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Imperdoável (2021) e o destaque para a excelente atuação de Sandra Bullock

Na última sexta-feira (10), a Netflix adicionou no catálogo o seu mais novo filme dramático com Sandra Bullock no papel principal e com outros rostos conhecidos em seu elenco. A trama traz a tentativa de Ruth Slater (Bullock) em reencontrar sua irmã após ter cumprido pena por assassinato e assim restabelecer esse laço familiar após 20 anos. Ou tentar.

A sinopse não apresenta nada original, porém o diferencial é como essa história está sendo contada e com quem. Imperdoável poderia ter sido um marasmo completo, mas teve uma grande ajuda para garantir a atenção do espectador.

A interpretação de Sandra Bullock foi sensacional do início ao fim e considerei como a pessoa responsável por ter deixado a história ainda mais agradável. O visual abatido e sem maquiagem de Ruth nos entregou como a personagem tinha preocupações mais urgentes para tratar do que andar toda deslumbrante como a Miss Simpatia. Sua expressão vazia foi outro ponto notável de sua atuação para mostrar as marcas de uma vida encarcerada devido ao seu crime. Apenas uma consequência de seus atos passados.

A atriz também conseguiu passar ao telespectador que sua personagem merecia uma segunda chance e reconstruir a sua vida ao recuperar o tempo perdido com sua irmã. Isso foi fácil, mas tentar convencer os pais adotivos de Katherine foi a parte mais difícil nessa trajetória. Como todo o clichê esperado em produções assim, criou-se uma atmosfera de medo e desconfiança em puxar a filha para memórias traumatizantes de sua vida antes da adoção. A cena da conciliação é o belo exemplo de embate entre os três personagens envolvidos (Ruth, Rachel e Michael). Tendo uma Bullock destacando-se com a Ruth explosiva e desesperada nessa tentativa de ter a irmã de volta em sua vida.

O elenco de apoio é composto por figurinhas carimbadas no universo televisivo e cinematográfico da Marvel/DC, tendo então Viola Davis, Vincent D’Onofrio e Jon Bernthal. Os três contracenaram com a personagem principal, porém não conseguiram roubar a atenção necessária do público. O foco continuou sendo na Ruth e apenas na Ruth. Isso foi o que acabei percebendo enquanto assistia. Só notarmos que o tempo de tela de Viola, por exemplo, é bem contido e intercalado. Não a vemos de forma constante, porém destaco o diálogo dramático entre Liz e Ruth. Jon até aparece mais um pouco por interpretar um colega de trabalho de Ruth. Já o Vincent possui um papel a desempenhar na trama, mas depois desaparece.

É nesse diálogo entre as duas personagens que tivemos o twist da história, mas olhos mais atentos podem ter matado a charada antes da revelação ter sido feita. Só me dei conta dessa virada instantes antes de apresentarem a última peça que faltava desse importante quebra-cabeça. Antes disso, o flashback era apresentado em pequenos frames sobre o dia fatídico. Claro que já dava para ter uma ideia do que aconteceu, então esses cortes não eram tão chamativos. Apenas esse último corte merecia a nossa atenção total.

O plot de vingança foi a cereja clichê desse bolo e sigo com a opinião de que não precisava ter inserido na trama. Uma vez que podiam ter trabalhado tranquilamente com as ideias apresentadas e assim acabariam tendo mais tempo de tela para serem desenvolvidos. Ao menos rendeu um diálogo bacana sobre como lidar com o luto e as consequências de uma atitude desesperada.

Para os amantes de dramas sobre segunda chance, Imperdoável é a melhor pedida atual no catálogo do streaming vermelho. Vale muito a pena ver toda a entrega de Sandra Bullock na construção de uma personagem corroída pelo fantasma de seu crime. Mostrando como o passado condena e mesmo com o presente sempre lembrando de seu pecado, nada impede que a redenção seja construída a pequenos passos.

Nota: 4/5

Imperdoável já pode ser visto na Netflix.

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Orlandeli está com um projeto novo no Catarse, confira!

O quadrinista, cartunista, chargista e ilustrador, Orlandeli está com mais um grande lançamento, A Coisa! Você pode adquirir a obra no Catarse, o projeto já se encontra com mais de 50% de apoio, isso em menos de uma semana no ar.

A Coisa retrata  as experiências e vivências que vamos acumulando ao longo da vida, principalmente quando elas se tornam muito ruins e viram uma companhia indesejada, como uma frustração que não conseguimos abandonar. Assim é a vida de Austolfo, nosso protagonista, que convive com essa presença onipresente que invadiu sua mente e tomou posse de sua vida, ainda que ele não a desejasse.

O financiamento de A Coisa ainda vai te permitir completar sua coleção do autor,  boa parte de suas obras estarão disponíveis no sistema de recompensas, inclusive sua Graphic MSP Chico Bento Verdade. Sketchs e Cards com artes originais também vão estar disponíveis, mas por tempo limitado.

Confira essa obra apoiando seu financiamento no link do catarse e conheça mais de sua obra em seu site.

Boa leitura! E lembre – se: Apoie o quadrinho nacional! 

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Quadrinhos

Confira AYMARÁ, o novo trabalho de Laudo Ferreira e Rita Foelker

O quadrinista Laudo Ferreira (Yeshuah Absoluto, O Santo Sangue, Olimpo Tropical) lança em parceria com a filósofa Rita Foelker, o quadrinho Aymará, que conta a  experiência  dos autores com o xamanismo e o chá Ayahuasca (vinho das almas). 

A escritora e filósofa Rita já possuía grande experiência na área espiritual em seus livros e dessa vez quis contar sua vivência pessoal para o autor a fim de comporem juntos essa história. A pedido de Laudo, a escritora criou o roteiro da história e o quadrinista deu conta do restante. Mas, essa HQ não teve um desenvolvimento tão fluido e rápido quanto parece. Logo após dar início a Aymará Laudo deu uma longa pausa e começou a desenvolver outros trabalhos trabalhos, como o quadrinho Caderno de Viagens, e só depois desse período, como em uma epifania, um chamado espiritual, Laudo percebeu que já era hora de dar continuidade a esse trabalho. 

Aymará narra a história da protagonista, Ariel, uma jornalista que faz uma viagem de férias com seus amigos e acaba passando por uma experiência espiritual, onde vê a necessidade de mudança e de largar costumes antigos que a prendiam em suas amarras pessoais, a impedindo de evoluir. Mas, se vê obrigada a mudar suas convicções depois do encontro com o mestre espiritual, Aymará.

A HQ está sendo lançada pelo selo editorial Café Espacial e foi selecionada pelo ProAC Lab Expresso e tem o apoio da Secretaria de Cultura de São Paulo. Sua venda está disponível no site pessoal de Laudo Ferreira e também através do site do Café Espacial. Não deixe de conferir!

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Juízes Dredd | Versões do cinema e dos quadrinhos se encontram em nova edição

Os fãs do Bom Juiz terão um presentão de Natal. As versões do cinema do Juiz Dredd se encontrarão com a versão dos quadrinhos. Quem imaginaria que veríamos Karl Urban, o Dredd de 2012,  Sylvester Stallone, a versão de 1995, e o Dredd das HQ’s dividindo as mesmas páginas?

O épico encontro acontece em Rebellion’s 2000AD, mostrando que o Multiverso também está presente no universo de Mega-City Um

Arte por Richard Elson/ Reprodução: IGN

Criado por John Wagner e Carlos Ezquerra no ano de 1977, o Juiz Dredd é o personagem mais famoso dos quadrinhos britânicos, publicado ininterruptamente na revista semanal  inglesa 2000 AD. Desde 2013 o Bom Juiz encontrou uma casa no Brasil através da Mythos Editora, inicialmente com uma revista mensal e atualmente em encadernados capa dura e capa cartão.

O crossover contará com 11 páginas, com textos de Ken Niemand e traço de Richard Elson. Resta saber, se a história chegará ao Brasil, pelas mãos da Editora Mythos, que já lançou alguns desses especiais de natal aqui no Brasil.

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Profecia do Inferno e a u(dis)topia do mundo sem pecadores

De acordo com Jesus, quem vive pecando é escravo do pecado e não tem lugar na família de Deus, não importa qual seja a sua origem. Seja judeu ou gentio, se for escravo do pecado, não tem parte com o Senhor (João 8:34-36).

A Bíblia sempre foi a principal fonte para termos uma ideia sobre o pecado, uma vez que ela listou várias formas de como alguém poderia pecar e assim, impedir a sua entrada no Reino de Deus. Através de representantes religiosos fomos capazes de entender este conceito a partir de suas interpretações. Uma pequena palavra que carrega o poder de definir o destino de sua alma. Assustador, né?

Aprendemos desde pequenos sobre as atitudes corretas e anos depois, esse mesmo aprendizado ganha um tom mais sombrio e ameaçador. Ficamos cientes de mais regras de como andar na linha para não queimar nas labaredas do Inferno por toda a eternidade. Se sucumbir ao pecado e não se arrepender, trago péssimas notícias para vocês. Tentamos a vida inteira caminhar na obediência (ordem) para não trazer a desobediência (caos). É um peso que precisamos carregar para sermos aceitos. Então, imaginem atualmente o nosso mundo vivendo rigidamente nessa obediência com o temor do julgamento público. Essa foi a premissa de Profecia do Inferno, a produção sul-coreana que entrou recentemente no catálogo da Netflix.

Quando criaturas sobrenaturais começam a mandar pessoas para o inferno após condenações brutais, surge uma seita religiosa que tem a justiça divina como maior preceito. 

Retirando a parte sobrenatural daria para afirmar que o restante da sinopse foi retirada de algum noticiário atual. Conhecemos também histórias de tempos remotos sobre o levante de seitas religiosas pregando o divino para todos os povos e trazendo mais almas para o Criador. O grande problema é quando essa visão utópica da religião acaba alcançando uma dura distopia e não estou falando apenas da série. A realidade já provou inúmeras vezes de como essa inversão acontece com mais frequência do que queríamos.

Profecia do Inferno teve apenas seis episódios em sua temporada de estreia, porém conseguiu definir bem o caminho que queria traçar do início ao fim. Dando para perceber de forma explícita como o plot foi dividido para mostrar duas fases da Nova Verdade: Ascensão e Controle. Sendo a primeira contando com o protagonismo do presidente Jung em explicar o motivo para as condenações e assim, tornar mais fácil para as pessoas aceitarem que o pecado não fica impune. Sempre a conta será entregue para o pecador, ou seja, a morte. Já a segunda acontece por causa de uma decisão e por consequência, acarreta em toda a u(dis)topia. Foi muito interessante acompanhar essa evolução do grupo e como impactou a sociedade de tal forma que o pecado se tornou sinônimo de desonra para a família e amigos.

As condenações foram feitas de maneiras brutais e sujas com um rastro de sangue deixado após o término. O julgamento imposto pelas criaturas era fisicamente intenso e claramente deixava um aviso para todos os pecadores. O medo é o melhor elemento para doutrinar alguém e conseguiram esplendidamente. O fanatismo religioso foi apresentado pelo grupo Arrowhead com uma ideologia radical, entrando em choque com a Nova Verdade.

Isso prova como Profecia do Inferno foi muito além de uma trama sobrenatural. Mostrou a doutrinação religiosa como um instrumento perigoso nas mãos erradas e a manipulação da massa para agir como um rebanho de ovelhas seguindo todas as ordens de seu bondoso pastor.

Profecia do Inferno (Hellbound) é uma excelente pedida para quem gosta de debater os principais conceitos religiosos e os dilemas morais da sociedade para viver seguindo fielmente os fundamentos de Deus, Jesus e o Espírito Santo. Podendo então rolar uma identificação notável com a trama e seus personagens por causa desses temas próximos de nossa realidade. Outros motivos seriam: teorizar sobre a origem desses arautos da Justiça e tentar entender a cena final. O gancho foi jogado e esperemos que venha mais uma temporada para esclarecer as principais dúvidas.

Nota: 4/5

Profecia do Inferno está disponível atualmente na Netflix.

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Conheça a Tortuga, a nova editora nacional

Cheirinho de editora nova no ar! E esse clima de final de ano, nos trouxe um presente maravilhoso, que foi a estreia da Editora Tortuga. A Editora, já chegou trazendo muitas novidades para o mundo dos quadrinhos, com um Catarse no ar, de DOIS GENERAIS, do cartunista e ilustrador canadense Scott Chantler.

A Editora Tortuga estreou aqui no Brasil, através do projeto dos idealizadores Flávio Soares e MJ Macedo, que gentilmente aceitaram nos conceder uma entrevista para nosso público conhecê-los melhor. Segue abaixo:

Monique – Como iniciou a ideia da editora e quem foram os idealizadores do projeto?

Flávio
A ideia da Tortuga nasceu a cerca de um ano. Eu tinha a ideia de montar uma editora e o MJ também pensava nisso como um “braço” para a MEMY. Como já temos uma relação de amizade e de trabalho há alguns anos, vimos que fazia mais sentido juntar esforços em uma única editora. Daí nasce a Tortuga como um selo dentro da MEMY – que produz uma pancada de conteúdo e vai anunciar nos próximos dias um calhamaço de projetos que estão sendo feitos há bastante tempo também.”

MJ
“A MEMY surgiu como um projeto pessoal meu, uns anos atrás, de criar uma empresa de entretenimento brasileira focada na criação e produção de propriedades intelectuais exclusivas, minhas e de outros artistas. E expandir essas ideias pro máximo de mídias possíveis: quadrinhos, livros, games e animações pro mercado nacional e internacional. Entre esses projetos, atualmente temos exclusividade das obras de Deodato Borges e Mike Deodato Jr, como o Flama, Ramthar, 3000 anos Depois e Quadros. Todos sendo desenvolvidos e reformulados para o mercado internacional e o público atual.

Parte do planejamento era ter outros braços e selos que dessem suporte a nossa atividade principal – de desenvolver projetos próprios – e conseguissem manter a equipe e os artistas envolvidos sem precisarmos nos tornar dependentes exclusivamente de investidores privados ou financiamento público. Minha principal preocupação sempre é ter liberdade criativa e autonomia artística, pros projetos serem desenvolvidos da melhor maneira possível. Dessa maneira surgiu, por exemplo, um estúdio de produção gráfica que atende editoras e produtoras de games/animações no exterior desde 2019, entre outras atividades e cujos lucros são revertidos para investir nas outras operações e manter toda a equipe.

Começamos a falar da Tortuga aproximadamente há um ano atrás, conforme o Flávio disse, e eu vi uma oportunidade de trabalhar também com projetos de autores nacionais que não entrariam na grade editorial da MEMY, por fugirem do escopo dela de obras mais voltadas para cultura pop. E desde então começamos a organizar a editora, fazer o planejamento e negociar com os autores.”

Monique – Adorei essa estréia no Catarse! Qual foi a motivação para esses primeiros títulos escolhidos?

Flávio
“O grande critério foi a qualidade. Independente da temática e de onde vem o quadrinho, ele precisa ter qualidade. DOIS GENERAIS se encaixa perfeitamente nisso e é um grande cartão de visitas para a Tortuga e para nossa visão editorial. Estamos falando de um quadrinho de um autor premiado lá fora, eleito um dos 40 melhores livros canadenses de não-ficção, publicado originalmente em 2010 e que nunca foi lançado aqui.

É este tipo de material que estamos de olho. DOIS GENERAIS é, na minha opinião, a melhor visão em quadrinhos para a II Guerra Mundial. E ainda tem um impacto maior não apenas por mostrar um lado que a grande indústria do entretenimento pouco mostra – a participação das tropas canadenses no front europeu – como também por se tratar de uma história real que mostra a atuação de Law Chantler, avô do autor, Scott Chantler, e seu amigo Jack Chrysler como oficiais da Infantaria Ligeira das Terras Altas Canadense.

Está tudo lá: treinamento, Dia D, avanço e conquista de territórios e todos os absurdos que uma guerra produz. Tudo isso contado de maneira brilhante por um narrador muitro habilidoso e que foi pouco visto por aqui.

Um ponto que vale ressaltar em nossa estratégia no Catarse é com relação ao preço e à entrega do livro. Independente do Catarse, DOIS GENERAIS será publicado – toda a parte de design editorial e letreiramento está pronta e o livro está, neste momento, em sua primeira revisão. Com isso em mente, muitas pessoas podem pensar “bom, se vai ser publicado, compro depois na loja ou no site”. Isto será possível, sim, mas o preço de R$ 35,00 (mais frete) que está no Catarse, vale apenas para o Catarse. É um preco especial de pré-venda. Quando o livro for para o site, custará, por baixo, R$ 50,00 (mais frete). Então, se ainda falta algum fator para o leitor decidir a compra – além da qualidade absurda de DOIS GENERAIS –, este fator é o preço: os preços de pré-venda valem apenas para a campanha do Catarse (inclusive com dois pacotes especiais para lojistas).”

Um outro ponto no qual estamos muito focados é na entrega. Como disse antes, a produção está correndo e o livro será impresso e entregue em fevereiro de 2022 ou até antes, se for possível. E este será o padrão para todos os livros da Tortuga – neste momento, já estamos trabalhando em nosso segundo título que entrará em campanha em janeiro de 2022.

Monique – Quais são os próximos passos da Tortuga para o próximo ano?

Flávio
“Conquistar o mundo, claro! (risos)

Falando sério, além de seguirmos com a publicação de material licenciado, nossos planos prevêem a produção e publicação de material inédito nacional – sempre mirando o combo qualidade + preço, porque, para nós, quadrinhos precisam ser baratos e isso não afeta a qualidade. Nossa ideia é nos próximos 12 meses estabelecermos uma régua de dois lançamentos por mês, sempre fazendo um valor muito mais atrativo na pré-venda pelo Catarse. Para o futuro, um de nossos projetos BR é, inclusive, a volta de um título clássico repaginado para o público e mercado de hoje (mas não posso adiantar mais nada além disso por enquanto).”

MJ
“Vale lembrar que nosso segundo título, Altai & Jonson, de Giorgio Cavazzano e Tiziano Sclavi, é nossa próxima publicação. A pré-venda começa em Janeiro e também será pelo Catarse.”

Monique – Muito obrigada por esse papo! Foi um prazer conhecer a Tortuga, espero ver grandes realizações para o próximo ano. Gostaria de deixar uma mensagem para os nossos leitores?

Flávio
“Nós é que agradecemos pelo espaço que vocês nos deram para falar da Tortuga.

Para os leitores, o que podemos dizer é: sigam a Tortuga nas redes sociais para ficarem por dentro de tudo que estamos planejando. Sigam também a MEMY para ver todos os outros projetos de conteúdos que estão sendo desenvolvidos e vão ganhar a luz do dia nos próximos meses – tem muita coisa, a Tortuga é só um pedacinho pequeno de tudo o que está acontecendo neste exato momento.

E usem nossos canais para mandarem sugestões. Nós queremos saber o que os leitores querem ver publicado aqui no Brasil. Como dissemos antes: não importa o mercado de onde vem o material (Europa, Ásia, Americas); o que nos importa é a qualidade. Se a sugestão fizer sentido dentro do nosso escopo editorial.”

MJ
“Muito obrigado pelo espaço! E para os leitores, só queria acrescentar que somos um grupo de artistas e profissionais, que dia a dia tem trabalhado duro para descobrir novas maneiras de financiar e produzir arte, num sistema cada vez mais auto sustentável e independente. E temos conseguido avanços incríveis, a Tortuga é só a pontinha do Iceberg. Mas ainda estamos começando. Então, vocês são peças fundamentais para que isso tudo realmente se concretize. O suporte do público é que vai fazer com que essa e muitas outras magias aconteçam.”

Entrevistados:

  • Flavio Soares | TORTUGA.MEMY.MEDIA – Editor in Chief | Editor chefe
  •  MJ Macedo | MEMY.media – Chief Executive Officer | Diretor Executivo

O lançamento de DOIS GENERAIS está com um preço promocional de R$ 35,00 + frete (Valor para aquisão apenas de Dois Generais) , valor bem especial para ninguém ficar de fora não acham? E mais! Para quem apoiar ainda vai encontrar nos pacotes de recompensas além dos papéis de parede, mais dois quadrinhos da editora Marsupial/Jupati, Desastres Ambulantes e Ruínas.

Link para o apoio do Catarse no Banner abaixo!

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Mestres do Universo: Revelação (Parte 2) e o protagonismo de He-Man sem ofuscar Teela

Depois de quatro meses de espera após o término sensacional da Parte 1 (Salvando Eternia), eis que finalmente a Netflix liberou os cinco episódios finais que fazem parte da primeira temporada de Mestres do Universo. Sabe quando o que já estava bom conseguem melhorar bastante? É dessa forma que consigo pontuar essa segunda parte dessa grande mitologia que envolve Eternia e todos os seus habitantes.

A responsabilidade de manter a qualidade estava no alto, porém não precisaram se esforçar tanto para entregarem algo tão excelente quanto os episódios anteriores. Todos os elementos que apareceram antes continuaram sendo mostrados e isso não quer dizer que a série animada entrou num ciclo de inércia. Longe disso. Ação continua como um personagem presente na trama ao mesmo tempo que o terreno vai sendo preparado para a grande batalha final.

A primeira parte finalizou com um importante gancho com Esqueleto tornando-se poderoso o suficiente para acabar com o mundo num estalar de dedos, ou seja, não existe mais nenhuma esperança de vitória para detê-lo. Só que a série segue mostrando que enquanto um representante do bem estiver de pé, este não medirá esforços para encerrar com a vilania.

Príncipe Adam está de volta e agora com uma presença maior em tela. Tanto Adam quanto He-Man participam bastante e entregam cenas legais, até emocionantes quando pensamos em sua família tendo que lidar com seu retorno. Isso mostra como o roteiro ganha muito quando trabalha tão bem nesses personagens e conclui como ambos são importantes para os planos. Creio que isso tenha cessado o ranger de dentes em relação ao protagonismo de Teela nos episódios iniciais.

Mesmo com o protagonismo em He-Man, a nossa querida Teela continua tão grande quanto antes e adentramos melhor em sua essência mágica. Não era surpresa que esse assunto seria explorado eventualmente, pois só prestar atenção no que foi dito e mostrado sobre a personagem antes. Sendo assim, ela se torna tão essencial quanto o musculoso loiro para trazer a paz Eterniana.

A parte dramática fica por conta de sua relação com a Feiticeira, sua mãe. Seu plot diz muito sobre os sacrifícios necessários para manter o mundo seguro e tendo como o contraponto essa distância familiar.

Além da amizade e família como pautas, Mestres do Universo trouxe para a sua segunda parte algumas mudanças no seu status quo e garantiu vários movimentos pontuais nesse grande tabuleiro. Troca de poder, aliança inesperada e retorno de esquentar o coração de qualquer ser humano. Maligna merece toda a atenção e reconhecimento. Personagem incrível demais e repleta de camadas. Foi um prazer conhecê-la melhor.

Posso dizer também que o desfecho foi bastante satisfatório e quando imaginei que não teria mais nada, deram um gostinho de quero mais para uma segunda temporada. Será que rola? Se for do desejo de Eternia, seu filho está pronto.

Mestres do Universo foi uma grata surpresa deste ano ao acertar numa versão moderna de He-Man e trazendo um sopro fresco para a sua mitologia. Ao mesmo tempo que foi respeitoso com o passado, apesar que o clássico continua e continuará existindo sem cerimônia. O importante é saber aproveitar e curtir quando querem nos contar histórias que merecem nossa atenção. Tal como foi Mestres do Universo.

Nota: 5/5.

Crítica da Parte 1

A segunda parte de Mestres do Universo: Salvando Eternia está disponível na Netflix.

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Games

Revelados os indicados ao The Game Awards

Finalmente foram anunciados, os título indicados ao The Game Awards. Geoff Keighley, criador e tradicionalmente seu apresentador, revelou os indicados ao GOTY 2021

Confira a lista:

Game of The Year (Jogo do Ano)

  • Deathloop
  • Ratchet & Clank: Em Uma Outra Dimensão
  • Resident Evil Village
  • It Takes Two
  • Metroid Dread
  • Psychonauts 2

Abaixo temos as listas das demais premiações, que também ocorrerão no The Game Awards.

Best Narative (Melhor Narrativa)

  • Deathloop
  • It Takes Two
  • Life is Strange: True Colors
  • Marvel’s Guardians of the Galaxy
  • Psychonauts 2

Best Art Direction (Melhor Direção de Arte)

  • Deathloop
  • Kena: Bridge of the Spirits
  • Psychonauts 2
  • Ratchet & Clank: Rift Apart
  • The Artful Escape

Best Score and Music (Melhor Trilha Sonora)

  • Cyberpunk 2077
  • Deathloop
  • Nier Replicant ver.1.22474487139
  • Marvel’s Guardians of the Galaxy
  • The Artful Escape

Best Performance (Melhor atuação)

  • Erika Mori (Life is Strange)
  • Giancarlo Sposito (Far Cry 6)
  • Maggie Robertson (Resident Evil Village)
  • Ozioma Akagha (Deathloop)
  • Jason E. Kelley (Deathloop)

Best Ongoing Game (Melhor Jogo Contínuo)

  • APEX Legends
  • Fortnite
  • Call of Duty: Warzone
  • Genshin Impact
  • Final Fantasy XIV Online

Best Independent Game (Melhor Jogo Independente)

  • Twelve Minutes
  • Death’s Door
  • Kena: Bridge of Spirits
  • Inscryption
  • Loop Hero

Best Mobile Game (Melhor Jogo Mobile)

  • Fantasian
  • Genshin Impact
  • League of Legends
  • Marvel Future Revolution
  • Pokémon Unite

Best Multiplayer Game (Melhor Jogo Multiplayer)

  • Back 4 Blood
  • It Takes Two
  • Knockout City
  • Monster Hunter Rise
  • New World
  • Valheim

Content Creator of the Year (Criador de Conteúdo do Ano)

  • Dream
  • Fuslie
  • Gaules
  • Ibai
  • The Grefg

Best Esport Games (Melhor Jogo de Esport)

  • Call of Duty
  • CS: GO
  • Dota 2
  • League of Legends
  • Valorant

Best Debut Indie Game (Melhor Jogo Indie Estreante)

  • The Artful Escape
  • The Forgotten City
  • Kena: Bridge of Spirits
  • Sable
  • Valheim

Best Sports/Racing Game (Melhor Jogo de Esportes/Corrida)

  • F1 2021
  • FIFA 22
  • Forza Horizon 5
  • Hot Wheels Unleashed
  • Rider Republic

Best Family Game (Melhor Jogo para a Família)

  • It Takes Two
  • Mario Party Superstars
  • New Pokémon Snap
  • Super Mario 3D World + Bowser’s Fury
  • Warioware: Get it together!

Best Sim/Strategy Game (Melhor Jogo de Simulação)

  • Age of Empires IV
  • Evil Genius 2: World Domination
  • Humankind
  • Inscryption
  • Flight Simulator

Best Role Playing Game (Melhor RPG)

  • Cyberpunk 2077
  • Monster Hunter Rise
  • Scarlet Nexus
  • Shin Megami Tensei V
  • Tales of Arise

Best Fighting Game (Melhor Jogo de Luta)

  • Demon Slayer Kimetsu no Yaiba The Hinokami Chronicles
  • Guilty Gear Strive
  • Melty Blood: Type Lumina
  • Nickelodeon All-Star Brawl
  • Virtua Fighter 5: Ultimate Showdown

Best Community Support (Melhor Suporte à Comunidade)

  • Apex Legends
  • Destiny 2
  • Final Fantasy XIV Online
  • Fortnite
  • No Man’s Sky

Best VR/AR Game (Melhor Jogo de Realidade Virtual ou Realidade Aumentada)

  • Hitman 3
  • I Expect You to Die 2
  • Lone Echo II
  • Resident Evil 4
  • Sniper Elite VR

Best Action Game (Melhor Jogo de Ação)

  • Back 4 Blood
  • Chivalry II
  • Deathloop
  • Far Cry 6
  • Returnal

Best Action/Adventure Game (Melhor Jogo de Ação/Aventura)

  • Marvel’s Guardians of the Galaxy
  • Metroid Dread
  • Psychonauts 2
  • Ratchet & Clank: Rift Apart
  • Resident Evil Village

Best Game for Impact Award (Melhor Jogo de Impacto)

  • Before Your Eyes
  • Boyfriend Dungeon
  • Chicory: A Colorful Tale
  • Life is Strange: True Colors
  • No Longer Home

Innovation in Accessibility (Inovação em Acessibilidade)

  • Far Cry 6
  • Forza Horizon 5
  • Marvel’s Guardians of the Galaxy
  • Ratchet & Clank: Rift Apart
  • The Vale: Shadow of the Crown

Best Audio Design (Melhor Design de Áudio)

  • Deathloop
  • Forza Horizon 5
  • Ratchet & Clank: Rift Apart
  • Resident Evil Village
  • Returnal

Best Game Direction (Melhor Direção)

  • Deathloop
  • It Takes Two
  • Returnal
  • Psychonauts 2
  • Ratchet & Clank: Rift Apart

Most Anticipated Game (Jogo mais aguardado)

  • Elden Ring
  • God of War: Ragnarok
  • Horizon Forbidden West
  • Sequência de Zelda Breath of the Wild
  • Starfield

Para votar nas categorias acima, basta acessar o site oficial, The Game Awards, e seguir as instruções.

O evento tem data marcada para 9 de dezembro de 2021.

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Mesmo sem inovar, Alerta Vermelho convence com diversão, ação e química entre o trio protagonista

Para quem não está familiarizado com o termo, a difusão vermelha (Red Notice), cuja natureza está ligada ao cumprimento de mandados de prisão expedidos em desfavor de pessoa que se encontre em país diverso daquele onde teve decretada a sua prisão. Portanto, a difusão vermelha nada mais é do que um alerta internacional (na Interpol), expedido por autoridades judiciais de países membros, para fins de extradição de pessoas procuradas pela justiça criminal. Via: Jusbrasil

É a partir da introdução deste conceito que o novo filme da Netflix apresenta a sua trama de comédia investigativa, quando O Bispo está sendo procurado internacionalmente por seus roubos. O bom de Alerta Vermelho é que ele não tenta ser sério demais ou tenta acrescentar algo inédito nesse universo de roubos e caçadas de artefatos históricos, então tudo que foi apresentado já vimos anteriormente em produções como Indiana Jones, A Lenda do Tesouro Perdido e Missão Impossível. A graça está justamente nisso: Em não ser ambicioso, o longa trouxe bastante diversão e entretenimento ao telespectador.

Nos primeiros minutos já somos apresentados aos personagens John Hartley (The Rock) e Nolan Booth (Ryan Reynolds) brincando de gato-e-rato após o roubo de um dos preciosos ovos de Cleópatra. Vale destacar as sequências de fuga e luta, onde a câmera chega a flutuar para acompanhar toda a perseguição.

Conhecemos os dois atores por serem inundados de carisma em seus filmes e também fora de tela, então são excelentes exemplos de como atrair o público para consumir determinados produtos. Se um é bom, dois é ainda melhor. Gal Gadot entra em cena para fechar como três é bom demais.

O trio reunido agrega bastante para a trama, graças a ótima interação entre os personagens. Os atores em cena demonstram naturalidade e boa química, assim acabamos em criar empatia imediata por John, Nolan e Bispo. As sequências de luta de Gal mostram bem o seu lado femme fatale e só me veio em mente de como ela poderia participar fácil de Missão Impossível ou 007. Quem sabe, né?

A inspetora Das (Ritu Arya) é uma personagem formidável mesmo não tendo o mesmo apelo do nosso trio e suas cenas até que são boas. Nada muito extraordinário, pois núcleo policial é sempre uma peça em produções de aventura.

Falando nesse gênero, um plot twist sempre movimenta a história e Alerta Vermelho trouxe isso. Apesar das pequenas pistas sendo jogadas inocentemente, não cheguei a perceber que poderiam utilizá-las como gatilho para uma possível revelação.

Considerado como o maior orçamento da Netflix até o momento (Forbes informa que custou entre US$ 160 milhões e US$ 200 milhões), Alerta Vermelho não desperdiça o nosso tempo em quase duas horas de duração. O filme é muito bom e garante muitas doses de diversão e ação. Isso mostra como algo simples consegue nos prender a atenção. O final entrega um gancho satisfatório e solta no ar a necessidade de uma sequência. Que será muito bem-vinda.

Nota: 4/5

Alerta Vermelho está disponível na Netflix.

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Entretenimento Games Séries

Arcane é tudo o que queríamos e mais um pouco.

A série Arcane chegou para trazer o universo de League of Legends para o mainstream. Saindo do mundo do games, o cosmo do LoL já perambulou por quadrinhos e curtas animados, mas desta vez a série pretende apresentar esse universo grandioso criado pela Riot Games em 27 de outubro de 2009, para um novo público aficionado. Neste sábado (6) a série entrou no catálogo da Netflix.

No momento a série conta com os 3 primeiros episódios. Os episódios 4 a 6 serão lançados no dia 13, e os episódios 7 a9 no dia 20.

Caso você não queira ler SPOILERS, peço que pare de ler esse post, assista a série e depois retorne para não perder grande parte da experiência. Mas caso não tenha interesse, ou não se importe com SPOILERS, fique a vontade.

Toda semana após o lançamento dos episódios, trarei uma curta análise da história apresentada e o que eu como jogador e consumidos do universo de Runeterra, senti ao presenciar essa nova premissa da Riot no mundo das séries.

A série nos apresenta duas regiões de antemão, Piltover e Zaun.

Segundo o próprio site do Universo League of Legends, Piltover é a cidade do progresso sempre em constante crescimento. Os responsáveis por fazer Piltover se desenvolver se alinham com pensamentos da inovação tecnológica. Assim, a magia é muito discutida na região, e seus moradores tem uma certa recusa por esse tipo de assunto. Por sua ver Zaun é um distrito localizado  aos pés de cânions e vales de Piltover. Por conta de suas necessidades a população criou um sistema cultural único, muito diferente do que é visto na superfície de Piltover, dessa forma, Zaun acaba sendo um ponto de encontro de tudo aquilo que não é bem vindo na cidade do progresso.

Durante a série podemos acompanhar personagens que já conhecemos, e outros desconhecidos pelos fãs de League of Legends, tanto na região de Piltover quanto Zaun.

 

Começamos acompanhando neste primeiro ato em Arcane a história das jovens irmãs Vi e Powder, que neste momento ainda não recebeu a alcunha de Jinx. As duas são gatunas, junto a outros dois companheiros, decidem roubar uma pequena residência que descobriram por meio de informação privilegiadas de um informante, que possuía uma boa quantidade de itens valiosos.

Ninguém sabe ao certo o que aconteceu para transformar aquela doce menina em uma lunática, famosa por seus arroubos de destruição. Mas depois que Jinx surgiu na cena de Piltover, seu inegável talento para espalhar o caos e causar anarquia se tornou lendário.

O grupo acaba tendo sucesso com o furto, mas realizam um pequeno show de destruição não intencional. E a partir disso a trama principal da série começa a se desenvolver, uma Guerra Civil entra as cidades simbiônticas Piltover e Zaun.

Vi não tem muitas lembranças de sua infância em Zaun e o pouco que lembra, preferiria esquecer. Ela se aliou às gangues de arruaceiros, com quem logo aprendeu a usar sua astúcia e seus punhos para sobreviver.

Descobrimos que o informante do grupo é ninguém menos que o Ekko, e que a residência onde os itens foram roubados pertencia a Jayce, que mesmo depois do roubo e de um pouco mais de problemas recebe auxílio do ajudante de pesquisa do Prof Heimerdinger, Viktor. Os dois juntos conseguem chegar em uma resposta para a tentativa de Jayce, de unir magia e tecnologia, criando a tecnologia Hextec.

 

O desenvolvimento dos personagens é cativante. Logo de início vemos a preocupação de Vi em cuidar de sua pequena e ainda indefesa irmã, na mesma medida em que ela tenta retirar toda a maldade do povo de Zaun colocando um pouco de confiança no coração da irmã. A relação das duas é muito boa, uma troca de confiança e admiração muito bonita. Suas personalidades são bem definidas desde o início e no decorrer dos 3 episódios notamos toda a evolução das duas personagens para a virada que acontecerá.

Jayce por sua vez tem um objetivo, que é utilizar aquilo que um dia ja havia salvado a própria vida e a de sua mãe, a magia, para gerar ainda mais progresso à Piltover.

Jayce é um brilhante inventor que dedicou a vida à defesa de Piltover e a sua incansável busca pelo progresso.

Entretanto após o roubo orquestrado pelo grupo de Vi, seus planos são revelados e por tentar usar magia em Piltover suas ações são vetadas. Apenas Viktor, que atualmente trabalha junto a Heimerdinger, decide apoiar o jovem inventor sem que ninguém mais saiba

A trilha sonora da um charme impressionante, quando estamos em Zaun, sentimos a claustrofobia e a sensação de descaso e tristeza que cerca a região, em contraponto ao que vemos em Piltover com suas cores e animação radiante, que com auxílio da trilha deixa tudo com um ar de esperança em sua construção steampunk vitoriana, mesmo sabendo que nem tudo são flores. A música de abertura fica por conta de Enemy canção que une Imagine Dragons e J.I.D.

A animação aqui em Arcane é algo fora do comum. O trabalho feito pela Fortiche Production me lembrou um pouco o que já vimos em Valorant, outro jogo da Riot, mas aqui ele ganha muito mais destaque, cada frame, em cada cor colocada em tela, em cada olhar dos personagens, vemos o peso real de suas atitudes e para cada cena que parecia mais uma pintura de óleo sobre tela, um suspiro de satisfação saia. Sem falar no roteiro que é surpreendentemente denso e bem construído.

Arcane não segue fielmente a história que muitos já puderam ter a oportunidade de ler nas Lores de League of Legends, Lores são história com informações a respeito de um universo ficcional. Mesmo trazendo uma nova visão, essa adaptação consegue reunir o conglomerado de informações, características e intrigas, criando um clima de ansiedade e tensão perfeitos para os que já conhecem e para os que caíram agora no universo de Runeterra.

Não há esforços em vão para criticar de forma massiva questões sociais como opressão, destacando muito a brutalidade que existe dentro da organização de guardas da cidade do avanço, os Defensores de Piltover. Vemos logo nos primeiros minutos de Arcane uma polícia sem remorsos, que atua com agressividade perante a população de Zaun.

Além de Vi, Jinx, Jayce, Heimerdinger, e Viktor, outro personagem jogável até o momento que também aparece é Caitlyn, mas ainda não como a Xerife, além de vislumbres do que posteriormente poderá vir a ser os experimentos do Dr. Mundo. Os personagens coadjuvantes também tem sua importância dentro de Arcane, como Vander, Silco e a Conselheira Mel.

 

Pode ser que você não seja um amante dos jogos da Riot Games, ou apenas de algum jogo específico da empresa, mas Arcane é diferente. A série é um resultado de 10 anos de construção de universo, conseguindo reunir o que de melhor a Riot tem a respeito de League of Legends. É um prato cheio para os amantes de animação.

É extremamente lindo. Estes 3 primeiros episódios de Arcane são o início grandioso da Riot para se tornar muito mais que uma desenvolvedora de jogos. Ela não só eleva o patamar de seus próprios projetos como também os níveis de animações que virão após esta. A qualidade de produção de outros títulos terão que trabalhar ao máximo para se equiparar ao que Arcane apresentou nestes poucos minutos.

Os três primeiros episódios de Arcane estão disponíveis na Netflix.