentes e amigos próximos. Segundo estimativas médicas, George tem de 6 a 12 meses de vida.

“Eu optei por apenas deixar a natureza seguir seu curso. Vou aproveitar o tempo que me resta o mais plenamente possível com minha linda esposa, minha família, amigos e fãs. Esta não é uma coisa agradável de se escrever, especialmente durante a época de festas, mas, curiosamente, estou sentindo o espírito natalino mais agora do que em muitos anos. Talvez seja porque provavelmente será o meu último Natal. Ou talvez porque estou envolvido nos braços amorosos de tantos que me amam.” disse George em parte de seu comunicado. 

Pérez, também é o fundador da Hero Initiative, que visa custear e ajudar artistas do mundo dos quadrinhos, que passam por necessidades ou que precisam de apoio médico.

Foto por George Marston

“Estou deixando o cargo com um sentimento de realização. Ajudamos muitos de meus colegas, e a Hero Initiative me ajudou. Sou grato a eles e é um bom legado para se deixar.”

A reeimpressão de JLA/Avengers será distribuída através da Diamond Comic Distributors e estará disponível nas lojas de quadrinhos participantes em março. Compilando as 4 edições do crossover, capa cartão e 60 páginas de extras.

George Pérez é um dos pilares dos quadrinhos, especialmente da DC Comics. Com seu traço único, trabalhou em diversos títulos como Liga da Justiça, Vingadores,Quarteto Fantástico e a icônica fase dos Novos Titãs, onde fez história com seu parceiro e amigo, Marv Wolfman.

Categorias
Séries

Realidade e loucura se misturam no teaser inédito de Cavaleiro da Lua

Marvel Studios disponibilizou um teaser inédito insano da série Cavaleiro da Lua, que terá Oscar Isaac no papel central e que chega em 30 de Março de 2022 no Disney+. 

Steven Grant, funcionário de uma loja de presentes, é atormentado por apagões e memórias de outra vida. Steven descobre que tem transtorno dissociativo de identidade e compartilha o seu corpo com o mercenário Marc Spector.

Fique ligado aqui, na Torre de Vigilância para futuras informações a respeito de Cavaleiro da Lua

Categorias
Séries

Bem-vindo ao caos | Confira o primeiro trailer alucinante de Cavaleiro da Lua

A Marvel Studios disponibilizou o primeiro trailer de arrepiar da série Cavaleiro da Lua, que terá Oscar Isaac no papel central e que chega em 30 de Março de 2022 no Disney+. 

Nos quadrinhos, Marc Spector é um homem que possui transtorno dissociativo de personalidade, criando em sua mente, outras três identidades além do Cavaleiro da Lua, que o ajudam em seu cotidiano como vigilante das ruas de Nova York.

Para futuras informações a respeito  do Cavaleiro da Lua, fique ligado aqui, na Torre de Vigilância.

Categorias
Quadrinhos

Judas Priest lançará HQ celebrando o aniversário de ‘Screaming for Vengeance’

A icônica banda de Heavy Metal, Judas Priest, lançará uma graphic Novel em comemoração de 40 anos do disco Screaming for Vengeance, lançado em 1982. O disco é considerado um clássico absoluto do gênero, aclamado por fãs de todo o mundo. A Z2 Comics será o selo responsável pelo lançamento da HQ, que pela sinopse, já nos dá um tom de ficção-científica e distopia. Confira:

“500 anos no futuro, um círculo de cidades orbita acima da superfície de um planeta morto, controlado pela elite governante que mantém seu poder através de manipulação e brutalidade. Quando um ingênuo engenheiro acidentalmente ameaça o status quo com sua descoberta científica vital, uma pedra de sangue, ele é traído por aqueles em que confiava e banido para o planeta abandonado abaixo. Em meio à destruição e desolação de um mundo destruído onde cada dia é uma batalha pela sobrevivência, ele deve escolher entre aceitar sua nova vida no exílio ou gritar por vingança.”

 

A HQ será escrita por Rantz Hoseley e Neil Kleid, e contará com o lápis de Christopher Mitten, que já desenhou o Hellboy.

O material ainda terá uma entrevista com o artista original da capa de 82, explicando sobre o seu processo de criação e composição, além é claro, do vinil, prints e diversos outros brindes promocionais.

Judas Priest é uma banda britânica de heavy metal criada em meados de 1969, em Birmingham. Formada por K. K. Downing e Ian Hill, a banda é considerada uma das precursoras do heavy metal moderno, sendo um dos grupos mais influentes na história do gênero. Você pode adquirir a graphic novel em pré-venda aqui.